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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE TUPÃ/SP.

Processo Digital nº:1000959-22.2019.8.26.0637

VITOR BIANCHETTI,já devidamente


qualificado nos autos de Ação de Indenização por Danos
Materiais e Morais, em face de TELEFONICA BRASIL
S.A.,também ja devidamente qualificada, vem a elevada
presença de Vossa Excelência com a vênia e acatamento
de sempre apresentar IMPUGNAÇÃO Á CONTESTAÇÃO pelos
fatos a seguir declinados:

SÍNTESE DAS ALEGAÇÕES


Alega em apertada síntese que
o Autor é parte ilegítima para propositura da Ação
haja vista que o Contrato está em nome de seu genitor
Dárcio Bianchetti; que a empresa é de boa fé e que o
Autor a contratou de livre e espontânea vontade; que a
cobrança é regular e que os pactos devem ser
cumpridos; que a concessão da liminar é incompatível
com a 9099 nos termos do enunciado 163 do FONAJE, haja
vista que o Autor não teria demonstrado de maneira
inequívoca os pressupostos da liminar; que no caso é
inaplicável o CDC ao Autor pois o mesmo é pessoa
jurídica; que inexiste defeito ou vício na prestação
do serviço e que não há o dever de indenizar o Autor.
As alegações da
Requerida não merecem guarida pois são vazias e
procastinatórias!
1

Avenida Tamoios, nº 1277-Centro - Tupã-SP – CEP 17600-005 - fone (014) 99751-5070


E-mail: aureliofadap@hotmail.com
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DOS FATOS
É fato notório e incontroverso
que a Requerida é a empresa que lidera o ranking de reclamações no
Procon e no Judiciário do Brasil. Como já era de se esperar,
apresentam-se nos autos litigando de má-fé, pois deduzem
defesa contra fato incontroverso e alteram a verdade
dos fatos para conseguir o objetivo ilegal de não ter
que indenizar o Autor a quem ela ludibriou e lesou.
1- Não há mais nem que se
discutir a questão da liminar porque ela já foi
concedida por este n. Juízo às fls. 21 aonde
claramente se lê:

“Assim, defiro a tutela de urgência para determinar que a ré cancele o


comodato e sua cobrança, sem qualquer penalidade, ajustando as
faturas ao plano anterior, sob pena de multa de R$ 500,00 para cada
nova fatura emitida em desacordo com a presente decisão, limitada a R$
10.000,00. Desde já, faculto à requerida o recolhimento do notebook
junto ao autor. Oficie-se para tanto.” (fls. 21)

Se o Juízo assim o decidiu, é


porque vislumbrou (e de forma acertada) que havia sim o
preenchimento cumulado dos requistos que autorizavam a
sua concessão. Destarte, esta sera de discussão esta
ultrapassada e não tem mais cabimento.
2- O Autor é de forma
indiscutível parte legítima no processo, nem que seja
como terceiro interessado porque foi ele quem realizou
diretamente o negócio com a Requerida. O Autor é filho
e sócio de Dárcio Bianchetti, aonde trabalham juntos
no endereço apontado na Inicial. Por hábito, foi a
pessoa que o Autor colocou o nome no contrato, mas
caso assim não entenda Vossa Excelência, segue a
qualificação do titular do contrato a seguir e requer
pela juntada do instrumento de Procuração do mesmo,
devendo a zelosa serventia proceder as anotações de praxe e de estilo.
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DARCIO BIANCHETTI, brasileiro, casado, comerciante,
portador do RG n° 13527652 SSP/SP e do CPF/MF n°,
015.260.108-28, residente e domiciliado à Rua Aimorés,
nº 530, Jd. Rubiácia , Tupã/SP, CEP 17607-020.
3 - Ademais, descabida a
alegação da empresa Ré que o Autor aceitou porque quis
e mais absurda ainda é a tese de que não houve relação
de consumo: Os documentos que comprovam a relação
jurídica estão devidamente acostados aos autos nas
folhas 16, 17, 18, 19 e 20. Posteriormente também às fls.
29 e 30 conforme se vê. Além disso o pacta sunt servanda
deve obedecer aos príncipios norteadores da legalidade e da boa-fé,
sendo que foi justamente a má-fé da Requerida quem deu
causa á presente. A Teoria Geral dos Contratos ensina
que um contrato nada mais é que um negócio jurídico
fundado num acordo de vontades sobre objeto lícito,
possível e determinável. No caso em tela, o objeto é
duplamente ilícito: primeiro porque caracteriza venda casada e segundo
porque engana o consumidor, já que disseram ao Requerente que o
nootbook seria dado como brinde à todos que adquirissem aquele plano
de serviços e posteriormente passaram a enviar cobranças por aquilo
que a princípio disseram que era brinde. E aí (máxima vênia
Excelência) a empresa Ré ainda tem a desfaçatez de
dizer nos autos que o Autor a “contratou porque quis”.
Brincadeira né Excelência...
4- O Artigo 2º do CDC diz, in verbis:
“Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou
utiliza produto ou serviço como destinatário final.” Outra tese
furada e de má fé da requerida...

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou
fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
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Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das
partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer
forma participem do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes
de que são destituídas de fundamento;
5- É claro que existe
defeito no negócio jurídico, e na modalidade dolo e
portanto, nulo.

DOS PEDIDOS
Assim não assiste razão à
empresa Ré sob nenhum aspecto, razão esta pela
qual neste ato o Autor refuta todas as alegações
da Requerida em sede de Contestação e requer de
Vossa Excelência:

a) A total PROCEDÊNCIA DA AÇÃO condenando a Ré no no


importe de R$ 10.00,00 (dez mil reais) devidos ao Autor,
ante ao robusto conjunto probatório constante dos
Autos, como os documentos de fls. 16, 17, 18, 19, 20, 29 e
30, aliados à verossimilhança das Alegações, em
consonância com a liminar concedida às fls. 21.

b) A condenação da Ré por litigância de má-fé diante


da flagrante infração ao art. 80, I,II e II do CPC
2015 (deduzir defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
por tentar alterar a verdade dos fatos (II) e por usar do usar do
processo para conseguir objetivo ilegal;). Também por incorrer
na deslealdade processual de que trata do art. 77

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caput e incisos I e II, devendo a multa ser
arbitrada por Vossa Excelência.

c) Requer ainda pela condenação da Ré pelo


descumprimento da r. decisão de fls. 21 que assim
dispõe:
“Assim, defiro a tutela de urgência para determinar que a ré cancele o
comodato e sua cobrança, sem qualquer penalidade, ajustando as
faturas ao plano anterior, sob pena de multa de R$ 500,00 para cada
nova fatura emitida em desacordo com a presente decisão, limitada
a R$ 10.000,00. Desde já, faculto à requerida o recolhimento do
notebook junto ao autor. Oficie-se para tanto.” (fls. 21) . Verifica-se
que após exarada a decisão, a Ré descumpriu a ordem
duas vezes: uma em 12/02/2019 ás fls. 29; e outra em 12/03/2019 ás
fls.108. requer a condenação da Ré nos termos da decisão de fls. 21,
acrescidos de juros e correção nos termos do art Art. 389 C/C. 
Conforme memória de Cálculo ao final;

Por ser matéria exclusiva


de Direito, requer de Vossa Excelência pelo
julgamento antecipado da lide.

Termos em que, respeitosamente


P. Deferimento.
Tupã, 06 de Julho de 2019.

Marco Aurélio Garcia Fecchio


OAB/SP 368.266

Memória de Cálculo

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Data $ Valor da parcela ÍNDICE Valor Corrigido Multa Contrat. Juros Morat. Valor a PAGAR

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::::::::::: ::::::::: :::::::::::::::::::::: da data da parcela :::::::::::::::::::::: 0,00% Cf. Lei 10.406 ::::::::::::::::::::::
               
12/02/2019 R$ 500,00 70,128356 509,61 0,00 18,52 528,13
12/03/2019 R$ 500,00 70,507049 506,87 0,00 13,35 520,22

Valor
Corrigido +
  Multa: 506,87
     
  Juros: 13,35
     
  SUBTOTAL: 520,22
     
Multa Moratória (art.523, §1º do NCPC): caso devida 0% 0,00
Honorários Advocatícios (art.523, §1º do NCPC): se devido 0% 0,00
  TOTAL-1: 1.048,35

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