Revista Weril No 134

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R E V I S T A

5 Aqui na Weril: Jacques Guesthem e Jean Michel Defaye


6 Por Estas Bandas: Orquestra Sinfônica do Paraná
8 Fique de Olho
9 Workshop: Dedilhamento no Saxofone
10 Música Viva: Iniciação musical nas escolas
11 Todos os Tons: O mercado da noite continua vivo
12 Entrevista: Jacques Mauger, trombonista francês

Março/Abril - Ano 22 - nº 134


Distribuição Gratuita - www.weril.com.br

AS ESTRELAS

Jô Soares e Ivete Sangalo, duas personalidades apaixonadas pela música, são


destaques desta edição
Páginas 2 e 3

Marcos dos Anjos Jr.,


tuba principal da Osesp
EFEITO SONORO/DICA DO MESTRE e professor - Pág. 4
SUAS NOTAS

Ivete Sangalo
faz Carnaval com a Weril Foi um verdadeiro teste de qualidade e resistência para
os instrumentos Weril. Durante a apresentação do bloco de

Beatriz Weingrill
Ivete Sangalo no circuito do carnaval baiano deste ano (foto),
os músicos da banda - Letires Leite (Sax e Flauta),
Ferreirinha (Trombone) e Guiga Scott (Trompete e
Flugelhorn), utilizaram os instrumentos da marca, que
permaneceram cerca de 30 horas em uso, o correspondente
a 20 shows convencionais em apenas uma semana. E a
performance dos instrumentos agradou a todos, incluindo
Ivete, os músicos integrantes da banda e, principalmente, o
público, que pôde apreciar o som e a musicalidade do grupo
com o toque da Weril.

“Gostaria de parabenizar a Revista Weril pela matéria


publicada na edição Nov/Dez de 2000, sobre a história da
clarineta. Somente uma revista como a Weril poderia
publicar uma matéria tão interessante e educativa”
Olavo Henrique de Vasconcelos,
Bezerros/PE

“Estou lhes escrevendo para manifestar meu


agradecimento pelo envio mensal das revistas, assim com
para parabenizá-los pela qualidade e alto nível do conteúdo
apresentado”
Frederick Carrilho, por e-mail

Correções: “Ficaria muito satisfeita se na próxima edição fosse


publicada uma entrevista com Daniela Spielman,
Alguns leitores estranharam a denominação “Flugelhorn Weril Spectra em Sib” na página 4 do último
número (seção “Efeito Sonoro”, edição 133). Novo instrumento? Não, o Flugelhorn Weril Spectra não é saxofonista, e Guta Menezes, trompetista, ambas da Banda
um novo instrumento da Weril. Na verdade, houve um erro na sua denominação. O instrumento deveria Altas Horas, do programa do Serginho Groisman”
ter sido apresentado com seu verdadeiro nome: Flugelhorn Weril Excalibur. A Redação da Revista Weril Elizabete Bertino da Silva – São Paulo/SP
pede desculpas aos leitores pela falha e agradece as ligações recebidas que alertaram para a questão.
R: Suas idéias foram anotadas para futuras entrevistas,
O telefone atualizado para contato da Traditional Jazz Band (seção “Por Estas Bandas”, pág. 7, edição Elizabete. A todos os leitores que nos enviam suas
133) é o (11) 9986-0844, com Carlos Chaim sugestões, agradecemos.

expediente
REVISTA WERIL é uma publicação bimestral da Weril Instrumentos Musicais Ltda.
Conselho Editorial: Angelino Bozzini, Antônio Seixas (Bocão), Demétrio Lima, Domingos Sacco, Gilberto Gagliardi, Renato
Farias, Sílvio Depieri
Editora: Aurea Andrade Figueira (MTb 12.333) - Redatores: Nelson Lourenço, Mônica Ranieri - Fotos da capa: Beatriz
Weingrill e Divulgação (Jô Soares) - Redação e correspondência: Em Foco Assessoria de Comunicação - Rua Dr. Renato
Paes de Barros, 926, São Paulo/SP 04530-001 e-mail: revista@weril.com.br
Projeto gráfico, diagramação e editoração eletrônica: Matiz Design - Tiragem: 23.600 exemplares
As matérias desta edição podem ser utilizadas em outras mídias ou veículos, desde que citada a fonte.
Matérias assinadas não expressam obrigatoriamente a opinião da Weril Instrumentos Musicais
Atendimento ao Consumidor Weril 0800 175900

2 Revista Weril - nº 134 - Março/Abril-2001


PERFIL

A ousadia
de um

Divulgação
artista
sem
limites
Quando a figura inconfundível de Jô Soares aparece na
tela da televisão, pode se esperar qualquer coisa. Afinal, Jô
é um mestre do entretenimento. Humorista, comediante,
apresentador de programa de entrevistas, escritor, artista
plástico, o gordo é um homem de muitas atividades. A
música, uma de suas paixões, não poderia ficar de fora.
Desde 1999, quando gravou o CD “Jô Soares e o Sexteto”,
ele entrou para o time dos músicos com registro em
gravadora. Jô aliou a curiosidade, a simpatia e a mania de
Mesmo sabendo das dificuldades de quem, como ele, querer fazer de tudo um pouco para ser músico
encara a música como um hobby, Jô saiu-se bem
empunhando seu flugelhorn ao lado de profissionais
experientes, como Derico (sax e flauta) e Chico Oliveira flugelhorn Weril, que guarda com carinho.
(trompete), entre outros. Na verdade, a desenvoltura é uma Jô Soares já recebeu em seu sofá de entrevistados
de suas marcas desde a adolescência, quando, ainda praticamente todos os grandes conjuntos e músicos
estudante, na Suíça, freqüentava os clubs onde as bandas estrangeiros de jazz e outros ritmos que excursionaram pelo
país. Atrações nacionais também são
bem-vindas em seu programa. Além
“Em qualquer atividade, inclusive disso, Jô sempre demonstrou simpatia
ao fato de o Brasil possuir a única fábrica
na música, é preciso ter de instrumentos de sopro da América
Latina. Quando o grupo Heartbreakers
auto-confiança” se apresentou como um de seus
convidados, ele fez questão de conhecer
de jazz se apresentavam. “Sempre fui muito metido”, o trompete Regium Weril, tocado na ocasião pelo músico
confessa Jô. “Chegava nos lugares e me enfiava entre os Cláudio Faria, atualmente na banda Havana Brasil.
músicos. Gostava de estar nas panelinhas e conversar de Aos 62 anos, no momento, Jô dedica-se com mais afinco
igual pra igual com eles”, lembra, e aconselha: “Em à literatura. Deixou de lado algumas atividades que lhe eram
qualquer atividade, inclusive na música, é preciso ter auto- prazerosas, como o programa de jazz “Jô Soares Jam
confiança para se alcançar o sucesso.” Session”, que apresentava na Rádio Eldorado, de São Paulo.
O primeiro instrumento a chamar-lhe a atenção foi o O que não impede que ele logo torne a enveredar pela
bongô. Hoje, volta e meia ele brinda o público de seu carreira de músico. Isso porque, se há uma lição a ser seguida
“Programa do Jô” com solos nos quais curva-se feliz sobre ao observarmos sua trajetória de sucesso, é a de que o artista
o instrumento. Há outros de sua predileção, como o precisa estar sempre surpreendendo seu público.

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3
EFEITO SONORO

R X AIO

Riqueza harmônica

Fotos: Beatriz Weingrill


Sistema de guia
Com excelente afinação e timbre rico em harmônicos
graves, a nova Tuba Sinfônica Weril Sib 4/4 foi
especialmente desenvolvida para apresentações em
orquestras, bandas e de solistas que necessitam de grande
volume de som.
Seu conjunto de válvulas, fabricado com materiais
resistentes à corrosão e de longa durabilidade, apresenta
disposição ergonômica, o que facilita o acionamento das
válvulas de maneira rápida, macia e confiável, diminuindo
inclusive o tempo gasto com manutenção.
O corpo do instrumento é fabricado com materiais
minuciosamente inspecionados e através de processos que
reproduzem o projeto acústico com fidelidade.
A nova Tuba Sinfônica Weril Sib 4/4 está disponível
nos acabamentos niquelado, laqueado ou prateado.

Disposição ergonômica para facilitar o


acionamento das válvulas

Conjunto de válvulas destacável

D ICA DO MESTRE
“O que mais chamou minha atenção na nova tuba 4/4 é
o porte avantajado e o seu impressionante som grave, rico
em harmônicos”, diz Marcos dos Anjos Jr., tuba principal
da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, professor
da Orquestra Sinfônica de Santo André e integrante do
Quinteto de Metais Beiráceas.
A dica de mestre de Marcos é para que o músico procure
se manter com as costas retas, ombros para cima e as pernas
abertas e soltas, nunca dobradas. “A nova tuba é maior e
mais pesada que a 3/4. Por isso, para conseguir o melhor
de sua performance, sugiro que o instrumentista observe
bem a postura”, aconselha o tubista.
Exercitar notas longas diariamente durante o
aquecimento é outra orientação de Marcos. Com isso, o
músico pode adequar a capacidade de seu diafragma à
exigência do instrumento e conseguir uma ótima
sonoridade. “Tocar tuba é 80% ar e o restante técnica, daí a
importância de se buscar maior sonoridade através das notas
longas”, considera. Marcos dos Anjos Jr.: boa postura ajuda a
Contato com o mestre: (11) 274-2252 obter melhor performance

4 Revista Weril - nº 134 - Março/Abril-2001


AQUI NA WERIL

Artistas franceses
em visita
Trombonista

e compositor

conhecem a

Beatriz Weingrill
produção de

instrumentos

Weril
Jacques Guesthem: “fiquei
agradavelmente surpreso com a visita”
Defaye
experimenta
“Fiquei encantado. Nunca havia estado em uma indústria eu tinha da Weril”, conta o músico, que já conhecia a linha instrumento
de instrumentos e o que vi me deixou agradavelmente de trombones G. Gagliardi e até presenteou um sobrinho, no show room
surpreso”, disse o trombonista francês Jacques Guesthem, na França, com um deles. “Na minha opinião, a relação da Weril
enquanto visitava as instalações da Weril, em fevereiro. O custo-benefício dos instrumentos Weril é uma das melhores
músico francês, integrante da Orquestra Petrobrás Pró- do mundo”, conclui.
Música e da Sinfônica Brasileira, há 20 anos no Brasil, pôde A visita foi acompanhada por outros dois artistas
conferir o desenvolvimento da produção dos instrumentos conterrâneos de Guesthem: o solista internacional Jacques
da empresa, desde a entrada da matéria-prima até o Mauger (veja entrevista na página 12) e o compositor de
acabamento do produto, acompanhar as mudanças e câmara Jean Michel Defaye, que compôs uma peça para
aperfeiçoamentos das linhas, e, para finalizar, manusear e trombone em homenagem à ABT (Associação Brasileira
até experimentar os instrumentos, em um espaço de Trombonistas). A obra foi executada pela primeira vez
especialmente montado para receber os visitantes. durante o III Encontro Latino-Americano de Trombonistas,
“A competência dos profissionais da empresa e a ótima no início de fevereiro, em Curitiba (PR), evento que contou
recepção durante a visita só melhoraram a boa imagem que com o apoio da Weril.

Revista Weril - nº 134 - Março/Abril-2001


5
POR ESTAS BANDAS

Repertório
O primeiro concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná 1999, exclusivamente de música brasileira, que teve como
aconteceu no Teatro Guaíra, em maio de 1985, quando ela solista o pianista Heitor Alimonda e a regência do maestro
executou, sob a regência do maestro Alceo Bocchino, a Roberto Duarte.
Sinfonia no 8 em Fá Maior, de Beethoven. Foi o início de Atualmente, a Orquestra Sinfônica do Paraná tem como
uma trajetória de apresentações de sucesso, que hoje chega diretor musical e regente titular o maestro Jamil Maluf, um
à marca de 800 e inclui, além de concertos, óperas e balés, dos nomes mais expressivos da música sinfônica no Brasil.
excursões por diversas cidades brasileiras e a participação
em festivais de música por todo o país. Músicos
Com um repertório eclético, formado graças à Trompete - Marco César Xavier, chefe do naipe de
capacidade inventiva de seus regentes e à facilidade de trompetes, é integrante da OSP desde a sua fundação.
adaptação de seus 80 instrumentistas aos mais diversos Começou a estudar música aos oito anos e, aos 12, fez sua
estilos, a Orquestra Sinfônica do Paraná interpreta obras opção pelo instrumento. Ele acredita que, para iniciar uma
de cerca de 150 compositores e está aberta à participação carreira, é fundamental ter uma boa base técnica, adquirida
de solistas e regentes convidados, como já aconteceu com em uma escola com professores capazes de fornecer uma
Cláudio Santoro, Henrique Morelenbaum, Helmut Imig e orientação adequada aos alunos. “Isso já é meio caminho
Roberto Tibiriçá, entre outros, Um bom exemplo de suas andado. Os demais 50% se consegue com muito estudo e
performances pode ser comprovado no CD gravado em dedicação”, considera o trompetista, que, além de integrar

Ritmo e musicalidade Êxito no Brasil


Divulgação Logo após a reestruturação do Com 12 CDs gravados e uma agenda de
Exército de Salvação dos Estados compromissos de provocar a admiração de
Unidos, em 1927, um grupo de qualquer artista, o Ministério de Louvor
integrantes fundou a Banda Koinonya (palavra grega que significa
Territorial do Sul dos Estados comunhão) é um dos grupos gospel de maior
Unidos, atualmente uma das mais representatividade no meio evangélico. Nascido
importantes da entidade, que leva aos em 1987, sob a orientação do bispo Benê
congressos nacionais e ao público Gomes, então da igreja evangélica Sara Nossa
geral um repertório selecionado de Terra, de Brasília, a idéia inicial era tocar músicas
músicas sacras, arranjos de obras que fizessem os fiéis cantarem junto com a
eruditas e clássicas, além de igreja. Em pouco tempo, a competência dos
composições de músicos do próprio instrumentistas em compor e interpretar as
Exército de Salvação. canções projetaram o Koinonya para o sucesso,
Regida pelo maestro Richard E. tornando-o independente.
Holz desde 1984, a banda está A banda, composta por 13 integrantes
inserida em uma região historicamente ligada ao jazz norte- (quatro metais - dois trompetes, um trombone
A Banda Territorial
americano. Por essa razão, absorveu o ritmo e o alto grau e um sax), baixo, guitarra, dois teclados, bateria,
chega em abril para
de musicalidade do local, passando a servir como referência percussão e vocal, tem suas músicas amplamente
breve temporada
para muitas outras bandas do país, emprestando alguns de conhecidas pelos evangélicos: resultado de uma bem traçada
brasileira
seus 38 músicos para compor temas para Hollywood e até estratégia de divulgação do trabalho. “Realizamos uma turnê
mesmo para integrar a banda oficial da Casa Branca. a cada CD lançado, e o roteiro inclui, além das cidades
A Banda Territorial Sul dos Estados Unidos, que já se brasileiras, países como os EUA e o Japão, onde nos
apresentou inclusive no Palácio de Buckingham em 1990, apresentamos para comunidades de evangélicos, em sua
poderá ser vista no Brasil entre os dias 2 e 7 de abril, nas maioria brasileiros que vivem fora do país”, conta o
cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e São Sebastião (SP). trombonista do grupo, Marcos Wander Araújo.

6 Revista Weril - nº 134 - Março/Abril-2001


POR ESTAS BANDAS

o eclético
a orquestra, também leciona na Embap (Escola de Música rendimento é o ensaio em separado de cada naipe, algumas
e Belas Artes do Paraná). Como professor, Marco procura vezes por semana, para desenvolver a capacidade da
transmitir aos alunos uma visão completa do que é o trabalho audição.
do músico no Brasil. “O brasileiro precisa ser versátil o Trombone - Primeiro trombone da OSP há 15 anos,
suficiente para estudar, integrar uma orquestra, dar aulas e Silvio Spolaore começou a aprender piano com nove anos.
tocar outros estilos que não o erudito”, ensina. Por influência do pai, que tocava saxofone e gostava de
Trompa - Terceira trompa da OSP há seis meses, ouvir big bands, resolveu estudar trombone. Foi ter aulas
Eraldo Alves de Araújo foi integrante da Orquestra Juvenil com um mestre, o professor Gagliardi, e cinco anos depois,
do Estado, de onde, segundo ele, retirou a maior parte dos aos 21, prestou um concurso e passou a integrar a orquestra
ensinamentos que leva para o palco hoje em dia. “Para um paranaense. “A primeira lição que o músico deve ter em
músico de orquestra, não basta só executar bem. Ele precisa mente é a necessidade de estabelecer metas sérias, pois,
aprender a ouvir os outros componentes, saber ser o sem muito estudo e disciplina, não se chega a lugar algum”,
primeiro, o segundo, o terceiro, o solista ou acompanhar ensina. Para ele, o campo erudito ainda está sendo semeado,
outro instrumento. Isso se obtém com treino e, acima de e uma boa base é imperativa para quem quer conseguir
tudo, com humildade”, diz. Além de ensaiar uma média de destaque na profissão. Além dos ensaios da OSP, Silvio
30 horas semanais com todos os componentes da orquestra, também dá aulas na Embap. “Ser professor também é um
Eraldo acredita que uma maneira de conseguir melhor aprendizado para o músico”, finaliza.

l e no exterior Na trilha do sucesso


Divulgação

“Brazuca” é o nome do CD produzido pelo pianista João


Cristal que deu início à recente formação da big band de
mesmo nome. A história de seu nascimento é curiosa: há
alguns anos, João teve a idéia de montar uma banda,
composta em sua maioria por músicos da região do ABC,
na Grande São Paulo. Na época, a idéia não vingou, mas
em julho de 2000, a iniciativa foi aprovada pelo Fundo de
Cultura da Prefeitura do
Município de Santo André, que Brazuca: formação conta com artistas Weril
liberou a verba para a gravação
do CD.
Composta por 13 integrantes,
a banda traz, além do próprio João
Cristal no piano, os artistas Weril
Silvio Depieri no sax, Quinzinho
Oliveira no trompete, e Renato
Naipe de sopros da banda Koinonya Farias no trombone, executando
um repertório que mistura

Contato influências de salsa, forró, gafieira


e baladas. “O CD foi muito bem-
Divulgação

Orquestra Sinfônica do Paraná - (41) 335-5273 ou recebido pelo público. Credito isso à sintonia entre os
(41) 335-6062
Banda Brazuca - (11) 4438-0734
músicos e também deles com os temas”, avalia João Cristal,
Banda Territorial do Sul dos Estados Unidos – que planeja para abril a gravação de mais um CD da banda.
tel. (11) 577-9000 r. 161,162 ou 155
Koinonya – (61) 382-7755
A partir de março, a Brazuca começa a tocar no bar
Grazie a Dio – (11) 3031-6568 Grazie a Dio, em São Paulo. Vale a pena conferir.

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7
FIQUE DE OLHO

Concurso Lançamentos

Prestige des Cuivres/Concurso Internacional Philip O livro “Fatos e Afetos”, da professora do Departamento
Jones 2001 - Organizado pelo Conseil Départemental pour de Música da UFPB, Luceni Caetano da Silva, registra e
la Musique et la Culture de Haute-Alsace, o concurso resgata a trajetória do Quarteto de
acontece de 18 a 23 de setembro de 2001, em Guebwiller, Trombones da Paraíba e sua
na França, e está aberto a músicos de todas as atuação artística no Estado, no
nacionalidades, desde que nascidos depois de 1o de janeiro Brasil e no mundo. O livro pode ser
de 1969, nas categorias Trompa e Conjuntos de adquirido pelo telefone (83) 235-
Instrumentos de Metal. As inscrições devem ser feitas até 3097, ao custo de R$ 10,00.
15 de julho. Mais informações no site www.cdmc-haute-
alsace.com, através do e-mail contact@cdmc-haue-
alsace.com ou do telefone 0/xx/33 3 89 74 94 63.

Um novo método teórico, elaborado pelo trompetista,


arranjador e compositor Quinzinho Oliveira, acaba de ser
Intercâmbio colocado à disposição dos órgãos de ensino de música.
Divido em três unidades, o “ABCD... Musical” pretende
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problemas gerados pela falta de
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Sidney Golçalves gostaria de receber arranjos de música clássica, jazz, blues, trompete e sax alto. uma boa base teórica no
Rua 29 de setembro, 930/casa 21, Carambista, Valença (RJ) – CEP 27.600-000 aprendizado do instrumento. Cada
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Rua Professora Isabel Pinto de Campos, 96, Cristo Rei, Várzea Grande (MT) – CEP 78.118-110 teórico e outro de exercícios, para
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fotografias para ampliar seu acervo, que já conta com mais de mil imagens. Também gostaria de trocar possam surgir no decorrer do
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Robson José Peixoto divulga o site da Banda Euterpe Cachoeirense, a segunda banda civil com do Novo”, apresentando os artistas que estão
atividades ininterruptas mais antiga de Minas Gerais http://netpage.em.com.br/robjp despontando na MPB, e o “Choro Rasgado”, para quem
Davi Soares Santos gostaria de receber doações de partituras de bombardino em Sib, para banda de adora chorinho mas não tem muitas oportunidades de
música. Rua Dr. Pedro Barreto, 348, Simão Dias (SE) – CEP 49.480-000 ouvir composições de mestres como Pixinguinha e
Adalton Antonio de Souza quer estabelecer contato com maestros de coral, conhecer endereços de Altamiro Carrilho.
sites sobre canto coral e lojas onde possa encontrar partituras e livros sobre o assunto. Quem puder
auxiliar, escreva para adalton@imicro.com.br

8 Revista Weril - nº 134 - Março/Abril-2001


WORKSHOP
Dedilhamento – Saxofone
Estes exercícios foram elaborados pelo artista Weril
Ivan Meyer, para tornar mais ágil a execução do
saxofone.

Ivan Meyer é artista Weril, professor e autor de métodos de ensino de saxofone.


Contato: studiomeyer@overnet.com.br

Revista Weril - nº 134 - Março/Abril-2001


9
MÚSICA VIVA

De volta às aulas
aulasMesmo sem a obrigatoriedade, iniciação à música ganha espaço nas escolas

Fora do currículo oficial brasileiro há muitos anos, a música na grade do ensino público. “A não-obrigatoriedade
música não morreu e está ocupando cada vez mais espaço fez com que diversas fanfarras ligadas a escolas públicas
dentro dos estabelecimentos de ensino particular de 1o e 2o deixassem de existir. Para se ter uma idéia, até 1994 havia
graus. As razões são muitas: de sua importância para o cerca de 700 bandas e fanfarras no Estado. Hoje, existem
desenvolvimento intelectual e emocional da criança aos no máximo 100”, avalia.
novos “Parâmetros Curriculares Nacionais”, ditados pelo Em São Paulo, a movimentação em torno do assunto
Ministério da Cultura, que incentivam os estabelecimentos também vem ganhando corpo, e já é grande o número de
de ensino a incluírem a musicalização em suas salas de aula. estabelecimentos que inclui a música em seu currículo. A
No Recife (PE), por exemplo, o Centro de Ensino de Escola Viva é uma delas. Ali, as crianças começam a ser
Pernambuco, escola vinculada ao Colégio Objetivo, incluiu apresentadas ao universo da música a partir dos dois anos
no ano passado o ensino de educação musical para alunos de idade. Nessa fase, o trabalho procura despertar a atenção
da 1a a 8a série. “Ainda estamos iniciando o projeto, mas da criança para as músicas existentes no dia-a-dia.
pretendo montar uma banda e uma escolinha de música “Oferecemos subsídios para que elas conheçam todos os
com metais, instrumentos de palheta e cordas”, revela o instrumentos existentes, trazendo instrumentistas para tocar
diretor pedagógico da escola e maestro da Banda Marcial ou organizando idas a ensaios de orquestras “, conta Gustavo
do Ginásio de Pernambuco, Valdenílson Cunha Costa, que Kurlat, assessor de música na pré-escola da Escola Viva.
também está dando andamento a um projeto de retorno da Alunos com mais de sete anos recebem elementos teóricos
Beatriz Weingrill
e práticos, aprimoram o ouvido e a percepção, e aprendem
a reconhecer o que é instrumento de corda, de sopro, de
percussão, estilos musicais e leitura de partituras. No ateliê
vinculado à escola, aqueles com maior interesse podem se
dedicar ao aprendizado do instrumento de sua preferência.
Segundo Maria Lúcia Martinelli Alves da Silva,
educadora musical da escola Mater Dei (outra que inclui a
musicalização em sua grade de disciplinas), ao ser
estimulada por esse processo na infância, a criança sente-
se incentivada a iniciar o estudo mais aprofundado de
instrumentos. “Tenho ex-alunos que hoje tocam flauta,
violão, violino, e outros têm até banda de música”, conta.
Não se deve esquecer que a prática do ensino musical
nas escolas acaba abrindo um novo mercado de trabalho
para o músico. Porém, é preciso frisar que, para lecionar
em escolas, é necessário estar de acordo com as normas
ditadas pelo Ministério da Educação, que exige formação
em música e pedagogia.

Centro de Ensino de Pernambuco:


(81) 3445-9763
Aula de musicalização na Escola Viva:
prática torna-se cada vez mais comum no Escola Viva: (11) 3842-6927
ensino particular Mater Dei: (11) 3887-0794

10 Revista Weril - nº 134 - Março/Abril-2001


Todos os Tons

Nos bares
da vida
Quem já se aventurou
Louisa Bouafia

nesse tipo de trabalho

garante: a experiência

de tocar para o público

da noite é

enriquecedora e pode

até se tornar uma opção

definitiva

Considerado pela maioria dos músicos como um trabalho e o mais importante é estar apresentando nosso trabalho”, Banda de Hector
menor, tocar em bares e restaurantes pode ser uma revela Silvério. Costita: hotéis cinco
experiência interessante para o instrumentista, além de Para Wagner Mayer, trombonista do grupo mineiro estrelas oferecem
muitas vezes funcionar como trampolim para uma carreira Skank, tocar na noite funciona como uma espécie de vitrine oportunidades para
de sucesso. Foi o que aconteceu com o trompetista Silvério do trabalho do músico. “Em geral, é a sua primeira músicos de sopro
Pontes, que, antes de se tornar profissional, tocava na noite experiência profissional, e pode abrir muitas portas do meio
por mera paixão. E foi nos bares e restaurantes do Rio de artístico. Se o salário é precário, ao menos vale pela
Janeiro e Niterói que tornou-se conhecido no meio artístico, experiência de palco e pelo intercâmbio com outros
sendo convidado para compor as bandas de artistas do porte profissionais da área”, acredita Wagner.
de Luís Melodia, Tim Maia, Cidade Negra e Zé da Velha, A opinião é compartilhada por Hector Costita,
com quem toca atualmente. “Não existem muitas opções saxofonista, compositor e arranjador que integra o grupo
para o músico de sopro em bares e restaurantes. É preciso que anima a happy hour do Havana Club, bar do sofisticado
cavar as oportunidades, procurar as casas mais tradicionais Hotel Renaissance, em São Paulo. Segundo Hector, a
e oferecer um bom projeto de trabalho. Montar um pequeno experiência deixa o músico mais confortável no palco, mais
grupo instrumental, por exemplo”, aconselha. relaxado e seguro frente ao público, além de ser uma
Apesar de não proporcionar um bom retorno financeiro, oportunidade de ouro para os instrumentistas que têm
os pontos positivos apontados por quem já tocou de bar em trabalhos próprios. “Ser visto interpretando é o melhor
bar são muitos. “É uma grande escola. Além da chance de cartão de visita que existe. Além disso, se conseguir um
aprender novas linguagens musicais, somos obrigados a espaço mais sofisticado, como o piano bar de um hotel, o
manter o repertório sempre atualizado, o que pede estudo, retorno financeiro será mais adequado”, afirma Hector.

Revista Weril - nº 134 - Março/Abril-2001


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ENTREVISTA

Beleza Pura

Beatriz Weingrill
O maior trombonista francês elogia a
musicalidade brasileira e alerta para a
simplicidade de muitas soluções que levam a
uma perfeita execução do instrumento

Jacques Mauger é um dos maiores trombonistas eruditos em atividade no cenário mundial.


Francês, estudou na Inglaterra com o professor Denis Wick, ex-primeiro trombone da
Sinfônica de Londres. Atuou depois como principal trombonista da Ópera de Paris, durante
12 anos. Hoje, divide-se entre as apresentações como solista (suas preferidas), workshops e
as aulas que ministra regularmente em seu país natal e no Japão, uma ponte área cansativa,
mas que não consegue abalar seu espírito “zen”.
Em mais uma de suas viagens, ele esteve no Brasil para participar do último Encontro RW: O sr. indicaria algum método de estudo para o
Latino-Americano, da Associação Brasileira de Trombonistas, e ser o solista de uma peça trombonista?
inédita, escrita pelo francês Jean Michel Defaye especialmente para a ocasião. Logo após JM: Posso indicar os métodos de Arban, Lafosse,
ministrar sua masterclass aos participantes do encontro, Mauger falou à Revista Weril: Cowilliand e Kopprash. Para o estudo de repertório,
recomendo as compilações de David, Tomasi, Dutilleux,
Revista Weril: Como professor, quais são suas dicas para o estudante elaborar um Frank Martin e Grondhal.
bom plano de estudos para o trombone?
Jacques Mauger: Há várias recomendações importantes. A primeira delas, para quem RW: O sr. acredita que exista alguma diferença entre o
se inicia no estudo de trombone, é controlar a respiração e a emissão de ar. Vencida esta modo de tocar dos europeus e o dos norte-americanos?
etapa, temos pelo menos 30% de garantia de sucesso em nosso estudo. Por isso, o trombonista JM: Na América do Norte, costuma-se usar muito ar sem
precisa observar alguns cuidados básicos, como achar uma posição natural para tocar e grande controle de pressão, o que nem sempre é o mais
desbloquear o diafragma, inclusive com a ajuda de exercícios. O melhor esporte para nossa adequado para conseguirmos projetar o som e atingir toda
atividade é a natação, que nos ensina a regular o ar. a série harmônica. Penso que não é preciso ter ar de sobra
para tocar, apenas o suficiente. Já a escola européia
RW: Qual a importância da velocidade do fluxo de ar na execução do instrumento? preocupa-se com a projeção e a pressão imprimida ao ar, a
JM: Quanto mais rápida a velocidade do fluxo de ar, mais vibração e mais harmônicos fim de que o som vá mais longe, de maneira equilibrada e
obtemos. E o ponto de partida dessa vibração localiza-se em nossos lábios. O trombone nada nítida. A tradição francesa, por exemplo, é a de trabalhar o
mais é do que um amplificador desse som. O segredo está em nossa boca: para se obter uma fraseado, a musicalidade, em oposição aos exercícios da
freqüência mais aguda, é preciso fechar mais o lábio. Não é necessário apoiá-los com força escola americana, que trabalham mais com o objetivo de se
no bocal, pois desse modo a vibração será cortada. Isso não significa que você não precise atingir uma perfeição técnica.
sentir o apoio dos dentes no bocal. Enfim, a simplicidade quase sempre é a solução. Peças
difíceis de serem tocadas muitas vezes exigem apenas exercícios simples de resistência, RW: E com relação aos brasileiros? Como o sr. classifica
controle e entonação. Cada instrumentista é um caso diferente, mas o princípio básico é o nível atual de nossos trombonistas?
encostar simplesmente o lábio no bocal, sem forçar, e controlar a respiração para atingir os JM: Dou aulas em continentes diferentes e posso dizer que
registros que desejamos. A garganta deve estar sempre aberta, nunca contraída. E a língua, gosto muito do jeito brasileiro de tocar, tanto que levei dois
que direciona o ar e determina sua articulação, também é muito importante. Se você, por trombonistas daqui, um de São Paulo e outro do Recife,
exemplo, toca forte ou pesadamente, é sinal de que sua língua está pesada. Enfim, observando para estudar comigo na França. Aqui os instrumentistas têm
esses e outros cuidados, aos poucos, com muito treino, o trombonista vai ampliando a sua grande senso estético e musicalidade, e estão sempre
tessitura e alcançando vôos maiores. Quando se tem o controle, o resto é uma questão de procurando melhorar seu som. Com o brasileiro, tudo fica
técnica. mais bonito.

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