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Ciola Tomás Maculanhane

Cálculo Diferencial para Funções de uma Variável


(Licenciatura em Ensino de Química)

Universidade Rovuma
Lichinga
2023
Ciola Tomás Maculanhane

Cálculo Diferencial para Funções de uma Variável

Trabalho de Matemática Básica,


a ser apresentado ao
Departamento de Ciências,
Tecnologia, Engelharia e
Matemática para fins
avaliativos, leccionado pelo:
Msc. Vital Napapacha

Universidade Rovuma

Lichinga

2023
Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 3

1.1. Objectivo geral ................................................................................................................ 3

1.2. Objectivos Específicos .................................................................................................... 3

2. Cálculo diferencial para funções de uma variável .................................................................. 4

2.1. Definição da derivada de uma função ............................................................................. 4

2.1.1. Cálculo das derivadas usando a definição ................................................................ 5

2.2. Interpretação geométrica da derivada de uma função ..................................................... 7

2.3. Derivabilidade (derivadas laterais) .................................................................................. 8

2.4. Cálculo das derivadas de funções elementares (regra de derivação)............................. 11

2.5. Derivada de função inversa ........................................................................................... 15

2.6. Derivada de função composta........................................................................................ 16

2.7. Derivadas de ordem superior ou sucessivas .................................................................. 16

2.8. Derivada de funções implícitas...................................................................................... 17

2.9. Derivadas paramétricas ................................................................................................. 18

2.10. Aplicação das derivadas .............................................................................................. 18

2.10.1. Exercícios resolvidos de aplicações da derivada .................................................. 21

3. Conclusão ............................................................................................................................. 24

4. Referências bibliográficas .................................................................................................... 25


3

1. Introdução

O presente trabalho visa falar sobre o cálculo diferencial para função de uma variável.
Este, é um dos ramos da Matemática que mais auxiliaram na resolução de problemas das mais
variadas ciências, como Física, Engenharia, Astronomia, Biologia, etc. Podemos dizer que ele
nasceu na época de Galileu Galilei (1564-1642) e Johannes Kepler (1571-1630) e foi
sistematizado mais tarde, de modo independente um do outro, por Isaac Newton (1642-1727)
e Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716). Posteriormente, o cálculo diferencial recebeu
contribuições valiosas de Augustin Louis Cauchy (1789-1857) e de G. F. B. Riemann (1826-
1866). Hoje, o cálculo diferencial é a ferramenta, por excelência, de praticamente todas as
ciências.

Inicialmente o cálculo diferencial lidou com o problema de calcular taxas de variação.


Ele permitiu que as pessoas definissem os coeficientes angulares de curvas, calculassem
grandezas como a velocidade e a aceleração de corpos em movimento e determinassem os
ângulos a que seus canhões deveriam ser disparados para obter o maior alcance. Além disso,
com a ajuda do cálculo foi possível prever quando planetas estariam mais próximos ou mais
distantes entre si, etc.

Para a realização do trabalho, recorreu-se aos manuais actualizados, pesquisa


bibliográfica que constituem na leitura e na análise das diversas obras que abordam sobre o
tema em alusão. Fora disso, o trabalho destacou e apoiou-se em dois objectivos, a saber: Geral
e Específicos.

1.1. Objectivo geral

Analisar as potencialidades da derivada para funções de uma variável.

1.2. Objectivos Específicos

 Interpretar geometricamente as derivadas para funções de uma variável;


 Caracterizar os tipos de derivadas elementares, inversas, compostas, implícitas,
paramétricas e sucessivas;
 Aplicar a derivada nas áreas de Física, Economia e Geometria Analítica..
4

2. CÁLCULO DIFERENCIAL PARA FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL

O desenvolvimento dos estudos matemáticos acompanhou a necessidade do homem


conhecer melhor o universo físico que o cerca. Particularmente, o Cálculo teve sua aplicação
estendida aos fenómenos físicos mensuráveis como, por exemplo, electricidade, ondas de
rádio, som, luz, calor e gravitação. A derivada é parte fundamental do Cálculo.

O cálculo é a matemática dos movimentos e das variações. Onde há movimento ou


crescimento e onde forças variáveis agem produzindo aceleração, o cálculo é a matemática a
ser empregada. O Calculo foi “inventado” inicialmente para atender às necessidades
matemáticas (basicamente mecânicas) dos cientistas dos séculos XVI e XVII principalmente
Isaac Newton e Gottfried Leibniz. Isaac Newton, inglês, nasceu no Natal de 1642, ano em que
faleceu Galileu. Gottfried Wilhelm von Leibniz, alemão, nasceu no dia 1º de julho de 1646.
Newton fez descobertas fundamentais em óptica, matemática, gravitação, mecânica e
dinâmica celeste. Era um cientista. Leibniz tinha interesse por história, economia, teologia,
lingüística, biologia, geologia, direito, diplomacia, política, matemática, filosofia e metafísica.
Era um filósofo. Alguns autores consideram-no como o último gênio universal.

2.1. Definição da derivada de uma função

Consideremos uma função contínua e definida num intervalo ; sejam e


dois pontos desse intervalo. Segundo Faria (1991), “Quando a variável passa do
valor para o valor sofrendo uma variação (incremento de ), o
correspondente valor da função passa de para o valor sofrendo,
portanto, uma variação (incremento da função ), onde – ”,
conforme mostra a figura seguinte:
5

A derivada de , em relação a , é o limite, quando existe, do quociente da variação


– da função pelo acréscimo correspondente – da variável,
quando tende para zero:

𝒚 𝒇 𝒙𝟏 𝒙 – 𝒇 𝒙𝟏
𝒇′ 𝒙 𝒍𝒊𝒎 𝒍𝒊𝒎
𝒙→𝟎 𝒙 𝒙→𝟎 𝒙

Assim, como ressalta Guidorizzi (2008), a derivada de uma função é o limite, caso
exista, que fornece o valor da declividade da recta tangente ao gráfico de em
qualquer ponto que, por sua vez, representa a taxa de variação dessa função num ponto
indicado. A derivada de uma função no ponto é representada pelas notações:

df dy
f ' ( x), y' , ou (lê-se: “derivada de y em relação a x”)
dx dx

2.1.1. Cálculo das derivadas usando a definição

Para derivar uma função através da regra geral, devemos utilizar os seguintes passos:

1º Passo: Substitui-se por e determina-se o valor da nova função ;

2º Passo: Subtrai-se o valor da função do novo valor encontrado, achando-se ;

3º Passo: Divide-se por ;

4º Passo: Determina-se o limite do quociente , quando tende para zero que, pela

definição, equivale a 1ª derivada, logo,

 y
Lim  dy 
 x  = y’ = f’(x) = *Lê-se: derivada de y em relação a x
dx
x0

Exemplos: Calcule a derivada das funções e .

a) √

1º Passo:

y y  x x
6

2º Passo:

y y y  x x  x
y  x x  x

3º Passo:

y x x  x

x x

4º Passo:

y x x  x 0
Lim  Lim  (in det er min ação)
x x 0
x0 x0

Como temos um limite indeterminado, vamos levantar essa indeterminação

multiplicando o limite por x  x  x que é o factor racionalizante.

 x x  x
Lim  
x x  x  x x 2  x 2 
  Lim 

   
 x 
x x  x 
 x x x  x 
  
x0 x0

 x x x   x 
  Lim  
Lim 
 x x 
 x  x    x ( x  x  x ) 
x0 x0
1
Lim  1 1
x x  x  
x0  x 2 x
x0

b)



→ →


[ ]


[ ]

7

[ ]

[ ]

2.2. Interpretação geométrica da derivada de uma função

Seja uma função representada pelo gráfico:

Vamos escolher um ponto qualquer e, através dele, traçar uma tangente à


curva.

Dando a variável independente um acréscimo , verificamos que a função


também sofre um acréscimo , aparecendo, em seguida, o ponto P2. Através dos pontos P1 e
P2 tracemos uma secante.
8

Formando o triângulo rectângulo P1ÂP2, no gráfico.

Pela relação métrica no triângulo rectângulo, podemos afirmar que:

P2 A(cateto oposto)
Tg  .
P1 A(cateto adjacente)

y
Como P2A = y e P1A = x, então: Tg  *
x

*  é o coeficiente angular da recta secante ao gráfico que representa


geometricamente a taxa de variação média.

Observe que, quando x tender para zero, o ponto P2 tende a se confundir com o ponto
P1, ou seja, a secante passa ser a tangente à curva no ponto P1 formando com o eixo-x um
ângulo  , logo,


2.3. Derivabilidade (derivadas laterais)

Seja a função está definida em , então a derivada à direita de em ,



denotada por é definido por:
9

𝒇 𝒙𝟏 𝒙 – 𝒇 𝒙𝟏
𝒇′ 𝒙𝟏 𝒍𝒊𝒎+
𝒙→𝟎 𝒙

Considerando a mesma condição para a derivada à esquerda, tem-se:

𝒇 𝒙𝟏 𝒙 – 𝒇 𝒙𝟏
𝒇′− 𝒙𝟏 𝒍𝒊𝒎−
𝒙→𝟎 𝒙

Granville (1954) diz que, uma função é derivável em um ponto, quando suas derivadas
à direita e à esquerda nesse ponto existem e são iguais. Com base no estudo observa-se que
tanto a continuidade como a diferenciabilidade são propriedades desejáveis em um função.

Teorema 1: Se for diferenciavel em , então é continua em .

Demonstração:

Hipótese: é diferenciavel em .

Tese: é continua em ; existe, → , → .

Para demonstrar que é continua em , deve-se mostrar que → . Como é


diferenciavel em , tem-se:

Pela hipótese e tese, temos:

→ →

→ → →

→ → →

→ →

Sabendo que: , temos:


10

→ → →

→ →

→ →

Consequentemente é continua em ’

Exemplo: Seja a função { . Verifique se é derivável em


1º Passo:



→ +



→ +


→ +


→ + → + → +


1º Passo: −



− −



− −

′ ′
− −
→ − → −



→ − → −

′ ′
Como − , concluímos que é derivável no ponto .
11

2.4. Cálculo das derivadas de funções elementares (regra de derivação)

Faremos a demonstração de apenas algumas dessas regras, pela aplicação da definição


de derivada. As outras regras também podem ser demonstradas pelo mesmo processo.

1ª. Derivada da função constante:

Se então

Demonstração:

Se é um ponto qualquer de , temos:

→ → → → →

Exemplos: Calcule as derivadas de e

a)
b)

2ª. Derivada da função identidade:

Se então,

Demonstração:

Se é um ponto qualquer de , temos:


12

y f (x  x)  f ( x) (x  x)  x
lim
x 0
 lim
x 0
 lim
x 0

x x x

x xx x
lim
x 0
 lim
x 0
 lim
x 0
11
x x

y
 y '  lim
x 0
1
x

3ª. Derivada do produto de uma constante por uma função:

Se então

Demonstração:

Se é um ponto qualquer de , temos:

→ → →


Exemplos: Calcule as derivadas das seguintes funções e

a)
b)

4ª. Derivada da função potência:


Se então, , para n inteiro positivo

Exemplos: Calcule a derivada das funções , , e .


a)

b)
x2 1 1
c) y   y   x3 y   .3x 2   x 2
3 3 3
13

− ′ − − −
d)

5ª. Derivada da função: yn x

1
Se y  n x então y'  , x 0 .
n  n (x )n 1

Esta fórmula só pode ser aplicada quando o radicando é a variável (função identidade).

Exemplos:


a) √ √


b) √ √


c) √
√ √

6ª. Derivada da soma de funções

Conforme Faria (1991), “a derivada da soma é igual à soma das derivadas”.

′ ′ ′ ′
Se , então

Exemplos: Calcule a derivada das funções e .

a)


b)

7a. Derivada da diferença

Conforme Faria (1991), “a derivada da diferença é igual à diferença das derivadas”.

′ ′ ′ ′
Se , então

Exemplos: Calcule a derivada das funções e


14

a)

′ ′ ′


b)

8ª. Derivada do produto

Seja .

Se existem as derivadas e , então

Exemplo: Seja dada a função , calcule a sua derivada.

′ ′

9ª. Derivada do quociente de duas funções

u(x)
Seja y  ; se existirem as derivadas u' (x) e v' (x),
v(x)
u ' v  uv'
então y '  , para v  0.
v2

Exemplo: Calcule a derivada das funções e .

′ −
a)

u ( x)  x
4
u ' ( x)  4 x 3
x4 
b)  Substituindo os valores encontrados em
v( x)  e v' ( x)  e x
x
ex

, temos:
15

e x .4 x 3  x 4 .e x
e  x 2

4x 3  x 4
ex

2.5. Derivada de função inversa

A inversa da função a função .


Seja inversivel e sua inversa dada por . Se tem uma tangente de inclinação
− − ′
em , então a inclinação de em é . Como e
′ −
.

′ −
Dai


′ −

Definição: se uma função derivável tem inversa , então também derivável e vale a
seguinte expressão:

Exemplo: Considere a função . Calcule a função inversa no ponto .


16

2.6. Derivada de função composta

Seja uma função composta, isto é, que pode ser escrita sob a forma
, ou ainda , . Vale então a seguinte
regra:

Segundo Granville (1954), “se a função tem uma derivada no ponto ea


função tem uma derivada para o valor correspondente de , então no ponto a
função composta ”. Tem uma derivada igual a
.

Exemplo: Derivar as funções abaixo e , sabendo que


– e .

a)

u  6 x  5 u'  6
( – ) 
n  3 n  1  2

′ −

b)

2.7. Derivadas de ordem superior ou sucessivas

Imaginemos que uma função admita a primeira derivada ; a


segunda derivada ; ...; a n-ésima derivada . A essas derivadas
denominamos de derivadas sucessivas que serão indicadas pelas seguintes notações:

d2 f d2y
a) Derivada segunda  f " ( x); y"; ;
dx 2 dx 2
17

d3 f d3y
b) Derivada terceira:  f ' ' ' ( x); y ' ' ' , ;
dx3 dx3
dn f dny
c) Derivada de ordem n  f n  ( x); y n  ; ;
dx n dx n

Para fixarmos melhor esse procedimento vamos resolver os seguintes exemplos:

1. Calcular a 2ª derivada de cada função abaixo:

a) – – , em b)

Solução:

a) – – b)

′′

2.8. Derivada de funções implícitas

“Esta derivação é feita em relação a . Resolvendo normalmente as derivadas que


envolvam apenas ” (Guidorizzi, 2008). Quando derivamos termos que envolvem ,
aplicaremos a Regra da Cadeia, uma vez que é uma função de .

Exemplos: derive as seguintes expressões abaixo.

a) 2x + y³

Sendo uma função de , devemos aplicara regra da cadeia para diferenciar


em relação a x, daí:

d d d dy
(2 x  y 3 )  (2 x)  ( y 3 )  2  3 y 2
dx dx dx dx

b) x + 3y
18

d d d dy
( x  3 y)  x  (3 y )  1  3
dx dx dx dx

c) 4x² + 9y² = 36

d d dy dy  8 x dy  4 x
(4 x 2  9 y 2  36)  8 x  (9 y 2 )  0  18 y  8 x    
dx dx dx dx 18 y dx 9y

2.9. Derivadas paramétricas

Seja { , duas funções da mesma variável , com  ; a cada valor de

, temos e definidos.

Caso as funções e sejam contínuas, quando varia de ; o


ponto descreve uma curva no plano, onde é o parâmetro.

Das equações paramétricas temos: .

Exemplo: Calcule a derivada das funções { .

2.10. Aplicação das derivadas

1º Caso: Taxa Média de Variação de uma Função (ou Declividade da Recta


Secante): É a variação média sofrida pelos valores da função f entre dois pontos quando o
valor de x1 passa para x2, cujo resultado é obtido pela tangente do ângulo () que a recta
secante forma com o eixo dos x.

y y2  y1 f ( x2 )  f ( x1 ) f ( x1  x)  f ( x1 )
    .
x x2  x1 x2  x1 x2  x1

Observemos o gráfico:
19

Exemplo: Calcular/interpretar a Taxa de Variação Média de cada função entre os


pontos indicados:

a) , entre e b) , entre e

Solução:

a) e

Como, é uma função constante, podemos afirmar que, para qualquer valor
atribuído a variável independente , o resultado (valor numérico) de será sempre igual a
. No nosso exemplo, temos que calcular e .

  f (1)  3
 f ( x)  3 
  f (2)  3

y f ( x 2 )  f ( x1 ) f (2)  f (1) 3  3 0
    0
x x x 2  x1 2 1 1

No intervalo [1,2] a função é constante, isto é, para cada unidade acrescida a , a


função não se altera.

b) e

Como, é a função identidade, podemos afirmar que, a alteração que se dá a


variável independente , resulta numa variação de igual proporção em . No nosso
exemplo, temos que calcular e .

  f (2)  2
 f ( x)  x 
  f (4)  4

y f ( x 2 )  f ( x1 ) f (4)  f (2) 4  2 2
    1
x x x2  x1 42 2
20

No intervalo para cada unidade acrescida a , a função cresce em média uma unidade.

2º Caso: Taxa De Variação Instantânea (ou Declividade da Recta Tangente): É o


 y
limite da Taxa de Variação Média da Função   quando x  0.
 x

 y  f ( x1  x)  f ( x1 ) 
Lim   Lim  
 x  x 

x0 x0

Nota: É relevante observar que a taxa de variação média de uma função é determinada
num intervalo e a taxa de variação instantânea é calculada em um ponto .

Observemos o gráfico:

Exemplos: Cada função abaixo representa a função custo associada à produção de


unidades de certo produto. Determine o custo da produção médio (em unidade de milhar) e o
custo variável médio (a taxa de variação média da função custo) quando q1 = 1 e q2 = 5
unidades:

a) C(q) = 4q + 54 b) C(q) = 4q  15  45

Resolução:

a) C(q) = 4q + 54

C (q) 4q  54 4q 54 54  
Cm(q) =     4   unidade de milhar 
q q q q q 

C (5)  C (1) (4.5  54)  (4.1  54) 74  58 16


Cvm(q) =    4
5 1 4 4 4
21

No intervalo [1,5] para cada unidade acrescida a q, a função custo cresce em média
4.000,00.

b) C(q) = 4q  15  45

C (q) 4q  15  45
Cm(q)   (unidade de milhar)
q q

Cvm(q) =
C (5)  C (1)

  
4.5  15  45  
4.1  15  45 35  19
=
5 1 4 4
5,92  4,36
  0,39
4

No intervalo [1,5] para cada unidade acrescida a q, a função custo cresce em média
390,00.

2.10.1. Exercícios resolvidos de aplicações da derivada

1. Seja a função que dá o lucro (em reais) de uma determinada


indústria na produção/venda de certo número de carro em função da quantidade de mão-
de-obra utilizada. Encontre os intervalos de crescimento e decrescimento dessa função e,
em seguida, esboce o gráfico de .

Solução:

a) Calcula-se a 1ª derivada

(Função Lucro Marginal)

b) Calculam-se as raízes da 1ª derivada

q '  6

q"  6 )(não serve)
22

c) Estuda-se o sinal de


 L' (q)  0, se 0  q  6

 L' (q)  0, se q  6 ou q  6

 L' (q)  0, se q  6 ou q  6


2. A função S(t) = 3t2 + 5t + 2 representa a posição (em km) de certo tipo de veículo em um
determinado instante (0  t  10). Então, calcule inicialmente, a velocidade média do
veículo nos intervalos de tempo [3; 3,1] e [3; 3,01], em seguida, a velocidade instantânea
desse veículo quando t = 3 horas.
A velocidade média é calculada pelo quociente da variação do espaço com a variação
do tempo, como segue:

S S (t )  S (3) S (t )  3t 2  5t  2
Vm   (t  3) 
t t 3 S (3)  3.3 2  5.3  2  44
(3t 2  5t  2)  44
Vm 
t 3
3t  5t  42
2
Vm 
t 3

Como, t = 3 não está definido no domínio da função Vm, calculemos a velocidade


média para t = 3,1 e t = 3,01.

3t 2  5t  42
Vm 
t 3
 3.(3,1) 2  5.3,1  42
 Vm (3,1)   23,3km / h
 3,1  3

Vm(3,01)  3.(3,01)  5.3,01  42  23.03km / h
2

 3,01  3

Agora, determinemos a velocidade instantânea do veículo quando t = 3. Neste caso,


devemos encontrar a derivada primeira da função velocidade média no ponto t = 3, ou seja, o
limite, quando existe, da velocidade média quando t se aproxima de 3, da seguinte maneira:
23

3t 2  5t  42
Vm 
t 3
Vm'  6t  5
Vm' (3)  6.3  5
Vm' (3)  23km / h

23km/h é a velocidade instantânea do veículo quando .


24

3. Conclusão

Em relação ao tema abordado foi perceptível que o Cálculo Diferencial, também


chamado de cálculo infinitesimal, é um ramo importante da matemática, desenvolvido a partir
da Álgebra e da Geometria, que se dedica ao estudo de taxas de variação de grandezas (como
a inclinação de uma recta). Onde há movimento ou crescimento e onde forças variáveis agem
produzindo aceleração, o cálculo é a matemática a ser empregada.

O cálculo diferencial é o estudo da definição, propriedade e aplicações da derivada ou


deslocamento de um gráfico. O processo de encontrar a derivada é chamado “diferenciação”.
Em linguagem técnica, a derivada é um operador linear, o qual forma uma nova função a
partir da função original, em que cada ponto da nova função é o deslocamento da função
original. Do ponto de vista geométrico, a derivada está ligada ao problema de traçar a
tangente a uma curva.
25

4. Referências bibliográficas

Baranenkov, G. E.; & Demitovith, B (1978). Problemas e Exercícios de Análise Matemática.


Moscou: MIR.

Faria, Sebastião Pereira de (1991). Cálculo I (8ª edição). São Paulo: Cop-Set Reproduções
Gráficas.

Granville, W. A (1954). Elementos de Cálculo Diferencial e Integral. Rio de Janeiro:


Científica.

Guidorizzi, H. L (2008). Um curso de cálculo – Volume II. Rio de Janeiro: LTC.

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