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05/01/2017

Doença de Chagas Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909)

Reino: Protista
Filo: Euglenozoa
Classe: Kinetoplastea
Ordem: Trypanosomatida
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Trypanosoma
Espécie: Trypanosoma cruzi

Doença de Chagas Doença de Chagas


1909 - Lassance-MG. Agente etiológico: Trypanosoma cruzi;

Tripanossomíase americana;

±20 milhões de infectados - 50 mil


mortes/ano

Mais comum em áreas rurais;

Notificação compulsória.

Doença de Chagas Distribuição Geográfica


Brasil: AP, PA, CE, RN, PA, PI, PE, AL, SE,
BA, GO, MG, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC,
RS.

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Vetor Vetor
Triatomíneos: à noite, pela hematofagia, Triatomíneos: à noite, pela hematofagia,
enchem-se de sangue e eliminam suas enchem-se de sangue e eliminam suas
dejeções sobre olhos, mucosas ou abertura dejeções sobre olhos, mucosas ou abertura
de solução de continuidade pelo coçar, com de solução de continuidade pelo coçar, com
penetração de tripomastigotas. penetração de tripomastigotas.

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Determinantes da infecção
Triatomíneo
chagásica
+ de 120 espécies de “barbeiros”;
Variáveis dependentes do vetor:
7 a 8 espécies domiciliadas;
- Grau de antropofilia;
T. infestans era o mais importante,
- Número e quantidade de evacuações;
encontrado em 720 municípios brasileiros.
- Intensidade do prurido causado pela picada;

- Tempo entre a picada e a defecação (T.


vitticeps).

Triatomíneo Características T. cruzi

Corpo alongado e fino;

Dois hospedeiros: vertebrado e


invertebrado;

Corpo basal: nasce flagelo, o qual é


encoberto pela membrana ondulante;

Características T. cruzi Ciclo da doença

(a) – Promastigota – o
flagelo emerge da parte
anterior da célula.
(b) – Epimastigota - o
flagelo emerge ao lado
do núcleo da célula.
(c) – Tripomastigota - o
flagelo emerge da parte
posterior da célula.
(d) – Amastigota –
somente o cinetoplasto
é visível. Não há
flagelo.

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Transmissão Transmissão
Contaminativa; Congênita;

Transplante de órgãos; Transfusão sanguínea;

Acidente em laboratório; Amamentação;

Silvestre; Relação sexual.

Transmissão Patogenia
O achado da pesquisadora comprova que o Tripomastigota inoculada → circulação →
T. cruzi, caso engolido, pode causar tecidos → amastigota;
infecção por via digestiva.

"Pela via mais comum, o simples fato de o Se reproduz, rompe a célula liberando
indivíduo se coçar já permite a entrada e a grande número de formas tripomastigota;
disseminação do protozoário. Imagine, então,
se a pessoa ingerir grande quantidade de
parasitas: isso pode ser ainda mais grave". Invasão de novas células → processo
inflamatório → fibrose perilesional.
(Fiocruz, 2005)

Determinantes da doença Determinantes da doença


Características das cepas infectantes. Reinfecção

Resposta imunológica do hospedeiro. - áreas não endêmicas → praticamente não


apresentam para formas mais graves.
Tamanho do inóculo é pequeno e
possivelmente explica as discretas - áreas endêmicas → ± 2% evoluem para
manifestações da fase inicial. cardiopatia.

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Apresentação Clínica Apresentação Clínica

Período de incubação de 8 - 10 dias; Fase aguda:

Letalidade de 1 - 25%; – Sinal de Romaña:


– Febre;
Alguns com cura espontânea. – Linfadenopatias (pré-auricular, cervical);
– Dacrioadenites e conjuntivites;
– Hepatoesplenomegalia;
– Chagomas;
– Miocardite e derrame pleural;

Apresentação Clínica Apresentação Clínica

Fase aguda: Sinal de Romaña: Fase crônica:

– Forma indeterminada:

Testes positivos com indivíduos


assintomáticos.

Edema inflamatório bipalpebral e unilateral,


associado à conjuntivite, dacriadenite e
aumento ganglionar pré-auricular.

Apresentação Clínica Apresentação Clínica

– Forma cardíaca: – Forma cardíaca:


OMS (1971) classifica em estádios a
Taquicardia; doença cardíaca:
Hipotensão;
Extra sístoles; 1°: Sem comprometimento;
Cardiomegalia; 2°: Alterações eletrocardiográficas;
Distúrbios de condução; 3°: Cardiomegalia moderada;
ICC. 4°: Insuficiência cardíaca franca.

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Apresentação Clínica

– Forma digestiva:

Megaesôfago;
Megacólon;
Megaduodeno;

– Síndromes Mega:

Megaureter;

Apresentação Clínica

– Forma nervosa:

Destruição neural com desenervação;

Polimórfica;
- Paralisia cerebral
- Hipercinesia / Hipertonia
- Síndrome cerebelar
- Distúrbios cognitivos

Diagnóstico Diagnóstico
Métodos laboratoriais:

Xenodiagnóstico;

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Diagnóstico Diagnóstico
Métodos laboratoriais: Métodos laboratoriais:

Exame do sangue: Inoculação em animais;

- A fresco; Biopsia;

- Gota espessa corada; Cultura;

- Esfregaço corado. Métodos imunobiológicos;

Biologia Molecular (PCR).

Diagnóstico Tratamento

Anos 40 - "Bayer 7.602" (Quinolinas).

“Nifurtimox" (Lampit®);

“Benzonidazol" (Rochagan®);

– Efetivos somente a fase aguda da doença!

Tratamento Prevenção e controle


No futuro, possivelmente e em analogia Construir moradias de alvenaria;
com a hanseníase, a aids e a tuberculose,
teremos uma poliquimioterapia mais efetiva
e mais racional, contra o T.cruzi em Usar inseticidas para matar o barbeiro;
humanos.” (CNS, 1999)

O Brasil é pioneiro no tratamento com Evitar transfusão sanguínea;


células-tronco não só para doença de
Chagas como também para infarto crônico,
diabetes e acidente vascular cerebral Evitar ingesta de alimentos crus em áreas
agudo. (Fiocruz, 2005) de risco.

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