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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS 01

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA


DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA
DISCIPLINA: MODELOS TEÓRICOS E AVALIAÇÃO CLÍNICA EM PSICOLOGIA DA FAMÍLIA

Teoria Geral dos Sistemas;


Cibernética; Teoria da Complexidade
e Teoria da Comunicação.

Me: Daiana Quadros Fidelis


Orientadora: Dra. Clarisse Pereira Mosmann
Teoria Geral dos Sistemas:
História

Abrangência nos estudos não físicos do conhecimento científico,


principalmente nas ciências não sociais.

"A Teoria Geral dos Sistemas também é conhecida por Teoria Sistêmica.
Contudo, elas são diferentes, visto que a Teoria Geral dos Sistemas é
mais ampla e abarca todas as áreas do conhecimento (Física, Química,
entre outras). Já a Teoria Sistêmica está mais voltada para a área da
Psicologia" (Costa,2010).

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Teoria Geral dos Sistemas:
História
Década de 1960 em Viena;

Biólogo: Ludwig Von Bertalanffy;

Criticou visão de que o mundo é dividido em diferentes áreas(Física,


Química,Biologia...);

O autor apresenta através da sua teoria do organismo vivo considerado como


sistema aberto;

PORTANTO:

As organizações são sistemas abertos e interagem com o ambiente externo!

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Teoria Geral dos Sistemas:
História

Interdependência das partes: é preciso analisar não apenas os elementos mas


também suas inter-relações

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O que é um sistema?

"Sistema é qualquer entidade, conceitual ou física, composta de partes inter-


relacionadas, interatuantes ou interdependentes, dotada de um objetivo"
(CARAVANTES, 2005, p. 147).

Os sistemas são compostos por partes (entidades), cada qual com uma função
(especialização);

Cada parte, por sua vez, é constituída de outras partes (subsistemas):

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EXEMPLO

SISTEMA SUBSISTEMAS

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EXEMPLO

SISTEMA SUBSISTEMAS

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"O todo emerge além da existência das partes e "as relações são o
que dá coesão ao sistema todo, conferindo-lhe um caráter de
totalidade ou globalidade, uma das características definidoras do
sistema" (Vasconcellos, 2008, p.199)

Globalidade Não-Somatividade
Equifinalidade

Homeostase Morfogênese, Circularidade

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Globalidade: mudanças em uma das partes
provocam mudanças no todo.

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Não-Somatividade:
o sistema não é a soma das partes, embora o indivíduo faça
parte da família, ele mantém sua individualidade

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Homeostase:
mantém a estabilidade do sistema preservando seu funcionamento.

Exemplo:
Forças internas, como passagens normativas do ciclo vital, e
forças externas, como a doença e a morte, estão
constantemente desafiando a família a se adaptar

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Morfogênese:

processo oposto a homeostase,


ou seja, é a característica dos
sistemas abertos de absorver os
aspectos externos do meio e
mudar sua organização.

Exemplo: Entrada do namorado


da filha na família

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Circularidade

Bilateralidade ou não-
unilateralidade, diz respeito à
relação bilateral entre ele
mentos, sendo que esta relação
é
não linear e obedece a uma
sequência circular.

"O que afeta um, afeta o outro.


Vai e vem".
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Equifinalidade

Estado final que pode ser atingido


com origem em
condições iniciais diferentes e
através de meios diversos.

Independentemente de qual seja o


ponto de partida, um
sistema aberto apresenta uma
organização que garante
os resultados de seu funcionamento

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RETROALIMENTAÇÃO (FEEDBACKS)

Retroalimentação POSITIVA - Quando se está ABERTO A NOVAS


CONSTRUÇÕES. Quando a família está aberta ao sistema,
apresentam DISPOSIÇÃO para MUDAR O SISTEM
MORFOGÊNESE

Retroalimentação NEGATIVA - Gera uma estabilidade no sistema,


mantendo a relação como ela é. A NÃO DISPOSIÇÃO para
MUDAR O SISTEMA, mantém a mesma lógica de
retroalimentação, caracterizando a HOMEOSTASE

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Cibernética

1940, Wierner escreveu sobre a Teoria da Cibernética, também


chamada de "Ciência da Correção".

O termo Cibernética origina-se da palavra grega kybernetes que


significa piloto, condutor.

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Cibernética

Desenvolver uma linguagem e técnicas que permitissem abordar o


problema da comunicação;

Mensagem era o elemento central, tanto na comunicação, quanto


no controle, ou seja, quando nos comunicamos enviamos uma
mensagem e, da mesma forma, quando comandamos.

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Cibernética

Cibernética de 1º Ordem
1ª Cibernética

2ª Cibernética

Cibernética de 2º Ordem

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Cibernética
Cibernética de 1º Ordem

1ª Cibernética 2ª Cibernética

Estabilidade;
o problema não é do paciente
Estrutura; referido somente, mas sim que o
Equilíbrio; problema passa por todos os
tratamento eficiente e membros da família.
breve;
O SINTOMA NÃO É O FOCO

O SINTOMA É O FOCO

Terapeuta como Observador


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Cibernética

Cibernética de 2º Ordem

Significado das
situações;

Foco nas relações;

Terapeuta como parte do


sistema

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Teoria da Comunicação

Gregory Bateson (1904-1980), antropólogo inglês, se utilizou das teorias acima


citadas para desenvolver a Teoria da Comunicação;

abrange fatores, tais como conteúdo:

conteúdo linguagem

forma

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Teoria da Comunicação

A Teoria da Comunicação humana, na sua origem, engloba três dimensões:

Sintaxe: Transmissão da Semântica: Significado dos


informacão símbolos

Pragmática: comportamentos da
comunicação

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Teoria da Comunicação

Enviam e recebem uma diversidade de mensagens

Verbal

Não Verbal

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Teoria da Comunicação
Os 5 axiomas:

3) constrói uma versão


2) própria do que observa e
1) Toda comunicação experimenta e, dessa forma,
define o relacionamento com
É impossível não tem aspecto de relato
as outras pessoas.
comunicar; (conteúdo) e de
ordem (relação); cada comportamento é causa
e efeito do outro);

4) 5)
Os seres humanos se Todas as permutas
comunicam de maneira comunicacionais ou são
digital (comunicação simétricas ou
verbal) e analógica complementares, e estão
(comunicação não- baseadas na igualdade ou
verbal); na diferença (Watzlawick et al. 1973)

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Teoria da Complexidade
Interligação

Interdependência

Não se fecha, nem se reduz a -Reuni


regras simplistas -Contextualiza
-Globaliza
-Reconhece o individuo
e o concreto

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Teoria da Complexidade

Aquele que lida, promove um diálogo com o real. Vê o Uno e o


Múltiplo, trabalha com verdades antagônicas, mas
complementares, é transdisciplinar, multidimensional e opera
de acordo com os princípios de conjunção/distinção

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Paradigma
simplificador: Paradigma complexo:

Põe Ordem, lei, domina o real Lida, dialoga com real (racional)
(Racionalização);

Ou/ou e/e

Verdades antagônicas Verdades antagônicas e complementares

Unidimensional/Unidisciplinar Multidimencional/Multidiciplinar

Disjunção/redução Conjunção/distinção

Determinista Considera o acaso e a incerteza

Supera a contradição Aceita a contradição

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Alguns princípios do pensamento Complexo

Tudo está ligado a tudo;

O mundo natural está ligado á tudo;

Toda ação implica em um feedback;

Todo feedback implica em novas ações;

Vivemos em circulo sistêmicos e dinâmicos de feedback, e


não em linhas estáticas de causa e efeito imediato;

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A fórmula "pense global e aja local"é sempre verdadeira,
mas é preciso acrescentar "Pense local e aja Global".

Edgar Morim

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Referências:

GOMES, Lauren Beltrão et al. As origens do pensamento sistêmico: das


partes para o todo. Pensando Famílias. Porto Alegre, v. 18, n. 2, p. 3-16, dez.
2014.

WATZLAWICK, Paul; BEAVIN, Janet; JACKSON, Don. Alguns Axiomas


Conjeturais da Comunicação (Cap. 2). In: WATZLAWICK, Paul; BEAVIN,
Janet; JACKSON, Don. Pragmática da Comunicação Humana. São Paulo:
Cultrix, 1967.

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