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16/11/2021 01:10 Derivada – Wikipédia, a enciclopédia livre

Derivada
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

No cálculo, a derivada em um ponto de uma função representa a taxa de variação instantânea de em relação a neste ponto. Um
exemplo típico é a função velocidade que representa a taxa de variação (derivada) da função espaço. Do mesmo modo, a função aceleração é a
derivada da função velocidade. Geometricamente, a derivada no ponto de representa a inclinação da reta tangente ao gráfico
desta função no ponto .[1][2] A função que a cada ponto associa a derivada neste ponto de é chamada de função derivada de f(x).

Índice
Notação
Definição
Diferenciabilidade
Derivabilidade num ponto
Derivabilidade em todo o domínio
Funções continuamente deriváveis
Derivadas de ordem superior
Exemplos
Ponto de inflexão
Pontos críticos, estacionários ou singulares
Derivadas notáveis
Regras para funções combinadas
Exemplo de uso
Funções de uma variável complexa
Física
Derivadas em maiores dimensões
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Derivadas em maiores dimensões
Derivadas de funções vetoriais

Derivadas parciais
Derivadas direcionais 
Derivadas de aplicações
Exemplos
Referências
Bibliografia
Ver também
Ligações externas

Notação
Duas distintas notações são comumente utilizadas para a derivada, o resultante de Leibniz e o
outro a partir de Joseph Louis Lagrange. 
Click para uma maior imagem. Em cada ponto, a
Na notação de Leibniz, uma mudança infinitesimal em x é denotada por dx, e a derivada de y em derivada de é a tangente do ângulo
que a reta tangente à curva faz em relação ao
relação a x é escrito  .
eixo das abscissas. A reta é sempre tangente à
curva azul; a tangente do ângulo que ela faz com
sugerindo que a razão de duas quantidades infinitesimais (A expressão acima é lido como "a o eixo das abscissas é a derivada. Note-se que a
derivada de y em relação a x", "dy por  dx", ou "dy sobre  dx". A forma oral dydx é usado derivada é positiva quando verde, negativa
frequentemente em tom de conversa, embora possa levar à confusão). quando vermelha, e zero quando preta.

Na notação de Lagrange, a derivada em relação a x de uma função F(x) é denotada f'(x) ou fx'(x),
em caso de ambiguidade da variável implicada pela derivação. A notação de Lagrange é por vezes incorretamente atribuída a Newton. 

Definição
Seja um intervalo aberto não-vazio e seja , , uma função de em . Diz-se que função é derivável no ponto se
existir o seguinte limite:[3]

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.

Se for esse o caso, o número real é chamado de derivada da função no ponto . Notações equivalentes
são:

Equivalentemente, escrevemos:

o que é obtido fazendo no limite acima. Desta forma, define-se a função derivada de por:
Uma animação que dá uma idéia
intuitiva da derivada, à medida que
o "balanço" de uma função muda
quando o argumento muda.
para todo para o qual este limite existe.

Uma função é dita derivável (ou diferenciável) quando sua derivada existe em cada ponto do seu domínio.

Segundo esta definição, a derivada de uma função de uma


variável é definida como um processo de limite
limite.. Considera-se a
inclinação da secante, quando os dois pontos de intersecção
com o gráfico de f convergem para um mesmo ponto. No limite,
a inclinação da secante é igual à da tangente.

Inclinação da tangente à curva como a


Inclinação da secante ao gráfico de f derivada de f(x)

Seja f uma função real definida em uma vizinhança aberta de um número real a.  
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Na geometria clássica, a linha tangente ao gráfico da função f em a foi a única linha que passou pelo ponto (a, f(a)) que não encontrou o gráfico de
f transversalmente, significando que a linha não passou diretamente pelo gráfico.

O declive da secante ao gráfico de f, na imagem acima, que passa pelos pontos (x,f(x)) e (x + h,f(x + h)) é dado pelo quociente de Newton:

Uma definição alternativa é: a função f é derivável em a se existir uma função φa de I em R contínua em a tal que

Então define-se a derivada de f em a como sendo φa(a).

Funções com valores em R

Se for um intervalo de com mais do que um ponto e se for uma função de em , para algum número natural , as definições anteriores
continuam a fazer sentido. Assim, por exemplo a função

(ou seja: uma função que a cada x do domínio em responde com uma coordenada no contradomínio

em . Esta coordenada é .

é derivável e

De facto, as propriedades acima descritas para o caso real continuam válidas, excepto, naturalmente, as que dizem respeito à monotonia de
funções.

Diferenciabilidade

Derivabilidade num ponto


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Seja um intervalo de R com mais do que um ponto, seja  ∈  e seja uma função de em R
derivável em . Então é contínua em . O recíproco não é verdadeiro, como se pode ver pela função
módulo.
Seja um intervalo de R com mais do que um ponto, seja  ∈  e sejam e funções de em R
deriváveis em . Então as funções  ±  , e (caso  ≠  ) também são deriváveis em e:

O gráfico de uma função,


desenhadas em preto, e uma linha
tangente a essa função, elaborado
em vermelho. A inclinação da linha
Em particular, se  ∈ R, então . Resulta daqui e de se ter que a derivação é tangente é igual a derivada da
uma aplicação linear. função no ponto marcado.

Sejam e intervalos de R com mais do que um ponto, seja  ∈  , seja uma função de em
derivável em e seja seja uma função de em R derivável em . Então  o  é derivável em e

Esta propriedade é conhecida por regra da cadeia.

Seja um intervalo de R com mais do que um ponto, seja  ∈  e seja uma função contínua de em R derivável em com derivada não
nula. Então a função inversa é derivável em e

Outra maneira de formular este resultado é: se está na imagem de e se for derivável em com derivada não nula, então

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Assim, por exemplo, se considerarmos a função f de R em R definida por f(x) = x² + x − 1, esta é diferenciável em 0. Podem ver-se na imagem
abaixo os gráficos das restrições daquela função aos intervalos [−1,1] e [−1/10,1/10] e é claro que, enquanto que o primeiro é bastante curvo (e,
portanto, f(x) − f(0) está aí longe de ser linear), o segundo é praticamente indistinguível de um segmento de reta (de declive 1). De facto, quanto
mais se for ampliando o gráfico próximo de (0,f(0)) mais perto estará este de ser linear.

Gráfico de uma função derivável.

Em contrapartida, a função módulo de R em R não é derivável em 0, pois, por mais que se amplie o gráfico perto de (0,0), este tem sempre o
aspecto da figura abaixo.

Gráfico da função modular, que


não é derivável em .

Derivabilidade em todo o domínio

Diz-se que f é derivável ou diferenciável se o for em todos os pontos do domínio.

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Uma função derivável de em R é constante se e só se a derivada for igual a em todos os pontos. Isto é uma consequência do teorema
da média.
Uma função derivável de em R é crescente se e só se a derivada for maior ou igual a em todos os
pontos. Isto também é uma consequência do teorema da média.

Uma função cuja derivada seja sempre maior que é estritamente crescente. Uma observação importante é
que existem funções estritamente crescentes em que a derivada assume o valor em alguns pontos. É o que
acontece, por exemplo com a função de R em R definida por . Naturalmente, existem enunciados
análogos para funções decrescentes.

Se for uma função derivável de em R, sendo um intervalo de R com mais do que um ponto, então
também é um intervalo de R. Outra maneira de formular este resultado é: se for uma função
derivável de em R e se for um número real situado entre e (isto é,  ≤   ≤ 
ou  ≥   ≥  ), então existe algum  ∈  tal que . Este resultado é conhecido por
Uma função diferenciável
teorema de Darboux.

Funções continuamente deriváveis

Seja um intervalo de R com mais do que um ponto e seja uma função de em R. Diz-se que é continuamente derivável ou de classe se
for derivável e, além disso, a sua derivada for contínua. Todas as funções deriváveis que foram vistas acima são continuamente deriváveis. Um
exemplo de uma função derivável que não é continuamente derivável é

pois o limite não existe; em particular, f' não é contínua em  .

Derivadas de ordem superior

Quando obtemos a derivada de uma função o resultado é também uma função de x e como tal também pode ser diferenciada. Calculando-se a
derivada novamente obtemos então a segunda derivada da função f. De forma semelhante, a derivada da segunda derivada é chamada de
terceira derivada e assim por diante. Podemos nos referir às derivadas subsequentes de f por:
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p q fp

e assim sucessivamente. No entanto, a notação mais empregada é:

ou alternativamente,

ou ainda

Se, para algum k ∈ N, f for k vezes derivável e, além disso, f(k) for uma função contínua, diz-se que f é de classe Ck.

Se a função f tiver derivadas de todas as ordens, diz-se que f é infinitamente derivável ou indefinidamente derivável ou ainda de classe C∞.

Exemplos

Se  ∈ R, a função de R em R definida por é derivável em todos os pontos de R e a sua derivada é igual a em todos os pontos, pois,
para cada  ∈ R:

Usando a definição alternativa, basta ver que se se definir de R em R por , então é contínua e, para cada e cada reais, tem-se

além disso, .

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A função de R em R definida por é derivável em todos os pontos de R e a sua derivada é igual a em todos os pontos, pois, para cada
 ∈ R:

Usando a definição alternativa, basta ver que se se definir de R em R por , então é contínua e, para cada e cada reais, tem-se

além disso, .

A função de R em R definida por é derivável em todos os pontos de R e a sua derivada no ponto  ∈ R é igual a , pois:

Usando a definição alternativa, basta ver que se se definir de R em R por , então é contínua e, para cada e cada reais,
tem-se

além disso, .

A função módulo de R em R não é derivável em pois

No entanto, é derivável em todos os outros pontos de R: a derivada em é igual a quando e é igual a quando .

Ponto de inflexão

Um ponto em que a segunda derivada de uma função muda de sinal é chamado de um ponto de inflexão. Em um ponto de inflexão, a segunda
derivada pode ser zero, como no caso do ponto de inflexão x = 0 da função y = x³, ou ele pode deixar de existir, como é o caso do ponto de
inflexão x = 0 da função y = . Em um ponto de inflexão, uma função convexa passa a ser uma função côncava, ou vice-versa.
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ç y p , ç p ç ,

Pontos críticos, estacionários ou singulares


Pontos onde a derivada da função é igual a chamam-se normalmente de pontos críticos. Existem cinco tipos de pontos onde isto pode acontecer
em uma função. Como a derivada é igual ao declive da tangente em um dado ponto, estes pontos acontecem onde a reta tangente é paralela ao
eixo dos . Estes pontos podem acontecer:

1. onde a função atinge um valor máximo e depois começa a diminuir, chamados máximos locais da função
2. onde ela atinge um valor mínimo e começa a aumentar, chamados de mínimos locais da função
3. em pontos de inflexão (horizontais) da função, que ocorrem onde a concavidade da função muda. Um exemplo típico é a função :
no ponto a função tem um ponto de inflexão (horizontal).
4. em pontos onde a função oscila indefinidamente entre valores acima ou abaixo, um exemplo típico é a função
5. em pontos onde a função é localmente constante, ou seja, existe um intervalo contendo o ponto para o qual a restrição da função ao
intervalo é a função constante. Um exemplo típico é a função f(x) = |x + 1| + |x - 1| no ponto x=0.

Os pontos críticos são ferramentas úteis para examinar e desenhar gráficos de funções.

Derivadas notáveis
A derivada de uma função pode, em princípio, ser calculado a partir da definição, considerando o quociente de diferença, e computar o seu limite.
Na prática, uma vez que as derivadas de algumas funções simples são conhecidos, as derivadas de outras funções são mais facilmente calculado
usando regras para a obtenção de derivadas de funções mais complicadas das mais simples.

A maioria dos cálculos de derivadas, eventualmente, exige  a tomada da  derivada  de algumas funções comuns. A seguinte lista incompleta é
de algumas das funções mais frequentemente utilizadas de uma única variável real e seus derivados. 

Alguns exemplos de derivadas notáveis são:

A função exponencial natural y = ex = exp(x) cuja derivada é igual a si mesma, isto é:

A função logaritmo natural y = ln(x):


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ç g y ( )

Estes dois fatos não são independentes. De fato, como o logaritmo natural é a inversa da função exponencial, resulta da igualdade e
da fórmula para a derivada da inversa que

Reciprocamente, supondo-se que, para cada , , então

Também são notáveis as derivadas das funções trigonométricas:

E funções Funções trigonométricas inversas:

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Neste último caso, as derivadas resultam das fórmulas para as derivadas das funções trigonométricas juntamente com a fórmula para a derivada
da inversa e a fórmula fundamental da trigonometria.

Regras para funções combinadas

Em muitos casos, a aplicação direta do quociente de diferença de Newton pode ser evitado usando regras de diferenciação, evitando complicados
cálculos de limite.  Algumas das regras mais básicas são as seguintes:

Regra da constante: se f(x) é constante, então:

Regra da soma:

para todas as funções f e g e todos os números reais e

Regra do produto:

para todas as funções f e g. Por conseguinte, isso significa que a derivada de uma constante vezes uma função é a constante vezes a derivada da
função

Regra do quociente:

para todas as funções f e g, em que g ≠ 0.


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Regra da cadeia:

Se

então:

Exemplo de uso

A derivada de

As derivadas conhecidas de funções elementares  sen(x) e , assim como a constante 7, também foram usadas. 

Funções de uma variável complexa


Se A for um conjunto de números complexos, se f for uma função de A em C e se a for um ponto não isolado de A (isto é, se tão perto quanto se
queira de a houver outros elementos de A), então as duas definições da derivada de f no ponto  a continuam a fazer sentido. De facto, as
propriedades acima descritas para o caso real continuam válidas, excepto, mais uma vez, as que dizem respeito à monotonia de funções.

Física
Uma das mais importantes aplicações da Análise à Física (senão a mais importante), é o conceito de derivada temporal — a taxa de mudança
ao longo do tempo — que é necessária para a definição precisa de vários importantes conceitos. Em particular, as derivadas temporais da posição
s de um objecto são importantes na física newtoniana:

Velocidade (velocidade instantânea; o conceito de velocidade média é anterior à Análise) v é a derivada (com respeito ao tempo) da posição
do objeto.
Aceleração a é a derivada (com respeito ao tempo) da velocidade de um objecto.
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ç ( p p ) j

Posto de outro modo:

Por exemplo, se a posição de um objecto é s(t) = −16t² + 16t + 32, então a velocidade do objecto é s′(t) = −32t + 16 e a aceleração do objecto é s′′
(t) = −32.
Uma forma de enunciar a segunda lei de Newton é F = dp/dt , sendo p o momento linear do objecto.

Derivadas em maiores dimensões

Derivadas de funções vetoriais

Uma função vetorial y(t) de uma variável real de uma variável real envia números reais de vetores em   algum espaço vetorial. A função vetorial
pode ser dividido em suas funções coordenadas y1(t), y2(t),...,yn(t), significando que  y(t) = ( (t), ...,    (t)).  Isto inclui, por exemplo, curvas
paramétricas em R² ou R³.

As funções de coordenadas são funções de valores reais, de modo que a definição acima de derivada aplica-se a eles. A derivada de y (t) é definida
como sendo o vetor, chamado o vetor tangente, cujas coordenadas são as derivadas das funções de coordenadas. Isto é,  

equivalentemente, 

se o limite existe.

A subtração no numerador é a subtração de vetores, não escalares. Se a derivada de y existe para cada valor de t, então y' é outra função vetorial. 

Se , ...,   é a base padrão para , então y (t) também pode ser escrito como (t) + ... +  (t) . Se assumirmos que a derivada de uma
função vetorial mantém a propriedade da linearidade, então a derivada de y (t) deve ser

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porque cada um dos vetores de base é uma constante. 

Esta generalização é útil, por exemplo, se y (t) é o vetor de posição de uma partícula no tempo t; em seguida, o derivado y '(t) é o vetor de
velocidade da partícula no tempo t. 

Derivadas parciais

Quando uma função depende de mais do que uma variável, podemos usar o conceito de derivada parcial. Podemos entender as derivadas
parciais como a derivada de uma função para uma determinada variável, enquanto as outras se mantêm fixadas. No gráfico, é usada para
determinar a variação da função em um determinado eixo.
Derivadas parciais são representadas como, por exemplo, ∂z/∂x, sendo x a variável
fixada sobre uma função em z.

Suponha que f é uma função que depende mais de uma variável, por exemplo, 

f pode ser reinterpretado como uma família de funções de uma variável indexada pelas outras variáveis: 

Em outras palavras, cada valor de x escolhe uma função,  denotando  , que é uma função de um número real.  Ou seja, 

Uma vez que um valor de x é escolhido,  digamos a, então f(x,y) determina a função  que envia y a a2+ay+y2: 

Nesta expressão, a é uma constante, e não uma variável, de modo que    é uma função de uma única variável real. Consequentemente, a
definição da derivada para uma função de uma variável aplica-se: 

O procedimento acima pode ser realizada por qualquer escolha de a Montando as derivadas juntas em uma função dá uma função que descreve
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O procedimento acima pode ser realizada por qualquer escolha de a. Montando as derivadas juntas em uma função, dá uma função que descreve
a variação de f na direção y: 

Esta é a derivada parcial de f em relação a y. Aqui, ∂ é o símbolo derivada parcial. 

Em geral, a derivada parcial de uma função f ( , ...,  ) na direção de , no ponto ( ..., ) é definido como sendo:  

Na diferença de quociente acima, todas as variáveis, exceto , são mantidos fixos. Essa escolha de valores fixos determina uma função de uma
variável. 

e por definição, 

Em outras palavras, as diferentes opções de classificar  uma família de funções de uma variável tal como no exemplo acima. Esta expressão
também mostra que o cálculo das derivadas parciais reduz para o cálculo dos derivados de uma variável. 

Um exemplo importante de uma função de várias variáveis  é o caso de uma função de valor escalar f ( , ...,  ) em um domínio no espaço
Euclidiano    (por exemplo, em R² ou R²). Neste caso, f tem uma derivada parcial  ∂f / ∂xj  em relação a cada variável . No ponto a, estas
derivadas parciais definem o vetor 

Este vetor é denominado gradiente de f em a. Se f é diferenciável em todos os pontos em algum domínio, então o gradiente é uma função vetorial
∇f  que leva o ponto a para o vetor ∇f(a). 

Consequentemente, o gradiente determina um campo vetorial.


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Derivadas direcionais 

Se f é uma função com valores reais em  , então a derivada parcial de f mede a sua variação na direção dos eixos das coordenadas. Por exemplo,
se f é uma função de x e y, então sua derivada parcial mede a variação em f na direção x e na direção y. Contudo, elas (derivadas parciais) não
medem diretamente a variação de f em qualquer outra direção, tal como aquela ao longo da linha diagonal y=x. Estas são medidas usando-se as
derivadas direcionais. Escolha um vetor: 

A derivada direcional de f na direção de v no ponto x é o limite  

Em alguns casos pode ser mais fácil computar ou estimar a derivada direcional depois de mudar o comprimento do vetor. Frequentemente isso é
feito para transformar o problema numa computação de uma derivada direcional na direção de um vetor unitário. Para ver como isso funciona,
suponha v = λu. Substitua h = k/λ no quociente da diferença. 

O quociente da diferença torna-se: 

Isso é λ vezes o quociente da diferença para a derivada direcional de f  no que diz respeito a u. Além disso, tomar o limite como h tendendo a zero
é o mesmo que tomar o limite como k tendendo a zero, pois h e k são múltiplos um do outro. 

Portanto, Dv(f) = λDu(f). Devido a essa propriedade de redirecionamento, derivadas direcionais são frequentemente consideradas apenas para
vetores unitários.    

Se todas as derivadas parciais de f existem e são contínuas em x, então elas determinam a derivada direcional de f na direção de v  pela fórmula: 

E é ê i d d fi i ã d d i d t t l Di
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d i d di i l é li i ifi d D (f) D (f) D 17/20
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Essa é a consequência da definição de derivada total. Diz-se que a derivada direcional é linear em v, significando que D  + (f) = D (f) + D
(f).  

A mesma definição também é aplicável quando f é a função com valores em  . . A definição acima é aplicada a cada componente dos vetores.
Nesse caso, a derivada direcional é um vetor em  .

Derivadas de aplicações
Sejam um aberto de , e uma função. Dizemos que é diferenciável quando existem uma transformação linear
e uma função dada por tais que

Neste caso, a aplicação é chamada de derivada da função no ponto e denotada por .

Exemplos
1. Se , e , então

2. Se , e então

3. Se , e então

4. Se , e então

Referências
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1. STEWART, James. Curso de cálculo volume 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 4ªa edição. ISBN 85-221-0236-8. Página 159.

2. Anton, Howard (2009). Cálculo - Volume 1 8 ed. [S.l.]: Bookman. ISBN 9788560031634


3. STEWART, James. Curso de cálculo volume 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 4ªa edição. ISBN 85-221-0236-8. Página 156.

Bibliografia
Agudo, F. R. Dias, Análise Real (3 volumes), Lisboa: Escolar Editora, 1994
Ostrowski, A., Lições de Cálculo Diferencial e Integral (3 volumes), Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1981
Ricieri, A. P., Derivada Fracionária, Transformada de Laplace e outros bichos, Prandiano, 1993, S. José dos Campos - SP - Brasil.

Ver também
Cálculo Diferencial e Integral
Cálculo fracionário
Derivada simétrica, Diferenciação automática, Diferenciação numérica
Diferintegral
Classe de diferenciabilidade
Linearização
Tabela de derivadas
Técnicas para diferenciação

Ligações externas
«Rei da Derivada - Torneio inventado pelo prof. Ricardo Fragelli para ensino de derivadas» (http://www.reidaderivada.com)
«Cálculo diferencial para funções trigonométricas» (http://www.dme.ufcg.edu.br/sites_pessoais/professores/Marco/trigono.pdf) (PDF)
«tese de Engenharia Mecânica aplicando derivadas fracionárias» (http://www.ppgem.ct.utfpr.edu.br/ppgem/dissertacoes/CECCON,%20Este
van%20Rodrigo.pdf) (PDF)
«Equações generalizadas de difusão (aplica derivadas parciais fracionárias)» (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
47442005000200011)
«Calcular derivada passo a passo» (https://www.calculatored.com/math/calculus/derivative-calculator)

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p p p g p p

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