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ADAILA RAIANE DE MELO AMORIM

ANA MARIA TEIXEIRA E SILVA


CRISTIANO RODRIGUES DE SOUSA
MARISA DE OLIVEIRA SILVA

ESTUDO DO REVESTIMENTO DE FACHADAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


Universidade Estácio de Sá como requisito
parcial à obtenção do título de Engenheiro
Civil.

Aprovado em dia de mês de ano.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Orientador Profº Diogo de Carvalho Menezes
Universidade Estácio de Sá

_______________________________________________
Profº Vinícius Naves de Oliveira,
Universidade Estácio de Sá

_______________________________________________
Profª Hanaelly Garcia do Carmo
Coord. Eng. Civil e de Produção - Universidade Estácio de Sá

Goiânia – 2020
ESTUDO DO REVESTIMENTO DE FACHADAS EXTERNAS

Adaila Raiane de Melo Amorim – e-mail*


Universidade Estácio de Sá
Endereço *
CEP – Itapaci – Goiás

Ana Maria Teixeira e Silva – e-mail*


Universidade Estácio de Sá
Endereço*
CEP – Goiânia – Goiás

Cristiano Rodrigues de Sousa – e-mail*


Universidade Estácio de Sá
Endereço *
CEP – Goianésia – Goiás

Marisa de Oliveira Silva – e-mail*


Universidade Estácio de Sá
Endereço*
CEP – Goiânia – Goiás

Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de identificar, classificar e apresentar


soluções às patologias ocorridas no revestimento externo de edifícios. Busca apontar
os métodos corretos de execução dos revestimentos mais utilizados hodiernamente,
como os de argamassa e o cerâmico; relacionar as manifestações patológicas
decorrentes de falhas no processo de execução e identificar causas e apresentar as
possíveis soluções das anomalias relacionadas. Para elaboração deste trabalho foi
utilizado duas linhas de pesquisa, sendo a bibliográfica e qualitativa. A primeira foi um
dos pontos primordiais para elaboração de toda a teoria que engloba o tema em
análise, uma vez que a busca se deu por intermédio da leitura de livros e dados
disponíveis na internet, dados que foram primordiais para apresentar toda a teoria
existente que engloba as patologias. Posteriormente, utilizou-se a pesquisa qualitativa
e investigativa, sendo esta necessária para investigar, como apresentado sucintamente
pelo subtítulo de um excelente estudo sobre avaliação dos erros comumente
encontrados no decorrer de uma visita técnica em um canteiro de obras, realizado no
ano de 2018. Os resultados obtidos foram conclusos que na obra encontram-se
diversas anomalias patológicas, visto que se buscou o custo/benefício e rendimento dos
materiais, utilizaram-se produtos de baixa qualidade, além de mão de obra que não
executou a função inerente de acordo com as conformidades do projeto. Assim sendo,
não se teve os cuidados necessários na execução das obras, logo se encontrou as
patologias nas fachadas decorrente dessas falhas. Por fim, apresentou-se os métodos
construtivos de fachada, sugestão para prevenir as incidências patológicas futuras e a
conscientização da manutenção preventiva da fachada.

Palavras-chave: Canteiro de obras. Construção Civil. Nível Sonoro. Ruídos.


STUDY OF EXTERNAL FACADE COATING

Abstract: The present work has the objective of identifying, classifying and presenting
solutions to the pathologies that occurred in the external coating of buildings. It seeks
to point out the correct methods of execution of the most used coatings today, such as
mortar and ceramic; relate pathological manifestations resulting from failures in the
execution process and identify causes and present possible solutions for related
anomalies. To elaborate this work, two lines of research were used, being the
bibliographic and qualitative. The first was one of the main points for the elaboration
of the whole theory that encompasses the topic under analysis, since the search took
place through the reading of books and data available on the internet, data that were
essential to present all the existing theory that encompasses pathologies. Subsequently,
qualitative and investigative research was used, which is necessary to investigate, as
presented briefly by the subtitle of an excellent study on the evaluation of errors
commonly encountered during a technical visit to a construction site, carried out in
2018. The results obtained were concluded that in the work there are several
pathological anomalies, since the cost / benefit and yield of the materials were sought,
low quality products were used, in addition to labor that did not perform the inherent
function according to project conformities. Therefore, the necessary care was not taken
in the execution of the works, soon the pathologies on the facades resulting from these
failures were found. Finally, facade construction methods were presented, a suggestion
to prevent future pathological incidences and awareness of preventive facade
maintenance.

Key-words: Construction site. Construction. Sound Level. Noises.

1 INTRODUÇÃO

Segundo a CBIC (2020), a construção civil é um dos setores que gera mais
empregos no Brasil sendo, em muitos países, o maior responsável pela retomada de
investimento econômico de um país. Apenas em 2019 no Brasil criou-se 124 mil novas
vagas de emprego. Porém não são raros casos em que a mão de obra é pouco ou nada
qualificada não se exigindo capacitação da mão de obra em massa, estando as
qualificações quase sempre limitadas aos gestores que, por vezes, não desenvolvem
atividades no sentido de melhorar as capacidades técnicas dos colaboradores.
De acordo com POSSAN e DEMOLINER (2013) a degradação prematura de
edificações é um problema frequente em todo o mundo. Isso ocorre devido ao
envelhecimento precoce da obra executada, o que pode ser explicado pela baixa
qualidade dos materiais de construção empregados, por problemas de projeto e/ou
execução e também à falta de manutenção.
Conforme explica BAUER (1996) as falhas de revestimentos pode ser causada por
erro de execução ou projeto, como também tentativa de economizar nestas fases,
visando a máxima economicidade da obra, por fatores como prazo e orçamento, o
serviço de fachada não é realizado em conformidade com o projeto, causando
posteriormente patologias decorrentes de uma trabalho mal feito.
De acordo com BARBOSA (2005) o revestimento bem executado é importante
tanto para o aspecto visual quanto para o bom desempenho quanto à proteção mecânica,
isolamento térmico e acústico, vedativo, prevenir as infiltrações, maior durabilidade,
dentre outros. Com o decorrer do tempo, torna-se comum a aparição de fissuras,
manchas, deslocamento de placas, infiltrações e bolores devido à má-execução.
Ainda de acordo com BARBOSA (2005) o estudo das patologias visa encontrar
informações acerca de possíveis causas, mas também indicar soluções para tais
imperfeições. Pelo fato de uma obra finalizada ser composta por várias fases, é
necessário a verificação minuciosa de cada uma dessas etapas, a fim de detectar as
possíveis patologias e o devido reparo. O problema patológico está diretamente
relacionado com a vida-útil da edificação, então todas as atitudes devem ser tomadas
para aumentar este fator.
Conforme explica Sabbatini (2000), as origens para ocorrência de patologia nos
revestimentos podem estar associadas às fases de projeto, execução e utilização deste
material ao longo do tempo. Por isso o projeto e todas suas indicações deverão ser
seguidos à risca, visto que contém todos os procedimentos de execução e controle,
materiais utilizados, juntas, reforços, geometrias, acabamentos e as características de
cada revestimento.
Para nortear a pesquisa quis-se constatar, com estudo de caso em uma obra na cidade de
Goiânia, as patologias decorrentes do processo executivo de revestimento de fachadas.
Aplicando metodologias que vão desde a pesquisa bibliográfica para ambientação e
conhecimentos específicos à visita de campo com registro e tratamento de dados que
caracterizaram a realidade in loco, quis-se levantar um cenário geral e propor
alternativas viáveis que previnam todos os problemas decorrente da má-execução.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Normas regulamentares consultadas


NBR – 13529 Revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas— Data
de publicação 29/07/2013 válida a partir de 29/08/2013. Esta Norma define os termos
relativos a revestimentos de paredes e tetos em argamassas inorgânicas à base de
cimento, cal, ou ambos, e a materiais e instrumentos auxiliares de aplicação. De acordo
com esta norma o Sistema de Revestimento é o “Conjunto formado por revestimento de
argamassa e acabamento decorativo, compatível com a natureza da base, condições de
exposição, acabamento final e desempenho, previstos em projeto”. De onde se conclui
que em um sistema de revestimento de fachada devem ser levados em consideração
tudo que interfira em sua vida útil e desempenho.
NBR – 13749 (ABNT 1996) - Revestimento de paredes e tetos de argamassas
inorgânicas – Especificação. Esta Norma fixa as condições exigíveis para o recebimento
de revestimento de argamassa inorgânico aplicado sobre paredes e tetos de edificações.
Esta Norma aplica-se ao revestimento de elementos constituídos por concreto e
alvenarias.
NBR – 13277 (ABNT 2005) - Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes e tetos - Determinação da retenção de água. Esta norma especifica métodos para
determinar o fator de retenção de água da argamassa.
NBR – 13279 (ABNT 2005) - Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes e tetos – Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão. Esta
Norma estabelece o método para determinação da resistência à tração na flexão e da
resistência à compressão de argamassas para assentamento e revestimento de paredes e
tetos, no estado endurecido.
NBR – 13528 (ABNT 2010) - Revestimento de paredes e tetos de argamassas
inorgânicas - Determinação da resistência de aderência à tração. Esta Norma prescreve
o método para a determinação da resistência de aderência à tração de revestimento de
argamassa aplicados em obra ou laboratório sobre substratos inorgânicos não metálicos.
NBR – 13816 (ABNT 1997) - Placas Cerâmicas para Revestimento –
Especificação. Esta norma descreve que placas cerâmicas para revestimento são
materiais compostos de argila e outras matérias-primas inorgânicas, geralmente
utilizadas para revestir pisos e paredes, sendo conformadas por diversos processos de
fabricação e apresentando qualidades de incombustão e resistência à luz solar.
NBR – 7200 (ABNT 1998) - Execução de revestimento de paredes e tetos de
argamassas inorgânicas – Procedimento. A NBR 7200 especifica padrões ideais de
execução do revestimento de modo a evitar anomalias posteriores à execução. A norma
abrange o assunto passo a passo desde o projeto do revestimento até o acompanhamento
da execução.
2.2 Principais Funções do Revestimento de Fachada
Segundo SABBATINI (2013) os revestimentos de fachada devem exercer funções
de desempenho como proteger os elementos de vedação da estrutura contra a ação direta
de agentes agressivos do meio ambiente e ações de intempéries, evitando a degradação
precoce. Isso está associada à durabilidade e redução dos custos com manutenção dos
edifícios.
Os revestimentos de fachadas devem auxiliar as funções de vedação e de
estanqueidade à água e ao ar, adequando o desempenho termo acústico, proteção contra
a ação do fogo e recebimento de outros revestimentos para o acabamento final. Devem
também absorver pequenos movimentos entre a alvenaria e a estrutura.
Não é papel de o revestimento corrigir imperfeições grosseiras da base, devido à má
execução da estrutura e da alvenaria. Além de funções de proteção e desempenho, os
revestimentos definem as características estéticas do edifício agregando valor ao
empreendimento (RIBEIRO e BARROS, 2010).
2.3 Tipos de Revestimentos e suas Características
No Brasil, os métodos construtivos mais utilizados em fachadas de edifícios são os
revestimentos de argamassa com acabamento em pintura ou placas cerâmicas
(RIBEIRO e BARROS, 2010).

2.3.1 Revestimento argamassado


A argamassa é composta de cimento, agregado miúdo, cal, água e aditivos. Tem
objetivo de unir as unidades, garantir vedação, proporcionar aderência com as
armaduras nas juntas, e compensar as variações dimensionais das unidades. As
propriedades que devem ser controladas são: retenção de água, adequada resistência à
compressão e trabalhabilidade (CAPORRINO, 2015).
De acordo com o estudo de Caporrino (2015) pode-se entender o revestimento
argamassado como proteção de uma superfície porosa com uma ou mais camadas
sobrepostas e espessura normalmente uniforme, resultando em uma superfície adequada
a receber um acabamento decorativo ou constituir-se em acabamento final.
Segundo SZLAK, (2013, p. 121) as proporções entre os componentes da mistura e
sua aplicação no revestimento recebem diferentes nomes em seu emprego, tais como:
• Chapisco: Camada de preparo da base, com finalidade de
uniformizar a superfície e melhorar a aderência do
revestimento;
• Emboço: Camada de revestimento realizada para cobrir e
regularizar a superfície da base com ou sem chapisco,
ocasionando uma superfície que permita receber outra
camada de reboco ou de revestimento decorativo, ou se
constitui no acabamento final;
• Reboco: Camada de revestimento utilizada pra o
cobrimento do emboço, ocasionando uma superfície que
possibilita receber o revestimento decorativo ou que se
constitua no acabamento final;
• Massa Única: Executado numa camada única, cumprindo
as funções do emboço e reboco.
As propriedades e condições do revestimento de argamassa segundo a norma NBR
13749, devem satisfazer às seguintes condições:
• Ter compatibilidade com o acabamento decorativo
(pintura, papel de parede, revestimento cerâmico e outros);
• Possuir resistência mecânica decrescente ou uniforme, a
partir da primeira camada em contato com a base, sem
comprometer a sua durabilidade ou acabamento final;
• Ser composto por uma ou mais camadas superpostas de
argamassas contínuas e uniformes;
• Conter propriedade hidrofugante, em caso de revestimento
externo de argamassa aparente, sem pintura e base porosa.
No caso de não se empregar argamassa hidrofugante, deve
ser realizada pintura especifica;
• Possuir propriedade impermeabilizante, em caso de
revestimento externo de superfícies em contato diretamente
com o solo;
• Resistência à ação de variações normais de temperatura e
umidade do meio, quanto externos.
Pode-se ainda referir ao aspecto do revestimento, espessura, prumo, nivelamento,
planeza e aderência (CAPORRINO, 2015).
2.3.2 Revestimento Cerâmico
O revestimento cerâmico é definido pela NBR 13816 (ABNT) como sendo o
conjunto formado por placas cerâmicas, pela argamassa de assentamento e pelo rejunte
(SILVA, OLIVEIRA e LOPES, 2014).
De acordo com Ribeiro e Barros (2010) o revestimento cerâmico são camadas
superpostas e ligadas entre si, constituído pelo suporte da alvenaria. As camadas de
argamassa e o revestimento final tem a função de proteger a edificação da chuva,
umidade, agentes atmosféricos, desgastes mecânicos, e também para acabamento
estético.
Possuem durabilidade, e o cumprimento de suas funções somente é obtido pelo
desempenho do conjunto de camadas que os compõe. O revestimento cerâmico de
fachada possui comportamentos diante das ações que estarão sujeitos ao longo do
tempo, logo ele se deformará mais ou menos em função de suas propriedades e das
condições de seus movimentos (SZLAK, 2013).
2.4 Camadas Importantes do Subsistema
Cada uma das camadas que compõem o revestimento cerâmico tem suas
particularidades importantes para que o mesmo atinja resultados satisfatórios, que são
elas: base, camada de regularização, camada de fixação, revestimentos cerâmicos e
juntas de assentamentos (RIBEIRO e BARROS, 2010).
2.4.1 Base
A base, substrato do sistema de revestimento cerâmico de fachada, é composta pela
estrutura de concreto e pelo vedo, na maior parte das vezes constituídas de alvenaria de
blocos cerâmicos ou de concreto. (RIBEIRO e BARROS, 2010).
Figura 01 - Parede de alvenaria em bloco cerâmico

Fonte: Escola Engenharia, 2019


Essa camada possui características que interferem diretamente no comportamento
do sistema, por isso sua capacidade de movimentação deve ser discutida na fase de
elaboração do projeto. Além disso, suas propriedades mineralógicas, regularidade
geométrica e porosidade, também interferem no desempenho do revestimento, á vista
disso, deve estar devidamente preparada para receber o revestimento (RIBEIRO e
BARROS, 2010).
O chapisco tem esse papel fundamental de proporcionar uma melhor aderência do
revestimento à base e tornar mais rugosa e homogênea à absorção de água, facilitando a
ancoragem do emboço. Por isso é recomendado a sua aplicação nas fachadas de
edifícios que receberem revestimentos aderidos. Um dos tipos de chapisco mais usuais é
o convencional, que consiste no lançamento manual, de uma mistura concentrada de
cimento, areia e água muito fluída com o a utilização de colher de pedreiro, podendo
ainda ser incorporado algum aditivo capaz de aumentar sua aderência ao substrato
(THOMAZ, 2016).
Figura 02 - Parede de alvenaria em tijolo cerâmico com chapisco convencional
Fonte: Bianco, 2019
E o industrializado que é uma forma mais recente de ponte de aderência entre a
base e o emboço, esse tipo de chapisco se destaca por ter um maior controle de
qualidade, vem ensacado faltando apenas adicionar água de acordo com a orientação do
fabricante, tem sua consistência semelhante a uma argamassa colante que é utilizada
para revestimentos cerâmicos. Sua aplicação se faz com o uso de uma desempenadeira
de aço dentada, deixando ranhuras na superfície o que facilita a aderência do emboço.
(THOMAS, 2016).
Figura 03 - Estrutura com chapisco industrializado

Fonte: Morada Engenharia, 2018.


2.4.2 Camada de regularização
O emboço é a camada que regulariza a base para propiciar uma superfície adequada
para a aplicação das próximas camadas de acabamentos, contribui para a estanqueidade
da fachada e absorve e dissipa as tensões geradas pela movimentação da base.
Produzida com argamassa de base cientíssima, e muitas vezes reforçadas com o uso de
telas metálicas que minimiza o aparecimento de fissuras provenientes de
movimentações da base (RIBEIRO e BARROS, 2010).
Também chamado de massa fina, o reboco é a camada que torna a textura da parede
mais lisa para receber o seu devido acabamento final. Usando argamassa de areia e cal
com granulometria mais fina, e é aplicado após seu endurecimento do emboço
(RIBEIRO e BARROS, 2010).
A resistência de aderência á tração da camada de emboço á base terá que alcançar
no mínimo 0,3 Mpa, definido pela ABNT NBR 13749 e os métodos de ensaios
definidos pela ABNT NBR 13528.
2.4.3 Camada de Fixação
A camada de fixação é responsável pela aderência das placas cerâmicas ao emboço,
essa fixação pode acontecer por processo de aderência mecânica, adesão química ou por
ambos. Na aderência mecânica acontece a ancoragem da pasta de cimento nos poros do
emboço e da placa cerâmica, já no processo de adesão química a fixação ocorre pela
ação de forças eletrostáticas entre as partículas do adesivo e dos materiais a serem
unidos (SABBATINI, 2013).
As argamassas tradicionais de cimento e areia produzidas em obra proporcionam
uma aderência química, melhor utilizada em materiais porosos. Essas ao longo do
tempo foram substituídas por argamassas colantes que proporcionam tanto uma
aderência química, quanto mecânica. (RIBEIRO e BARROS, 2010).
As argamassas colantes industrializadas são muito utilizadas na atualidade, e são
divididas em classes de acordo com a resistência, aderência e tempo em aberto,
dividindo-as em três classes ACI, ACII e ACIII, e se o tempo de pega de cada uma
aumentar em até 10 minutos elas passam a se classificar em ACI-E, ACII-E ou ACIII-
E, especificadas pela norma ABNT NBR 14081.
2.4.4 Revestimento Cerâmico
Esta camada por ficar exposta a ação das intempéries, é a mais solicitada do
sistema, principalmente pela umidade e variação de temperatura. A ABNT NBR 13818
(1997) define os métodos de ensaios pelos quais as placas cerâmicas devem ser
submetidas, as propriedades físicas e as condições limite para especificação e aplicação,
onde são agrupados segundo sua capacidade de absorção de água.
Quanto mais compacto for o material menor a porosidade da peça, essa é uma
propriedade que deve ser levada em consideração na especificação da camada de
fixação, visto que o nível da porosidade interfere na sua característica de aderência
(RIBEIRO e BARROS, 2010).
A expansão por umidade das peças cerâmicas consiste no aumento das dimensões
em função da absorção de água, mesmo sendo relativamente pequena e ocorrendo
lentamente, pode comprometer a aderência das placas, pois ocorre depois do
assentamento das mesmas.
A dilatação térmica das placas cerâmicas é outro fator importante para o
revestimento de fachada. Com o aumento da temperatura as placas cerâmicas aumentam
suas dimensões, logo quando diminuída ocorre uma contração, ocasionando uma tensão
que pode levar ao destacamento. O módulo de elasticidade também é outro fator de
grande importância no sistema, pois é uma propriedade da placa cerâmica que expressa
sua capacidade de deformação, ou seja, sua capacidade de absorver as tensões do
sistema (FIORITO, 2014).
Medeiros (2013) destaca uma série de vantagens das placas cerâmicas para o uso
como revestimento de fachada, como por exemplo, o fato de não pegarem fogo, a
elevada impermeabilidade, não provocam diferença de potencial, excelente isolamento,
e o custo final compatível com os benefícios.
2.4.5 Juntas de Assentamento
As juntas de assentamento são aquelas existentes entre as placas cerâmicas,
originadas durante o processo de assentamento e preenchidas por rejunte. O rejunte tem
grandes funções no desempenho do revestimento cerâmico, como a de aliviar as tensões
reduzindo o módulo de elasticidade dos panos de revestimentos, assim aumentando sua
capacidade de absorver deformações, também aperfeiçoa a aderência das placas
cerâmicas (MEDEIROS, 2013).
2.5 Juntas de Dilatação
As juntas de dilatação têm a função de aliviar tensões provocadas pela
movimentação da base e do próprio sistema de revestimento, sendo de fundamental
importância para estabilidade, durabilidade e vida-útil da estrutura. Abaixo segue a
forma correta de execução desta junta e da forma executiva vista in loco.
Inicia-se com a limpeza com compressor para retirada de poeira, em seguida aplica-se
soprador térmico para retirada da umidade, antecedendo a aplicação do primer (pintura
elastomérica), feito isso coloca-se o corpo de apoio (tarucel) com diâmetro de 20 mm na
cavidade do friso, protege-se as laterais da junta com fita crepe de 2” a uma distância de
20 mm do friso, aplica-se o mastique (puliuretano) com a utilização de pistola
aplicadora devendo ser feito um corte no bico do tubo do selante em ângulo de 45º na
medida da junta efetuando o acabamento com a pistola.
Figura 04 - Detalhe de projeto para a execução das juntas de dilatação em fachadas

Fonte: Projeto executivo da obra em estudo, 2018.


2.6 Patologia causada por excesso de carga estrutural
De acordo com TRINDADE (2015) falha humana durante a fase de projeto pode
causar e ser causada por inúmeros fatores. Como visto in loco relatou-se patologias
decorrentes de excesso de carga estrutural.
O principal fator deste excesso decorre da má avaliação das cargas atuantes na
estrutura. O engenheiro calculista responsável pelo projeto deve avaliar tais cargas de
acordo com as normas vigentes para dimensionar corretamente a estrutura. Caso a
avaliação seja errada, patologias surgirão e estas decorrem de cargas gravitacionais,
climáticas e acidentais.
A primeira representa, de forma permanente, o peso-próprio da estrutura e também
ao revestimento, pisos, alvenaria, dentre outros. As climáticas decorrem de neves, ondas
ou ventos, sendo esta última a mais frequente.
Por fim, a carga acidental é aquela considerada para situações de risco, como
choque de aeronaves, fundações para resistir a abalos sísmicos, choques de veículos,
dentre outros.

Figura 05 – Fissuras verticais por sobrecarga em parede de alvenaria

Fonte: EduQC (2018)


2.7 Trincas relacionadas a telas de reforço
As telas de reforço têm a finalidade de alivio de tensões decorrentes dos efeitos
causados por movimentações mecânicas, térmicas, e retração da argamassa, evitando a
ocorrência de fissuras, garantindo maior aderência nos revestimentos.
Segundo Fiorito (2014), sempre que por motivos construtivos como erro de
esquadro ou desaprumo, a espessura do revestimento de fachada de argamassa exceder
25 a 35 mm, terá que ser utilizado telas metálicas de reforço soldadas de malha de
50x50 mm e fio de 16 BWG (16 mm aproximadamente) fixadas através de pinos de aço.
O estudo de Gomes, Neves e Souza, (2011), destaca ainda que telas de reforço
também são aplicadas em regiões de revestimento sobre a estrutura e de estrutura com a
alvenaria, esses locais devem ser especificados em projeto. Se não forem utilizadas, ou
posicionadas de forma inadequada a ocorrência de trincas é inevitável.
3 METODOLOGIA / MATERIAIS E MÉTODOS
Para elaboração deste trabalho foi utilizado duas linhas de pesquisa, sendo a
bibliográfica e qualitativa. A primeira foi um dos pontos primordiais para elaboração de
toda a teoria que engloba o tema em análise, uma vez que a busca se deu por intermédio
da leitura de livros, documentos e dados disponíveis na internet, dados que foram
primordiais para apresentar toda a teoria existente que engloba as patologias associadas
ao processo executivo de revestimento de fachadas em edifícios.
No segundo estudo realizado sobre o processo executivo de revestimento de um
edifício, utilizou-se a pesquisa qualitativa e investigativa, sendo esta necessária para
investigar, como apresentado sucintamente pelo subtítulo de um excelente estudo sobre
avaliação dos erros comumente encontrados no decorrer de uma visita técnica em um
canteiro de obras.
Para Martins e Theóphilo (2011) a pesquisa qualitativa possibilita a penetração
na realidade social, esquadrinhar situações para achar às causas de um fato e assim
elucidar um fenômeno, neste caso a abordagem principal ocorreu sobre as principais
vertentes das patologias associadas ao processo executivo de revestimento de fachadas
em edifícios, sendo que foi fundamental apresentar seus principais aspectos e
principalmente avaliar o posicionamento da engenharia civil, já que envolve toda a
indústria civil e suas técnicas diárias.
Por isso optou-se por explorar um estudo qualitativo e investigativo, por tratar-se de
um tema que engloba a engenharia civil. Enfim, é fundamental prelecionar a pesquisa
bibliográfica e qualitativa foi fundamental para que o contexto fosse abordado de forma
plausível, isso porque não se pode estender uma pesquisa apenas como texto
bibliográfico. O intuito é apresentar dados com clareza, para que assim a ideia central,
seja levada em consideração e o estudo apresente seriedade.
O estudo de caso baseou-se os procedimentos executivos de revestimento de
fachadas da empresa brasileira Grupo CF em parceria com a Fleury Incorporações.
Têm-se como objetivo padronizar e fornecer as diretrizes para a execução do
revestimento externo com qualidade.
Figura 06 – Edifícil em estudo

Fonte: Grupo CF, 2018.


As análises foram realizadas a partir de dados de projetos e de análises e dados
relacionados com a execução do edifício em estudo. Observações in loco completaram
as informações. A sistematização descrita a seguir foi utilizada para a coleta das
informações.
• Dados de Identificação: Construtora, localização, orientação solar, entorna
direto, número de pavimentos, área construída;
• Manifestações patológicas constatadas;
• Cronograma de execução dos serviços;
• Descrição do defeito da manifestação patológica;
• Localização das manifestações patológicas na edificação;
• Incidência de agentes de degradação (poluição, ventos, umidade, salinidade,
sol).
Analisou-se o projeto executivo de arquitetura projeta de esquadrias, projeto
executivo de fachada, memorial descritivo, e os documentos de padrão da empresa
como o PES (Procedimento de Execução de Serviço) e FVS (Ficha de Verificação de
Serviço).
3.1 Descrição do empreendimento
O estudo de caso foi realizado no edifício denominado Giardino Marista, localizado
na cidade de Goiânia-GO, no endereço Rua 1141, Quadra 247, Lote 07/08, Setor
Marista. Trata-se de um edifício residencial de 21 unidades, com arquitetura
contemporânea e com fachada verde, seguindo tendências mundiais de sustentabilidade.
Figura 07 – Fachada do edifício em estudo
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
Todas as etapas do estudo de caso foi acompanhada do Engenheiro Civil André
Jânio Sardinha Diniz (CREA 14529/D-GO). Está sendo construído pela empresa
brasileira Grupo CF em parceria com a Fleury Incorporações. O edifício tem duas
opções de apartamentos, sendo com área privativa de 344,63m² ou 298,70m², conforme
plantas adicionadas em anexo.
3.2 Cronograma de Execução do Serviço
A execução do sistema de revestimento da fachada é prevista no cronograma de
execução de fachadas da obra com os seguintes prazos:
● Início da execução do chapisco e reforços na base com telas: a alvenaria e estrutura
devem estar concluídas há, pelo menos, 14 dias;
● Cura do chapisco convencional (traço 1:3) durante três dias, sem escorrimento;
● Início dos reforços localizados nos revestimentos com telas: após finalização da
cura do chapisco;
● Início do emboço/reboco: mínimo de 3 dias após o término do chapisco;
● Cura do emboço/reboco durante 7 dias, sem escorrimento;
● Início da aplicação do revestimento cerâmico: mínimo de 14 dias após término do
emboço/reboco;
● Limpeza do excesso de argamassa colante no interior das juntas entre cerâmicas,
imediatamente após o assentamento dos revestimentos cerâmicos;
● Início da aplicação do rejuntamento: mínimo de 14 dias após o término da
aplicação do revestimento cerâmico.
● Início de preenchimento das juntas com Poliuretano, para revestimento cerâmico
mínimo de 7 dias após o término do rejuntamento;
● Juntas de Poliuretano para acabamento cerâmico: Início de preenchimento das
juntas com Poliuretano, mínimo de 7 dias após o término do rejuntamento;
● Início da lavagem do rejuntamento: mínimo de 14 dias após o término da aplicação
e aplicação do mastique concluído na região.
● Juntas de Poliuretano para acabamento pintura/textura: Aplicação de pintura
elastomérica duas demãos, secagem 3 dias;
● Aplicação de fita crepe e selante poliuretano, secagem 7 dias do poliuretano.

3.3 Condições para Início do Serviço


Antes da execução do revestimento de fachadas, os seguintes aspectos devem ser
observados:
● Os contra marcos deve estar instalado, conferidos, com folga adequada para o
assentamento do revestimento.
● Os fios de prumo (arame galvanizado) devem estar instalados em posições
adequadas e quantidades suficientes.
● Os andaimes devem estar adequadamente dimensionados de acordo com o ritmo
dos serviços, dentro das normas de segurança e fixados de forma compatível com o tipo
de revestimento a ser executado.
● Os trabalhos com argamassa não devem ser de forma alguma executados sobe forte
insolação ou ventos muito fortes. Deverá ser criada uma proteção adequada em toda
extensão da fachada onde estiverem sendo executados os serviços.
● Devem ser avaliadas as condições de prumo das alvenarias para verificação das
espessuras máximas e mínimas do revestimento de argamassa, que deve estar
compreendido entre 20 mm e 25 mm, de modo a identificar a necessidade de
procedimentos especiais para revestimento com espessura superior a 40 mm, os quais
deverão obrigatoriamente ser estruturados com tela galvanizada e pinos de fixação.
RESULTADOS
Depois de todo o estudo sobre projeto de fachadas, seus métodos executivos, suas
aplicações e execuções das argamassas, observou-se que as origens das patologias
acontecem, em sua maioria, devido às falhas no processo executivo.
Na obra em que foi abordado o estudo de caso, verificou-se que não havia um
projeto de fachada bem definido, o planejamento do canteiro não condizia com o
tamanho dos serviços das fachadas que estavam sendo executadas. Além da falta de
controle adequado da qualidade dos materiais empregados e uma mão de obra pouco
qualificada, foram encontradas inúmeras irregularidades no decorrer da aplicação do
revestimento de fachada.
Pode-se, assim, afirmar que, não só nesta obra como em outras, não há
planejamento adequado e quanto mais um projeto de execução de fachada. É por isso
que ocorre em muitas delas as patologias originadas em todos esses processos, gerando
custo de manutenção predial de fachadas antes do que deveria ser qualificado dentro do
cronograma. Na figura abaixo é demonstrado à fissura na argamassa.
Figura 08 – Aplicação de Revestimento em argamassa

Fonte: Acervo pessoal, 2018.


Analisando a Figura 08 percebe-se que a aplicação do revestimento em argamassa
foi realizada sem a utilização de reforço entre alvenaria e estrutura, por isso da aparição
visível de fissuras na estrutura.
Neste caso a solução apresentada pela construtora foi à remoção total do
revestimento na região em que ocorreu a trinca, e execução correta do revestimento com
a aplicação da tela de reforço. Problema este encontrado no decorrer da pesquisa de
campo onde foi constatada a execução de revestimento sem a aplicação da tela.
Figura 09 – Trinca no encontro de alvenaria e estrutura

Fonte: Acervo pessoal, 2018.


Na figura 09 acima, nota-se que a falta da utilização de telas de reforço, no
momento da execução do serviço e na região do encontro de alvenaria e estrutura, foi o
motivo do futuro aparecimento de trincas.
Figura 10 – Trincas no revestimento argamassado na altura dos três primeiros pavimentos

Fonte: Acervo pessoal, 2018


Na figura 10 é notório encontrar uma série de problemas em sua camada
superficial, as trincas no revestimento argamassado nos três pavimentos iniciais, acabam
por comprometer o apelo arquitetônico dessa construção, dando aspecto de descuido e
de negligência por parte de todo o projeto. Tal problema encontrado é caracterizado
como patologias estruturais da argamassa de revestimento.
A causa física em que se chegou esta obra parte do pressuposto que foram
ocasionadas por deformação excessiva da estrutura, atuação de sobrecarga estrutural
além das definidas em projeto, recalques do sistema de fundação e movimentação de
lajes e vigas de cobertura.
Além da retração térmica, pois devido aos diferentes comportamentos dos materiais
que compõem a argamassa (cimento, areia, cal, água e aditivos), frente a diferentes
níveis de temperatura (aquecimento e resfriamento), ou seja, um material tende a retrair
e dilatar mais que o outro, causando a geração de fissuras no conjunto da obra.
Figura 11 – Trincas no revestimento argamassado na altura dos três primeiros pavimentos

Fonte: Acervo pessoal, 2018


Esses problemas encontrados na obra referenciando as trincas no revestimento
argamassado, têm-se que, geralmente, partem de natureza estrutural e apresentam uma
maior complexidade do que aqueles de origem superficial, pois envolvem projetos de
recuperação das estruturas, demandando maior tempo e custo, assim como relatado na
figura acima, que promoveu fissura pela retração hidráulica do cimento, que é
ocasionada pela perda de água durante a mistura da argamassa, ocasionando uma
heterogeneidade na reação do cimento, ou seja, algumas das partículas de cimento não
reagiram pela falta da água que evaporou durante a mistura da argamassa, gerando as
fissuras nos pavimentos.
Figura 12 – Trinca no canto de janela a 45º

Font
e: Acervo pessoal, 2018
É sabido que as patologias mais frequentemente encontradas nas fachadas e paredes
são: fissuras, trincas, deslocamento do revestimento e manchas, é notório que na figura
08 a trinca se dá no canto da janela a 45° causado pela falha na execução da alvenaria e
do revestimento, além dos produtos inadequados. Essa patologia prejudica a aparência
do edifício, uma vez que transmitirá aos usuários a impressão de que a obra, de forma
geral, foi mal construída, além de que trincas favorecem a infiltração da água,
provocando manchas de umidade e no caso de deslocamento de revestimento.
Figura 13 – Execução de junta de movimentação

Fonte: Acervo pessoal, 2018.


Na figura acima foi constatado erro na exeucao de uma junta de movimentação,
visto que ocorria em local onde não constava em projeto por motivos de trincas em
excesso - Pano de revestimento muito grande.
Este fato ocorreu porque, com um pano de revestimento muito extenso, as retrações
térmicas ocorridas causam trincas em toda a face do revestimento. Problema este
solucionado com a execução de uma junta de movimentação na vertical, diminuindo o
tamanho do pano de revestimento e aliviando tensões.
CONCLUSÃO
Foram apresentadas durante o desenvolvimento todas as anomalias patológicas,
exemplificando e retratando como podem ocorrer, quais as consequências para um
projeto, que não é adequadamente detalhado e demonstra falhas na execução na obra.
Para relatar ainda, mostrou à importância a prevenção de patologias e se caso
quando ocorrerem é de extrema urgência que as trate de eficientemente utilizando as
técnicas precisas para o bom funcionamento das fachadas, não trazendo vantagens
apenas para a estética da edificação, mas com o intuito de satisfazer e ter credibilidade
para com os usuários, uma vez que, os problemas patológicos podem gerar inúmeros
problemas no que diz respeito à custos/benefício e desempenho.
Desta forma, foi possível identificar, classificar e apresentar soluções às patologias
ocorridas no revestimento externo de um edifício residencial localizado na cidade de
Goiânia no estado de Goiás, causadas por falhas no processo executivo. E foi alcançado
devido à realização de um estudo dos métodos corretos de execução dos revestimentos
externos mais utilizados na atualidade, como o revestimento em argamassa e o
revestimento cerâmico. Realizou uma inspeção visual das patologias na edificação em
estudo, relacionando as manifestações patológicas decorrentes de falhas no processo de
execução e identificando as causas, além de que apresentou as possíveis soluções das
anomalias relacionadas nos resultados e discussões.
Foi possível detalhar que para se ter custo/benefício e rendimento, não se pode ter
produtos de baixa qualidade ou em falta, além de mão de obra que não executa a função
inerente de acordo com as conformidades do projeto. Mesmo sendo notório que com o
prazo e orçamento reduzido, muitas vezes o serviço não é executado de acordo com as
especificações da obra é importante que, caso não haja os cuidados necessários na
execução das obras, logo se encontrará as patologias de fachadas decorrente dessas
falhas.
O projeto a ser seguido sempre determina os materiais utilizados, geometria, juntas,
reforços, acabamentos, procedimentos de execução e controle. Além do mais, o projeto
deve conter as informações relacionadas às características dos revestimentos e forma de
execução para que seja alcançado o desempenho.
REFERÊNCIAS

BRASIL. NBR 13528. Determinação da resistência de aderência à tração de


revestimento cerâmico em fachadas – Método. 1996.

BRASIL. NBR 13529. Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas —


Terminologia. 1995.

BRASIL. NBR 13277. Argamassa para assentamento. 1995.

BRASIL. NBR 13279. Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos.


2005.

BRASIL. NBR 13816. Placas cerâmicas para revestimento. 1997.

BRASIL. NBR 7200. Execução de revestimentos de paredes e tetos de argamassas.


1997.

CAPORRINO, C. F; Patologia das Anomalias em Alvenarias e Revestimentos


Argamassados. São Paulo. 2015.

FIORITO, A. J. Manual de argamassas e revestimento: estudos e procedimentos de


execução. São Paulo. 2014.

MEDEIROS, J. S. Tecnologia e projeto de revestimentos cerâmicos de fachadas de


edifícios. São Paulo. 2013.

RIBEIRO, F. A; BARROS, M. M. S. B. Juntas de


Movimentação em Revestimentos Cerâmicos de Fachadas. São Paulo. 2010.

SABBATINI, F. H. Projeto e Execução de Revestimento de Argamassa. São Paulo.


2013.

SILVA, J. G. A. A; OLIVEIRA, N; LOPES, M.G; Patologias e tratamento de fachadas.


2014. Acesso em: 03 de Junho. 2018.

SZLAK, B. Manual de Revestimentos de Argamassa. São Paulo: Associação


Brasileira de cimento Portland. São Paulo. 2013.
THOMAS, E. Trincas em Edifícios: causas, prevenção e recuperação. São Paulo.
2016.

TRINDADE, D. S. Patologia em Estruturas de Concreto Armado. Santa Maria. 2015.

APÊNDICE A

Planta apartamento 344m²


Fonte: Grupo CF, 2018.

APÊNDICE B
Planta apartamento 298m²

Fonte: Grupo CF, 2018.

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