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AO MERITÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DO XX JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

DA COMARCA DE TAUBATÉ /SP.

PROCESSO Nº XXXXX

PRIORIDADE DA PESSOA IDOSA

Em respeito ao Art. 1.048 do CPC/15: "Terão prioridade de tramitação, em qualquer


juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: I - em que figure como parte ou
interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de
doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6º, inciso XIV, da
Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988 ;”

RECORRENTE – MARIA XXXX


RECORRENTE- ANA XXXXXX
RECORRIDA- EMPRESA ZUMBI TELEFONIA

MARIA E ANA, já devidamente qualificadas nos autos do processo de número em


epígrafe, cuja parte adversa é ZUMBI TELEFONIA, também devidamente
qualificada, vem, respeitosamente, por seu advogado JOSÉ XXXX OAB XXXX , à
Vossa Excelência, tempestivamente, nos termos dos art. 41 e seguintes da Lei 9.099/95,
interpor o presente RECURSO INOMINADO em face da respeitável Sentença na
folha XXX, a qual julgou parcialmente procedente a presente Ação Indenizatória por
Danos Morais e Materiais, com as razões anexas, requerendo que as mesmas sejam
remetidas à Colenda Turma Recursal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo.

Para tanto junta-se comprovante de recolhimento de preparo.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Taubaté,XX de XXXX de XXXXX.

JOSÉ
 OAB/SP
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COLENDA TURMA RECURSAL

RAZÕES DE RECURSO

Recorrente: MARIA

Recorrente: ANA

Recorrido:EMPRESA ZUMBI TELEFONIA

DOS FATOS DA SENTENÇA RECORRIDA

Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte Recorrente ante a decisão que
julgou parcialmente procedente a Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais
processados no XXº Juizado Especial Cível de Taubaté- São Paulo, nos seguintes
termos:

“JULGO PROCEDENTE A DEMANDA, OBRIGANDO A EMPRESA ZUMBI


TELEFONIA A INSTALAR O SERVIÇO DE TELEVISÃO POR ASSINATURA
NA RESIDÊNCIA DA AUTORA MARIA, CONSTANTE DOS AUTOS, NO
PRAZO DE 5 DIAS, SOB PENA DE MULTA DIÁRIA FIXADA EM R$ 100,00
(CEM REAIS). PUBLIQUE-SE, CUMPRA-SE”.

Com efeito, em que pese o inquestionável saber da eminente Julgadora não primou à
decisão atacada pela justa aplicação da lei e jurisprudência aos fatos, sendo sua reforma
medida imperativa de justiça, conforme será exposto adiante.

DA JUSTIÇA GRATUITA
O Recorrente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assegurados pela Lei
nº 1060/50 e consoante o art. 98, caput, do novo CPC/2015.

De acordo com os os artigos supracitados as recorrentes cumprem os requisitos


previstos na legislação, podendo no processo usufruir do benefício da justiça gratuita.
Assim sendo, as Recorrentes fazem jus ao benefício, haja vista não terem condições de
assumir as custas do processo sem prejuízo de seu sustento, observados os valores de
guia de recurso no importe de R$ X.XXX,XX para interpor em segunda instância.
Faz-se necessario frisar, ainda, que de acordo com o art. 99, § 1º, do novo CPC/2015, o
pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado por petição simples e durante o
curso do processo, tendo em vista a possivel alteração do status econômico do
requerente.
A despeito da gratuidade a qual faz jus, o novo Código Instrumentalista dispõe em seu
art. 99, § 3º, que “presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida
exclusivamente por pessoa natural”. Diante disso, cabe ao cidadão a simples alegação
de insuficiência de recursos, sendo este desobrigado, num primeiro momento, a produzir
de provas de sua hipossuficiência financeira.

Deste modo, ex positis, pois, requerem-se os benefícios da assistência judiciária


gratuita.

DOS FATOS

As Recorrentes promoveram ação de indenização combinada com a ação de obrigação


de fazer , cujo objeto do pedido é :

1. recuperar os valores indevidamente cobrados pela instalação.


2. que seja efetivamente instalado o serviço de TV a cabo em sua residência, e
que o telefone fixo seja desinstalado, assim como as cobranças por sua
utilização sejam cessadas.
3. indenização por danos morais e materiais.
Entretnto,após Ação de Embargos de Declarações, o excelentissimo juiz, apontou em
sua sentença não haver razoabilidade para pedido de indenização por danos morais, sob
a premicia de que a os fatos ocorridos são uma constante nas relações de contrato entre
contratante e a contratada, nesse caso especifico a empresas de telefonia. Tal
posicionamento, caracteriza a relação danosa e conformista a que somos obrigados a
nos sujeitar, aceitando um serviço de má qualidade, bem como o desrespeito a
dignidade da pessoa humana.

DA COBRANÇA INDEVIDA
Ainda que os argumentos apresentados à petição inicial demonstrando a má-fé por
parte da recorrida , a qual assumiu a cobrança indevida e injustificável, o MM. Juíz
entendeu não ser cabível a indenização por danos materias.
Contudo, uma vez demonstrada a cobrança indevida, cabe ressarcimento do valor
cobrado em dobro, nos termos do art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do
Consumidor, devendo a recorrida arcar com os prejuizos provocados por ação e
omissão.

DOS DANOS MORAIS

Quanto aos danos morais, o pedido de indenizção não foi acolhido e nem mesmo
mencionado. Diante dos fatos foi ignorada a Lei 10.741/2003, conhecida
como Estatuto do Idoso,cujo artigo 96, prevê o delito de discriminação contra idoso,
que versa sobre ato de, em razão da idade, tratar a pessoa de forma injusta ou desigual,
criando empecilhos ou dificuldades de acesso a operações bancárias, meios de
transporte, ou criar criar embaraços ao exercício da cidadania.

DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
a) A aplicação dos benefícios da assistência judiciária gratuita a Recorrente;

b) A reforma da sentença para o fim de condenar a Recorrida ao pagamento em dobro


dos valores arbitrados à título de danos materiais;

c) A reforma da sentença para o fim de majorar os valores fixados em danos


morais, em conformidade com Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Sendo assim, solicito que seja reformada a respeitável sentença, para o fim de
sanar a fim de garantir os direitos da parte autora.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Taubaté, XX de XXXXX de XXXX.

JOSÉ
 OAB/SP XXXX

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