Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Passado Presente e Fé 2º Ano Volume 2
Passado Presente e Fé 2º Ano Volume 2
GISELE MAZZAROLLO
2000.94089
SONIA DE ITOZ
volume 2
A coleção Passado, presente e
LIVRO DO PROFESSOR
fé convida o aluno a conhecer
e a compreender as diversas
2
culturas religiosas que
compõem a sociedade brasileira.
Alinhada com as novas
volume
diretrizes da BNCC, essa
coleção oportuniza o estudo e a
compreensão de conceitos
religiosos, fundamentados em
conhecimentos das Ciências
da Religião e demais áreas
acadêmicas afins.
ISBN 978856447485-7
9 788564 474857 2
volume
IDENTIFICAÇÃO
LIVROS QUE
Nome:
RESPEITAM
A NATUREZA
Escola:
Turma:
AULA 1
AULA 2
AULA 3
AULA 4
AULA 5
FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal)
CERFLOR – Programa Brasileiro de Certificação Florestal
AULA 6 INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes
TECPAR – Certificação do Instituto de Tecnologia do Paraná
CARBONO ZERO – Compensação de Emissão Carbono Zero
LIFE – Iniciativa Duradoura para a Terra
CLAUDIA REGINA KLUCK
GISELE MAZZAROLLO
SONIA DE ITOZ
VOLUME 2
LIVRO DO PROFESSOR
1.a edição
Curitiba - 2019
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
CDD 370
Capa Doma.ag
Imagens: ©Shutterstock
Todos os direitos reservados à
Editora Piá Ltda. Projeto Gráfico Evandro Pissaia
Rua Senador Accioly Filho, 431
81310-000 – Curitiba – PR Imagens: ©Shutterstock/
Site: www.editorapia.com.br KanokpolTokumhnerd/Zaie
Fale com a gente: 0800 41 3435 Ícones: Patrícia Tiyemi
Impressão e acabamento Edição de Arte e Editoração Evandro Pissaia
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 500 Pesquisa iconográfica Juliana de Cassia Camara
81310-000 – Curitiba – PR
E-mail: posigraf@positivo.com.br
Ilustrações Dayane Raven
Impresso no Brasil Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz
2020
Sumário
Capítulo 1 OS AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA 6
Capítulo 2 AS MEMÓRIAS 22
Dayane
Daya nee R
Raven.
aven.. 2016.
aven 20 Digital.
Digitaal.
1 Orientações para a abordagem do Ensino Religioso.
OS AMBIENTES DE
CONVIVÊNCIA
. Digital.
ven. 2016
Dayane Ra
6
Neste capítulo, você vai estudar
que a casa em que vive é um espaço
de convivência e que as pessoas que
moram nesse lugar devem se sentir
protegidas. As religiões também têm
lugares de proteção. Nesses espaços,
são desenvolvidos costumes e crenças
que vamos conhecer.
7
3 Encaminhamento metodológico.
vidas.
4. Com a turma, crie uma frase sobre essa atividade. A frase deverá ser escrita nas
peças de roupa que você não utilizou do material de apoio. Depois de escrever
e pintar, cole essas peças no caderno.
1. Em que espaço de sua casa você mais gosta de estar? Por quê?
2. Crie um diorama que represente esse espaço. Para construir o diorama, siga
estes passos:
a) Em uma folha, desenhe a planta baixa com os elementos que existem
no espaço da casa e de que você gosta. Essa planta deve ter o mesmo
tamanho da caixa escolhida.
b) Seguindo o desenho, represente os elementos que compõem o espaço
utilizando as caixinhas pequenas.
c) Decore o cômodo usando sua criatividade.
• caixa de sapato
• caixinhas pequenas
• papel colorido
• muita criatividade
©Shutterstock/Douglas Freer
©Shutterstock/Gajus
No Brasil, a garantia dos direitos e deveres das
crianças e dos adolescentes está em um documento
nomeado Estatuto da Criança e do Adolescente.
9 Sugestão de atividade.
2. Será que as crianças têm direitos? Pense e escreva dois de seus direitos.
Pessoal. Todas as crianças têm direitos, como atendimento à saúde, à alimentação adequada, à proteção
de um lar, etc.
3. Será que as crianças têm deveres? Pense e escreva dois de seus deveres.
Pessoal. Todas as crianças têm deveres, como os de estudar, respeitar os pais, preservar e manter limpo o espaço
público, etc.
1. O lugar que nos protege e nos ajuda a crescer e a sermos felizes é chamado de
lar. As histórias sobre seu lar podem ser compartilhadas com os colegas. Escute-
-os também com muito respeito.
Quando falamos de algo que é importante para nós, queremos que as pessoas nos
ouçam e respeitem o que sentimos. Por isso, quando alguém nos fala sobre algo
que é importante para si, como é o caso do lugar em que vive, devemos ouvir com
respeito, mesmo que o que essa pessoa diga seja diferente do que conhecemos.
DKO
Estúd
io. 20
16. Digit
al.
13
12 Orientações para a realização das atividades.
2. Participe de uma brincadeira para perceber as semelhanças e as diferenças de
organização entre as casas.
a) Na primeira coluna, escreva seu nome e onde você guarda os objetos
citados na segunda coluna.
b) Escolha um colega e converse a respeito da organização dele para esses
mesmos objetos.
c) Na terceira coluna, anote o nome do colega e as informações que ele
passou a você.
Cadernos
escolares
Toalha
de banho
Copos
Camisetas
Escova
de dentes
cada família guarda os mesmos objetos. Por exemplo: geralmente, guardam-se os copos na cozinha, mas
alguns podem estar em armários, outros em prateleiras. Ainda assim, a organização é um elemento comum.
ESPAÇOS SAGRADOS
1. Potira e Manjari lembraram que, além de nossas casas, existem outros espaços
importantes: os espaços religiosos. Agora, associe cada personagem ao espaço
religioso que ele frequenta. Se precisar, peça auxílio ao professor e aos colegas
para completar o quadro.
a) Recorte as figuras e os nomes que estão disponíveis na página 3 do
material de apoio.
b) Cole o nome das religiões no quadro, no espaço correspondente, de acordo
com cada personagem.
c) Cole também as imagens de acordo com o espaço religioso que cada um
deles frequenta.
Espaço Espaço
Religião Religião
religioso religioso
Ilustração de Ilustração de
indígenas em menino em
Religião Indígena Judaísmo
celebração na celebração em
natureza. sinagoga.
Ilustração de
Ilustração de
menina em
menina em
Budismo Candomblé celebração
celebração em
em terreiro de
templo budista.
candomblé.
Ilustração de
Ilustração de
menino em
Cristianismo menina em
Umbanda celebração
Católico celebração em
em terreiro de
igreja católica.
umbanda.
Ilustração de Ilustração de
Cristianismo menino em menino em
Islamismo
Evangélico celebração em celebração em
igreja evangélica. mesquita.
horário das refeições, tirar os sapatos ao entrar em casa, não comer no sofá ou na cama, etc.
3. Entreviste duas pessoas de sua família. Faça as seguintes perguntas a cada uma
delas e registre as respostas nos quadros da página 19.
a) Que costumes você tem?
b) Que crenças você tem?
Dica: os costumes e crenças citados podem ser religiosos ou não religiosos.
Costumes
Crenças
Nome
Costumes
Crenças
1. A escola é um local com regras que devem ser cumpridas para termos uma boa
convivência e para estudarmos e aprendermos mais. Relembre com os colegas
algumas regras e alguns costumes presentes na escola.
2. Escreva algumas regras de sua escola e de sua sala de aula.
Pessoal. Sugestão de respostas: levantar a mão para responder a alguma questão, circular nos corredores em horário
de aula apenas com a permissão do professor, ser respeitoso com todos, etc.
3.
D tal.
166. Digital.
pelos familiares.
21
CAPÍTULO 2 1 Orientações para o início do capítulo.
AS MEMÓRIAS
©Shutterstock/Dayene.designer
Dayane
Raven.
2016. D
igital.
22
Neste capítulo, você vai aprender sobre
costumes, crenças e maneiras diversas de agir
em diferentes ambientes de convivência.
Também vai conhecer algumas maneiras
de registrar as memórias pessoais, familiares e
escolares, percebendo os símbolos presentes
nos variados espaços de convivência.
©Shutterstock/Dayene.designer
Dayane Raven. 2016. Digital.
23
2 Orientações para a realização das atividades.
REGISTRAR E COMUNICAR
MEMÓRIAS PESSOAIS E FAMILIARES
É muito bom relembrar o passado, nossas memórias e
histórias. Para comunicá-las, existem diferentes maneiras.
Vamos conhecê-las agora.
1. Comunique a memória que você registrou por escrito no início do capítulo. Você
deve contar a memória e não ler o registro.
2. Converse com os colegas sobre estas perguntas:
a) Você falou exatamente como escreveu?
b) Por que não falamos igualzinho ao modo como escrevemos? E por que não
escrevemos igualzinho ao modo como falamos?
c) Qual é a diferença entre falar e escrever?
CAPÍTULO 2 | As memórias 25
4 Orientações para a realização das atividades.
26
1. Siga as orientações do professor para brincar de Telefone sem fio. Depois,
converse com os colegas para responder às questões a seguir.
a) Ao brincar, o que você percebeu quando o último colega recebeu a
informação?
Pessoal. O objetivo é que os alunos percebam que a informação foi alterada em algum momento
da brincadeira.
completa, podendo ter inserido uma informação diferente ou omitido algo que lhes foi dito.
Dayane
Daya nee R
Raven.
aven 20
22019.
2019
01 Digital
Digital.
disciplinas, na linguagem utilizada, etc. Como semelhanças, podem apontar a estrutura do documento.
k/sheff
©Shutterstoc
suwan
k/Lamai Prasit
©Shutterstoc
CAPÍTULO 2 | As memórias 29
RELATOS SOBRE A ESCOLA
Ao longo de muitos anos, muitas histórias de comunidades, de religiões e
de culturas não foram registradas e passaram de geração em geração oralmente.
Essas memórias são tão ricas e importantes como aquelas que foram escritas.
A escola é o espaço em que se aprende o registro da escrita e também a
prática da leitura. Na escola, os alunos estudam as histórias e as memórias dos
povos e das culturas.
1. Em grupos, realizem uma entrevista com um adulto que tenha muitas histórias
para contar sobre seu tempo de escola.
a) Conversem e preparem algumas perguntas para fazer ao entrevistado.
b) Criem um cartão de agradecimento para entregar ao convidado ao final da
atividade.
c) No dia da entrevista, organizem as cadeiras da sala de aula em um círculo,
façam as perguntas e entreguem o cartão para o entrevistado.
AS MEMÓRIAS DE POVOS E CULTURAS PODEM SER CONTADAS POR MEIO DE HISTÓRIAS. ELAS PODEM
SER ESCRITAS OU PASSADAS DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO POR MEIO DA FALA. Dayane Raven. 2016. Digital.
1. Vamos descobrir o símbolo que representa cada uma das palavras a seguir.
Recorte as figuras grandes da página 5 do material de apoio e cole-as, em
seus respectivos espaços, de acordo com o significado de cada símbolo.
Banheiro Reciclagem
Silêncio
Idoso Calculadora
Câmera
Feliz Zangado
Língua de sinais
Veneno
Faixa de pedestres
CAPÍTULO 2 | As memórias 31
2. Estamos rodeados de muitos símbolos. Será que eles também estão presentes
na escola? Com os colegas, caminhe pela escola em busca dos símbolos
representados na página 5 do material de apoio.
a) Utilizando as figuras menores, cole no espaço a seguir os símbolos que
encontrou no ambiente escolar.
b) Anote ao lado de cada um deles o significado.
Não
religioso
Religioso
CAPÍTULO 2 | As memórias 33
CAPÍTULO 3
OS SÍMBOLOS
RELIGIOSOS
Dayane Raven. 2019. Digital.
34
Neste capítulo, você vai conhecer,
identificar, distinguir e aprender a respeitar
símbolos religiosos de diferentes manifestações,
tradições e instituições religiosas.
35
1. Volte às páginas 34 e 35 para observar os símbolos das camisetas dos
personagens.
2. Converse com os colegas.
a) Qual símbolo mais chamou a sua atenção? Por quê?
b) Você já viu algum desses símbolos? Onde?
Um dos símbolos
utilizado no Budismo
é a flor de lótus, que
representa pureza do
corpo e da mente.
Para o Judaísmo,
o menorá, que é um
candelabro com sete
braços, representa os sete
Dayane Raven. 2019. Digital.
! Para os povos
indígenas, as
divindades se
! Esse símbolo islâmico
tem diferentes
manifestam por meio
VLJQL¿FDGRVVHQGRD
da natureza.
renovação e a vida os
principais.
! A estrela de Davi é o
símbolo do Judaísmo. Ela é
formada por dois triângulos
sobrepostos, um apontando
s
o
! Esse é um símbolo
EXGLVWDTXHVHFKDPD
para cima, e outro, para baixo.
aixo
roda do GKDUPD. O círculo
representa a vida, e os
8 traços indicam os oito
ensinamentos de Buda.
! Esse símbolo da
Umbanda é formado por
um Sol, que representa
!
Dayane Raven. 2016. Digital.
P A T X Í M Ó A K S L A S Z I G G
E I M A J U D A Í S M O P A Q U U
I S S A G I M I X U B I C Q P N A
X L M É I N A S M B Ç É A B P É R
E A O U T W X K É H C I N U N M A
A M I E S T R E L A D E D A V I N
U I N M G L O Í Q J Ô A O B L Ê I
K S R O D A D O D H A R M A O A R
I M Y R G R K S A M A N B Q I A T
J O X P A M F L O R D E L Ó T U S
B H U X T L A M I X Q I É B A T C
B K S I M N N S I U M B A N D A B
©Shutterstock/Amanita Silvicora
A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA A ÁGUA É UM ELEMENTO IMPORTANTE
PARA AS RELIGIÕES NAS RELIGIÕES, ELA REPRESENTA
PRINCIPALMENTE A PURIFICAÇÃO E ESTÁ
PRESENTE EM DIVERSAS CERIMÔNIAS
RELIGIOSAS. NA PÁGINA SEGUINTE, VAMOS
CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE O
SIGNIFICADO DA ÁGUA PARA AS RELIGIÕES.
43
7 Orientações para a abordagem do tema.
aspergir: respingar.
1. Jesus tem muitas histórias para ensinar, uma delas se refere à água viva. Em cada
quadrinho, desenhe a parte da história que corresponde ao que está escrito. Tire
dúvidas com o professor a respeito das palavras que forem desconhecidas.
2.
hu
Leia alguns versos de uma canção
tte
rst
oc
k/K
sobre a água.
an
o k po
lTokumh
nerd
PLANETA ÁGUA
[...]
Água que faz inocente riacho
E deságua na corrente do ribeirão
[...] [...]
Água dos igarapés Gotas de água da chuva
Onde Iara, a mãe-d’água Alegre arco-íris sobre a plantação
É misteriosa canção [...]
ribeirão: curso de
água menor que um a) Circule, nos versos, as palavras que indicam
rio e maior que um algo em que a água se transforma.
riacho. b) Sublinhe a parte da música na qual a água é
igarapés: rios relacionada a uma lenda indígena.
pequenos em que
se pode navegar.
4. Existem vários sons de água que permitem a você identificar em que local ela se
encontra, como chuva, rio, cachoeira ou mar.
a) Ouça os sons de água reproduzidos pelo professor e, com os colegas,
identifique cada um desses sons.
b) Qual som você mais gostou de ouvir? Por quê?
Pessoal. Incentive os alunos a pensar em outros sons que a água pode produzir.
©Shutterstock/Vectorpouch
Os elementos da natureza, terra, ar, fogo e água, estão presentes em
todas as culturas. O ser humano precisa, muitas vezes, expressar o que sente
por meio de símbolos, e estes podem ter um significado religioso. Cada
religião tem símbolos próprios. Contudo, há aqueles que se repetem em
diversas religiões, como é o caso da água.
Os símbolos de sua religião expressam crenças e sentimentos; por isso,
são muito importantes para você e sua família. Na escola, há a possibilidade
de conhecer novos símbolos e religiões. Apresentar aos colegas algo em que
você acredita é importante para expressar sua identidade. E estudar símbolos
de diferentes religiões ajuda a conhecer várias maneiras de expressar crenças
e sentimentos.
Declaração dos
Pela Declaração dos Direitos Humanos, Direitos Humanos:
documento
tanto os familiares quanto a criança têm o direito
internacional escrito
à liberdade religiosa, isto é, as pessoas devem ser em 1948 para que os
respeitadas quanto às crenças que professam. direitos das pessoas
sejam respeitados em
todo o mundo.
Auxilie os alunos a refletir sobre a importância de o símbolo ser respeitado em todos os lugares.
3. Você faz algum gesto especial diante desse símbolo? Por quê?
Pessoal. Auxilie os alunos a pensar nos gestos que realizam, nos significados que os gestos têm para cada um e de
4. Qual é sua opinião sobre conhecer símbolos de outras crenças religiosas? Por quê?
Pessoal. O motivo pelo qual estudamos símbolos de outras crenças é para que haja respeito diante da diversidade e
©Shutterstock/Pina Suthaphan
As crianças e suas famílias podem ter diferentes religiões e suas crenças devem
ser respeitadas. Procure sempre ter atitudes de respeito e de gentileza com todas as
pessoas em seu dia a dia.
OS ALIMENTOS
NAS RELIGIÕES
50
Neste capítulo, você vai conhecer alguns
alimentos considerados sagrados em diferentes
culturas, tradições e expressões religiosas.
E, ainda, poderá identificar os significados
atribuídos a alimentos em diferentes
manifestações e tradições religiosas.
51
2 Orientação para a realização das atividades.
A-pro
rstock/U
©Shutte
©Shutterstock/Africa Studio
OS DIFERENTES ALIMENTOS
Vimos que nas festas de aniversário, além da reunião com os familiares e
amigos, os alimentos são importantes. Em festas assim, eles são pensados e
preparados com carinho.
Os alimentos são essenciais para a sobrevivência do ser humano. Por isso,
cada sociedade os produz de acordo com a cultura e o local onde habita. Em cada
lugar do mundo, os alimentos são produzidos de maneira diferente. Em um lugar
muito frio, por exemplo, costuma-se cozinhar pratos quentes. Além disso, em
diferentes culturas, os alimentos fazem parte de festas, reuniões e celebrações.
! Buchada ! Chouriço
! Casquinha ! Pato no
! Farofa ! Caldo
de siri tucupi de içá de turu
de bode
fotos: ©Fotoarena/Bon Appetit/Euler, Bernd, ©Shutterstock/JuTi, , ©Shutterstock/Paulo Vilela, ©Shutterstock/Paulo Vilela, ©Arquivo Instituto Chão Caipira, ©Rusty Marcellini
l.
2016. Digita
Em sua opinião, os pratos observados fazem parte de quais culturas ou
ven.
Dayane Ra
sociedades? Como você descobriu isso?
2. Observe alguns pratos que mais parecem obras de arte.
r
eie
Sp
o
aro
r i vk
laf
QT
/nk
©Shutterstock/O
k/Jaaebaby
ckphoto.com
c
tersto
©iSto
h ut
©S
ica Studio
rt_Photo
©Shutterstock/Afr
©Shutterstock/Watercolor_A
Diferenças: Na primeira imagem, a criança parece disposta e o alimento é saudável; na segunda, a criança está
para brincar e estudar e que, por outro lado, a má alimentação pode nos deixar cansados e sem ânimo.
Eisenstein
ers
rePartn
on
oto.com/v
m/Pictu
!
©iStockph
hoto.co
ui o Prato co
s ubstit m i c o m
pão india naan – típico
p
u e
k
ição q o islâ
!
c
no, cons
to
qualque
Suh o o r
hã r refeiçã mido em
a man . o do dia
café d o Ramadã .
ra n t e
du
CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões 55
Grande parte das religiões compreende o alimento como uma forma de
relembrar um acontecimento importante na história, como um símbolo que
aproxima a pessoa do divino ou um presente oferecido a uma divindade.
Nas religiões, o alimento não serve só para matar a fome do corpo, mas
também para relembrar as orientações da religião e estimular o que está
dentro de nós para que sejamos melhores para nós mesmos e os outros. As
vivências e as práticas religiosas podem unir as pessoas e ajudá-las a refletir e a
buscar o aperfeiçoamento pessoal diário.
FELIPE, TANTO OS
EVANGÉLICOS COMO OS JUANES, Juan de. A última ceia. [ca. 1560]. 1 óleo sobre
CATÓLICOS ACREDITAM madeira, color., 116 cm × 191 cm. Museu do Prado, Madrid.
EM JESUS CRISTO!
Semelhanças Diferenças
Para os Guarani, o milho foi criado pelo espírito Nhandeyara para saciar a fome da aldeia.
ARROZ NO BUDISMO
NA ÁSIA, O PLANTIO DO ARROZ É MILENAR. NO BUDISMO, O ARROZ
SUA IMPORTÂNCIA É TÃO GRANDE QUE TAMBÉM É MUITO
MUITAS CULTURAS REALIZAM FESTAS E IMPORTANTE! LEIA A
DANÇAS UTILIZANDO O ARROZ. ELE FICOU TÃO HISTÓRIA A SEGUIR
POPULAR QUE SEU CULTIVO FOI LEVADO PELOS PARA CONHECER UM
ASIÁTICOS PARA O MUNDO TODO. POUCO MAIS!
ev
nda ic
Kara Bil
Evgeny la
3RF/ iko
©12 k/N
toc
ers
utt
©Sh
Sh
©Shutterstock/Bonchan
©Shutterstock/mama_mia
©Shutterstock/Enzo4
9 Encaminhamento metodológico.
©Sh
utte
r sto
ck/
Si la m
3. Represente com a massinha im
e
de modelar os alimentos
relacionados à crença religiosa
de sua família, ou um prato
contendo alimentos
sudáveis.
Com a turma, organizem
um espaço para expor
seus trabalhos.
©Shutterstock/LanKS/Lukasz Stefanski
necessário, consulte seu livro
para preenchê-los.
b) Depois que seu livrinho estiver
pronto, coloque as folhas em
ordem e, com a ajuda de um
adulto, fixe-as todas juntas.
c) Faça uma capa contendo o nome da escola, do professor, de sua turma e,
depois, seu nome. Escreva o título “Meu livro das religiões” e decore a capa
como preferir.
d) Acrescente uma folha ao final do livrinho para colocar você como
personagem. Copie nela a moldura das outras páginas e preencha os
espaços com os mesmos itens solicitados para os personagens.
2. Apresente seu livro a algumas pessoas de que você gosta, preferencialmente os
familiares e colegas de outras turmas. Explique cada página para que a pessoa
compreenda os significados dos símbolos e dos alimentos. Lembre-se de falar
também sobre sua crença religiosa.
a) Agora, escreva aqui o que as pessoas comentaram sobre seu livro das
religiões.
Pessoal. O intuito é que os alunos exponham para os adultos a importância de se respeitar as crenças
religiosas.
religiosas.
64
ATIVIDADES
Página 9
©Shutterstock/matsabe
MATERIAL DE APOIO 1
ATIVIDADES
Página 16
Cristianismo
Umbanda
Evangélico
Judaísmo Islamismo
Religião Cristianismo
Budismo Candomblé
Indígena Católico
ATIVIDADES
Página 28
MATERIAL DE APOIO 3
©Sh ©Shu ©S
utt tte hu
ers rst
to ©Shutterstock/Arcady ©Shutterstock/Dian Elvina oc ©S
tte
k
c
hu rst
/Y
k/
tte oc
es
rsto k/
Ale
ck/ Jo
Pi- jo
shi
n
Roy
Len o6
s 4
alty
_Alek
sei
Free
©Shutterstock/Vectorsicon.com
Acessível em libras/UFMG
©S ©Shu
hu tte ©S
t rst
o hu
te
tte
ck
rst
rs
o
toc
/D
k/A
ir0
ck/T
igia
ne
reter
rt C T
Páginas 31 e 32
ATIVIDADES
MATERIAL DE APOIO
5
ATIVIDADES
Página 43
BRINCAR E APRENDER
Página 49
©Shutterstock/Carla Nichiata
Umbanda
©Shutterstock/Roberto Giobbi
Nessa religião, é
necessário lavar-se com
água antes das orações
para tornar-se puro.
MATERIAL DE APOIO 7
BRINCAR E APRENDER
Página 49
©Shutterstock/Roberto Giobbi
©Shutterstock/Zilan2000
Budismo
Islamismo Batismo
MATERIAL DE APOIO 9
BRINCAR E APRENDER
©Shutterstock/Fleckstone Página 49
Religiões
Budismo
afro-brasileiras
Quipá
Menorá
MATERIAL DE APOIO 11
ATIVIDADES
Página 63
BUDISMO JUDAÍSMO
Nome do personagem: Nome do personagem:
MATERIAL DE APOIO 13
ATIVIDADES
Página 63
CRISTIANISMO CRISTIANISMO
EVANGÉLICO CATÓLICO
Nome do personagem: Nome do personagem:
MATERIAL DE APOIO 15
CLAUDIA REGINA KLUCK
GISELE MAZZAROLLO
SONIA DE ITOZ
VOLUME 2
LIVRO DO
PROFESSOR
1.a edição
Curitiba - 2019
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
CDD 370
Capa Doma.ag
Imagens: ©Shutterstock
Todos os direitos reservados à
Editora Piá Ltda. Projeto Gráfico Evandro Pissaia
Rua Senador Accioly Filho, 431
81310-000 – Curitiba – PR Imagens: ©Shutterstock/
Site: www.editorapia.com.br KanokpolTokumhnerd/Zaie
Fale com a gente: 0800 41 3435 Ícones: Patrícia Tiyemi
Impressão e acabamento Edição de Arte e Editoração Evandro Pissaia
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 500 Pesquisa iconográfica Juliana de Cassia Camara
81310-000 – Curitiba – PR
E-mail: posigraf@positivo.com.br
Ilustrações Dayane Raven
Impresso no Brasil Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz
2020
SUMÁRIO
CONCEPÇÃO DE ENSINO
A coleção Passado, presente e fé para o Ensino Religioso tem por princípios a valorização e o
respeito à diversidade cultural, com vistas à promoção dos direitos humanos e da cultura da paz.
De acordo com a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (UNESCO, 2002), a cultura
adquire formas diversificadas no tempo e no espaço, o que se manifesta na originalidade e na
pluralidade dos grupos humanos, atuando como fonte de intercâmbios, de inovação e de criativi-
dade. Assim, a diversidade cultural constitui patrimônio comum da humanidade e deve, portanto,
ser reconhecida e respeitada em benefício das gerações presentes e futuras.
A pluralidade religiosa é um aspecto da diversidade cultural presente no mundo e também no
Brasil. Sua abordagem nos nove anos do Ensino Fundamental pode favorecer o aprimoramento da
pessoa humana e da convivência social. Nesse intuito, a escola mostra-se um espaço privilegiado
para a construção do conhecimento religioso e da tolerância por meio do diálogo, da reflexão e
do respeito mútuo.
Historicamente, o conhecimento religioso tem sido objeto de estudo de teologias e ciências,
como História, Sociologia, Psicologia, Antropologia, Geografia e, mais recentemente, Ciência da
Religião. O Ensino Religioso, por sua vez, permeia o espaço escolar desde o momento em que o
Estado passou a ocupar-se da educação dos cidadãos.
Assim, na Europa do século XVIII, organizou-se um sistema educacional em que o ensino da
religião era visto como meio de educar os cidadãos para valores como humildade, generosidade,
paciência, equilíbrio e piedade. O instrumento básico para tanto era o catecismo católico, por
meio do qual se realizavam a instrução religiosa e também a alfabetização.
No Brasil, a introdução oficial do Ensino Religioso no currículo escolar ocorreu em 1827, sendo,
então, conferida à escola a função de ensinar leitura, escrita, as quatro operações, os números
decimais, proporção, introdução à geometria, gramática da língua portuguesa, princípios da moral,
doutrina católica e História do Brasil, além de favorecer a leitura da Constituição do Império. Com
a Proclamação da República, em 1889, o Ensino Religioso foi retirado do currículo das escolas
públicas brasileiras e retornou apenas em 1931.
Nas Constituições posteriores, permaneceu como componente obrigatório para as escolas
e optativo para os estudantes, condição confirmada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB, Lei nº 9.394/96) e, mais recentemente, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
que lhe concede o status de área do conhecimento, juntamente com Linguagens, Matemática,
Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Além disso, a BNCC afirma que o fenômeno religioso
constitui “um dos bens simbólicos resultantes da busca humana por respostas aos enigmas do
mundo, da vida e da morte” (BRASIL, 2017, p. 434).
LIVRO DO PROFESSOR 5
Portanto, as unidades temáticas previstas na BNCC e descritas a seguir contemplam uma
cosmovisão que favorece a compreensão da estrutura das religiões e de conceitos fundamentais
nelas presentes, bem como das formas de expressão que influenciam as relações sociais por meio
dos costumes, das tradições e da linguagem.
LIVRO DO PROFESSOR 7
OBJETIVOS
No artigo 33, a LDB determina o “respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil”. Nessa pers-
pectiva, a coleção Passado, presente e fé tem como objetivo central promover o conhecimento e a
reflexão acerca do fenômeno religioso em âmbito mundial e, especialmente, em suas manifestações
no Brasil. Para isso, contempla os objetivos de ensino e aprendizagem indicados pela BNCC:
a) Proporcionar a aprendizagem dos conhecimentos religiosos, culturais e estéticos, a partir das
manifestações religiosas percebidas na realidade dos educandos;
d) Contribuir para que os educandos construam seus sentidos pessoais de vida a partir de
valores, princípios éticos e da cidadania. (BRASIL, 2017, p. 436)
Cabe ressaltar, ainda, a importância de respeitar e fortalecer a identidade religiosa de cada educando,
uma vez que o direcionamento religioso de crianças e jovens é prerrogativa das famílias e das instituições
religiosas. A escola, por sua vez, pode contribuir para a formação cidadã das novas gerações por meio do
estímulo às compreensões reflexiva e analítica das manifestações religiosas, promovendo a cultura da
paz e a valorização dos direitos humanos, conforme o princípio constitucional da liberdade de crenças,
ideias e consciência. Nesse sentido, Aragão e Souza (2017, p. 19) apontam que o Ensino Religioso: “[...]
está assumindo essa responsabilidade de oportunizar o acesso aos saberes e conhecimentos produzidos
pelas diferentes tradições espirituais e cosmovisões religiosas enquanto patrimônios da história humana.”
AVALIAÇÃO
O conhecimento religioso é bastante complexo, pois, além das especificidades do seu objeto (o
transcendente), envolve elementos histórico-culturais e ainda a dimensão psíquico-afetiva de in-
divíduos e grupos identitários. Esse conhecimento demonstra que a experiência religiosa humana,
em sua diversidade, constitui um dos caminhos percorridos por diferentes grupos e sociedades em
busca de respostas para os problemas fundamentais da existência.
Ao defrontar-se com a finitude e com a possibilidade de conduzir a vida por variadas direções,
apresenta-se aos seres humanos a necessidade de encontrar uma explicação para a morte e um
sentido para a vida. Nesse contexto, as religiões despertam a esperança de superação da morte e
indicam valores para orientar a vida, conferindo-lhe uma finalidade e um significado. Além disso, a
experiência religiosa pode ser considerada “humanizante”, ou seja, capaz de tornar cada um mais
sensível aos outros e mais consciente da condição humana compartilhada com eles. Uma experiência
dessa natureza é, portanto, indissociável de uma consciência ética.
ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA
A observação do(s) fenômeno(s) religioso(s) faz parte da realidade do educando antes mesmo
de seu ingresso no sistema escolar, seja por uma opção familiar, seja pelo contexto social que o cir-
cunda. A coleção Passado, presente e fé parte desse pressuposto para oportunizar a compreensão
reflexiva e analítica de diferentes manifestações.
LIVRO DO PROFESSOR 9
Para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais
P
Apresenta diferentes recursos e atividades com o propósito de fazer um levantamento dos co-
nhecimentos prévios dos alunos acerca dos conteúdos que serão trabalhados no capítulo.
Por meio de propostas lúdicas, busca a interação entre os alunos, além de oportunizar reflexões
significativas e contextualizadas a respeito dos conteúdos desenvolvidos.
Oportuniza a interação entre os alunos e com outras pessoas da convivência deles. Traz atividades
como rodas de conversa, entrevistas e diferentes propostas de trabalho em equipe.
Ícones
Você sabia?
Propõe atividades com o ob- Apresenta diversos gêneros Aborda temas de grande
jetivo de exercitar a tolerância, a textuais e verbo-visuais para que relevância para a convivência
compreensão e a harmonia nas os alunos realizem atividades harmônica em sociedade. São
relações em família, na comuni- de análise de documentos, re- incentivadas reflexões a respeito
dade escolar e nas demais esfe- lacionando-os aos conteúdos de documentos importantes,
ras de convivência dos alunos. estudados. além de pronunciamentos ofi-
ciais de líderes religiosos e secu-
lares, que tratam de temas como
igualdade, direitos humanos e
liberdade.
Traz atividades, objetivas e Possibilita diferentes olhares
discursivas, com a finalidade de sobre os temas tratados no ca-
sistematizar os conhecimentos pítulo com o objetivo de am-
adquiridos ao longo do estudo pliar os assuntos abordados e
do capítulo. o contato com outras opiniões
Apresenta atividades diversi-
e modos de viver e de pensar.
ficadas que sistematizam e am-
pliam os conteúdos trabalhados
no capítulo.
Propõe o debate em sala
de aula, sempre mediado pelo Sugere atividades, indivi-
professor. Os temas sugeridos duais ou coletivas, de investiga-
são relacionados aos conteúdos ção e estudo acompanhadas de
estudados e ao cotidiano dos orientação e roteiro para alunos
alunos, que serão estimulados e professores com o objetivo
a compartilhar suas ideias e desenvolver a capacidade de
seus posicionamentos, sempre selecionar fontes, coletar dados
respeitando as opiniões dos e produzir sínteses.
colegas.
Ícones
LIVRO DO PROFESSOR 11
REFERÊNCIAS
ARAGÃO, Gilbraz S. Apresentação. In: JUNQUEIRA, Sérgio R. A.; BRANDENBURG, Laure E.;
KLEIN, Remí (Org.). Compêndio do Ensino Religioso. São Leopoldo: Sinodal; Vozes, 2017.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição
da República dos Estados Unidos do Brasil (de 24 de fevereiro de 1891). Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm>. Acesso em:
16 ago. 2018.
______. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de julho de 1934).
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm>.
Acesso em: 16 ago. 2018.
______. Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996: estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Brasília, 20 dez. 1996.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular. Versão final. Brasília: MEC/SEB, 2017.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
HOCK, Klaus. Introdução à Ciência da Religião. São Paulo: Loyola, 2017.
IMPÉRIO DO BRASIL. Documentos complementares do Império do Brasil (15 outubro 1827).
artig. 6. In: BONAVIDES, Paulo.; AMARAL, Roberto A. Textos políticos da História do Brasil.
Brasília, Senado Federal, 1996. v. I.
JUNQUEIRA, Sérgio B. A. O processo de escolarização do Ensino Religioso no Brasil.
Petrópolis: Vozes, 2002.
PASSOS, João D.; USARSKI, Frank. (Org.). Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo:
Paulus, 2013.
REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. Coleção de Leis. Rio de Janeiro: Senado
Federal, 1931. v. I.
SILVA, Eliane M. Religião, diversidade e valores culturais: conceitos teóricos e a educação
para a Cidadania. Disponível em: <https://www.pucsp.br/rever/rv2_2004/p_silva.pdf>.
Acesso em: 17 ago. 2018.
SOARES, Afonso M. L. Ciência da Religião, Ensino Religioso e formação docente. Disponível
em: <https://www.pucsp.br/rever/rv3_2009/t_soares.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018.
UNESCO. Cultura de paz: da reflexão à ação; balanço da década internacional da promoção
da cultura de paz e não violência em benefício das crianças do mundo. Brasília: UNESCO;
São Paulo: Associação Palas Athena, 2010.
______. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Paris: Unesco, 1948.
______. Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural. Paris: Unesco, 2002.
USARSKI, Frank. Interações entre Ciência e Religião. Revista Espaço Acadêmico, Maringá,
v. 02, n. 17, 2002.
______. Os enganos sobre o sagrado: uma síntese da crítica ao ramo “clássico” da
Fenomenologia da Religião e seus conceitos-chave. Disponível em: <www.pucsp.br/rever/
rv4_2004/p_usarski.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018.
Orientações didáticas
Páginas 4 e 5
1 Ao iniciar o ano letivo, quando os alunos participam das primeiras aulas de Ensino Religioso,
é comum a apreensão de suas famílias quanto ao modo como o fenômeno religioso será tratado
na escola. Muitos pais sentem receio de que os conteúdos abordados em sala possam interferir na
identidade religiosa de seus filhos. Nesse sentido, é importante esclarecer à comunidade escolar
que o objetivo do Ensino Religioso é promover o conhecimento sem privilegiar nenhuma crença ou
tradição religiosa e, ainda, sem realizar experiências religiosas de qualquer natureza com os alunos.
Trata-se de olhar para as manifestações religiosas que acontecem na sociedade, nas comunidades,
nas diversas culturas e tentar entendê-las. Trata-se, ainda, de identificar as crenças e os significados
das diferentes expressões religiosas, a fim de melhorar as relações interpessoais e sociais.
O respeito à identidade religiosa de cada aluno começa pela atitude do professor, que deve abordar
as diversas temáticas sem privilegiar ou desprezar nenhuma religião. Além disso, deve ser reservada
especial atenção à abordagem dos conteúdos frente à identidade dos alunos cujas famílias professam
uma religião e concordam com alguns pontos de determinada crença, porém não participam de
todas as atividades religiosas prescritas. O número de pessoas que pertencem a esse grupo, no Brasil,
é expressivo. Além disso, há um percentual elevado de pessoas que, mesmo sem estar vinculada a
uma religião, apoiam-se em diversos sistemas de crenças segundo convicções pessoais.
LIVRO DO PROFESSOR 13
Por outro lado, há alunos cujas famílias se declaram “sem religião” ou que se reconhecem como ateias.
É importante que esses alunos não se sintam pressionados nem excluídos nas atividades realizadas
em sala. Ainda que não tenham crenças religiosas nem realizem práticas dessa natureza, eles podem
(e devem) ser estimulados a compartilhar valores, experiências e princípios aprendidos em família.
Páginas 6 e 7
2 Neste capítulo, os alunos estudarão os espaços de convivência cotidianos com base em elemen-
tos como crenças e costumes. Gradativamente, vão se aproximar das noções de espaços sagrados e
de suas relações com costumes e crenças. No final do capítulo, cada um expressará sua identidade
religiosa, possibilitando ao professor mapear as religiões e as filosofias de vida representadas na
turma, inclusive casos de ausência de crença religiosa.
Página 8
Ponto de partida
3 Os diálogos entre Yurem e Manjari e entre Felipe e Sikulume introduzem, por meio de exemplos,
as definições de costume e crença. Os personagens demonstram o cotidiano das famílias deles.
Complemente o debate com exemplos próprios e outros compartilhados pelos alunos.
Por meio do diálogo dos personagens, é possível diferenciar com os alunos a definição de crença
(acreditar em algo ou alguém) e de costume (hábito ou prática frequente). Tanto o costume quanto
a crença podem ou não ter cunho religioso. A atividade do varal introduzirá a ideia de costume na
família para, mais adiante, contextualizá-la em costume religioso.
Página 9
Atividades
4 Nessa atividade, os alunos deverão escolher, das imagens do material de apoio, uma peça de
roupa para cada familiar. Individualmente, eles deverão recortar e pintar a peça, caracterizando-a
com o estilo de roupa que seu familiar utiliza de maneira costumeira ou de que gosta. Depois, de-
verão escrever, na parte da frente da roupa, um costume que essas pessoas têm ou algo em que
acreditam, em apenas uma palavra ou frase. Na sala de aula, providencie um cordão para servir de
varal e pequenos prendedores ou fita adesiva para pendurar as roupas da família. É importante
que esse varal fique na altura dos olhos dos alunos, para que todos consigam ler o que os colegas
escreveram nas pequenas peças.
Ao ler com os alunos o que está escrito nas peças do varal, questione-os sobre o que escreveram,
inclusive costumes e crenças que provoquem curiosidade. Realize aproximações e agrupamentos
que possam ser registrados por meio de gráficos (por tipos de costume e crença). É possível registrar
o gráfico a partir do total de pessoas citadas pela turma ou de grupos determinados (como mães,
pais, irmãos, etc.) para comparações e diferenciações.
Página 10
Página 11
Atividades
7 A resposta ao segundo item da questão pode ser socializada entre os colegas. É possível realizar
uma enquete acerca dos sentimentos vividos nos espaços escolhidos pelos alunos e questioná-los
sobre o motivo dessas sensações.
LIVRO DO PROFESSOR 15
8 O conceito de lar foi explicado, ao longo das aulas, como algo além do espaço físico: um local
de encontro, de amor e de cuidado. Questione os alunos: Por que todas as crianças têm direito a
um lar? O que é um direito? O que é um dever? O que significa proteção? Que exemplos temos de
proteção e desproteção?
Comente com eles sobre a garantia dos direitos da infância e da adolescência por meio do Estatuto
da Criança e do Adolescente. Saliente que esse documento também registra os deveres das crianças
e dos adolescentes. É importante que compreendam que todo direito implica em um dever.
Sugestão de atividade
9 Além dos animais apresentados como exemplo de proteção, é possível realizar uma pesquisa
na internet com os alunos, buscando outros animais que apresentam os mesmos cuidados com seu
bando ou seus filhotes. Cada aluno ou dupla pode desenhar o animal e escrever um texto sobre ele.
Reserve um tempo de aula para a socialização dos resultados das pesquisas.
Página 12
Brincar e aprender
10 Essa brincadeira tem o objetivo de introduzir as diferentes formas de viver de maneira leve e
descontraída. Questione as diferentes formas de viver e de se abrigar dos animais.
Para orientar a brincadeira, siga estes passos:
• Leve os alunos ao pátio ou a outro grande espaço na escola.
• Em cada trio, um aluno ficará no centro, e os outros dois, de mãos dadas, protegerão aquele que
estará no meio deles.
• A cada voz de comando “cada macaco em seu galho”, todos os participantes protegidos devem
tentar escapar e ir para o meio de outra dupla, e o aluno do centro do grande círculo deverá
tentar ocupar algum lugar vazio.
• Quem restar fora da proteção das duplas deve ficar no meio do grande círculo.
Páginas 13 a 15
1. Inicialmente, peça aos alunos que realizem uma leitura silenciosa do texto Cada coisa em seu lugar,
para que consigam compreender os registros escritos e as ilustrações. Então, repita a leitura em
voz alta pausadamente e deixe que eles leiam apenas a ilustração. Questione os alunos sobre os
diferentes tipos de moradia e seus moradores. Em seguida, relacione o tema ao sentimento de lar
e de espaços em que gostamos de estar. É importante que os alunos compreendam que, quando
as coisas estão organizadas em seu devido lugar, ou no lugar ao qual pertencem, isso facilita a vida,
pois podemos encontrar objetos com maior facilidade e dispor dos elementos necessários para cada
tarefa que realizamos no dia a dia. Apesar de cada família ter um costume, geralmente os pratos,
por exemplo, são guardados no mesmo cômodo em que as refeições são feitas, assim como o vaso
sanitário deve ficar na privacidade do banheiro.
2. A brincadeira precisa ser realizada de maneira organizada e com algumas regras claras. O ideal
é escolher um espaço grande ou deixar um espaço livre no meio da sala para a execução dessa
atividade. Na primeira etapa, peça aos alunos que escrevam na primeira coluna onde guarda
os objetos citados na lista. O segundo passo é combinar com a turma algumas regras, como
caminhar pela sala e procurar um colega com o qual não costuma conversar tanto. Em seguida,
solicite à dupla que converse a respeito da organização dos objetos presentes no quadro dispo-
nível no Livro do aluno. Após essa conversa, eles devem anotar na terceira coluna de seu livro
as informações recebidas do colega. Após o término do preenchimento, solicite aos alunos que
voltem a seus lugares e que relatem os dados coletados para a turma.
3. As perguntas em relação à brincadeira devem ser respondidas de forma individual para, depois,
serem discutidas em turma. Os alunos certamente trarão exemplos, que são importantes para
uma simulação imaginária: a de se colocar no lugar do outro e descrever o que sentiriam com
base nisso.
Página 16
Atividades
13 O diálogos entre Potira e Manjari sintetizam o que as crianças construíram até o momento. Os
espaços e os objetos também podem ser sagrados. Solicite aos alunos que recortem do material
de apoio as imagens dos espaços sagrados e o nome do grupo religioso a que os personagens
pertencem. Os alunos podem colocar os recortes sem colar no quadro antes de realizar a conferência
com você, professor. Faça essa conferência junto às crianças, para que possam colar nos espaços
adequados. O objetivo é sistematizar a aprendizagem, visto que o quadro será um material de
consulta. Entendemos que o Cristianismo é a religião formada pelas Igrejas Católicas, Evangélicas,
Luteranas, etc. Entretanto, para esse ano escolar, adotamos o termo “religião” Católica e Evangélica,
com o objetivo de facilitar a compreensão dos alunos.
LIVRO DO PROFESSOR 17
Espaço Espaço
Religião Religião
religioso religioso
Religião
Judaísmo
Indígena
Budismo Candomblé
Cristianismo
Umbanda
Católico
Cristianismo
Islamismo
Evangélico
Página 17
14 No diálogo, Dulce e Yurem retomam a ideia dos espaços não sagrados ao falar de costumes
cotidianos. O intuito é revisar o conteúdo e introduzir novos elementos para o conhecimento das
religiões, como a ampliação do vocabulário religioso com a palavra costume, ainda que ela seja
abordada como elemento não sagrado.
Com os textos e as imagens, os conceitos de costumes e crenças são construídos com base na família,
no lar, até chegar à escola. É importante retomar essas questões com os alunos, para que percebam
as perspectivas tomando como referência um mesmo objeto de conhecimento.
Páginas 18 e 19
Atividades
15 Converse com os alunos sobre as respostas que obtiveram. Divida o quadro em quatro partes
(costume, crença, costume religioso e crença religiosa) para classificar as respostas dos entrevistados
e peça a eles que as copiem nos espaços apropriados do quadro. É importante salientar que nem
todas as famílias e pessoas acreditam ou seguem alguma religião. Elas podem ter outras crenças
ou outros valores. A criança e sua família precisam ser respeitadas diante desse posicionamento.
Página 20
Página 21
LIVRO DO PROFESSOR 19
CAPÍTULO 2 AS MEMÓRIAS
Neste capítulo, é abordado o tema memória. Após observar os ambientes de convivência, con-
vidamos os alunos a olhar para dentro de si mesmos, buscando memórias e sentimentos que esses
ambientes evocam. O objetivo é que eles compreendam o que são memórias afetivas e o valor que
o sagrado pode ter.
Orientações didáticas
Páginas 22 e 23
1 Este capítulo introduz elementos que adiante serão aprofundados no âmbito das religiões
(capítulos 3 e 4). O capítulo aborda as narrativas orais e escritas, bem como símbolos familiares e
escolares, que remontam a lembranças e memórias importantes para a construção da identidade
da criança. Dessa maneira, os alunos conseguem definir e diferenciar elementos importantes e que
fazem parte de seu cotidiano, para que, mais tarde, seja introduzido ao universo religioso.
O capítulo apresenta as narrativas orais e escritas com base no cotidiano dos alunos, principalmente
na família. Inicia com a definição de comunicação e exemplifica seus diversos tipos, enfatizando a
oralidade e a escrita, além de abordar a tradição oral dos povos indígenas.
Em seguida, os personagens, em uma linguagem próxima à do aluno, evocam memórias de narra-
tivas escritas e orais de seus familiares. Nesse momento, eles se identificam com os personagens e
lembram-se das próprias memórias.
O conteúdo é finalizado trazendo a ideia de memória escrita na escola e possibilitando aos alunos
perceber que a narrativa escrita está próxima deles, em diferentes fontes escritas que transmitem
memórias. O boletim escolar em forma de quebra-cabeça finaliza a abordagem do tema e inicia a
reflexão sobre o próximo conteúdo.
Página 24
Ponto de partida
2 O registro dos alunos será retomado na atividade 1 da seção Conversar e fazer juntos.
Página 25
b) Pessoal. Os alunos poderão concluir que a escrita é mais elaborada e formal porque o texto
precisa transmitir o que queremos relatar somente por meio de palavras. É importante que eles
percebam o potencial expressivo dos gestos, da entonação da voz e de outros elementos que
precisam ser descritos textualmente.
Páginas 26 e 27
1. O objetivo da atividade é exemplificar as diferenças perceptíveis entre a fala e a escrita. Uma his-
tória contada com base nas memórias afetivas para várias pessoas durante muitos anos poderia
sofrer modificações em relação à história original?
Essa é uma pergunta importante para fazer aos alunos antes da brincadeira. A ideia é que eles
respondam que podem ocorrer modificações, mas a essência precisa permanecer para haver
respeito e cuidado com o que foi contado.
A brincadeira de telefone sem fio consiste em repassar a informação para outra pessoa cochichando
em seu ouvido. É interessante iniciar com uma palavra que não é muito comum para os alunos;
depois, passar para uma pequena frase e, por fim, uma pequena narrativa (com início, meio e fim).
É possível, também, colocar regras para a brincadeira, como repassar a informação até duas vezes
ou colocar a mão ao lado da boca para impedir que os colegas façam a leitura labial.
LIVRO DO PROFESSOR 21
Converse com os alunos sobre as diferenças entre passar uma informação quando ela é uma pala-
vra, uma frase ou uma narrativa. O que acontece quando temos mais informações para passar? Ao
brincar de telefone sem fio, percebe-se a importância do cuidado ao repassar informações, pois é
imprescindível que se mantenha a veracidade daquilo que escuta, vê ou percebe.
As expressões mantêm uma constância e, a partir de algumas falas, elas se modificam. Identifique
em quais diálogos as expressões faciais se modificam e quantas vezes isso acontece. Por meio desses
questionamentos, auxilie os alunos a perceber que a primeira personagem é também a última.
A mesma personagem que iniciou o telefone sem fio, o rumor, acabou por receber a mensagem
de outra maneira. Diferentemente da expressão inicial, que demonstra curiosidade ao espalhar
uma notícia, na última cena, a personagem reage constrangida ao que parece ser uma acusação.
A última questão, com relação à ilustração, auxiliará os alunos a sistematizar as demais atividades
sobre as narrativas orais. Oriente os alunos a apresentar suas respostas oralmente e, em seguida,
registrá-las no caderno.
b) Pessoal. O objetivo é que os alunos concluam que as informações devem ser comunicadas cla-
ramente, sem adicionar nenhum detalhe ou informação que seja diferente do que se ouviu. É
importante também checar com o interlocutor se o que ele ouviu e compreendeu foi o que se
quis dizer.
Página 28
Atividades
6 Na escola, além da narrativa oral, há a narrativa escrita. Questione os alunos sobre os tipos de
narrativas que se pode encontrar na escola e peça-lhes exemplos. O boletim escolar é um exemplo
de narrativa, pois pode contar histórias. O boletim escolar tem um significado social, por isso é im-
portante questionar os alunos sobre essa representação e tantas outras. Com essa introdução, eles
compreenderão que os símbolos têm e representam significados.
Página 30
Página 31
Atividades
9 Antes de definir o que é um símbolo, peça aos alunos que recortem do material de apoio as
imagens e que as associem aos significados que estão no livro.
1. Essa atividade pode ser realizada inicialmente sem o uso de cola. Depois da verificação coletiva,
eles podem colar as imagens para que o registro definitivo fique correto.
LIVRO DO PROFESSOR 23
Gabarito:
Páginas 32 e 33
• SMITH, Penny; SHALEV, Zahavit. Escolas como a sua: um passeio pelas escolas ao redor do mundo.
São Paulo: Ática, 2008.
O livro apresenta o cotidiano escolar de crianças de mais de 30 países por meio de depoimentos
das próprias crianças. Conhecendo outras realidades escolares com base em narrativas escritas e
fotos, é possível despertar um novo olhar acerca da própria escola.
LIVRO DO PROFESSOR 25
CAPÍTULO 3 OS SÍMBOLOS RELIGIOSOS
Neste capítulo, é iniciada uma abordagem sobre o conceito de símbolo partindo da realidade
dos alunos. O objetivo é que eles compreendam que, assim como suas memórias podem evocar
sentimentos, os símbolos (objetos ou sinais gráficos) também contribuem para dar sentido àquilo
que nos rodeia.
Orientações didáticas
Página 36
1 No capítulo anterior, os símbolos foram classificados como religiosos e não religiosos. Neste capí-
tulo, há a ampliação desse conceito por meio da apresentação da simbologia das tradições religiosas
dos personagens. Há, também, um olhar para a identidade religiosa quando o aluno apresenta seu
símbolo religioso e o classifica como parte de um grupo religioso. O movimento pedagógico realizado
neste capítulo parte da identidade para a diversidade, retornando para a identidade do aluno. Por isso,
é importante consultar os familiares sobre a simbologia religiosa, deixando claro e objetivo que, duran-
te a aula, o foco é o conhecimento religioso, e não o desenvolvimento de uma experiência religiosa.
Na ilustração de abertura do capítulo, os personagens vestem camisetas com símbolos estampados.
Nos quadros a seguir, encontram-se algumas informações a respeito desses símbolos.
Vários objetos produzidos pelos povos indígenas, que chamamos de artesanato, têm
Religiões Indígenas
para eles valores simbólicos, rituais e até mágicos. As esculturas zoomórficas guaranis,
(Povo Guarani)
por exemplo, representam animais aos quais são atribuídas propriedades medicinais. Os
animais mais frequentemente esculpidos são: tatu, tartaruga, onça, jacaré, quati, coruja,
tucano, falcão, águia e tamanduá.
As esculturas são feitas pelos homens indígenas, que também são os responsáveis
por colher a madeira, o que deve ocorrer na Lua minguante ou crescente. Esse ofício é
ensinado de pai para filho. Enquanto a criança ainda não sabe ou não consegue esculpir,
ela acompanha e observa o trabalho do pai.
Os indígenas Guarani acreditam que o tatu é um animal que traz força e vigor às
crianças. Por isso, quando caçam tatu na Lua nova, os Guarani tiram um pouco de sua
gordura e a passam no corpo das crianças, como uma pomada, para fortalecer seus ossos
e músculos.
Em virtude do avanço das cidades, muitos animais que faziam parte do cotidiano
dos povos indígenas estão desaparecendo ou rareando. Nesse contexto, as esculturas
também servem para apresentar esses animais às crianças e aos jovens, a fim de que seu
significado não se perca.
Judaísmo
A menorá é um candelabro com sete pontas, ou sete espaços para velas. Na Torá,
livro sagrado do Judaísmo, diz-se que Moisés construiu a primeira menorá por ordem de
Deus. O objeto, colocado no Tabernáculo, era aceso diariamente pelo Sumo Sacerdote.
Simboliza a árvore em chamas que Moisés viu no Monte Sinai, por meio da qual se
comunicou com Deus pela primeira vez.
Na Torá e na tradição judaica, a luz representa o bem e a sabedoria, de modo que,
segundo algumas interpretações, o candelabro sempre aceso representa a palavra, o
amor ou a proteção de Deus, que ilumina o mundo e o coração dos fiéis.
A cor das roupas e dos acessórios variava de acordo com a região da qual vinham e
com sua religião. As africanas muçulmanas, por exemplo, cobriam a maior parte do corpo
com tecidos pesados e lisos; já as nagôs utilizavam roupas com bordados e anáguas por
baixo das saias. Além disso, quando os colares ou as pulseiras de contas eram guias (aces-
sórios de valor sagrado), a cor dependia do orixá do qual a pessoa era considerada filha.
A religião e o local de procedência influenciavam, ainda, em qual dos ombros o pano de
costa era utilizado, se o turbante tinha a ponta para cima ou para trás, etc.
Entre essas mulheres, as chamadas “escravas de ganho”, que comercializavam comi-
das nas ruas, tornaram-se referência. Por meio de sua renda, muitas vezes, conseguiam
comprar a própria alforria. Por isso, essas personagens, típicas na Bahia, tornaram-se
símbolos da ascensão social conquistada pelas mulheres por meio do trabalho (alcançan-
do a liberdade) ou por meio da hierarquia religiosa (consagrando-se como Ialorixá, ou
mãe de santo).
LIVRO DO PROFESSOR 27
Islamismo
Os cordões com nós ou contas são utilizados em diversas religiões para contabilizar
orações, mantras, etc. No Catolicismo, há o terço; no Budismo e no Hinduísmo, o japama-
la; e no Islamismo, o masbaha.
©Shutterstock/Roberto Giobbi
Budismo
O terço é um objeto que facilita a contagem das orações do rosário. De acordo com
a tradição católica, a cada oração de Ave-Maria, é como se uma rosa fosse entregue à
Virgem Maria, completando, ao final, um buquê.
Tradicionalmente, rezava-se um terço três vezes para completar o rosário, de acordo
com a recitação dos mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Em 2002, o Papa João
Paulo II acrescentou ao rosário os mistérios Luminosos. A recitação dos mistérios corres-
ponde aos momentos da vida de Jesus Cristo.
Glória ao Pai
Pai-Nosso
Ave-Maria Pai-Nosso
Glória ao Pai
Ave-Maria
Ave-Maria
Glória ao Pai
Pai-Nosso Pai-Nosso
©Shutterstock/Fleckstone
Ave-Maria
Glória ao Pai
Ave-Maria
Salve-Rainha
Pai-Nosso
Glória ao Pai
Ave-Maria
Pai-Nosso
Creio
LIVRO DO PROFESSOR 29
Cristianismo
Página 38
2 Nessa página, os personagens apresentam outros símbolos aos alunos. O objetivo é que eles
conheçam e identifiquem os símbolos em seu cotidiano de vivência e os relacionem às religiões
correspondentes. Pela complexidade da conceituação, o significado aprofundado dos símbolos das
religiões não será desenvolvido este ano. Salientamos, ainda, que os símbolos apresentados para
cada religião são apenas alguns entre os que cada uma tem.
Se julgar pertinente, explique aos alunos, de maneira adequada à faixa etária, algumas informações
sobre o significado e a origem dos símbolos apresentados, conforme os quadros a seguir. Ressaltamos
que a origem e o significado do peixe no Cristianismo foram apresentados na orientação didática
anterior, relativa aos conteúdos das páginas 34 e 35.
Chamado de “luz de vida e pomba de Oxalá”, o símbolo foi criado pela Associação de
Umbanda de Caxias para ser usado na bandeira nacional da religião. Tanto o Sol quanto a
pomba representam aspectos de Oxalá, considerado um dos principais orixás da Umbanda,
que corresponde, no sincretismo, à figura de Jesus Cristo.
LIVRO DO PROFESSOR 31
A tradição islâmica, em geral, recusa a adoção de símbolos e representações.
Islamismo Portanto, não existem símbolos oficiais da religião, mas alguns considerados popular-
mente. Além da Lua crescente com a estrela, também são populares como símbolos
islâmicos: a estrela de oito pontas; o hamsá, figura em forma de mão aberta que pode
conter um desenho no centro; o shahadatain, inscrição que significa “duas Shahadas”,
sendo Shahada a declaração de fé dos muçulmanos. Também são significativas as cores
vermelho, branco, preto e verde.
A Lua crescente com a estrela de cinco pontas foi símbolo do Império Otomano,
Estado muçulmano que dominou por mais de 600 anos o território que se estendia entre
o Leste Europeu e o Oriente Médio, passando também pelo Norte da África. Para os povos
muçulmanos que seguem o calendário lunar, a Lua crescente é um símbolo de renovação.
Acredita-se que a estrela de cinco pontas esteja associada aos cinco principais pilares
da religião islâmica (representados pelos cincos dedos no hamsá): fé, oração, caridade,
jejum e peregrinação.
Página 39
Página 40
Brincar e aprender
4 No caça-palavras, os alunos vão encontrar as palavras que respondem a cada um dos itens. O
objetivo é que eles possam retomar o conteúdo estudado até o momento. Portanto, será necessário
consultar as páginas anteriores.
Atividades
5 A atividade tem como objetivo fazer com que os alunos sistematizem o conteúdo relacionado
aos símbolos estudados, bem como desenvolver habilidades relacionadas à motricidade.
Páginas 42 e 43
Atividades
6
1. Caso os alunos não conheçam a história da Arca de Noé, auxilie-os a compreender o contexto do
trecho citado. Se necessário, explique-lhes que, segundo a narrativa bíblica, Deus decidiu acabar
com a humanidade, pois estava triste com a maneira como as pessoas estavam se comportando.
Elegeu, então, Noé e sua família para serem salvos e para proteger os animais da destruição que o
dilúvio causaria. O dilúvio durou 150 dias, cerca de 5 meses. Nas últimas semanas, Noé começou a
soltar uma pomba para que, caso encontrasse terra firme, trouxesse um ramo de árvore de volta,
o que ocorreu no final dos 150 dias. A história da Arca de Noé explica o fenômeno do arco-íris
sob uma perspectiva religiosa. Após a chuva que gerou o dilúvio, o arco-íris surgiu como símbolo
da promessa divina de não mais destruir a humanidade.
2. Auxilie os alunos a atribuir sentido simbólico às representações do peixe. A composição deles deve
ter uma organização estética, formar um símbolo ou uma palavra.
Página 44
Páginas 45 e 46
Atividades
8 Caso os alunos não conheçam a história narrada no trecho bíblico, auxilie-os na compreensão
do contexto. Explique a eles que, na época, os samaritanos e os judeus se consideravam inimigos
e que Jesus era de origem judaica. Esclareça também, se necessário, o sentido metafórico da água
na narrativa, assim como o da sede.
LIVRO DO PROFESSOR 33
A leitura do trecho da música Planeta água e as atividades orais auxiliam na reflexão de que a água
passa por transformações, inclusive de maneira simbólica, e dá vazão ao imaginário.
A lenda citada na música é de Iara, nome que, em tupi-guarani, significa senhora. Ela se apresenta
como uma linda mulher de longos cabelos pretos, olhos castanhos, que tem a metade superior do
corpo de uma mulher e a metade inferior de uma cauda de peixe. Trata-se de uma sereia que fica
nas águas dos rios amazônicos. Ela tem uma bela voz e canta para atrair pescadores e levá-los para
o fundo dos rios.
Reproduza para os alunos sons relacionados à água. Podem ser sons de cachoeira (água caindo
nas pedras), chaleira apitando (que indica que a água está fervendo), de chuva (com a água caindo
sobre diferentes superfícies), das águas de um rio, entre outros.
Página 49
Brincar e aprender
9 O jogo Dominó dos Símbolos Religiosos tem como intenção resgatar visualmente todos os
símbolos e as tradições religiosas desenvolvidos no capítulo. Esse jogo poderá ser utilizado como
uma avaliação diagnóstica, possibilitando a observação em duplas da compreensão de cada aluno
acerca do que foi estudado. Ressaltamos que as peças podem ser combinadas de diferentes maneiras
e, em algumas delas, o jogo pode “travar”, de modo que sobrem algumas peças. Nesse caso, vence
o jogador que tiver menos peças sobrando e a dupla pode iniciar outra rodada.
Neste capítulo, o conceito de símbolo, aprendido nos capítulos anteriores, é associado à realidade
dos alunos por meio da abordagem dos alimentos no âmbito religioso. Dessa maneira, esperamos que
eles compreendam que, no universo religioso, alguns elementos adquirem propriedades sagradas
e simbólicas em determinadas circunstâncias. Um mesmo objeto pode ser sagrado para um grupo
de pessoas e não ser para outro, da mesma forma que pode ser sagrado apenas em determinado
contexto (sobre um altar, durante uma cerimônia, etc.).
Orientações didáticas
Páginas 50 e 51
1 Este capítulo está dividido em três eixos centrais. O primeiro aborda o alimento como elemento
essencial para a sobrevivência humana, além de discutir questões sobre a qualidade do que se come,
pois isso interfere na saúde. Ressalta que o consumo de alimentos saudáveis é importante para
cuidar bem da mente e do corpo. O segundo eixo trata do alimento como elemento simbólico ou
sagrado nas tradições religiosas. Por fim, o terceiro eixo discorre sobre o respeito que é necessário ter
em relação às crenças religiosas, mesmo quando elas vêm ao encontro da identidade de cada um.
Página 52
Ponto de partida
2 Nessa seção, o objetivo é sensibilizar os alunos a respeito da importância que os alimentos adquirem
em festas, comemorações ou outros eventos sociais. O bolo, por exemplo, é um alimento consumido
no cotidiano das pessoas, mas que em uma festa de aniversário pode adquirir um significado diferente,
sendo, em muitas culturas ocidentais, um alimento imprescindível nesse tipo de evento. Converse com
os alunos a respeito disso e instigue-os a refletir sobre outras ocasiões em que atribuímos significados e
valores específicos aos alimentos.
As perguntas da atividade 2 devem ser respondidas oralmente pelos alunos. É importante que eles
compartilhem suas opiniões com os colegas e as diferenças na relação que cada um tem com os ali-
mentos em determinadas ocasiões. Em seguida, anote no quadro os alimentos citados por eles e as
ocasiões especiais a que eles os relacionam, sempre discutindo as respostas com a turma.
Os elementos possíveis de serem reconhecidos nas fotos são os alimentos, a decoração, as cores, as
crianças, etc. Em um aniversário, nos países ocidentais, geralmente não podem faltar brincadeiras,
velas, bolo e outros alimentos.
LIVRO DO PROFESSOR 35
Nas famílias, há momentos em que o alimento é preparado de maneira diferente para festejar al-
guma comemoração, como a vitória em um esporte, uma apresentação escolar, etc. Os alimentos
estão relacionados a momentos especiais pela afetividade e pelo carinho com que são preparados,
servidos e compartilhados. Não pode faltar alimento em uma festa de aniversário, pois ele também
tem a função de unir as pessoas.
Páginas 53 e 54
Atividades
3
1. Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que essas comidas são tipicamente brasileiras, mas
de diferentes regiões: buchada de bode é do Nordeste; chouriço, do Sul; casquinha de siri, do
litoral; pato no tucupi e caldo de turu, do estado do Pará; farofa de içá, do Vale do Paraíba, no
estado de São Paulo.
3. As duas imagens são antagônicas e a intenção é que os alunos percebam que os alimentos sau-
dáveis proporcionam melhor qualidade de vida do que os alimentos industrializados. O alimento
também é considerado sagrado, sem conotação religiosa, quando nutre e dá vida. As imagens
demonstram que o excesso de alimentos calóricos, pobres em nutrientes e/ou industrializados
pode levar o indivíduo a ter problemas de saúde.
É importante, porém, salientar que a nutrição não está relacionada somente à quantidade de
comida ingerida, mas à qualidade dos alimentos. O cuidado com o corpo deve visar ao forneci-
mento de nutrientes que contribuam para o bom funcionamento do organismo. Outro ponto
importante é auxiliar os alunos a estabelecer uma relação entre a saúde do corpo e a da mente.
Alimentar-se bem possibilita disposição para estudar, praticar esportes, viajar, ter energia para
fazer as atividades de que se gosta. Uma má alimentação pode trazer a sensação de cansaço,
preguiça, indisposição, falta de vontade para brincar, estudar, etc.
Página 55
4 O diálogo entre os personagens ilustra as ideias de que os alimentos têm diferentes funções.
Podem estar presentes no cotidiano, em eventos sociais ou em festividades e ritos religiosos, sendo
simbólicos ou até sagrados. O personagem Yurem, por exemplo, mostra que o pão é um alimento
tradicionalmente consumido em um momento importante para a religião islâmica, o Ramadã. Já a
Manjari apresenta o naan, pão que é consumido no cotidiano de muitas pessoas na Índia.
Página 57
6 O momento da Santa Ceia foi representado de muitas maneiras ao longo da história. Ao ana-
lisar as obras, é imprescindível comentar o contexto em que elas foram criadas, em que culturas e
em que épocas isso se deu. A obra Santa Ceia foi esculpida pelo artista brasileiro Antônio Francisco
Lisboa, conhecido como Aleijadinho (ca.1730-1814), mestre do Barroco Mineiro. Já a Última Ceia é
um painel pintado por Juan de Juanes (1507-1579), artista do Renascimento Espanhol.
Mesmo quando os artistas buscam fazer retratos realistas, a cena não é necessariamente fiel ao fato
ocorrido. Quando o artista retrata uma cena que ocorreu em época e local diferentes em relação ao
contexto em que ele vive, algumas características do local e da época de produção da obra podem
se destacar. Os personagens Dulce e Felipe aparecem juntos nessa atividade para que os alunos
relacionem o Cristianismo aos dois grupos religiosos a que eles pertencem.
Página 58
Atividades
7 Verifique as semelhanças e as diferenças que os alunos conseguem perceber entre as duas obras.
A maior semelhança é o tema: ambas retratam a última ceia de Jesus Cristo. Nota-se, nas duas obras,
a posição central de Jesus à mesa, ladeado por João (retratado sem barba e de cabelos compridos) e
Pedro. Judas Iscariotes aparece, em ambas, em uma extremidade da mesa, com um saco de moedas
nas mãos. A obra de Aleijadinho conta com a presença de dois personagens extras, serviçais presen-
tes nas extremidades da cena. Além das diferenças dos utensílios à mesa, do formato desta, entre
outras coisas, destaca-se a diferença entre a obra tridimensional (escultura) e bidimensional (pintura).
8 A história contada é uma versão de um mito Guarani. É importante que os alunos saibam que
existem diversas histórias sobre a origem do milho, com personagens e enredos diferentes, depen-
dendo da tradição de cada povo indígena.
LIVRO DO PROFESSOR 37
Por ser de origem mesoamericana e essencial na alimentação dos povos indígenas de diversos ter-
ritórios, existem inúmeras versões a respeito da história do surgimento do milho. Nas tradições de
algumas etnias que habitam o México, por exemplo, o vegetal ocupa papel central na sociedade,
pois acredita-se que o homem foi criado por Deus a partir de uma massa de milho.
Páginas 61 e 62
9 A intenção de abordagem do tema é que os alunos revejam as páginas 51 e 52, nas quais são
apresentados diferentes alimentos que, de alguma maneira, são ligados às religiões dos persona-
gens. Os questionamentos instigam os alunos a relacionar cada alimento a uma das religiões e a
compreender em que momentos esses alimentos tornam-se simbólicos ou sagrados para elas.
Conversar e fazer juntos
10 A pesquisa com os pais auxilia os alunos a colocar em prática a aprendizagem que vêm cons-
truindo até o momento. Por meio da pesquisa, eles poderão observar em que situações alimentos
comuns do dia a dia tornam-se simbólicos ou sagrados para determinada religião. O arroz, por
exemplo, faz parte da alimentação comum diária nos países budistas, mas só adquire conotação
religiosa quando é oferecido a Buda no altar.
Com base na pesquisa realizada em casa, os alunos deverão representar um alimento que seja sim-
bólico para sua religião. A ideia é que os alimentos sejam tridimensionais e que sejam colocados em
um prato de plástico para facilitar a exposição. Conclua a abordagem do tema trabalhando com a
identidade religiosa deles e reforçando a ideia de que o Ensino Religioso apresenta o conhecimento
da diversidade religiosa e que não tem o intuito de impor nenhuma religião. Além disso, as crianças
que não têm uma crença religiosa poderão representar alimentos saudáveis.
Páginas 63 e 64
Atividades
11 A atividade de encerramento do livro possibilita aos alunos compreender e relacionar os persona-
gens a suas crenças religiosas, suas preferências, bem como com os alimentos e símbolos religiosos
de cada credo. Além disso, a atividade compila todas as informações para que, no ano seguinte,
eles tenham esses conhecimentos prévios sistematizados, a fim de construir novas aprendizagens.
A última atividade do livro objetiva incentivar os alunos a adquirir a habilidade de se posicionar de
maneira respeitosa frente às diferenças religiosas. Eles devem se comprometer a sempre respeitar
essas diferenças. É essencial que todos compreendam que, ainda que não atribuam significados sa-
grados a determinados objetos ou a algumas ações, devem agir com respeito ao entrar em contato
com grupos religiosos que os considerem sagrados.
• BRANCA, Paolo et al. Quando o alimento é sagrado. Terrasanta, São Paulo, n. 12, p. 17-33, 2015.
Esse dossiê aborda as concepções religiosas dos alimentos para os cristãos, judeus e muçulmanos
partindo dos textos e das tradições sagradas de cada religião e analisando, também, as questões da
fome e da produtividade agrícola.
• SOUZA, Patrícia R. de. A religião vai à mesa: uma degustação de religiões com suas práticas ali-
mentares. São Paulo: Griot, 2015.
Todo ser vivo precisa se alimentar: é uma necessidade fisiológica. Entretanto, a maneira como o
faz, o que come, quando come e por que come são questões mais subjetivas, que dependem da
cultura e da geografia do local em que habita. Entre os fatores culturais, destaca-se a religião, que
pode determinar períodos de jejum, quem pode comer determinado tipo de alimento e até como
ele deve ser cultivado, preparado e servido.
Esse livro aborda as práticas alimentares de diversas religiões. A alimentação expressa uma cultura
religiosa e, com base nela, é possível conhecer mais a respeito das visões de mundo (transcendente
e imanente) de cada tradição religiosa.
LIVRO DO PROFESSOR 39
Você sabia
Para enriquecer a discussão em sala de aula, se considerar oportuno, apresente aos alunos as
informações a seguir a respeito de algumas religiões.
JUDAÍSMO
• É uma das religiões mais antigas de que se tem notícia. Originou-se com Abraão, que, há cerca
de quatro mil anos, instalou-se com sua família na terra de Canaã (atual Israel).
• Toda semana, desde a tarde de sexta-feira até a tarde de sábado, é celebrado o Sabath em família.
Em torno da mesa da refeição, os familiares cantam e oram juntos. Durante a celebração, os meninos
e os homens usam quipá, um tipo de chapéu que, para os judeus, é um sinal de respeito a Deus.
• No sábado pela manhã, os judeus rezam na sinagoga ao som da leitura de um trecho da Torá,
que depois é explicado pelo rabino, o líder religioso.
• A festa mais importante para os judeus é o Yom Kippur, que significa “dia do grande perdão” e
acontece durante o outono. Nesse dia, eles não comem, não bebem e ninguém trabalha. Esse
tempo é dedicado à reflexão, à reconciliação com os outros e à obtenção do perdão de Deu
Deus.
• Os judeus
j recitam com frequência o ShemShemá,
que significa “escuta”. Começam as orações
oraçõ
dizendo “Shemá, Israel”” ou “Escuta, Isra
Israel”.
• O Budismo surgiu na Índia com o príncipe Sidarta Gautama, conhecido como Buda, termo que
significa “Desperto”. Teve influências do Hinduísmo e, com o tempo, chegou a outras nações,
estabelecendo diferentes formas de sincretismo com elementos de religiões nativas.
• Originariamente, o Budismo não inclui a crença em um Deus, ainda que, em alguns locais, o
sincretismo seja responsável pela menção a deidades. Esse é o caso, por exemplo, do Budismo
Tibetano, em que as deidades representam virtudes a serem alcançadas.
• Buda ensinou que os sofrimentos humanos vêm do desejo e do apego a coisas passageiras. Para
alcançar a paz e a iluminação (ou nirvana), ele propunha o desapego e uma vida pautada em
atitudes corretas e sem violência. Também destacava a importância da meditação.
• No Japão, surgiu o Zen-Budismo, que apresenta rituais próprios. Por exemplo, alguns budistas
têm em casa um pequeno altar, chamado Butsudan, diante do qual rezam em família. No altar, há
sempre uma imagem de Buda, placas com nomes dos ancestrais da família, bastões de incenso
e pode haver oferendas.
©Shutterstock/SantiPhotoSS
41
CRISTIANISMO
©Shutterstock/Christin Lola
• Religião monoteísta representada por três grandes agru-
pamentos religiosos: católicos, ortodoxos, protestantes e
evaangélicos. Há outros grupos menores, como os espíritas,
qu
ue também se denominam cristãos por seguirem os
ensinamentos de Jesus Cristo.
• Muhammad é o profeta, ou aquele que recebeu a mensagem de Alá para transmiti-la à humani-
dade. Nasceu em Meca, na Arábia Saudita. No Brasil, é conhecido como Maomé.
• Os muçulmanos rezam cinco vezes ao dia. Começam lavando as mãos, o rosto e os pés como
sinal de purificação ou limpeza de si mesmos. Colocam-se de joelhos e se viram em direção à
Meca. Então, recitam trechos do Corão repetindo diversas vezes a prostração.
• Uma vez por ano, durante um mês todo, os muçulmanos celebram o Ramadã. As pessoas adultas
não comem, não bebem e não fumam durante o dia.
• Os homens, às sextas-feiras, ao meio-dia, vão a uma mesquita e, antes de entrar, tiram os calçados.
©Shutterstock/FS Stock
43
©Shutterstock/Gero Rodrigues
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS
• O panteão de orixás do Candomblé é vasto, uma vez que inclui entidades cultuadas em religiões
africanas muito distintas entre si. O fato se deve ao encontro de representantes de diferentes grupos
escravizados, que contribuíram com elementos culturais próprios para formar essa religião.
• As divindades se manifestam em pais ou mães de santo para expressar a energia vital (axé) por
meio de danças ao ritmo de instrumentos de percussão, chamados de atabaques, e dos cantos.
O culto, em geral, termina com um jantar feito com a comida dos orixás, a qual é oferecida à
comunidade.
• Fundada em 1908 no estado do Rio de Janeiro, por Zélio Fernandino de Moraes, a Umbanda é
uma religião marcada pelo sincretismo de elementos do Catolicismo, do Espiritismo, de religiões
afro-brasileiras e indígenas. Atualmente, alguns grupos também incorporam elementos orientais.
• Os seguidores da Umbanda creem nos Espíritos de Luz que vêm à Terra para ensinar e ajudar as
pessoas. São entidades espirituais, chamadas de Guias, que se manifestam por meio dos médiuns
durante as sessões.
• Em diferentes regiões do Brasil, há comunidades indígenas de etnias diversas. Elas têm cultos,
ritos, danças e crenças particulares que se constituíram ao logo da história dos grupos e que
expressam, também, a resistência à imposição religiosa e cultural de outros povos.
• As comunidades indígenas do Xingu, no Mato Grosso, por exemplo, são integradas pelas etnias
Aweti, Kalapalo, Kamaiurá, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Trumai, Wauja e Yawalapiti e se
caracterizam por uma grande similaridade no modo de vida e visão de mundo.
• Cada um desses grupos faz questão de cultivar sua identidade, promovendo a celebração de
suas particularidades e diferenças. Entretanto, também se articulam em uma rede de trocas es-
pecializadas, casamentos e rituais interaldeias.
• As religiões nativas são marcadas por rituais nos quais mitos são revividos, de modo que, em
algumas comunidades, os participantes do ato ritualístico se sentem parte da divindade.
• As práticas e as festas religiosas caracterizam-se por ritos de defumação, entoação de cantos, uso
de instrumentos musicais, dança, incorporação, transe e uso de ervas.
• Os rituais fundamentam a realidade, definem a organização da vida social e são fontes de memó-
ria e conhecimento. Há rituais para celebrar o fim das estações da chuva ou da seca; outros para
comemorar a chegada das colheitas; há rituais de casamento e vitórias em guerras, por exemplo.
©Shutterstock/Filipe Frazao
45
Referências
AS GRANDES festas judaicas: Rosh Hashaná e Yom Kipur. Disponível em: <https://pt.chabad.
org/>. Acesso em: 8 jan. 2019.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990.
MIRANDA, Bruce-Mitford. O livro ilustrado dos símbolos: o universo das imagens que
representam as ideias e os fenômenos da realidade. São Paulo: Publifolha, 2005.
SILVA, Eliane M. da; KARNAL, Leandro. O Ensino Religioso na Escola Pública do Estado de São
Paulo. Unicamp: São Paulo, 2006.
1. OS AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA
Conversar e fazer juntos, p. 20; Conversar e fazer juntos,
de convivência.
p. 21
2. AS MEMÓRIAS
• Símbolos em diversos
espaços
EF02ER05 – Identificar, distinguir
e respeitar símbolos religiosos de
Símbolos religiosos Conversar e fazer juntos, p. 32 e 33
LIVRO DO PROFESSOR
distintas manifestações,
tradições e instituições religiosas.
47
48
MAPA CURRICULAR INTEGRADO – ENSINO RELIGIOSO – 2o. ANO
Conteúdos Unidades Objetos de
Capítulo Habilidades Livro didático
privilegiados temáticas conhecimento
Turma:
AULA 1
AULA 2
AULA 3
AULA 4
AULA 5
FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal)
CERFLOR – Programa Brasileiro de Certificação Florestal
AULA 6 INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes
TECPAR – Certificação do Instituto de Tecnologia do Paraná
CARBONO ZERO – Compensação de Emissão Carbono Zero
LIFE – Iniciativa Duradoura para a Terra
CLAUDIA REGINA KLUCK
GISELE MAZZAROLLO
2000.94089
SONIA DE ITOZ
volume 2
A coleção Passado, presente e
LIVRO DO PROFESSOR
fé convida o aluno a conhecer
e a compreender as diversas
2
culturas religiosas que
compõem a sociedade brasileira.
Alinhada com as novas
volume
diretrizes da BNCC, essa
coleção oportuniza o estudo e a
compreensão de conceitos
religiosos, fundamentados em
conhecimentos das Ciências
da Religião e demais áreas
acadêmicas afins.
ISBN 978856447485-7
9 788564 474857 2
volume