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1. O OBJECTO
1.1. A DIFICULDADE DE UMA DEFINIÇÃO
Apesar de se tratar de uma designação corrente há mais de dois séculos e de ser desde
então uma ciência muito cultivada, não consegue encontrar-se para ela uma definição
inteiramente satisfatória.
Não escapa também à crítica de ser demasiado ampla a definição de Robbins, segundo
a qua a economia estuda a problemática da aplicação de recursos escassos e de
emprego alternativo em finalidades de desigual importância.
Há que saber afinal: o que produzir, como, a favor de quem, onde e quando.
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1.2.1. AS NECESSIDADES
NOÇÃO:
Insatisfações acompanhadas da consciência e do desejo de possuir bens
(materiais e serviços) julgados capazes de as satisfazer.
Tratam-se de Estados Psicológicos e não de situações do Mundo Físico.
As necessidades variam muito de pessoa para pessoa e para a mesma pessoa entre
diferentes períodos.
Por seu turno variam acentuadamente de país para país, de região para região, de
época para época, também aqui muitas vezes sem qualquer relação com o nível real das
disponibilidades existentes.
Os cidadãos das sociedades primitivas, em muitos casos não terão conhecimento destes
objectos; alguns conhecem, mas não sentem a sua necessidade.
Não acontece, por outro lado, que as necessidades a satisfazer vão diminuindo com o
progresso económico. Acontece, isso sim, que vão sendo progressivamente satisfeitas
as que objectivamente podem ser consideradas como necessidades vitais.
Mas o próprio progresso traz consigo novas necessidades e mesmo meios de criação de
novas necessidades, como é o caso de todos os meios áudio-visuais, cada vez mais
aperfeiçoados e difundidos nos cidadãos.
1.2.2. OS BENS
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A. BENS MATERIAIS E SERVIÇOS (OU BENS IMATERIAIS)
BENS MATERIAIS:
São aqueles que têm realidade física, existência corpórea, são um objecto do mundo
real.
SERVIÇOS (IMATERIAIS):
Não têm realidade física, não são coisas corpóreas; consistem em utilidades prestadas
por umas pessoas a outras
Instrumentos de produção de outros bens, tanto bens directos como ainda outros bens
instrumentais utilizados na cadeia de produção de bens directos
Classificação Funcional
Pode acontecer que um bem tanto possa ser directo como indirecto, dependendo da
função exercida.
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C. MATÉRIAS-PRIMAS (SUBSIDIÁRIAS E DE SEMI-PRODUTO):
Bens da natureza que, não tendo sofrido ainda nenhuma transformação por
mão do homem, se destinam a ulteriores transformações.
MATÉRIAS SUBSIDIÁRIAS
São bens que podem ser utilizados tal como a Natureza os proporciona, se destinam a
auxiliar a transformação de outros bens e não a serem transformados.
Deve notar-se que alguns bens, de que estes últimos servem como exemplo de
matérias subsidiárias, podem ser matérias-primas, quando são incorporados nos bens a
produzir: o petróleo nas fibras sintéticas e o carvão no ferro fundido
SEMI-PRODUTO /SEMI-ACABADOS/INTERMEDIÁRIOS
As máquinas destinam-se a auxiliar a produção de outros bens, são por isso bens
indirectos ou de produção, mas em si mesmas esgotaram a escala de transformações,
sendo por isso bens finais.
SUBPRODUTOS
Bens que resultam da produção de outros bens, como resíduos, mas podem ainda ser
utilizados.
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Também eles podem ser utilizados como bens directos, como é o caso da parafina,
subproduto do petróleo, que é utilizável como remédio, ou como bens indirectos, como
é o caso da serradura, resultante do corte da madeira, utilizável para a produção de
contraplacados.
BENS CONSUMÍVEIS
Aqueles que com a sua utilização deixam de existir como bens da mesma espécie
BENS DURADOUROS
Não deixam de existir como bens da mesma espécie após a sua utilização
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necessidades básicas, mesmo estando velhos numa situação de dificuldade,
poderão ser usados durante um ou dois anos mais.
BENS DURÁVEIS
São duráveis todos os bens duradouros, mas há também bens consumíveis (bens que
deixam de existir como bens da mesma espécie com a sua utilização) que também são
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duráveis: como o carvão, que pode ser armazenado sem se estragar ou ainda bens de
consumo, como conservas e o vinho.
Bens que se estragam num curto período de tempo, não podendo por isso ser
armazenados durante anos ou mesmo dias.
Estão nestas circunstancias tanto bens directos, como bens alimentares, tanto bens
indirectos, como é o caso de muitas matérias-primas agrícolas.
BENS COMPLEMENTARES
São aqueles que, por gosto ou por hábito dos consumidores ou por razões técnicas, são
utilizados conjuntamente no consumo ou produção
BENS SUBSTITUÍVEIS
São aqueles que fazem concorrência entre si, podendo utilizar-se em alternativa na
satisfação do consumo ou na produção.
Exemplo de bem fungível: Nota de banco, importando a substituição por uma outra
que, embora com o mesmo valor, tenha um número diferente.
Nos demais casos, que são os mais frequentes, o substituto não dá exactamente a
mesma satisfação, ou não tem a mesma eficiência que o substituído, tratando-se, por
isso mesmo, de um bem sucedâneo, em relação ao bem principal.
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Exemplos de bem sucedâneo: O chá em relação ao café, ou a margarina em relação à
manteiga.
São bens que resultam de um mesmo processo produtivo, não podendo produzir-se um
deles sem que da produção resulte necessariamente a produção do outro.
São bens que resultam do mesmo processo produtivo, não necessariamente, mas por
uma razão de conveniência, por se conseguir assim uma produção com custos mais
baixos.
1.2.3. A PRODUÇÃO
NOÇÃO:
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A) NA PRODUÇÃO PODEM DISTINGUIR-SE VÁRIAS MODALIDADES:
1) INDÚSTRIA EXTRACTIVA
O homem recolhe da natureza os recursos que ela põe à sua disposição, utilizando-os
quer directamente no consumo, quer como matérias-primas em outras indústrias.
Exemplos: água mineral que se destina a ser bebida pelos consumidores; ferro/petróleo
(respectivamente)
2) AGRICULTURA
3) INDÚSTRIA TRANSFORMADORA
Há também uma transformação de bens, para lhes proporcionar novas utilidades, mas
neste caso, trata-se de uma transformação mecânica ou química.
O transporte acrescenta pois aos bens a utilidade de ficarem disponíveis onde são
necessários, verificando-se assim um paralelismo desta industria com a industria
extractiva, que ao fim e ao cabo procede também a uma deslocação no espaço, em
princípio no sentido vertical, ao extrair o minério das minas.
5) COMÉRCIO
6) PRODUÇÃO DE SERVIÇOS
Com um relevo crescente nas economias modernas, assume ainda várias outras formas,
sendo difícil ou mesmo impossível uma caracterização que abranja outras formas,
sendo difícil, ou mesmo impossível, uma caracterização que abranja todas elas;
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podendo tratar-se de serviços médicos, de ensino, culturais, turismo, desporto,
bancários….
1.2.4. A UTILIDADE
Utilidade é a aptidão real ou presumida dos bens para satisfação das necessidades.
Por outro lado, não há um problema económico de utilidade em relação a um bem que,
embora seja considerado muito benéfico, ninguém procura.
UTILIDADE TOTAL
Em princípio qualquer bem adicional de que possa dispor-se faz aumentar a utilidade
total.
UTILIDADE MARGINAL
A utilidade marginal é a utilidade do bem que está na margem, quer seja por se tratar
de:
2. Um bem que vem satisfazer uma determinada necessidade que foi já satisfeita
com unidades anteriores
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EXEMPLO 1
Temos 10 recipientes de água para regar, 40 para beber, 30 para cozinhar e 20 para
lavar.
Ut= 10+40+30+20=100
EXEMPLO 2
Consumimos quantidades sucessivas de um mesmo bem.
1 2 3 4
2ª Dose: Aumenta a utilidade Total, mas a Utilidade Marginal vai sendo menor
Nos 2 casos, chega-se à situação de que a Utilidade Total não aumenta quando a
utilidade marginal for igual a 0. A utilidade não acresce em termos de bem estar porque
não há necessidade a satisfazer
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À medida que Q aumenta, U’ (Utilidade marginal) vai diminuindo, pois a necessidade vai
sendo sucessivamente satisfeita.
ENTÃO…
Quando das quantidades a mais resultar uma utilidade marginal negativa, estas
provocam algum mal-estar.
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A lei da utilidade decrescente é, pois, a lei da utilidade marginal decrescente. A
Utilidade Marginal vai decrescendo, porque, no caso de uma necessidade que vai sendo
sucessivamente satisfeita com doses adicionais de um bem, a intensidade da
necessidade vai diminuindo
EXCEPÇÃO
O decréscimo não se verifica se a dose anterior, em vez de ter satisfeito a
necessidade, ainda a aguçou mais. (Exemplo: fome Pouca comida)
UTILIDADE
ESCASSEZ
MARGINAL
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EQUILIBRIO DAS UTILIDADES MARGINAIS DOS DIVERSOS BENS
PONDERADOS PELO PREÇO
EXEMPLO 1:
1 Consumidor pode admitir a supressão total de diamantes, mas não de
água + Utilidade Total;
Mas estando em causa um acréscimo, o consumidor prefere + 1 diamante
(necessidade menos urgente) + Utilidade Marginal
EXEMPLO 2
Bife Vaca 8€
Bife de Porco 4€
Não se comprará o Bife de vaca se a utilidade Marginal de ambos for igual.
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1.2.6. AS ESCOLHAS EM ALTERNATIVA
Havendo escassez de bens de consumo, indirectos ou de factores de produção, levanta-se o
problema da sua afectação, tanto ao nível do consumo como ao nível da produção.
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b) ISOQUANTASG
Cada nível de produção é representado por uma curva, a Isoquanta (ou curva de
igualdade de produção), que pode ser atingida de diversas combinações de factores.
O produtor pode utilizar mais (ou menos) capital ou mais (ou menos) trabalho para
produzir cada quantidade de produto.
Cada unidade a menos de trabalho, terá que ser substituída com capital, e vice versa.
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K
6
Máximo
5
aproveitamento
4
3 i= Isoquanta
0
0 1 2 3 4 5 L
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c) CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
Assim, a linha que liga os pontos de tangencia das isoquantas quando elas são convexas
entre si, a linha OAEGOB, é a linha de máxima eficiência na produção de todos os bens.
Esta curva pode ser representada num diagrama cartesiano em que em cada um dos
eixos é representado um dos produtos, tratando-se, agora de uma curva côncava
relativamente à origem. Com os recursos disponíveis não será possível uma produção
para além da curva de possibilidades de produção.
Toda esta representação é ilustradora das escolhas em alternativa que estão no cerne
da economia (dado que os bens são escassos), escolhas que se colocam a nível da
organização da produção, quanto ao saber combinar os factores produtivos e quanto e
quando produzir cada um dos bens. Não esquecendo que, segundo Robbins, as
escolhas são feitas entre finalidades de desigual importância.
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2. ABORDAGEM E MÉTODOS DE ANÁLISE
Teoria económica:
Perspectiva puramente cientifica
Pretende formular juízos de existência e leis sobre fenómenos económicos.
Pretende apenas conhecer os fenómenos (causas e efeitos)
Política:
Perspectiva da acção
Pretende actuar sobre os fenómenos
Consiste na definição de regras para que tal seja conseguido.
É geralmente determinada por juízos de valor, mas distingue-se claramente
tanto da teoria como da doutrina.
Doutrina:
Perspectiva valorativa
Sobre os fenómenos económicos são muitas vezes formulados juízos de valor,
julgando-os bons ou maus, justos ou injustos.
Esses fenómenos são apreciados ética ou moralmente.
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CAPÍTULO II- OS SISTEMAS ECONÓMICOS
4. Os tipos de Organização
4.1. A DIRECÇÃO GERAL
Criticas:
Criticas:
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CAPÍTULO III- A PROCURA
III- PROCURA
DEFINIÇÃO PROCURA
Série das quantidades que os compradores estão dispostos a adquirir aos vários preços
possíveis, ao longo de um período de tempo determinado.
Há, portanto, uma RELAÇÃO FUNCIONAL entre a procura (série das quantidades
procuradas) e o preço: aquelas são a variável dependente; o preço é a variável
independente.
As necessidades;
Os rendimentos;
Os preços dos outros bens;
A expectativa acerca da evolução futura dos preços e o preço dela própria.
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A ESCALA DA PROCURA E A CURVA DA PROCURA
Quando mais baixa o preço mais unidades serão compradas (e vice versa)
P- Preço
Q- Quantidade
P
D D- Procura (influenciada pelos preços relativos,
A- Quantidade procurada do bem ao preferências dos consumidores, rendimentos e
P2 preço 2 preço
Q1 Q2 Q
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1- EFEITO DE SUBSTITUIÇÃO
Quando o preço de um bem sobe, naturalmente, tende-se a substituir esse bem por
outro. (Chá (6€) por café (1€))
BENS SUCEDÊNEOS
2- EFEITO DE RENDIMENTO
Quando um preço sobe, há uma diminuição da capacidade geral de compra Redução
do Rendimento Real.
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EXCEPÇÕES À LEI DA PROCURA
1. Efeito Da Demonstração
2. Paradoxo De Giffen
3. Diminuição Da Procura Com A Descida Do Preço
2. PARADOXO DE GIFFEN
Dá-se isto, com pessoas de menores rendimentos, com alguns bens de primeira
necessidade (por exemplo, o pão), e o caso já foi observado em princípios do séc.
XIX, na Inglaterra, por Giffen, e por isso se fala do Paradoxo de Giffen.
Descida do preço do bem mais barato (sucedâneo), leva à diminuição da sua procura,
preferindo-se, em maior medida, o bem principal.
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TEORIA DA UTILIDADE CARDINAL
O que é a elasticidade?
É a relação entre as variações percentuais do preço de um bem e as
consequentes variações percentuais, em sentido contrários ao das variações do
preço, das quantidades procuradas.
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A intensidade dessa variação, ou seja, a sua elasticidade dá-nos a medida da quantidade
procurada de um bem perante a variação do respectivo preço.
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IMPORTÂNCIA DO CÁLCULO DA ELASTICIDADE
O calculo das elasticidades tem maior importância na medida em que depende delas
ganhar-se ou perder-se com alguma alteração de preço.
NO DOMÍNIO EMPRESARIAL
Quando o empresário fixa o preço de um produto, procura a máxima Receita Total (que
resulta da multiplicação das quantidades vendidas pelo preço).
a) Assim, vale a pena descer o preço se a elasticidade da procura for maior que 1
(ou seja, quando for elástica) Aumento da quantidade procurada
percentualmente superior à descida do preço.
Se a procura dos outros países for inelástica, pouco ou nada adianta a desvalorização.
P P
Q Q
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Primeiro Gráfico é uma Procura Inelástica (uma variação considerável de P
provoca uma variação pouco sensível de Q)
Porém, existem….
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2. PROCURA INFINITAMENTE INELÁSTICA
(Caixa de fósforos custa tão pouco e a despesa que cada pessoa faz em
fósforos representa uma fracção tão diminuta da sua despesa global que
o aumento ou diminuição do preço da caixa de fósforos deixará
praticamente insensível a procura deste bem;
Se um bem pode ser substituído por outro, a subida do seu preço fará com
que os compradores, logo que o preço atinge certo nível, prefiram comprar
o sucedâneo, que, embora não sendo tão bom, é mais barato.
Por outro lado, se o preço do bem principal baixa, muitas pessoas deixarão
de comprar o bem sucedâneo, porque, ao novo peço mais baixo, podem e
preferem comprar o bem principal.
A procura será tanto mais elástica quanto maior a quantidade dos bens
sucedâneos existentes e quanto maior for o grau de sucedaneidade entre
eles.
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primeira. Mas a procura global de cigarros releva-se inelástica, por não
existirem sucedâneos próximos deste produto.)
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SE FOREM SUCEDÊNEOS…
SE FOREM COMPLEMENTARES…
A ELASTICIDADE-RENDIMENTO DA PROCURA
NOÇÃO: Relação entre a variação percentual do rendimento dos compradores de um
bem e a variação percentual da procura desse bem.
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𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
A elasticidade-rendimento da procura pode ser positiva maior que um, positiva menor
que um e igual a um:
A elasticidade-rendimento da procura pode ser negativa maior que um, positiva menor
que um e igual a um.
Na elasticidade-rendimento negativa maior que um é menor a variação
percentual do rendimento do que a variação percentual da procura (por
exemplo, o rendimento sobe 10% e a quantidade procurada diminui 20%).
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A elasticidade-rendimento da procura É IGUAL A ZERO quando a quantidade procurada
não varia qualquer que seja a variação do rendimento. Por exemplo, a elasticidade-
rendimento da procura de sal para consumo doméstico é zero.
Os ‘BENS DE LUXO’ são objecto de uma procura cuja elasticidade rendimento é positiva
e maior que um. À medida que o rendimento aumenta, aumenta em maior
percentagem a procura dos bens de luxo. À medida que o rendimento diminui, diminui
em maior percentagem a procura dos bens de luxo.
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A PROCURA À EMPRESA
Curva da procura estudada Curva da Procura à indústriarefere-se à procura de um
produto, ou à procura que se dirige à indústria que fornece este produto.
Esta procura diz-nos quais as diferentes quantidades do produto que poderão ser
vendidas no mercado aos vários preços susceptíveis de serem praticados.
O seu conhecimento pode ter interesse para os vários vendedores do mesmo produto:
Cada vendedor preocupar-se-á com a curva que se dirige à sua empresa e cada
vendedor não representa toda a produção da mercadoria que aflui ao mercado:
certamente ele pode ser vendedor único e possuir uma posição de monopólio,
mas na maior parte dos casos detém apenas uma parte do mercado.
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A curva da procura à empresa não é mais do que a CURVA DAS VENDAS da empresa ou
a sua CURVA DE RECEITA MÉDIA.
Mostra o montante das receitas da empresa a diversos níveis das suas vendas.
Ela é, portanto, do ponto de vista da empresa, equivalente à curva que representa
as despesas totais dos consumidores na compra do produto da empresa;
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇
, 𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑛𝑛í𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝çã𝑜𝑜
𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉
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CAPÍTULO IV- A OFERTA
Lei da Oferta
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Situações que fogem à regra – ATÍPICAS
Mercado de trabalho
intermédia
CONDIÇÕES
Custos de produção são dados
Preços do produto substituto são dados
Uma determinada variação do preço é considerada como única possível pelos
produtores.
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FUNDAMENTAÇÃO DA LEI DA OFERTA
A explicação para a oferta dos produtores, seja qual for o sector de produção, está mais
ligado a circunstâncias tecnológicas.
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ELASTICIDADE – PREÇO DA OFERTA
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜
Elasticidade =
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ç𝑜𝑜
Q
Oferta mais sensível à variação do preço.
OFERTA INELÁSTICA<1
P
QUANTIDADE OFERECIDAS VARIAM EM MENOS PROPORÇÃO
QUE O PREÇO
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ELASTICIDADE = 1
PERFEITAMENTE INELÁSTICA
Quociente =0
Variação do preço deixa a oferta
insensível
Os vendedores dispõem-se a oferecer a
mesma quantidade, qualquer que seja o
preço.
Quociente = oo
Ao preço dado os vendedores dispõe-
se a oferecer quaisquer quantidades.
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BENS DE OFERTA INELÁSTICA
Bens perecíveis, de difícil armazenamento.
Ex: peixe fresco
Bens que têm de ser vendidos a qualquer preço, tendo-se no fim do dia uma
oferta rígida.
Bens produzidos com um fator que dificilmente se pode dispor em maior
medida.
Ex: mão-de-obra muito qualificada
Quando os produtos não podem aumentar rapidamente a produção.
Período curto
Pode variar a produção mantendo-se constantes os equipamentos.
É a apenas a taxa de utilização dos equipamentos existentes que se
modifica.
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Período longo
Tudo pode variar
Período MAIOR
longo
Período ELASTICIDADE
Curto
Período Infra-Curto
Interessa-nos saber de que depende o custo de produção. E pode dizer-se que esta
depende do Estado da Técnica; Preço dos elementos produtivos e do Volume de
Produção
=
DIREFERENTES FUNÇÕES DE PRODUÇÃO
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CUSTOS GLOBAIS À PRODUÇÃO
CUSTO FIXO
Custo variável
Aqueles cujo montante acompanha de algum modo o volume da produção; são os
custos de todos os factores cuja quantidade pode ser modificada em período curto
Ex: salários, matérias-primas
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Custo Total
Soma de todas as despesas efectuadas para realizar a produção (Custos Variáveis e
Fixos).
Conjunto de todos os custos suportados.
Ct
CV Custo total = Custo variável + Custo fixo
Constante
CUSTOS MÉDIOS
Obtém-se em relação a uma unidade do produto.
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VANTAGENS DAS ECONOMIAS DE ESCALA
Razões que levam a que o custo reduza quando são mais as quantidades produzidas –
FATORES QUE PERMITEM OBTER ECONOMIA DE ESCALA:
1. Fabrico- No caso do fabrico pode acontecer que haja equipamentos que não
sejam reprodutíveis em modelos de pequena dimensão, com a correspondente
diminuição do seu custo unitário (Exemplo de um forno de uma fábrica de
celulose).
Por outro lado, as grandes unidades, com os custos fixos quase constantes,
permitem a integração vertical e horizontal de várias fases.
2. Campo comercial: uma grande empresa pode ter vantagem em ter entrepostos
em várias localidades, no país e no estrangeiro, na publicidade dos seus
produtos ou ainda em ter agentes próprios no estrangeiro.
DESECONOMIAS DE ESCALA
Agravando-se em consequência da perda da eficiência que se verifica logo que a
empresa ultrapassa uma certa dimensão.
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A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO E O ANDAMENTO DA OFERTA EM FUNÇÃO DO
PREÇO
O objectivo de um empresário é semp re a maximização do lucro, na sua conduta
determinará o quantitativo a oferecer em função do custo a suportar e da receita a
obter por cada unidade a mais, a unidade n+1 (custo e receitas marginais)
O custo médio é importante para se saber qual é o lucro conseguido: resultante do
produto das quantidades vendidas pela diferença entre a receita e o custo médio.
Empresário é determinado pela circunstância de o ganho com a última unidade
vendida ser ou não superior ao seu custo.
Enquanto isso acontece, vale a pena aumentar a produção (enquanto o ganho é
superior ao custo).
Renunciar a um maior lucro imediato para obter mais lucro médio e a longo
prazo;
Não obter endividamento bancário volumoso que exigiria um acréscimo
imediato de produção
Compensações de êxito – traduzidas no Volume de Vendas ou na criação de
novas unidades, bem para além do ‘gosto’ do lucro máximo, a curto, médio ou
longo prazos.
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CAPÍTULO V- MERCADOS, FORMAÇÃO DE PREÇOS E
COMPORTAMENTO DOS EMPRESÁRIOS
A maior parte dos bens que utilizamos são escassos. Se esses bens não chegam para
todos há que decidir quem é que deles há-de dispor.
PREÇOS ESCASSOS: Que existem em quantidade limitada, interior à que servia precisa
para satisfazer as necessidades
A maior parte aos bens que utilizamos são escassos. Se estes bens não chegam
para todos, é necessário decidir quem é que deles há-de dispor.
2. Pela ordem das Procuras: os bens são entregues aos que os procurarem, mas
pela ordem cronológica da sua chegada. Como não bastam para todos, é claro
que os que vierem um pouco atrasados, não receberão nenhuns (sistema das
bichas)
3. Pelo Mecanismo do Preço: os bens são entregues aos que por eles pagarem o
preço mais alto. É ainda uma maneira de racionar, entre os seus potenciais
compradores, através do funcionamento impessoal da oferta e da procura, os
bens escassos.
Compreende-se que se possam repartir os bens pelo mecanismo do preço. Pois o preço
é uma quantidade de moeda, e a quantidade de moeda de que cada um dispõe é
limitada. Sendo assim, fica limitada pelo preço a procura de bens que cada um pode
fazer.
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Se atentarmos bem nos 3 processos, veremos que em cada um deles se afirmam
direitos Diferentes:
Aumenta quando:
Aumenta a procura
Diminui a oferta
Diminui quanto:
Diminui a procura
Aumenta a oferta
A LEI DA OFERTA E DA PROCURA: é o que nos diz como se forma o preço no mercado,
em função das variações da oferta e da procura, isto é, qual o preço, de entre todos os
possíveis- que vão desde o mínimo a que há quem ofereça até o máximo que há quem
procure-, que vem a estabelecer-se no mercado.
C
Pe
Qe
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O ponto C mostra que a quantidade oferecida e procurada é igual
Mas o ponto que importa aqui é este: A que preço P se igualará exactamente a
quantidade que os compradores desejam continuar a comprar e a quantidade que os
produtores desejam continuar a vender?
A qualquer outro preço, por exemplo acima da intercepção das curvas, é evidente que
quaisquer que sejam as quantidades transaccionadas, sempre se verificará uma
igualdade estatística das quantidades efectivamente compradas e vendidas.
Mas esta igualdade estatística não nega de modo nenhum que, a um preço tão alto, os
vendedores estejam ansiosos por vender mais do que os compradores desejam
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continuar a comprar e que este excesso de oferta planeada sobre a procura planeada
exercerá uma pressão descendente sobre o preço até que este atinja por fim o nível de
equilíbrio em que as curvas se intersectam.
Esta lei dá-nos indicações relativas aos efeitos de uma deslocação da curva da oferta ou
de uma deslocação da curva da procura de um determinado bem sobre o preço de
mercado desse bem, desde que, tanto num caso como no outro, se verifique a condição
Coeteris Paribus
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A Lei Da Oferta E Da Procura dá-nos indicações seguras acerca do sentido da variação
do preço em consequência da alteração das disposições de vendedores e compradores,
desde que se verifique a hipótese Coeteris Paribus, isto é, em igualdade de condições
do outro lado do mercado.
Mas nada de seguro se pode concluir dela quando, por exemplo, um aumento da
procura é acompanhado por um aumento da oferta, ou uma diminuição da oferta é
acompanhada por uma diminuição da procura
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CONCORRÊNCIA PERFEITA
Caracterização: a concorrência perfeita (ou pura) é caracterizada pela existência de uma
infinidade de ofertantes e por haver produtos totalmente homogéneos, bem como a
mobilidade e publicidade completos.
1- ATOMICIDADE DO MERCADO
Tanto do lado da oferta como da procura, existe um grande número de
unidades económicas e nenhuma delas dispõe, no mercado, de poderio
suficiente para exercer qualquer acção sobre a produção e preço da Indústria
considerada.
2- HOMOGENEIDADE DO PRODUTO
Bens são homogéneos, não havendo razão para preferir o produto de uma ou
de outra empresa.
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COMPORTAMENTO ÓPTIMO EM RELAÇÃO AO PREÇO
No mercado de concorrência perfeita, havendo a uma infinidade de ofertantes nenhum
deles pode ter influência sob o preço
Para o ofertante, o preço é um dado, sobre o qual não podem ter influência.
Cada ofertante aumentará a oferta até que a curva do custo marginal intersecte a curva
do preço, que neste caso é a Receita Marginal.
PREÇO CORRENTE: neste período a produção não pode aumentar nem diminuir e o
rendimento não pode aumentar nem diminuir. A oferta é constante, não pode
variar.
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LEI DA INDIFERENÇA
No mesmo mercado e no mesmo momento não pode haver mais que um preço para
a mesma mercadoria;
2- PERÍODO CURTO
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A oferta e a procura são tão diminutas que, se qualquer comprador/vendedor
abandonar o mercado, o preço não modifica e se comparecer um novo
comprador/vendedor, o preço não altera.
Qualquer das empresas presentes no mercado sabe que pode contar com uma procura
que absorverá todas as quantidades que a empresa consegue produzir.
Baixar o preço aos produtos para tentar ganhar mais e vender mais
Subir o preço aos produtos.
E por isso
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Custo Marginal = Receita Marginal = Preço de Mercado
O Lucro Global/Total começa a acrescer quando o custo marginal é maior que a receita
marginal – PREJUÍZO MARGINAL vai aumentando à medida que a empresa produz
unidades suplementares.
EM SUMA….
A Posição óptima para a empresa (a que aufere mais lucro) é que se alcança quando a
empresa produz as quantidades que obtém a um custo marginal igual ao preço de
mercado (RECEITA MARGINAL)
OFERTA DA EMPRESA:
O PROBLEMA de cada empresa deverá ser o de parificar o Custo marginal com o preço
quando aquele seja superior ao Custo Médio.
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3- PERÍODO LONGO
Quando o preço é superior ao custo total médio, a empresa realiza, a período curto,
lucros anormais.
Apesar da empresa laboral a sua Posição De Equilíbrio a um Custo Total Médio= Preço
do Mercado, dizemos que ela tem lucros normais.
PORQUÊ?
Assim, o lucro normal é um lucro mínimo indispensável para decidir qualquer empresa a
continuar a laborar, na expectativa de que a situação seja passageira:
Não fechando as portas, mantém a clientela, esperando que possa aumentar a eficácia,
reduzir os Custos Médios de produção e passar a integrar certo tipo de EMPRESAS
INFRAMARGINAIS.
EM SUMA…
58
MONOPÓLIO
Situação de mercado onde existe apenas 1 vendedor.
MONOPÓLIO ISOLADO
MONOPÓLIO é aquele que controla a oferta de um produto, que não tem sucedâneos
próximos: a Elasticidade cruzada da procura entre o seu produto e todos os produtos é
muito fraca.
O monopolista toma uma decisão no que diz respeito ao preço e à quantidade, mas não
pode controlar ao mesmo tempo o preço do produto e a quantidade será procurada.
Por vezes, é a própria lei É a lei que atribui a certa empresa o exclusivo da
venda de determinada mercadoria.
Outras vezes, é a natureza por virtude da escassez natural de certos
elementos, só uma empresa é vendedora deste ou daquele produto.
Outras ainda são circunstâncias conexadas com o funcionamento do mercado
há uma empresa que consegue eliminar todas as de mais ou há uma empresa
que se dedica à produção de um novo artigo e que, enquanto for só ela a
fabricá-lo, será monopolista.
TIPOS DE MONOPÓLIO:
MONOPÓLIO LEGAL o que beneficia de um exclusivo conferido por lei à qual é dado
o privilégio de uma determinada produção ou distribuição – Pode ser pública ou privada
a empresa
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MONOPÓLIO NATURAL o que beneficia da escassez natural de determinados
elementos.
A empresa concorrente dispõe de oferta tão pequena que não pode exercer nenhuma
influência sobre o preço, tendo de aceitar como dado o preço que no mercado se
estabeleça.
É o preço que der à empresa maior excesso de receitas sobre as despesas totais.
Se fixa as quantidades que quer vender, é o mercado que lhe diz o preço por
que as compra
Se fixa o preço a que deseja transaccionar, é o mercado que lhe diz as
quantidades que absorve.
MODERADORES DE PREÇO
PELO PRINCÍPIO DE COURNOT… o preço óptimo, o preço que dá o máximo lucro, não
coincide com o preço máximo (preço a que o monopolista ainda tem procura), ou seja,
com o mais alto dos preços a que ainda há procura.
61
SE A RECEITA MARGINAL É INFERIOR AO PREÇO:
A curva da Receita Marginal tem de se situar por baixo da curva da
procura, pois o produto das unidades vendidas a mais pelo respectivo
preço que é dada por esta curva, excede sempre a receita
PREÇO ÓPTIMO:
A empresa vai desenvolver a produção até que o seu custo marginal se parifique com a
receita marginal
Quando se aumenta a oferta de 200 para 210, o preço desce de 10 para 9,9 e a
receita marginal é de 79.
Os 79 da Receita Marginal são o que a empresa recebe a mais para venda de 10
unidades. Os 79 correspondem a 7,9 por unidade (79:10) o que é menos que o
preço de 9,9 A receita marginal é inferior ao preço.
Porque a descida do preço afecta não apenas as 10 unidades que se vendem a mais,
como todas as 200 unidades que anteriormente se vendiam.
62
De que depende a receita marginal?
- Se a procura é MUITO ELASTICA, basta uma pequena baixa do preço para que
aumenta a procura e consiga vender mais unidades
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
NOÇÃO:
Mercado de concorrência monopolística, à semelhança da concorrência
perfeita, embora menor, o número de empresas existentes é bastante grande.
A oferta de cada uma delas tem já influência sensível sobre o preço. PORQUE?
Porque as empresas são em menor número;
Porque a sua dimensão é algo maior que em concorrência perfeita.
DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO:
“Tornar o produto tanto quanto possível similar aos produtos existentes, mas
sem destruir as diferenças”
63
Quando é que há diferenciação do produto?
PRÓPRIO PRODUTO:
Poderá tratar-se de uma Diferenciação Material Objectiva, radicada na
própria natureza do produto (apresentação, feitios, ligeiras variações dos
ingredientes)
CONDIÇÕES DE VENDA:
Poderá tratar-se de uma Diferenciação de Facto, quando as condições de
venda são independentes da vontade ou da acção do empresário.
Exemplo: Localização da empresa/reputação vendedor…
64
ELASTICIDADE CRUZADA relação entre as várias variações do preço do
produto e as variações da procura dos seus sucedâneos
Neste mercado, cada vendedor dispõe de uma clientela que manifesta preferência pela
variedade do produto por aquele apresentado e onde, além disso, o vendedor já exerce
um certo controlo sobre o preço dessa variedade de produto.
O vendedor venderá mais ou menos consoante o preço que fixar for mais baixo ou mais
alto CURVA DA PROCURA IMPERFEITAMENTE ELÁSTICA (inclinada sobre o eixo de x)
O mercado procura criar clientela de modo a assegurar a procura pelo seu produto.
As políticas das empresas, no sentido de atrair a cada uma delas uma parcela crescente
da procura global, implica despesas que acrescerão ao custo de produção do produto.
Despesas tanto
Pode revestir:
• Política de Informação do Consumidor Destinadas a ajudá-lo a
fazer a sua escolha (trata-se muitas vezes de publicidade
institucional)
• Política de Persuasão ou de Sugestão Destinada a fornecer ao
consumidor uma razão para escolher determinado bem,
procurando aumentar as vendas da empresa que leva a cabo tal
política.
65
De todos os custos de venda, que a empresa suporta para criar ou ampliar a procura –
deslocação da curva da procura para a direita.
FORMAÇÃO DO PREÇO
Lucro Anormal
Q1 – Oferta
Q – Quantidade
P- Preço
D- Procura
Ao preço P, a empresa encontra uma dada Procura (D) que iguala uma Oferta (Q1)
obtida a um Custo Marginal igual à Receita Marginal.
Face à curva do Custo Total Médio, a empresa obtém lucros anormais avultados (área
ABCD), pois vende as quantidades que produz a um Custo Marginal igual à Receita
Marginal, mas a um preço muito superior ao Custo Total Médio de cada uma das
unidades produzidas e vendidas.
66
SE A EMPRESA FOSSE MONOPOLISTA?
Todas as outras mercadorias seriam apenas concorrentes muito distantes da
mercadoria oferecida por ela, pelo que não haverá possibilidade real e dos seus
elevados lucros provocarem alteração do comportamento das outras empresas.
Como todas as empresas dessa indústria produzem bens similares, todas estarão, em
princípio, em condições de anular, pela concorrência, os lucros anormais.
LONGO PRAZO
A reacção das empresas acabará por anular os lucros anormais de A, deixando,
afinal, a indústria de ser lucrativa para as empresas que nela se instalaram.
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A posição da Empresa A e de todas as empresas do mercado, quanto a indústria
já não proporcionar lucros anormais, vira a ser expressa:
Assim, a procura que se dirige à empresa A irá diminuindo à medida que a oferta
total do produto for aumentando, e diminuirá até ao ponto em que o preço
desce de nível do Custo Total Médio (CTM) num ponto correspondente à
parificação do Custo Marginal = Receita Marginal
Assim se passarão as coisas desde que as empresas disponham dos capitais necessários
e estejam dispostos a aplica-los naquela indústria enquanto ela for lucrativa.
Recuperar Se, uma vez anulados os lucros anormais pela concorrência, uma ou cada uma das
Lucros empresas os quiser recuperar, terá de recorrer a campanhas de Publicidade ou lançar
Anormais um Novo Produto.
68
… se não houver obstáculos à construção de empresas com curvas de custo idênticas às
de cada uma das empresas existentes.
O que poderá acontecer é que sejam eliminadas as empresas que trabalham a custos
mais elevados, em consequência de a sua procura baixar a um tal ponto que lhes
permita praticar a um preço capaz de cobrir o Custo Médio que produzem as unidades
procuradas àquele preço
A curva da receita média pode vir a ser mais elástica a longo prazo do que a curto prazo
Porquê? Ao fim do processo que, ao longo prazo, acabou por anular os Lucros
Anormais a procura que se dirige à empresa A não só desceu – a curva da
procura deslocou-se para baixo e para a esquerda até D’- como se tornou mais
elástica- D’ mais próxima da horizontal do Eixo X do que de D.
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Quanto mais próximos sucedâneos eles forem, tanto mais elástica virá a procura do
produto para qualquer empresa na indústria.
Neste tipo de mercado, todos os bens fabricados pelas empresas que integram a
mesma indústria tenderão a tornar-se similares com o passar do tempo.
Porque a curva da procura que se dirige a cada uma das empresas é tangente à
curva do Custo Total Médio num ponto em que esta ainda é decrescente.
Deste modo, todas as empresas produzem menos do que poderiam produzir e
produzem a um Custo Médio Superior ao Custo Médio Mínimo.
Assim, diz-se que, em concorrência monopolística, o equilíbrio realizado é um
EQUILIBRIO DE DESPERDÍCIO.
70
Ao invés, a curva da procura e CONCORRÊNCIA PERFEITA, corta a cuva do Custo Total
Médio, no ponto em que este é mínimo (ponto em que o preço do mercado se parifica
com ao Custo Marginal, sendo certo que este último corta o Custo Total Médio no
Custo Médio Mínimo)
71
OLIGOPÓLIO
1- NOÇÃO
Situação de mercados em que os bens continuam diferenciados, as empresas
continuam a distinguir material e juridicamente os produtos, mas a quase totalidade de
produção e, da oferta cabe a poucas empresas.
“Óligos” – POUCOS
5 CARACTERÍSTICAS:
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Obstáculos Legais
Este obstáculo pode resultar também da exigência de uma autorização dos poderes
públicos para a constituição de novas empresas.
Obstáculos de Facto
73
Entre os obstáculos de facto Acção preventiva das empresas existentes:
a) Política do Preço-Limite
Fixação de preços abaixo do nível de máximo lucro a curto prazo, como forma
de afastar, a longo prazo, eventuais concorrentes.
TIPOS DE OLIGOPÓLIO:
Hipótese em que o produto é tão homogéneo que uma redução do preço por uma
empresa conduzirá a uma redução por todas as outras empresas da indústria.
Cada empresa age na suposição de que qualquer mudança de preço iniciada por ela,
será seguida por uma mudança dos preços dos seus concorrentes.
Os produtos das várias empresas são tão semelhantes que não pode haver mais do que
um preço no mercado e as que pratiquem preços mais altos, ficarão sem clientela.
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2- Oligopólio Imperfeito/ Com Diferenciação dos Produtos
Hipótese em que a redução de preço por uma empresa não atrairá logo todos os
clientes das outras empresas.
Cada uma das empresas conta com uma clientela mais ou menos segura para o seu
produto.
O facto de umas venderem a preços mais altos do que o estipulado por outra não
acarreta a perda de toda a clientela porque a diferenciação dos produtos constituirá
uma razão de escolha para a maior parte dos compradores habituais desse produto.
É mais fácil que uma das empresas se disponha a tentar ganhar vantagem sobre as
outras, baixando o preço do seu produto na suposição de que as outras não reagirão.
Deste modo, as empresas terão de ter em conta o efeito da sua acção sobre o
comportamento das outras empresas, uma vez que a sua própria actuação
será influenciada pelo comportamento das suas concorrentes
É determinante
A curva de vendas de uma empresa não pode ser dada, ou seja, cada empresa, em face
de uma pretendida variação do preço dos bens que ela vende, não pode contar apenas
com a reacção dos compradores perante essa variação, pois ela depende do que as
outras fizeram, sendo certo que a reacção das outras empresas tem influencia sobre o
preço.
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4- INDETERMINAÇÃO DA PROCURA E FIXAÇÃO DO PREÇO
Uma empresa Baixar preços Outras empresas Baixam preços também
Faz com que a empresa que primeiro baixou, não beneficie de nenhum
aumento ou um pequeno aumento da procura Oligopólio perfeito
Se houver um aumento, é apenas temporário Oligopólio Imperfeito
76
As empresas oligopolistas só podem determinar a curva da procura dos seus artigos
depois de lhes fixarem um preço
Temos um oligopólio sempre que o número de empresas é tão pequeno que a procura
se torna indeterminada.
77
B) Outras vezes manifesta-se entre os oligopolistas uma cooperação sem
organização, acordou ou leadership, mas inspirada por uma ética de
negócios, pelo desejo de realizar o interesse comum.
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CAPÍTULO VII – PARTICIPAÇÃO NA PRODUÇÃO E FORMAÇÃO DOS PREÇOS
DOS FATORES
FATORES DE PRODUÇÃO: Dominados pelos preços do mercado. A sua oferta depende
de circunstâncias muito diversas ligadas à natureza de cada um.
1. Procura derivada
2. Procura interdependente
Um factor não é objecto de uma procura inicial, será procurado se houver a procura do
bem final cuja produção se torna necessário
FATORES DE PRODUÇÃO
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Para o empresário:
O que releva é o que ganha com a produção através das vendas no mercado;
Saber, com base nos preços, o VALOR do Produto Marginal
FATORES DE PRODUÇÃO
Mais utilizados se o preço baixar, enquanto o valor por ele proporcionado for
superior ao que custa ao empresário;
Menos utilizados se o preço subir, não podendo os empresários pagar um custo
superior ao ganho conseguido com a sua utilização.
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1- SALÁRIO
São determinados pela produtividade da economia, no seu conjunto, e pela
produtividade do trabalhador pela sua função qualificada.
A- FORMAS
Por outro lado, pode ser um TRABALHO À TAREFA, com o pagamento à medida em que
vão sendo entregues os bens produzidos.
Há ainda situações em que o salário pode ser aumentado ou diminuído
consoante se ultrapassa ou se fica aquém do que é julgado como o trabalho
normal (exigível). Para além do interesse dos empresários, do interesse dos
trabalhadores, há também um contributo acrescido para a economia com o
contributo acrescido proporcionado pelos participantes na produção.
81
Configuração Normal (fase de maior extensão)/Atípica (inicio e fim)
PRIMEIRO CASO
Remunerações muito baixas levam a que com uma descida de salário os trabalhadores,
para poderem substituir, tenham de aumentar a oferta com horas extraordinárias ou
exercício de outras funções.
A baixa de preço não leva pois a uma diminuição da oferta, leva ao seu aumento;
podendo haver, pelo contrário, um alívio desse trabalho extra se houver um aumento
salarial.
A subida de remuneração não leva a um aumento da sua oferta, pelo contrário, leva à
sua diminuição.
B- OFERTA DE TRABALHO
C- MERCADO DE TRABALHO
82
MODO DE FORMAÇÃO
DOS SALÁRIOS
Para além destas forças que se exprimem nas negociações, há razões do mercado, ou
de mau funcionamento deste que podem ter influência sobre os salários.
PRODUTIVIDADE
Um empresário está disposto a pagar mais por um trabalho, se este tiver grande
produtividade.
IMPERFEIÇÕES DO MERCADO
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2) Situação de Mulheres
Gera desigualdades determinadas pelo sexo
3) Estratificação económica e social
Em muitos casos está aqui a razão das diferenças verificadas nas remunerações,
sem correspondência com as produtividades.
No campo empresarial, quem está ligado ao meio, por ser filho de um
empresário, conseguirá uma remuneração mais elevada na própria empresa.
Se por estas razões se fica com melhor qualificação, é normal ter uma mais alta
remuneração, correspondente ao valor da sua produtividade marginal.
2- RENDA
A renda é a remuneração dos recursos naturais, designadamente da terra.
A procura da terra varia em função da procura dos bens finais que nela são
produzidos.
A renda é parte do rendimento aos proprietários dos bens imóveis, sejam estes prédios
ou terrenos, pela sua cedência a terceiros
A oferta, sendo esta absolutamente rígida, um aumento da procura, não podendo ter
consequência nas quantidades tornadas disponíveis, tem como consequência apenas
um aumento da renda.
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3- JURO
Remuneração do capital a título do empréstimo dependendo da sua procura e da sua
oferta.
A procura e a oferta dependerá do preço que deve ser pago pelos serviços prestados
(“preço do dinheiro”)
O empresário irá comparar a taxa interna de rentabilidade do capital com a taxa de juro
do mercado financeiro, valendo-lhe a pena o investimento sempre que for superior.
Como qualquer preço, o juro subirá com o aumento da procura ou a redução da oferta
de fundos; e por outro lado, a oferta e a procura de fundos variarão em função do juro.
85
2- Teoria Monetária Da Taxa De Juro
PROCURA:
A teoria real da taxa de juro, não explica o que leva as pessoas a procurarem dinheiro a
curto prazo.
OFERTA
Há que considerar a criação da moeda feita pelos bancos centrais que, no curto prazo,
influenciam a circulação desta, controlando a inflação, a deflação e a reanimação da
actividade económica.
4- LUCRO
Tendo, em qualquer processo produtivo, que fazer-se a combinação de factores, terra,
mão-de-obra e capital, quem toma a iniciativa faz as suas contas, vendo o que pode
esperar das vendas do produto e o que tem de pagar em rendas, salários e juros.
Quem toma a iniciativa de fazer as suas contas, mesmo quando dinheiro investido é
seu, ou seja, mesmo que não tenha um juro a pagar, pois está a renunciar ao juro que
poderia receber no mercado, emprestando a outra empresa, ou ainda, por exemplo,
depositando-o a prazo.
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Quando um empresário disponibiliza todo ou parte do seu tempo na gestão da
empresa, deverá receber um salário correspondente ao que ganharia trabalhando por
outrem.
O lucro acabará por ser o excedente, caso haja, entre o produto das vendas e o total
dos custos reais e imputado.
Há uma estabilidade que não se verifica com o lucro, que pode ser caracterizado por
uma categoria residual: constituindo a diferença entre os resultados das vendas e os
custos de produção.
Explicação do Lucro:
Empresário:
Poderá, por um lado, ganhar muito com o lucro correspondente ao
diferencial entre esses custos e os preços elevados que o mercado lhe
permita cobrar
Mas, por outro lado, será o primeiro a perder, se o diferencial for 0 ou
negativo, não deixando, enquanto puder, de pagar aos trabalhadores,
proprietários e aos mutuantes do capital
Só o proprietário tem um risco, ou um risco mais provável, que o lucro, quando haja,
compensará. Aliás, é a esperança de lucro que justificará a assunção de tal risco.
87
CAPÍTULO VIII – O CIRCUITO ECONÓMICO E A CONTABILIDADE
VERTICAL
1. MÓDULO ECONÓMICO SIMPLES (CIRCUITO ECONÓMICO)
Podem apenas considerar-se duas entidades:
• Famílias
• Empresas
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2. MODOS DE CÁLCULO
Cada uma das realidades aponta para um módulo de cálculo próprio.
Porém, a nossa economia é em boa matéria aberta para o exterior. Temos uma grande
quantidade de importações e exportações.
89
Considerando apenas os fluxos financeiros temos:
Intervenção do Estado;
Relações internacionais;
Aspetos de formação do capital.
→ Soma do valor dos bens finais produzidos internamente, quer por residentes quer
por não residentes, no país num determinado período (normalmente um ano civil):
deduzindo a esta soma o valor dos bens importados e dos bens intermédios
utilizados na produção que provêm do ano anterior, dado que uns e outros não
são produção do país em causa;
somando o valor dos bens intermédios existentes ainda como tais no final do
ano, pois o seu valor não está contabilizado no valor dos bens finais.
90
→ Total dos valores criados pelas unidades produtivas durante um determinado
período (normalmente um ano civil).
Produto interno bruto a preços de base (ao custo dos fatores):
Quer o produto a preços do mercado quer o produto ao custo dos fatores tanto podem
ser:
Os bens capitais duradouros, tal como os bens intermédios, têm como destino serem
utilizados na produção de bens finais de consumo. A não exclusão do seu valor levará a
duplas contagens.
Tanto num como no outro caso a solução certa seria não contabilizar os referidos bens,
apenas os bens finais de consumo seriam contabilizados (com os ajustamentos vistos
atrás para os bens intermédios vindos no período anterior ou do estrangeiro e para os
existentes como tais no fim do ano).
91
Solução apenas adequada se:
1) toda a produção de bens capitais fosse para substituir outros bens capitais à
média que eles se fossem desgastando;
2) se este desgaste ocorresse regularmente ao longo do tempo.
Na realidade não se passa assim, há por exemplo anos em que o investimento em bens
capitais duradouros é francamente maior, não se limitando, por outro lado, á
substituição de bens capitais que vão deixando de ser usados.
Em rigor, em cada ano o acréscimo líquido de bens capitais duradouros deveria apurar-
se relativamente ao desgaste efetivo do equipamento existente. Só assim seria possível
apurar com exatidão se houve um ganho ou perda líquida de capacidade produtiva.
Contudo, é impraticável proceder com tal rigor.
A produção pode ser calculada na ótica do rendimento, bastando para isso somar os
lucros, rendas, juros e salários distribuídos aos agentes da produção.
Tendo nós já calculado o valor do PNB/PNL e do PIB/PIL podemos a partir destes dados
obter o valor do Rendimento Nacional (valor ao custo de fatores), quer o RNB/RNL quer
o RIB/RIL. Basta ao PNB/PNL e ao PIB/PIL:
Somar o valor dos subsídios à produção (visto que não sendo produto das
empresas vão ser o seu rendimentos, com eles as empresas vão pagar juros,
lucros, salários e rendas);
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Subtrair o valor das importações e dos impostos à produção pagos pelas
empresas (sendo produto da empresa, não vão ser seu rendimento, as empresas
vão entregar o valor dos impostos á produção ao Estado, não podendo dispor
deles para pagar juros, lucros, salários e rendas).
O rendimento pessoal não engloba o montante total dos juros, rendas, lucros e salários
porque nem todos os juros, rendas e lucros são distribuídos às famílias:
O Estado enquanto participante na produção também recebe rendas, juros e
lucros.
Nem todos os lucros são distribuídos pelas empresas aos seus acionistas, uma
parte deles é retido pelas empresas (tecnicamente diz-se que são levados a
reservas), para posteriormente serem utilizados pelas empresas e outra parte é
entregue pelas empresas ao Estado para pagamento do imposto sobre as
empresas (IRC).
Costuma ainda incluir-se aqui os juros dos empréstimos feitos pelas famílias ao
Estado, porque se considera em termos de Contabilidade Nacional que
emprestar ao Estado não é participar na produção. O rendimento pessoal está
no todo ou em parte sujeito ao pagamento de impostos (ex. IRS) e ao
93
pagamento das contribuições para a Segurança Social. Podemos assim dizer, que
o rendimento pessoal só está verdadeiramente disponível para utilização em
consumo ou para aforrar, depois de estas terem pago os impostos e as
contribuições para a segurança social.
Ótica da despesa:
Somamos o valor de toda a despesa feita quer pelo Estado quer pelos
particulares. ~
Despesa: soma de todas as despesas feitas quer pelo Estado quer pelos particulares em
consumo ou em investimento. Calcula-se somando a despesa do governo (G), o
consumo (C) e o investimento (I) dos particulares e as exportações (X) e subtraindo as
importações (M), D = G+I+C+X-M.
Permitem:
→ Fazer juízos não comparativos acerca da produção e do nível de vida num país e
numa dada época;
→ Comparações no espaço e comparações no tempo (Problema – o produto ou o
rendimento terem de se exprimir em termos monetários e de a moeda diferir de
país para país).
Surge ainda a dificuldade de apesar de o rendimento nacional ser um rendimento em
bens materiais e serviços, um rendimento real, só pode ser calculado em termos de
preços, rendimento monetário.
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Esta ilusão pode ser evitada através da correção dos valores correntes,
deflacionando-os ou inflacionando-os, consoante tenha havido uma perda ou
um ganho no valor da moeda (conhecidas em média, números-índices).
Mesmo com estes ajustamentos não podemos conhecer com exatidão as
variações reais verificadas, dado que para além de outras dificuldades de
medição, os índices de preços dão-nos uma ideia que pode não representar
toda a realidade.
3) Não é dado valor ao descanso, elemento que pode e deve ser tido em conta
tanto em análises isoladas dos países como em comparações internacionais.
5) O bem-estar das pessoas não pode ser avaliado apenas através dos agregados
globais relativos aos países. Devemos, por isso, dividir os valores globais pelo
número de habitantes e, quando se fazem comparações no tempo há que ter
em conta que a população vai variando de ano para ano, pelo que em cada um
deles há que usar um diviso diferente.
Mesmo assim, podem ser feitos juízos erróneos, a menos que se proceda a
análise mais completas.
6) Valores per capita são valores médios, não sendo consideradas desigualdades
existentes. Para tal, a estrutura da repartição deve pois ter sido em conta,
havendo países com valores per capita elevados, mas em que a riqueza
beneficia apenas uma parte da população.
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8) Mesmo que um país esteja fundamentalmente preocupado com a produção de
bens de consumo, pode haver diferentes perspetivas temporais:
→ Dar aos cidadãos um bem estar no presente, afetando quase todos os
recursos à produção de bens de consumo;
→ Fazer avultados investimentos em bens capitais, com vista a uma maior
produção futura de bens;
Com uma análise mais detalhada da contabilidade nacional, também podemos
ser esclarecidos quanto à opção seguida a este propósito.
10) Somas vastíssimas são hoje gastas para compensar deseconomias causadas por
um progresso mal dirigido. Apenas com a referência do produto ou rendimento
per capita fica subavaliando o bem-estar nos países mais atrasados, onde não há
tantas deseconomias externas a compensar.
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