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CLAUDIA REGINA KLUCK

GISELE MAZZAROLLO
2000.94089
SONIA DE ITOZ

volume 2
A coleção Passado, presente e
LIVRO DO PROFESSOR
fé convida o aluno a conhecer
e a compreender as diversas

2
culturas religiosas que
compõem a sociedade brasileira.
Alinhada com as novas
volume
diretrizes da BNCC, essa
coleção oportuniza o estudo e a
compreensão de conceitos
religiosos, fundamentados em
conhecimentos das Ciências
da Religião e demais áreas
acadêmicas afins.

ISBN 978856447485-7

9 788564 474857 2
volume
IDENTIFICAÇÃO
LIVROS QUE
Nome:
RESPEITAM
A NATUREZA
Escola:

Turma:

EMERGÊNCIA Os livros da coleção Passado, presente e fé são impressos na Posigraf, uma


gráfica comprometida com a responsabilidade socioambiental.
A Posigraf e seus impressos têm as certificações ISO 9001, de gestão de
Responsável: qualidade; ISO 14001, de gestão ambiental; e OHSAS 18001, de gestão de
Telefone: saúde ocupacional e segurança. Foi a primeira gráfica do Brasil a compensar
integralmente as suas emissões de carbono, com o programa Carbono Zero,
e também a adotar uma floresta e patrocinar sua conservação – a Mata do
Uru, localizada na Lapa – PR. Além disso, tem os certificados FSC® – Forest
Stewardship Council® e PEFC – CERFLOR (validado pelo Inmetro), atestando
que a matéria-prima para a impressão é proveniente de florestas manejadas
de forma responsável.
PROGRAMAÇÃO Ambas são certificações florestais, mas cada uma conta com princípios
DE ATIVIDADES e critérios diferentes. Em 2011, a Posigraf recebeu o Prêmio Abigraf de
Responsabilidade Ambiental por seu Sistema de Gestão Ambiental.

SEG TER QUA QUI SEX SÁB

AULA 1

AULA 2

AULA 3

AULA 4

AULA 5
FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal)
CERFLOR – Programa Brasileiro de Certificação Florestal
AULA 6 INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes
TECPAR – Certificação do Instituto de Tecnologia do Paraná
CARBONO ZERO – Compensação de Emissão Carbono Zero
LIFE – Iniciativa Duradoura para a Terra
CLAUDIA REGINA KLUCK
GISELE MAZZAROLLO
SONIA DE ITOZ

VOLUME 2
LIVRO DO PROFESSOR

1.a edição
Curitiba - 2019
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

K66 Kluck, Claudia Regina.


Ensino Religioso : passado, presente e fé / Claudia Regina
Kluck, Gisele Mazzarollo, Sonia de Itoz ilustrações Dayane
Raven. – Curitiba : Piá, 2019.
v. 2 : il.

ISBN 978-85-64474-84-0 (Livro do aluno)


ISBN 978-85-64474-85-7 (Livro do professor)

1. Educação. 2. Estudo religioso – Estudo e ensino. 3. Ensino


fundamental. I. Mazzarollo, Gisele. II. Itoz, Sonia de. III. Raven,
Dayane. IV. Título.

CDD 370

© 2019 Editora Piá Ltda.

Presidente Ruben Formighieri


Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos
Diretor Editorial Joseph Razouk Junior
Gerente Editorial Júlio Röcker Neto
Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy
Coordenação Editorial Jeferson Freitas
Coordenação de Arte Elvira Fogaça Cilka
Coordenação de Iconografia Janine Perucci

Autoria Gisele Mazzarollo


Reformulação dos originais de
Claudia Regina Kluck e Sonia de Itoz
Edição de conteúdo Lysvania Villela Cordeiro (Coord.) e
Anne Isabelle Vituri Berbert
Edição de texto Giorgio Calixto de Andrade
Revisão João Rodrigues
Consultoria Sérgio Rogerio Azevedo Junqueira

Capa Doma.ag
Imagens: ©Shutterstock
Todos os direitos reservados à
Editora Piá Ltda. Projeto Gráfico Evandro Pissaia
Rua Senador Accioly Filho, 431
81310-000 – Curitiba – PR Imagens: ©Shutterstock/
Site: www.editorapia.com.br KanokpolTokumhnerd/Zaie
Fale com a gente: 0800 41 3435 Ícones: Patrícia Tiyemi
Impressão e acabamento Edição de Arte e Editoração Evandro Pissaia
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 500 Pesquisa iconográfica Juliana de Cassia Camara
81310-000 – Curitiba – PR
E-mail: posigraf@positivo.com.br
Ilustrações Dayane Raven
Impresso no Brasil Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz
2020
Sumário
Capítulo 1 OS AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA 6

Eu e minha família ______________________________________________________ 10


Maneiras de viver em diferentes espaços _______________________ 12
Costumes e crenças _____________________________________________________ 17

Capítulo 2 AS MEMÓRIAS 22

Registrar e comunicar memórias pessoais e familiares ___ 24


Maneiras de registrar e de se comunicar na escola _________ 28
Símbolos em diversos espaços ______________________________________ 30

Capítulo 3 OS SÍMBOLOS RELIGIOSOS 34

Diferentes símbolos religiosos ______________________________________ 36


Histórias sobre a água__________________________________________________ 42
Penso diferente! __________________________________________________________ 47

Capítulo 4 OS ALIMENTOS NAS RELIGIÕES 50

Os diferentes alimentos _______________________________________________ 52


Alimentos nas religiões ________________________________________________ 55
Respeito com as crenças religiosas _______________________________ 61
MEUS
AMIGOS
Nesta coleção, você vai relembrar dos
amigos que conheceu e das religiões a que
eles pertencem.
Você lembra que estes personagens o
ajudaram a compreender a importância de
respeitar as crenças de cada pessoa?
Neste ano, vamos conhecer mais
características dessas religiões e você poderá
contar a seus amigos sua crença religiosa
também.

Dayane
Daya nee R
Raven.
aven.. 2016.
aven 20 Digital.
Digitaal.
1 Orientações para a abordagem do Ensino Religioso.

OI, MEU NOME É FELIPE! ESTÃO LEMBRADOS


DE MIM? MINHA IGREJA FAZ PARTE DO GRUPO
DOS EVANGÉLICOS. ALÉM DE FUTEBOL,
GOSTO MUITO DE LIVROS DE AVENTURA!

OLÁ, VOCÊS SE LEMBRAM DE MIM?


SOU A LEZA, ADORO ESTUDAR E AMO
OS ANIMAIS! MINHA RELIGIÃO FAZ
PARTE DO GRUPO DO CANDOMBLÉ.

MANJARI É MEU NOME E EU ME CHAMO SIKULUME E FAÇO


FAÇO PARTE DE UM GRUPO PARTE DE UM GRUPO DA UMBANDA.
DO BUDISMO. ADORO CANTAR AS PESSOAS COSTUMAM DIZER QUE
E ME EXPRESSAR POR MEIO EU SOU UM ÓTIMO DANÇARINO! SOU
DO TEATRO. MUITO FELIZ DANÇANDO!

OI, SOU ABNER E FAÇO PARTE DE UM


DOS GRUPOS DO JUDAÍSMO. GOSTARIA
DE SER ESCRITOR, POIS GOSTO DE
ESCREVER E INVENTAR HISTÓRIAS.

OLÁ, AMIGOS! VOCÊS SE LEMBRAM


DE MIM? EU SOU O YUREM.
FAÇO PARTE DE UM GRUPO DO
ISLAMISMO. GOSTO DE PINTAR E DE
BRINCAR COM MEUS AMIGOS!

EU SOU POTIRA E PERTENÇO A UM GRUPO


INDÍGENAA BRASILEIRO.
BRASILEIRO. MINHA DIVERSÃO
D
PREFERIDA É RESOLVER DESAFIOS MATEMÁTICOS.
M

EU SOU A DULCE E ESTE É TECO,


Dayane Raven. 2016. Digital.

MEU CÃO-GUIA. FAÇO PARTE DE UM


GRUPO CATÓLICO. GOSTO DE AJUDAR
MINHA AVÓ A COZINHAR E, CLARO,
PASSEAR E BRINCAR COM O TECO.
CAPÍTULO 1 2 Orientações para o início do capítulo.

OS AMBIENTES DE
CONVIVÊNCIA

. Digital.
ven. 2016
Dayane Ra

6
Neste capítulo, você vai estudar
que a casa em que vive é um espaço
de convivência e que as pessoas que
moram nesse lugar devem se sentir
protegidas. As religiões também têm
lugares de proteção. Nesses espaços,
são desenvolvidos costumes e crenças
que vamos conhecer.

7
3 Encaminhamento metodológico.

CUIDADO COM ESSE VASO, FELIPE!


MINHA FAMÍLIA ACREDITA QUE ESSAS
EU ENTENDO BEM QUE PLANTAS NOS TRAZEM PROTEÇÃO.
EU GOSTO MUITO DE
SENTIMENTO É ESSE! AQUI
AJUDAR AS PESSOAS,
EM CASA, MINHA MÃE
MEU CORAÇÃO FICA LEVE
NEM PRECISA ME CHAMAR
QUANDO FAÇO ISSO!
QUE JÁ VOU AJUDANDO!

Dayane Raven. 2016. Digital.


SIKULUME, LÁ EM CASA NÃO TEMOS CRENÇAS ASSIM, MAS
TEMOS O COSTUME DE LER A BÍBLIA TODOS OS DIAS.

Você percebeu, no diálogo dos personagens, que cada um deles tem um


costume ou uma crença diferente?
Pense em um membro de sua família e nos costumes que essa pessoa
tem. Em que ela acredita? Você pode pensar também no jeito de ser dela.

8 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


4 Orientações para a realização da atividade.

1. Com os elementos da página 1 do material de apoio, crie um “varal da família”.


Escolha uma peça de roupa para cada membro da sua família. Decore,
pinte e caracterize a peça de roupa de acordo com as roupas que essa
pessoa veste.
No centro da peça de roupa, escreva o nome e uma palavra ou uma
pequena frase que represente o jeito desse familiar, um costume ou algo
em que ele acredita.
Recorte as peças do material de apoio e monte um grande varal na sala
de aula.
Leia com os colegas o que cada um escreveu sobre seus familiares.
2. Com base na observação do varal, escreva algumas características dos familiares
dos colegas.
Pessoal. O objetivo é que os alunos percebam as diferenças que existem entre as famílias.

3. O que mais chamou a sua atenção? Por quê?


Pessoal. O objetivo é que os alunos se identifiquem com alguma história familiar e consigam relacioná-la com suas

vidas.

4. Com a turma, crie uma frase sobre essa atividade. A frase deverá ser escrita nas
peças de roupa que você não utilizou do material de apoio. Depois de escrever
e pintar, cole essas peças no caderno.

CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência 9


EU E MINHA FAMÍLIA 5 Encaminhamento metodológico.

Nossa família é um espaço de encontro e amor. É na família que


vivenciamos o sentido de um lar.
Reúna-se com os colegas e o professor e sentem-se em roda. Conte a
eles um pouquinho sobre sua família.

6 Orientações para a realização da atividade.

1. Em que espaço de sua casa você mais gosta de estar? Por quê?
2. Crie um diorama que represente esse espaço. Para construir o diorama, siga
estes passos:
a) Em uma folha, desenhe a planta baixa com os elementos que existem
no espaço da casa e de que você gosta. Essa planta deve ter o mesmo
tamanho da caixa escolhida.
b) Seguindo o desenho, represente os elementos que compõem o espaço
utilizando as caixinhas pequenas.
c) Decore o cômodo usando sua criatividade.

Você vai precisar de:


on
©Shutterstock/Loveallys

• caixa de sapato
• caixinhas pequenas
• papel colorido
• muita criatividade

©Shutterstock/Douglas Freer

diorama: espécie de maquete tridimensional 3. Organize com


de um espaço ou uma cena. os colegas uma
planta baixa: desenho de uma construção exposição dos
como se ela fosse vista de cima. dioramas feitos por
vocês.
10 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2
7 Orientações para a realização da atividade.

1. Sobre o diorama criado, escreva um texto de dois parágrafos no caderno,


a) o primeiro descrevendo o espaço da casa representado no diorama;
b) o segundo descrevendo histórias e sentimentos vividos nesse espaço.

TODAS AS CRIANÇAS 8 Encaminhamento

TÊM DIREITO A UM LAR metodológico.

©Shutterstock/Gajus
No Brasil, a garantia dos direitos e deveres das
crianças e dos adolescentes está em um documento
nomeado Estatuto da Criança e do Adolescente.

Segundo o estatuto, a criança tem direito a:


Ter a proteção de uma família que a ame, seja ela Você sabia que,
natural ou adotiva, ou de um lar oferecido pelo estado, na natureza, muitos
animais protegem
em caso de perda dos pais e de parentes próximos.
uns aos outros?
Segundo o estatuto, a criança tem dever de:
Respeitar os direitos das pessoas com quem
convive.

9 Sugestão de atividade.

A batuíra é um pássaro que, para salvar seus


filhotes dos predadores, é capaz de fazer de conta
que sua asa está quebrada para atrair a atenção doo
predador. Assim, ela o afasta de seu ninho! ©Shutterstock/Matt Filosa

Na família dos pinguins, depois que o filhote


nasce, ele come alimentos já digeridos pelos pais.
y 402
tock/Serge

Eles sempre ficam por perto para proteger seu


filhote de ataques de gaivotas.
©Shutters

CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência 11


1. Como se sente uma criança que tem um lar que a protege?
Pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam que um lar protegido proporciona condições para um

desenvolvimento saudável da criança e do adolescente.

2. Será que as crianças têm direitos? Pense e escreva dois de seus direitos.
Pessoal. Todas as crianças têm direitos, como atendimento à saúde, à alimentação adequada, à proteção

de um lar, etc.

3. Será que as crianças têm deveres? Pense e escreva dois de seus deveres.
Pessoal. Todas as crianças têm deveres, como os de estudar, respeitar os pais, preservar e manter limpo o espaço

público, etc.

MANEIRAS DE VIVER EM DIFERENTES ESPAÇOS


Os espaços que as pessoas habitam demonstram as formas de viver de
cada um ou de um grupo, de uma família, de uma religião...
Vamos aprender mais sobre iss
isso?
so?

10 Orientações para a realização da atividade.

1. Você já brincou de Cada macaco no seu galho? O objetivo da


brincadeira é manter cada participante no local determinado no início.
Vá com os colegas para o pátio, ou outro espaço grande da escola, e
siga as instruções do professor para a realização dessa atividade.

2. A expressão “cada macaco no seu galho” também significa que cada


pessoa tem seu jeito de ser e que cada um deve fazer sua parte. Você
©Shutterstock/Nataka
concorda? Converse com os colegas sobre isso.

12 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


11 Orientações para a realização da atividade.

1. O lugar que nos protege e nos ajuda a crescer e a sermos felizes é chamado de
lar. As histórias sobre seu lar podem ser compartilhadas com os colegas. Escute-
-os também com muito respeito.
Quando falamos de algo que é importante para nós, queremos que as pessoas nos
ouçam e respeitem o que sentimos. Por isso, quando alguém nos fala sobre algo
que é importante para si, como é o caso do lugar em que vive, devemos ouvir com
respeito, mesmo que o que essa pessoa diga seja diferente do que conhecemos.

CADA COISA EM SEU LUGAR


Cada casa tem uma forma de organização diferente, mas é preciso que as
casas estejam organizadas. Você imagina por que é necessário que tudo esteja
organizado em seu devido lugar?

1. Observe a ilustração e aponte o que há de estranho em cada parte dessa casa.

DKO
Estúd
io. 20
16. Digit
al.

13
12 Orientações para a realização das atividades.
2. Participe de uma brincadeira para perceber as semelhanças e as diferenças de
organização entre as casas.
a) Na primeira coluna, escreva seu nome e onde você guarda os objetos
citados na segunda coluna.
b) Escolha um colega e converse a respeito da organização dele para esses
mesmos objetos.
c) Na terceira coluna, anote o nome do colega e as informações que ele
passou a você.

Seu nome Nome do seu colega

Cadernos
escolares

Toalha
de banho

Copos

Camisetas

Escova
de dentes

14 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


3. Pensando na brincadeira realizada, responda:
a) O que foi possível perceber com essa brincadeira?
Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que há semelhanças e diferenças quanto aos lugares onde

cada família guarda os mesmos objetos. Por exemplo: geralmente, guardam-se os copos na cozinha, mas

alguns podem estar em armários, outros em prateleiras. Ainda assim, a organização é um elemento comum.

b) Se você fosse à casa de um amigo e decidisse mover os objetos de lugar,


como acha que ele se sentiria?
Pessoal. O objetivo é que os alunos percebam que as pessoas podem se incomodar caso seus objetos

sejam movidos sem sua permissão.

c) Como você se sentiria se um amigo fosse à sua casa e colocasse os objetos


em outros lugares (principalmente algo de que você goste muito)?
Pessoal. O objetivo é que os alunos possam se colocar no lugar do outro e perceber que é importante

respeitar o que é valioso no espaço de cada um.

Mesmo morando e vivendo de formas diferentes, entendemos que o


acolhimento e o respeito fazem a vida ser melhor para todos!

ESPAÇOS SAGRADOS

POTIRA, ALÉM DE NOSSA CASA, EXISTEM OUTROS LUGARES EM QUE


NOS SENTIMOS PROTEGIDOS E ACOLHIDOS. VOCÊ SABE QUAIS SÃO?

CLARO QUE SEI! PARA MEU POVO,


A NATUREZA É SAGRADA!

TAMBÉM TEMOS UM ESPAÇO QUE CONSIDERAMOS


SAGRADO, CHAMADO DE TEMPLO BUDISTA. LÁ
OS OBJETOS TAMBÉM SÃO ORGANIZADOS, ASSIM
COMO OCORRE EM NOSSAS CASAS.
Dayane Raven. 2016. Digital.

VAMOS DESCOBRIR OS ESPAÇOS


SAGRADOS DE NOSSOS AMIGOS?

CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência 15


13 Orientações para a realização da atividade.

1. Potira e Manjari lembraram que, além de nossas casas, existem outros espaços
importantes: os espaços religiosos. Agora, associe cada personagem ao espaço
religioso que ele frequenta. Se precisar, peça auxílio ao professor e aos colegas
para completar o quadro.
a) Recorte as figuras e os nomes que estão disponíveis na página 3 do
material de apoio.
b) Cole o nome das religiões no quadro, no espaço correspondente, de acordo
com cada personagem.
c) Cole também as imagens de acordo com o espaço religioso que cada um
deles frequenta.
Espaço Espaço
Religião Religião
religioso religioso

Ilustração de Ilustração de
indígenas em menino em
Religião Indígena Judaísmo
celebração na celebração em
natureza. sinagoga.

Ilustração de
Ilustração de
menina em
menina em
Budismo Candomblé celebração
celebração em
em terreiro de
templo budista.
candomblé.

Ilustração de
Ilustração de
menino em
Cristianismo menina em
Umbanda celebração
Católico celebração em
em terreiro de
igreja católica.
umbanda.

Ilustração de Ilustração de
Cristianismo menino em menino em
Islamismo
Evangélico celebração em celebração em
igreja evangélica. mesquita.

16 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


COSTUMES E CRENÇAS 14 Orientação para abordagem do tema.

DULCE, PERCEBI QUE EXISTEM ESPAÇOS


IMPORTANTES, RELIGIOSOS OU NÃO.

VERDADE, YUREM! EM MINHA CASA, MEU PAI


TEM O COSTUME DE SE SENTAR SEMPRE NO
MESMO LUGAR QUANDO VAMOS FAZER AS
REFEIÇÕES. E NINGUÉM SENTA NO LUGAR DELE,
MESMO QUANDO ELE NÃO ESTÁ EM CASA.
Dayane Raven. 2016. Digital.

EU TAMBÉM TENHO UM EXEMPLO PARECIDO


COM O SEU! TODA NOITE, QUANDO JÁ ESTOU
PRONTO PARA DORMIR, MINHA MÃE VAI ATÉ
MEU QUARTO E CANTA PARA MIM A MESMA
MÚSICA DESDE QUANDO EU ERA BEBÊ.

Existem pessoas que utilizam o mesmo trajeto para ir à escola todos os


dias; isso é um costume. Outras acreditam que dá azar passar debaixo de uma
escada; isso é uma crença.
As pessoas se preocupam em manter os costumes da família e
transmiti-los para as novas gerações. Eles são heranças muito importantes
para dar continuidade às tradições familiares. Assim, os costumes de uma
família constituem a história dela, e é isso que mantém viva a memória
familiar.
Cada pessoa tem um jeito de ser, assim como crenças e costumes que
segue em seu dia a dia. Cada família também tem costumes particulares,
como festejar, passear, orar, arrumar a casa, ir a cerimônias religiosas,
divertir-se, e assim por diante. Além disso, cada família tem as próprias regras
para uma melhor convivência entre todos: pais, filhos, avós, parentes, amigos,
vizinhos, etc.

CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência 17


15 Orientações para a realização das atividade.

1. Escreva uma regra que sua família respeita.


Pessoal. Sugestões de resposta: ir à celebração religiosa em determinado dia da semana, posição de lugares à mesa,

horário das refeições, tirar os sapatos ao entrar em casa, não comer no sofá ou na cama, etc.

2. Desenhe um costume de sua família do qual você gosta muito.

3. Entreviste duas pessoas de sua família. Faça as seguintes perguntas a cada uma
delas e registre as respostas nos quadros da página 19.
a) Que costumes você tem?
b) Que crenças você tem?
Dica: os costumes e crenças citados podem ser religiosos ou não religiosos.

18 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


Nome

Costumes

Crenças

Nome

Costumes

Crenças

COSTUMES E CRENÇAS NA ESCOLA


Em nossa casa, na escola, no clube, na praia, entre outros lugares, as
pessoas criam regras e costumes para conviver umas com as outras.
Dayane Raven. 2016. Digital.

CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência 19


A escola é um lugar para nos sentirmos bem, conviver com as pessoas,
conhecer novos colegas e adquirir conhecimentos que nos ajudam a
entender melhor o mundo em que vivemos. As regras e os costumes na
escola existem para garantir que a convivência seja a melhor possível.

Dayane Raven. 2016. Digital.

16 Orientações para a realização das atividades.

1. A escola é um local com regras que devem ser cumpridas para termos uma boa
convivência e para estudarmos e aprendermos mais. Relembre com os colegas
algumas regras e alguns costumes presentes na escola.
2. Escreva algumas regras de sua escola e de sua sala de aula.
Pessoal. Sugestão de respostas: levantar a mão para responder a alguma questão, circular nos corredores em horário

de aula apenas com a permissão do professor, ser respeitoso com todos, etc.

3. Escreva alguns costumes de sua escola.


Pessoal. Sugestão de respostas: sempre encontrar colegas no mesmo lugar no pátio, cumprimentar as pessoas nos

corredores da escola, etc.

20 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


CRENÇAS, COSTUMES E REGRAS NAS RELIGIÕES
Em cada grupo, lugar e situação, as pessoas agem de acordo com suas
crenças e costumes e também seguem algumas regras importantes para a
convivência entre elas. Isso também acontece em cada uma das religiões.
Assim, alguém pode dizer que segue uma religião quando aceita as
crenças e os costumes desse grupo religioso, além de conhecer e viver de
acordo com as regras determinadas por ele. No entanto, nem todas as pessoas
fazem parte de um grupo ou de uma crença religiosa.

17 Orientações para a realização das atividades.

1. Reunidos em círculo, conte aos colegas os costumes, as crenças e as regras de


sua religião. Se você ou sua família não pertencem a nenhum grupo religioso,
relate outros costumes, crenças e regras.
2. Você faz parte de alguma religião? Se sim, qual é o
nome dela?
Pessoal. O objetivo é que os alunos demonstrem sua identidade religiosa.

Se não conseguirem identificar essa denominação religiosa, solicite a eles

que perguntem aos familiares.

3.
D tal.
166. Digital.

Cite uma crença, um costume ou uma regra que


20016.
aven. 2016. Digit

faz parte de sua religião.


Raven.
ne R

Pessoal. Caso o aluno não tenha uma religião, pode


ode mencionar uma
Dayane
Daya
Da
D n

crença, um costume ou uma regra observados

pelos familiares.

LEMBRE-SE: É IMPORTANTE VALORIZAR SUA RELIGIÃO E RESPEITAR AS


PRÁTICAS RELIGIOSAS DAS OUTRAS PESSOAS.

21
CAPÍTULO 2 1 Orientações para o início do capítulo.

AS MEMÓRIAS
©Shutterstock/Dayene.designer

Dayane
Raven.
2016. D
igital.

22
Neste capítulo, você vai aprender sobre
costumes, crenças e maneiras diversas de agir
em diferentes ambientes de convivência.
Também vai conhecer algumas maneiras
de registrar as memórias pessoais, familiares e
escolares, percebendo os símbolos presentes
nos variados espaços de convivência.

©Shutterstock/Dayene.designer
Dayane Raven. 2016. Digital.

23
2 Orientações para a realização das atividades.

1. Relembre algo importante que você viveu e escreva em uma folha.


2. Guarde essa memória, pois, em outro momento, você irá comunicá-la aos
colegas.

REGISTRAR E COMUNICAR
MEMÓRIAS PESSOAIS E FAMILIARES
É muito bom relembrar o passado, nossas memórias e
histórias. Para comunicá-las, existem diferentes maneiras.
Vamos conhecê-las agora.

Diferentes formas de comunicação


Aprendemos a falar em casa, com nossos
familiares. Depois, quando crescemos um
pouco, falamos de um jeito que é só nosso,
aquele que nossos colegas entendem, sem nos
preocuparmos com as regras que usamos apenas
para escrever.
Ao falar, nós nos comunicamos de diferentes
maneiras: fazemos sinais com as mãos,
balançamos a cabeça, movimentamos os olhos
e o corpo ou até apontamos para algum objeto
DKO Estúdio. 2016. Digital.

que explique o que queremos dizer.


Escrever é diferente de falar. A linguagem
escrita segue mais regras, pois o texto precisa
transmitir o que queremos dizer somente por
meio das palavras.

24 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


3 Orientações para a realização das atividades.

1. Comunique a memória que você registrou por escrito no início do capítulo. Você
deve contar a memória e não ler o registro.
2. Converse com os colegas sobre estas perguntas:
a) Você falou exatamente como escreveu?
b) Por que não falamos igualzinho ao modo como escrevemos? E por que não
escrevemos igualzinho ao modo como falamos?
c) Qual é a diferença entre falar e escrever?

É PRECISO SABER OUVIR


Nos povos indígenas, as narrativas são
transmitidas de forma oral, ou seja, elas são
contadas de geração em geração. ©Glow Images/AP Photo/Dado Galdieri

Essas narrativas buscam preservar as


tradições e tudo o que um grupo de pessoas ou
um povo sabe, tem e acredita.
Em geral, são os sábios e os idosos das
comunidades indígenas que relatam as histórias e
falam de seus deuses para toda a aldeia. ! Menina da tribo
indígena Karajá

Essas histórias traduzem a sabedoria de um povo, ou seja, o que ele


aprendeu desde sua origem. Elas contam como cada comunidade indígena
aprendeu a cultivar a terra, a fabricar os instrumentos, a respeitar as regras de
convivência, como devem ser as práticas religiosas, o que acontece com as
pessoas depois da morte e tudo o que aquele povo viveu e em que acredita.
No entanto, o mundo e as pessoas se transformam com o tempo.
Atualmente, alguns povos indígenas utilizam também a escrita para transmitir
conhecimento.

CAPÍTULO 2 | As memórias 25
4 Orientações para a realização das atividades.

1. Agora, vamos exercitar a prática da escuta


conversando a respeito do texto. Quem for falar,
levanta a mão e aguarda a vez.
a) Quem quer comentar a respeito do que leu?
b) Como os indígenas transmitem aos mais
jovens a história de seus povos?
c) Nessas narrativas, estão presentes
elementos religiosos? ©Fabio Colombini

5 Orientações para a realização das atividades.

Vimos que a comunicação pode acontecer de diferentes maneiras, sendo escrita


ou falada. O importante é que não se percam as histórias dos antepassados, as
culturas, as normas nem o jeito de ver a vida. Tudo isso pode explicar a maneira
de ser, pensar e agir das pessoas e das comunidades.
MENINAS, EU TAMBÉM TENHO
ALGUMAS MEMÓRIAS ASSIM!
LELÊ! SIKULUME! LEMBRO-ME DE QUE, QUANDO ERA MEUS PRIMOS E TIOS CONTAM
BEM PEQUENA, NA CASA DE MEU AVÔ, EU FICAVA HISTÓRIAS SOBRE NOSSOS
SENTADINHA NA FRENTE DELE E ELE ME CONTAVA ANTEPASSADOS. MOMENTOS
LINDAS HISTÓRIAS SOBRE O PAI E O AVÔ DELE. ALEGRES, OUTROS TRISTES,
MAS QUE CONSEGUIRAM
VENCER. SINTO MUITO
ISSO É INCRÍVEL, NÉ? EU SEMPRE GOSTEI ORGULHO DISSO. DÁ ATÉ PARA
DE FICAR NA COZINHA COM MINHA MÃE. ESCREVER UM LIVRO COM
ENQUANTO PREPARA AS REFEIÇÕES, TANTAS HISTÓRIAS LEGAIS!
ELA ME CONTA SOBRE AS RECEITAS QUE
APRENDEU COM A AVÓ DELA.
Dayane Raven. 2019. Digital.

26
1. Siga as orientações do professor para brincar de Telefone sem fio. Depois,
converse com os colegas para responder às questões a seguir.
a) Ao brincar, o que você percebeu quando o último colega recebeu a
informação?
Pessoal. O objetivo é que os alunos percebam que a informação foi alterada em algum momento

da brincadeira.

b) Por que você acha que isso acontece?


Pessoal. Os alunos podem concluir que os colegas não escutaram bem ou não se lembraram da informação

completa, podendo ter inserido uma informação diferente ou omitido algo que lhes foi dito.

2. Observe a ilustração a seguir.

Dayane
Daya nee R
Raven.
aven 20
22019.
2019
01 Digital
Digital.

a) Como estavam as expressões faciais das pessoas na primeira, na


antepenúltima e na última conversa?
b) Com base nessa ilustração, que cuidados você acredita que precisamos ter
quando passamos informações de forma oral?
CAPÍTULO 2 | As memórias 27
MANEIRAS DE REGISTRAR E DE SE
COMUNICAR NA ESCOLA
Na escola, conhecemos muitas histórias de diferentes culturas e
aprendemos a registrar e a ler registros de memórias. O boletim escolar é uma
maneira de registrar a aprendizagem de um aluno.

1. Vamos descobrir como era um boletim da 2.ª série em 1925 e analisar as


informações que ele traz. 6 Orientações para a realização da atividade.
a) Recorte as peças do quebra-cabeça na página 3 do material de apoio.
Depois, monte-as e cole-as no espaço a seguir.

A 2.ª série de 1925 equivale ao 3.º ano atual

28 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


b) Observando o boletim escolar, o que mais chamou a sua atenção?
Pessoal. É possível que os alunos citem a cor do papel envelhecido, o fato de o boletim ser manuscrito, a

linguagem utilizada, etc.

c) Esse boletim tem alguma semelhança com os boletins escolares atuais? E


diferenças? Cite uma semelhança e uma diferença nas linhas a seguir.
Pessoal. É possível que os alunos identifiquem diferenças no formato (manuscrito ou impresso), nas

disciplinas, na linguagem utilizada, etc. Como semelhanças, podem apontar a estrutura do documento.

d) O que um boletim escolar comunica?


Comunica as notas (o rendimento escolar) e a frequência de um aluno em um ano letivo.

2. Escreva o que estes objetos o fazem lembrar:

k/sheff
©Shutterstoc

Pessoal. Os alunos poderão dizer que o objeto lembra a

aprendizagem, remetendo ao estudo, à imaginação ou ao lazer.

Pessoal. Os alunos poderão dizer que a imagem lembra o brincar,

remetendo ao divertimento, à felicidade ou ao lazer.

suwan
k/Lamai Prasit
©Shutterstoc

CAPÍTULO 2 | As memórias 29
RELATOS SOBRE A ESCOLA
Ao longo de muitos anos, muitas histórias de comunidades, de religiões e
de culturas não foram registradas e passaram de geração em geração oralmente.
Essas memórias são tão ricas e importantes como aquelas que foram escritas.
A escola é o espaço em que se aprende o registro da escrita e também a
prática da leitura. Na escola, os alunos estudam as histórias e as memórias dos
povos e das culturas.

7 Orientações para a realização das atividades.

1. Em grupos, realizem uma entrevista com um adulto que tenha muitas histórias
para contar sobre seu tempo de escola.
a) Conversem e preparem algumas perguntas para fazer ao entrevistado.
b) Criem um cartão de agradecimento para entregar ao convidado ao final da
atividade.
c) No dia da entrevista, organizem as cadeiras da sala de aula em um círculo,
façam as perguntas e entreguem o cartão para o entrevistado.

SÍMBOLOS EM DIVERSOS ESPAÇOS


8 Encaminhamento metodológico.

AS MEMÓRIAS DE POVOS E CULTURAS PODEM SER CONTADAS POR MEIO DE HISTÓRIAS. ELAS PODEM
SER ESCRITAS OU PASSADAS DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO POR MEIO DA FALA. Dayane Raven. 2016. Digital.

Até agora, estudamos as memórias pessoal, familiar e escolar. Essas


memórias foram representadas pelo registro escrito e pela oralidade, além de
sserem
er relembradas por meio de símbolos, como o boletim escolar.
30 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2
9 Orientações para a realização das atividades e gabarito.

1. Vamos descobrir o símbolo que representa cada uma das palavras a seguir.
Recorte as figuras grandes da página 5 do material de apoio e cole-as, em
seus respectivos espaços, de acordo com o significado de cada símbolo.

Banheiro Reciclagem
Silêncio

Idoso Calculadora
Câmera

Feliz Zangado
Língua de sinais

Veneno
Faixa de pedestres

CAPÍTULO 2 | As memórias 31
2. Estamos rodeados de muitos símbolos. Será que eles também estão presentes
na escola? Com os colegas, caminhe pela escola em busca dos símbolos
representados na página 5 do material de apoio.
a) Utilizando as figuras menores, cole no espaço a seguir os símbolos que
encontrou no ambiente escolar.
b) Anote ao lado de cada um deles o significado.

Você sabia que aquilo que o Abner está usando na cabeça


0 Digital.

é um quipá? Na religião dele, o Judaísmo, o quipá é um


Raven.. 2016.

símbolo que representa o respeito por Deus.


Dayane Raven

10 Orientações para a realização das atividades.

1. Com a autorização de seus responsáveis, traga para a escola um objeto


simbólico para você ou sua família, religioso ou não. Em sala, formem um círculo
e coloquem, no centro dele, os objetos que trouxeram. Cada um vai mostrar seu
objeto e explicar o que ele significa.

32 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


2. Depois de conhecer tantos símbolos importantes, com os colegas e o professor,
classifique-os em religiosos e não religiosos.
a) Escolha dois símbolos não religiosos e dois símbolos religiosos que os
colegas apresentaram para a turma.
b) Nos espaços a seguir, escreva o nome dos símbolos escolhidos, faça o
desenho de cada um deles e escreva seus significados.

Nome do símbolo Desenho do símbolo Significado

Não
religioso

Religioso

Símbolo é uma representação de algo em que se acredita e que faz sentido


para nossa vida. Portanto, há símbolos que expressam crenças religiosas, como
o quipá, as estátuas de santos, etc.
No entanto, nem todas as religiões apresentam símbolos, algumas acreditam
que não é possível representar as crenças religiosas de maneira concreta.

CAPÍTULO 2 | As memórias 33
CAPÍTULO 3
OS SÍMBOLOS
RELIGIOSOS
Dayane Raven. 2019. Digital.

34
Neste capítulo, você vai conhecer,
identificar, distinguir e aprender a respeitar
símbolos religiosos de diferentes manifestações,
tradições e instituições religiosas.

Dayane Raven. 2019. Digital.

35
1. Volte às páginas 34 e 35 para observar os símbolos das camisetas dos
personagens.
2. Converse com os colegas.
a) Qual símbolo mais chamou a sua atenção? Por quê?
b) Você já viu algum desses símbolos? Onde?

DIFERENTES SÍMBOLOS RELIGIOSOS


1 Informações complementares.
Em cada religião, os símbolos são formas de representar o sentimento
religioso e a fé. Na abertura do capítulo, os personagens apresentaram símbolos
religiosos em suas camisetas. Confira o significado deles em cada religião.

Os indígenas Guarani fazem esculturas de


animais com madeira coletada na Lua crescente
ou minguante. Caso contrário, o objeto pode
perder seu significado religioso. As representações
de muitos animais, como o tatu, são utilizadas
como meio medicinal para que as crianças se
tornem fisicamente fortes.
rtes.

Para muitas religiões de tradição


afro-brasileira, como o Candomblé e
a Umbanda, Iemanjá é considerada a
rainha do mar. A vestimenta da baiana
Dayane Raven. 2019. Digital.

representa a roupa utilizada pelos adeptos


dessas religiões em ocasiões especiais.

36 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


Em geral, o Cristianismo pode ser
representado pelo peixe,
que simboliza Jesus Cristo.
Na tradição católica, o terço também
é considerado um símbolo. Esse objeto é
composto por uma corrente com nós ou
contas que representam orações em devoção
à Maria, mãe de Jesus.

No Islamismo, há um símbolo muito


parecido com o terço, que é o masbaha,
ou subha. Também é uma corrente com
99 nós ou contas, que representam os 99
nomes de Deus, de acordo com a crença dos
muçulmanos.

Um dos símbolos
utilizado no Budismo
é a flor de lótus, que
representa pureza do
corpo e da mente.

Para o Judaísmo,
o menorá, que é um
candelabro com sete
braços, representa os sete
Dayane Raven. 2019. Digital.

dias da criação do mundo.

CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos 37


2 Orientações para a abordagem do tema e informações complementares.

Nas tradições religiosas, existem muitos símbolos. Leia as informações


sobre outros símbolos religiosos apresentadas pelos personagens do livro.

! Para os povos
indígenas, as
divindades se
! Esse símbolo islâmico
tem diferentes
manifestam por meio
VLJQL¿FDGRVVHQGRD
da natureza.
renovação e a vida os
principais.

! A estrela de Davi é o
símbolo do Judaísmo. Ela é
formada por dois triângulos
sobrepostos, um apontando
s
o
! Esse é um símbolo
EXGLVWDTXHVHFKDPD
para cima, e outro, para baixo.
aixo
roda do GKDUPD. O círculo
representa a vida, e os
8 traços indicam os oito
ensinamentos de Buda.

! Esse símbolo da
Umbanda é formado por
um Sol, que representa
!
Dayane Raven. 2016. Digital.

a luz de vida, e uma


No Candomblé, os
pomba, que se refere
búzios representam a
ao orixá Oxalá.
comunicação com as
divindades.

! O peixe é um antigo símbolo cristão


que representa a crença em Jesus
&ULVWRFRPR¿OKRGH'HXVHVDOYDGRU

38 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


3 Orientações para a realização das atividades.

1. Converse com seus familiares sobre os símbolos da religião a que pertencem e


seus respectivos significados.
• Desenhe na camiseta a seguir um símbolo de sua religião e escreva seu
significado.

2. Compartilhe com os colegas o símbolo religioso que você desenhou e explique


o significado dele.

3. Registre em seu caderno os símbolos das religiões apresentados pelos colegas.

CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos 39


4 Orientações para a realização da atividade.

1. Agora, vamos brincar de caça-palavras.


Símbolo que representa o Budismo: ___________________________
Roda do dharma .
Símbolo que representa o Cristianismo: _________________________
Peixe .
Os búzios são importantes para esta religião: _____________________
Candomblé .
Nome da flor que é um dos símbolos do Budismo: _________________
Flor de lótus .
O menorá é símbolo desta antiga religião: _______________________
Judaísmo .
O símbolo composto de um Sol e uma pomba pertence à: ___________
Umbanda .
O tatu é um dos animais representados pelo povo indígena: __________
Guarani .
A Lua crescente e a estrela são símbolos dessa religião: ________________
Islamismo .
Um dos nomes do objeto do Islamismo que se parece com o terço católico:
_____________________________________________________
Subha .
Nome de um dos símbolos do Judaísmo: _______________________
Estrela de Davi .

P A T X Í M Ó A K S L A S Z I G G
E I M A J U D A Í S M O P A Q U U
I S S A G I M I X U B I C Q P N A
X L M É I N A S M B Ç É A B P É R
E A O U T W X K É H C I N U N M A
A M I E S T R E L A D E D A V I N
U I N M G L O Í Q J Ô A O B L Ê I
K S R O D A D O D H A R M A O A R
I M Y R G R K S A M A N B Q I A T
J O X P A M F L O R D E L Ó T U S
B H U X T L A M I X Q I É B A T C
B K S I M N N S I U M B A N D A B

40 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


1. Desenhe, nos espaços abaixo, o símbolo das tradições religiosas estudadas que
corresponde a cada uma das descrições. 5 Orientações para a realização da atividade.

! O peixe é um símbolo utilizado desde a ! $ÀRUGHOyWXVpXPGRVVtPERORV


RULJHPGR&ULVWLDQLVPRSDUDLGHQWL¿FDU budistas que representa a pureza do
RV¿pLVFULVWmRV corpo e a da mente.

! O Sol com uma pomba é um símbolo ! A Estrela de Davi é um símbolo do


popular da Umbanda. Judaísmo e representa a proteção divina.

! A roda do GKDUPD é um dos símbolos do ! A Lua e a estrela formam um dos


Budismo. símbolos do Islamismo.

! O tatu é um dos animais que os ! No Candomblé, os búzios representam a


indígenas Guarani representam, em suas comunicação com as divindades.
HVFXOWXUDVTXHWHPVLJQL¿FDGRUHOLJLRVR
CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos 41
HISTÓRIAS SOBRE A ÁGUA
Muitos povos contam histórias para explicar o que acontece no mundo.
A água é um dos elementos presente em várias narrativas. Por exemplo,
existem diversos relatos sobre dilúvios, que são inundações causadas por
uma enorme quantidade de chuva. São histórias de diferentes partes do
mundo, contadas por diferentes povos em diferentes épocas. Um dos mais
conhecidos relatos de dilúvio é a história da Arca de Noé, registrada na Torá
judaica e na Bíblia cristã.

6 Orientações para a realização das atividades.

1. Em cada quadrinho, desenhe a parte da história da Arca de Noé que


corresponde ao texto descrito.
ALÉM DE NOÉ E SUA FAMÍLIA, ENTRARAM NA
SEGUINDO INSTRUÇÕES DIVINAS, NÓE CONSTRUIU ARCA UM CASAL DE CADA ESPÉCIE ANIMAL.
UMA GRANDE ARCA, UM TIPO DE BARCO, PARA QUE
PUDESSE PRESERVAR A VIDA DA TERRA.

AO RETORNAR, A POMBA TROUXE UMA FOLHA


DEPOIS DE MESES DE CHUVAS E ALAGAMENTOS,
DE OLIVEIRA, INDICANDO QUE AS ÁRVORES NÃO
AS ÁGUAS COMEÇARAM A BAIXAR E NOÉ ENVIOU
ESTAVAM MAIS COBERTAS PELA ÁGUA. ASSIM,
UMA POMBA PARA SABER SE AS ÁGUAS JÁ
TODOS SAÍRAM DA ARCA E A FAMÍLIA DE NOÉ
HAVIAM BAIXADO O SUFICIENTE PARA QUE TODOS
POVOOU NOVAMENTE O MUNDO.
VOLTASSEM PARA A TERRA.

42 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


2. Recorte os peixes da página 7 do material de apoio e cole-os no espaço a
seguir criando uma composição.

©Shutterstock/Amanita Silvicora
A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA A ÁGUA É UM ELEMENTO IMPORTANTE
PARA AS RELIGIÕES NAS RELIGIÕES, ELA REPRESENTA
PRINCIPALMENTE A PURIFICAÇÃO E ESTÁ
PRESENTE EM DIVERSAS CERIMÔNIAS
RELIGIOSAS. NA PÁGINA SEGUINTE, VAMOS
CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE O
SIGNIFICADO DA ÁGUA PARA AS RELIGIÕES.

Dayane Raven. 2019. Digital.

43
7 Orientações para a abordagem do tema.

Para o Cristianismo, a água é utilizada no batismo e simboliza uma vida


nova, uma fé que se inicia perante a comunidade religiosa. Jesus foi batizado
nas águas do rio Jordão, por João Batista.
No Cristianismo Católico, com a bênção do
sacerdote, a água benta é utilizada em vários momentos,
como para aspergir gotas sobre os fiéis ou molhar os
dedos para fazer o sinal da cruz ao entrar em uma igreja.

Em alguns grupos do Budismo, um copo de


água fresca é oferecido a Buda todas as manhãs,
sendo removido antes do anoitecer.

No Judaísmo, a água representa a purificação, por isso é


usada em diferentes situações. Um exemplo é lavar as mãos
antes das refeições e voltar a lavá-las depois delas.

No Islamismo, antes das orações, é necessário lavar-se


com água para tornar-se puro.

Entre os indígenas Tupinambá, logo que a


criança nasce, ela é banhada em um rio para ser
integrada à aldeia e para ser preparada para as
comemorações de seu nascimento.

Em algumas religiões afro- -brasileiras,


como a Umbanda e o Candomblé, o batizado
é feito em cachoeiras ou na água do mar, locais
considerados habitados por divindades.

aspergir: respingar.

44 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


8 Orientações para a realização das atividades.

1. Jesus tem muitas histórias para ensinar, uma delas se refere à água viva. Em cada
quadrinho, desenhe a parte da história que corresponde ao que está escrito. Tire
dúvidas com o professor a respeito das palavras que forem desconhecidas.

ÁGUA VIVA DE JESUS


JOÃO 4: 6-14

[...] FATIGADO DA CAMINHADA, [...] UMA MULHER DA SAMARIA CHEGOU PARA


JESUS SENTOU-SE JUNTO À FONTE. TIRAR ÁGUA. JESUS LHE DISSE: ”DÁ-ME DE BEBER!”

JESUS LHE RESPONDEU: “SE CONHECES O DOM DE


DIZ-LHE ENTÃO A SAMARITANA: “COMO,
DEUS E QUEM É QUE TE DIZ: ´DÁ-ME DE BEBER´, TU É
SENDO JUDEU, TU ME PEDES DE BEBER, A
QUE LHE PEDIRIAS, E ELE TE DARIA ÁGUA VIVA!”
MIM QUE SOU SAMARITANA?” [...]
JESUS LHE RESPONDEU: “AQUELE QUE
BEBE DESTA ÁGUA TERÁ SEDE NOVAMENTE;
MAS QUEM BEBER DA ÁGUA QUE EU LHE
DAREI, NUNCA MAIS TERÁ SEDE. [...]”

ELA LHE DISSE: “SENHOR, NEM SEQUER TENS


UMA VASILHA E O POÇO É PROFUNDO; DE
ONDE, POIS, TIRAS ESSA ÁGUA VIVA? [...]” FIM.
João. In: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. Cap. 4, vers. 4-14.

CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos 45


©S

2.

hu
Leia alguns versos de uma canção

tte
rst
oc
k/K
sobre a água.

an
o k po
lTokumh
nerd
PLANETA ÁGUA
[...]
Água que faz inocente riacho
E deságua na corrente do ribeirão
[...] [...]
Água dos igarapés Gotas de água da chuva
Onde Iara, a mãe-d’água Alegre arco-íris sobre a plantação
É misteriosa canção [...]

ARANTES, Guilherme. Planeta água. In: ______. Planeta água. Rio de


Janeiro: WEA, 1981. 1 LP. Lado A, faixa única.

ribeirão: curso de
água menor que um a) Circule, nos versos, as palavras que indicam
rio e maior que um algo em que a água se transforma.
riacho. b) Sublinhe a parte da música na qual a água é
igarapés: rios relacionada a uma lenda indígena.
pequenos em que
se pode navegar.

3. Assim como a água, as pessoas também são capazes de se transformarem? De


que maneiras?
Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que as pessoas são capazes de se transformarem de diversas maneiras:

sendo mais educadas, mudando de profissão, decidindo estudar mais, etc.

4. Existem vários sons de água que permitem a você identificar em que local ela se
encontra, como chuva, rio, cachoeira ou mar.
a) Ouça os sons de água reproduzidos pelo professor e, com os colegas,
identifique cada um desses sons.
b) Qual som você mais gostou de ouvir? Por quê?
Pessoal. Incentive os alunos a pensar em outros sons que a água pode produzir.

46 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


PENSO DIFERENTE!

©Shutterstock/Vectorpouch
Os elementos da natureza, terra, ar, fogo e água, estão presentes em
todas as culturas. O ser humano precisa, muitas vezes, expressar o que sente
por meio de símbolos, e estes podem ter um significado religioso. Cada
religião tem símbolos próprios. Contudo, há aqueles que se repetem em
diversas religiões, como é o caso da água.
Os símbolos de sua religião expressam crenças e sentimentos; por isso,
são muito importantes para você e sua família. Na escola, há a possibilidade
de conhecer novos símbolos e religiões. Apresentar aos colegas algo em que
você acredita é importante para expressar sua identidade. E estudar símbolos
de diferentes religiões ajuda a conhecer várias maneiras de expressar crenças
e sentimentos.
Declaração dos
Pela Declaração dos Direitos Humanos, Direitos Humanos:
documento
tanto os familiares quanto a criança têm o direito
internacional escrito
à liberdade religiosa, isto é, as pessoas devem ser em 1948 para que os
respeitadas quanto às crenças que professam. direitos das pessoas
sejam respeitados em
todo o mundo.

Além disso, há pessoas que acreditam no


amor, na bondade, no cuidado, mas que não têm
nenhuma religião. O importante é que sejamos
sempre respeitosos com a fé e com as formas
diferentes de pensar.
CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos 47
1. Que símbolos de sua religião você considera os mais importantes?
Pessoal. O objetivo é que os alunos que professam uma religião reflitam sobre os símbolos que estão mais presentes

em sua vida e que tenham um significado especial.

2. Onde esses símbolos podem ser encontrados?


Pessoal. Os símbolos podem ser encontrados em casa, em um espaço importante e/ou no templo da crença religiosa, etc.

Auxilie os alunos a refletir sobre a importância de o símbolo ser respeitado em todos os lugares.

3. Você faz algum gesto especial diante desse símbolo? Por quê?
Pessoal. Auxilie os alunos a pensar nos gestos que realizam, nos significados que os gestos têm para cada um e de

que forma aprenderam a realizar esses gestos.

4. Qual é sua opinião sobre conhecer símbolos de outras crenças religiosas? Por quê?
Pessoal. O motivo pelo qual estudamos símbolos de outras crenças é para que haja respeito diante da diversidade e

para que os colegas também respeitem sua identidade.

48 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


9 Orientações para a realização da atividade.

Você conheceu várias religiões e alguns de seus símbolos. Aprendeu, ainda,


que a água é um símbolo que pode ter diversos significados em diferentes religiões.
1. Agora, é hora de brincar e se divertir com os novos conhecimentos! Siga as
instruções a seguir, com a orientação do professor.
a) Recorte as peças do dominó das páginas 7 a 11 do material de apoio.
b) Associe cada símbolo religioso a seu nome ou à explicação correspondente.
c) Convide um colega para jogar com você.

©Shutterstock/Pina Suthaphan

2. Depois de brincar com os colegas, cole as peças em uma cartolina, respeitando a


correspondência entre os elementos.

As crianças e suas famílias podem ter diferentes religiões e suas crenças devem
ser respeitadas. Procure sempre ter atitudes de respeito e de gentileza com todas as
pessoas em seu dia a dia.

CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos 49


CAPÍTULO 4 1 Orientações para a abordagem do capítulo.

OS ALIMENTOS
NAS RELIGIÕES

50
Neste capítulo, você vai conhecer alguns
alimentos considerados sagrados em diferentes
culturas, tradições e expressões religiosas.
E, ainda, poderá identificar os significados
atribuídos a alimentos em diferentes
manifestações e tradições religiosas.

Dayane Raven. 2019. Digital.

51
2 Orientação para a realização das atividades.

1. Observe as imagens de festas de aniversário.

A-pro
rstock/U
©Shutte

©Shutterstock/Africa Studio

2. Converse com os colegas sobre as seguintes perguntas.


a) Que elementos você reconhece nas fotos?
b) Em nossa cultura, que alimentos são comuns em uma festa de aniversário?
c) Em sua casa, há momentos especiais que envolvam algum tipo de
alimento?
d) Se sim, quais são esses momentos e que alimentos eles envolvem?
e) Por que, muitas vezes, o alimento está relacionado a momentos especiais?

OS DIFERENTES ALIMENTOS
Vimos que nas festas de aniversário, além da reunião com os familiares e
amigos, os alimentos são importantes. Em festas assim, eles são pensados e
preparados com carinho.
Os alimentos são essenciais para a sobrevivência do ser humano. Por isso,
cada sociedade os produz de acordo com a cultura e o local onde habita. Em cada
lugar do mundo, os alimentos são produzidos de maneira diferente. Em um lugar
muito frio, por exemplo, costuma-se cozinhar pratos quentes. Além disso, em
diferentes culturas, os alimentos fazem parte de festas, reuniões e celebrações.

52 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


3 Orientações para a realização das atividades.

1. Observe o diálogo entre os personagens.

ESSA FESTA DE COMIDAS SIM, POIS CADA UM


VEM DE UM LUGAR SÃO TANTOS
TÍPICAS TEM PRATOS BEM AROMAS
DIFERENTES, NÃO É? DIFERENTE!
DELICIOSOS!

! Buchada ! Chouriço
! Casquinha ! Pato no
! Farofa ! Caldo
de siri tucupi de içá de turu
de bode
fotos: ©Fotoarena/Bon Appetit/Euler, Bernd, ©Shutterstock/JuTi, , ©Shutterstock/Paulo Vilela, ©Shutterstock/Paulo Vilela, ©Arquivo Instituto Chão Caipira, ©Rusty Marcellini

l.
2016. Digita
Em sua opinião, os pratos observados fazem parte de quais culturas ou

ven.
Dayane Ra
sociedades? Como você descobriu isso?
2. Observe alguns pratos que mais parecem obras de arte.
r
eie
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©Shutterstock/O

k/Jaaebaby
ckphoto.com

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©iSto

h ut
©S

Você conseguiria montar um prato criativo e bonito com alimentos saudáveis?


Desenhe esse prato deixando-o bem colorido. Se preferir, monte o prato de
verdade, fotografe-o e cole a foto no caderno.
CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões 53
3. Observe estas duas imagens e, depois, responda às perguntas:

ica Studio
rt_Photo

©Shutterstock/Afr
©Shutterstock/Watercolor_A

a) O que se vê na primeira imagem??


Uma criança disposta, comendo um alimento saudável.

b) O que se percebe na segunda imagem?


Uma criança desanimada, comendo alimentos não saudáveis.

c) Qual é a semelhança entre as duas imagens? E as diferenças?


Semelhança: Nas duas imagens, há crianças comendo.

Diferenças: Na primeira imagem, a criança parece disposta e o alimento é saudável; na segunda, a criança está

desanimada e o alimento não é saudável.

d) Em sua opinião, essas imagens representam o alimento como importante


para uma vida saudável? Por quê?
Espera-se que os alunos percebam que a alimentação saudável faz bem para o corpo, dá disposição e energia

para brincar e estudar e que, por outro lado, a má alimentação pode nos deixar cansados e sem ânimo.

O alimento é essencial para a sobrevivência do ser humano. Por isso, de


acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, todas as crianças têm
direito a ele; é dever da família e da sociedade garantir esse direito a elas.
Mas é importante consumir alimentos saudáveis e evitar o desperdício.

54 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


ALIMENTOS NAS RELIGIÕES
Os alimentos fazem parte da vida do ser humano e têm diferentes
funções. Diariamente, as pessoas se alimentam para sua sobrevivência. O
alimento também se torna importante em uma festa ou comemoração social.
Nas religiões, o mesmo alimento que é servido na mesa todos os dias
pode ser considerado sagrado em uma cerimônia religiosa. Ainda assim, cada
religião pode atribuir um significado diferente para um mesmo alimento.
Um exemplo disso é o pão, que representa o corpo de Jesus na religião
cristã e também pode ser o pão matzoth dos judeus, também chamado de
pão ázimo, que não tem fermento e lembra o tempo em que esse povo foi
escravizado no Egito. 4 Orientações para a abordagem do tema.

SABE, DURANTE O RAMADÃ,


OS ADULTOS COMEM PÃO NA ÍNDIA, COME-SE UM PÃO
ANTES DA ORAÇÃO DA MANHÃ. CHAMADO NAAN.
Dayane Raven. 2016. Digital.
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al.

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a man . o do dia
café d o Ramadã .
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du
CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões 55
Grande parte das religiões compreende o alimento como uma forma de
relembrar um acontecimento importante na história, como um símbolo que
aproxima a pessoa do divino ou um presente oferecido a uma divindade.
Nas religiões, o alimento não serve só para matar a fome do corpo, mas
também para relembrar as orientações da religião e estimular o que está
dentro de nós para que sejamos melhores para nós mesmos e os outros. As
vivências e as práticas religiosas podem unir as pessoas e ajudá-las a refletir e a
buscar o aperfeiçoamento pessoal diário.

5 Orientações para a realização das atividades.

1. Leia o diálogo e as palavras da ilustração a seguir.

O PEIXE APARECE EM VÁRIAS


HISTÓRIAS DA BÍBLIA. VAMOS
CONTAR UMA DELAS A VOCÊS.

UM DIA, JESUS ESTAVA NO DESERTO COM SEUS DISCÍPULOS E


COM UMA MULTIDÃO QUE O SEGUIA PARA RECEBER BÊNÇÃOS
E ESCUTAR O QUE ELE TINHA A DIZER. APÓS TRÊS DIAS, JESUS
TEVE COMPAIXÃO DA FOME QUE SEUS SEGUIDORES ESTAVAM
PASSANDO E JUNTOU OS SETE PÃES E ALGUNS PEIXINHOS QUE
CONSEGUIU COM SEUS DISCÍPULOS. DEPOIS DE ABENÇOÁ-LOS,
ELE OS COMPARTILHOU COM A MULTIDÃO, E OS PEIXES E PÃES
SE MULTIPLICARAM, MATANDO A FOME DE TODOS.

2. Converse com os colegas.


a) Em sua religião, existe alguma história que envolva algum alimento?
b) Se sim, de que forma ela pode levar as pessoas a refletir e a ter atitudes
positivas?

56 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


6 Orientações para abordagem do tema.

SANTA CEIA NO CRISTIANISMO

©Wikimedia Commons/Ricardo André Frantz

©Museu do Prado, Madri


ALEIJADINHO. Santa ceia. 1796-1799.
15 esculturas, madeira. Tamanho natural.
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos,
Congonhas.

FELIPE, TANTO OS
EVANGÉLICOS COMO OS JUANES, Juan de. A última ceia. [ca. 1560]. 1 óleo sobre
CATÓLICOS ACREDITAM madeira, color., 116 cm × 191 cm. Museu do Prado, Madrid.
EM JESUS CRISTO!

VERDADE, DULCE! A SANTA CEIA


É A ÚLTIMA REFEIÇÃO QUE JESUS
REALIZOU COM OS APÓSTOLOS.

VÁRIOS ARTISTAS REPRESENTARAM


ESSE MOMENTO DE DIFERENTES
MANEIRAS. A PRIMEIRA OBRA FOI
FEITA POR UM ARTISTA BRASILEIRO!
Dayane Raven. 2016. Digital.

E A SEGUNDA POR UM ITALIANO!


VOCÊ REPAROU QUE EXISTEM
MUITAS DIFERENÇAS ENTRE ESSAS
REPRESENTAÇÕES?

apóstolos: doze primeiros seguidores de Jesus Cristo.

CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões 57


7 Orientações para a realização da atividade.

1. Auxilie Dulce e Felipe a encontrar semelhanças e diferenças entre as duas obras


que representam a santa ceia.

Semelhanças Diferenças

RELATO INDÍGENA SOBRE A ORIGEM DO MILHO


8 Encaminhamento metodológico.

AGORA, VOU CONTAR PARA


Em uma época que havia poucos alimentos,
VOCÊS A HISTÓRIA DA ORIGEM dois guerreiros foram conversar com o grande
DO MILHO SEGUNDO OS espírito Nhandeyara para que criasse um alimento
INDÍGENAS GUARANI!
que saciasse a fome da aldeia. Durante a noite,
Nhandeyara enviou um espírito para lutar contra
os guerreiros até que o mais fraco perdesse a vida,
Dayane Raven. 2016. Digital.

e os guerreiros Guarani aceitaram o desafio. Depois


de algum tempo de luta, Auaty, um dos guerreiros,
caiu morto. Muito triste, seu amigo enterrou-o nas
proximidades do local onde caiu.
No ano seguinte, uma planta alta e de folhas
compridas brotou de onde Auaty foi enterrado. Dela,
surgiram espigas de grãos amarelos, que passaram
a servir de alimento e acabaram com a fome na
aldeia. Os Guarani deram o nome de auaty (milho) ao
©Fabio Co
lombini
novo alimento em homenagem ao indígena que se
sacrificou em benefício do povo.
58 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2
1. Construa frases utilizando as palavras a seguir.

a) espigas grãos folhas

O pé de milho é uma planta com folhas compridas e espigas de grãos amarelos.

b) Guarani milho fome

Para os Guarani, o milho foi criado pelo espírito Nhandeyara para saciar a fome da aldeia.

ARROZ NO BUDISMO
NA ÁSIA, O PLANTIO DO ARROZ É MILENAR. NO BUDISMO, O ARROZ
SUA IMPORTÂNCIA É TÃO GRANDE QUE TAMBÉM É MUITO
MUITAS CULTURAS REALIZAM FESTAS E IMPORTANTE! LEIA A
DANÇAS UTILIZANDO O ARROZ. ELE FICOU TÃO HISTÓRIA A SEGUIR
POPULAR QUE SEU CULTIVO FOI LEVADO PELOS PARA CONHECER UM
ASIÁTICOS PARA O MUNDO TODO. POUCO MAIS!

Há muitos anos, na Índia, quando um


Dayane Raven. 2016. Digital.

convidado muito importante era recebido no


palácio de um rajah (um tipo de rei), para que se
sentisse bem depois da viagem, ofereciam-lhe algo
para beber, lavavam-lhe os pés para retirar a poeira
da estrada e, depois, apresentavam-lhe flores,
incenso, velas e perfumes. Serviam também uma refeição (que continha arroz)
e executavam músicas. Essas eram oferendas que demonstravam respeito e
cuidado.

CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões 59


Atualmente, para a realização de um altar para Buda, são colocadas oito
oferendas, cada uma em um pote. Uma dessas oferendas é o arroz, colocado no
sexto pote junto a uma fruta, um biscoito ou algum outro alimento complementar.
No sétimo pote, também é colocado arroz, e, sobre ele, algo que represente um
instrumento musical, geralmente uma concha ou um pequeno sino.
Essas oferendas relembram a história de acolhimento, respeito e cuidado
em relação aos convidados do rajah em seu palácio.

1. Com o professor e os colegas, reconte oralmente a história sobre como um


convidado era tratado quando recebido no palácio do rajah.
2. Nos quadrinhos a seguir, desenhe as partes da história que vocês recontaram.

60 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


RESPEITO COM AS CRENÇAS RELIGIOSAS
Ao longo do capítulo, os personagens apresentaram alguns alimentos
que podem ser relacionados a suas crenças religiosas.

©Shutterstock/Arun Sambhu Mishra


©Shutterstock/Stockcreations

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©Shutterstock/Bonchan

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9 Encaminhamento metodológico.

VOCÊ JÁ CONHECIA TODOS ESSES


ALIMENTOS?

ALGUM DELES ESTÁ PRESENTE NA SUA


CRENÇA RELIGIOSA?
Dayane Raven. 2016. Digital.

VOCÊ PERCEBEU QUE ALGUNS ALIMENTOS SE


REPETEM EM ALGUMAS RELIGIÕES?

EXISTEM OUTROS ALIMENTOS DE SUA


CRENÇA RELIGIOSA QUE GOSTARIA DE
APRESENTAR PARA A TURMA?

10 Orientações para a realização das atividades.

1. Você percebeu como os alimentos são importantes para nossa sobrevivência e


para as religiões.
a) Converse com seus familiares sobre quais alimentos eles consideram
saudáveis para a alimentação e o corpo. Anote as respostas no caderno.
b) Pergunte quais alimentos são importantes para a crença religiosa de sua
família. Anote as respostas no caderno.

CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões 61


2. Apresente para os colegas os alimentos saudáveis que sua família escolheu e
também os alimentos sagrados citados por eles.

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3. Represente com a massinha im
e

de modelar os alimentos
relacionados à crença religiosa
de sua família, ou um prato
contendo alimentos
sudáveis.
Com a turma, organizem
um espaço para expor
seus trabalhos.

11 Orientações para a realização das atividades.

Você e seus colegas aprenderam mais sobre os personagens e sobre os símbolos


e alimentos relacionados a suas religiões.
Você também pôde expressar para seus colegas seu jeito de crer por meio dos
símbolos e alimentos ligados à sua crença religiosa.
1. Confeccione um pequeno livro intitulado “Meu livro das religiões”, que contenha
os elementos importantes estudados sobre as religiões dos personagens e sobre
a sua também. Para isso, siga os passos indicados na próxima página.

62 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2


a) Recorte os quadros das
páginas 13 e 15 do material
de apoio e preencha-os com
as informações solicitadas. Se

©Shutterstock/LanKS/Lukasz Stefanski
necessário, consulte seu livro
para preenchê-los.
b) Depois que seu livrinho estiver
pronto, coloque as folhas em
ordem e, com a ajuda de um
adulto, fixe-as todas juntas.
c) Faça uma capa contendo o nome da escola, do professor, de sua turma e,
depois, seu nome. Escreva o título “Meu livro das religiões” e decore a capa
como preferir.
d) Acrescente uma folha ao final do livrinho para colocar você como
personagem. Copie nela a moldura das outras páginas e preencha os
espaços com os mesmos itens solicitados para os personagens.
2. Apresente seu livro a algumas pessoas de que você gosta, preferencialmente os
familiares e colegas de outras turmas. Explique cada página para que a pessoa
compreenda os significados dos símbolos e dos alimentos. Lembre-se de falar
também sobre sua crença religiosa.
a) Agora, escreva aqui o que as pessoas comentaram sobre seu livro das
religiões.
Pessoal. O intuito é que os alunos exponham para os adultos a importância de se respeitar as crenças

religiosas.

b) Você gostou de realizar essa atividade? Por quê?


Pessoal. Incentive os alunos a compartilhar suas opiniões sempre respeitando as opiniões dos colegas.

CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões 63


3. Pensando na importância do respeito às crenças religiosas, imagine-se nas
situações descritas pelos personagens e responda como você agiria em cada uma.

COMO VOCÊ AGIRIA SE VISSE ALGUÉM DESRESPEITANDO UM


ALIMENTO RELACIONADO À SUA RELIGIÃO?

Pessoal. O objetivo é criar empatia entre os alunos em relação às crenças

religiosas.

COMO VOCÊ AGIRIA SE UM DE SEUS AMIGOS FALASSE SOBRE A


CRENÇA RELIGIOSA E OS COSTUMES DELE E ALGUÉM DEBOCHASSE
DESSAS QUESTÕES?

Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que o que é sagrado para um

grupo de pessoas deve ser respeitado por todos.

E SE ISSO ACONTECESSE COM VOCÊ?

Pessoal. Espera-se que os alunos consigam se colocar no lugar dos outros.

FINALIZAMOS ESTE ANO COM MUITA APRENDIZAGEM!


LEMBRE-SE DE SEMPRE RESPEITAR TODAS AS PESSOAS E TODAS AS
Dayane Raven. 2016. Digital.

CRENÇAS, ASSIM COMO VOCÊ GOSTARIA DE SER RESPEITADO.


TODAS AS CRENÇAS RELIGIOSAS TÊM ALGO BONITO A NOS ENSINAR!
ESPERAMOS VOCÊ NO PRÓXIMO ANO!

64
ATIVIDADES
Página 9

©Shutterstock/matsabe

MATERIAL DE APOIO 1
ATIVIDADES
Página 16

Cristianismo
Umbanda
Evangélico

Judaísmo Islamismo

Religião Cristianismo
Budismo Candomblé
Indígena Católico

ATIVIDADES
Página 28

©Fernando Penteado/Arquivo de Wilma Legris

MATERIAL DE APOIO 3
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©Shutterstock/Vectorsicon.com
Acessível em libras/UFMG
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Páginas 31 e 32
ATIVIDADES

MATERIAL DE APOIO
5
ATIVIDADES
Página 43

BRINCAR E APRENDER
Página 49
©Shutterstock/Carla Nichiata

Umbanda
©Shutterstock/Roberto Giobbi

Nessa religião, é
necessário lavar-se com
água antes das orações
para tornar-se puro.

MATERIAL DE APOIO 7
BRINCAR E APRENDER
Página 49

©Shutterstock/Roberto Giobbi
©Shutterstock/Zilan2000

Budismo

Guarani Cristianismo Flor de lótus

Masbaha ou subha Catolicismo

Islamismo Batismo

Simboliza uma vida nova,


uma fé que se inicia
perante a comunidade
religiosa.

MATERIAL DE APOIO 9
BRINCAR E APRENDER
©Shutterstock/Fleckstone Página 49

se tornem fortes fisicamente.


medicinal para que as crianças Islamismo
são utilizadas como meio
Para esse povo, as esculturas

Religiões
Budismo
afro-brasileiras

Cristianismo Terço Guarani

Um copo de água fresca é


oferecido todas as manhãs
Judaísmo a Buda e é removido ao Iemanjá
anoitecer.
©Shutterstock/Fleckstone
©Shutterstock/Lari Borges

Quipá

Menorá

MATERIAL DE APOIO 11
ATIVIDADES
Página 63

RELIGIÕES INDÍGENAS ISLAMISMO


Nome do personagem: Nome do personagem:

Características do personagem: Características do personagem:

Símbolos sagrados: Símbolos sagrados:

Alimentos relacionados à religião: Alimentos relacionados à religião:

BUDISMO JUDAÍSMO
Nome do personagem: Nome do personagem:

Características do personagem: Características do personagem:

Símbolos sagrados: Símbolos sagrados:

Alimentos relacionados à religião: Alimentos relacionados à religião:

MATERIAL DE APOIO 13
ATIVIDADES
Página 63

CRISTIANISMO CRISTIANISMO
EVANGÉLICO CATÓLICO
Nome do personagem: Nome do personagem:

Características do personagem: Características do personagem:

Símbolos sagrados: Símbolos sagrados:

Alimentos relacionados à religião: Alimentos relacionados à religião:

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS


CANDOMBLÉ UMBANDA
Nome do personagem: Nome do personagem:

Características do personagem: Características do personagem:

Símbolos sagrados: Símbolos sagrados:

Alimentos relacionados à religião: Alimentos relacionados à religião:

MATERIAL DE APOIO 15
CLAUDIA REGINA KLUCK
GISELE MAZZAROLLO
SONIA DE ITOZ

VOLUME 2
LIVRO DO
PROFESSOR

1.a edição
Curitiba - 2019
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

K66 Kluck, Claudia Regina.


Ensino Religioso : passado, presente e fé / Claudia Regina
Kluck, Gisele Mazzarollo, Sonia de Itoz ilustrações Dayane
Raven. – Curitiba : Piá, 2019.
v. 2 : il.

ISBN 978-85-64474-84-0 (Livro do aluno)


ISBN 978-85-64474-85-7 (Livro do professor)

1. Educação. 2. Estudo religioso – Estudo e ensino. 3. Ensino


fundamental. I. Mazzarollo, Gisele. II. Itoz, Sonia de. III. Raven,
Dayane. IV. Título.

CDD 370

© 2019 Editora Piá Ltda.

Presidente Ruben Formighieri


Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos
Diretor Editorial Joseph Razouk Junior
Gerente Editorial Júlio Röcker Neto
Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy
Coordenação Editorial Jeferson Freitas
Coordenação de Arte Elvira Fogaça Cilka
Coordenação de Iconografia Janine Perucci

Autoria Gisele Mazzarollo


Reformulação dos originais de
Claudia Regina Kluck e Sonia de Itoz
Edição de conteúdo Lysvania Villela Cordeiro (Coord.) e
Anne Isabelle Vituri Berbert
Edição de texto Giorgio Calixto de Andrade
Revisão João Rodrigues
Consultoria Sérgio Rogerio Azevedo Junqueira

Capa Doma.ag
Imagens: ©Shutterstock
Todos os direitos reservados à
Editora Piá Ltda. Projeto Gráfico Evandro Pissaia
Rua Senador Accioly Filho, 431
81310-000 – Curitiba – PR Imagens: ©Shutterstock/
Site: www.editorapia.com.br KanokpolTokumhnerd/Zaie
Fale com a gente: 0800 41 3435 Ícones: Patrícia Tiyemi
Impressão e acabamento Edição de Arte e Editoração Evandro Pissaia
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 500 Pesquisa iconográfica Juliana de Cassia Camara
81310-000 – Curitiba – PR
E-mail: posigraf@positivo.com.br
Ilustrações Dayane Raven
Impresso no Brasil Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz
2020
SUMÁRIO

1 Proposta pedagógica ______________ 4

Concepção de ensino _______________________ 4


Objetivos __________________________________ 8
Avaliação __________________________________ 8
Organização didática _______________________ 9
Referências ________________________________ 12

2 Orientações metodológicas ________ 13


Os ambientes de convivência ________________ 13
As memórias _______________________________ 20
Os símbolos religiosos ______________________ 26
Os alimentos na religiões ___________________ 35
Dayane Raven. 2016. Digital.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
ENSINO RELIGIOSO

CONCEPÇÃO DE ENSINO
A coleção Passado, presente e fé para o Ensino Religioso tem por princípios a valorização e o
respeito à diversidade cultural, com vistas à promoção dos direitos humanos e da cultura da paz.
De acordo com a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (UNESCO, 2002), a cultura
adquire formas diversificadas no tempo e no espaço, o que se manifesta na originalidade e na
pluralidade dos grupos humanos, atuando como fonte de intercâmbios, de inovação e de criativi-
dade. Assim, a diversidade cultural constitui patrimônio comum da humanidade e deve, portanto,
ser reconhecida e respeitada em benefício das gerações presentes e futuras.
A pluralidade religiosa é um aspecto da diversidade cultural presente no mundo e também no
Brasil. Sua abordagem nos nove anos do Ensino Fundamental pode favorecer o aprimoramento da
pessoa humana e da convivência social. Nesse intuito, a escola mostra-se um espaço privilegiado
para a construção do conhecimento religioso e da tolerância por meio do diálogo, da reflexão e
do respeito mútuo.
Historicamente, o conhecimento religioso tem sido objeto de estudo de teologias e ciências,
como História, Sociologia, Psicologia, Antropologia, Geografia e, mais recentemente, Ciência da
Religião. O Ensino Religioso, por sua vez, permeia o espaço escolar desde o momento em que o
Estado passou a ocupar-se da educação dos cidadãos.
Assim, na Europa do século XVIII, organizou-se um sistema educacional em que o ensino da
religião era visto como meio de educar os cidadãos para valores como humildade, generosidade,
paciência, equilíbrio e piedade. O instrumento básico para tanto era o catecismo católico, por
meio do qual se realizavam a instrução religiosa e também a alfabetização.
No Brasil, a introdução oficial do Ensino Religioso no currículo escolar ocorreu em 1827, sendo,
então, conferida à escola a função de ensinar leitura, escrita, as quatro operações, os números
decimais, proporção, introdução à geometria, gramática da língua portuguesa, princípios da moral,
doutrina católica e História do Brasil, além de favorecer a leitura da Constituição do Império. Com
a Proclamação da República, em 1889, o Ensino Religioso foi retirado do currículo das escolas
públicas brasileiras e retornou apenas em 1931.
Nas Constituições posteriores, permaneceu como componente obrigatório para as escolas
e optativo para os estudantes, condição confirmada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB, Lei nº 9.394/96) e, mais recentemente, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
que lhe concede o status de área do conhecimento, juntamente com Linguagens, Matemática,
Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Além disso, a BNCC afirma que o fenômeno religioso
constitui “um dos bens simbólicos resultantes da busca humana por respostas aos enigmas do
mundo, da vida e da morte” (BRASIL, 2017, p. 434).

4 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Esses documentos demonstram a relevância do Ensino Religioso para os currículos escolares
do Ensino Fundamental, uma vez que se favorecem a compreensão e o respeito às diversidades
cultural e religiosa do povo brasileiro.
O artigo 32 da LDB estabelece como objetivo para o Ensino Fundamental a formação básica
do cidadão com base nos seguintes aspectos:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno do-
mínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes


e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de co-


nhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância


recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 1996)
A BNCC, por sua vez, defende para o Ensino Fundamental o desenvolvimento de competências
e habilidades que possibilitem concretizar os direitos de aprendizagem das crianças e dos jovens.
Esse documento propõe a organização dos componentes curriculares por meio das categorias:
competências, unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades.
Assim, orienta um processo de ensino e aprendizagem do conhecimento histórico-cultural para
o desenvolvimento de valores humanos, ou seja, propõe o desenvolvimento da sensibilidade, do
diálogo, da tolerância e da convivência pacífica, respeitando as pluralidades cultural e religiosa
brasileira.
Também reconhece a relação do conhecimento religioso com a busca humana de respostas
para questões existenciais básicas: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Qual é o sentido da
existência?
Como principal referência para a abordagem do conhecimento religioso no Ensino Fundamental,
a BNCC elege a Ciência da Religião, uma vez que esta, como disciplina autônoma, “possibilita a
análise diacrônica e sincrônica do fenômeno religioso, a saber, o aprofundamento das questões de
fundo da experiência e das expressões religiosas, a exposição panorâmica das tradições religiosas
e as suas correlações socioculturais” (SOARES, 2009, p. 3).
Ao compreender o ser humano como um ser complexo, integrado, a BNCC define o indiví-
duo como ente constituído de “imanência (dimensão concreta, biológica) e de transcendência
(dimensão subjetiva, simbólica)” (BRASIL, 2017, p. 436). Ambas as dimensões, de forma associada,
propiciam a cada um relacionar-se com os demais, com a natureza e com o transcendente. Essas
relações, múltiplas e dialógicas, possibilitam ao indivíduo compreender-se como igual aos outros,
em sua humanidade, e como diferente deles, em sua singularidade.

LIVRO DO PROFESSOR 5
Portanto, as unidades temáticas previstas na BNCC e descritas a seguir contemplam uma
cosmovisão que favorece a compreensão da estrutura das religiões e de conceitos fundamentais
nelas presentes, bem como das formas de expressão que influenciam as relações sociais por meio
dos costumes, das tradições e da linguagem.

• A unidade temática Identidades e alteridades, especialmente contemplada nos Anos Iniciais,


promove o reconhecimento da singularidade e da importância de cada indivíduo (subjetivi-
dade). Ao mesmo tempo, é reforçada a compreensão de suas conexões com os outros seres
humanos (alteridade), identificando as semelhanças e as diferenças em uma perspectiva de
coexistência. Logo, essa unidade temática proporciona os primeiros reconhecimentos das
dimensões imanente e transcendente que integram o patrimônio cultural humano, o que se
realiza por meio da identificação de diversos costumes, crenças, formas de viver e símbolos.

• A unidade temática Manifestações religiosas possibilita a abordagem de informações


acerca de componentes do fenômeno religioso, como: espaços sagrados, símbolos, ritos,
representações religiosas, formas de expressão da espiritualidade (orações, cultos, gestos,
cantos, danças, meditações), práticas celebrativas, indumentárias, alimentos e objetos con-
siderados sagrados, bem como líderes religiosos e suas formas de atuação.

• A unidade temática Crenças religiosas e filosofias de vida, cuja abordagem se intensifica


nos Anos Finais, fomenta a compreensão, a valorização e o respeito em relação às diversas
experiências religiosas, possibilitando identificar, reconhecer, analisar e discutir o fenômeno
religioso com base em seus elementos estruturantes: os mitos (que estabelecem relações
entre a imanência e a transcendência), as crenças, as narrativas religiosas (orais e escritas),
as doutrinas religiosas (princípios e valores das diversas tradições), os códigos ético e moral
(balizadores de comportamento dos adeptos) e as ideias de imortalidade (como ancestrali-
dade, reencarnação, ressurreição e transmigração). Também integram essa unidade temática
as relações possíveis das tradições religiosas com a esfera pública (política, saúde, economia,
educação), as mídias e a tecnologia.

Os quadros a seguir destacam as unidades temáticas e os objetos de conhecimento previstos


pela BNCC para os nove anos do Ensino Fundamental. Além disso, ao final de cada volume anual,
as orientações didáticas trazem um mapa curricular integrado, que explicita os conteúdos e as
atividades propostos para a abordagem desses elementos, bem como as habilidades da BNCC
contempladas em relação a eles.

6 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Anos Unidades temáticas Objetos de conhecimento

O eu, o outro e o nós


Identidades e alteridades
1.º ano Imanência e transcendência
Manifestações religiosas Sentimentos, lembranças, memórias e saberes
O eu, a família e o ambiente de convivência
Identidades e alteridades Memórias e símbolos
2.º ano
Símbolos religiosos
Manifestações religiosas Alimentos sagrados
Identidades e alteridades Espaços e territórios religiosos
3.º ano Práticas celebrativas
Manifestações religiosas
Indumentária religiosa
Ritos religiosos
Manifestações religiosas
4.º ano Representações religiosas na Arte
Crenças religiosas e filosofias de vida Ideia(s) de divindade(s)
Narrativas religiosas
5.º ano Crenças religiosas e filosofias de vida Mitos nas tradições religiosas
Ancestralidade e tradição oral
Tradição escrita: registro dos ensinamentos sagrados
6.º ano Crenças religiosas e filosofias de vida Ensinamentos da tradição escrita
Símbolos, ritos e mitos religiosos
Místicas e espiritualidades
Manifestações religiosas
Lideranças religiosas
7.º ano
Princípios éticos e valores religiosos
Crenças religiosas e filosofias de vida
Liderança e direitos humanos
Crenças, convicções e atitudes
Doutrinas religiosas
8.º ano Crenças religiosas e filosofias de vida
Crenças, filosofias de vida e esfera pública
Tradições religiosas, mídias e tecnologias
Imanência e transcendência
9.º ano Crenças religiosas e filosofias de vida Vida e morte
Princípios e valores éticos

LIVRO DO PROFESSOR 7
OBJETIVOS
No artigo 33, a LDB determina o “respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil”. Nessa pers-
pectiva, a coleção Passado, presente e fé tem como objetivo central promover o conhecimento e a
reflexão acerca do fenômeno religioso em âmbito mundial e, especialmente, em suas manifestações
no Brasil. Para isso, contempla os objetivos de ensino e aprendizagem indicados pela BNCC:
a) Proporcionar a aprendizagem dos conhecimentos religiosos, culturais e estéticos, a partir das
manifestações religiosas percebidas na realidade dos educandos;

b) Propiciar conhecimentos sobre o direito à liberdade de consciência e de crença, no constante


propósito de promoção dos direitos humanos;

c) Desenvolver competências e habilidades que contribuam para o diálogo entre perspectivas


religiosas e seculares de vida, exercitando o respeito à liberdade de concepções e o pluralismo
de ideias, de acordo com a Constituição Federal;

d) Contribuir para que os educandos construam seus sentidos pessoais de vida a partir de
valores, princípios éticos e da cidadania. (BRASIL, 2017, p. 436)
Cabe ressaltar, ainda, a importância de respeitar e fortalecer a identidade religiosa de cada educando,
uma vez que o direcionamento religioso de crianças e jovens é prerrogativa das famílias e das instituições
religiosas. A escola, por sua vez, pode contribuir para a formação cidadã das novas gerações por meio do
estímulo às compreensões reflexiva e analítica das manifestações religiosas, promovendo a cultura da
paz e a valorização dos direitos humanos, conforme o princípio constitucional da liberdade de crenças,
ideias e consciência. Nesse sentido, Aragão e Souza (2017, p. 19) apontam que o Ensino Religioso: “[...]
está assumindo essa responsabilidade de oportunizar o acesso aos saberes e conhecimentos produzidos
pelas diferentes tradições espirituais e cosmovisões religiosas enquanto patrimônios da história humana.”

AVALIAÇÃO
O conhecimento religioso é bastante complexo, pois, além das especificidades do seu objeto (o
transcendente), envolve elementos histórico-culturais e ainda a dimensão psíquico-afetiva de in-
divíduos e grupos identitários. Esse conhecimento demonstra que a experiência religiosa humana,
em sua diversidade, constitui um dos caminhos percorridos por diferentes grupos e sociedades em
busca de respostas para os problemas fundamentais da existência.
Ao defrontar-se com a finitude e com a possibilidade de conduzir a vida por variadas direções,
apresenta-se aos seres humanos a necessidade de encontrar uma explicação para a morte e um
sentido para a vida. Nesse contexto, as religiões despertam a esperança de superação da morte e
indicam valores para orientar a vida, conferindo-lhe uma finalidade e um significado. Além disso, a
experiência religiosa pode ser considerada “humanizante”, ou seja, capaz de tornar cada um mais
sensível aos outros e mais consciente da condição humana compartilhada com eles. Uma experiência
dessa natureza é, portanto, indissociável de uma consciência ética.

8 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Logo, os processos de ensino e aprendizagem do conhecimento religioso requerem metodologias
e estratégias capazes de ampliar a consciência e a valorização da identidade dos educandos, assim
como o respeito aos diversos grupos identitários que compõem o seu contexto sociocultural. Em
todas as etapas desse processo, inclusive na avaliação, deve-se ter presente o desenvolvimento das
seguintes competências, estabelecidas pela BNCC para o Ensino Religioso:
1. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias
de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.

2. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida, suas expe-


riências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios.

3. Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto expressão de


valor da vida.

4. Conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.

5. Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da política, da eco-


nomia, da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente.

6. Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância, discri-


minação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no constante
exercício da cidadania e da cultura de paz.

ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA
A observação do(s) fenômeno(s) religioso(s) faz parte da realidade do educando antes mesmo
de seu ingresso no sistema escolar, seja por uma opção familiar, seja pelo contexto social que o cir-
cunda. A coleção Passado, presente e fé parte desse pressuposto para oportunizar a compreensão
reflexiva e analítica de diferentes manifestações.

Com esse propósito, os con-


teúdos são explorados por meio
de textos e atividades, que, por
sua vez, organizam-se didati-
camente em seções e ícones,
considerando as especificidades Da
ya
de cada nível de ensino. ne
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n.2
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al.

LIVRO DO PROFESSOR 9
Para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais
P

Apresenta diferentes recursos e atividades com o propósito de fazer um levantamento dos co-
nhecimentos prévios dos alunos acerca dos conteúdos que serão trabalhados no capítulo.

Por meio de propostas lúdicas, busca a interação entre os alunos, além de oportunizar reflexões
significativas e contextualizadas a respeito dos conteúdos desenvolvidos.

Incentiva os alunos a construir suas concepções, elaborar e sistematizar, de maneira individual


e coletiva, o conteúdo. É o momento da sistematização do conhecimento e de novas indagações.

Oportuniza a interação entre os alunos e com outras pessoas da convivência deles. Traz atividades
como rodas de conversa, entrevistas e diferentes propostas de trabalho em equipe.

Envolve os alunos em atividades voltadas ao desenvolvimento de valores, como empatia, soli-


dariedade, respeito e tolerância.

Ícones

Pesquisa Atividade coletiva

Caderno Atividade oral

Você sabia?

10 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Para o Ensino Fundamental – Anos Finais

Propõe atividades com o ob- Apresenta diversos gêneros Aborda temas de grande
jetivo de exercitar a tolerância, a textuais e verbo-visuais para que relevância para a convivência
compreensão e a harmonia nas os alunos realizem atividades harmônica em sociedade. São
relações em família, na comuni- de análise de documentos, re- incentivadas reflexões a respeito
dade escolar e nas demais esfe- lacionando-os aos conteúdos de documentos importantes,
ras de convivência dos alunos. estudados. além de pronunciamentos ofi-
ciais de líderes religiosos e secu-
lares, que tratam de temas como
igualdade, direitos humanos e
liberdade.
Traz atividades, objetivas e Possibilita diferentes olhares
discursivas, com a finalidade de sobre os temas tratados no ca-
sistematizar os conhecimentos pítulo com o objetivo de am-
adquiridos ao longo do estudo pliar os assuntos abordados e
do capítulo. o contato com outras opiniões
Apresenta atividades diversi-
e modos de viver e de pensar.
ficadas que sistematizam e am-
pliam os conteúdos trabalhados
no capítulo.
Propõe o debate em sala
de aula, sempre mediado pelo Sugere atividades, indivi-
professor. Os temas sugeridos duais ou coletivas, de investiga-
são relacionados aos conteúdos ção e estudo acompanhadas de
estudados e ao cotidiano dos orientação e roteiro para alunos
alunos, que serão estimulados e professores com o objetivo
a compartilhar suas ideias e desenvolver a capacidade de
seus posicionamentos, sempre selecionar fontes, coletar dados
respeitando as opiniões dos e produzir sínteses.
colegas.

Ícones

Caderno Texto informativo

Glossário Atividade coletiva

LIVRO DO PROFESSOR 11
REFERÊNCIAS
ARAGÃO, Gilbraz S. Apresentação. In: JUNQUEIRA, Sérgio R. A.; BRANDENBURG, Laure E.;
KLEIN, Remí (Org.). Compêndio do Ensino Religioso. São Leopoldo: Sinodal; Vozes, 2017.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição
da República dos Estados Unidos do Brasil (de 24 de fevereiro de 1891). Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm>. Acesso em:
16 ago. 2018.
______. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de julho de 1934).
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm>.
Acesso em: 16 ago. 2018.
______. Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996: estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Brasília, 20 dez. 1996.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular. Versão final. Brasília: MEC/SEB, 2017.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
HOCK, Klaus. Introdução à Ciência da Religião. São Paulo: Loyola, 2017.
IMPÉRIO DO BRASIL. Documentos complementares do Império do Brasil (15 outubro 1827).
artig. 6. In: BONAVIDES, Paulo.; AMARAL, Roberto A. Textos políticos da História do Brasil.
Brasília, Senado Federal, 1996. v. I.
JUNQUEIRA, Sérgio B. A. O processo de escolarização do Ensino Religioso no Brasil.
Petrópolis: Vozes, 2002.
PASSOS, João D.; USARSKI, Frank. (Org.). Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo:
Paulus, 2013.
REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. Coleção de Leis. Rio de Janeiro: Senado
Federal, 1931. v. I.
SILVA, Eliane M. Religião, diversidade e valores culturais: conceitos teóricos e a educação
para a Cidadania. Disponível em: <https://www.pucsp.br/rever/rv2_2004/p_silva.pdf>.
Acesso em: 17 ago. 2018.
SOARES, Afonso M. L. Ciência da Religião, Ensino Religioso e formação docente. Disponível
em: <https://www.pucsp.br/rever/rv3_2009/t_soares.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018.
UNESCO. Cultura de paz: da reflexão à ação; balanço da década internacional da promoção
da cultura de paz e não violência em benefício das crianças do mundo. Brasília: UNESCO;
São Paulo: Associação Palas Athena, 2010.
______. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Paris: Unesco, 1948.
______. Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural. Paris: Unesco, 2002.
USARSKI, Frank. Interações entre Ciência e Religião. Revista Espaço Acadêmico, Maringá,
v. 02, n. 17, 2002.
______. Os enganos sobre o sagrado: uma síntese da crítica ao ramo “clássico” da
Fenomenologia da Religião e seus conceitos-chave. Disponível em: <www.pucsp.br/rever/
rv4_2004/p_usarski.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018.

12 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

CAPÍTULO 1 OS AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA


Neste capítulo, é abordado o tema ambientes de convivência, de modo que optamos por uma
aproximação sutil e gradativa dos alunos em relação à temática religiosa propriamente dita. O
objetivo é garantir que eles se sintam confortáveis com o assunto, oportunizando que sigam ritmos
próprios no reconhecimento e nas reflexões acerca dos elementos
religiosos. Ao conduzir os alunos a perceber contextos como o
lar, a família e a escola, relacionando-os aos costumes e às cren- Veja o Mapa curricular
ças cotidianas e, depois, às crenças religiosas, é possibilitado a integrado no final
das Orientações
eles que compreendam o universo religioso como algo mais metodológicas.
próximo do que imaginavam. Nessa gradativa construção entre
o que é sagrado e o que não é sagrado, os alunos reafirmam sua
identidade religiosa e respeitam as demais.

Sugestão de número de aulas: 10

Orientações didáticas

Páginas 4 e 5

1 Ao iniciar o ano letivo, quando os alunos participam das primeiras aulas de Ensino Religioso,
é comum a apreensão de suas famílias quanto ao modo como o fenômeno religioso será tratado
na escola. Muitos pais sentem receio de que os conteúdos abordados em sala possam interferir na
identidade religiosa de seus filhos. Nesse sentido, é importante esclarecer à comunidade escolar
que o objetivo do Ensino Religioso é promover o conhecimento sem privilegiar nenhuma crença ou
tradição religiosa e, ainda, sem realizar experiências religiosas de qualquer natureza com os alunos.
Trata-se de olhar para as manifestações religiosas que acontecem na sociedade, nas comunidades,
nas diversas culturas e tentar entendê-las. Trata-se, ainda, de identificar as crenças e os significados
das diferentes expressões religiosas, a fim de melhorar as relações interpessoais e sociais.
O respeito à identidade religiosa de cada aluno começa pela atitude do professor, que deve abordar
as diversas temáticas sem privilegiar ou desprezar nenhuma religião. Além disso, deve ser reservada
especial atenção à abordagem dos conteúdos frente à identidade dos alunos cujas famílias professam
uma religião e concordam com alguns pontos de determinada crença, porém não participam de
todas as atividades religiosas prescritas. O número de pessoas que pertencem a esse grupo, no Brasil,
é expressivo. Além disso, há um percentual elevado de pessoas que, mesmo sem estar vinculada a
uma religião, apoiam-se em diversos sistemas de crenças segundo convicções pessoais.

LIVRO DO PROFESSOR 13
Por outro lado, há alunos cujas famílias se declaram “sem religião” ou que se reconhecem como ateias.
É importante que esses alunos não se sintam pressionados nem excluídos nas atividades realizadas
em sala. Ainda que não tenham crenças religiosas nem realizem práticas dessa natureza, eles podem
(e devem) ser estimulados a compartilhar valores, experiências e princípios aprendidos em família.

Páginas 6 e 7

2 Neste capítulo, os alunos estudarão os espaços de convivência cotidianos com base em elemen-
tos como crenças e costumes. Gradativamente, vão se aproximar das noções de espaços sagrados e
de suas relações com costumes e crenças. No final do capítulo, cada um expressará sua identidade
religiosa, possibilitando ao professor mapear as religiões e as filosofias de vida representadas na
turma, inclusive casos de ausência de crença religiosa.

Página 8

Ponto de partida
3 Os diálogos entre Yurem e Manjari e entre Felipe e Sikulume introduzem, por meio de exemplos,
as definições de costume e crença. Os personagens demonstram o cotidiano das famílias deles.
Complemente o debate com exemplos próprios e outros compartilhados pelos alunos.
Por meio do diálogo dos personagens, é possível diferenciar com os alunos a definição de crença
(acreditar em algo ou alguém) e de costume (hábito ou prática frequente). Tanto o costume quanto
a crença podem ou não ter cunho religioso. A atividade do varal introduzirá a ideia de costume na
família para, mais adiante, contextualizá-la em costume religioso.

Página 9

Atividades
4 Nessa atividade, os alunos deverão escolher, das imagens do material de apoio, uma peça de
roupa para cada familiar. Individualmente, eles deverão recortar e pintar a peça, caracterizando-a
com o estilo de roupa que seu familiar utiliza de maneira costumeira ou de que gosta. Depois, de-
verão escrever, na parte da frente da roupa, um costume que essas pessoas têm ou algo em que
acreditam, em apenas uma palavra ou frase. Na sala de aula, providencie um cordão para servir de
varal e pequenos prendedores ou fita adesiva para pendurar as roupas da família. É importante
que esse varal fique na altura dos olhos dos alunos, para que todos consigam ler o que os colegas
escreveram nas pequenas peças.
Ao ler com os alunos o que está escrito nas peças do varal, questione-os sobre o que escreveram,
inclusive costumes e crenças que provoquem curiosidade. Realize aproximações e agrupamentos
que possam ser registrados por meio de gráficos (por tipos de costume e crença). É possível registrar
o gráfico a partir do total de pessoas citadas pela turma ou de grupos determinados (como mães,
pais, irmãos, etc.) para comparações e diferenciações.

14 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Construa coletivamente com os alunos uma frase conclusiva da atividade. A frase deve ser escrita
nas peças não utilizadas do material do apoio. Os alunos devem recortar, pintar e escrever a frase,
bem como colá-la no caderno. Se sobrarem poucas peças, eles podem complementar desenhando
e recortando outras peças.

Página 10

5 Na atividade anterior, os alunos relembraram os costumes e as crenças de seus familiares. Agora


é afirmado que família é um espaço de encontro em que se vivencia um lar. Indague os alunos sobre
a diferença entre uma casa, ou um apartamento, e um lar.
Ao convidar os alunos para se sentarem em círculo, combine algumas regras importantes. Como
cada um vai contar um pouco de sua história familiar, é preciso criar um ambiente de confiança.
Explique essa noção de ambiente de confiança para as crianças e, em conjunto, estipule algumas
regras de cuidado e respeito, como: não conversar quando alguém estiver falando, respeitar a vez
de falar, não emitir opiniões negativas, etc. Finalize a atividade retomando as relações entre as ideias
de lar e de família. Em um lar, é possível que as pessoas da família demonstrem seus costumes e
suas crenças. Para isso, por vezes são utilizados espaços específicos da casa onde o integrante da
família se sente bem. Pergunte aos alunos em qual espaço eles se sentem bem em seus lares e os
motivos dessa escolha.
Brincar e aprender
6 Para auxiliar no processo de construção do diorama, peça aos alunos que desenhem em uma
folha a planta baixa do espaço da casa. Oriente-os a construir o diorama de acordo com a planta
baixa. Auxilie-os a pensar sobre a seleção de materiais para a construção dessa maquete. Se neces-
sário, ajude-os a marcar as dimensões e proporções.
Para essa atividade, não é necessário estabelecer uma escala para padronizar o tamanho dos ele-
mentos, porém é importante que o aluno compreenda que os elementos preservarão a noção de
maior e de menor em relação aos componentes retratados no desenho.
Essa atividade também pode ser realizada em casa com a ajuda dos pais ou responsáveis. Para isso,
é necessário indicar para a família o intuito da atividade e justificar que esses momentos auxiliam
na aproximação entre pais/responsáveis e filhos. Organize um espaço dentro ou fora da sala de aula
para a exposição dos trabalhos. É importante que o trabalho de todos os alunos sejam expostos
para que se sintam valorizados.

Página 11

Atividades
7 A resposta ao segundo item da questão pode ser socializada entre os colegas. É possível realizar
uma enquete acerca dos sentimentos vividos nos espaços escolhidos pelos alunos e questioná-los
sobre o motivo dessas sensações.

LIVRO DO PROFESSOR 15
8 O conceito de lar foi explicado, ao longo das aulas, como algo além do espaço físico: um local
de encontro, de amor e de cuidado. Questione os alunos: Por que todas as crianças têm direito a
um lar? O que é um direito? O que é um dever? O que significa proteção? Que exemplos temos de
proteção e desproteção?
Comente com eles sobre a garantia dos direitos da infância e da adolescência por meio do Estatuto
da Criança e do Adolescente. Saliente que esse documento também registra os deveres das crianças
e dos adolescentes. É importante que compreendam que todo direito implica em um dever.
Sugestão de atividade
9 Além dos animais apresentados como exemplo de proteção, é possível realizar uma pesquisa
na internet com os alunos, buscando outros animais que apresentam os mesmos cuidados com seu
bando ou seus filhotes. Cada aluno ou dupla pode desenhar o animal e escrever um texto sobre ele.
Reserve um tempo de aula para a socialização dos resultados das pesquisas.

Página 12

Brincar e aprender
10 Essa brincadeira tem o objetivo de introduzir as diferentes formas de viver de maneira leve e
descontraída. Questione as diferentes formas de viver e de se abrigar dos animais.
Para orientar a brincadeira, siga estes passos:
• Leve os alunos ao pátio ou a outro grande espaço na escola.

• Organize-os em trios e em círculo.

• Em cada trio, um aluno ficará no centro, e os outros dois, de mãos dadas, protegerão aquele que
estará no meio deles.

• No meio do grande círculo, um aluno deverá ficar sozinho.

• A cada voz de comando “cada macaco em seu galho”, todos os participantes protegidos devem
tentar escapar e ir para o meio de outra dupla, e o aluno do centro do grande círculo deverá
tentar ocupar algum lugar vazio.

• Quem restar fora da proteção das duplas deve ficar no meio do grande círculo.

• O comando de voz continua da mesma maneira sucessivamente.

Páginas 13 a 15

Conversar e fazer juntos


11 Promova uma roda de conversa para que os alunos relatem histórias vividas em seus lares. A seu
critério, eles podem também realizar desenhos referentes a essas histórias.

16 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Brincar e aprender
12

1. Inicialmente, peça aos alunos que realizem uma leitura silenciosa do texto Cada coisa em seu lugar,
para que consigam compreender os registros escritos e as ilustrações. Então, repita a leitura em
voz alta pausadamente e deixe que eles leiam apenas a ilustração. Questione os alunos sobre os
diferentes tipos de moradia e seus moradores. Em seguida, relacione o tema ao sentimento de lar
e de espaços em que gostamos de estar. É importante que os alunos compreendam que, quando
as coisas estão organizadas em seu devido lugar, ou no lugar ao qual pertencem, isso facilita a vida,
pois podemos encontrar objetos com maior facilidade e dispor dos elementos necessários para cada
tarefa que realizamos no dia a dia. Apesar de cada família ter um costume, geralmente os pratos,
por exemplo, são guardados no mesmo cômodo em que as refeições são feitas, assim como o vaso
sanitário deve ficar na privacidade do banheiro.

2. A brincadeira precisa ser realizada de maneira organizada e com algumas regras claras. O ideal
é escolher um espaço grande ou deixar um espaço livre no meio da sala para a execução dessa
atividade. Na primeira etapa, peça aos alunos que escrevam na primeira coluna onde guarda
os objetos citados na lista. O segundo passo é combinar com a turma algumas regras, como
caminhar pela sala e procurar um colega com o qual não costuma conversar tanto. Em seguida,
solicite à dupla que converse a respeito da organização dos objetos presentes no quadro dispo-
nível no Livro do aluno. Após essa conversa, eles devem anotar na terceira coluna de seu livro
as informações recebidas do colega. Após o término do preenchimento, solicite aos alunos que
voltem a seus lugares e que relatem os dados coletados para a turma.

3. As perguntas em relação à brincadeira devem ser respondidas de forma individual para, depois,
serem discutidas em turma. Os alunos certamente trarão exemplos, que são importantes para
uma simulação imaginária: a de se colocar no lugar do outro e descrever o que sentiriam com
base nisso.

Página 16

Atividades
13 O diálogos entre Potira e Manjari sintetizam o que as crianças construíram até o momento. Os
espaços e os objetos também podem ser sagrados. Solicite aos alunos que recortem do material
de apoio as imagens dos espaços sagrados e o nome do grupo religioso a que os personagens
pertencem. Os alunos podem colocar os recortes sem colar no quadro antes de realizar a conferência
com você, professor. Faça essa conferência junto às crianças, para que possam colar nos espaços
adequados. O objetivo é sistematizar a aprendizagem, visto que o quadro será um material de
consulta. Entendemos que o Cristianismo é a religião formada pelas Igrejas Católicas, Evangélicas,
Luteranas, etc. Entretanto, para esse ano escolar, adotamos o termo “religião” Católica e Evangélica,
com o objetivo de facilitar a compreensão dos alunos.

LIVRO DO PROFESSOR 17
Espaço Espaço
Religião Religião
religioso religioso

Religião
Judaísmo
Indígena

Budismo Candomblé

Cristianismo
Umbanda
Católico

Cristianismo
Islamismo
Evangélico

Página 17

14 No diálogo, Dulce e Yurem retomam a ideia dos espaços não sagrados ao falar de costumes
cotidianos. O intuito é revisar o conteúdo e introduzir novos elementos para o conhecimento das
religiões, como a ampliação do vocabulário religioso com a palavra costume, ainda que ela seja
abordada como elemento não sagrado.
Com os textos e as imagens, os conceitos de costumes e crenças são construídos com base na família,
no lar, até chegar à escola. É importante retomar essas questões com os alunos, para que percebam
as perspectivas tomando como referência um mesmo objeto de conhecimento.

Páginas 18 e 19

Atividades
15 Converse com os alunos sobre as respostas que obtiveram. Divida o quadro em quatro partes
(costume, crença, costume religioso e crença religiosa) para classificar as respostas dos entrevistados
e peça a eles que as copiem nos espaços apropriados do quadro. É importante salientar que nem
todas as famílias e pessoas acreditam ou seguem alguma religião. Elas podem ter outras crenças
ou outros valores. A criança e sua família precisam ser respeitadas diante desse posicionamento.

18 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Há um espaço para que o aluno se posicione em relação à sua crença e religião. Nesse contexto, eles
poderão dar várias denominações a essa crença, como filosofia de vida. A respeito dos evangélicos,
é importante perguntar aos alunos à qual igreja pertencem, visto que as crenças e os costumes de
cada uma podem ser diferentes. O objetivo é que eles apresentem sua identidade religiosa.

Página 20

Conversar e fazer juntos


16 Auxilie os alunos nessas atividades para que, juntos, consigam relembrar as regras da escola e
da sala de aula, bem como os costumes desse local. É possível que eles exponham regras que não
estão sendo cumpridas. Os exercícios de empatia em relação às situações citadas auxiliarão os alunos
a compreender melhor os exemplos.

Página 21

Conversar e fazer juntos


17 Esse momento em círculo com os colegas é de grande importância e precisa ocorrer em clima de
respeito e acolhida perante as falas de cada um, inclusive para as crianças e as famílias que praticam
mais de uma religião, não praticam nenhuma ou se intitulam de uma religião, mas não a praticam.
Esse espaço, enfim, é de escuta e de conhecimento, e não de julgamento ou críticas.
Encerra-se o primeiro capítulo lembrando que a liberdade de crença e de prática da religião é um
direito que deve ser respeitado.

Sugestão para o professor


Leitura

• WILKINSON, Philip. Guia Ilustrado: Religiões. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.


Nesse guia ilustrado, o autor aborda conceitos como crenças, cerimônias, festivais, deuses e textos
sagrados por meio de exemplos. Discute também, de maneira completa, o papel dos objetos e dos
locais sagrados. Em forma de quadro, o autor apresenta informações como as origens, o número de
adeptos, os fundadores e os profetas de cada religião ou segmento religioso abordado.

LIVRO DO PROFESSOR 19
CAPÍTULO 2 AS MEMÓRIAS

Neste capítulo, é abordado o tema memória. Após observar os ambientes de convivência, con-
vidamos os alunos a olhar para dentro de si mesmos, buscando memórias e sentimentos que esses
ambientes evocam. O objetivo é que eles compreendam o que são memórias afetivas e o valor que
o sagrado pode ter.

Sugestão de número de aulas: 8

Orientações didáticas

Páginas 22 e 23

1 Este capítulo introduz elementos que adiante serão aprofundados no âmbito das religiões
(capítulos 3 e 4). O capítulo aborda as narrativas orais e escritas, bem como símbolos familiares e
escolares, que remontam a lembranças e memórias importantes para a construção da identidade
da criança. Dessa maneira, os alunos conseguem definir e diferenciar elementos importantes e que
fazem parte de seu cotidiano, para que, mais tarde, seja introduzido ao universo religioso.
O capítulo apresenta as narrativas orais e escritas com base no cotidiano dos alunos, principalmente
na família. Inicia com a definição de comunicação e exemplifica seus diversos tipos, enfatizando a
oralidade e a escrita, além de abordar a tradição oral dos povos indígenas.
Em seguida, os personagens, em uma linguagem próxima à do aluno, evocam memórias de narra-
tivas escritas e orais de seus familiares. Nesse momento, eles se identificam com os personagens e
lembram-se das próprias memórias.
O conteúdo é finalizado trazendo a ideia de memória escrita na escola e possibilitando aos alunos
perceber que a narrativa escrita está próxima deles, em diferentes fontes escritas que transmitem
memórias. O boletim escolar em forma de quebra-cabeça finaliza a abordagem do tema e inicia a
reflexão sobre o próximo conteúdo.

Página 24

Ponto de partida
2 O registro dos alunos será retomado na atividade 1 da seção Conversar e fazer juntos.

Página 25

Conversar e fazer juntos


3

1. O objetivo da atividade é exemplificar as diferenças perceptíveis entre a fala e a escrita.

20 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


2. a) Pessoal. O objetivo é que os alunos percebam que a comunicação oral é mais breve e informal
do que a escrita, a qual é mais elaborada. Espera-se que eles percebam que há mais interferências
culturais e sociais na expressão oral.

b) Pessoal. Os alunos poderão concluir que a escrita é mais elaborada e formal porque o texto
precisa transmitir o que queremos relatar somente por meio de palavras. É importante que eles
percebam o potencial expressivo dos gestos, da entonação da voz e de outros elementos que
precisam ser descritos textualmente.

Páginas 26 e 27

Conversar e fazer juntos


4 Espera-se que os alunos saibam diferenciar as narrativas orais das escritas e estabelecer as ca-
racterísticas de cada uma em relação à formalidade da linguagem, por exemplo. É importante que
eles compreendam que as narrativas orais tradicionais visam à manutenção da memória e da cultura
de um povo ou de um grupo.
Assim, a narrativa oral sagrada se diferencia pelo tema, que é sempre relativo ao sagrado. Portanto,
transmite mitos e tradições considerados sagrados pelo povo ou grupo que a transmite.
Brincar e aprender
5 Para a leitura do diálogo, escolha alguns alunos e combine que eles podem entonar a voz ex-
pressando a recordação vivida pelo personagem. Após a leitura, questione-os sobre as memórias
deles em relação aos familiares.
Classifique se a comunicação se deu a partir da oralidade ou de narrativas escritas. No caso de nar-
rativas escritas, os exemplos não são apenas livros de literatura, mas receitas, cartas, etc. Os alunos
podem escrever no caderno alguma memória que tiverem e desenhá-la. Compartilhar essa produção
com os colegas é um excelente exercício de revitalização da memória afetiva.

1. O objetivo da atividade é exemplificar as diferenças perceptíveis entre a fala e a escrita. Uma his-
tória contada com base nas memórias afetivas para várias pessoas durante muitos anos poderia
sofrer modificações em relação à história original?

Essa é uma pergunta importante para fazer aos alunos antes da brincadeira. A ideia é que eles
respondam que podem ocorrer modificações, mas a essência precisa permanecer para haver
respeito e cuidado com o que foi contado.

A brincadeira de telefone sem fio consiste em repassar a informação para outra pessoa cochichando
em seu ouvido. É interessante iniciar com uma palavra que não é muito comum para os alunos;
depois, passar para uma pequena frase e, por fim, uma pequena narrativa (com início, meio e fim).
É possível, também, colocar regras para a brincadeira, como repassar a informação até duas vezes
ou colocar a mão ao lado da boca para impedir que os colegas façam a leitura labial.

LIVRO DO PROFESSOR 21
Converse com os alunos sobre as diferenças entre passar uma informação quando ela é uma pala-
vra, uma frase ou uma narrativa. O que acontece quando temos mais informações para passar? Ao
brincar de telefone sem fio, percebe-se a importância do cuidado ao repassar informações, pois é
imprescindível que se mantenha a veracidade daquilo que escuta, vê ou percebe.

2. Primeiramente, oriente os alunos a observar a obra individualmente e, depois, coletivamente.


Auxilie-os a analisar as expressões faciais em cada representação de conversa em duplas. Identifique
com eles quantas pessoas estão representadas na ilustração. Pergunte a eles: Quantas e quais
expressões faciais elas apresentam?

As expressões mantêm uma constância e, a partir de algumas falas, elas se modificam. Identifique
em quais diálogos as expressões faciais se modificam e quantas vezes isso acontece. Por meio desses
questionamentos, auxilie os alunos a perceber que a primeira personagem é também a última.

A mesma personagem que iniciou o telefone sem fio, o rumor, acabou por receber a mensagem
de outra maneira. Diferentemente da expressão inicial, que demonstra curiosidade ao espalhar
uma notícia, na última cena, a personagem reage constrangida ao que parece ser uma acusação.

A última questão, com relação à ilustração, auxiliará os alunos a sistematizar as demais atividades
sobre as narrativas orais. Oriente os alunos a apresentar suas respostas oralmente e, em seguida,
registrá-las no caderno.

Seguem sugestões de resposta para as questões da atividade 2.

a) Na primeira, a expressão facial da personagem era de surpresa. Na antepenúltima conversa, Felipe


parece estar envergonhado. Na última conversa, ele parece estar chateado e Manjari parece
surpresa e assustada.

b) Pessoal. O objetivo é que os alunos concluam que as informações devem ser comunicadas cla-
ramente, sem adicionar nenhum detalhe ou informação que seja diferente do que se ouviu. É
importante também checar com o interlocutor se o que ele ouviu e compreendeu foi o que se
quis dizer.

Página 28

Atividades
6 Na escola, além da narrativa oral, há a narrativa escrita. Questione os alunos sobre os tipos de
narrativas que se pode encontrar na escola e peça-lhes exemplos. O boletim escolar é um exemplo
de narrativa, pois pode contar histórias. O boletim escolar tem um significado social, por isso é im-
portante questionar os alunos sobre essa representação e tantas outras. Com essa introdução, eles
compreenderão que os símbolos têm e representam significados.

22 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Solicite aos alunos que recortem as peças do material de apoio para montar o quebra-cabeça e,
depois de pronto, que o colem no livro. É importante que eles recebam auxílio na colagem e no
dimensionamento do espaço, a fim de que consigam colá-lo dentro do espaço sinalizado.
A atividade do quebra-cabeça inicia a problematização do conteúdo, pois apresenta que a comu-
nicação escrita pode ser feita com base em registros e documentos. Questione os alunos e explore
os elementos do boletim montado no quebra-cabeça. Se eles ainda não receberam o boletim este
ano, mostre a eles um boletim de anos anteriores, preferencialmente de uma turma com a qual
não tenham contato, a fim de que as informações não causem nenhum tipo de constrangimento.
Se possível, preencha um boletim da escola com informações de um personagem inventado, como
algum dos personagens da coleção, por exemplo.

Página 30

Conversar e fazer juntos


7 Essa atividade deve ser organizada antecipadamente. Convide um adulto que tenha experiên-
cias interessantes de sua época de escola para contar às crianças. Combine com o convidado que
mencione alguns símbolos, espaços e histórias que foram marcantes e o que eles significavam na
época e/ou atualmente.
É importante tomar conhecimento das histórias que serão contadas previamente, para que seja
possível avaliar se elas são adequadas para a faixa etária e não incentivam comportamentos peri-
gosos ou inconvenientes.
Prepare com os alunos algumas perguntas que possam ser feitas ao entrevistado e peça que criem
um cartão de agradecimento para ser entregue ao final da visita. Organize a sala de aula em um
círculo de cadeiras, para que o ambiente fique mais acolhedor. Um ou dois alunos podem realizar
o agradecimento de maneira verbal e entregar o cartão em nome da turma.
8 O tema é iniciado com uma breve síntese sobre o que já foi construído e sistematizado em
relação às narrativas orais e escritas e aos símbolos. É importante relembrar com os alunos as aulas
e as atividades anteriores.

Página 31

Atividades
9 Antes de definir o que é um símbolo, peça aos alunos que recortem do material de apoio as
imagens e que as associem aos significados que estão no livro.

1. Essa atividade pode ser realizada inicialmente sem o uso de cola. Depois da verificação coletiva,
eles podem colar as imagens para que o registro definitivo fique correto.

LIVRO DO PROFESSOR 23
Gabarito:

24 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


2. Ao caminhar pela escola, auxilie os alunos a identificar os símbolos e seus significados. Depois
da atividade, em sala, os alunos podem agrupar os símbolos por critérios definidos previamente.
Eles também vão perceber símbolos que são essenciais para a escola.

Páginas 32 e 33

Conversar e fazer juntos


10 Essa atividade deve ser planejada com antecedência, para que a família possa se organizar. É
imprescindível lembrar que as religiões evangélicas não apresentam símbolos, tanto as tradicionais
quanto as pentecostais e neopentecostais. O mesmo ocorre no Espiritismo. Explique aos alunos que
as religiões que não têm símbolos não se utilizam deles para remeter a seu significado e não dedi-
cam cuidados a símbolos ou objetos determinados. Explique-lhes que a ausência de símbolos não
implica a ausência de valores que poderiam ser representados por meio deles e que é necessário
respeito a todo tipo de manifestação religiosa.
É preciso ter atenção com os alunos que não têm crença religiosa e, portanto, apresentarão apenas
objetos não religiosos. Incentive uma postura respeitosa da turma em relação a esses colegas e
vice-versa, pois todos devem participar da atividade.
Os símbolos trazidos pelos alunos poderão ser religiosos ou não. Auxilie-os a distinguir e a classificar
os objetos, a fim de criarem uma base para compreender a simbologia religiosa. Religioso ou não,
deve-se ter cuidado ao manejar os símbolos, pois, muitas vezes, eles carregam muitas lembranças
e sentimentos.

Sugestões para o professor


Leitura

• ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 2002.


Com base em um olhar cheio de dúvidas, o autor reflete sobre o que é a religião, como e por que
ela surgiu nas diferentes sociedades e qual a sua influência na vida das pessoas. Além de conceber a
religião como um comportamento de grupos restritos, é necessário reconhecê-la enquanto presença
sutil nos modos de pensar e agir cotidianos ao longo do tempo.

• SMITH, Penny; SHALEV, Zahavit. Escolas como a sua: um passeio pelas escolas ao redor do mundo.
São Paulo: Ática, 2008.
O livro apresenta o cotidiano escolar de crianças de mais de 30 países por meio de depoimentos
das próprias crianças. Conhecendo outras realidades escolares com base em narrativas escritas e
fotos, é possível despertar um novo olhar acerca da própria escola.

LIVRO DO PROFESSOR 25
CAPÍTULO 3 OS SÍMBOLOS RELIGIOSOS
Neste capítulo, é iniciada uma abordagem sobre o conceito de símbolo partindo da realidade
dos alunos. O objetivo é que eles compreendam que, assim como suas memórias podem evocar
sentimentos, os símbolos (objetos ou sinais gráficos) também contribuem para dar sentido àquilo
que nos rodeia.

Sugestão de número de aulas: 8

Orientações didáticas

Página 36

1 No capítulo anterior, os símbolos foram classificados como religiosos e não religiosos. Neste capí-
tulo, há a ampliação desse conceito por meio da apresentação da simbologia das tradições religiosas
dos personagens. Há, também, um olhar para a identidade religiosa quando o aluno apresenta seu
símbolo religioso e o classifica como parte de um grupo religioso. O movimento pedagógico realizado
neste capítulo parte da identidade para a diversidade, retornando para a identidade do aluno. Por isso,
é importante consultar os familiares sobre a simbologia religiosa, deixando claro e objetivo que, duran-
te a aula, o foco é o conhecimento religioso, e não o desenvolvimento de uma experiência religiosa.
Na ilustração de abertura do capítulo, os personagens vestem camisetas com símbolos estampados.
Nos quadros a seguir, encontram-se algumas informações a respeito desses símbolos.

Vários objetos produzidos pelos povos indígenas, que chamamos de artesanato, têm
Religiões Indígenas
para eles valores simbólicos, rituais e até mágicos. As esculturas zoomórficas guaranis,
(Povo Guarani)
por exemplo, representam animais aos quais são atribuídas propriedades medicinais. Os
animais mais frequentemente esculpidos são: tatu, tartaruga, onça, jacaré, quati, coruja,
tucano, falcão, águia e tamanduá.
As esculturas são feitas pelos homens indígenas, que também são os responsáveis
por colher a madeira, o que deve ocorrer na Lua minguante ou crescente. Esse ofício é
ensinado de pai para filho. Enquanto a criança ainda não sabe ou não consegue esculpir,
ela acompanha e observa o trabalho do pai.
Os indígenas Guarani acreditam que o tatu é um animal que traz força e vigor às
crianças. Por isso, quando caçam tatu na Lua nova, os Guarani tiram um pouco de sua
gordura e a passam no corpo das crianças, como uma pomada, para fortalecer seus ossos
e músculos.
Em virtude do avanço das cidades, muitos animais que faziam parte do cotidiano
dos povos indígenas estão desaparecendo ou rareando. Nesse contexto, as esculturas
também servem para apresentar esses animais às crianças e aos jovens, a fim de que seu
significado não se perca.

26 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Umbanda

Também chamada de Inaê ou Janaína, a Orixá Iemanjá é uma divindade feminina


que rege o mar. No sincretismo religioso da Umbanda, ela é associada à Nossa Senhora
dos Navegantes.
Nas religiões afro-brasileiras, além de ser considerada a padroeira dos pescadores e
navegantes, a ela atribui-se forte influência na gestação e na criação de filhos.

Judaísmo
A menorá é um candelabro com sete pontas, ou sete espaços para velas. Na Torá,
livro sagrado do Judaísmo, diz-se que Moisés construiu a primeira menorá por ordem de
Deus. O objeto, colocado no Tabernáculo, era aceso diariamente pelo Sumo Sacerdote.
Simboliza a árvore em chamas que Moisés viu no Monte Sinai, por meio da qual se
comunicou com Deus pela primeira vez.
Na Torá e na tradição judaica, a luz representa o bem e a sabedoria, de modo que,
segundo algumas interpretações, o candelabro sempre aceso representa a palavra, o
amor ou a proteção de Deus, que ilumina o mundo e o coração dos fiéis.

A indumentária, conhecida como “roupa de baiana”, tornou-se símbolo do


Candomblé
Candomblé e das religiões de matriz africana em geral. Isso porque, nos Período Colonial
e Imperial, as mulheres africanas e afro-brasileiras, escravizadas, costumavam usar
esses trajes, parecidos com os que usavam em seus países de origem. Essa roupa incluía
turbante, pano de costa, bata, saia e acessórios (pulseiras, colares, brincos, etc).
©Shutterstock/Lari Borges

A cor das roupas e dos acessórios variava de acordo com a região da qual vinham e
com sua religião. As africanas muçulmanas, por exemplo, cobriam a maior parte do corpo
com tecidos pesados e lisos; já as nagôs utilizavam roupas com bordados e anáguas por
baixo das saias. Além disso, quando os colares ou as pulseiras de contas eram guias (aces-
sórios de valor sagrado), a cor dependia do orixá do qual a pessoa era considerada filha.
A religião e o local de procedência influenciavam, ainda, em qual dos ombros o pano de
costa era utilizado, se o turbante tinha a ponta para cima ou para trás, etc.
Entre essas mulheres, as chamadas “escravas de ganho”, que comercializavam comi-
das nas ruas, tornaram-se referência. Por meio de sua renda, muitas vezes, conseguiam
comprar a própria alforria. Por isso, essas personagens, típicas na Bahia, tornaram-se
símbolos da ascensão social conquistada pelas mulheres por meio do trabalho (alcançan-
do a liberdade) ou por meio da hierarquia religiosa (consagrando-se como Ialorixá, ou
mãe de santo).

LIVRO DO PROFESSOR 27
Islamismo

Os cordões com nós ou contas são utilizados em diversas religiões para contabilizar
orações, mantras, etc. No Catolicismo, há o terço; no Budismo e no Hinduísmo, o japama-
la; e no Islamismo, o masbaha.
©Shutterstock/Roberto Giobbi

O masbaha pode ter 33 contas (divididas em 3 grupos) ou 99 contas (divididas da


mesma maneira). Geralmente, é utilizado para contabilizar as repetições dos 99 nomes
de Allah (Deus).
O masbaha não é considerado um amuleto ou objeto sagrado no Islamismo. Alguns
sheiks argumentam que andar com ele nas mãos contraria os princípios de discrição e
modéstia. Por isso, alguns fiéis utilizam para contar suas orações um cordão simples com
nós ou as falanges dos dedos. Os muçulmanos não usam o masbaha no pescoço para que
sua função de contador não se perca e para que não pareça um amuleto de proteção.

Budismo

No simbolismo budista, a flor de lótus representa, principalmente, a pureza do corpo


e da mente.
A flor que nasce da lama simboliza a alma que se desapega dos sofrimentos mate-
riais e surge imaculada em busca de luz (ou de iluminação). Por nascer espontaneamente
em um ambiente hostil, também simboliza independência e automanifestação. Essa
característica é frequentemente associada a Buda. Em muitas representações, vê-se Buda
sentado sobre uma flor de lótus – já que ambos são automanifestados e imaculados dos
sofrimentos materiais em direção à luz. A flor também pode significar o feminino e a
compaixão.
Um dos sutras (ou escrituras) mais importantes do Budismo Mahayana chama-se
Sutra de Lótus, entendido por algumas correntes budistas como o ápice dos ensinamen-
tos do Buda.

28 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Catolicismo

O terço é um objeto que facilita a contagem das orações do rosário. De acordo com
a tradição católica, a cada oração de Ave-Maria, é como se uma rosa fosse entregue à
Virgem Maria, completando, ao final, um buquê.
Tradicionalmente, rezava-se um terço três vezes para completar o rosário, de acordo
com a recitação dos mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Em 2002, o Papa João
Paulo II acrescentou ao rosário os mistérios Luminosos. A recitação dos mistérios corres-
ponde aos momentos da vida de Jesus Cristo.

Glória ao Pai
Pai-Nosso
Ave-Maria Pai-Nosso
Glória ao Pai

Ave-Maria

Ave-Maria

Glória ao Pai

Pai-Nosso Pai-Nosso
©Shutterstock/Fleckstone

Ave-Maria
Glória ao Pai

Ave-Maria

Salve-Rainha
Pai-Nosso
Glória ao Pai
Ave-Maria

Pai-Nosso
Creio

Atualmente, existem terços de variados tamanhos e em forma de pulseira ou anel,


por exemplo. No Catolicismo, o terço deve ser tratado com respeito e cuidado. Algumas
ordens religiosas usam um terço como parte do hábito, como os agostinianos e os
redentoristas.

LIVRO DO PROFESSOR 29
Cristianismo

O peixe é um dos símbolos mais antigos do Cristianismo. Desde o século I, é utilizado


para identificar cristãos. Na narrativa bíblica, os peixes são mencionados ocasionalmente,
por exemplo quando Jesus diz que fará dos discípulos pescadores de homens (Mt 4:19) e
quando multiplica os peixes (junto aos pães) para saciar a fome da multidão (Mt 14:19).
Além disso, a palavra peixe em grego (ichthys) forma um acróstico para a expressão
“Iesous Christos, Theo hyiós, soter”, que significa “Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador”.
Nos primeiros séculos após o nascimento de Cristo, quando os cristãos eram perse-
guidos pelos romanos, utilizavam o peixe como uma espécie de senha para suas reuniões
secretas nas catacumbas. O anfitrião desenhava um semicírculo no chão de areia e, se
o visitante completasse o desenho com outro semicírculo, formando um peixe vazado,
sua entrada era permitida. Nesse período, o peixe também era utilizado para identificar
sepulturas cristãs.
Outros símbolos cristãos que emergiram foram o do bom pastor (um pastor carre-
gando uma ovelha nas costas), o cristograma (monograma com as duas primeiras letras
gregas da palavra Cristo), a cruz, a âncora, as letras alfa e ômega (que representam início
e fim) e a pomba.

Página 38

2 Nessa página, os personagens apresentam outros símbolos aos alunos. O objetivo é que eles
conheçam e identifiquem os símbolos em seu cotidiano de vivência e os relacionem às religiões
correspondentes. Pela complexidade da conceituação, o significado aprofundado dos símbolos das
religiões não será desenvolvido este ano. Salientamos, ainda, que os símbolos apresentados para
cada religião são apenas alguns entre os que cada uma tem.
Se julgar pertinente, explique aos alunos, de maneira adequada à faixa etária, algumas informações
sobre o significado e a origem dos símbolos apresentados, conforme os quadros a seguir. Ressaltamos
que a origem e o significado do peixe no Cristianismo foram apresentados na orientação didática
anterior, relativa aos conteúdos das páginas 34 e 35.

30 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Religiões indígenas Grande parte dos povos indígenas sobrevive de pequenas hortas, da caça, da pesca
e da coleta. Por isso, os recursos naturais, quando abundantes ou escassos em um local,
influenciam diretamente na manutenção e na qualidade de vida do povo que ali vive.
De modo geral, os povos indígenas atribuem valores simbólicos e transcendentais a ele-
mentos da natureza. Aqui representados por uma árvore, os elementos que podem ter valores
espirituais abrangem diversos tipos de plantas, animais e minerais que existem no ambiente
onde o povo vive. Muitos povos têm mitos que relacionam elementos da natureza com aconte-
cimentos sobrenaturais, como as histórias amazônicas de origem da mandioca e do guaraná.

A estrela de seis pontas é um símbolo que fez parte de diferentes tradições da


Judaísmo Antiguidade. No Judaísmo, é chamada de Estrela de Davi ou Escudo de Davi. Suas pontas
representam o governo de Deus sobre o mundo em todas as direções (Norte, Sul, Leste, Oeste,
acima e abaixo).
A expressão hebraica Magen significa Escudo de Davi. Metaforicamente, refere-se à
proteção de Deus ao povo judeu por meio da proteção ao rei Davi. Acredita-se também
que o escudo de Davi pode ter tido formato triangular, que a sobreposição dos triângulos
apontando em direções opostas significa as dicotomias bem/mal, espiritual/físico, a
relação recíproca entre o povo judeu e Deus ou, ainda, as boas ações que sobem ao céu e
ativam um fluxo de bondade que retorna ao mundo.
Principalmente após a Segunda Guerra Mundial, na qual os judeus eram marcados
com a Estrela de Davi em suas roupas e sepulturas, o símbolo passou a ser mundialmente
reconhecido como símbolo do Judaísmo e da resistência do povo judeu.
Umbanda

Chamado de “luz de vida e pomba de Oxalá”, o símbolo foi criado pela Associação de
Umbanda de Caxias para ser usado na bandeira nacional da religião. Tanto o Sol quanto a
pomba representam aspectos de Oxalá, considerado um dos principais orixás da Umbanda,
que corresponde, no sincretismo, à figura de Jesus Cristo.

No Candomblé, o jogo de búzios é um importante e sagrado oráculo, uma forma de


Candomblé comunicação com o plano espiritual, que visa alertar e guiar o consulente. De maneira
geral, a interpretação varia com a quantidade de búzios virados para cima (abertos) ou
para baixo (fechados). Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios
são dispostos, fornecendo, assim, respostas às perguntas feitas pelo pai ou pela mãe de
santo. A interpretação depende da intuição do “olhador” (pai ou mãe de santo responsá-
vel pelo jogo) e também de seus conhecimentos a respeito do jogo e dos orixás. Sendo
assim, trata-se de uma sabedoria milenar passada de geração em geração, além de
necessitar do desenvolvimento da intuição, para que o olhador possa compreender o que
a entidade quer mostrar.

LIVRO DO PROFESSOR 31
A tradição islâmica, em geral, recusa a adoção de símbolos e representações.
Islamismo Portanto, não existem símbolos oficiais da religião, mas alguns considerados popular-
mente. Além da Lua crescente com a estrela, também são populares como símbolos
islâmicos: a estrela de oito pontas; o hamsá, figura em forma de mão aberta que pode
conter um desenho no centro; o shahadatain, inscrição que significa “duas Shahadas”,
sendo Shahada a declaração de fé dos muçulmanos. Também são significativas as cores
vermelho, branco, preto e verde.
A Lua crescente com a estrela de cinco pontas foi símbolo do Império Otomano,
Estado muçulmano que dominou por mais de 600 anos o território que se estendia entre
o Leste Europeu e o Oriente Médio, passando também pelo Norte da África. Para os povos
muçulmanos que seguem o calendário lunar, a Lua crescente é um símbolo de renovação.
Acredita-se que a estrela de cinco pontas esteja associada aos cinco principais pilares
da religião islâmica (representados pelos cincos dedos no hamsá): fé, oração, caridade,
jejum e peregrinação.

Página 39

Conversar e fazer juntos


3 O objetivo das atividades é que os alunos que fazem parte de uma tradição religiosa possam
representar um símbolo dessa religião. Na atividade da página 33, mesmo aqueles que fazem parte de
uma religião podem ter apresentado símbolos não religiosos. É importante que eles compreendam
que um objeto ou símbolo gráfico que é sagrado e importante para uma pessoa pode não ser para
outra. Cuide para que todos os símbolos sejam respeitados. Os alunos que não seguem nenhuma
religião podem representar o símbolo da religião de algum familiar ou pessoa próxima.
Além do desenho, os alunos devem escrever o significado do símbolo que foi representado por eles.
Em seguida, devem explicar aos colegas o significado do símbolo que representaram. Essa atividade
possibilita desenvolver habilidades expositivas, narrativas e argumentativas. Por fim, auxilie-os a quan-
tificar os símbolos religiosos citados pela turma e a elaborar uma representação gráfica desses dados.

Página 40

Brincar e aprender
4 No caça-palavras, os alunos vão encontrar as palavras que respondem a cada um dos itens. O
objetivo é que eles possam retomar o conteúdo estudado até o momento. Portanto, será necessário
consultar as páginas anteriores.

32 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Página 41

Atividades
5 A atividade tem como objetivo fazer com que os alunos sistematizem o conteúdo relacionado
aos símbolos estudados, bem como desenvolver habilidades relacionadas à motricidade.

Páginas 42 e 43

Atividades
6

1. Caso os alunos não conheçam a história da Arca de Noé, auxilie-os a compreender o contexto do
trecho citado. Se necessário, explique-lhes que, segundo a narrativa bíblica, Deus decidiu acabar
com a humanidade, pois estava triste com a maneira como as pessoas estavam se comportando.
Elegeu, então, Noé e sua família para serem salvos e para proteger os animais da destruição que o
dilúvio causaria. O dilúvio durou 150 dias, cerca de 5 meses. Nas últimas semanas, Noé começou a
soltar uma pomba para que, caso encontrasse terra firme, trouxesse um ramo de árvore de volta,
o que ocorreu no final dos 150 dias. A história da Arca de Noé explica o fenômeno do arco-íris
sob uma perspectiva religiosa. Após a chuva que gerou o dilúvio, o arco-íris surgiu como símbolo
da promessa divina de não mais destruir a humanidade.

2. Auxilie os alunos a atribuir sentido simbólico às representações do peixe. A composição deles deve
ter uma organização estética, formar um símbolo ou uma palavra.

Página 44

7 O texto apresenta os significados da água em diversas religiões. Em algumas delas, o significado


é parecido. Solicite aos alunos que identifiquem essas semelhanças. Não há aqui um aprofunda-
mento do significado nem do espaço sagrado que água ocupa em cada tradição religiosa. Trata-se
de uma pequena apresentação, com o objetivo de os alunos perceberem semelhanças entre as
comunidades religiosas.

Páginas 45 e 46

Atividades
8 Caso os alunos não conheçam a história narrada no trecho bíblico, auxilie-os na compreensão
do contexto. Explique a eles que, na época, os samaritanos e os judeus se consideravam inimigos
e que Jesus era de origem judaica. Esclareça também, se necessário, o sentido metafórico da água
na narrativa, assim como o da sede.

LIVRO DO PROFESSOR 33
A leitura do trecho da música Planeta água e as atividades orais auxiliam na reflexão de que a água
passa por transformações, inclusive de maneira simbólica, e dá vazão ao imaginário.
A lenda citada na música é de Iara, nome que, em tupi-guarani, significa senhora. Ela se apresenta
como uma linda mulher de longos cabelos pretos, olhos castanhos, que tem a metade superior do
corpo de uma mulher e a metade inferior de uma cauda de peixe. Trata-se de uma sereia que fica
nas águas dos rios amazônicos. Ela tem uma bela voz e canta para atrair pescadores e levá-los para
o fundo dos rios.
Reproduza para os alunos sons relacionados à água. Podem ser sons de cachoeira (água caindo
nas pedras), chaleira apitando (que indica que a água está fervendo), de chuva (com a água caindo
sobre diferentes superfícies), das águas de um rio, entre outros.

Página 49

Brincar e aprender
9 O jogo Dominó dos Símbolos Religiosos tem como intenção resgatar visualmente todos os
símbolos e as tradições religiosas desenvolvidos no capítulo. Esse jogo poderá ser utilizado como
uma avaliação diagnóstica, possibilitando a observação em duplas da compreensão de cada aluno
acerca do que foi estudado. Ressaltamos que as peças podem ser combinadas de diferentes maneiras
e, em algumas delas, o jogo pode “travar”, de modo que sobrem algumas peças. Nesse caso, vence
o jogador que tiver menos peças sobrando e a dupla pode iniciar outra rodada.

Sugestões para o professor


Leitura

• FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO (Fonaper). Ensino religioso capacitação


para o novo milênio. Disponível em: <http://www.fonaper.com.br/documentos_capacitacao.
php>. Acesso em: 15 jan. 2019.
Esses cadernos foram desenvolvidos para uma capacitação de professores quanto à abordagem
do componente Ensino Religioso. Eles abordam como o fenômeno religioso deve ser apresentado
na escola, além de expor aspectos resumidos e importantes sobre as matrizes religiosas oriental,
ocidental, indígena e africana.

• METTE, Norbert. Pedagogia da religião. Petrópolis: Vozes, 1997.


Nesse livro, o autor reflete sobre a transmissão da fé e de seus conteúdos na sociedade atual.
Também faz uma análise de nosso tempo e apresenta uma visão geral da história da pedagogia
cristã católica.

34 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


CAPÍTULO 4 OS ALIMENTOS NAS RELIGIÕES

Neste capítulo, o conceito de símbolo, aprendido nos capítulos anteriores, é associado à realidade
dos alunos por meio da abordagem dos alimentos no âmbito religioso. Dessa maneira, esperamos que
eles compreendam que, no universo religioso, alguns elementos adquirem propriedades sagradas
e simbólicas em determinadas circunstâncias. Um mesmo objeto pode ser sagrado para um grupo
de pessoas e não ser para outro, da mesma forma que pode ser sagrado apenas em determinado
contexto (sobre um altar, durante uma cerimônia, etc.).

Sugestão de número de aulas: 8

Orientações didáticas

Páginas 50 e 51

1 Este capítulo está dividido em três eixos centrais. O primeiro aborda o alimento como elemento
essencial para a sobrevivência humana, além de discutir questões sobre a qualidade do que se come,
pois isso interfere na saúde. Ressalta que o consumo de alimentos saudáveis é importante para
cuidar bem da mente e do corpo. O segundo eixo trata do alimento como elemento simbólico ou
sagrado nas tradições religiosas. Por fim, o terceiro eixo discorre sobre o respeito que é necessário ter
em relação às crenças religiosas, mesmo quando elas vêm ao encontro da identidade de cada um.

Página 52

Ponto de partida
2 Nessa seção, o objetivo é sensibilizar os alunos a respeito da importância que os alimentos adquirem
em festas, comemorações ou outros eventos sociais. O bolo, por exemplo, é um alimento consumido
no cotidiano das pessoas, mas que em uma festa de aniversário pode adquirir um significado diferente,
sendo, em muitas culturas ocidentais, um alimento imprescindível nesse tipo de evento. Converse com
os alunos a respeito disso e instigue-os a refletir sobre outras ocasiões em que atribuímos significados e
valores específicos aos alimentos.
As perguntas da atividade 2 devem ser respondidas oralmente pelos alunos. É importante que eles
compartilhem suas opiniões com os colegas e as diferenças na relação que cada um tem com os ali-
mentos em determinadas ocasiões. Em seguida, anote no quadro os alimentos citados por eles e as
ocasiões especiais a que eles os relacionam, sempre discutindo as respostas com a turma.
Os elementos possíveis de serem reconhecidos nas fotos são os alimentos, a decoração, as cores, as
crianças, etc. Em um aniversário, nos países ocidentais, geralmente não podem faltar brincadeiras,
velas, bolo e outros alimentos.

LIVRO DO PROFESSOR 35
Nas famílias, há momentos em que o alimento é preparado de maneira diferente para festejar al-
guma comemoração, como a vitória em um esporte, uma apresentação escolar, etc. Os alimentos
estão relacionados a momentos especiais pela afetividade e pelo carinho com que são preparados,
servidos e compartilhados. Não pode faltar alimento em uma festa de aniversário, pois ele também
tem a função de unir as pessoas.

Páginas 53 e 54

Atividades
3

1. Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que essas comidas são tipicamente brasileiras, mas
de diferentes regiões: buchada de bode é do Nordeste; chouriço, do Sul; casquinha de siri, do
litoral; pato no tucupi e caldo de turu, do estado do Pará; farofa de içá, do Vale do Paraíba, no
estado de São Paulo.

2. Ao observarem os pratos criativamente construídos, os alunos podem construir a ideia de que a


alimentação saudável pode ser divertida e saborosa. A composição estética do prato incentiva a
experimentação e desenvolve a curiosidade e o desejo. A ideia é que eles montem um prato cria-
tivo em casa, com alimentos saudáveis, inclusive aqueles de que não gostam muito. Incentive-os
a comer a obra de arte que criaram com a comida.

3. As duas imagens são antagônicas e a intenção é que os alunos percebam que os alimentos sau-
dáveis proporcionam melhor qualidade de vida do que os alimentos industrializados. O alimento
também é considerado sagrado, sem conotação religiosa, quando nutre e dá vida. As imagens
demonstram que o excesso de alimentos calóricos, pobres em nutrientes e/ou industrializados
pode levar o indivíduo a ter problemas de saúde.

É importante, porém, salientar que a nutrição não está relacionada somente à quantidade de
comida ingerida, mas à qualidade dos alimentos. O cuidado com o corpo deve visar ao forneci-
mento de nutrientes que contribuam para o bom funcionamento do organismo. Outro ponto
importante é auxiliar os alunos a estabelecer uma relação entre a saúde do corpo e a da mente.
Alimentar-se bem possibilita disposição para estudar, praticar esportes, viajar, ter energia para
fazer as atividades de que se gosta. Uma má alimentação pode trazer a sensação de cansaço,
preguiça, indisposição, falta de vontade para brincar, estudar, etc.

Página 55

4 O diálogo entre os personagens ilustra as ideias de que os alimentos têm diferentes funções.
Podem estar presentes no cotidiano, em eventos sociais ou em festividades e ritos religiosos, sendo
simbólicos ou até sagrados. O personagem Yurem, por exemplo, mostra que o pão é um alimento
tradicionalmente consumido em um momento importante para a religião islâmica, o Ramadã. Já a
Manjari apresenta o naan, pão que é consumido no cotidiano de muitas pessoas na Índia.

36 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Página 56

Conversar e fazer juntos


5 Nessa seção, o objetivo é iniciar algumas reflexões sobre a relação entre religiões e alimentos. Se
possível, leia com os alunos um trecho da passagem bíblica referente ao milagre da multiplicação
dos peixes e dos pães. Em seguida, solicite a eles que respondam às questões, que têm o objetivo
de fazê-los refletir sobre a presença dos alimentos nas religiões, seja como elementos simbólicos
ou sagrados. Estimule-os a tentar compreender as mensagens das histórias escolhidas por eles, que
podem ser de diferentes religiões. Dessa maneira, todos poderão aprender com as reflexões que as
histórias proporcionam.

Página 57

6 O momento da Santa Ceia foi representado de muitas maneiras ao longo da história. Ao ana-
lisar as obras, é imprescindível comentar o contexto em que elas foram criadas, em que culturas e
em que épocas isso se deu. A obra Santa Ceia foi esculpida pelo artista brasileiro Antônio Francisco
Lisboa, conhecido como Aleijadinho (ca.1730-1814), mestre do Barroco Mineiro. Já a Última Ceia é
um painel pintado por Juan de Juanes (1507-1579), artista do Renascimento Espanhol.
Mesmo quando os artistas buscam fazer retratos realistas, a cena não é necessariamente fiel ao fato
ocorrido. Quando o artista retrata uma cena que ocorreu em época e local diferentes em relação ao
contexto em que ele vive, algumas características do local e da época de produção da obra podem
se destacar. Os personagens Dulce e Felipe aparecem juntos nessa atividade para que os alunos
relacionem o Cristianismo aos dois grupos religiosos a que eles pertencem.

Página 58

Atividades
7 Verifique as semelhanças e as diferenças que os alunos conseguem perceber entre as duas obras.
A maior semelhança é o tema: ambas retratam a última ceia de Jesus Cristo. Nota-se, nas duas obras,
a posição central de Jesus à mesa, ladeado por João (retratado sem barba e de cabelos compridos) e
Pedro. Judas Iscariotes aparece, em ambas, em uma extremidade da mesa, com um saco de moedas
nas mãos. A obra de Aleijadinho conta com a presença de dois personagens extras, serviçais presen-
tes nas extremidades da cena. Além das diferenças dos utensílios à mesa, do formato desta, entre
outras coisas, destaca-se a diferença entre a obra tridimensional (escultura) e bidimensional (pintura).
8 A história contada é uma versão de um mito Guarani. É importante que os alunos saibam que
existem diversas histórias sobre a origem do milho, com personagens e enredos diferentes, depen-
dendo da tradição de cada povo indígena.

LIVRO DO PROFESSOR 37
Por ser de origem mesoamericana e essencial na alimentação dos povos indígenas de diversos ter-
ritórios, existem inúmeras versões a respeito da história do surgimento do milho. Nas tradições de
algumas etnias que habitam o México, por exemplo, o vegetal ocupa papel central na sociedade,
pois acredita-se que o homem foi criado por Deus a partir de uma massa de milho.

Páginas 61 e 62

9 A intenção de abordagem do tema é que os alunos revejam as páginas 51 e 52, nas quais são
apresentados diferentes alimentos que, de alguma maneira, são ligados às religiões dos persona-
gens. Os questionamentos instigam os alunos a relacionar cada alimento a uma das religiões e a
compreender em que momentos esses alimentos tornam-se simbólicos ou sagrados para elas.
Conversar e fazer juntos
10 A pesquisa com os pais auxilia os alunos a colocar em prática a aprendizagem que vêm cons-
truindo até o momento. Por meio da pesquisa, eles poderão observar em que situações alimentos
comuns do dia a dia tornam-se simbólicos ou sagrados para determinada religião. O arroz, por
exemplo, faz parte da alimentação comum diária nos países budistas, mas só adquire conotação
religiosa quando é oferecido a Buda no altar.
Com base na pesquisa realizada em casa, os alunos deverão representar um alimento que seja sim-
bólico para sua religião. A ideia é que os alimentos sejam tridimensionais e que sejam colocados em
um prato de plástico para facilitar a exposição. Conclua a abordagem do tema trabalhando com a
identidade religiosa deles e reforçando a ideia de que o Ensino Religioso apresenta o conhecimento
da diversidade religiosa e que não tem o intuito de impor nenhuma religião. Além disso, as crianças
que não têm uma crença religiosa poderão representar alimentos saudáveis.

Páginas 63 e 64

Atividades
11 A atividade de encerramento do livro possibilita aos alunos compreender e relacionar os persona-
gens a suas crenças religiosas, suas preferências, bem como com os alimentos e símbolos religiosos
de cada credo. Além disso, a atividade compila todas as informações para que, no ano seguinte,
eles tenham esses conhecimentos prévios sistematizados, a fim de construir novas aprendizagens.
A última atividade do livro objetiva incentivar os alunos a adquirir a habilidade de se posicionar de
maneira respeitosa frente às diferenças religiosas. Eles devem se comprometer a sempre respeitar
essas diferenças. É essencial que todos compreendam que, ainda que não atribuam significados sa-
grados a determinados objetos ou a algumas ações, devem agir com respeito ao entrar em contato
com grupos religiosos que os considerem sagrados.

38 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


Sugestões para o professor
Leitura

• BRANCA, Paolo et al. Quando o alimento é sagrado. Terrasanta, São Paulo, n. 12, p. 17-33, 2015.
Esse dossiê aborda as concepções religiosas dos alimentos para os cristãos, judeus e muçulmanos
partindo dos textos e das tradições sagradas de cada religião e analisando, também, as questões da
fome e da produtividade agrícola.

• SOUZA, Patrícia R. de. A religião vai à mesa: uma degustação de religiões com suas práticas ali-
mentares. São Paulo: Griot, 2015.
Todo ser vivo precisa se alimentar: é uma necessidade fisiológica. Entretanto, a maneira como o
faz, o que come, quando come e por que come são questões mais subjetivas, que dependem da
cultura e da geografia do local em que habita. Entre os fatores culturais, destaca-se a religião, que
pode determinar períodos de jejum, quem pode comer determinado tipo de alimento e até como
ele deve ser cultivado, preparado e servido.
Esse livro aborda as práticas alimentares de diversas religiões. A alimentação expressa uma cultura
religiosa e, com base nela, é possível conhecer mais a respeito das visões de mundo (transcendente
e imanente) de cada tradição religiosa.

LIVRO DO PROFESSOR 39
Você sabia
Para enriquecer a discussão em sala de aula, se considerar oportuno, apresente aos alunos as
informações a seguir a respeito de algumas religiões.

JUDAÍSMO

• É uma das religiões mais antigas de que se tem notícia. Originou-se com Abraão, que, há cerca
de quatro mil anos, instalou-se com sua família na terra de Canaã (atual Israel).

• Toda semana, desde a tarde de sexta-feira até a tarde de sábado, é celebrado o Sabath em família.
Em torno da mesa da refeição, os familiares cantam e oram juntos. Durante a celebração, os meninos
e os homens usam quipá, um tipo de chapéu que, para os judeus, é um sinal de respeito a Deus.

• No sábado pela manhã, os judeus rezam na sinagoga ao som da leitura de um trecho da Torá,
que depois é explicado pelo rabino, o líder religioso.

• A festa mais importante para os judeus é o Yom Kippur, que significa “dia do grande perdão” e
acontece durante o outono. Nesse dia, eles não comem, não bebem e ninguém trabalha. Esse
tempo é dedicado à reflexão, à reconciliação com os outros e à obtenção do perdão de Deu
Deus.

• Outra grande festa é a Pessach


P h, a Páscoa judaica, que acontece na
primavera e rememora o dia em que Deus livrou o povo judeu da
escravidão no Egito.
©Shutterstock/Roman Yanushevsky

• Háá ttambém festa de Chanukah


ambém a festa h, que acontece durante
durant o
mês
m
mêês de dezembro
dezembro.. Nessa festa, a cada noite, durante oito d
dias,
acende-se
aac
cende-se uma vvela
ela em um candelabro de oito braços e ssão
oferecidos
offer
e ecidos prese
presentes
entes às crianças.

• Os judeus
j recitam com frequência o ShemShemá,
que significa “escuta”. Começam as orações
oraçõ
dizendo “Shemá, Israel”” ou “Escuta, Isra
Israel”.

40 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


BUDISMO

• O Budismo surgiu na Índia com o príncipe Sidarta Gautama, conhecido como Buda, termo que
significa “Desperto”. Teve influências do Hinduísmo e, com o tempo, chegou a outras nações,
estabelecendo diferentes formas de sincretismo com elementos de religiões nativas.

• Originariamente, o Budismo não inclui a crença em um Deus, ainda que, em alguns locais, o
sincretismo seja responsável pela menção a deidades. Esse é o caso, por exemplo, do Budismo
Tibetano, em que as deidades representam virtudes a serem alcançadas.

• Buda ensinou que os sofrimentos humanos vêm do desejo e do apego a coisas passageiras. Para
alcançar a paz e a iluminação (ou nirvana), ele propunha o desapego e uma vida pautada em
atitudes corretas e sem violência. Também destacava a importância da meditação.

• No Japão, surgiu o Zen-Budismo, que apresenta rituais próprios. Por exemplo, alguns budistas
têm em casa um pequeno altar, chamado Butsudan, diante do qual rezam em família. No altar, há
sempre uma imagem de Buda, placas com nomes dos ancestrais da família, bastões de incenso
e pode haver oferendas.

©Shutterstock/SantiPhotoSS

41
CRISTIANISMO

©Shutterstock/Christin Lola
• Religião monoteísta representada por três grandes agru-
pamentos religiosos: católicos, ortodoxos, protestantes e
evaangélicos. Há outros grupos menores, como os espíritas,
qu
ue também se denominam cristãos por seguirem os
ensinamentos de Jesus Cristo.

• Os cristãos católicos, ortodoxos, protestantes e evangélicos


creeem que Jesus é o filho de Deus, enviado para ajudar a hu-
maanidade a fazer o bem. Jesus era judeu, viveu na Palestina,
©Shutterstock/Nanette Grebe

foi morto em uma cruz e ressuscitou ao terceiro dia.

• Oss protestantes e os evangélicos chamam a principal


celebração de culto; os ortodoxos, de divina liturgia; e os
cattólicos, de missa.

• Os ortodoxos e os católicos chamam o lugar em que a co-


mu unidade se encontra para rezar de igreja. Os protestantes
e eevangélicos podem chamá-lo de igreja ou templo.

• As maiores festas cristãs são a Páscoa, que celebra Jesus


resssuscitado, e o Natal, que celebra o nascimento de Jesus.

42 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


ISLAMISMO

• Os islâmicos ou muçulmanos acreditam em um Deus que chamam de Alá (ou Alah).

• Muhammad é o profeta, ou aquele que recebeu a mensagem de Alá para transmiti-la à humani-
dade. Nasceu em Meca, na Arábia Saudita. No Brasil, é conhecido como Maomé.

• Os muçulmanos rezam cinco vezes ao dia. Começam lavando as mãos, o rosto e os pés como
sinal de purificação ou limpeza de si mesmos. Colocam-se de joelhos e se viram em direção à
Meca. Então, recitam trechos do Corão repetindo diversas vezes a prostração.

• Uma vez por ano, durante um mês todo, os muçulmanos celebram o Ramadã. As pessoas adultas
não comem, não bebem e não fumam durante o dia.

• Os homens, às sextas-feiras, ao meio-dia, vão a uma mesquita e, antes de entrar, tiram os calçados.

• Ao terminar o Ramadã, os islâmicos fazem uma grande


refeição familiar chamada de Aïd-el-Seghir, ou a “festa
em que as pessoas se reconciliam”.

• Há, ainda, a festa do Aïd-el-Quebir, em que os adultos


vão orar na mesquita. Depois, comem um carneiro,
que representa o sacrifício que o profeta Abraão se
dispôs a fazer por ordem de Deus.

©Shutterstock/FS Stock

43
©Shutterstock/Gero Rodrigues
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

• Denominam-se religiões afro-brasileiras aquelas que surgiram no Brasil combinando elementos


de diferentes religiões africanas, especialmente dos povos Banto e Iorubá. As mais conhecidas
são a Umbanda e o Candomblé.

• O panteão de orixás do Candomblé é vasto, uma vez que inclui entidades cultuadas em religiões
africanas muito distintas entre si. O fato se deve ao encontro de representantes de diferentes grupos
escravizados, que contribuíram com elementos culturais próprios para formar essa religião.

• As divindades se manifestam em pais ou mães de santo para expressar a energia vital (axé) por
meio de danças ao ritmo de instrumentos de percussão, chamados de atabaques, e dos cantos.
O culto, em geral, termina com um jantar feito com a comida dos orixás, a qual é oferecida à
comunidade.  

• Fundada em 1908 no estado do Rio de Janeiro, por Zélio Fernandino de Moraes, a Umbanda é
uma religião marcada pelo sincretismo de elementos do Catolicismo, do Espiritismo, de religiões
afro-brasileiras e indígenas. Atualmente, alguns grupos também incorporam elementos orientais.

• Existem diferentes grupos de Umbanda e cada um enfatiza determinado aspecto de sua doutrina


e prática, mas existem pontos doutrinários em comum. Seu lugar de culto é o terreiro, ou centro,
e os cultos são conhecidos como giras ou sessões.

• Os seguidores da Umbanda creem nos Espíritos de Luz que vêm à Terra para ensinar e ajudar as
pessoas. São entidades espirituais, chamadas de Guias, que se manifestam por meio dos médiuns
durante as sessões.

44 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


RELIGIÕES INDÍGENAS

• Em diferentes regiões do Brasil, há comunidades indígenas de etnias diversas. Elas têm cultos,
ritos, danças e crenças particulares que se constituíram ao logo da história dos grupos e que
expressam, também, a resistência à imposição religiosa e cultural de outros povos.

• As comunidades indígenas do Xingu, no Mato Grosso, por exemplo, são integradas pelas etnias
Aweti, Kalapalo, Kamaiurá, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Trumai, Wauja e Yawalapiti e se
caracterizam por uma grande similaridade no modo de vida e visão de mundo.

• Cada um desses grupos faz questão de cultivar sua identidade, promovendo a celebração de
suas particularidades e diferenças. Entretanto, também se articulam em uma rede de trocas es-
pecializadas, casamentos e rituais interaldeias.

• As religiões nativas são marcadas por rituais nos quais mitos são revividos, de modo que, em
algumas comunidades, os participantes do ato ritualístico se sentem parte da divindade.

• As práticas e as festas religiosas caracterizam-se por ritos de defumação, entoação de cantos, uso
de instrumentos musicais, dança, incorporação, transe e uso de ervas. 

• Os rituais fundamentam a realidade, definem a organização da vida social e são fontes de memó-
ria e conhecimento. Há rituais para celebrar o fim das estações da chuva ou da seca; outros para
comemorar a chegada das colheitas; há rituais de casamento e vitórias em guerras, por exemplo.  

©Shutterstock/Filipe Frazao

45
Referências
AS GRANDES festas judaicas: Rosh Hashaná e Yom Kipur. Disponível em: <https://pt.chabad.
org/>. Acesso em: 8 jan. 2019.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum


Curricular. Versão final. Brasília: MEC/SEB, 2017.

DIAS, Geraldo. As religiões da nossa vizinhança: história, crença e espiritualidade. Porto:


Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2006.

DICIONÁRIO Ilustrado Tupi-Guarani. Disponível em: <https://www.dicionariotupiguarani.


com.br/historia/videos/>. Acesso em: 27 dez. 2018.

GONÇALVES, Adelino. As esculturas de madeira e seus aprendizados. Trabalho de Conclusão


de Curso. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015, 23 p.

JOSÉ, Elias. Caixa mágica da surpresa. São Paulo: Paulus, 1984.

MIRANDA, Bruce-Mitford. O livro ilustrado dos símbolos: o universo das imagens que
representam as ideias e os fenômenos da realidade. São Paulo: Publifolha, 2005.

MUSEU do Índio. Disponível em: <http://www.museudoindio.gov.br/>. Acesso em: 27 dez.


2018.

PIME. O Transcendente. Florianópolis, ano IV, n. 15, out./nov. 2010.

SILVA, Eliane M. da; KARNAL, Leandro. O Ensino Religioso na Escola Pública do Estado de São
Paulo. Unicamp: São Paulo, 2006.

46 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


MAPA CURRICULAR INTEGRADO – ENSINO RELIGIOSO – 2o. ANO
Conteúdos Unidades Objetos de
Capítulo Habilidades Livro didático
privilegiados temáticas conhecimento

EF02ER01 – Reconhecer os Brincar e aprender, p. 10; Atividades, p. 11; Atividades,


diferentes espaços de convivência. p. 12; Atividades, p. 16; Atividades, p. 18 e19 (ativ. 3)
• Eu e minha família
O eu, a família e
• Maneiras de viver em Identidades e
os ambientes de
diferentes espaços alteridades
convivência Ponto de partida, p. 8; Atividades, p. 9; Brincar e
EF02ER02 – Identificar costumes,
• Costumes e crenças aprender, p. 12; Conversar e fazer juntos, p. 13; Brincar
crenças e formas diversas de viver
e aprender, p. 13 a 15; Atividades, p. 18 (ativ. 1 e 2),
em variados ambientes

1. OS AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA
Conversar e fazer juntos, p. 20; Conversar e fazer juntos,
de convivência.
p. 21

EF02ER03 – Identificar as diferentes


Ponto de partida, p. 24; Conversar e fazer juntos, p. 25;
formas de registro das memórias
Conversar e fazer juntos, p. 26; Brincar e aprender, p. 26
pessoais, familiares e
e 27; Atividades, p. 28 e 29 (ativ. 1); Conversar e fazer
escolares (fotos, músicas, narrativas,
juntos, p. 30
• Registrar e comunicar Memórias e álbuns...).
memórias pessoais e símbolos
familiares
EF02ER04 – Identificar os símbolos
• Maneiras de registrar Identidades e Atividades, p. 29 (ativ. 2); Atividades, p. 31 e 32;
presentes nos variados espaços de
e de se comunicar na alteridades Conversar e fazer juntos, p. 32 e 33
convivência.
escola

2. AS MEMÓRIAS
• Símbolos em diversos
espaços
EF02ER05 – Identificar, distinguir
e respeitar símbolos religiosos de
Símbolos religiosos Conversar e fazer juntos, p. 32 e 33

LIVRO DO PROFESSOR
distintas manifestações,
tradições e instituições religiosas.

47
48
MAPA CURRICULAR INTEGRADO – ENSINO RELIGIOSO – 2o. ANO
Conteúdos Unidades Objetos de
Capítulo Habilidades Livro didático
privilegiados temáticas conhecimento

• Diferentes símbolos EF02ER05 – Identificar, distinguir


religiosos Conversar e fazer juntos, p. 39; Atividades, p. 41;
Identidades e e respeitar símbolos religiosos de
Símbolos religiosos Atividades, 42 e 43; Atividades, p. 45 e 46; Atividades,
• Histórias sobre a água alteridades distintas manifestações, tradições e
p. 48; Brincar e aprender, p. 49
• Penso diferente! instituições religiosas.

PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2


3. OS SÍMBOLOS RELIGIOSOS
EF02ER06 – Exemplificar alimentos Conversar e fazer juntos, p. 56; Atividades, p. 58;
considerados sagrados por diferentes Atividades, p. 59; Conversar e fazer juntos, p. 60;
culturas, tradições e Conversar e fazer juntos, p. 61 e 62; Atividades 62, 63 e
expressões religiosas. 64
• Os diferentes alimentos
• Alimentos nas religiões
Manifestações Alimentos
• Respeito com as crenças
religiosas sagrados
religiosas

EF02ER07 – Identificar significados Conversar e fazer juntos, p. 56; Atividades, p. 58;

4. OS ALIMENTOS NAS RELIGIÕES


atribuídos a alimentos em diferentes Atividades, p. 59; Conversar e fazer juntos, p. 60;
manifestações e Conversar e fazer juntos, p. 61 e 62; Atividades 62, 63 e
tradições religiosas. 64
IDENTIFICAÇÃO
LIVROS QUE
Nome:
RESPEITAM
A NATUREZA
Escola:

Turma:

EMERGÊNCIA Os livros da coleção Passado, presente e fé são impressos na Posigraf, uma


gráfica comprometida com a responsabilidade socioambiental.
A Posigraf e seus impressos têm as certificações ISO 9001, de gestão de
Responsável: qualidade; ISO 14001, de gestão ambiental; e OHSAS 18001, de gestão de
Telefone: saúde ocupacional e segurança. Foi a primeira gráfica do Brasil a compensar
integralmente as suas emissões de carbono, com o programa Carbono Zero,
e também a adotar uma floresta e patrocinar sua conservação – a Mata do
Uru, localizada na Lapa – PR. Além disso, tem os certificados FSC® – Forest
Stewardship Council® e PEFC – CERFLOR (validado pelo Inmetro), atestando
que a matéria-prima para a impressão é proveniente de florestas manejadas
de forma responsável.
PROGRAMAÇÃO Ambas são certificações florestais, mas cada uma conta com princípios
DE ATIVIDADES e critérios diferentes. Em 2011, a Posigraf recebeu o Prêmio Abigraf de
Responsabilidade Ambiental por seu Sistema de Gestão Ambiental.

SEG TER QUA QUI SEX SÁB

AULA 1

AULA 2

AULA 3

AULA 4

AULA 5
FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal)
CERFLOR – Programa Brasileiro de Certificação Florestal
AULA 6 INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes
TECPAR – Certificação do Instituto de Tecnologia do Paraná
CARBONO ZERO – Compensação de Emissão Carbono Zero
LIFE – Iniciativa Duradoura para a Terra
CLAUDIA REGINA KLUCK
GISELE MAZZAROLLO
2000.94089
SONIA DE ITOZ

volume 2
A coleção Passado, presente e
LIVRO DO PROFESSOR
fé convida o aluno a conhecer
e a compreender as diversas

2
culturas religiosas que
compõem a sociedade brasileira.
Alinhada com as novas
volume
diretrizes da BNCC, essa
coleção oportuniza o estudo e a
compreensão de conceitos
religiosos, fundamentados em
conhecimentos das Ciências
da Religião e demais áreas
acadêmicas afins.

ISBN 978856447485-7

9 788564 474857 2
volume

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