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Geodesia Fisica Jose Milton Arana
Geodesia Fisica Jose Milton Arana
NOTAS DE AULA
POR
Departamento de Cartografia
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Unesp – Campus de Presidente Prudente
MARÇO / 2000
ii
iii
SUMÁRIO
CAPA . . . . . . . . . . . i
CONTRA CAPA . . . . . . . . . ii
SUMÁRIO . . . . . . . . . . iii
1 GEODÉSIA FÍSICA . . . . . . . . 1
1.1 Introdução . . . . . . . . . 1
1.2 Coordenadas geodésicas . . . . . . . 2
1.3 Geodésia Física . . . . . . . . 4
1.3.1 Campo da gravidade . . . . . . . 4
1.3.2 Componentes da força de atração . . . . . 6
2 POTENCIAL DE ATRAÇÃO . . . . . . . 9
2.1 Operadores . . . . . . . . . 11
2.2 Campos vetoriais . . . . . . . . 12
2.3 Geóide e desvio da vertical . . . . . . 13
2.4 Campo da gravidade terrestre . . . . . . 14
2.5 Geópes e vertical . . . . . . . . 16
4 PROBLEMA DE CONTORNO . . . . . . . 28
4.1 Determinação gravimétrica das ondulações do geóide e do
desvio da vertical . . . . . . . . 29
4.2 Integral de Stokes . . . . . . . . 30
4.3 Co-geóide . . . . . . . . . 32
4.4 Restrições na aplicação da integral de Stokes . . . . 32
4.5 Fórmula de Vening-Meinesz . . . . . . 33
4.6 Aplicação da Fórmula de Stokes . . . . . . 33
4.6.1 Determinação de N pelo método das zonas . . . . 34
iv
5 REDUÇÕES GRAVIMÉTRICAS . . . . . . 37
5.1 Anomalia free-air . . . . . . . . 39
5.2 Anomalia de Bouguer . . . . . . . 39
5.3 Reduções isostáticas . . . . . . . 41
5.3.1 Sistema de Prat-Hayford . . . . . . 41
5.3.2 Sistema de Airy-Heiskanen . . . . . . 41
5.4 Efeito indireto . . . . . . . . 41
6 ALTITUDE . . . . . . . . . 43
6.1 Números geopotenciais . . . . . . . 44
6.2 Altitudes científicas . . . . . . . . 45
6.2.1 Altitude ortométrica . . . . . . . 46
6.2.2 Altitude de Helmert . . . . . . . 47
6.2.3 Altitude de Vignal . . . . . . . 47
6.2.4 Altitude normal . . . . . . . . 47
6.2.5 Altitude dinâmica . . . . . . . 48
6.3 Influência da atração luni-solar no valor da gravidade . . . 49
normal
vertical geópe
Superfície Física
H altitude ortométrica
altitude geométrica h
.
geóide
N ondulação do geóide
elipsóide
Figura 01- Superfícies de referências
2
h=N+H . . . . 1.01
vertical normal
ξ
PN
η
i Q
HN HS
Q’
Desvio da Vertical (i) é o ângulo formado pela normal (ao elipsóidear) e pela
vertical (perpendicular ao geope passante pelo ponto).
O desvio da vertical (i) pode ser decomposto em:
- componente meridiana (ξ ); e
- componente primeiro vertical (η).
A componente meridiana do desvio da vertical pode ser determinada por:
ξ = ϕa – ϕ . . . . . . . . 1.02
η = ( Aa – A) cotg ϕ. . . . . . . 1.04
ou
G m1 m 2
r F1 = F2 = . . 1.06
r2
m1
F2 Figura 03 - Atração de duas partículas
5
No sistema Internacional,
G = 66,72 10-12 m3 Kg-1 s-2
Z
G m1 m 2
F2 →1 = ( r2 − r1 ) . . 1.07
3
r2 − r1
m2
r2 − r1
m1 r2
r1 Y
X
Figura 04 - Força Vetorial
GM
F= . . . . 1.08
r2
6
Z
Fy Fx
F Fz
m Y
0
X
Figura 05 – Componentes da Força de Atração
Temos que:
G m1 m 2
F2 →1 = ( r2 − r1 )
3
r2 − r1
ou
Gm
F=− r . . . . . . . . . 1.09
r3
r = P − 0 = x i + y j + zk . . . . . . . 1.10
GM
F=− (x i + y j + zk ) . . . . . . . 1.11
r3
Gm
Fx = − x
r3
Gm
Fy = − y . . . . . . . . 1.12
r3
Gm
Fz = − z
r3
Prova:
Calculando-se o módulo da força de atração:
(x 2 + y 2 + z 2 )
2
Gm G 2m 2 2
F 2 = Fx2 + Fy2 + Fz2 = − = r
r3 r6
G 2m 2 Gm
F2 = ∴ F=
r4 r2
Gm
F=−
3
(x − x')2i + (y − y')2j + (z − z')k2 . . . . . 1.13
r
n m
F = −G i r . . . . . . . . 1.14
3 i
i =1 r
i
m1
m2
Cujas componentes serão: P
Fy = −G
(
n y − y'
i m) . . . . . . 1.15
3 i
i =1 r
i
Fz = −G
(
n z − z'
i m)
3 i
i =1 r
i
Considerando um sistema contínuo de massas atrativa, encerrado por um
volume v, tem-se:
P(l,x’,y’,z’)
l
V
dm
X
Figura 07 – Sistema contínuo de massas
dm
F = −G r . . . . . . . . 1.16
3
M r
x − x'
Fx = −G dm
3
M r
y − y'
Fy = −G dm . . . . . . 1.17
3
M r
z − z'
Fz = −G dm
3
M r
2 POTENCIAL DE ATRAÇÃO
O potencial gravitacional ou de atração (newtoniano) é uma função escalar de
posição, definida por:
GM
Vp = . . . . . . . . 2.1
r
VP é o potencial exercido pela massa M (x’, y’, z’) sobre a partícula de massa unitária
P(x, y, z).
nm
V =G i . . . . . . . . 2.2
i =1 ri
dm
V =G . . . . . . . . 2.3
M r
m
δ= , tem-se:
v
10
dm
δ=
dv
ou . . . . . . . . 2.4
dm = δ dv
δ
V= dv . . . . . . . . 2.5
Vr
Onde,
dv = dx dy dz elemento de volume.
∂V ∂ GM
=
∂x ∂x r
∂V ∂ 1
= GM
∂x ∂x r
. . . . 2.6
mas,
[ ]
1
r = (x − x '
) + (y − y') + (
2 2
z − z' )
2 2
desenvolvendo, tem-se:
11
∂V GM
=− x;
∂x r3
∂V GM
=− y . . . . . . . 2.7
∂y r3
∂V GM
=− z
∂z r3
∂V
= Fx
∂x
∂V
= Fy
∂y
∂V
= Fz
∂z
2.1 Operadores
a) Nabla
∂ ∂ ∂
∇= i+ j+ k
∂x ∂y ∂z
b) Gradiente de um escalar E
grad E = ∇ E
[
c) Divergência de um vetor A A x , A y , A z ]
div A = ∇ ⋅ A Onde o ponto (.) significa produto interno de vetores.
12
∂A x ∂A y ∂A z
div A = + +
∂x ∂y ∂z
d) Rotacional de um vetor A
rot A = ∇ ∧ A
i j k
∂ ∂ ∂
rot A =
∂x ∂y ∂z
Ax Ay Az
e) Operador de Laplace
∂2 ∂2 ∂2
∆= + +
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
∆ = div grad E
geóide
elipsóide
∂V ∂V ∂V
F= i+ j+ k
∂x ∂y ∂z
ou . . . . . . 2.9
F = Fx + Fy + Fz
g = grad W
g = grad ( V + Q) . . . . . . 2.10
g=F+C
Onde:
- g --> Vetor gravidade;
- V --> Potencial gravitacional (atração);
w 2 d2
- Q --> Potencial centrífugo (rotação); Q=
2
- F --> Representa a atração exercida pela massa da Terra sobre a partícula de
massa unitária;
- C --> Força centrifuga que a massa unitária se acha sujeita.
∂W i ∂W j ∂Wk
grad W = + +
∂x ∂y ∂z
ou . . . . . . 2.11
grad W = g x i + g y j + g z k
∂W (x − x' )
g x = Fx + C x = = −G dm + w 2 x
∂x r3
MT
∂W ( y − y' )
g y = Fy + C y = = −G dm + w 2 y . . . 2.12
∂y r3
MT
∂W (z − z ' )
g z = Fz + C z = = −G dm + w 2 z
∂z r3
MT
W (x, y, z) = Constante
T=W–U . . . . . . . . . 3.1
∆ Funcao = 0
Mas,
19
∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T
∆T = + + . . . . . . . 3.2
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T
∆T = 2 + 2 + 2 = 0 . . . . . . 3.3
∂x ∂y ∂z
Sendo o potencial perturbador uma função harmônica, implica dizer que este
pode ser desenvolvido em uma série de harmônicos esféricos.
P
geópe W
γ = ∇U
i esferope U
g = ∇W
γ
g
Figura 11 - geópe e esferope
Os três parâmetros básicos do campo da gravidade que são usados na
Geodésia Física são: a anomalia da gravidade, o desvio da vertical, e a altura
geoidal.
20
geópe W P
P superf. física
gp
n v
P0 geóide W 0 U
g0
Q
elipsóide Uo = W 0
P’0
γ
Figura 12 – Superfície eqüipotencial W, W 0 e U
ξ = ϕa − ϕ g . . . . . . . . . 3.4
η = (λ a − λ g ) cos ϕ . . . . . . . . 3.5
∂g = gp − γ p . . . . . . . . . 3.6
∂g = gp − γ p . . . . . . . . . 3.7
∂W ∂U ∂T
δ=− + =− . . . . . . . 3.9
∂n ∂n ∂n
∂T
δ=− . . . . . . . . . 3.10
∂H
da Terra Normal) passante por P0, projeção de P sobre o geóide, e P0', projeção
de P sobre o elipsóide.
U0 − U = N . γ
. . . . . . . . 3.11
U = U0 − N γ
Lembrando: T = W – U,
T = W 0 – U0 + N γ . . . . . . . . 3.12
22
Derivando esta equação (3.12) e forçando para que a normal coincida com a
vertical, tem-se:
∂T ∂W0 ∂U0 ∂γ
= − +N
∂n ∂n ∂n ∂n
. . . . . . . 3.13
∂T ∂γ
= −g + γ + N
∂n ∂n
∂γ ∂T
g − γ = ∆g = N − . . . . . . . 3.14
∂n ∂n
T=Nγ . . . . . . . . . 3.15
T ∂γ ∂T
∆g = − . . . . . . . . 3.16
γ ∂n ∂n
23
T = T1 + T2 + T3 + . . .
∞ n 1
T=
n +1
[anm cos mλ + bnm sen mλ] Pnm (ν)
n=0 m =0 R
. . . 3.17
ou
∞ Sn
T=
n +1
n=0 R
Derivando, tem-se:
∂T ∂T ∞ Sn
= =− (n + 1) . . . . . . 3.18
∂n ∂R n=0 Rn + 2
∞ Sn ∞ Sn
∆g = −2 + . . . . . . 3.19
n+2
n=0 R n=0 Rn + 2
Sn
∆g = (n + 1 − 2) . . . . . . . 3.20
Rn + 2
Sn
∆g = (n − 1) . . . . . . . 3.21
Rn + 2
24
1 Sn
N= . . . . . . . . 3.22
G R n +1
g = grad W
γ = grad U . . . . . . . . . 3.23
3.6.1 Esferopotencial
O potencial produzido pela Terra Normal (U) é:
25
U=Z+Q . . . . . . . . . 3.24
Onde,
Z – refere-se ao potencial de atração produzido pela Terra Normal; e
Q – refere-se ao potencial centrífugo.
δU δU δU
grad U = γ = i+ j+ k = γx i + γx j + γxk . . . 3.25
δx δx δx
∆Z = 0,
∆Q = ∆U = 2w2, . . . . . . . . 3.26
Onde w representa a velocidade angular da Terra Normal (igual à velocidade
da Terra Real).
Esferopotencial Centrífugo
O esferopotencial centrífugo é dado por:
C = grad Q = w 2 x i + w 2 y j . . . . . . 3.28
26
J2 =
(2α − m − α ) +
2
2α m
. . . . . . . 3.30
3 21
a w2 3 2
m= − m . . . . . . . . . 3.31
γe 2
gravidade normal
γ = γe (1 + β sen2ϕ - β1 sen2 2ϕ - β2 sen2ϕ sen22ϕ) . . . . 3.32
. no pólo
γ45 = 983 217,72 mGal
∂γ
= − 0,30834
∂n
[ ( )
γ = γ el 1 − 2 h 1 + α − 2 α sen 2 ϕ + m / a + 3 h 2 / a 2 ]
.Unidades
Gal m s-2 ou cm s-2 N = Kg 1 m s-2
miliGal mGal m s-2 x 10-5 F=ma
microGal µGal m s-2 x 10-8
Exercício:
Calcular a gravidade normal, referente ao SAD69, para ϕ = 20oS; para ϕ = 22oS;
para 24oS; para 26oS; e para 28oS.
28
4 PROBLEMA DE CONTORNO
problema direto da Teoria do Potencial
”determinação do potencial a partir das massas geradoras”
∞ 2n + 1
F(ν'
, λ') = Pn (ψ ) F(ν, λ ) dσ . . . . . 4.1
n = 0 4π σ
∞ 2n + 1
∆g = Pn (ψ ) ∆gS dS . . . . . . 4.2
n=0 4πR 2 S
dS = R2 dσ . . . . . . . . . 4.3
R ∆gn
Nn = . . . . . . . . 4.4
G n −1
1 ∞ 2n + 1
N= Pn (ψ ) ∆gS ds . . . . 4.5
4πRG S n=2 n −1
∞ 2n + 1
Pn (ψ ) = S(ψ )
n=2 n −1
ψ ψ ψ ψ
S(ψ ) = cos ec + 1 − 6 sen − 5 cos ψ − 3 cos ψ loge [sen (1 + sen )] .4.6
2 2 2 2
1
N= S(ψ ) ∆gS dS . . . . . . 4.7
4πRG S
ou,
R π 2π
N= ∆gS S(ψ ) sen(ψ ) dψ dA . . . . 4.8
4πG 0 0
32
4.3 Co-geóide
A aplicação da integral de Stokes pressupõe a inexistência de massas
externas ao geóide. A supressão das massas topográficas (externas ao geóide)
acarreta um novo problema, ou seja, “produz” uma Terra Fictícia com a conseqüente
alteração do potencial gravífico. Em tais condições, a Fórmula de Stokes
proporcionará a separação entre o elipsóide de referência e um “geóide fictício”,
designado por co-geóide.
k ∆M ∆W R
N= − + ∆g S(ψ ) dσ . . 4.9
RG G 4πG σ
Onde:
k ∆M
= T0 , representa o termo de grau zero no desenvolvimento do
RG
potencial perturbador, e
33
ξ" cos A
ρ" π 2π
= − ∆g f '(ψ ) sen ψ dψ dA . . 4.10
2πG 0 0
η" sen A
ξ" cos A
ρ" π/2 2π
= − ∆g(φ', λ') f '(ψ ) cos φ' dφ' dλ' 4.11
2πG −π / 2 0
η" sen A
ψi+1
ψi
ψ2
R
∆N = ∆g F(ψ ) dψ . . . . . 4.12
G ψ1
Fazendo:
ψ2 ψ2 ψ1
F(ψ ) dψ = F(ψ ) dψ − F(ψ ) dψ = φ(ψ 2 ) − φ(ψ1 ) 4.13
ψ1 0 0
R
∆N = ∆g [ φ(ψ 2 ) − φ(ψ1 )] . . . . . .4.14
G
Onde,
ψ
φ(ψ ) = F(ψ ) =
0
ψ ψ 7 3 ψ ψ
= 0,5 [1 + 4 sen − cos ψ − 6 sen 2 − sen 2 ψ − sen 2 ψ log e (sen + sen 2 )] 4.
2 2 4 2 2 2
15
R n
N= ∆gi [φ (ψ i +1 ) − φ (ψ i )] . . . . . 4.16
G i =1
R
N= ∆gσ f (ψ ) dσ . . . . . . 4.17
2G σ
R
N= ∆g q f (ψ ) q . . . . . . 4.18
2πG
Onde:
- ∆gq : é a anomalia média do “quadrado”;
- ψ é a distância angular do ponto, no qual pretende-se calcular N, ao centro de
cada quadrado; e
- q é a área do quadrado.
Na Fórmula 4.18, fazendo:
R. q. f (ψ )
Cq = . . . . . . . 4.19
2. π G
∆N = ∆g q C q . . . . . . . . 4.20
N= C q ∆gq . . . . . . . 4.21
5 REDUÇÕES GRAVIMÉTRICAS
∆g = g0 − γ . . . . . . . . 5.1
∆g f = g + CF − λ . . . . . . . . 5.2
∆gB = g + CF + CB − γ . . . . . . . 5.3
∆gI = g + CF + CB + CI − γ . . . . . . . 5.4
∂g
CF = H . . . . . . . . . 5.5
∂H
∂g
Onde, é o gradiente vertical da gravidade. Em trabalhos práticos utiliza-se
∂H
o gradiente da gravidade normal:
CF = 0,3086 H . . . . . . . . 5.6
CB = -A -B +C . . . . . . . . 5.8
A=2πkδH . . . . . . . . 5.9
δ = 2670 Kg m-3
40
A = 0,1119 H
O termo B, da Equação 5.8 encontra-se tabelado em função de H. O termo C
encontra-se tabelado.
Onde, o termo A constitui a correção de Bouguer propriamente dita
(corresponde à componente vertical da atração exercida por um platô horizontal de
1
espessura H sobre uma partícula de massa unitária situado na sua superfície). Tl
componente é aproximadamente igual à que seria produzida por uma calota de raio
de 166,7 Km. O termo B “transforma” o platô em calota. O termo C é designado por
correção de terreno, onde é considerado as irregularidades topográficas em relação
à calota.
correção de terreno
O termo C da Fórmula 5.8 (correção do terreno) é responsável pela
“eliminação” das massas topográficas irregulares em relação à calota. Seu cálculo é
executado a partir de cartas altimétricas da região vizinha à estação. a região pé
dividida em zonas (denominadas de zonas literais de Hayford) são designadas
1
igual a altitude ortométrica da estação
41
pelo alfabeto maiúsculo A pequena calota que envolve a estação gravimétrica, por B
. ., por C . . , . . . O, esta representa a zona mais afastada, com raio de 166,7 Km e
delimita a calota de Bouguer.
H δ δ geóide
δo
δo P
δ1 δ
h δ2
superfície de compensação
∂g 2g
CEI = n= n. . . . . . . 5.10
∂n a
∆V
n= . . . . . . . . 5.11
g
∆V
CEI = . . . . . . . . 5.12
a
∆g = g + CF + CB + CI + CEI - γ . . . . . 5.13
6 ALTITUDE
Define-se altitude de um ponto, pertencente à superfície física da Terra como
sendo a distância, contada ao longo da vertical, da superfície eqüipotencial do
campo da gravidade, denominada geóide, que tem por convenção altitude zero ao
ponto.
A diferença de altitude entre dois pontos da superfície terrestre pode ser
determinada pelo nivelamento geométrico, onde são realizadas as leituras das
miras em pontos distintos, cuja diferença de leitura proporciona a diferença de
altitude entre os dois pontos considerados; a repetição desta operação
sucessivamente ao longo de um circuito de n estações proporciona a diferença de
altitude entre os pontos extremos. Conforme Equação 6.1:
n
Hn − H1 = ∆Hi . . . . . . . . 6.1
i =1
δh
δh δh
δh
δh Po geóide
δh
CP = W0 − WP
. . . . . . . . 6.2
P
CP = g dz
0
O nivelamento geométrico tem sua origem nos marégrafos, que por sua vez
45
tem origem no nível médio dos mares geóide, assim sendo, o nivelamento
geométrico possui origem no “geóide” que possui geompotencial W0. O nivelamento
geométrico desenvolvido acompanhado de determinações gravimétrica nos
possibilita a determinação do número geopotencial, onde, a integral acima é
substituída pou um somatório, conforme Equação 6.3:
P
CP = gi ∆Z i . . . . . . . . 6.3
0
altitude, a saber:
P
S.Física
0
geóide
P’
P
g ∆z
0
Hc = . . . . . . . 6.4
γ
g ∆z
H= . . . . . . . . . 6.5
gm
- γp = γo - CF
P Superfície Física
Geópe W = W P
ζ
Q TELURÓIDE
Esferope U = W P
Geóde W = W 0
Q’ Quase-geóide
ζ
Q0 Elipsóide U = W 0
( ) 2
γ n = γ [1 − 1 + α + m − 2α sen2 ϕ HM / a + HM / a 2 ] . . . 6.7
γ67 = 978,0318 (1+ 0,005 302 4 sen2ϕ - 0,000 005 9 sen2 2ϕ)
v M
p
r’
Z’
P
r
a
Z
3 GM p 3 sen 2 Z
Fh = . . . . . . . 6.8
2a
Fv =
GM p 3
a 2
[3 cos 2
]
Z −1 . . . . . . . 6.9
Onde, as Expressões 6.8 e 6.9 são utilizadas tanto para o Sol como para a
Lua.
π 2π
R
N= ∆g S S (ψ ) sen ψ dψ dA . . . . . .7.1
4πG 0 0
onde:
. N – ondulação do geóide;
. R – raio médio terrestre;
. G – valor médio da gravidade;
. ∆g - anomalia média da gravidade no elemento de área ds; e
. S (ψ ) - função de Stokes, obtida em função da distância angular entre o ponto onde
se calcula a ondulação e o elemento de área ds, que contribui na
determinação de N.
ψ ψ ψ ψ
S (ψ ) = cos ec + 1 − 6 sen − 5 cosψ − 3 cosψ log e sen 1 + sen . . 7.2
2 2 2 2
ξ =ϕa −ϕ
η = (λ a − λ ) cos ϕ . . .. . . . 7.3
η = ( Aa − A) cot gϕ
onde;
. ϕ - latitude geodésica;
. λ - longitude geodésica;
. A – azimute geodésico;
. ξ - componente meridiana do desvio; e
. η - componente primeiro vertical do desvio;
os sub-índices a denotam grandezas astronômicas
Na figura 01, o desvio da vertical está representado segundo um plano de
azimute qualquer,
NORMAL
VERTICAL
ε
geóide
dN
ds
ds
elipsóide
nota-se que a diferença da ondulação do geóide entre dois pontos, separados a uma
distância infinitesimal ds, será de:
dN = -ε ds . . . . . . . . . 7.4
B
N B = N A − ε ds . . . . . . . . .7.5
A
onde,
H 2 − H 1 = h2 − h1 − ( N 2 − N 1 ) . . . . . . 7.7
Onde:
H – altitude ortométrica;
h – altitude geométrica; e
N – ondulação geoidal.
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(modelo com base apenas nos dados dos satélites do EGM96 para grau e ordem
70).
No desenvolvimento do modelo para o grau e ordem 70, foi incorporado os
dados dos satélites altimétricos do TOPEX/POSEIDON, ERS-1 and GEOSAT
juntamente com o EGM96S. A maior contribuição dos dados usados pelo GSFC
incluiu novas observações do Lageos, Lageos-2, Ajisai, Saterlette, Stella, TOPEX,
GPSMET, GEOS-1 and GEOSAT.
Finalmente, o GSFC desenvolveu o modelo de alto grau EGM96 utilizando-se
da combinação de dados até grau e ordem 70 (dados de satélites EGM96S, dados
de altimetria e dados terrestres), para a determinação dos coeficientes do grau e
ordem de 71 à 359 utilizou-se da solução de bloco diagonal, e para o grau e ordem
360 utilizou-se da solução por quadratura.
l AX
H X = H A + ∆h AX − ∆N AB . . . . . 7.8
l AB
Onde,
HX – representa a altitude ortométrica do ponto a ser interpolado;
HA – altitude ortométrica da RN, situada em A;
∆hAX – diferença de altitudes geométricas do ponto a ser interpolado e RN, situada
em A;
lAX – distância entre o ponto a ser interpolado e a RN, em A;
lAB – distância entre as RN, situadas em A e em B; e
∆NAB – diferença de ondulações geoidais nas RN em A e em B.
No caso em que se deseja a interpolação de vários valores da ondulação do
geóide, em uma área, pode-se determinar um plano (equação 7.9) ou uma poli-
superfície (equações de 7.10 à 7.12, assim, conhecendo-se pelo menos três RRNN
com altitudes geométricas determinadas, sendo não co-lineares, pode-se determinar
a ondulação geoidal destes pontos, e a partir destas determinar um plano, ou poli-
superfície), que representa o geóide nas RN. Estendendo-se o conceito de
interpolação, descrito acima, para regiões que possuam números maior de pontos
com ondulação do geóide conhecidos pelo nivelamento associado ao GPS, pode-se
utilizar modelos matemáticos que representam o geóide na região em apreço. Há
autores que caracterizam o geóide obtido por este procedimento de geóide
geométrico, ainda, por se tratar da determinação do geóide em uma específica
região, há autores que o designam de geóide local. FIEDLER, J. apresenta modelos
matemáticos (modelos de interpolação) que representam o geóide na região em
apreço, conforme segue:
Onde:
zi – representa a ondulação do geóide na RN;
Ei,Ni – coordenadas UTM das RNi; e
a, b, c, d, e – são os parâmetros a serem determinados no ajustamento.
RN
P S.Física
H h H
h
geóide
δNP δN
NGPS geóide
(mod.geop.)
NP Ng
elipsóide
Onde:
. H – Altitude ortométrica;
. h – Altitude geométrica;
. Ng – Ondulação do geóide obtida pelo modelo do geopotencial;
. NGPS – Ondulação do geóide obtida pelo GPS/nivelamento; e
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δN = NGPS – Ng
ou,
NGPS = Ng + δN . . . . . . . . 7.10
NP = Ng + δNP . . . . . . . . 7.11
8 BIBLIOGRAFIA
KUANG, S., FIDIS, C., THOMAS, F. Modeling of the local geoid with GPS and
leveling: A case study.
MARTINEC, A., VANICEK, P., MAINVILLE, A., VÉRONNEAU, M. The effect of lake
water on geoidal height. Manuscripta Geodaetica. Springer-Verlag. Berlin.
1995.