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TEMA
01. Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil
02. A importância da prevenção ao suicídio no Brasil
03. A importância da redução do consumo de plástico pelo brasileiro
04. Como combater os crimes de pedofilia no Brasil?
05. A importância da leitura na infância
06. Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros
07. Os desafios do ensino a distância no Brasil
08. A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros
09. Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil
10. O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro
11. A importância das campanhas de vacinação no Brasil
12. O problema da alienação parental no Brasil
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13. O poder de transformação social do esporte no Brasil
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14. Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros
15. HIV: um desafio para a saúde pública e para a sociedade
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50. A importância da cultura do autocuidado entre os brasileiros
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51. A autotutela na segurança e o porte de armas em questão no mundo contemporâneo
52. A construção da responsabilidade socioambiental no brasileiro em discussão na sociedade
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sobrepeso entre as crianças. Sobre isso, o filósofo alemão Theodor Adorno
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desenvolveu o conceito de Indústria Cultural, segundo o qual a publicidade
utiliza a persuasão constante, a fim de moldar um comportamento de compra.
O problema é que as crianças estão muito mais suscetíveis às cores, às músicas
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e às demais estratégias denunciadas por Adorno e não possuem
discernimento das consequências de uma alimentação irresponsável, baseada
em “fast-foods”. Assim, enquanto o culto à comida superprocessada se
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mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com uma das mais graves doenças
do século: a obesidade infantil.
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suicida e sejam omissos aos comportamentos que a revelem.
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Sob outra análise, a omissão às doenças psiquiátricas dá lugar à busca
pela morte voluntária. Sobre isso, no século XVIII, o suicídio passou a ser tratado
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como uma atitude derivada de distúrbios mentais, a exemplo da depressão.
Nesse sentido, o médico francês Philippe Pinel foi pioneiro em propor o
tratamento medicalizado daqueles que tentam subtrair a própria vida.
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conscientização socioambiental.
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De outra parte, em 1992, a Organização das Nações Unidas promoveu um
evento conhecido como “Cúpula da Terra” e elaborou a Política da
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Sustentabilidade — reduzir, reutilizar, reciclar — com objetivo de desestimular o
comportamento poluente. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser um país
desenvolvido, as iniciativas do Estado têm sido incapazes de estimular a prática
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justamente aqueles que deveriam cuidar da integridade da criança. Com efeito,
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os abusos a meninos e a meninas se mostram atitudes cruéis e, se não forem
combatidos a tempo, terão consequências irreparáveis à formação infantil.
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De outra parte, a OMS classificou a pedofilia como um transtorno
mental, a fim de evidenciar que a exploração sexual às crianças não deve ser
vista apenas como um crime, mas também como um desvio psiquiátrico do
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Sob outra análise, o escritor realista Eça de Queirós, em sua obra “O
Primo Basílio”, critica a instituição familiar moderna e revela as suas crises e a
perda da sua função social. Com efeito, os lares brasileiros exemplificam a
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falência denunciada por Eça, de modo que é inviável ser leitor em um ambiente
marcado pela agressão à mulher, pela falta de afeto e pela ausência parental.
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para desestimular o consumo de cigarros e garante a integridade, inclusive, dos
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fumantes passivos. Nesse viés, a influência da indústria tabagista brasileira ainda é
um obstáculo para que a legislação brasileira alcance plenamente seus objetivos. A
esse respeito, os cigarros sem fumaça e a facilitação do contrabando dos maços são
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estratégias cruéis que desqualificam as campanhas antitabagismo no Brasil. Assim,
enquanto os interesses das grandes empresas tabagistas se mantiverem vivos, ainda
haverá “cowboys” da Marlboro na sociedade brasileira.
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De outra parte, outro grave obstáculo que impede a implementação
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do EAD é a carência de recursos básicos da população. Acerca disso, a
proposta de sistematização do ensino a distância esbarra na falta de
urbanização e na miséria extrema de alguns locais negligenciados, como o
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Assim, antes de usufruir dos benefícios das videoaulas e dos conteúdos on-
line, o saneamento e a alimentação precisam ser oferecidos a todos.
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oferecer aos estudantes, que perdem a oportunidade de desenvolver ainda
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mais sinapses neurais. Assim, a formação educacional poderia ser mais
interessante e mais produtiva, caso os instrumentos e as melodias fizessem
parte da rotina escolar.
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De outra parte, Aristóteles desenvolveu o conceito de isonomia, segundo o
qual as pessoas deveriam se ajustar às condições das outras. Entretanto, apesar de o
brasileiro ser mundialmente conhecido por ser um povo receptivo, substancial
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parcela ainda nutre uma grave mazela social: a dificuldade de praticar a isonomia
aristotélica. Nesse sentido, é justamente por essa característica social negativa que a
população autista ainda está distante de experimentar a isonomia proposta pelo
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filósofo grego. Desse modo, enquanto o autismo for visto como doença — e não
como uma característica — a verdadeira inclusão ainda permanecerá distante.
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Medidas devem, pois, ser tomadas para que os indivíduos com autismo sejam
tratados com dignidade. Para isso, as escolas precisam, com urgência, desconstruir o
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Sob outra análise, a cultura de consumo de açúcar prejudica a saúde da
população. Nesse viés, desde o século XVII, a economia do Brasil baseou-se na
produção agroindustrial da cana, e, naquele momento, houve forte incentivo do
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doenças deixaram de existir. Nesse viés, o médico Maurice Hilleman desenvolveu
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a vacina tríplice viral em 1963, fundamental para que o sarampo fosse eliminado
do Brasil em 2016. Todavia, a doença combatida por Hilleman voltou a ser um
problema para os brasileiros, já que substancial parcela da população nutre a
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será obrigada a conviver com um dos mais graves obstáculos para a saúde pública:
a reemergência de doenças.
As campanhas de vacinação, portanto, precisam receber a devida
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vista a irresponsabilidade de se utilizar da criança como forma de punir o cônjuge
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ou parente. Dessa forma, é incoerente que os genitores, embora responsáveis
pelo bem-estar dos filhos, sejam justamente aqueles que lhe prejudicam.
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Sob outra análise, Nelson Mandela — ex-presidente da África do Sul —
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decidiu sediar, em 1995, a Copa do Mundo de Rúgbi e promoveu a união social
dentro dos estádios, onde brancos e negros ficaram de um mesmo lado com
objetivos iguais. Nesse viés, ainda que depois de décadas, substancial parcela
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dos cidadãos é incapaz de reproduzir o ideal proposto por Nelson Mandela e
subverte a ideologia do esporte: em vez de usar os jogos para desconstruir o
racismo, fomentam a injúria racial e o preconceito. Desse modo, se a falta de
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empatia se mantiver, as arenas serão ambientes hostis e sem uma das mais
importantes funções do desporto: a transformação social.
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De outra parte, é urgente que o brasileiro valorize a sua saúde mental, cuja
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deficiência dá ensejo à depressão. Nesse viés, na obra “O Mal-estar da Civilização”,
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Sigmund Freud desenvolveu o conceito de Cultura de Sucesso, segundo o qual o
indivíduo moderno deve ter êxito em todas as tarefas que se propõe a fazer, e essa
imposição seria capaz de subjugá-lo ao mal-estar da modernidade. Essa busca
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frustrada pelo sucesso constante, tal como Freud descreveu, se mostra frequente no
Brasil, e a sua principal consequência é a depressão. Nesse sentido, é necessário que
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sentimento, por meio de eventos pedagógicos, como aulas e palestras que mostrem
as consequências hormonais da doença psiquiátrica. Essa iniciativa teria finalidade de
trazer à tona a importância do autocuidado e do bem-estar da mente pela sociedade
brasileira, de sorte que o mal-estar descrito por Freud, em breve, dê lugar à saúde
mental valorizada por Philippe Pinel.
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Sob outra análise, o Brasil adotou, em 1996, a distribuição gratuita
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medicamento antirretrovirais — remédios que, embora não eliminem o vírus,
impedem a transmissão para outros indivíduos. Todavia, o tratamento
iniciado em 96 é incapaz de atingir a eficácia social, já que, segundo o
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Ministério da Saúde, em 2019, aproximadamente 70 por cento dos
contaminados desconhecem que o seu status sorológico e,
consequentemente, não buscam tratamento e propagam o vírus. Dessa
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social — devem contribuir para que os indivíduos não façam juízo de valor
negativo das pessoas com AIDS, por meio de “workshops” e palestras
liderados por indivíduos com o vírus. Essa iniciativa teria a finalidade de
combater a desinformação e motivar que homens e mulheres usem
preservativos, façam o teste e identifiquem a doença. Desse modo, a
epidemia de HIV dará lugar à responsabilidade, e o Brasil será conhecido
como nação justa, solidária e, de fato, livre do preconceito.
TEMA – Os desafios do acesso igualitário ao saneamento básico
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sanitários permaneça em um país que almeja o desenvolvimento nacional.
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De outra parte, o médico Oswaldo Cruz — responsável pelas políticas
sanitárias — implementou medidas como a coleta de lixo e o tratamento de
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esgoto: caminhos imprescindíveis para o equilíbrio ambiental. Todavia, a
revolução iniciada no século passado é incapaz de favorecer toda a população
na contemporaneidade, haja vista a omissão e a ineficiência de um Poder Público
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De outra parte, além do excesso de procedimentos, outro conflito
inviabiliza a efetivação do processo adotivo: a idealização. A esse respeito,
substancial parcela das famílias busca adotar crianças de até quatro anos de
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idade, branca e sem irmãos, o que manifesta na prática o cruel padrão cultural
enraizado. Nesse sentido, Gilberto Freyre já dissertava, na obra “Casa-grande
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exceção.
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pacientes que esperam a transfusão sanguínea para preservação da vida. Logo, é
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incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, a cultura individualista
continue sendo a regra, visto que a solidariedade será exceção.
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estar público. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser Estado desenvolvido, as
ações governamentais de estímulo ao ato de doar sangue são incapazes de
sensibilizar os cidadãos, o que vai de encontro ao que foi proposto pela OMS.
Ademais, essa falta de assistência estatal provoca a escassez dos bancos de
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Sob uma primeira análise, a omissão dos pais Sob uma primeira análise, a omissão familiar
afeta a situação educativa do público infanto-juvenil. prejudica a formação educacional das crianças e dos
A esse respeito, no século XX, Paulo Freire defendeu, adolescentes. A esse respeito, Paulo Freire —
em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, que a família renomado educador brasileiro —, em sua obra
mostra-se opressora ao depositar aa “Pedagogia do Oprimido”, abordou que a família
responsabilidade da educação dos filhos sobre as mostra-se opressora ao depositar a responsabilidade da
escolas e os profissionais de ensino. Ocorre que, educação dos filhos sobre as instituições escolares.
mesmo depois de décadas, a ideia defendida pelo Ocorre que essa indiferença dos pais ao processo
pedagogo ainda é a realidade, na medida em que há educativo dos jovens, como retratado por Freire,
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crianças e adolescentes como se estivessem órfãos evidencia cruel mazela para esses indivíduos no Brasil.
em suas próprias casas, o que representa um grave
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problema social e é capaz de causar o esgotamento
Tal descaso afeta a relação família-escola, em que se
mostra necessário que os responsáveis participem
físico e psicológico dos professores, cada vez mais efetivamente na construção e no desenvolvimento
sobrecarregados pela carência de compromisso dos educacional dos filhos. Desse modo, é incoerente que
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pais. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação os pais sejam omissos em um país que requer ajuda da
pós-moderna, a educação até agora não consiga ser família na educação.
libertadora, tal como Freire resguarda.
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da modernidade, já que mantiveram a sua forma, mas seus filhos. Além disso, essa falha pode gerar graves
perderam a sua essência — a exemplo das consequências para a formação social das crianças e
organizações familiares. Nesse contexto, embora o dos adolescentes, como o aumento da criminalidade,
Brasil busque ser Estado desenvolvido, substancial da gravidez na adolescência e do consumo de álcool.
parcela dos responsáveis é incapaz de educar a Dessa maneira, enquanto a ausência familiar se
juventude, o que corrobora com a concepção de mantiver, os jovens serão obrigados a conviver com um
Bauman e constitui cruel desdobramento na sociedade dos piores obstáculos para a modernidade: a má
civil, visto que a inexistência da prática de disciplina é formação social.
fatos preponderantes na formação moral e da ética. No
entanto, enquanto o descuido com os valores for a Impende, pois, que as famílias cumpram o seu
regra, o país será obrigado a conviver com uma triste papel na educação de crianças e de adolescentes. Para
realidade: indivíduos antiéticos e imorais. isso, as instituições de ensino, em parceria com as
famílias, devem proporcionar o efetivo vínculo família-
Impende, pois, que o acesso pleno à escola, por meio de projetos nas próprias escolas
educação seja, de fato, assegurado. Dessa maneira, o capazes de impulsionar a participação ativa da família
Ministério da Educação, no exercícios do seu papel no processo educativo. Essa iniciativa terá a finalidade
civil, deve modificar a mentalidade dos familiares de desconstruir a omissão dos pais e reduzir os
acerca da formação educacional, por meio de projetos prejuízos causados na formação educacional e social
de políticas públicas nas grandes mídias, capazes de dos jovens. Assim, as dificuldades enfrentadas por
delimitar aos responsáveis qual é a sua própria função Matilda, mesmo fora da ficção, deixarão de ser
dentro dos desenvolvimentos dos jovens, a fim de realidade.
minimizar a sobrecarga dos professores, bem como
estimular o ensino de princípios morais para o convívio
social harmônicos. Assim, serão garantidos os direitos
de um Estado Democrático, e o Brasil será justo, livre e
solidário.
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a exceção, sobretudo em contextos de crise.
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Sob outra análise, há de se incentivar o trabalho voluntário,
fundamental em sociedades onde as ambições capitalistas são a regra. Nesse
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viés, a partir de 1970, as nações passaram a adotar o neoliberalismo, segundo
o qual o Estado deve se omitir intencionalmente para que as empresas
privadas vendam serviços básicos, como saúde e educação. Ocorre que a
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população carente é incapaz de pagar por benefícios, tal como impõe a lógica
neoliberal, o que mostra a relevância das ações humanitárias e da
benevolência para sanar a ausência estatal e garantir que a população pobre
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tenha acesso a serviços que deveriam ser seus direitos. Dessa forma, a
ausência do voluntariado colabora para aprofundar a miséria e a desigualdade
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social.
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moderna, a sociedade viva uma cultura de excessos, o que torna os jovens
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cada vez mais ansiosos.
Sob outra análise, a Nomofobia — distúrbio de comportamento —
consiste na angústia pela falta de contato com dispositivos digitais, o que
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do brasileiro. 86 iro
Nesse sentido, desde o Período Colonial, parte considerável da
população é excluída do acesso a condições financeiras dignas, o que obrigou
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— e ainda obriga — o indivíduo pobre a encontrar formas alternativas de acessar
cultura e entretenimento. Nesse sentido, os crimes de pirataria, embora sejam
injustificáveis sob o ponto de vista legal, representam opções para que homens
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De outra parte, a disseminação de notícias falsas pode prejudicar os interesses
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nacionais. Nesse sentido, em 1995, chegaram a Nelson Mandela boatos segundo os quais
haveria atentados durante a Copa de Rúgbi. Essas informações não se concretizaram, e a
África do Sul sediou os jogos, cuja função foi unir brancos e negros após a vigência do
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todo o ecossistema entra em desequilíbrio, o qual vai de encontro à garantia da
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Constituição. Desse modo, não é razoável que, embora o país almeje tornar-se
nação desenvolvida, ainda persista a má gestão do lixo.
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Impende, pois, que a gestão do lixo deixe de ser um desafio no Brasil. Para
isso, o Ministério do Meio Ambiente precisa, com urgência, fomentar novas
medidas eficazes, por meio de legislação que garanta a punição e a ação dos
responsáveis pelos resíduos gerados e descartados em locais irregulares. Essa
iniciativa poderia se chamar “Sociedade consciente” e seria capaz de combater
os danos causados pela decomposição dos detritos ao ecossistema e à saúde da
população, cuja finalidade seria desconstruir a inércia do Governo motivada pelo
interesse econômico. Assim, os cidadãos brasileiros poderão viver em uma
sociedade livre, justa e solidária.
Tema – Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer
No ano 2000, a atriz Carolina Dieckmann protagonizou uma das cenas mais
icônicas da teledramaturgia nacional: o momento em que a personagem Camila
perde seus cabelos para o câncer. Nesse viés, substancial parcela dos brasileiros
se sensibiliza com a ficção, mas é incapaz de reconhecer o drama de indivíduos
reais que lutam diariamente contra a doença. Com efeito, a solução do problema
pressupõe que se combata a ineficiência do Estado, bem como a rejeição da
sociedade.
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mantiver, o combate ao câncer continuará sendo uma luta cruel.
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Outro desafio na luta contra o câncer tem origens culturais: o preconceito.
Sobre isso, na Idade Média, os indivíduos associavam os tumores a questões
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uma mentalidade medieval, ainda persiste entre o povo brasileiro, o que evidencia
o imaginário retrógrado e preconceituoso em relação ao câncer. Assim, enquanto
a repulsa ao diálogo se mantiver, não haverá como estabelecer a cultura de
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seja tratada com indiferença em uma nação que almeja tornar-se
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desenvolvida.
“Cordialidade” definida pelo sociólogo, que nada tem a ver com educação, e,
pelo contrário, diz respeito a atitudes antiéticas. Com efeito, essa característica
nociva do brasileiro representa um grave comportamento histórico, e,
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Ademais, as crises econômicas favorecem a prevalência da Síndrome
de Burnout. A esse respeito, a Grande Depressão — maior crise da história — trouxe
instabilidade ao mercado de trabalho a partir de 1929 e deixou claro que o medo
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do desemprego pode ser a causa para problemas psiquiátricos. Nesse sentido, o
esgotamento profissional é um desses cruéis desdobramentos da recessão
econômica, tal como ocorreu na Crise de 29, na medida em que o indivíduo vivencia
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exaustiva, como os que ultrapassam as 8 horas permitidas pela lei, por meio de
visitas regulares a empresas cujos profissionais manifestem esgotamento. Essa
iniciativa do MPT teria a finalidade de promover a valorização da saúde física e
mental dos indivíduos, que passariam a lidar melhor com as crises, bem como com
a situação de instabilidade e de competitividade do mercado laboral. Dessa forma,
o fenômeno descrito por Freudenberger deixará de ser um problema no Brasil.
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a Terceira Revolução Tecnológica — período de crescimento da informática — exigiu
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constante aperfeiçoamento frente à tecnologia. Todavia, substancial parcela da terceira
idade no Brasil não acompanhou a evolução científica advinda da Revolução Técnico-
Informacional, o que reflete diretamente o nocivo ideal de indivíduo obsoleto para o
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ambiente laboral e fragiliza a inclusão dos idosos. Com efeito, enquanto a falta de
incentivo e de apoio ao aprimoramento tecnológico dessa parte da população se
mantiver, a sociedade brasileira continuará a conviver com uma das mais incoerentes
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capacitem a terceira idade a exercer as funções dos trabalhos aos quais for destinada.
Essa iniciativa teria a finalidade de desconstruir a invisibilidade dos idosos. O Ministério
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da Ciência e da Tecnologia, por sua vez, pode fomentar projetos sociais, por meio de
atividades comunitárias, como aulas e oficinas capazes de ensinar o uso de aparelhos
eletrônicos, para o aprimoramento tecnológico e, assim, valorizar a inclusão no trabalho
da população senil — antes marginalizada.
Diante desse cenário industrializado, aprender a aprender: essa será uma das mais
importantes características do trabalhador do futuro. Ocorre que o atual sistema de ensino é baseado
no modelo ultrapassado do Iluminismo, que insiste em tratar os alunos como dependentes e em
considerar o professor como único detentor do conhecimento. Esse formato educacional — fundado
no século XVIII — ainda está vigente e é incapaz de estimular os estudantes a criar o conhecimento de
forma ativa e constante, o que inviabiliza o desenvolvimento da atualização fundamental para as
futuras profissões.
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Ademais, as máquinas serão capazes, a
curto prazo, de desenvolver tarefas operacionais
Nesse sentido, na Revolução 4.0, as
máquinas serão capazes, a curto prazo, de
com maestria, tal como se vê na ficção de desenvolver tarefas operacionais com maestria.
Spielberg. Portanto, as habilidades exigidas aos Portanto, as habilidades exigidas aos indivíduos
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indivíduos não serão técnicas, mas sim não serão técnicas, mas sim comportamentais,
comportamentais, o que obriga o trabalhador a o que obriga o trabalhador a aprimorar sua
aprimorar sua inteligência emocional. Esse termo inteligência emocional. Esse termo foi descrito
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atual, marcado pela ansiedade, pelo estresse e atual, marcado pela ansiedade, pelo estresse e
pela competitividade hostil. pela competitividade hostil.
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e retoma a cruel realidade da colônia, e, enquanto tal problema se mantiver, o
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letramento não será garantido aos brasileiros na primeira infância.
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encontro ao Estado Democrático de Direito.
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Inclusive, George Orwell desenvolveu a obra “1984” e ilustrou uma
sociedade hostil que, a cada dia, dedicava dois minutos diante da teletela para
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xingar e agredir verbalmente os inimigos do Partido — movimento chamado de
“Dois minutos de ódio”. Fora da ficção, os usuários da rede reproduzem esse
mesmo comportamento do livro “1984” e se colocam diariamente diante das
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telas dos “smartphones” para hostilizar outros indivíduos. Ocorre que, em vez
de criticar por apenas dois minutos, como narrou Orwell, as agressões ocorrem
por horas, por dias ou, até mesmo, por semanas. Assim, a cultura do
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Diante desse cenário, até meados do século XX, era comum que a família
internasse definitivamente as crianças deficientes em clínicas de isolamento, e,
inclusive, havia comerciais na televisão que fomentavam a internação vitalícia,
considerada benéfica ao “demente” ― expressão frequente naquele momento.
Ocorre que esse tratamento discriminatório permanece enraizado na sociedade e
se manifesta por meio de atitudes e de linguagem preconceituosas e, até mesmo,
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pela indiferença às pessoas com deficiência, que, segundo o IBGE, representam
25% da população brasileira. Todavia, é paradoxal que a sociedade civil seja
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incapaz de conviver com diferenças tão comuns, mesmo na pós-modernidade.
deficientes se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais graves
problemas para essa parcela da população: a dignidade fragilizada.
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na medida em que se mostra ineficiente e restrita à minoria detentora do
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poder econômico. Com efeito, é incoerente que, mesmo no Estado
Democrático de Direito, o poder público persista em não oferecer
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mobilidade inclusiva.
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Sob outra análise, John Locke — filósofo conhecido como Pai do
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Liberalismo — construiu a tese de que os indivíduos cedem sua confiança ao
Estado, que, em contrapartida, deve garantir segurança aos cidadãos. Ocorre
que a ideia de Locke está distante de ser a realidade nas escolas brasileiras, já
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que muitas se omitem acerca dos casos de intimidação sistemática. Dessa forma,
o silêncio de diretores e de professores permite a ocorrência de histórias como
o Massacre de Realengo, e, se a inércia das autoridades escolares se mantiver, os
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estudantes serão obrigados a conviver com um dos mais graves problemas para
alunos e alunas brasileiros: o “bullying”.
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Em 1955, João Cabral de Melo Neto escreveu a obra “Morte e vida severina” e
objetivou promover a valorização dos falares regionais e da pluralidade da língua.
Entretanto, substancial parcela dos brasileiros se mostra incapaz de aceitar a diversidade
linguística retratada pelo autor modernista, e, justamente por isso o preconceito
linguístico se mostra um paradoxo no Brasil. Nesse sentido, para que essa contradição
seja desfeita, há de se valorizar a linguagem dos grupos excluídos, bem como combater
a imposição da norma gramatical.
Sob uma primeira análise, em 1948, a ONU estabeleceu que um dos principais
direitos de um indivíduo é a sua cultura linguística — conhecida como Patrimônio
Imaterial — e seria fundamental à dignidade humana. Ocorre que os frequentes discursos
de ódio acerca das variantes linguísticas consideradas de baixo prestígio representam
grave problema e vão de encontro àquilo que as Nações Unidas declararam como
indispensável: a liberdade da língua. Nesse viés, é incoerente que o Brasil seja conhecido
como nação multicultural, mas ainda mantenha o preconceito linguístico como prática
comum e capaz de fragilizar o Patrimônio Imaterial garantido em 1948.
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De outra parte, enquanto se mantiver a prescrição do conceito de certo e de
errado, haverá preconceito linguístico. A esse respeito, Marcos Bagno — um dos mais
importantes linguistas brasileiros — entende que a língua possui a função social da
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comunicabilidade e deve colaborar para a inclusão dos grupos marginalizados. Todavia,
a visão de que existe uma única variante correta impede que a ideologia de Bagno seja a
realidade na nação, que consegue ser, ao mesmo tempo, multicultural e preconceituosa.
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que as variantes da língua são importantes patrimônios imateriais e não podem ser objeto
de riso ou de brincadeiras ofensivas. Essa iniciativa poderia se chamar “Cada língua conta”
e teria a finalidade de desconstruir o paradoxo de uma nação que é multicultural, mas
que insiste em manter o assédio linguístico como prática comum.
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submetem a condições degradantes, o que deve ser desconstruído sob pena de
prejuízos para a sociedade e a biodiversidade.
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Ademais, o desrespeito aos animais pode colocar em risco o
equilíbrio ambiental. Nesse contexto, a Arara Azul — conhecida espécie em
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Ademais, o Estado se mostra omisso ao desperdício. A esse respeito,
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segundo o filósofo John Locke, os indivíduos confiam suas necessidades no
Estado, que, em contrapartida, deve — ou deveria — garantir direitos básicos à
população, tal como a alimentação. Todavia, o Poder Público brasileiro, que
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exercício do seu senso crítico, devem evitar o desperdício, por meio da cocção
planejada dos seus próprios alimentos, a fim de desestimular a cultura de fartura
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modernista. Nesse viés, Simone de Beauvoir — expoente filósofa francesa —
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desenvolveu o conceito conhecido como invisibilidade social, que consiste na
estratégia racional de ignorar grupos em vulnerabilidade. Ocorre que o egoísmo
denunciado por Beauvoir aprofunda desigualdades sociais e é ainda mais cruel para
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este grupo: as crianças em situação de rua, que, embora sejam obrigadas a trabalhar,
são incapazes de prover o próprio sustento. Assim, invisibilidade é sinônimo de
agressão e violenta diariamente meninos e meninas que foram impedidos de ter um
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lar.
A moradia deve ser, portanto, uma garantia da infância, tal como defendem as
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liberdade descrita por Freire e estarão fadadas a serem oprimidas pela
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sociedade com baixos salários e com a dependência do marido, tal como é
denunciado no livro “Pedagogia do Oprimido”.
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Inclusive, os altos índices de gravidez na adolescência equiparam o
Brasil a nações onde a exploração sexual é a regra. A esse respeito, a OMS fez
um levantamento dos níveis de gestação precoce e chegou à conclusão de
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antivacinação. 86 iro
Ademais, a falta de cultura de autocuidado dificulta a
manutenção da saúde coletiva. Sobre isso, o conceito de "self-care",
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a saúde.
Para que o direito ao bem-estar e à saúde seja, portanto,
realidade no país, o Ministério da Saúde deve, com eficácia, difundir
informações e sensibilizar a população, por meio de uma campanha na
mídia que alerte sobre os riscos da postura antivacinação e da falta de
autocuidado. Essa iniciativa poderia se chamar “Cuidar é o melhor
remédio”, seria composta de ações comunitárias, como eventos lúdicos
nas praças e locais públicos, e teria dupla finalidade: alertaria a
sociedade sobre a importância das vacinas e levaria o brasileiro a
valorizar, de fato, a saúde coletiva.
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Assim, enquanto a omissão do Estado for a regra, pais e mães continuarão
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órfãos dos próprios filhos.
Ademais, há quem se emocione com o sumiço de Nemo, mas seja
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indiferente aos casos reais de crianças desaparecidas. Nesse sentido, o
UNICEF — órgão da ONU especializado em infância — defende que os
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causar baixa autoestima e depressão naqueles que não alcançam a
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perfeição imposta no ciberespaço.
Nesse sentido, a exposição excessiva favorece a ocorrência de
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crimes. A esse respeito, o ex-presidente Getúlio Vargas saiu da vida para a
história com a criação do Código Penal brasileiro, que décadas depois
passou a tratar dos cibercrimes. Entretanto, embora haja punição para
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por Beauvoir. Desse modo, não é razoável que homens e mulheres ignorem a
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existência daqueles cuja idade depende de atenção.
práticas têm sido estendidas de fato aos lares dos brasileiros mais velhos, na
medida em que as cidades carecem de delegacias especializadas para acolher
denúncias de maus-tratos e de desrespeito, o que torna o Estatuto uma utopia.
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compreender a morte encefálica e nutrem a falsa expectativa de que o
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paciente voltará à vida, o que representa grave obstáculo à doação dos seus
órgãos. Todavia, não é razoável que a falta de informação a respeito da
falência cerebral dê lugar a filas de transplante cada vez maiores.
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previsto desde 1968 e sem o qual haverá cada vez mais prejuízos àqueles
que dependem de órgãos e, consequentemente, a saúde pública será
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guerra não oficial, cujos números são tão — ou mais — cruéis do que os da
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Síria.
Ademais, em 1966, o então presidente Castelo Branco instituiu
os autos de resistência, que são documentos capazes de justificar as mortes
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como ocorre na cidade paraense. Desse modo, é inviável usufruir dos benefícios da
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internet e das videoaulas enquanto o saneamento e a alimentação continuarem
sendo privilégios – e não direitos.
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Nesse sentido, o sedentarismo possibilita o desenvolvimento de
diversas doenças. A esse respeito, a Organização Mundial da Saúde
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relacionou a vida sedentária como causa para obesidade, capaz de acarretar
falhas na produção de insulina — diabetes — e alta pressão arterial –
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hipertensão. Ocorre que substancial parcela da população se mostra
indiferente às informações veiculadas pela OMS, não pratica atividades físicas
e é inconsequente em relação à própria saúde, o que pode ter consequências
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Inclusive, o povo brasileiro precisa utilizar a experiência caótica com o
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novo coronavírus para desenvolver uma prática que é – ou deveria ser – básica:
o autocuidado. Nesse viés, esse conceito, inicialmente relacionado à saúde
feminina, refere-se a atitudes individuais que podem garantir a manutenção
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da saúde e, até mesmo, da própria vida. Entretanto, durante o período de
quarentena da COVID-19, houve indivíduos que frequentavam bares e praias
normalmente, o que facilitou a proliferação da doença respiratória. Assim,
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mostra grave problema na contemporaneidade.
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Ademais, a administração irrestrita de medicação pode favorecer o
surgimento das chamadas superbactérias. Nesse contexto, a presença de antibióticos
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automedicação se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais graves
problemas para a saúde dos indivíduos: as superbactérias.
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de autocuidado, já que o colesterol ruim (LDL) pode acarretar prejuízos
irreparáveis, como a diabetes.
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Ademais, o autocuidado não pode ser confundido com
automedicação. A esse respeito, a partir do ano 2000, os EUA identificaram
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tem sido exceção.
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Ademais, o porte de armas evidenciaria a maldade humana. A esse respeito, a
filósofa Hannah Arendt disserta que as atitudes cruéis fazem parte do cotidiano moderno
de homens e de mulheres, o que define o conceito conhecido com Banalidade do Mal.
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Ocorre que a liberação social de armas de fogo poderia potencializar a hostilidade, tornar
a crueldade denunciada por Arendt cada vez mais presente e fragilizar de forma
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irreparável a harmonia coletiva que ainda resta. Desse modo, é incoerente que a nação
busque ser pacífica, mas insista em distribuir armas indiscriminadamente.
Para que a lei de talião, portanto, permaneça no passado, os indivíduos devem
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repudiar a flexibilização do porte de armas, por meio de discussões nas mídias sociais que
mostrem as possíveis consequências da autotutela, como a quebra do Contrato Social, de
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ante os impactos ambientais promovido por grandes empresas — agronegócio,
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construtoras, mineradoras. Nesse sentido, enquanto a coletividade não for
privilegiada pelo Estado, serão comuns episódios graves, tais como os de
Mariana e de Brumadinho.
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Diante desse cenário, o sistema carcerário ineficiente é um obstáculo à
ressocialização. A esse respeito o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em sua obra
“Modernidade Líquida”, desenvolveu o conceito de “Instituição Zumbi”, segundo qual o
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Estado mantém — a todo custo — a sua forma, porém perdeu sua função social,
estabelecida pela lei. Nesse contexto, a atual estrutura penitenciária configura-se como
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relações sociais no campo ainda permanecem sob controle dos “coronéis”
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contemporâneos. No entanto, não é razoável que o Estado seja incapaz de
mitigar essa desigualdade histórica que afeta toda a população brasileira.
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sociedade contemporânea, em virtude das diversas crises de civismo, como a
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intolerância racial, os discursos de ódio e a ganância humana. Assim, o indivíduo
deixou de ser um “Animal Político” para buscar seus próprios interesses e
vontades, o que prejudica todo o tecido social.
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justamente por essa relativização denunciada por Hobbes que o brasileiro convive
com a pirataria normalmente, mas critica com veemência a corrupção do
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TEMA - A importância da valorização do patriotismo pelos
jovens brasileiros
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programas de auditório, que desestimulam as críticas sociais. Nesse
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sentido, muitos jovens contemporâneos consomem esses conteúdos
vazios e são incapazes de estimular posturas patrióticas, o que
representa grave obstáculo ao desenvolvimento nacional e consolida a
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artigo 5º da Carta Magna. 86 iro
Nesse sentido, em 1916, foi promulgado o primeiro Código Civil brasileiro, que
colocava a figura masculina em posição de superioridade. Esse machismo
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institucionalizado ainda persiste como uma das principais causas para a intolerância de
gênero no Brasil e motiva atos de homofobia, praticados sobretudo por homens,
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Urge, portanto, que a construção de uma sociedade livre, justa e solidária seja, de
fato, assegurada na prática, como prevê a Constituição Federal de 1988. Nesse sentido,
o Ministério Público Federal, por meio de ações judiciais avaliadas pelo Poder
Judiciário com prioridade, deve denunciar os casos de agressões motivadas por
questões de gênero, visando a desestimular futuros casos de preconceito, advindos
inclusive dos próprios agentes de segurança. A iniciativa do MPF é importante porque
essa entidade tem a função constitucional de garantir o Estado Democrático de Direito
e evitar que se perpetue, no Brasil, a diversidade fragilizada.
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Inclusive, o machismo histórico é o motivo para que as atletas estejam em
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posição desfavorável em relação aos homens. Desse modo, não é razoável
que a nação ainda mantenha o pensamento retrógrado denunciado pelo
sociólogo.
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sociedade que, por séculos, negou direitos civis às mulheres. Nesse viés, o
Código Civil de 1916 proibia que as brasileiras tivessem direito de votar e de
exercer a posse sobre a propriedade: garantias fundamentais à cidadania.
Anos depois, embora o Código do início do século XX tenha sido revogado,
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— ou nada — comuns.
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o meio ambiente todos os dias, por meio do descarte irresponsável de materiais
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não biodegradáveis, como o plástico comum. Dessa forma, não é razoável que
o Brasil almeje tornar-se nação desenvolvida, mas mantenha atitudes típicas da
colônia.
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em que os viciados em tecnologia tendem a experimentar apenas contatos
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superficiais, cujo fenômeno foi denominado como conexão, por Bauman.
Todavia, é contraditório que os avanços tecnológicos, criados para unir os
indivíduos, tendam a fragilizar suas relações.
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ficam sem contato com seus dispositivos e apresentam crise de abstinência, tal
como os viciados em entorpecentes químicos, de modo que os tecnovícios estão
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católico. Ocorre que aqueles que fogem às características padronizadas no
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Brasil colônia são vítimas de preconceito enraizado desde o século XVI, o que
representa grave problema e perpetua a realidade intolerante da casa-grande.
Nesse sentido, não é razoável que, mesmo objetivando ser nação desenvolvida,
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a sociedade brasileira ainda mantenha a cultura de intolerância própria ao Brasil
colonial.
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século XIX e subjuga homens e mulheres a condições degradantes, fragilidade
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de direitos trabalhistas, salários indignos. Desse modo, se o Exército Industrial
de Reserva for a regra, as desigualdades sociais serão cada vez mais
reafirmadas.
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No século XIX, Eça de Queiroz escreveu “Primo Basílio”, que narra a história
de Jorge e Luisa, personagens de uma família tradicional portuguesa, onde a
mulher era subserviente; e o homem, provedor. Entretanto, esse retrato burguês
se impõe à sociedade brasileira, e a sua imposição se mostra grave problema social
na contemporaneidade. Com efeito, a construção de uma sociedade que valoriza
a diversidade familiar pressupõe ação conjunta entre população e poder público.
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preconceito às mães solteiras, considerando-as prostituas. Hoje, a lei já aceita as
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famílias homossexuais, porém há grande crítica popular à união de casais
homoafetivos. Todavia, é contraditório que, mesmo na pós-modernidade, ainda
haja preconceito aos lares que fogem ao padrão tradicional.
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mantiver a ideologia do século XVIII, e o tratamento isonômico — valorização das
diferenças — for negligenciado.
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Ainda nesse sentido, o distanciamento entre teoria e prática é obstáculo para a
formação dos educandos do Ensino Médio. A esse respeito, em sua obra “Pedagogia do
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Oprimido”, Paulo Freire defende que a escola deve ter íntima relação com a realidade dos
alunos e não ficar restrita ao universo teórico – problema conhecido como academicismo.
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Todavia, o Ensino Médio contemporâneo vai de encontro à ideologia de Freire, haja vista a
deficiência dos métodos desenvolvidos nas escolas, capazes de criar abismos entre a sala
de aula e a sociedade. Nesse sentido, o distanciamento denunciado pelo pedagogo acarreta
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um dos mais graves problemas do Ensino Médio brasileiro: a fragilidade do seu papel social.
Impende, portanto, que a educação cumpra, de fato, o seu papel nos últimos anos
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do ensino básico. Para isso, o Ministério da Educação deve, com urgência, desconstruir o
modelo ultrapassado de aulas, por meio da flexibilização do currículo, como propõe a Base
Nacional Comum Curricular, para que a diversidade cognitiva dos alunos seja valorizada.
Por sua vez, os próprios estudantes, com auxílio dos professores, podem realizar pesquisas
e seminários relacionando a teoria aprendida em aula com o seu próprio contexto, como
ocorre em nações desenvolvidas, a fim de combater o problema do academicismo. Dessa
forma, a reforma de 1996 se tornará eficaz para os alunos do Ensino Médio.
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social do idoso. Esse conceito se relaciona com o fato cruel de a terceira idade
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ser considerada irrelevante para a sociedade e incapaz de praticar os atos da
vida comum. Nesse viés, a falta de inclusão digital potencializa a invisibilidade
denunciada por Beauvoir, colabora para visão inferiorizada da população
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senil e representa obstáculo para a valorização dessa importante parcela da
sociedade. Ora, enquanto a indiferença ao idoso for a regra, a inclusão digital
será a exceção.
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guerra não oficial, cujos números são tão — ou mais — cruéis do que os da
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Síria.
Ademais, em 1966, o então presidente Castelo Branco instituiu
os autos de resistência, que são documentos capazes de justificar as mortes
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antígeno. No entanto, o funcionamento deficitário dos laboratórios, em
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virtude do investimento reduzido, não permite a pesquisa necessária
para o desenvolvimento satisfatório de vacinas, o que se mostra grave
problema para o país.
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do país, apenas 1 tem curso de geriatria. Ocorre que a expectativa de vida da
população senil será de 81, em 2020 segundo o IBGE, e o país ainda não dispõe
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de um sistema de saúde preparado para a demanda. Portanto, não é razoável
que o Estado não tome iniciativas para lidar com o envelhecimento.
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obra “A Velhice”, que as sociedades modernas promovem a invisibilidade
social do idoso. Esse conceito se relaciona com o fato cruel de a terceira
86 iro
idade ser considerada irrelevante para a sociedade e incapaz de praticar os
atos da vida comum. Nesse viés, a falta de inclusão digital potencializa a
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invisibilidade denunciada por Beauvoir, colabora para visão inferiorizada da
população senil e representa obstáculo para a valorização dessa importante
parcela da sociedade. Ora, enquanto a indiferença ao idoso for a regra, a
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Steve Jobs e Bill Gates, além de ter em comum a sua contribuição para a Era
Digital, proibiram seus filhos de consumir tecnologia na infância, justamente porque
reconheciam o potencial nocivo dessa prática para as crianças. Entretanto, esse
cuidado não é a realidade da maioria dos lares brasileiros, que são permissivos em
relação ao contato dos pequenos com os recursos tecnológicos. Com efeito, há de
se diminuir o tempo de exposição das crianças aos dispositivos, bem como garantir
a efetiva proteção à infância.
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irresponsabilidade social é capaz de provocar consequências nocivas à saúde
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infantil — fotofobia, sedentarismo e crise de ansiedade. Nesse viés, não é razoável
que os indivíduos, desde os primeiros anos da infância, já estejam fadados a
desenvolver problemas psiquiátricos, às vezes irreparáveis.
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O uso da tecnologia pelas crianças deve, portanto, ser limitado. Nesse viés,
a família deve restringir o tempo de tela das crianças, por meio do incentivo a
atividades lúdicas, como prática de esportes e brincadeiras offline, a fim de garantir
a efetiva proteção à infância, de sorte a construir um ambiente saudável para o
desenvolvimento de meninos e de meninas. Assim, o cuidado demonstrado por
Steve Jobs e Bill Gates passará a ser a realidade contemporânea, garantindo, pois,
a saúde digital.
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ainda se perpetua no imaginário contemporâneo e fomenta os casos de
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violência esportiva em suas faces mais desumanas, o que fragiliza o bem-
estar dos indivíduos e representa grave mazela social. Logo, não é razoável
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que, mesmo sendo nação pós-moderna, os conflitos humanos descritos pela
filósofa sejam tratados com indiferença.
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promoveu a união social dentro dos estádios, onde brancos e negros ficaram
de um mesmo lado com objetivo iguais. Entretanto, embora o Brasil busque
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2 s
compreender a morte encefálica e nutrem a falsa expectativa de que o
86 iro
paciente voltará à vida, o que representa grave obstáculo à doação dos seus
órgãos. Todavia, não é razoável que a falta de informação a respeito da
falência cerebral dê lugar a filas de transplante cada vez maiores.
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previsto desde 1968 e sem o qual haverá cada vez mais prejuízos àqueles
que dependem de órgãos e, consequentemente, a saúde pública será
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de Indústria Cultural, segundo o qual a publicidade utiliza a persuasão
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constante, a fim de moldar um comportamento de compra. O problema é que
as crianças estão muito mais suscetíveis às cores, às músicas e às demais
estratégias denunciadas por Adorno e não possuem discernimento das
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papel social — devem contribuir com a reeducação alimentar das crianças, por
meio de projetos pedagógicos como oficinas e aulas lúdicas, capazes de
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