Você está na página 1de 5

PABLO MEDEIROS BARBOSA

RESUMO: O PROFETA E A LITERATURA PROFÉTICA

Trabalho Acadêmico apresentado ao Prof. Dr. José


Ademar Kaefer, referente à disciplina Metodologia
Exegética e Profetas Escritos, 2º Ano, Período Matutino,
do Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade de
Teologia da Igreja Metodista — Universidade Metodista
de São Paulo.

São Bernardo do Campo — Agosto de 2021.


KAEFER José Ademar. O profeta e a literatura profética. In: Danielle Lucy
Bósio Frederico (org.), “Profecia nas Origens e suas Recepções”. São Bernardo do
Campo: Editeo, 2018, p. 11-25.

RESUMO

O autor, inicia sua parte na perícope fazendo uma introdução ao tema. Com o
título “O PROFETA”, afirma que este ministério defende a instituição que o
apunhalava. Afirma que o profeta vive uma dualidade em seu ministério quanto ao
sentimento, que são variados dentro da congregação. Outro ponto ressaltado por
Kaefer, é o fato do ministério profético não ser duradouro.

Afirma ainda, a existência de uma falsa honra em receber título de profeta,


que também é buscada por parte daqueles que não são reconhecidos como tal.
Portanto, utilizando do primeiro e do segundo testamento, o autor faz menção a
homens e mulheres da bíblia que alçaram tal honraria e também os que a rejeitaram.

Após uma sucinta apresentação da análise central do tema, o autor separa


uma parte do estudo para focar nas classes ministeriais proféticas encontradas nas
Sagradas Escrituras. Identificando como “profeta do centro e da periferia”. No geral
este título Kaefer o ramifica categoricamente, em outros três subtítulos que iram
elucidar ao leitor a particularidade de cada profeta lido na Bíblia.

Os profetas da corte, pertenciam a uma classe segundo o artigo de


funcionários, que eram pagos para consultarem a Deus em meio a situações
complicadas. Semelhante a conselheiros reais, nunca profetizavam contra o rei, pois
seus empregos dependiam disso.

A segunda categoria identificado pelo autor são os profetas do centro.


Profetas que também segundo o material poderiam ser Sacerdotes, compreendendo
então que sua moradia se dava no templo. Serviam tanto ao templo quanto a corte.
Sua sabedoria o proporcionavam certo respeito, mas isto não anulava sua
submissão ao rei. Afirma ainda que o fato de poderem predisser à favor do povo,
porém dificilmente o faziam, pois a estrutura presente os privilegiavam como
funcionários do templo.

A última classe do ministério profético destacado na bíblia pelo autor são da


periferia. De acordo com o estudo este grupo se diferenciava em todos os aspectos
dos outros dois, não estavam nos grandes centros, mas nas comunidades mais
rurais. Desta forma neste modelo de profeta as questões solidárias estavam muito
presentes. Portanto, afirma então que uma das marcas deste grupo são as críticas
ao sistema monárquico e exploratório do camponês.

De acordo com o autor está classe tinha uma variação por alguns destes
profetas que eram independentes, fato este que não mudava ou diminuía, sendo o
mesmo, a força da comunitária presente em seus oráculos. Antes de mostrar as
diferenças presentes entre os ministérios proféticos o artigo descore brevemente
como eram chamados, onde eram encontrados, qual era os tipos de denúncia, e a
quem eram direcionadas.

O autor, fundamenta todos os argumentos acima utilizando de passagens


bíblicas, em momentos citando a passagem em outros indicando a localização do
texto. Desta forma também exemplifica em cada uma das posições, dos profetas
quem se assemelha ou se encaixaria naquele perfil.

O terceiro tema abordado pelo autor traz o nome “A Misericórdia Profética”. O


autor inicia salientando que a melhor forma de saber quem era o profeta é por meio
do estudo exegético, de analisar particularidades em suas falas. Desta forma, a
proposta adotada por Kaefer é de uma expressão em hebraico que traduzia por
misericórdia. Mesmo havendo estudos que trazem outros significados, o autor afirma
que devido ao vocabulário da igreja este melhor se adapta.

Para elucidar ao leitor a profundidade que pretende alcançar com este tipo de
análise etimológico da expressão misericórdia, o autor traz uma concisa significativa
leitura de um pronunciamento do papa Francisco, quanto a misericórdia para aquele
período.

Na abordagem seguinte, o material inicia apresentando o conceito da palavra


misericórdia, sua divisão e essência literária. Em síntese segundo o artigo
apresentado misericórdia é colocar o coração na miséria do outro, de modo a gerar
uma resposta altruísta. Ressaltando ainda que uma das grandes problemáticas é o
fato de não conhecer a real força das palavras, seria a da língua estar em constante
mudança.

Para mostrar que está firmação é uma grande verdade, o autor José Ademar
Kaefer utiliza de uma palavra, que no contexto bíblico tem uma conotação muito
negativa, mas que algumas ocasiões do cotidiano são usadas e trazem um sentido
positivo. Caminhando para o encerramento de seu pensamento neste tópico, o autor
se apoia no dicionário Aurélio para concluir suas análises.

Dando sequência a temática da misericórdia, o autor apresenta segundo o


livro de Oseias. No material ainda contém dados quantitativos, relacionados a raiz
da palavra da Bíblia. Estes dados estão apresentados de forma geral quanto
específicos, citando os livros proféticos de periferia e onde o versículo pode ser
encontrado.

Antes da análise da utilização da expressão misericórdia no livro do profeta


Oseias, o artigo busca afirmar que por conta da Bíblia sofrer vários processos
redacionais com diferentes escribas, somente utilizando da exegese e dos estudos
semânticos a essência original do termo pode ser alcançado. Portanto, no livro do
profeta Oseias o autor ressalta que o termo foi usado para falar do amor, justiça,
compaixão e direito, a diferença entre as passagens é vista somente no campo da
intensidade.

Fica muito evidente de acordo com o autor que as denúncias do livro do


Oseias são bem particulares, pois vão de encontro com formas ritualísticas própria
daquele tempo. Utilizando do Novo Testamento onde mostra as preocupações da
comunidade de Mateus, quanto aos ritos que estava embasada nas denúncias
proferidas no livro do profeta Oseias. Importante destacar que de acordo com o
material no livro de Oseias, mesmo contendo mais de um redator o sentido da
expressão não tem variação, permanecendo então fidedigna do início ao fim.
Dando sequencia nas análises, o texto menciona rapidamente a importancia
de analisar o termo no Novo Testamento, mostrando como novos significados vão
sendo atribuídos e como ao passar tempo determinado grupo atribui ao seu dogma.

O autor separa uma parte do material e dedica a importância da análise


libertadora da leitura profética. Sua atenção neste tópico está focada em como deve
ser feita a leitura dos textos proféticos. De acordo com o mesmo seria um erro
recuperar o significado de um termo e não fazer uma leitura de acordo com o
contexto. Portando, o autor deixa claro que a fórmula de se entender a expressão
misericórdia e conhecer o próprio profeta é através das lentes do estudos
sociológicos.

Com a utilização de resposta a indagações posteriores e de outros


pesquisadores ao presente material, o autor concretiza parte, se não toda a linha de
pensamento desta perícope. Em síntese o artigo busca clarificar ao leitor a
importância que o personagem tem naquele determinado ambiente e se caso
retirado muda a forma como o conhecemos. Desta forma segundo o mesmo para
fazer uma leitura todo contexto histórico e cultural do profeta deve ser lido junto.

Próximo do final do escrito, o autor traz informações relevantes ao empregar


uma palavra, mostra que as palavra ganham ou perdem força dependendo de quem
a usa, afirma ainda que pode ser visto na bíblia. Como base apresenta uma
pesquisa sobre a leitura dos livros proféticos de três períodos da história. Concluindo
seu estudo mostrando as problemáticas que ocorrem em uma leitura sincrônica dos
escritos.

Você também pode gostar