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Asmetamorfosesd Asmetamorfoses 2017
Asmetamorfosesd Asmetamorfoses 2017
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Mauri Furlan
Federal University of Santa Catarina
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All content following this page was uploaded by Mauri Furlan on 17 November 2017.
as metamorfoses
Organização
Mauri Furlan
Zilma Gesser Nunes
2017
Coordenação editorial:
Paulo Roberto da Silva
Capa e editoração:
Cristiano Tarouco
Revisão:
Heloisa Hübbe de Miranda
Juliana da Rosa
Lygia B. de A. Schmitz
Mauri Furlan
Thaís Fernandes
Zilma Gesser Nunes
Arte de capa com a pintura Pygmalion et Galatée (c. 1890), de Jean-Léon Gérôme
Ficha Catalográfica
(Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária
da Universidade Federal de Santa Catarina)
O96m Ovídio
As metamorfoses / Ovídio ; Organização, Mauri Furlan, Zilma Gesser Nunes ;
tradução, Claudio Aquati... [et al.]. – Florianópolis : Editora da UFSC, 2017.
820 p.
Inclui bibliografia.
Tradução de: Metamorphoses
ISBN 978-85-328-0812-7
1. Poesia românica. 2. Poesia épica românica. I. Naso, Publius Ovidius,
43 a.C. – 17 d.C. II. Nunes, Zilma Gesser. III. Furlan, Mauri. IV. Título.
CDU: 871-1
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida,
arquivada ou transmitida por qualquer meio ou forma sem prévia permissão
por escrito da Editora da UFSC.
Impresso no Brasil
7
De mudanças e de formas
Elisana De Carli, Thaís Fernandes e Zilma Gesser Nunes
17
As metamorfoses d'As metamorfoses
Mauri Furlan
29
Metamorphoses | As metamorfoses
30 . Liber I | Livro I . 31
Tradução de Cláudio Aquati
74 . Liber II | Livro II . 75
Tradução de Juvino Alves Maia Júnior
711
Notas dos tradutores
733
Referências
739
Um glossário para ler As metamorfoses
Juliana da Rosa, Lygia B. de A. Schmitz e Thaís Fernandes
743
Glossário
Tradução é metamorfose.
Essa não é uma definição clássica nos Estudos da Tradução sobre a
tarefa do tradutor – sequer é uma definição já precisada –, mas, sem dúvida,
presta-se enquanto um conceito capaz de abranger distintas correntes e
concepções da tradução, porque abarca a noção geral de que uma tradução,
por sua natureza, nunca é o texto fonte, nunca é o mesmo dizer, nunca é a
mesma coisa: a tradução se faz para ser “outro”, ela só comporta “o mesmo”
ao realizar-se como outro, ao re-criar-se, trans-formar-se, meta-morfosear-
se. Um tal conceito de tradução como metamorfose não implica defesa
prioritária do traduzir como adaptação, imitação, ou mera referência livre
a outro texto, nem advoga por tantas teorias que privilegiam o sentido, e
tampouco se opõe à concepção de tradução como forma (Walter Benjamin),
como letra (Antoine Berman), como texto (Henri Meschonnic).
Tradução é metamorfose. E nessa metamorfose se encontra a maior
possibilidade de os grandes textos literários, os clássicos, serem lidos
universalmente. A tradução é um prolongamento inevitável da literatura,
e deve prestar contas a ela. A possibilidade de a tradução tornar-se
texto, obra literária, surge quando o texto fonte se trans-porta e é trans-
portado – por detrás dessa metáfora, que significa que a tradução não
pode ser somente passiva se quiser que o texto primeiro continue vivo, há
uma concepção de tradução que extrapola aquela noção tradicional que
dá primazia ao sentido em detrimento da forma, e o faz mediante uma
concepção histórico-materialista da linguagem que põe fim ao reinado do
sentido objetivo, imanente, imutável, ahistórico,1 historicizando a escrita e
o escritor, a leitura e o leitor, a tradução e o tradutor.
Em sendo toda escritura uma prática de um sujeito (meschonnic,
1973), o tradutor é coautor da obra na língua da tradução, e, assim como
o autor primeiro, é histórico, e se lê-inscreve naquilo que lê e escreve. Essa
coautoria do tradutor se plasma em cada escolha que faz, em cada modo de
1
Cf. Furlan (2013).
Uma vez aceitos os convites, a seleção dos tradutores foi feita ten-
tando distribuir aleatoriamente e misturando as diversas procedências
– regionais e institucionais – dos tradutores. Ao final, a distribuição dos XV
livros d’As metamorfoses ficou a cargo dos seguintes tradutores: Cláudio
Aquati, (Livro I), Juvino Alves Maia Júnior (Livro II), Paulo Sérgio de Vas-
concellos (Livro III), Matheus Trevizam (Livro IV), Luis Henrique Milani
Queriquelli (Livro V), Arlete José Mota (Livro VI), Rodrigo Tadeu Gonçal-
ves (Livro VII), Milton Marques Júnior (Livro VIII), José Ernesto de Vargas
2
Disponível em: <http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3atext%3a19
99.02.0029>. Pode ser baixada em pdf, fac-simile da edição impressa, disponível em:
<https://ia902303.us.archive.org/22/items/bub_gb_BetEAQAAIAAJ/bub_gb_BetEAQA
AIAAJ.pdf>.