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 Prof. A.F.Guimarães 
Física 1 – Questões 10 
Questão  1  
 
Uma bola de bilhar de massa igual a 200g 
colide contra o anteparo lateral de uma mesa de 
bilhar.  O  módulo  da  velocidade  da  bola  vale 
2m s  ‐1  e  o  ângulo  com  a  normal  ao  anteparo 
vale  600;  o  tempo  de  contato  da  bola  com  o  v
anteparo é igual a 0,008 s. Determine o módulo 
v0 
da  força  média  exercida  pelo  anteparo  sobre  a 
bola  de  bilhar  supondo  que  o  choque  seja  600 
perfeitamente elástico. 
Resolução: 
 
 
G G
J = ∆P
G
Fm ⋅∆t = m (vx i + v y j − (v0 xi + v0 y j )); vx i = v0 x i, v y j = −v0 y j
G  
Fm ⋅∆t = 2mv y j; v y = vcos 600
G 2 ⋅ 0, 2 ⋅ 2 ⋅ 0,5 G
Fm = j ∴ Fm = (50 N ) j.
0, 008
 
Questão  2  
 
Uma bola de massa igual a 0,4 kg é atingida por um taco,  2500,0

recebendo  o  impulso  indica  na  figura  ao  lado.  Determine  o 


módulo  da  velocidade  da  bola  no  momento  em  que  ela  2000,0
abandona o taco. 
Resolução:  1500,0
A função representada no gráfico ao lado é uma função do tipo: 
F(N)

 
F = −at 2 + bt + c .  1000,0

 
Do  gráfico  observa‐se  que  para  t  =  1  ms,  F  =  1100,0  N.  Assim,  500,0
podemos escrever: 
  0,0
1100 = −a ⋅10−6 + b ⋅10−3 + c .   (2.1)  0,0 1,0 2,0 3,0 4,0
  t (ms)
Também do gráfico observa‐se que para t = 2 ms, F =2200,0 N. Desta forma podemos escrever: 
 
2200 = −4a ⋅10−6 + 2b ⋅10−3 + c .   (2.2) 
 
Sendo 2200 N o valor máximo da força. Nesse instante, temos: 
 


 
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dF dF
= −2at + b; = 0 ⇒ b = 2at ⇒ b = 4a ⋅10−3 .  (2.3) 
dt dt
 
Utilizando as relações (2.1) e (2.2), temos: 
 
2200 −1100 = −4a ⋅10−6 + a ⋅10−6 + 2b ⋅10−3 − b ⋅10−3 + c − c
 
1100 = −3a ⋅10−6 + b ⋅10−3.
 
Agora utilizando a relação (2.3), temos: 
 
1100 = −3a ⋅10−6 + 4a ⋅10−6 ⇒ a = 1100 ⋅106.  
 
De (2.3), temos:  b = 4400 ⋅103 . E da relação (2.1), por exemplo, temos: 
 
1100 = −1100 ⋅106 (10−3 ) + 4400 ⋅103 (10−3 ) + c
2

 
c = −2200.
 
Assim, a função assume a forma dada por: 
 
F = −1100 ⋅106 t 2 + 4400 ⋅103 t − 2200 . 
 
O instante que o taco atinge a bola e o instante que a bola abandona o taco são dados por: 
 
0 = −1100 ⋅106 t 2 + 4400 ⋅103 t − 2200 . 
 
Assim, teremos: 
 
−106 t 2 + 4t ⋅103 − 2 = 0
∆ = (4 ⋅103 ) − 4 ⋅ (−106 )⋅ (−2) = 8 ⋅106
2
 

−4 ⋅103 ± 8 ⋅106
t= ⇒ t1 ≅ 0, 6 ⋅10−3 s e t2 ≅ 3, 4 ⋅10−3 s.
2 (−10 )
−6

 
Desta forma, podemos calcular a variação do momento linear e conseqüentemente a velocidade final 
(admitindo que a velocidade inicial seja nula): 
 
3,4⋅10−3
J = ∆P =
∫ −3
0,6⋅10
(−1100t 2 ⋅106 + 4400t ⋅103 − 2200) dt
3,4⋅10−3
⎡ −1100t 3 ⋅106 ⎤
P − P0 = ⎢ + 2200t 2 ⋅103 − 2200t ⎥  
⎢ 3 ⎥ −3
⎣ ⎦ 0,6⋅10
5, 2
P−P /0 ≅ 5, 2 ⇒ v = = 13m ⋅ s−1.
0, 4
 
 


 
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Questão  3  
 
A força sobre um objeto de 8 kg aumenta linearmente com o tempo. A força é nula no instante 
inicial e igual a 100 N quando t = 10 s. Determine: (a) a expressão do impulso em função do tempo, (b) 
a  força  média  neste  intervalo  de  tempo,  (c)  o  impulso  total,  (d)  a  variação  do  momento,  (e)  a 
velocidade do objeto para t = 10 s. 
Resolução: 
a) Observando o gráfico ao lado, podemos concluir que 
a expressão da força é dada por:  120

  100
80
F = 10t . 

F(N)
60
 
40
Assim,  podemos  determinar  a  expressão  do  impulso  20
para um dado instante:  0
  0 5 10 15
t


t(s)
J= 10t ′dt ′ = 5t 2 . 
0
 
b) Fm ⋅10 = 5 ⋅102 ⇒ Fm = 50 N .  
c) J = 5 ⋅102 = 500 N ⋅ s.  
d) J = ∆P = 500 N ⋅ s.  
e)  
/0 = 500
P−P
8v = 500  
−1
∴ v = 62,5m ⋅ s .
 
Questão  4  
 
Um  bloco  de  massa  m  =  10  kg  está  em  repouso  sobre  uma  superfície  horizontal  sem  atrito. 
Sobre o  bloco atua uma força horizontal cujo módulo é dado em função do tempo pela expressão: 
 
F = bt 2 − ct  
 
−2 −1
onde  b = 4 N ⋅ s  e  c = 1N ⋅ s , t é dado em s e F em N. Obtenha: (a) a expressão do impulso em função 
do  tempo,  (b)  o  impulso  total  nos  4  segundos  iniciais,  (c)  a  variação  do  momento  linear  nos  4 
segundos iniciais, (d) a velocidade do bloco no instante t = 4 s. 
Resolução: 
a)  
t t
J=

0
F dt ′ =
∫ 0
(4t ′ 2 − t ′)dt ′
 
3
4t t2
∴J= − .
3 2
 
b)  
4 ⋅ 43 4 2
J4 = − = 77,3 N ⋅ s.  
3 2


 
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c) ∆P = 77,3 N ⋅ s.  
/0 = 77,3 ⇒ 10v = 77,3 ∴ v = 7, 73m ⋅ s−1.  
d) P − P
 
Questão  5  
 
Um  pêndulo  balístico  é  constituído  por  uma  caixa  de  areia  suspensa  por  um  fio.  Um  projétil  de 
massa m1 = 30 g penetra na caixa e fica nela encravado. O centro de massa da  caixa se eleva até uma 
altura h = 30 cm. A massa da caixa vale m2 = 3,0 kg. (a) Deduza uma expressão para a velocidade do 
projétil  em  função  destes  dados.  (b)  Calcule  o  valor  numérico  da  velocidade  do  projétil  quando  ele 
atinge a caixa. 
Resolução: 
 
 
 
 
 
 

  v1 
 
 
 
 
a) Imediatamente após a colisão teremos: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
m1v1 = ( m1 + m2 ) v2   (5.1) 
(m1 + m2 ) v2
v1 = .
m1
 
Após a colisão, com o projétil alojado dentro da caixa, utilizaremos a conservação da energia mecânica 
da posição imediatamente após a introdução do projétil (A), até posição “h” (B). Assim, teremos: 
 
E A = EB
(m1 + m2 ) v22
= (m1 + m2 ) gh   (5.2) 
2
1
v2 = (2 gh) 2 .
 
Dos resultados obtidos em (5.1) e (5.2) teremos: 
 
1
(m1 + m2 )⋅ (2 gh) 2
v1 = . 
m1
 
b)  
1
(0, 03 + 3)⋅ (2 ⋅10 ⋅ 0,3) 2
v1 = ∴ v1 ≅ 247,5m ⋅ s−1.  
0, 03

 
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Questão  6  
 
Um corpo de massa igual a 5,0 kg colide elasticamente com outro que se encontra inicialmente 
em repouso e continua sua trajetória no mesmo sentido, porém o módulo da velocidade se reduz a um 
quinto do módulo inicial. Calcule a massa do corpo atingido. 
Resolução: 
Utilizando a conservação do momento linear, teremos: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pi = Pf
m1vi1 = m1v1 f + m2 v2 f
v1i   (6.1) 
5v1i = 5 ⋅ + m2 v2 f
5
4v1i = m2 v2 f .
 
Como a colisão é elástica, as velocidades relativas de aproximação e afastamento serão iguais: 
 
v1i − v2i = v2 f − v1 f
v1 f
v1i = v2 f −   (6.2) 
5
6v1i
v2 f = .
5
 
Dos resultados (6.1) e (6.2), teremos: 
 
6v1i
4v1i = m2 ⋅
5
 
20
∴ m2 = kg.
6
 
Questão  7  
 
Em  uma  arma  de  fogo  automática  de  carregamento  pela  culatra,  de  modelo  antigo,  o 
mecanismo  de  carga  situado  atrás  da  culatra  entra  em  ação  quando  o  bloco  da  culatra,  que  recua 
depois de a bala ser disparada, comprime uma mola de comprimento predeterminado  d. (a) Mostre 
que  a  velocidade  v  da  bala  de  massa  m,  ao  ser  atirada,  deve  ser  no  mínimo,  d kM m ,  sendo  k  a 
constante elástica da mola e M a massa do bloco da culatra. (b) Em que sentido pode este processo ser 
considerado como um choque? 
Resolução: 
a) Fazendo uma análise dimensional teremos, para a expressão: 
 
kM 1 1
v=d ⇒ v = L ( M ⋅ L ⋅ T −2 ⋅ L−1 ⋅ M ⋅ M −1 ) 2 ⇒ v = L ( M ⋅ T −2 ) 2
m   (7.1) 
1
v = L ⋅ T −1 M 2 .
 


 
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A análise dimensional mostra que a expressão dada no enunciado da questão, não está correta. 
Porém, utilizaremos a conservação do momento linear para encontrar a expressão.  
Imediatamente antes e imediatamente depois do disparo, temos: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
0 = mv − MV   (7.2) 
mv
V= .
M
 
Onde v é a velocidade da bala e V é a velocidade de recuo do bloco da culatra. Após o disparo, o bloco 
da culatra recua com a velocidade dada pela expressão (7.2). A culatra recua até comprimir a mola de 
um comprimento d. Utilizando a conservação da energia mecânica teremos: 
 
MV 2 kd 2
Ei = E f ⇒ =
/2 /2
  (7.3) 
k
V =d .
M
 
Utilizando os resultados de (7.2) e (7.3), teremos: 
 
/
mv k d⋅M k M 2k
=d ⇒v= ⇒v=d
M M m M /
m2 M
  (7.4) 
Mk
∴v=d
m2
Fazendo uma análise dimensional, teremos: 
 
Mk 1
v=d ⇒ v = L (M
/ ⋅M / −2 ⋅ M /−1 ) 2
/ ⋅ /L ⋅ T −2 ⋅ L
m 2  
v = L ⋅ T −1 .
 
Segundo a análise dimensional, a expressão obtida em (7.4) está correta. 
 
Questão  8  
 
Dois  pêndulos,  cada  um  de  comprimento  l  estão, 
inicialmente,  posicionados  como  mostra  a  figura  ao  lado.  O  l
primeiro pêndulo é solto e atinge o segundo, Suponha que a colisão  m1  l
seja  completamente  inelástica  e  despreze  a  massa  dos  fios  e  d 
m2 
quaisquer  efeitos  resultantes  do  atrito.  Até  que  altura  o  centro  de 
massa sobe após a colisão? 
Resolução: 
 
Utilizaremos  a  conservação  da  energia  mecânica  para  determinar  a  velocidade  de  1 
imediatamente antes da colisão: 
 


 
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m1v12 1
Ei1 = E f 1 ⇒ m1 gd = ⇒ v1 = (2 gd ) 2 .  
2
 
Podemos agora, utilizar a conservação do momento linear para determinar a velocidade do conjunto 
imediatamente após a colisão: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pi = Pf
m1v1 = (m1 + m2 ) v12  
m1v1 m1 1
v12 = ⇒ v12 = ⋅ (2 gd ) 2 .
(m1 + m2 ) (m1 + m2 )
 
Utilizamos  aqui,  a  conservação  da  energia  mecânica  para  o  conjunto.  Desta  forma  determinamos  a 
altura que o centro de massa atinge após a colisão: 
 
(m + m2 ) v122
Ei12 = E f 12 ⇒ 1 = (m1 + m2 ) gh
2
v122 1 m12
h= ⇒h= ⋅ ⋅ (/2 /gd )  
2g /2 /g (m1 + m2 )2

⎛ m1 ⎞⎟
2

∴ h = d ⋅ ⎜⎜ ⎟ .
⎜⎝ m1 + m2 ⎠⎟⎟
 
Questão  9  
 
Duas partículas, uma tendo o dobro da massa da outra, com uma mola comprimida entre elas 
são  mantidas  juntas.  A  energia  armazenada  na  mola  é  60  J.  Que  energia  cinética  tem  cada  partícula 
após elas terem sido soltas? 
Resolução: 
Utilizando a conservação do momento linear, teremos: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
0 = m1v1 + m2 v2 ; m1 = 2m2   (9.1) 
v2
v1 = .
2
 
Utilizando agora a conservação da energia mecânica, teremos: 
 
Ei = E f ⇒ U el = K1 + K 2
m1v12 m2 v12   (9.2) 
60 = + .
2 2
 
Como o resultado de (9.1) em (9.2), teremos: 
 
2m2 v22 m2 v22
60 = ⋅ +  
2 4 2

 
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m2 v22 m2 v22
60 = +
4 2
2
3m v 3
60 = 2 2 = K 2  
4 2
∴ K 2 = 40 J .
 
Conclui‐se então que  K1 = 20 J .   
 
Questão  10  
 
Um vagão de carga com massa igual a 40 toneladas se desloca a 2,5 m s  ‐1 e colide com outro 
que viaja no mesmo sentido com velocidade igual a 1,5 m s ‐1; a massa do segundo vagão é igual a 25 
toneladas. (a) Ache as velocidades dos dois vagões após a colisão e a perda de energia cinética durante 
a colisão, supondo que os dois vagões passam a se mover juntos. (b) Se a colisão fosse elástica, os dois 
vagões não se uniriam e continuariam a se locomover separados; qual seria neste caso a velocidade de 
cada vagão? 
Resolução: 
a) Utilizando a conservação do momento linear, teremos: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
M 1v1 + M 2 v2 = ( M 1 + M 2 ) v12
 
40 ⋅ 2,5 + 25 ⋅1,5 = 65 ⋅ v12
v12 ≅ 2,1m ⋅ s−1.
 
A perda de energia cinética: 
 
M 1v12 M 2 v22 ⎛⎜ 40 ⋅ 2,52 25 ⋅1,52 ⎞⎟ 3
Ki = + =⎜ + ⎟⎟⋅10 ≅ 153⋅103 J
2 2 ⎜
⎝ 2 2 ⎠⎟
( M 1 + M 2 ) v122
Kf = ≅ 143⋅103 J  
2
∴ ∆K = −104 J .
 
b) Novamente, utilizando a conservação do momento linear, teremos: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
40 ⋅ 2,5 + 25 ⋅1,5 = 40v1 f + 25v2 f   (10.1) 
40v1 f + 25v2 f = 137,5.
 
Como a colisão é elástica, as velocidades relativas de aproximação e de afastamento devem ser iguais. 
Assim, teremos: 
 
v1i − v2i = v2 f − v1 f
  (10.2) 
v2 f − v1 f = 1.
 

 
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Utilizando os resultados de (10.1) e (10.2), teremos: 
 
40v1 f + 25(1 + v1 f ) = 137,5
65v1 f = 112,5  
∴ v1 f ≅ 1, 731m ⋅ s−1.
 
Utilizando novamente a relação de (10.2), concluímos que  v2 f ≅ 2, 731m ⋅ s−1.  
 
Questão  11  
 
Um  elétron  colide  elasticamente  com  um  átomo  de  hidrogênio  inicialmente  em  repouso.  Os 
deslocamentos inicial e final se fazem ao longo do mesmo curso. Que fração da energia cinética inicial 
do  elétron  é  transferida  ao  átomo  de  hidrogênio?  A  massa  do  átomo  de  hidrogênio  é  1840  vezes  a 
massa do elétron. 
Resolução: 
Utilizando a conservação do momento linear, teremos: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
me vie = me v fe + mH v fH
  (11.1) 
/ e vie = m
m / e v fe + 1840m
/ e v fH
vie = v fe + 1840v fH .
 
Como  a  colisão  é  elástica,  as  velocidades  relativas  de  aproximação  e  afastamento  devem  ser  iguais. 
Assim, teremos: 
 
vie − viH = v fH − v fe
  (11.2) 
vie = v fH − v fe .
 
Dos resultados de (11.1) e (11.2), teremos: 
 
2vie = 1841v fH  
 
Para as energias cinéticas, teremos: 
 
m v2 m v2 1840me 4
K ie = e ie ; K fH = H fH = ⋅ v 2 . 
2 2 2 3, 4 ⋅10 6 ie

 
A fração de energia cinética é dada por: 
 
920me ⋅ 4 ⋅ vie2
K fH 3, 4 ⋅106 7360 K
= = ≅ 2, 2 ⋅10−3 ∴ fH ≅ 0, 22%.  
K ie 2
me vie 3, 4 ⋅10 6
K ie
2
 


 
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Questão  12  
 
Uma  bola  de  massa  m  e  velocidade  vi  é 
m
projetada no cano de uma espingarda de mola, de  M vi 
massa  M,  inicialmente  em  repouso  sobre  uma 
superfície sem atrito (veja figura ao lado). A massa 
m adere ao cano no ponto da compressão máxima 
da  mola.  Nenhuma  energia  é  perdida  em  atrito.  Que  fração  da  energia  cinética  inicial  da  bola  fica 
armazenada na mola? 
Resolução: 
Utilizando a conservação do momento linear, teremos: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pi = Pf
mvi = ( M + m) v  
mvi
v=
M +m
 
Como não há perdas de energia por atrito, teremos: 
 
K i = K f + U el
mvi2 ( M + m) v
2

= + U el
2 2
mvi2 ( M + m) m 2 vi2  
U el = − ⋅
( M + m)
2
2 2
mMvi2
U el = .
2 ( M + m)
 
Assim, a fração da energia cinética inicial que fica armazenada na mola é dada por: 
 
/ /i2
mMv
U el /2 ( M + m) M
= = . 
Ki //i
mv 2
M +m
/2
 
Questão  13  
 
Um bloco de massa m1 = 3,0 kg desliza ao longo de uma mesa sem atrito com velocidade v1 = 15 
m s ‐1. Na frente dele, e movendo‐se na mesma direção e sentido, existe um bloco de massa m2 = 6,0 kg 
que  se  move  com  velocidade  de  5  m s  ‐1.  A 
v1i  v2i 
mola indicada na figura ao lado, possui massa 
desprezível  e  uma  constante  elástica  k  =  m1  m2 
1500N m‐1.  A  massa  reduzida  Mr  de  um 
sistema  de  duas  partículas  é  definida  pela 
expressão: 
 
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m1m2
Mr = . 
m1 + m2
 
(a) Obtenha  uma  expressão  para  a  energia  cinética  de  um  sistema  de  duas  massas  em  relação  ao 
referencial do centro de massa em função da massa reduzida Mr e em função da velocidade relativa vr. 
(b) Quando os dois blocos colidem qual deve ser a energia potencial do sistema constituído pelas duas 
massas que comprimem a mola? (c) Ache o valor numérico da deformação máxima da mola depois do 
impacto. 
Resolução: 
(a) Com relação ao centro de massa, as velocidades dos dois blocos são dadas por: 
 
v1′ = v1 − vcm ; v2′ = v2 − vcm .  
 
A velocidade do centro de massa é dada pela média ponderada: 
 
m v + m2 v2
vcm = 1 1 .   (13.1) 
m1 + m2
 
A energia cinética, com relação ao centro de massa do sistema antes da colisão é dada por: 
 
m1 (v1 − vcm ) m2 (v2 − vcm )
2 2

Ki = +
2 2  
m1v1 + m2 v2
2 2
(m1 + m2 ) vcm
2

Ki = − vcm (m1v1 + m2 v2 ) + .
2 2
 
Utilizando a equação (13.1), teremos: 
 
(m1v1 + m2v2 ) (m1 + m2 ) (m1v1 + m2v2 )
2
m1v12 + m2 v22
Ki = − (m1v1 + m2 v2 )⋅ + ⋅
2 m1 + m2 2 m1 + m2
(m1v12 + m2v22 )(m1 + m2 ) (m12v12 + 2m1m2v1v2 + m22v22 )
Ki = −  
2 (m1 + m2 ) 2 (m1 + m2 )
M r vr2 m1m2
∴ Ki = ; Mr = , vr = v1 − v2
2 2 (m1 + m2 )
kx 2
(b) U el = . 
2
 
(c)  
 
2
kx M r vr2
U el = =
2 2
18
750 x 2 = ⋅102  
2⋅ 9
x ≅ 0,365m.
 
 
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Questão  14  
 
Um dêuteron é uma partícula nuclear constituída por um próton e um nêutron. Sua massa é cerca 
de 3,4 10‐24 g. Um dêuteron, acelerado por um cíclotron a uma velocidade de 109 cm s  ‐1, colide com 
um outro dêuteron em repouso. (a) Se as duas partículas permanecem juntas formando um núcleo de  
hélio, ache a velocidade do núcleo resultante. (b) O núcleo do  hélio em seguida desintegra‐se em um 
nêutron com massa aproximada de 1,7 10‐24 g e um isótopo de hélio de massa igual a 5,1 10‐24 g. Se o 
nêutron é emitido em uma direção perpendicular à direção da velocidade original, com velocidade de 
5,0 108 cm s ‐1, ache o módulo e a direção da velocidade do isótopo do hélio. 
Resolução: 
(a) Utilizando a conservação do momento linear, teremos: 
 
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
mD viD = 2mD v fD  
109
∴ v fD = cm ⋅ s−1.
2
 
(b) Utilizaremos também, neste caso, a conservação do momento linear. Assim, teremos: 
 
G G
Pi = Pf
Pix = Pfx
109
′ vx ⇒ 6,8 ⋅10−24 ⋅
2mD vD = mHe = 5,1⋅10−24 vx
2
∴ vx ≅ 6, 67 ⋅10 cm ⋅ s−1.
8
 
Piy = Pfy
′ v y ⇒ 0 = 1, 7 ⋅10−24 ⋅ 5 ⋅108 + 5,1⋅10−24 v y
0 = mn vn + mHe
∴ v y ≅ −1, 67 ⋅108 cm ⋅ s−1.
 
A direção é dada por: 
  n
1, 67 He 
α = arctan ≅ 140.   α 
6, 67
  He’ 
 
 
 
Questão  15  
 
Uma  bola  com  velocidade  inicial  de  10  m s  ‐1  colide  2 
elasticamente  com  duas  outras  idênticas,  cujos  centros  de 
massa  estão  em  uma  direção  perpendicular  à  velocidade  v0 
inicial e que estão inicialmente em contato (figura ao lado). A 
primeira bola está na linha de direção do ponto de contato e  1 
não há atrito entre as bolas. Determine a velocidade das três  3 
bolas  após  a  colisão.  (Sugestão:  As  direções  das  duas  bolas 
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originalmente  estacionárias  podem  ser  obtidas  considerando‐se  a  direção  do  impulso  que  elas 
recebem durante a colisão.) 
Resolução: 
Nos  instantes  imediatamente  antes  e  imediatamente  depois  do  impacto,  temos  as  seguintes 
configurações: 
 
  2  2 v2
  r  300
r  r 
 
  r  r 
1  r  1  300
 
3  3  v3 
 
 
 
Como  as  bolas  possuem  a  mesma  massa,  podemos  concluir  que  a  bola  1  não  terá  velocidade  na 
direção y. Assim, utilizando a conservação do momento linear, teremos: 
 
G G
Pi = Pf
Piy = Pfy
 
0 = m2 v2 y + m3v3 y
v2 y = −v3 y ⇒ v2 = v3 = v.
 

 
Pix = Pfx
m1v0 = m2 v2 x + m3v3 x + m1v1x ; v2 x = v3 x = vcos300
 (15.1) 
10 = v1x + 2vcos300
10 = v1x + v 3.
 
Como a colisão é elástica, temos segundo a direção de v2, temos: 
 
10cos300 = v − v1x cos300
v1x 3
5 3 = v− (15.2) 
2
3v
15 = v 3 − 1x .
2
 
Utilizando agora os resultados de (15.1) e (15.2) teremos: 
 
3v
10 = v1x + 15 + 1x
2
5v1x
−5 =  
2
∴ v1x = −2m ⋅ s−1.
 
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Utilizando (15.2) teremos: 
 
15 = v 3 + 3
 
∴ v = 4 3 ≅ 6,9m ⋅ s−1.
 
Questão  16  
 
Um feixe de nêutrons rápidos incide sobre uma amostra de Cu65, um isótopo estável de cobre, 
de  massa  igual  a  5,0  mg.  Existe  uma  possibilidade  de  que  o  núcleo  de  cobre  possa  capturar  um 
nêutron para formar o Cu66, que é radioativo e se desintegra em Zn66, que é novamente estável. Se um 
estudo da emissão do elétron da amostra de cobre implica na ocorrência, a cada segundo, de 4,6 1011 
capturas  de  nêutrons,  qual  é,  em  barns,  a  seção  eficaz  de  choque  para  a  captura  de  nêutrons  neste 
processo? A intensidade do feixe de nêutrons é 1,1 1018 nêutrons m‐2s ‐1. 
Resolução: 
   
A massa total é dada por:  m = nt ⋅ mCu65 , onde nt representa o número total de Cu65 na amostra 
por m2. Assim, teremos: 
 
m = nt ⋅ mCu 65 ⇒ 5 ⋅10−3 = nt ⋅ 65 ⋅1, 66 ⋅10−24
 
nt = 4, 6 ⋅1019 n ⋅ m−2 .
 
Mas nt é dado por:  nt = n ⋅ x , onde n é a densidade de partículas de Cu65 por m3 e x é a espessura da 
amostra. Assim, teremos: 
 
R
n⋅ x⋅σ =
R0
4, 6 ⋅1011
4, 6 ⋅10 σ =
19
 
1,1⋅1018
σ = 9, 09 ⋅10−27 m 2
∴ σ ≅ 91barns.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 

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