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Resumos de Economia

Tema 3.1 – Os bens económicos – noção e classificação

Bens – meios através dos quais as necessidades das pessoas são satisfeitas. Ex. alimentos, meios
de transporte, casas, livros, etc.

Alguns bens obtemo-los diretamente na natureza, os bens livres. Estes bens podem ser utilizados
livremente sem ter de entregar moeda ou trabalho em troca. Ex. ar atmosférico, a água do mar, o
gelo das regiões polares, etc.

Outros, porque são escassos, temos de fazer algo ou despender alguma quantia monetária para os
obter, os bens económicos. Em virtude da escassez dos bens, é necessários fazer escolhas e aos
escolhermos uma alternativa, estamos a rejeitar as outras, o que implica um custo de oportunidade.
É esse custo que transforma o bem num bem económico.

Os bens – classificação

Quanto ao custo

• Bens livres – existem em quantidade ilimitada, não sendo necessário esforço para os obter.
Ex: água dos oceanos, ar, etc.

• Bens económicos – existem em quantidade limitada, sendo necessário recursos e esforço


para os obter. Ex: alimentos, roupas, petróleo, etc.

Dada a sua diversidade, os bens económicos são classificados de acordo com critérios
específicos que destacam algumas das suas características.

Os bens económicos – classificação

Quanto à sua natureza

• Bens materiais – bens com existência física que podem armazenar-se. Ex: alimentos,
roupas, casa, etc.

• Bens imateriais ou serviços – bens que não têm existência física, bens não armazenáveis,
serviços que são prestados. Ex: saúde, justiça, educação, etc.
Quanto à sua função

• Bens de produção – bens que são utilizados na produção de outros bens. Ex: matérias-
primas e subsidiárias, como a fruta, o ferro ou os combustíveis, ou bens de equipamento,
porque são utilizados no processo produtivo, como o trator ou o robot.

• Bens de consumo – bens que satisfazem uma necessidade de consumo final das pessoas.
Ex: automóvel da família, escova, alimentos, etc.

Quanto à sua duração

• Bens duradouros – bens que mantêm as suas qualidades durante um período de tempo
longo e que podem ser utilizados por várias vezes. Ex: vestuário, máquina, casa,
automóvel, estrada, etc.

• Bens não duradouros – bens que perdem as suas qualidades após a sua utilização
(utilizam-se uma só vez). Ex: farinha para fazer pão, tinta, combustível, água, etc.

Quanto às relações recíprocas

• Bens substituíveis – bens que se podem substituir no ato de produção ou de consumo


porque satisfazem a mesma necessidade. Ex: água e sumo, boné e chapéu, etc.

• Bens complementares – bens cuja utilização conjunta dá resposta à função para que
foram criados, precisam um do outro para satisfazer uma necessidade. Ex: estrada e
automóvel, impressora e tinta, etc.
Tema 3.2 – A produção, o processo produtivo e os setores de atividade económica

No seu quotidiano, homens e mulheres produzem bens e serviços que lhes permitem assegurar a
sua sobrevivência – a este ato económico chamamos produção.

Produção é, assim, o ato económico de criação de bens e serviços.

Processo produtivo é a sequência de etapas através das quais as matérias-primas, utilizando


tecnologia e trabalho humano, são transformadas em produtos finais.

Todavia, nem tudo o que se produz se pode considerar como atividade económica. Para a
produção ser considerada atividade económica, é necessário que se verifique, pelo menos, uma
das seguintes condições:

• o bem produzido deve destinar-se ao mercado (ser transacionado);


• o trabalho correspondente a essa produção deve ser renumerado.

Em consequência, a produção de bens alimentares para autoconsumo não é produção no sentido


estrito do conceito, como também não o é o trabalho de cuidadores de casa e da família, por não
ser remunerado.

Exemplo de pergunta:

o Apresente uma definição económica de produção.

Resposta:

o Produção é um comportamento social que consiste na combinação de vários elementos


com o fim de se obter um bem capaz de satisfazer necessidades humanas.
Os bens produzidos dever-se-ão destinar ao mercado e o trabalho incorporado ser objeto
de renumeração.

O ato de produzir dá origem a múltiplos produtos – bens e serviços – que, pela sua diversidade,
terão de ser categorizados em função de critérios que permitam avaliar o tipo de economia que
estamos a analisar.

Para tal, considerámos o critério , comummente aceite pelos economistas, que consiste na divisão
dos bens e serviços em setores de atividade económica, proposto pelo economista Colin Clark,
em 1941.

• setor primário – conjunto das atividades assentes diretamente no aproveitamento dos


recursos naturais, como a agricultura, a silvicultura, a pesca, a pecuária e as atividades
extrativas, por exemplo.
• setor secundário – conjunto das atividades de transformação dos bens que o setor
primário produz, como as indústrias transformadoras, mas também a construção (civil e
obras públicas) e a produção de gás, água e eletricidade.
• setor terciário – conjunto das atividades que não fazem parte dos setores primário e
secundário, como os serviços de educação, saúde, restauração, lazer e o comércio, por
exemplo.

Mais tarde, o economista francês Jean Fourastié propôs a integração das atividades extrativas no
secundário. Assim, segundo Jean Fouratié, pode falar-se do:

• setor agrícola como o setor primário onde se incluem as atividades relacionadas com a
agricultura, em sentido genérico e a pesca;
• setor industrial como o setor secundário em que se integram as indústrias
transformadoras e as atividades extrativas;
• setor dos serviços como o setor terciário onde se incluem os serviços.

A classificação da atividade económica por setores tem muito interesse pois permite,
nomeadamente:

• ter uma perspetiva da importância de cada setor na economia;


• verificar o contributo de cada setor de atividade para a riqueza de um país;
• analisar a evolução quantitativa e qualitativa da economia, verificando os ramos de
atividade que são mais dinâmicos;
• realizar comparações com outros países no sentido de situar a economia em análise no
contexto económico internacional.

É possível avaliar o nível de desenvolvimento económico dos países com base na estrutura
setorial do seu produto. Estrutura setorial do produto é o contributo dos setores de atividade
para o produto de um país.

• se a economia de um país assentar essencialmente em atividades agrícolas pouco


mecanizadas – país menos desenvolvido;
• se as atividades do setor primário perderem importância relativamente ao produto criado
pela indústria e as atividades do setor terciário desenvolverem-se para acompanhar e dar
resposta às atividades industriais – país em desenvolvimento ou emergente;
• se é o setor terciário o que mais contribui, em termos absolutos e percentuais, para a
riqueza do país – país desenvolvido.
Tema 3.3 – Os fatores produtivos – noção e classificação

Para produzir são necessários fatores produtivos ou fatores de produção, ou seja, são os
elementos indispensáveis à produção dos bens e serviços. Englobam os recursos naturais, o
trabalho e capital.

É da combinação entre trabalho, matérias-primas, máquinas e ferramentas, por exemplo, que se


obtêm os bens e serviços que o ser humano utiliza na satisfação das suas necessidades.

Fatores produtivos

• os recursos naturais ou capital natural, isto é, todos os bens existentes na Natureza


indispensáveis ao exercício da atividade produtiva. Ex. petróleo;
• o trabalho, que constitui a atividade física ou intelectual realizada pelo ser humano, cujo
objetivo é fazer, transformar ou obter algo. Transformam matérias-primas em produtos
utilizáveis a fim de satisfazer necessidades. Ex. trabalho dos empregados na agricultura;
• o capital, que constitui o conjunto de elementos que contribui para que os serem humanos,
através do trabalho, produzam bens e serviços. Ex. máquinas, matérias-primas, edifícios.

Recursos naturais

Os recursos naturais são bens que a Natureza oferece ao ser humano e que este utiliza para
satisfação das suas necessidades, diretamente como matérias-primas, ou como matérias
subsidiárias, na produção de outros bens.

Os recursos naturais podem ser:

• renováveis – quando são suscetíveis de ser renovados num período de tempo


relativamente curto, como acontece com a madeira;
• não renováveis – quando a sua exploração provoca inevitavelmente a sua destruição,
como, por exemplo, o petróleo ou o carvão.
A utilização excessiva dos recursos não renováveis põe em risco a sobrevivência das gerações
futuras e do Planeta, pelo que a sua exploração deve respeitar a Natureza e o ambiente, assim se
conseguindo um desenvolvimento sustentável.

Trabalho e capital

O trabalho ou a força de trabalho é a atividade do ser humano que visa a produção de bens e
serviços.

O trabalho exerce-se sobre “coisas” – os objetos de trabalho, e utiliza outra “coisas” – os meios
de trabalho. No seu conjunto, designam-se os objetos e os meios de trabalho por meios de
produção ou capital.

Os objetos de trabalho são, pois, tudo aquilo que é alvo do trabalho humano. Serão os recursos
naturais existentes na Terra, cuja exploração permite a obtenção de produtos vegetais, animais e
minerais. Ex. celulose, o algodão, o ouro ou o cobre.

Deste modo, entre os objetos de trabalho, pode considerar-se dois tipos de matérias: as matérias-
primas e as matérias subsidiárias.

Os meios de trabalho são tudo aquilo que é usado pelo ser humano na transformação dos objetos
de trabalho a fim de obter produtos utilizáveis. Ex. enxada, o tear, o robot. Os meios de trabalho
são múltiplos, tendo importância entre eles os instrumentos de trabalho.

Os meios de produção (objetos e meios de trabalho) são, também, designados por capital.

Portanto, meios de produção ou capital é o conjunto dos objetos de trabalho (matérias-primas e


subsidiárias) e dos meios de trabalho (instrumentos como máquinas e outros equipamentos) que
contribuem para a produção.

O capital é constituído pelos elementos que contribuem, juntamente com o trabalho, para a
produção de bens e serviços.

Apesar de associarmos, muitas vezes, riqueza a capital, estes termos não são sinónimos.
De facto, quem é proprietário possui riqueza. No entanto, essa riqueza só é capital se estiver ao
serviço do processo produtivo. Ex. se um indivíduo possuir um automóvel, ele possui riqueza;
mas, esse veículo só é capital se for utilizado no processo produtivo, nomeadamente no transporte
de pessoas ou de materiais.

O capital consiste em todos os elementos que se utilizam no processo produtivo, como automóveis,
edifícios, ferramentas, computadores, matérias-primas, dinheiro, conhecimento. São os meios de
produção.

Ou seja, o capital é tudo o que utilizamos no processo produtivo, incluindo os meios naturais e o
conhecimento.

Tema 3.4 – O fator trabalho – alguns indicadores

• População ativa – conjunto de pessoas que constituem a mão-de-obra disponível para a


produção de bens e serviços. Ex. Empregados e Desempregados;
• População inativa – população que, independentemente da idade, não está empregada,
nem desempregada. Ex. População não trabalhadora (crianças, reformados, inválidos, etc.)
e Trabalhadores não renumerados (população estudantil e doméstica);

Taxa de atividade – percentagem da população ativa na população total

𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = × 100
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Taxa de desemprego – percentagem de desempregados na população ativa

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑜𝑠
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑜 = × 100
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎

Taxas de variação – representam a evolução de uma variável relativamente a um valor de partida

𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
̇
𝑇𝑣 = × 100
𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Ao analisarmos uma taxa de variação é necessário ter em atenção o seguinte:

• uma taxa de variação positiva e superior à do período anterior significa que a variável
em análise cresceu mais do que no período anterior;
• uma redução da taxa de variação mantendo-se esta sempre positiva, significa que a
variável continuou a crescer, só que menos;
• uma taxa de variação negativa significa que a variável em análise decresceu face ao
período anterior.
Tema 3.5 – O desenvolvimento tecnológico

A aplicação das novas tecnologias à atividade económica tem apresentado benefícios e custos no
emprego e na atividade económica em geral:

• benefícios: novas formas de trabalho, como o teletrabalho, e diminuição dos custos de


produção, em virtude de as tarefas repetitivas, mecânicas e de execução poderem ser
realizadas autonomamente por instrumentos robotizados comandados por computador;
• custos: desemprego.

Tipos de desemprego:

• desemprego tecnológico – resulta da inovação tecnológica e da inadaptação do


trabalhador às novas tecnologias;

• desemprego de longa duração – dura para além de um ano e tem como causa a crise
económica dos países ou a ausência de competências profissionais:
𝐷𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠 ℎá 𝑢𝑚 𝑎𝑛𝑜 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑖𝑠 ̇
𝑇𝐷𝐿𝐷 = × 100
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
• desemprego repetitivo – desemprego decorrente da não adaptação a sucessivos
postos de trabalho, normalmente devido ao baixo nível de qualificação profissional
dos trabalhadores.

A resposta possível ao desemprego tecnológico será, então, a formação, através da qual os


trabalhadores podem responder às novas exigências de trabalho e continuar a exercer a sua
atividade profissional com maior qualidade e efeitos muito positivos para a economia.

Tema 3.6 – A combinação dos fatores produtivos

Função de produção – exprime a relação técnica existente entre a produção e os fatores produtivos
(trabalho e capital) utilizados no processo produtivo e pode ser traduzida por: P = f (k, t)

onde P representa a produção e k e t exprimem, respetivamente, o capital e o trabalho utilizados


durante a produção.
Para ser possível realizar diferentes combinações dos fatores produtivos, substituindo trabalho
por capital e vice-versa, os fatores produtivos apresentam as seguintes características:

• adaptabilidade – possibilidade de, dentro de certos limites, adaptar os fatores


produtivos a novas situações de produção;
• substituibilidade – possibilidade de, dentro de certos limites, substituir trabalho por
capital e vice-versa;
• complementaridade – possibilidade, dentro de certos limites, de os fatores de
produção se complementarem na produção.

Produtividade é a relação entre o valor ou quantidade de uma determinada produção (o que se


produz) e o valor ou quantidade dos fatores de produção (trabalho/capital) utilizados nessa
produção.
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜

Produtividade do trabalho – é a relação entre o produto realizado e a quantidade ou valor do


trabalho utilizado nessa produção.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜

NOTA: A quantidade ou valor do trabalho pode ser expresso em número de trabalhadores ou horas
de trabalho.

Produtividade do capital – é a relação entre o produto realizado e a quantidade ou valor do


capital utilizado nessa produção.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙

NOTA: A quantidade ou valor do capital pode ser expresso em número de máquinas, valor do
capital fixo, etc.

A determinação dos valores da produtividade é de especial importância, uma vez que nos ajuda a
decidir sobre o nível ótimo de investimento.

Um investimento só é compensador se o resultado obtido for superior, a prazo, ao valor do


investimento efetuado.

Os empresários decidem o número e as qualificações dos trabalhadores que empregam em função


dos resultados que esperam obter.
Para tomar esta decisão , os empresários, determinam a produtividade marginal do trabalho ou
capital, isto é, calculam o aumento de produção decorrente de um aumento unitário do fator
trabalho ou capital (por exemplo, mais um trabalhador ou máquina).

Produtividade marginal do trabalho – aumento de produção decorrente de um aumento unitário


do fator trabalho (mais um trabalhador; mais uma hora de trabalho, etc.).

𝐴𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 =
𝐴𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜

Produtividade marginal do capital – aumento de produção decorrente de um aumento unitário


do fator capital (mais uma máquina; mais uma unidade de matéria-prima, etc.).

𝐴𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 =
𝐴𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙

Combinação dos fatores produtivos a curto prazo

Lei dos rendimentos marginais decrescentes

Numa perspetiva de curto prazo, a combinação ótima dos fatores produtivos é dada pelo valor
mais alto da produtividade marginal.

A partir de uma determinada quantidade adicional do fator de produção variável, a produtividade


marginal decresce até se tornar nula ou mesmo negativa.

Este facto significa que a produtividade conseguida com a utilização de mais uma unidade de
trabalho, isto é, a produtividade marginal, é decrescente. É esta a essência da lei dos
rendimentos marginais decrescentes.

Os rendimentos são decrescentes porque:

• há um fator de produção constante (fixo);


• esse fator vai-se saturando à medida que vão sendo acrescentadas unidades sucessivas do
fator variável;
• a saturação do fator de produção constante vai originar acréscimos do produto cada vez
menores.

Lei dos rendimentos marginais decrescentes – a produtividade marginal de um fator de


produção diminui à medida que a sua utilização aumenta, mantendo-se constante a quantidade
utilizada dos restantes fatores de produção.
Combinação dos fatores produtivos a longo prazo

Custos de produção

Numa situação de longo prazo, o empresário pode alterar a combinação dos dois fatores
produtivos.

Para decidir, é necessário ter em conta vários tipos de custos:

• custos fixos;
• custos variáveis;
• custos totais;
• custos unitários.

Custos de produção – todos os custos necessários para a produção de um bem ou serviço. Inclui
os custos fixos e os custos variáveis.

Custos fixos – custos de produção que não variam com a quantidade produzida. Ex. rendas dos
edifícios, juros dos empresários.

Custos variáveis – custos de produção que variam com a quantidade produzida. Ex. custos das
matérias-primas, salários.

Custos totais (Ct) = custos fixos (Cf) + custos variáveis (Cv)

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝐶𝑡)


Custo médio ou unitário (Cm) =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 (𝑄)

Lei das economias de escala

Numa perspetiva de longo prazo, há que determinar a dimensão ótima da empresa, ou seja, aquela
em que se alcançam os menores custos por unidade de produto produzida. Para isso, temos de
recorrer aos custos de produção.

Quando as quantidades produzidas aumentam, os custos por unidade produzida – custos totais
médios ou custos unitários – diminuem até um certo limite. Assim, o empresário terá vantagem
em produzir grandes quantidades, pois poderá obter economias de escala.

Então, a dimensão ótima de produção será a correspondente ao menor custo unitário ou médio.

Lei das economias de escala ou Rendimentos à escala crescentes – Diminuição do custo médio
ou custo unitário de um bem resultante das poupanças geradas pelo aumento das quantidades
produzidas.
Há economias de escala porque os custos fixos se vão “anulando” à medida que a produção
aumenta!

Naturalmente, a partir de uma certa quantidade produzida, verificam-se deseconomias de escala,


isto é, o aumento do custo unitário de um bem (custo médio) resultante de um aumento da
quantidade produzida para além do ponto de dimensão ótima. As deseconomias de escala
correspondem a rendimentos à escala decrescentes.

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