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UNISCED

UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

OPTIMIZAÇÃO E APLICAÇÕES DAS DERIVADAS NA GESTÃO

Edite do Ceu Canote Adolfo Boa

Licenciatura em Gestão Ambiental

Cadeira: Matemática Aplicada

Ano de frequência: 1º Ano

Tutor: António Alfredo Chichongue

Maio de 2023
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 3

2. OPTIMIZAÇÃO E APLICAÇÕES DAS DERIVADAS NA GESTÃO ................................ 4

2.1. Derivadas ............................................................................................................................. 4

2.2. Usando a derivada para otimizar funções ............................................................................ 5

Exemplos Práticos........................................................................................................................... 8

3. Conclusão .............................................................................................................................. 12

4. Referencias Bibliográficas ..................................................................................................... 13

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1. Introdução
A matemática é uma ferramenta extremamente útil para o desenvolvimento de varias ciências.
Entre muitos dos seus conteúdos, está a Derivada, importante ferramenta do Cálculo utilizado em
vários ramos do saber.
Descoberto por Leibniz e Newton, no século XVII, o cálculo derivado tem sido utilizado na
descoberta da taxa de variação no comportamento de grandezas variáveis, de forças ou objetos
em movimento.
Problemas de otimização são problemas cujo objetivo é determinar os valores extremos de uma
função, isto é, o maior ou menor valor que uma função pode assumir em um dado intervalo.
Estes problemas são comuns em nossa vida diária e aparecem, por exemplo, quando procuramos
determinar o nível de produção mais econômico de uma fabrica, as dimensões de embalagens de
produtos que maximizam a capacidade das mesmas, etc.

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2. OPTIMIZAÇÃO E APLICAÇÕES DAS DERIVADAS NA GESTÃO
2.1.Derivadas
O cálculo diferencial, ou simplesmente derivado, tem seu surgimento no final do século XVII,
atribuído aos estudos de Isaac Newton e Gottfried Wilhelm Leibniz. A derivada surge então
como uma importante ferramenta da matemática para o desenvolvimento de várias ciências.
Esses estudos possibilitaram a descoberta de um método que permitiu o cálculo de problemas
relacionados com a construção de retas tangentes, determinação de áreas e volumes (Dalla’nesse,
2000). Segundo Boyer,
A primeira exposição do cálculo diferencial foi publicada por Leibniz em 1684 sob o longo mas
significativo título de Nova methodus maximis et minimis itenque tangentibus, qua nec
irrationales quantitates moratus ( Um novo método para máximos e mínimos, e também para
tangentes, que não é obstruído por quantidades irracionais). (Disponível em
http://www.mat.ibilce.unesp.br/laboratorio/pages/historia/lei bniz.htm). Acesso em 14/05/2023

Outra importante definição afirma que no cálculo, a derivada representa a taxa de variação
instantânea de uma função. Um exemplo típico é a função velocidade que representa a taxa de
variação (derivada) da função espaço. Do mesmo modo a função aceleração é a derivada da
função velocidade. (Disponível em
http://www.ctec.ufal.br/professor/enl/aurb006/apostilas/apostila_derivadas.pdf)
A definição dada acima consegue relacionar a derivada com uma situação mais próxima da
realidade de qualquer ser humano. Visto como uma taxa de variação observável na descoberta da
função aceleração através da função velocidade, possibilitou relacionar esta importante
ferramenta do cálculo com a física. Essa descoberta ajudou a física a descrever a aceleração
como uma derivada da velocidade.
Graficamente, o conceito de derivadas é o de encontrar retas tangentes a uma função dada. De
acordo com Iezzi, 2009, p. 130
A derivada de uma função f no ponto xo é igual ao coeficiente angular da reta tangente ao
gráfico de f no ponto de abscissa xo.

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confrontados problemas que, para serem resolvidos, dependem de duas ou mais variáveis, foram
estudadas técnicas matemáticas que possibilitem encontrar um ponto ótimo capaz de obter o
melhor aproveitamento de tais variáveis. Os passos necessários para a resolução desses
problemas são os seguintes:

 Análise do número de variáveis relevantes e modelagem do problema através de uma


função do tipo:(𝑧 = 𝑓(𝑥 , 𝑥 … ; 𝑥 ) que associa um número real à
𝑛 − 𝑢𝑝𝑙𝑎𝑓(𝑥 , 𝑥 … ; 𝑥 ) de números reais, denotadas por 𝑅 ʺ o conjunto de todas essas
𝑛 − 𝑢𝑝𝑙𝑎𝑠.
- Cálculo das derivadas parciais da função
- Realizar o teste da 1ª derivada onde, igualando-se as derivadas parciais encontradas a zero,
encontramos os pontos que são candidatos a máximo, mínimo ou ponto de sela da função.
- Realizar o teste da 2ª derivada para analisar os pontos críticos encontrados. No caso de funções
de duas variáveis, essa análise é feita através do discriminante ou hessiana de f que pode ser
escrita na forma:

𝑓 𝑓
𝑓 𝑓 − 𝑓 𝑥𝑦 ou 𝐷 = 𝑑𝑒𝑡
𝑓 𝑓

Onde:

a) 𝑓 tem um máximo local em (𝑎, 𝑏) 𝑠𝑒 𝑓 < 0 𝑒 𝑓 𝑓 − 𝑓 𝑥𝑦 > 0 em (𝑎, 𝑏);


b) 𝑓 tem um mínimo local em (𝑎, 𝑏) 𝑠𝑒 𝑓 > 0 𝑒 𝑓 𝑓 − 𝑓 𝑥𝑦 > 0 em (𝑎, 𝑏);
c) 𝑓 tem um ponto de sela em(𝑎, 𝑏) 𝑠𝑒 𝑓 𝑓 − 𝑓 𝑥𝑦 < 0 em (𝑎, 𝑏);
d) 𝑂 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 é 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑠𝑒 𝑓 𝑓 − 𝑓 𝑥𝑦 = 0 em (𝑎, 𝑏). Nesse caso, devemos
encontrar outra maneira de determinar o comportamento de 𝑓 em (𝑎, 𝑏).

2.2.Usando a derivada para otimizar funções

A otimização de funções é de vital importância em vários procedimentos atuais. As análises


feitas com a intenção de otimizar variáveis se fazem presentes nas mais diversas áreas do
conhecimento. Uma das áreas mais lembradas que fazem uso dos procedimentos de otimização é

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a econômica. Projeções de vendas, análises de custo, lucro, faturamento e produção estão
intimamente ligadas ao estudo de otimização de funções.
As ferramentas de cálculo diferencial nos dão condições de analisar, de maneira completa, o
comportamento gráfico de uma função. Essa habilidade é extremamente importante, uma vez que
pode servir de embasamento para a tomada de decisões nas mais variadas situações. (FACCIN,
2015, p. 101)

As ferramentas de cálculo diferencial nos dão condições de analisar, de maneira completa, o


comportamento gráfico de uma função. Essa habilidade é extremamente importante, uma vez que
pode servir de embasamento para a tomada de decisões nas mais variadas situações. (FACCIN,
2015, p. 101)
Os pontos de máximo e mínimo locais de funções deriváveis podem ser encontrados utilizando
os testes de derivada primeira e segunda, sendo este o teorema que nos dá o teste da derivada
primeira:

Teorema 1: Seja f uma função derivável em p, em que p é um ponto interior ao domínio de f.


Uma condição necessária para que p seja ponto de máximo ou de mínimo local é que f’(p) =0.
Este teorema explicita o que vem a ser o teste da derivada primeira. Esta ferramenta é de grande
auxilio para encontrar pontos de máximo ou mínimo locais, sendo ele realizado conforme os
pontos abaixo:
1 – Encontrar a derivada f'(x) da função f que se pretende analisar;
2 – Encontrar os pontos críticos da derivada da função f dentro do intervalo [a, b] que se quer
analisar, ou seja, os pontos onde f’(x)=0 ou não exista f'(x);
3 – Analisar o entorno dos pontos críticos: se f'(x)< 0 à esquerda e f'(x)> 0 à direita do ponto
crítico, então temos um ponto de mínimo local; se porventura f'(x)> 0 à esquerda e f'(x)< 0 à
direita do ponto crítico, então temos um ponto de máximo local.
É importante verificar que nem todo ponto crítico de uma função será ponto de máximo ou
mínimo, pode se tratar também de um ponto de inflexão (ponto de mudança de concavidade) da
função. Neste caso as condições acima não serão satisfeitas.
Uma outra maneira de verificar a existência de máximo ou mínimo local é com o teste da
derivada segunda que segue o seguinte teorema:

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Teorema 2: Sejam f uma função que admite derivada de 2ª ordem contínua no intervalo aberto I e
p ϵI.
a) f’(p) = 0 e f”(p) > 0 => p é ponto de mínimo local.
b) f’(p) = 0 e f”(p) < 0 => p é ponto de máximo local.
De forma resumida, o teste da derivada segunda nos diz que, dado uma função qualquer f que
aceite a segunda derivação, ou seja, existe f”(x), se f”(x) > 0 no ponto crítico que está sendo
analisado então trata-se de um ponto de mínimo local da função, caso f”(x) < 0 no ponto crítico,
então este será ponto de máximo local da função. No caso de f”(x) = 0, então não podemos dizer
se o ponto é de máximo ou mínimo local, podendo também tratar-se de um ponto de inflexão da
função.
Os teoremas acima nos fornecem duas ferramentas usadas para encontrar pontos de máximo e
mínimo locais em funções. Os chamados testes da derivada primeira esegunda conseguem dizer
se os pontos críticos de uma função são pontos de máximo ou mínimo locais de forma
extremamente confiável, embora existam momentos em que os resultados dos testes sejam
inconclusivos tais quais nos pontos de inflexão.
Abaixo há duas situações totalmente hipotéticas criadas para exemplificar como a derivada é
entendida como taxa de variação e como ela é usada para encontrar máximos e mínimos de
funções. O desenvolvimento e resolução destes ficou totalmente a cargo do autor deste texto,
tendo sido o responsável por grande parte do tempo dedicado ao desenvolvimento deste artigo.
Embora sejam exemplos hipotéticos tentei dar o máximo possível de realidade aos problemas
que foram elaborados para exemplificar o que foi aprendido nos anos de estudo do cálculo
diferencial e integral.

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Exemplos Práticos
Exemplo 1
Uma indústria produz dois produtos , A e B. O lucro diário da indústria pela venda de x unidades
do produto A e y unidades do produto B é dado por:
3 3
𝐿(𝑥, 𝑦) = 60𝑥 + 100𝑦 − 𝑥 − 𝑦 − 𝑥𝑦
2 2

Supondo que toda a produção da indústria seja vendida, determinar a produção que maximiza o
lucro e também, esse lucro.

Solução:
a) Derivadas Parciais:
𝜕𝐿 𝜕𝐿
= 60 − 3𝑥 − 𝑦 𝑒 = 100 − 3𝑦 − 𝑥
𝜕𝑥 𝜕𝑥

b) Pontos Críticos: 𝑥 = 10 𝑒 𝑦 = 30

−3 −1
c) Têm-se que: 𝐻(𝑥, 𝑦) = =8
−1 −3
𝜕 𝐿
𝐻(10; 30) = 8 > 0 𝑒 (10; 30) = −3 < 0
𝜕𝑥

Logo, produção diária que maximiza o lucro da indústria é de 10 unidades do produto A e 30


unidades do produto B. Para determinar o lucro máximo, basta calcular a função lucro no ponto
(10,30) .
𝟑 𝟑
𝑳(𝟏𝟎; 𝟑𝟎) = 𝟔𝟎. 𝟏𝟎 + 𝟏𝟎𝟎. 𝟑𝟎 − . 𝟏𝟎𝟐 − . 𝟑𝟎𝟐 − 𝟏𝟎. 𝟑𝟎 = 𝟏𝟖𝟎𝟎
𝟐 𝟐
Portanto, o lucro máximo é 1800 u.m por dia.

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Exemplo 2
Durante a pandemia de covid-19 uma pessoa viu-se desempregada, diante desta situação ela viu
a oportunidade de ganhar dinheiro fabricando bolos confeitados em porções para 2 pessoas. Após
alguns dias fabricando diferentes quantidades, vendendo a diferentes preços e em diferentes
formas ela resolveu minimizar os custos de produção e maximizar os lucros. Ela viu que as
porções ideais para 2 pessoas precisavam ter cerca de 300 cm³ de massa crua. O formato de
forma ideal encontrado era o cilíndrico, e ela mesma faria as formas de papel-manteiga que
custava R$ 3,68 o metro quadrado. A massa assada aumentava em 2/3 o seu volume original, e
ela precisava que as formas chegassem a 6/7 do volume do bolo pronto para que o formato
ficasse mais atraente visivelmente ao ser confeitado. O custo de produção da massa do bolo ficou
em R$ 8,58 faltando o valor que seria gasto com a forma para podermos minimizar os custos. Ela
também viu que o número de bolos vendidos variava muito dependendo do valor que ela cobrava
por eles seguindo a seguinte relação:
20−(𝑥.ln(𝑐)⁻¹)
Sendo x o valor cobrado por cada unidade e c o custo de cada unidade. Portanto quais seriam as
medidas ideais da forma que minimizam os custos de produção, quantos bolos devem ser feitos e
qual o valor poderá ser cobrado para que os lucros sejam os maiores possíveis?

Solução
Primeiramente temos que achar o volume do bolo assado. O problema nos diz que o volume da
massa aumenta em 2/3 o seu volume original e que este é de 300 cm³, temos:
300+ ( .300)=500𝑐𝑚³

Sabendo também que a forma deve conter cerda de 6/7 do volume total da massa temos:
500. =428,57𝑐𝑚³

Agora que sabemos o volume que a nossa forma deve conter podemos encontrar suas dimensões
a fim de minimizar o custo de sua produção. Inicialmente podemos usar a fórmula de cálculo do
volume de um cilindro para encontrarmos uma relação para a altura do mesmo:
,
𝑣=𝜋𝑟²ℎ⇒428,57=𝜋𝑟²ℎ⇒ℎ=
²

Como não queremos que a nossa forma tenha tampa, a fórmula da área será dada por:
𝑎=𝜋𝑟²+2𝜋𝑟ℎ

9
Agora podemos escrever a área em função do raio substituindo a altura h encontrada na equação
da área:
,
(𝑟)=𝜋𝑟²+2𝜋𝑟( )⇒𝑎(𝑟)=𝜋𝑟²+857,14𝑟
²

Derivando a equação da área em função do raio teremos:


,
𝑎′(𝑟)=2𝜋𝑟−
²

Agora podemos igualar a derivada encontrada a zero para podermos realizar o teste da derivada
primeira:
, ³ , √ ,
2𝜋𝑟− =0⇒ =0⇒2𝜋𝑟³−857,14=0⇒2𝜋𝑟³=857,14⇒𝑟³= =2𝜋⇒ 𝑟≈5,1478𝑐𝑚
² ²

Este valor representa um ponto crítico da função, para saber se ele representa um ponto de
máximo ou de mínimo podemos passar para o teste da derivada segunda:
. , . ,
𝑎′′(𝑟)=2𝜋+ ⇒𝑎′′(𝑟)=2𝜋+ ⇒𝑎′′(𝑟)=18,8497⇒𝑎′′(𝑟)>0
³ ,

Como o valor da derivada segunda aplicada no ponto encontrado foi maior que 0, podemos dizer
que o valor de r encontrado minimizará a área da forma, podemos então substituir o valor de r
que foi encontrado na equação da área e descobrir qual será o seu valor:
, ,
𝑎(𝑟)=𝜋𝑟²+ ⇒𝑎(𝑟)=𝜋(5,1478²)+ ⇒𝑎(𝑟)≈249,75𝑐𝑚²
,

E a altura da forma será dada substituindo r na equação abaixo:


, ,
ℎ= ⇒ℎ= ⇒ ℎ≈5,1479𝑐𝑚
² ( , ²)

As dimensões que minimizam a forma são: 5,1478 cm de raio e 5,1479 cm de altura, o que nos
dá uma área de aproximadamente 249,75 cm² de forma.
Como o custo do papel é de R$ 3,68 por metro², o valor de cada forma será de:
,
𝑐=( ).3,68⇒𝑐≈𝑅$0,09
.

Então o custo total c de fabricação dos bolos será de R$ 8,67.

Agora que encontramos as dimensões da forma que nos fazem ter o menor custo de produção de
cada unidade podemos maximizar os lucros. O número de bolos vendidos nos foi dado em
função do valor cobrado por cada unidade, e o número de bolos varia conforme o valor cobrado
por eles sendo que um valor muito alto acarretará em um menor número de unidades vendidas, e
um valor muito baixo fará com que o lucro seja reduzido. Temos então que o lucro, a receita e o
custo também serão dados em função do valor cobrado:
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𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=(𝑥)=(20−𝑥(𝑙𝑛(8,67))⁻¹).8,67
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎=(𝑥)=(20−𝑥(𝑙𝑛(8,67))⁻¹).𝑥
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜=𝐿(𝑥)=𝑅(𝑥)−𝐶(𝑥)⇒
𝐿(𝑥)=((20−𝑥(𝑙𝑛(8,67))⁻¹).𝑥)−((20−𝑥(𝑙𝑛(8,67))⁻¹).8,67)
Derivando a função lucro teremos:
𝐿′(𝑥)=(20−(2(𝑙𝑛(8,67)⁻¹)𝑥))+(8,67(𝑙𝑛(8,67)⁻¹))⇒ 𝐿′(𝑥)≈24,0141−0,9259𝑥
Igualando a derivada da função lucro a 0 para o efetuarmos o teste da derivada primeiros teremos
os pontos críticos da função:
,
24,0141−0,9259𝑥=0⇒𝑥= ⇒𝑥≈𝑅$25,9359
,

Derivando a função lucro uma segunda vez para prosseguirmos com o teste da derivada segunda
teremos:
𝐿′′(𝑥)=−0,9259
Com o teste da derivada segunda encontramos um resultado negativo, portanto trata-se de um
ponto de máximo da função lucro.
Então número de bolos vendidos que maximizam a função lucro será dado substituindo o valor
crítico de x que foi encontrado na equação que rege a quantidade de bolos que será vendida:
20−(𝑥.𝑙𝑛(𝑐)⁻¹)=20−(25,9359.(𝑙𝑛(8,67))⁻¹)≈7,99
Portanto o lucro máximo será obtido com a venda de 8 bolos ao preço de R$ 25,93.
Vemos neste exemplo como a variação no valor dos itens que são utilizados na fabricação de um
bolo podem interferir no seu valor de revenda e na quantidade que itens que podem ser
comercializados.

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3. Conclusão

O uso de derivadas como ferramenta para encontrar pontos críticos de funções também foi
abordado. O seu uso para realizar análise dos pontos críticos dessas funções também foi
abordado durante a execução deste texto. Os problemas de otimização são resultados obtidos
pela aplicação do conceito de pontos críticos de uma função. Estes pontos são candidatos a
pontos de máximos e mínimos destas funções. Através desse estudo, pôde-se conhecer
problemas que em algumas situações são mais próximos da realidade, acrescentando
conhecimentos além daquilo que é ensinado no curso de Gestão de Empresas, lembrando que
durante a graduação são vistos somente problemas mais simples envolvendo somente funções
dependentes de uma única variável.

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4. Referencias Bibliográficas

 A. O. Maronese, “Máximos e Mínimos em Funções de Várias Variáveis: Uma Aplicação


da Fórmula de Taylor, com Análise de Autovalores da Matriz Hesiana,” Campinas,
2003.
 FACCIN, Giovani Manzeppi. Elementos de cálculo diferencial e integral. 1ª ed.
Curitiba: Intersaberes, 2015.
 J. Stewart, Cálculo, 5ª ed., vol. II, São Paulo: Thomson, 2006; L. Leithold, Matemática
aplicada à Economia e Administração, São Paulo: Harbra, 2001.
 LEITE, Álvaro Emílio; CASTANHEIRA, Nelson Pereira. Tópicos de cálculo I: limites,
derivadas e integrais (Coleção desmistificando a Matemática; v. 5). 1ª ed. Curitiba:
Intersaberes, 2017.
 STEWART, James. Cálculo (2 vols.). 5ª ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2006.

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Resolução de questões praticas

1. Gráfico da 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 2𝑥 + 𝑥

a) Domínio da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 2𝑥 + 𝑥 é −∞ < 𝒙 < ∞


pontos de descontinuidade: nenhum

b) Pontos extremos e intervalos de monotonia

𝟏 𝟒
Pontos extremos: 𝑴𝒂𝒙𝒊𝒎𝒐 ; 𝑴𝒊𝒏𝒊𝒎𝒐 (𝟏, 𝟎)
𝟑 𝟐𝟕
Intervalos −∞ < 𝒇(𝒙) < ∞

c) Concavidade e pontos de inflexão :

Concavo para baixo −∞ < 𝑥 < Concavo para cima <𝑥<∞


pontos de inflexão ;

d)
Assimptotas: não existe
zeros de cada função: não existe

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2.

a) Função custo marginal:

C'(q) = 0,1 . 3q³⁻¹ - 3.2. q²⁻¹ + 36 + 0

Cmg = C'(q) = 0,3q² - 6q + 36

b) Custo marginal aos níveis q=5, q=10 e q=15 (valores aproximados para produzir o 6º, 11º e
16º produto, respectivamente)

(36q)¹ = 36. 1. q¹⁻¹ => 36. q⁰ = 36

Cmg (5) = 0,3 . 5² - 6.5 + 36 =13,5

Cmg (10) = 0,3 . 10² - 6.10 + 36 = 6

Cmg (15) = 0,3 . 15² - 6.110 + 36 = 13,5

c) Valor real para produzir a 11ª unidade e comparação do resultado com o obtido
anteriormente

C (q) = 0,1q³ - 3q² + 36q + 100

C (11) = 0,1 . 11³ - 3 . 11² + 36 . 11 + 100 = 266,10

C(10) = 0,1 . 10³ - 3. 10² + 36 . 10 + 100 = 260

C(11) - C(10) = 266,10 - 260 = 6,10

3.

a) A função receita é dada pelo produto do preço (p) pela quantidade (q), assim:

R(q) = p*q = (-2q + 800)q = -2q^2 + 800q

Portanto, a função receita é R(q) = -2q^2 + 800q.

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b) A função receita marginal é a derivada da função receita em relação à quantidade (q). Assim,
temos:

R'(q) = -4q + 800

Portanto, a função receita marginal é R'(q) = -4q + 800.

c)

a) 𝑅(𝑞) = 𝑝. 𝑞 = (0,001 . 𝑞 + 10). 𝑞 = 0,001. 𝑞 + 10𝑞

b) = 𝑅 ` (𝑞) = (0,001. 𝑞 + 10𝑞) = 0.002𝑞 + 10

c) 𝑅´(4000) = 0,002 . 4000 + 10 = R$90,00

𝑅´(5000) = 0,002 . 5000 + 10 = R$110,00

𝑅´(4000) = 0,002 . 6000 + 10 = R$130,00

16
d)

O gráfico da receita marginal é o de uma reta. A função é crescente, mas apresenta valores
positivos a partir de 𝑞 > −5000 e apresenta valores negativos para 𝑞 < −5000. Com estes
intervalos coincidem, respectivamente, os intervalos de crescimento e decrescimento da função
receita.

17
e) Gráfico

5.
a) 𝐿 = 𝑅 − 𝐶» − 0,001𝑞 + 10𝑞 − 2𝑞 − 12000
𝐿(𝑞) = 0,001𝑞 + 8𝑞 − 12000
b) 𝐿´(𝑞) = −0,002𝑞 + 8
c) 𝐿𝒎á𝒙 → 𝑳´ = 𝟎
𝐿´ (𝑞) = −0,002𝑞 + 8 = 0
−0,002𝑞 = −8
𝑞= = = 4000
,

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