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Prof. A.F.Guimarães
Física 1 – Questões 10
Questão 1
Uma bola de bilhar de massa igual a 200g
colide contra o anteparo lateral de uma mesa de
bilhar. O módulo da velocidade da bola vale
2m s ‐1 e o ângulo com a normal ao anteparo
vale 600; o tempo de contato da bola com o v
anteparo é igual a 0,008 s. Determine o módulo
v0
da força média exercida pelo anteparo sobre a
bola de bilhar supondo que o choque seja 600
perfeitamente elástico.
Resolução:
G G
J = ∆P
G
Fm ⋅∆t = m (vx i + v y j − (v0 xi + v0 y j )); vx i = v0 x i, v y j = −v0 y j
G
Fm ⋅∆t = 2mv y j; v y = vcos 600
G 2 ⋅ 0, 2 ⋅ 2 ⋅ 0,5 G
Fm = j ∴ Fm = (50 N ) j.
0, 008
Questão 2
Uma bola de massa igual a 0,4 kg é atingida por um taco, 2500,0
F = −at 2 + bt + c . 1000,0
Do gráfico observa‐se que para t = 1 ms, F = 1100,0 N. Assim, 500,0
podemos escrever:
0,0
1100 = −a ⋅10−6 + b ⋅10−3 + c . (2.1) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0
t (ms)
Também do gráfico observa‐se que para t = 2 ms, F =2200,0 N. Desta forma podemos escrever:
2200 = −4a ⋅10−6 + 2b ⋅10−3 + c . (2.2)
Sendo 2200 N o valor máximo da força. Nesse instante, temos:
1
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dF dF
= −2at + b; = 0 ⇒ b = 2at ⇒ b = 4a ⋅10−3 . (2.3)
dt dt
Utilizando as relações (2.1) e (2.2), temos:
2200 −1100 = −4a ⋅10−6 + a ⋅10−6 + 2b ⋅10−3 − b ⋅10−3 + c − c
1100 = −3a ⋅10−6 + b ⋅10−3.
Agora utilizando a relação (2.3), temos:
1100 = −3a ⋅10−6 + 4a ⋅10−6 ⇒ a = 1100 ⋅106.
De (2.3), temos: b = 4400 ⋅103 . E da relação (2.1), por exemplo, temos:
1100 = −1100 ⋅106 (10−3 ) + 4400 ⋅103 (10−3 ) + c
2
c = −2200.
Assim, a função assume a forma dada por:
F = −1100 ⋅106 t 2 + 4400 ⋅103 t − 2200 .
O instante que o taco atinge a bola e o instante que a bola abandona o taco são dados por:
0 = −1100 ⋅106 t 2 + 4400 ⋅103 t − 2200 .
Assim, teremos:
−106 t 2 + 4t ⋅103 − 2 = 0
∆ = (4 ⋅103 ) − 4 ⋅ (−106 )⋅ (−2) = 8 ⋅106
2
−4 ⋅103 ± 8 ⋅106
t= ⇒ t1 ≅ 0, 6 ⋅10−3 s e t2 ≅ 3, 4 ⋅10−3 s.
2 (−10 )
−6
Desta forma, podemos calcular a variação do momento linear e conseqüentemente a velocidade final
(admitindo que a velocidade inicial seja nula):
3,4⋅10−3
J = ∆P =
∫ −3
0,6⋅10
(−1100t 2 ⋅106 + 4400t ⋅103 − 2200) dt
3,4⋅10−3
⎡ −1100t 3 ⋅106 ⎤
P − P0 = ⎢ + 2200t 2 ⋅103 − 2200t ⎥
⎢ 3 ⎥ −3
⎣ ⎦ 0,6⋅10
5, 2
P−P /0 ≅ 5, 2 ⇒ v = = 13m ⋅ s−1.
0, 4
2
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Questão 3
A força sobre um objeto de 8 kg aumenta linearmente com o tempo. A força é nula no instante
inicial e igual a 100 N quando t = 10 s. Determine: (a) a expressão do impulso em função do tempo, (b)
a força média neste intervalo de tempo, (c) o impulso total, (d) a variação do momento, (e) a
velocidade do objeto para t = 10 s.
Resolução:
a) Observando o gráfico ao lado, podemos concluir que
a expressão da força é dada por: 120
100
80
F = 10t .
F(N)
60
40
Assim, podemos determinar a expressão do impulso 20
para um dado instante: 0
0 5 10 15
t
∫
t(s)
J= 10t ′dt ′ = 5t 2 .
0
b) Fm ⋅10 = 5 ⋅102 ⇒ Fm = 50 N .
c) J = 5 ⋅102 = 500 N ⋅ s.
d) J = ∆P = 500 N ⋅ s.
e)
/0 = 500
P−P
8v = 500
−1
∴ v = 62,5m ⋅ s .
Questão 4
Um bloco de massa m = 10 kg está em repouso sobre uma superfície horizontal sem atrito.
Sobre o bloco atua uma força horizontal cujo módulo é dado em função do tempo pela expressão:
F = bt 2 − ct
−2 −1
onde b = 4 N ⋅ s e c = 1N ⋅ s , t é dado em s e F em N. Obtenha: (a) a expressão do impulso em função
do tempo, (b) o impulso total nos 4 segundos iniciais, (c) a variação do momento linear nos 4
segundos iniciais, (d) a velocidade do bloco no instante t = 4 s.
Resolução:
a)
t t
J=
∫
0
F dt ′ =
∫ 0
(4t ′ 2 − t ′)dt ′
3
4t t2
∴J= − .
3 2
b)
4 ⋅ 43 4 2
J4 = − = 77,3 N ⋅ s.
3 2
3
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c) ∆P = 77,3 N ⋅ s.
/0 = 77,3 ⇒ 10v = 77,3 ∴ v = 7, 73m ⋅ s−1.
d) P − P
Questão 5
Um pêndulo balístico é constituído por uma caixa de areia suspensa por um fio. Um projétil de
massa m1 = 30 g penetra na caixa e fica nela encravado. O centro de massa da caixa se eleva até uma
altura h = 30 cm. A massa da caixa vale m2 = 3,0 kg. (a) Deduza uma expressão para a velocidade do
projétil em função destes dados. (b) Calcule o valor numérico da velocidade do projétil quando ele
atinge a caixa.
Resolução:
h
v1
a) Imediatamente após a colisão teremos:
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
m1v1 = ( m1 + m2 ) v2 (5.1)
(m1 + m2 ) v2
v1 = .
m1
Após a colisão, com o projétil alojado dentro da caixa, utilizaremos a conservação da energia mecânica
da posição imediatamente após a introdução do projétil (A), até posição “h” (B). Assim, teremos:
E A = EB
(m1 + m2 ) v22
= (m1 + m2 ) gh (5.2)
2
1
v2 = (2 gh) 2 .
Dos resultados obtidos em (5.1) e (5.2) teremos:
1
(m1 + m2 )⋅ (2 gh) 2
v1 = .
m1
b)
1
(0, 03 + 3)⋅ (2 ⋅10 ⋅ 0,3) 2
v1 = ∴ v1 ≅ 247,5m ⋅ s−1.
0, 03
4
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Questão 6
Um corpo de massa igual a 5,0 kg colide elasticamente com outro que se encontra inicialmente
em repouso e continua sua trajetória no mesmo sentido, porém o módulo da velocidade se reduz a um
quinto do módulo inicial. Calcule a massa do corpo atingido.
Resolução:
Utilizando a conservação do momento linear, teremos:
G G
Pi = Pf ⇒ Pi = Pf
m1vi1 = m1v1 f + m2 v2 f
v1i (6.1)
5v1i = 5 ⋅ + m2 v2 f
5
4v1i = m2 v2 f .
Como a colisão é elástica, as velocidades relativas de aproximação e afastamento serão iguais:
v1i − v2i = v2 f − v1 f
v1 f
v1i = v2 f − (6.2)
5
6v1i
v2 f = .
5
Dos resultados (6.1) e (6.2), teremos:
6v1i
4v1i = m2 ⋅
5
20
∴ m2 = kg.
6
Questão 7
Em uma arma de fogo automática de carregamento pela culatra, de modelo antigo, o
mecanismo de carga situado atrás da culatra entra em ação quando o bloco da culatra, que recua
depois de a bala ser disparada, comprime uma mola de comprimento predeterminado d. (a) Mostre
que a velocidade v da bala de massa m, ao ser atirada, deve ser no mínimo, d kM m , sendo k a
constante elástica da mola e M a massa do bloco da culatra. (b) Em que sentido pode este processo ser
considerado como um choque?
Resolução:
a) Fazendo uma análise dimensional teremos, para a expressão:
kM 1 1
v=d ⇒ v = L ( M ⋅ L ⋅ T −2 ⋅ L−1 ⋅ M ⋅ M −1 ) 2 ⇒ v = L ( M ⋅ T −2 ) 2
m (7.1)
1
v = L ⋅ T −1 M 2 .
5
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A análise dimensional mostra que a expressão dada no enunciado da questão, não está correta.
Porém, utilizaremos a conservação do momento linear para encontrar a expressão.
Imediatamente antes e imediatamente depois do disparo, temos:
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
0 = mv − MV (7.2)
mv
V= .
M
Onde v é a velocidade da bala e V é a velocidade de recuo do bloco da culatra. Após o disparo, o bloco
da culatra recua com a velocidade dada pela expressão (7.2). A culatra recua até comprimir a mola de
um comprimento d. Utilizando a conservação da energia mecânica teremos:
MV 2 kd 2
Ei = E f ⇒ =
/2 /2
(7.3)
k
V =d .
M
Utilizando os resultados de (7.2) e (7.3), teremos:
/
mv k d⋅M k M 2k
=d ⇒v= ⇒v=d
M M m M /
m2 M
(7.4)
Mk
∴v=d
m2
Fazendo uma análise dimensional, teremos:
Mk 1
v=d ⇒ v = L (M
/ ⋅M / −2 ⋅ M /−1 ) 2
/ ⋅ /L ⋅ T −2 ⋅ L
m 2
v = L ⋅ T −1 .
Segundo a análise dimensional, a expressão obtida em (7.4) está correta.
Questão 8
Dois pêndulos, cada um de comprimento l estão,
inicialmente, posicionados como mostra a figura ao lado. O l
primeiro pêndulo é solto e atinge o segundo, Suponha que a colisão m1 l
seja completamente inelástica e despreze a massa dos fios e d
m2
quaisquer efeitos resultantes do atrito. Até que altura o centro de
massa sobe após a colisão?
Resolução:
Utilizaremos a conservação da energia mecânica para determinar a velocidade de 1
imediatamente antes da colisão:
6
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m1v12 1
Ei1 = E f 1 ⇒ m1 gd = ⇒ v1 = (2 gd ) 2 .
2
Podemos agora, utilizar a conservação do momento linear para determinar a velocidade do conjunto
imediatamente após a colisão:
G G
Pi = Pf ⇒ Pi = Pf
m1v1 = (m1 + m2 ) v12
m1v1 m1 1
v12 = ⇒ v12 = ⋅ (2 gd ) 2 .
(m1 + m2 ) (m1 + m2 )
Utilizamos aqui, a conservação da energia mecânica para o conjunto. Desta forma determinamos a
altura que o centro de massa atinge após a colisão:
(m + m2 ) v122
Ei12 = E f 12 ⇒ 1 = (m1 + m2 ) gh
2
v122 1 m12
h= ⇒h= ⋅ ⋅ (/2 /gd )
2g /2 /g (m1 + m2 )2
⎛ m1 ⎞⎟
2
∴ h = d ⋅ ⎜⎜ ⎟ .
⎜⎝ m1 + m2 ⎠⎟⎟
Questão 9
Duas partículas, uma tendo o dobro da massa da outra, com uma mola comprimida entre elas
são mantidas juntas. A energia armazenada na mola é 60 J. Que energia cinética tem cada partícula
após elas terem sido soltas?
Resolução:
Utilizando a conservação do momento linear, teremos:
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
0 = m1v1 + m2 v2 ; m1 = 2m2 (9.1)
v2
v1 = .
2
Utilizando agora a conservação da energia mecânica, teremos:
Ei = E f ⇒ U el = K1 + K 2
m1v12 m2 v12 (9.2)
60 = + .
2 2
Como o resultado de (9.1) em (9.2), teremos:
2m2 v22 m2 v22
60 = ⋅ +
2 4 2
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m2 v22 m2 v22
60 = +
4 2
2
3m v 3
60 = 2 2 = K 2
4 2
∴ K 2 = 40 J .
Conclui‐se então que K1 = 20 J .
Questão 10
Um vagão de carga com massa igual a 40 toneladas se desloca a 2,5 m s ‐1 e colide com outro
que viaja no mesmo sentido com velocidade igual a 1,5 m s ‐1; a massa do segundo vagão é igual a 25
toneladas. (a) Ache as velocidades dos dois vagões após a colisão e a perda de energia cinética durante
a colisão, supondo que os dois vagões passam a se mover juntos. (b) Se a colisão fosse elástica, os dois
vagões não se uniriam e continuariam a se locomover separados; qual seria neste caso a velocidade de
cada vagão?
Resolução:
a) Utilizando a conservação do momento linear, teremos:
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
M 1v1 + M 2 v2 = ( M 1 + M 2 ) v12
40 ⋅ 2,5 + 25 ⋅1,5 = 65 ⋅ v12
v12 ≅ 2,1m ⋅ s−1.
A perda de energia cinética:
M 1v12 M 2 v22 ⎛⎜ 40 ⋅ 2,52 25 ⋅1,52 ⎞⎟ 3
Ki = + =⎜ + ⎟⎟⋅10 ≅ 153⋅103 J
2 2 ⎜
⎝ 2 2 ⎠⎟
( M 1 + M 2 ) v122
Kf = ≅ 143⋅103 J
2
∴ ∆K = −104 J .
b) Novamente, utilizando a conservação do momento linear, teremos:
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
40 ⋅ 2,5 + 25 ⋅1,5 = 40v1 f + 25v2 f (10.1)
40v1 f + 25v2 f = 137,5.
Como a colisão é elástica, as velocidades relativas de aproximação e de afastamento devem ser iguais.
Assim, teremos:
v1i − v2i = v2 f − v1 f
(10.2)
v2 f − v1 f = 1.
8
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Utilizando os resultados de (10.1) e (10.2), teremos:
40v1 f + 25(1 + v1 f ) = 137,5
65v1 f = 112,5
∴ v1 f ≅ 1, 731m ⋅ s−1.
Utilizando novamente a relação de (10.2), concluímos que v2 f ≅ 2, 731m ⋅ s−1.
Questão 11
Um elétron colide elasticamente com um átomo de hidrogênio inicialmente em repouso. Os
deslocamentos inicial e final se fazem ao longo do mesmo curso. Que fração da energia cinética inicial
do elétron é transferida ao átomo de hidrogênio? A massa do átomo de hidrogênio é 1840 vezes a
massa do elétron.
Resolução:
Utilizando a conservação do momento linear, teremos:
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
me vie = me v fe + mH v fH
(11.1)
/ e vie = m
m / e v fe + 1840m
/ e v fH
vie = v fe + 1840v fH .
Como a colisão é elástica, as velocidades relativas de aproximação e afastamento devem ser iguais.
Assim, teremos:
vie − viH = v fH − v fe
(11.2)
vie = v fH − v fe .
Dos resultados de (11.1) e (11.2), teremos:
2vie = 1841v fH
Para as energias cinéticas, teremos:
m v2 m v2 1840me 4
K ie = e ie ; K fH = H fH = ⋅ v 2 .
2 2 2 3, 4 ⋅10 6 ie
A fração de energia cinética é dada por:
920me ⋅ 4 ⋅ vie2
K fH 3, 4 ⋅106 7360 K
= = ≅ 2, 2 ⋅10−3 ∴ fH ≅ 0, 22%.
K ie 2
me vie 3, 4 ⋅10 6
K ie
2
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Questão 12
Uma bola de massa m e velocidade vi é
m
projetada no cano de uma espingarda de mola, de M vi
massa M, inicialmente em repouso sobre uma
superfície sem atrito (veja figura ao lado). A massa
m adere ao cano no ponto da compressão máxima
da mola. Nenhuma energia é perdida em atrito. Que fração da energia cinética inicial da bola fica
armazenada na mola?
Resolução:
Utilizando a conservação do momento linear, teremos:
G G
Pi = Pf ⇒ Pi = Pf
mvi = ( M + m) v
mvi
v=
M +m
Como não há perdas de energia por atrito, teremos:
K i = K f + U el
mvi2 ( M + m) v
2
= + U el
2 2
mvi2 ( M + m) m 2 vi2
U el = − ⋅
( M + m)
2
2 2
mMvi2
U el = .
2 ( M + m)
Assim, a fração da energia cinética inicial que fica armazenada na mola é dada por:
/ /i2
mMv
U el /2 ( M + m) M
= = .
Ki //i
mv 2
M +m
/2
Questão 13
Um bloco de massa m1 = 3,0 kg desliza ao longo de uma mesa sem atrito com velocidade v1 = 15
m s ‐1. Na frente dele, e movendo‐se na mesma direção e sentido, existe um bloco de massa m2 = 6,0 kg
que se move com velocidade de 5 m s ‐1. A
v1i v2i
mola indicada na figura ao lado, possui massa
desprezível e uma constante elástica k = m1 m2
1500N m‐1. A massa reduzida Mr de um
sistema de duas partículas é definida pela
expressão:
10
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m1m2
Mr = .
m1 + m2
(a) Obtenha uma expressão para a energia cinética de um sistema de duas massas em relação ao
referencial do centro de massa em função da massa reduzida Mr e em função da velocidade relativa vr.
(b) Quando os dois blocos colidem qual deve ser a energia potencial do sistema constituído pelas duas
massas que comprimem a mola? (c) Ache o valor numérico da deformação máxima da mola depois do
impacto.
Resolução:
(a) Com relação ao centro de massa, as velocidades dos dois blocos são dadas por:
v1′ = v1 − vcm ; v2′ = v2 − vcm .
A velocidade do centro de massa é dada pela média ponderada:
m v + m2 v2
vcm = 1 1 . (13.1)
m1 + m2
A energia cinética, com relação ao centro de massa do sistema antes da colisão é dada por:
m1 (v1 − vcm ) m2 (v2 − vcm )
2 2
Ki = +
2 2
m1v1 + m2 v2
2 2
(m1 + m2 ) vcm
2
Ki = − vcm (m1v1 + m2 v2 ) + .
2 2
Utilizando a equação (13.1), teremos:
(m1v1 + m2v2 ) (m1 + m2 ) (m1v1 + m2v2 )
2
m1v12 + m2 v22
Ki = − (m1v1 + m2 v2 )⋅ + ⋅
2 m1 + m2 2 m1 + m2
(m1v12 + m2v22 )(m1 + m2 ) (m12v12 + 2m1m2v1v2 + m22v22 )
Ki = −
2 (m1 + m2 ) 2 (m1 + m2 )
M r vr2 m1m2
∴ Ki = ; Mr = , vr = v1 − v2
2 2 (m1 + m2 )
kx 2
(b) U el = .
2
(c)
2
kx M r vr2
U el = =
2 2
18
750 x 2 = ⋅102
2⋅ 9
x ≅ 0,365m.
11
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Questão 14
Um dêuteron é uma partícula nuclear constituída por um próton e um nêutron. Sua massa é cerca
de 3,4 10‐24 g. Um dêuteron, acelerado por um cíclotron a uma velocidade de 109 cm s ‐1, colide com
um outro dêuteron em repouso. (a) Se as duas partículas permanecem juntas formando um núcleo de
hélio, ache a velocidade do núcleo resultante. (b) O núcleo do hélio em seguida desintegra‐se em um
nêutron com massa aproximada de 1,7 10‐24 g e um isótopo de hélio de massa igual a 5,1 10‐24 g. Se o
nêutron é emitido em uma direção perpendicular à direção da velocidade original, com velocidade de
5,0 108 cm s ‐1, ache o módulo e a direção da velocidade do isótopo do hélio.
Resolução:
(a) Utilizando a conservação do momento linear, teremos:
G G
Pi = Pf ⇒ Pix = Pfx
mD viD = 2mD v fD
109
∴ v fD = cm ⋅ s−1.
2
(b) Utilizaremos também, neste caso, a conservação do momento linear. Assim, teremos:
G G
Pi = Pf
Pix = Pfx
109
′ vx ⇒ 6,8 ⋅10−24 ⋅
2mD vD = mHe = 5,1⋅10−24 vx
2
∴ vx ≅ 6, 67 ⋅10 cm ⋅ s−1.
8
Piy = Pfy
′ v y ⇒ 0 = 1, 7 ⋅10−24 ⋅ 5 ⋅108 + 5,1⋅10−24 v y
0 = mn vn + mHe
∴ v y ≅ −1, 67 ⋅108 cm ⋅ s−1.
A direção é dada por:
n
1, 67 He
α = arctan ≅ 140. α
6, 67
He’
Questão 15
Uma bola com velocidade inicial de 10 m s ‐1 colide 2
elasticamente com duas outras idênticas, cujos centros de
massa estão em uma direção perpendicular à velocidade v0
inicial e que estão inicialmente em contato (figura ao lado). A
primeira bola está na linha de direção do ponto de contato e 1
não há atrito entre as bolas. Determine a velocidade das três 3
bolas após a colisão. (Sugestão: As direções das duas bolas
12
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originalmente estacionárias podem ser obtidas considerando‐se a direção do impulso que elas
recebem durante a colisão.)
Resolução:
Nos instantes imediatamente antes e imediatamente depois do impacto, temos as seguintes
configurações:
2 2 v2
r 300
r r
r r
1 r 1 300
3 3 v3
Como as bolas possuem a mesma massa, podemos concluir que a bola 1 não terá velocidade na
direção y. Assim, utilizando a conservação do momento linear, teremos:
G G
Pi = Pf
Piy = Pfy
0 = m2 v2 y + m3v3 y
v2 y = −v3 y ⇒ v2 = v3 = v.
E
Pix = Pfx
m1v0 = m2 v2 x + m3v3 x + m1v1x ; v2 x = v3 x = vcos300
(15.1)
10 = v1x + 2vcos300
10 = v1x + v 3.
Como a colisão é elástica, temos segundo a direção de v2, temos:
10cos300 = v − v1x cos300
v1x 3
5 3 = v− (15.2)
2
3v
15 = v 3 − 1x .
2
Utilizando agora os resultados de (15.1) e (15.2) teremos:
3v
10 = v1x + 15 + 1x
2
5v1x
−5 =
2
∴ v1x = −2m ⋅ s−1.
13
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Utilizando (15.2) teremos:
15 = v 3 + 3
∴ v = 4 3 ≅ 6,9m ⋅ s−1.
Questão 16
Um feixe de nêutrons rápidos incide sobre uma amostra de Cu65, um isótopo estável de cobre,
de massa igual a 5,0 mg. Existe uma possibilidade de que o núcleo de cobre possa capturar um
nêutron para formar o Cu66, que é radioativo e se desintegra em Zn66, que é novamente estável. Se um
estudo da emissão do elétron da amostra de cobre implica na ocorrência, a cada segundo, de 4,6 1011
capturas de nêutrons, qual é, em barns, a seção eficaz de choque para a captura de nêutrons neste
processo? A intensidade do feixe de nêutrons é 1,1 1018 nêutrons m‐2s ‐1.
Resolução:
A massa total é dada por: m = nt ⋅ mCu65 , onde nt representa o número total de Cu65 na amostra
por m2. Assim, teremos:
m = nt ⋅ mCu 65 ⇒ 5 ⋅10−3 = nt ⋅ 65 ⋅1, 66 ⋅10−24
nt = 4, 6 ⋅1019 n ⋅ m−2 .
Mas nt é dado por: nt = n ⋅ x , onde n é a densidade de partículas de Cu65 por m3 e x é a espessura da
amostra. Assim, teremos:
R
n⋅ x⋅σ =
R0
4, 6 ⋅1011
4, 6 ⋅10 σ =
19
1,1⋅1018
σ = 9, 09 ⋅10−27 m 2
∴ σ ≅ 91barns.
14
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