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Anamnese em neurologia
Queixas mais prevalentes em consultórios? Cefaléia, demências. Utilização e uso abusivo de fármacos e exposição a toxinas:
Hospital? AVC Sedativos, antidepressivos, medicamento psicoativo (cuidado
com idosos) e antibióticos no idoso; hipovitaminose, álcool,
Foco na queixa mais prevalente do paciente, fazer perguntas cocaína.
sobre aquilo. - Condições pré-natais, do nascimento e do desenvolvimento
Região, duração, tempo, fotorreagentes. neuropsicomotor. (sequelas do nasc. como hipóxia)
- Vacinas;
- Hábitos de vida; (gastroplastia, pode levar a uma
Na identificação do paciente. Primeiramente observar: hipovitaminose);
Idade; - Importância dos dados negativos. (o que o paciente nega?
Comorbidades? Febre, piora da dor com a manobra de Valsalva, mudança de
Hora que começou o início dos sintomas? (urgência) decúbito)
Sintomas associados?
Objetivo:
As patologias de causas vasculares ocorrem de forma súbita. Formulação de uma impressão desde a entrada do paciente no
As neoplasias ocorrem de forma progressiva. consultório; na conversa com o paciente já se avalia a fala.
Síndrome de Guillain-Barré é uma polineuropatia imune mediada Forma como se expressa;
que provoca quadro de paralisia flácida aguda. É uma Evidências de distúrbio do humor.
manifestação neurológica associada a diversas condições
clínicas, desde as infecciosas, auto-imunes até eventualmente Estado mental (um pouco subjetivo):
neoplásicas. Modo informal durante a anamnese e exame neurológico;
Sistematizada com testes padronizados; pode colocar humor.
Objetivo: estado de consciência, atitude e comportamento,
estado emocional, orientação, atenção, memória, presença de
delírios e alucinação.

Estado de alerta e atenção:

Substância reticular ascendente. Faz toda a ativação do córtex.

Agudo: cerebrovasculares
Crônicas: tumores, demências. (evolução lenta e progressiva)
Subagudos: meningites.
Paroxístico: esclerose múltipla recorrente, cefaléia.

Descrição da queixa pelo paciente;

Confirmação da história por terceiros


• Distúrbios da consciência, cognição, linguagem e fala

História Familiar:
• Huntington, Alzheimer (componente hereditário muito
grande), Epilepsia (hereditariedade), Enxaqueca
(hereditário), AVC no hemisfério esquerdo
(afasia=fala), AVC jovem (hereditário) ou quadro de
demência.

*Hemisfério esquerdo: distúrbio da linguagem. Paciente com intoxicação dessa estrutura pode rebaixar o nível
Anamnese de consciência. Ex: lutador de box, faz a rotação do cérebro para
o tronco, onde ocorre uma pequena lesão nessa estrutura.
- Doenças clínicas: doenças neurológicas comuns no contexto de
distúrbios sistêmicos:

• HAS e DM: Doença cerebrovascular;


• Distúrbios de coagulação: AVCh/ trombose;
• HIV: neuroinfecção;
• Câncer: metástase. Mama, pulmão podem afetar SNC.

Bibliografia AQUI
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*Quando o lutador leva um soco bem na ponta do mento, ocorre


a rotação da cervical, e uma pequena lesão do cérebro sobre o
tronco. Na substância reticular ascendente.

Mini-Exame do Estado Mental (MEEM)


Paciente afásico pontua baixo na escala, perdendo pontos que
não são por alteração no nível de consciência. Utilizado melhor
em casos de trauma.

- Estado de alerta e atenção:


Avaliação da atenção – MoCA (Montreal Cognitive Assessment)
Pede para o paciente repetir a escala de números de ordem
direta e indireta, contas e bater na mesa quando falar a letra
correta.

- Memória (observar o nível de escolaridade):


Aquisição (missão, não presta atenção);
Retenção (vê se é importante para guardar);
Evocação. (pede para o paciente repetir as últimas 3 frases ditas
anteriormente – dar um ponto pra cada acerto. 0 a 3)

- Memória Imediata ou curto-prazo (segundos ou minutos)


/recente (dias atrás) /remota ou tardia (fatos históricos).
Alzheimer a memória tardia é bem preservada.
(muitas vezes a falta de memória é na verdade a falta de atenção)

Bibliografia AQUI
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Dorsolateral: resolução de problemas


Funções cerebrais superiores
Avaliação das funções executivas frontais:
• Teste de fluência verbal: forma semântica e fonológica;
(falar todos os animais que vêm na mente por 1’)
• Teste de similaridade e interpretação de provérbios:
“maçã-banana; alegria-raiva.”
“mais vale um pássaro na mão do que dois voando.”
• Teste do relógio.

Paciente com hemiparesia direita, já se imagina uma afasia.


3° suspeita de demência
Comunicação: fala, linguagem, escrita e leitura; fica do lado E do
cérebro. Avaliação da fala, leitura e escrita:
*Gnosias (capacidade de reconhecimento das coisas) Fala: disfonias (dificuldade da fonação, rouquidão), dislalias
Praxias (habilidades adquiridas. Ex: marcha.) (cebolinha, geralmente é fisiológico) e disartrias (assimetria
facial ocasiona uma alteração da fala);
Distúrbios do ritmo/disritmolalia (gagueira): taqui/bradilalia,
Funções executivas frontais: gagueira.

Processamento e integração de informações; Leitura e escrita:


Execução de movimentos simples; Dislexia; dificuldade na escrita.
Elaboração de pensamentos abstratos. Disgrafia.

Avaliação da linguagem:
Afasia motora/verbal/ de broca: dificuldade de expressão
(entende tudo e não consegue falar);
Afasia sensitiva/receptiva/de Wernicke: Dificuldade de
compreensão.

Se ocorre as duas coisas juntas, ocorre a afasia global.

Orbitofrontal: comportamento.

Bibliografia AQUI
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Marcha anserina
Fraqueza no quadril afeta o passo.
Miopática ou do pato;
Acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora pra
direita, ora pra esquerda, alternadamente, lembrando o andar de
um pato;
Traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas.

Marcha parkinsoniana
- Gnosia: reconhecimento: Anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático
Auditiva; dos braços;
Visual; A cabeça permanece inclinada para a frente, e os passos são
Fisionomia; curtos e rápidos, dando a impressão de que o paciente “corre
Objetos sem o auxílio da visão. (estereognosia) atrás de seu centro de gravidade” e vai cair para a frente.

- Praxia: atividade gestual consciente e intencional:


-Marcha; Marcha ebriosa
-Vestir; Marcha do paciente embriagado;
-Escovar os dentes. Atáxica, cerebelar ou do ébrio;
Doente ziguezagueia como um bêbado;
Incoordenação de movimentos em decorrência de lesões do
Avaliação da marcha cerebelo.

Ato automático/reflexo; Marcha tabética


Trajes sumários (menos roupa possível), recinto amplo Doença na lesão na região posterior da medula.
(nenhum obstáculo); Talonante, atáxica sensorial; (bate o pé no chão para saber que
Perspectiva global e pormenores; está pisando)
A todo e qualquer distúrbio da marcha dá-se o nome de Olhar fixo no chão;
DISBASIA. Membros inferiores se levantam de forma explosiva e abrupta e
- Etapa fundamental do exame neurológico; aos serem colocados no chão, os calcanhares tocam o solo
“Na marcha normal é o indivíduo que se desloca, na marcha pesadamente;
patológica é a doença que gera o andar.” Com os olhos fechados piora a marcha, pode cair.
Ausência da propriocepção
• Melhora forma: observar o modo espontâneo; Causas: hipovitaminose de vit B12, HIV +.
• Ordenar acelerar, lentificar ou correr;
• Andar sobre a ponta dos pés ou calcanhares;
• Andar para trás.
• Subir e descer escadas (avaliar força na região
proximal);
• Andar de olhos fechados;
• Voluntarizar a marcha (elevar mais as coxas);
• Andar com a ponta do pé de um lado e calcanhar do
outro (Tandem).

*paciente anda com a ponta do pé – avaliação do equilíbrio.


* Disbasia: a todo e qualquer distúrbio da marcha;
* Distasia: não consegue ficar em pé.

Marcha espástica
Pós AVC.
Ceifante, hemiplégica ou helicópode;
Membro superior fletido em 90º no cotovelo e em
adução, e a mão fechada em leve pronação;
Membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho
não flexiona;
Perna se arrasta pelo chão, descrevendo um
semicírculo quando o paciente troca o passo.

Bibliografia AQUI
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*paciente ir para frente e para trás pouco não é positivo. Uma


forma de sensibilizar a prova, virar a cabeça do paciente, se cair
Marcha de pequenos passos para a D, pode ser uma lesão cerebelar. Se cair pra frente ou para
trás, a lesão é no vestíbulo.
Passos curtos e arrastando;
Idosos; Negativo: pequenas oscilações do corpo;
Não necessariamente é uma marcha patológica. Positiva: ao fechar os olhos apresenta oscilações com forte
tendência a queda;
Marcha vestibular
Lesão no vestíbulo: equilíbrio. - Queda imediata: lesão das vias proprioceptivas (Tabes dorsallis,
Lateropulsão; (parece que está sendo empurrado para o lado) polineuropatia periférica.)
Marcha em estrela. - Queda após pequeno período de latência: lesão do aparelho
vestibular.

• Prova de Romberg positiva com queda imediata:


Marcha escavante - Tabes dorsallis, polineuropatia periférica (DM).
Lesão no vestibular.
Dificuldade na dorsiflexão do pé (pé caído)
Ao caminhar toca com a ponta do pé no solo e tropeça;
Então levanta acentuadamente o MMII;
Lesão cerebelar:
Passo de ganso dos “soldados prussianos”.
- Astasia (dificuldade de ficar em pé);
Marcha em tesoura - Alarga base de sustentação para compensar a falta de equilíbrio;
- Não há modificação quando se interrompe o controle visual.
Marcha espástica, ceifante bilateral;
MMII enrijecidos pela espasticidade, ficam semifletidos, os pés
arrastam e as pernas cruzam ao caminhar
Paralisia cerebral.

Marcha claudicante
Marcha antálgica – paciente ortopédico.
Manca.
Insuficiência arterial periférica e lesão ortopédica.

Avaliação do equilíbrio Lesão hemorrágica.

Avaliação da coordenação
Ataxia: dificuldade da coordenação.
Para execução do movimento é necessário que haja coordenação
na atividade motora.
Depende de dois setores do SN:

• Cerebelo – centro coordenador;


• Sensibilidade proprioceptiva.

É necessária as 3 vias para o equilíbrio adequado.

Equilíbrio estático

Prova de Romberg:

• Posição vertical;
• Pés juntos;
• Olhando para frente;
• Fechar os olhos.

Bibliografia AQUI
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Prova dos movimentos alternados:

Alteração: disdiadococinesia; normalidade é eudiadococinesia.

Prova de Stewart-Holmes (ou do


Rechaço);
-Assinergia muscular, retardo na contração.
Antagonista.

Explorar a fala:
Cerebelo é um centro que refina o movimento.

Perda da coordenação: - Escandida, explosiva, aspecto laborioso à emissão de sons;


Avaliar movimentos oculares: nistagmos;
Avaliar presença de tremor cinético/intencional.
• Cerebelar;
• Sensitiva: utiliza a visão para fiscalizar os movimentos,
fecha-se os olhos e acentua-se a ataxia;
• Mista.
* muitas provas de coordenação se fazem com olhos abertos e
fechados.
Prova dedo-nariz (olhos abertos e fechados);

Prova calcanhar-joelho:
- Decúbito dorsal;
- Sensibilizar a prova/deslizar pela crista a tíbia;
- Alteração: Dismetria (erro do alvo), hipermetria (erra
quantidade do alvo).

Prova da assinergia tronco-membros:

- Movimento em “gangorra”;
- Alteração: ataxia de tronco.
*vérmis do cerebelo.

Bibliografia AQUI
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Bibliografia AQUI

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