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Resumo Público

do Plano de
Manejo
Florestal
SUZANO UNIDADE FLORESTAL - BA
Regiões dos Estados da Bahia,
do Espírito Santo e de Minas Gerais
5 Sobre o resumo
6 Apresentação
Missão, Visão e Valores

08 Histórico
09 Caracterização do Negócio
10 Presença na região
A unidade Mucuri
Gestão Integrada e Certificações
11 UNF Bahia
12 A região
13 Condições sócio econômicas e perfil das áreas adjacentes
14 Mata Atlântica
16 Fatores limitantes e potenciais
17 Justificativa de viabilidade econômica do manejo
18 Recursos florestais manejados
19 Objetivo do manejo
Atendimento a legislação
20 Planejamento estratégico
Salvaguardas ambientais
Controle de operações florestais
21 Produção de mudas
22 Cultivo mínimo
Plantio
Manutenção da Silvicultura
Monitoramento do crescimento das florestas
23 Colheita
24 Abastecimento da madeira
Execução e manutenção de obras de malha viária
25 Manutenção de máquinas e equipamentos

26 Gestão Ambiental
Plano de prevenção e controle de incêndios florestais

28 Áreas de alto valor de conservação


Categorias de classificação das AAV´s
30 Medidas de prot. das áreas de alto valor de conser. AAVC e FAVC

34 Parcerias com a sociedade


Relatório interno socioambiental RISA

35 Parceria Florestal
37 Geração de Renda
Fóruns Florestais
38 Diálogos Sociais
Ações Sociais
39 Biodiversidade
40 Monitoramentos
41 Monitoramento da Mastofauna
Estudo Florístico e Levantamento Fitossociológico
42 Monitoramento da Avifauna Manejo Silvicultural
Monitoramento da Avifauna Sustentabilidade

43 Recursos Hídricos
Monitoramento da Avifauna Áreas de Implantação

44 Monitoramentos Quantitativos dos Recursos Hídricos


Monitoramento Qualitativos dos Recursos Hídricos
45 Monitoramento para Plantio e Condução de Nativas
46 Monit. de Acid. Próprios e Terc. na Unid. de Negócio Florestal
Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Plantio de eucalipto UNF - Bahia

Suzano Papel e Celulose 04


Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Sobre o resumo

O Resumo Público do Plano de Manejo tem Este Resumo baseia-se nos Princípios e Cri-
como objetivo disponibilizar para as partes térios das certificações florestais: certificação
interessadas uma síntese das operações FSC® - Forest Stewardship Council® (Conselho
florestais da Suzano, Unidade de Negócio Flo- de Manejo Florestal) e Cerflor (Certificação
restal – BA, bem como as estratégias e ações Florestal).
da empresa, visando crescimento aliado a sua Além da versão impressa, distribuída às partes
missão - Oferecer produtos de base florestal interessadas internas e externas, uma versão
renovável, celulose e papel, destacando-se digital deste documento está disponível no
globalmente pelo desenvolvimento de solu- site www.suzano.com.br/portal/suzano-pape-
ções inovadoras e contínua busca da excelên- l-e-celulose/plano-de-manejo.htm
cia e sustentabilidade em nossas operações.

Nossa Missão
Oferecer produtos de base florestal renovável, celulose e papel, destacando-se globalmente pelo
desenvolvimento de soluções inovadoras e contínua busca da excelência e sustentabilidade em
nossas operações.

Nossa Visão
Forte e Gentil
Estar entre as maiores e mais rentáveis empresas de base florestal do mundo e ser reconhecida
pelas práticas de respeito às pessoas e ao meio ambiente.

Nossos Valores
Integridade e Segurança
Preservação da vida como valor fundamental da empresa, da transparência e dos princípios
éticos como norte para toda e qualquer ação ou decisão.

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Apresentação
A Suzano Papel e Possui uma unidade fabril localizada no
Celulose é uma município de Mucuri, extremo sul da Bahia,
empresa privada de abastecida com madeira de eucalipto pro-
capital brasileiro, duzida na região, proveniente em grande
voltada para a parte de plantações em áreas próprias e
produção de celulose e contratadas, como também de fomento e
papéis brancos de de compra no mercado regional.
imprimir e escrever. A fábrica de celulose da Unidade Mucuri é
dividida em duas linhas de produção (L1 e
L2), além da máquina de papel que produz
250.000 mil toneladas ano. Atualmente, as
linhas 1 e 2 produzem, respectivamente,
cerca de 700 mil e 1,0 milhão de toneladas
de celulose, anualmente.
A Unidade Mucuri engloba uma Unidade
de Manejo Florestal com área total própria
de 253.052 ha, dos quais 146.816 ha são
ocupados com plantações produtivas com
as demais áreas destinadas à conservação
de formações naturais, incluindo as áreas
de preservação permanente e de Reserva
Legal, bem como Infraestrutura.

A unidade de Mucuri
possui uma área total
de fomento de 54.138ha.

Unidade Industrial
de Mucuri - BA

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

1 milhão de toneladas de celulose


produzidas anualmente

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Histórico

A Bahia Sul Celulose S.A. foi estabelecida em intensamente explorada desde o início do
1987, com participação societária de 55% da processo de colonização do país, tanto para
Cia. Suzano Papel e Celulose e 45% da Cia. Vale o aproveitamento da madeira como para
do Rio Doce. A nova empresa incorporou ao abertura de áreas para cultivo agrícola e para
seu patrimônio as terras e plantios florestais pecuária. Resulta que, da cobertura original da
das Florestas Rios Doces, subsidiárias da Cia. Mata Atlântica, apenas 7% foi preservado.
Vale do Rio Doce, num total de 96.645 ha de Com os incentivos fiscais vigentes nas décadas
terras com 44.814 ha já plantados com euca- de 1970 e 1980, o uso da terra foi sendo nova-
liptos. Estes plantios foram iniciados em 1974 e mente transformado com o estabelecimento
realizados até 1982. de grandes plantações florestais, especialmen-
A partir de maio de 1988, após a constituição te de eucaliptos, ocupando as áreas já des-
da empresa, foram iniciados novos plantios. As matadas e, em grande parte, em processo de
atividades de colheita foram iniciadas em mea- degradação, em função da falta de cuidados,
dos de 1990 e o transporte de madeira para a do baixo rendimento e mesmo do abandono
fábrica, no começo de 1992. das atividades agrícolas e pastoris.
A Unidade fabril iniciou a produção em março Hoje, a região do Norte do Espírito Santo, Sul
de 1992 e em fevereiro de 1993 entrou em da Bahia e Leste de Minas Gerais constituem o
operação a máquina de papel. maior pólo de desenvolvimento de plantações
Em junho de 2001 a Cia. Suzano de Papel e florestais com Eucalipto no Brasil, com uma
Celulose adquiriu a totalidade das ações da das maiores concentrações de áreas plantadas
Cia. Vale do Rio Doce na Bahia Sul Celulose. e com a geração de conhecimento técnico e
Em março de 2005 a Suzano e VCP adquiriram científico a respeito da silvicultura do Eucalipto
as ações da Ripasa, e as duas companhias e de sua utilização na indústria madeireira e de

1987
passaram a controlar a empresa de forma celulose e papel.
compartilhada com 50% para cada.
Em setembro de 2008 a Ripasa foi dividida em
2 partes, nascendo o Consórcio Paulista de
Papéis (Conpacel), onde a produção total era
dividida igualmente para cada consorciada
(Suzano e Fibria). Até que em janeiro de 2011
a Suzano comprou a parte da Fibria, surgindo Foi estabelecida a Bahia Sul Celulose S.A.,
com participação societária de 55% da Cia.
assim a Unidade Limeira.
Suzano Papel e Celulose e 45% da
A região onde a empresa desenvolve seu
Cia. Vale do Rio Doce.
manejo florestal pertence aos domínios da
Mata Atlântica e Cerrado formação que foi

Unidade Industrial Mucuri - BA

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Caracterizando do negócio

A Suzano Papel e Celulose é uma Empresa de Focada na renovação dos ciclos de crescimen-
base florestal, pioneira mundial na produção de to, a Suzano investe em processos produtivos
celulose de eucalipto, e com atuação no mer- ecoeficientes de manejo florestal, priorizando
cado global. Fundada por Leon Feffer, em 1924, a conservação de ecossistemas e a restaura-
hoje é uma das maiores produtoras de papel ção ambiental, e também em programas que
e celulose da América Latina, líder no merca- resultem na elevação da qualidade de vida das
do brasileiro nos segmentos de papéis para comunidades próximas às áreas industriais e
imprimir e escrever, papel cartão, e pioneira no florestais, investimentos em educação, geração
país na produção de celulose branqueada sem de trabalho e renda, promoção cultural e
a utilização de cloro elementar (ECF). educacional.
A Empresa possui cinco unidades industriais, Para a Empresa, a segurança e a saúde ocu-
quatro no Estado de São Paulo (Suzano, Rio Ver- pacional dos colaboradores, prestadores de
de, Embu e Limeira) e uma na Bahia (Mucuri). serviços e comunidade são valores. Para culti-
E uma em fase final de comissionamento no vá-los, são promovidos intensos treinamentos
estado do Maranhão( Imperatriz) de segurança, assim como o monitoramento de
Toda a sua produção é feita a partir de árvores possíveis fontes de riscos em todas as ativida-
plantadas para esse fim. Em todas as suas áreas des, produtos e serviços.
de plantio, realiza um manejo florestal susten- Celulose e papel (bobinas e resmas) são co-
tável, aplicando um conjunto de tecnologias e mercializados nos mercados interno e externo,
práticas de gestão capaz de conciliar o cultivo através do escritório de São Paulo. Para estes
do eucalipto de forma economicamente viável, produtos a Suzano compromete-se, voluntaria-
com a conservação dos recursos naturais, a mente, com a prestação de serviços associados
preservação ambiental e o respeito às comuni- ao pós-vendas, visto que não há, com nenhum
dades. cliente, requisito contratual especificado que
Desenvolvemos nossas atividades florestais em torne a pós-venda um requisito mandatário.
áreas florestais próprias, arrendadas e as dos Hoje, a Suzano Papel e Celulose conta com
parceiros florestais somam, aproximadamente, 6.279 colaboradores, trabalhando, nas unidades
671 mil hectares, sendo 310 mil hectares com industriais de Suzano (SP), Piauí, Maranhão e
florestas plantadas, e estão concentradas na Mucuri (BA). Base Set/13.
Bahia, no Espírito Santo, em São Paulo, em A Unidade de Negócios Florestais (UNF - BA),
Minas Gerais, no Maranhão, Piauí e Tocantins. conta com 891 colaboradores próprios, sendo
Todas as áreas são certificadas com selos res- que do total de trabalhadores listados, 817 são
peitados nacionalmente e internacionalmente, homens e 74 são mulheres. Colaboradores de
que consideram aspectos ambientais, sociais e EPS: 2.500. Base Set/13.
econômicos dos plantios de eucalipto.

Unidade Industrial Mucuri - BA

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Presença na região

A Suzano está na região desde a década de A partir de maio de 1988, após a constituição
1980, através da constituição da Bahia Sul da Empresa, foram iniciados novos plantios.
Celulose S/A, que foi estabelecida em 1987, As atividades de colheita foram iniciadas em
com participação societária de 55% da Suza- meados de 1990 e o transporte de madeira
no Papel e Celulose e 45% da Cia. Vale do Rio para a fábrica, no começo de 1992.
Doce. A nova empresa incorporou ao seu A Unidade fabril iniciou a produção em mar-
patrimônio as terras e plantios florestais das ço de 1992 e em fevereiro de 1993 entrou
Florestas Rio Doce, subsidiária da Cia. Vale do em operação a máquina de papel. Em junho
Rio Doce, que compunha o total de 97 mil de 2001, a Suzano Papel e Celulose adquiriu
ha de terras com 45 mil ha já plantados com a totalidade das ações da Cia. Vale do Rio
eucaliptos. Estes plantios foram iniciados em Doce na Bahia Sul Celulose.
1974 e realizados até 1982.

A unidade Mucuri

Com 370.000 m² de área construída, restas de eucalipto plantadas para esse fim,
localizada no município de Mucuri (BA), a onde realizamos o manejo sustentável, apli-
fábrica produz celulose e papéis brancos de cando um conjunto de tecnologias e práticas
imprimir e escrever. A produção anual de de gestão capazes de conciliar o cultivo do
celulose é de aproximadamente 1,7 milhão eucalipto com a conservação dos recursos
de toneladas, em que uma parte é destinada naturais e o respeito às comunidades. Temos
à fabricação de papel para imprimir e escre- certificação FSC® - Forest Stewardship Coun-
ver e o restante comercializado. A produção cil®, organização internacional que fomenta
anual de papel é de aproximadamente 230 o manejo responsável de nossas florestas, o
mil toneladas/ano. respeito ao meio ambiente e as populações
Toda a nossa produção é baseada em flo- próximas.

Gestão Integrada e Certificações

O Sistema de Normalização e Certifica- e planos sistemáticos, da Excelência Em-


ções – (SNC) da Suzano Unidade Florestal, presarial (modelo PNQ), como o Bom Senso
fundamenta-se na integração dos requisitos (programa 5S) e o Planejamento Estratégico
das normas OHSAS 18001:2007 (Saúde e (definição de estratégias e desdobramento),
Segurança Ocupacional), CERFLOR (Certifica- Painel de Desempenho, o CLICK (ideias e
ção Florestal) NBR14.789:2012 e FSC® - Forest inovação), a avaliação do cliente interno, a
Stewardship Council®, (Conselho de Manejo pesquisa de clima interno.
Florestal), incorporando outros programas

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UNF Bahia

A Unidade de Negócio Florestal – Mucuri A área que possui certificação CERFLOR é de


(UNF-BA), com sede em Mucuri (BA), com a 115.222,91ha, nos Estados da Bahia, Espírito
premissa de manter um bom manejo florestal, Santo e Minas Gerais e FSC® 216.687 hectares
é responsável pela gestão das áreas florestais hectares, nos Estados da Bahia, Espírito Santo
e pela condução do manejo florestal, que e Minas Gerais, o que corresponde a cerca de
integram as responsabilidades assumidas pela 86% da área total. Para abastecer as áreas de
Suzano Papel e Celulose através de suas Políti- plantio, a UNF mantém um viveiro no municí-
cas de Responsabilidade Corporativa. pio de Mucuri, de elevado nível tecnológico,
Seu objetivo é abastecer a fábrica de madei- com capacidade de produzir 19 milhões de
ra para a produção de celulose. Ao todo, a mudas de eucalipto por ano.
Empresa possui 253.052 mil hectares de terras O suporte científico e tecnológico para a
nos Estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito produção florestal é viabilizado pelo Centro
Santo, dos quais aproximadamente 58% são Tecnológico Florestal, com sede em Itapetinin-
destinados ao plantio de eucalipto, 38% são ga (SP), que desenvolve pesquisas nas áreas
áreas reservadas para conservação ambiental e de solo e nutrição, manejo florestal, mecaniza-
4% são de infraestrutura. ção florestal, biotecnologia e melhoramento
A UNF-MU é certificada pela norma OHSAS genético.
18001:2007 (Saúde e Segurança Ocupacional).

Extremo Sul da Bahia

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A região

As atividades florestais da Suzano Papel e melancia, maracujá e em menor escala, o


Celulose distribuem-se por 16 municípios nos cacau) e a eucaliptocultura. Municípios loca-
Estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais lizados próximos ao litoral possuem a pesca
e são gerenciadas por duas regionais: Sul e também como atividade produtiva. A ativida-
Norte, divididos por uma linha imaginária no de industrial é mais atuante em 3 municípios
distrito de Posto da Mata (município de Nova da região (Teixeira de Freitas, Mucuri e São
Viçosa). Mateus).
As principais atividades econômicas da região As características de uso do solo já existente
são a pecuária (predominantemente pecuária na região não apresentam limitações ambien-
de corte), agricultura e fruticultura (mamão, tais para a silvicultura.

Projeto de Piscicultura na região de Mucuri - BA

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Condições sócio econômicas e


perfil das áreas adjacentes

Consideramos os seguintes municípios da re- ambulatórios e postos de assistência médi-


gião em que a Suzano está inserida: Alcobaça, ca. A empresa, em parceria com o Hospital
Caravelas, Ibirapuã, Lajedão, Medeiros Neto, Paineiras, desenvolve a Semana da Saúde,
Mucuri, Nova Viçosa e Teixeira de Freitas na direcionada à comunidade (região de Mucu-
Bahia. Carlos Chagas, Nanuque, Diamantina ri), realizando exames preventivos, diabetes,
e Senador Modestino Gonçalves em Minas hipertensão, etc. Além disso, existe o apoio a
Gerais. Conceição da Barra, Pedro Canário, algumas entidades.
Pinheiro e São Mateus no Espírito Santo. A po- As principais atividades econômicas da região
pulação total desses municípios é de 585.584 são a pecuária (predominantemente pecuária
habitantes, considerando dados informados de corte), agricultura/fruticultura (mamão,
pelo IBGE – base 2010. melancia, maracujá e em menor escala, o
Desta população, 70% vivem na área urba- cacau) e a eucalipto cultura. Municípios
na e 30% na área rural. Os projetos sociais localizados próximos ao litoral tem a pesca
voltados para a educação que é desenvolvida também como atividade produtiva, a ativida-
pela empresa (Capacitação de Professores e de industrial é mais atuante em 3 municípios
Sementeira) têm envolvido tanto a popula- da região (Teixeira de Freitas, Mucuri e São
ção urbana, quanto rural. Nas ações voltadas Mateus).
para doação também é considerada a área Ainda com relação à sócia economia, dentre
rural (doação de mel, construção de pontes, os principais fatores que ocorrem na região
creches, etc.). contribuindo negativamente para o desenvol-
O percentual da população da região na faixa vimento das comunidades locais, podem ser
etária escolar (5 a 19 anos de idade) é 35% citados:
e ao todo são cerca de 340 escolas da rede - Queda progressiva da produtividade e
pública de ensino fundamental na região. rentabilidade da agricultura e pecuária tradi-
Considerando esta abrangência, um dos focos cionais;
de atuação na área social da Suzano são “edu- Falta de opções de trabalho e de geração de
cação e cultura” (Aperfeiçoamento de pro- renda na região;
fessores da rede pública, Projeto Sementeira - Nível de pobreza e de carência das comuni-
e Bolsa de Estudo). Somente os municípios dades;
de Nanuque, São Mateus e Teixeira de Freitas - Ineficiência por parte do poder público para
dispõem de Universidades e Faculdades. Vale promover atividades produtivas sustentáveis,
ressaltar que, alunos das cidades vizinhas se ordenar a ocupação do território e atender as
deslocam até estas cidades para cursar o 3º principais demandas das comunidades por
grau. saúde, moradia, ensino e lazer.
Oito municípios da região têm bibliotecas

“Oito munícipios da
públicas (Alcobaça, Caravelas, Conceição da
Barra, Mucuri, Nova Viçosa, Pedro Canário,

região tem biblioteca


Teixeira de Freitas e Diamantina), abertas à
comunidade e a maioria das escolas tem uma

pública abertas
biblioteca para atender aos alunos.
Quanto ao aspecto saúde, a região conta com
17 hospitais e 94 postos/centros de saúde,
para comunidade”

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Mata Atlântica Plantação de eucalipto no extremo Sul da Bahia

A região onde a Empresa desenvolve seu


manejo florestal está nos domínios da Re-
gião Fisiográfica da Mata Atlântica (Floresta
Ombrófila Densa, Cerrado e formações
associadas), que abriga extensa diversidade
biológica, comunidades tradicionais, um
rico patrimônio cultural, sítios turísticos e
mananciais. Devido a este fato, a UNESCO
reconheceu a região da Mata Atlântica, em
1991, como a primeira reserva da biosfera
brasileira.
Originalmente, a Mata Atlântica cobria
cerca de 11% do território nacional, numa
faixa litorânea do Rio Grande do Sul ao Rio
Grande do Norte. Atualmente, restam entre
4% e 7% de sua cobertura original, majo-
ritariamente localizada em unidades de
conservação.
A Mata Atlântica significa também abrigo
para várias populações tradicionais. A maior
parte das nações indígenas que subsistem
está em situação precária.
Esta região abriga ainda belíssimas paisa-
gens, cuja proteção é essencial ao desen-
volvimento do ecoturismo.

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Fatores limitantes
Ambientais e Silviculturais:

Clima - Déficit hídrico acima de 500 mm/ano, precipitação pluviométrica média menor que
900 mm/ano, temperatura média acima de 15ºC.;
Solos - Arenosos, coesos elevada resistência à penetração, mal drenados (hidromórficos), baixa
capacidade nutricional (muçunungas, P1, espodossolo);
Ocupação da área: atendimento a legislação ambiental em todos os níveis (vegetação arbórea
nativa estabelecida, APP, RL, proximidade de comunidades);
Pragas e Doenças - Material genético suscetível a Cancro, Ferrugem, Ceratocystis e ocorrência
de formigas cortadeiras.

Fatores potenciais
Socioeconômicos:

Perspectivas do mercado para produtos florestais (celulose, madeira, energia);


Criação de trabalho e geração de renda na região, com valorização da área rural (setor primá-
rio);
Produtividade, diversidade e rentabilidade da silvicultura do Eucalipto;
Potencial para utilização em sistemas consorciada com agricultura e pecuária;
Riqueza cultural das comunidades.

Socioeconômicos:
Clima e solos adequados à cultura (precipitação pluviométrica maior que 900 mm, solos pro-
fundos, bem drenados e sem impedimentos);
Escolha e adaptação da espécie às condições da região;
Alto nível de desenvolvimento tecnológico e de consciência ambiental e social da gestão
florestal;
Disponibilidade de áreas desmatadas e degradadas;
Potencial para aplicação de diferentes sistemas de manejo e de consorciação com agricultura
e pecuária;
Boa vizinhança entre plantios e formações naturais com potencial para criar uma paisagem
rica em mosaicos;
Potencial da cultura para conservação do solo, recuperação de áreas degradadas e regulação
do ciclo hidrológico;
Garantia de conservação de formações naturais (Áreas de Preservação Permanente, Reserva
Legal e outras) proporcionando proteção, sustentação e abrigo para a biodiversidade;
Regeneração espontânea do Eucalipto praticamente nulo em áreas naturais.

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Justificativa de viabilidade
econômica do manejo

A análise do contexto regional (geologia, clima, solo, hidrologia, relevo e biodiversidade) e dos fa-
tores limitantes e potenciais indica a viabilidade econômica da implantação do empreendimento
na região. A viabilidade econômica para produção de eucalipto está baseada, dentre outros, nos
seguintes fatores:

Condições climáticas favoráveis;


Relevo e solo favorável;
Perspectiva de produtividade;
Perspectiva de mercado para os produtos florestais (Celulose, madeira e energia);
Disponibilidade de área antropizada, com possibilidade de expansão futura;
Facilidade de escoamento da produção;
Proximidade com a principal unidade consumidora (fábrica da Suzano);

O negócio florestal é viável inclusive em relação à facilidade na obtenção de mão-de-obra e


tecnologia compatíveis com o processo produtivo, como: viveiros florestais, equipamentos espe-
cíficos de preparo de solo, adubação, equipamentos modernos de alto rendimento na colheita
e transporte florestal. Além disso, a região oferece um bom índice de aproveitamento do uso
do solo para o plantio. Neste contexto, o custo de produção de madeira na Unidade Florestal é
bastante competitivo tanto no Brasil quanto em relação aos diversos países produtores mundiais
de celulose branqueada de eucalipto.

Viveiro em Itabatan - BA

Suzano Papel e Celulose 17


Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Recursos florestais manejados

A Unidade de Negócios Florestais (UNF) é e tecnológicas para a produção de celulose


responsável pela gestão florestal e pela admi- e papel, e recomendados para plantios em
nistração da Unidade de Manejo Florestal para Unidades de Manejo (UM) específicas.
obtenção dos produtos, serviços e benefícios A opção pelo plantio de eucalipto justifica-se
sociais e econômicos, assegurando as funções pela sua adequação às condições ambien-
ambientais, numa perspectiva de longo prazo. tais, de solo, clima e biodiversidade, por sua
As Áreas que compõem a Unidade de Manejo alta produtividade, capacidade de rebrota,
têm uma extensão, base Setembro/2013, de facilidade de reprodução e de melhoramento.
253.052 mil ha próprios e áreas de fomento O eucalipto pode ser produzido em consórcio
54.138 mil ha, localizados na região nordeste com outras culturas, sua madeira é adequada
e sudeste do Brasil, abrangendo o extremo sul para usos diversos e as áreas de plantio podem
do Estado Bahia, o norte do Espírito Santo e a abrigar produção não madeireira, como a
região leste de Minas Gerais. apicultura.
As florestas de eucaliptos da unidade Bahia A Unidade de Negócios Florestais (UNF) é
apresentam projeções de produtividade responsável pela gestão florestal e pela admi-
média para os plantios do ano de 2010 com nistração da Unidade de Manejo Florestal para
ganhos tecnológicos na ordem de 46,7 m³/ha/ obtenção dos produtos, serviços e benefícios
ano. A madeira de eucalipto será colhida entre sociais e econômicos, assegurando as funções
o 5° e 8º ano a uma proporção aproximada de ambientais, numa perspectiva de longo prazo.
1/6 da área total a cada ano, de acordo com as O planejamento estratégico da UNF é vincu-
premissas do planejamento florestal. lado ao planejamento industrial. As principais
Suas linhas extremas estão situadas entre operações envolvidas no manejo e na produ-
os paralelos de 17º15’00’’ (extremo Norte) e ção florestal são desenvolvidas a partir de pla-
18º55’00’’ (extremo sul) de latitude sul e os nejamento específico e todas as informações
meridianos de 39º20’00’’ (extremo leste) e sobre cada Unidade de Produção são reunidas
40º50’00’’ (extremo oeste) a oeste de Greenwi- e integradas ao Cadastro Florestal.
ch. O Inventário Florestal permite acompanhar o
As principais variedades de eucalipto plan- crescimento quantitativo da floresta, forne-
tadas são o E. grandis, E. urophylla e seus cendo estimativas sobre a disponibilidade de
híbridos, selecionados por representarem madeira.
melhorias em relação à qualidade da madeira,

253.052
crescimento e tolerância à doenças. A Suzano
Papel e Celulose desenvolve um programa de
melhoramento genético desde 1978, tendo
obtido mais de 800 híbridos resultantes do
cruzamento destas duas espécies, dos quais mil ha que compõe

54.138
20 são recomendados para plantio em função as áreas de manejo.
de resultados de testes de campo e industriais,
sendo avaliadas as características silviculturais

mil ha próprio que compõe


as áreas fomento da
Suzano Papel e Celulose

Suzano Papel e Celulose 18


Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Objetivos do manejo

Produzir madeira para atender a demanda da unidade industrial de Mucuri;


Estimular a produção de madeira e de outros produtos para diferentes usos;
Conservar florestas naturais e restaurar áreas degradadas;
Proporcionar condições adequadas de trabalho nas operações florestais;
Promover o bem estar social, gerando e distribuindo riqueza e colaborando diretamente com
as comunidades adjacentes;
Promover ações educativas e de estímulo para uma atuação responsável de seus colaborado-
res e da sociedade como um todo.

Mudas de eucalipto no
viveiro de Itabatan - BA

Atendimento a legislação

A Suzano adquiriu um Sistema na versão web, tuais ações corretivas podem ser visualizadas
que tem como finalidade o gerenciamento da no sistema de monitoramento da legislação,
legislação ambiental, contendo o registro de Para as análises dos Diplomas Legais Ambien-
diplomas legais, áreas de aplicação, aspectos tais, foi criado o GT-Legislação Ambiental -
ambientais relacionados e planos de ação para Grupo de Trabalho com facilitadores represen-
atendimento da legislação quando pertinente. tando as áreas operacionais que se reúnem
Os critérios para identificação, análise de apli- quando necessário para discutir e direcionar
cabilidade, comunicação aos implicados e veri- as obrigações legais aos responsáveis.
ficação periódica da situação de atendimento No caso das análises da segurança e saúde
aos diplomas legais (legislações, tratados, ocupacional existe um GT que incorpora,
acordos, convenções, etc.) e outros requisitos dentre os seus membros, representantes do
pertinentes, seja de cunho ambiental ou da se- SESMT, área Jurídica e do SGQ SNC. Os requisi-
gurança e saúde ocupacional, são descritos no tos oriundos da legislação trabalhista e tribu-
procedimento PPG.00.195– Requisitos Legais tária são identificados pela área de Recursos
Ambientais e Outros. Humanos (RH) e armazenados no arquivo da
Este processo tem como foco todas as ativida- própria área de RH. Com relação às questões
des, serviços e produtos, associados ao escopo legais das terras e fundiárias, todos os litígios
de aplicação do sistema de gestão ambiental e são tratados no Departamento Jurídico, sendo
da segurança e saúde ocupacional implantado que, cópias dos litígios ficam armazenadas no
na Unidade de Negócio Florestal. O arquiva- Jurídico e outros documentos como: matrícu-
mento da legislação aplicável é mantido de las, escrituras, ITR, CCIR e mapas de localização,
acordo com a sua classificação, em sistema ficam armazenados no GPLAN.
eletrônico. Evidências de atendimento e even-

Suzano Papel e Celulose 19


Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Planejamento estratégico

O Planejamento de Madeira está fundamenta- horizontes, um de longo prazo - 21 anos (Pla-


do no Plano de Suprimento Industrial (consu- nejamento Otimizado) e um de médio prazo
mos anuais da fábrica), sendo este o principal – abrangendo um período mínimo de 5 anos
objetivo da UNF: o abastecimento da indústria. (Planejamento Tático de Madeira - PLAMAD).
O Planejamento de Madeira contempla dois

Viveiro de Itabatan - BA Plantação de eucalipto no extremo Sul da Bahia

Salvaguardas ambientais

O controle dos insetos que causam danos e Pragas e Doenças do Eucalipto, com exceção
dos organismos capazes de causar doença do controle de formigas cortadeiras que, por
(fungos, vírus, bactérias, nematoides) no eu- se tratar de uma praga de ocorrência crônica, é
calipto é feito a partir de medidas e ações que feito de acordo com o estabelecido nos proce-
permitam o desenvolvimento da cultura e o dimentos PR.06.00075 – Controle Operacional
equilíbrio do ambiente, atendendo ao proce- e Monitoramento da Qualidade no Plantio,
dimento PPG.01.79– Registro de Ocorrência de Condução e Manutenção Silvicultural.

Controle de operações florestais

O controle das operações encontra-se docu- to de madeira, além de áreas de apoio como
mentado a fim de assegurar o planejamento manutenção de máquinas e equipamentos e
e a observação das características críticas da construção e manutenção de estradas.
qualidade, do meio ambiente, do contexto Onde critérios para a confiabilidade do traba-
social e da segurança e saúde ocupacional lho se façam necessários, estes se encontram
dos processos e produtos, passando pela estipulados e controlados através de docu-
produção de mudas, plantio, manutenção da mentação detalhada, monitoramentos e/ou
silvicultura, colheita, transporte e abastecimen- amostras representativas.

Suzano Papel e Celulose 20


Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Produção de mudas

Partes das árvores de eucalipto plantadas nas adubação e seleção. O estaqueamento per-
áreas da Suzano são produzidas no Viveiro de mite a obtenção de mudas através da retirada
Produção de Mudas da empresa, localizado de um pequeno ramo de uma árvore, do qual
no município de Mucuri (Distrito de Itabatã), se obtém uma estaca que, em condições
na Bahia, que abastece os plantios com 19 mi- especiais de temperatura e umidade, irá de-
lhões de mudas anualmente para a produção senvolver raízes e tornar-se uma árvore adulta
de Celulose da fábrica de Mucuri. O restante geneticamente igual àquela de onde a estaca
das mudas utilizadas nos plantios é adqui- foi retirada. O tempo para produção de uma
rido em viveiros credenciados que utilizam muda é de 90 a 120 dias.

19
materiais genéticos protegidos e fornecidos
pela Suzano.
A propagação sexuada compreende coleta de
sementes, preparo do substrato, semeadura,
milhões de mudas produ-
adubação e seleção, a utilização de mudas
através de sementes possibilita a manutenção
zidas anualmente para a
produção de Celulose
da variabilidade genética. A propagação vege-
tativa compreende coleta de brotos, preparo
do substrato, estaqueamento, enraizamento,

Viveiro em Itabatan - BA

Suzano Papel e Celulose 21


Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Cultivo mínimo

No cultivo do solo, as operações são ordena- ca de cultivo mínimo, na qual todo o resíduo
das de modo a manter ou elevar os índices da colheita (folhas, cascas, galhos e pontas)
de produtividade florestal, reduzir a erosão e a fica nos terrenos, formando uma cobertura
relação custo/benefício dos recursos disponí- que protege o solo da erosão, mantém sua
veis: mão-de-obra, máquinas e implementos, umidade e agrega nutrientes. Com isso, é
combustíveis e insumos. evitado também o assoreamento dos cursos
A Suzano Papel e Celulose desenvolve a técni- d´água.

Plantio

O Plantio compreende operações que favo- – Controle Operacional e Monitoramento da


recem o estabelecimento inicial (até 1 ano Qualidade no Plantio, Condução e Manuten-
pós-plantio) das mudas de eucalipto (clones ção Silvicultural.
ou sementes) em áreas que já sofreram o corte Fazem parte das manutenções dos plantios,
desta cultura (reforma), ou áreas sem a existên- as seguintes operações: limpeza do terreno,
cia da mesma (implantação). controle de plantas invasoras, controle de
Envolve a limpeza do terreno, controle de formigas cortadeiras, preparo do solo, moni-
plantas invasoras, controle de formigas corta- toramento e combate às pragas e doenças.
deiras, preparo do solo, adubação, o plantio Condução de brotação, manutenção de estra-
propriamente dito, e irrigação, atendendo o das, aceiros e obras civis, adubação e proteção
estabelecido no procedimento PR.06.00075 contra incêndios.

Manutenção da Silvicultura

Conjunto de operações que visam favorecer operações: monitoramento do controle de


o desenvolvimento do eucalipto, após fase de plantas invasoras, fertilizações complementa-
plantio (até 1 ano) até a fase de colheita (6 a 8 res e suplementares monitoramento/controle
anos), bem como, a segurança e manutenção de pragas e doenças, condução de brotação,
da infraestrutura. manutenção de estradas, aceiros e obras civis,
Fazem parte da Manutenção as seguintes e prevenção contra incêndios.

Monitoramento do crescimento das florestas

O Inventário Florestal Contínuo (IFC) é realiza- e de colheita gerando dados para análises
do anualmente em todos os plantios da Su- das curvas de crescimento e produção. Este
zano Papel e Celulose S.A. A idade inicial para processo é fundamentado em princípios esta-
este levantamento é de dois anos de idade. tísticos e utiliza-se de técnicas de amostragem
O IFC possui como principal objetivo fornecer para a coleta de dados.
informações sobre estoques de crescimento

Suzano Papel e Celulose 22


Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Colheita

A Suzano utiliza o sistema de toras entre 2,80 de acordo com as premissas do planejamento
a 6,30 mts de comprimento, no qual todos os florestal. Dois terços da atual colheita tem o
trabalhos complementares ao corte, como o descascamento no campo, onde a casca per-
desgalhamento, traçamento, descascamento manece distribuída em toda a área.
e enleiramento, são realizados no local onde Os equipamentos utilizados na colheita
a árvore foi derrubada seguida de atividades própria são: Haverster e Forwarder. Ambos
de baldeio o qual compreende carregamento atendem os requisitos de saúde e segurança
e descarregamento em pilhas na beira do exigidos pela legislação e superam a motos-
talhão. Dentro dos atuais sistemas de colhei- serra e o trator auto carregável em conforto e
ta, esta sistemática é considerada de médio produtividade.
impacto adverso ao meio ambiente, no que se Excepcionalmente a empresa adota em cará-
refere a solos. ter temporário, a utilização de equipamentos
A Unidade Industrial estabelece como requi- feller/skidder e motosserra/auto carregável
sito de matéria prima, toras com e sem casca, para desenvolver atividades similares às desen-
são fornecidas para fabricação de celulose. volvidas pelo harvester/forwarder.
As florestas são colhidas entre o 5° e 8° ano,

Colheita de eucalipto no extremo Sul da Bahia

Suzano Papel e Celulose 23


Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Abastecimento da madeira

Envolve as operações de carregamento, de 67 km, constituindo um dos menores raios


transporte e descarregamento da madeira na no mundo, sendo este mais um diferencial da
Unidade Industrial de Mucuri. Após o corte, a Suzano.
madeira é baldeada e empilhada na borda dos O transporte é feito obedecendo ao estabele-
talhões e depois é transportada em caminhão cido no procedimento PR.06.00064 – Transpor-
do campo diretamente para a fábrica para a te de Madeira de Eucalipto.
sua transformação em cavaco para a produção Máquinas e equipamentos utilizados:
da celulose ou retornando para o depósito - Caminhão para transporte de madeira;
estratégico. - Caminhão pipa;
A distância média percorrida até a Fábrica é - Carregador Florestal (Grua).

Execução e manutenção de obras de malha viária

As atividades de construção e manutenção de necessárias à drenagem (saídas d’água, buei-


estradas são conduzidas de maneira planejada ros, caixas de infiltração e lombadas);
a fim de atender as necessidades de movi- - Evitar pontos de travessia de cursos d’água;
mentação e transporte, evitando efeitos am- solos instáveis e áreas de conservação e de
bientais negativos, especialmente em relação preservação permanente (Reserva Legal e
à erosão, à alteração da qualidade da água e à APP);
biodiversidade. - Manter o leito e os taludes laterais estáveis e
Os sistemas viários, compostos pelas estra- vegetados (no caso de taludes de aterro);
das, carreadores, aceiros e obras de arte, têm - Manter as condições de cobertura e de
um grande potencial de provocar erosão e capacidade de infiltração das áreas adjacentes,
alterações no comportamento e na qualidade tanto para diminuir a quantidade e velocidade
das águas, mesmo quando bem planejado, da água que chegue à estrada, como também
construído e mantido. Portanto, de um modo para ter condições de receber a água de esco-
geral, quanto menor sua extensão e menor a amento sem sofrer erosão.
largura, menor o potencial de provocar danos.
Na construção e manutenção da rede viária, Máquinas e equipamentos utilizados:
procura-se sempre:
- Ter as estradas, caminhos e aceiros com a - Motoniveladora;
menor extensão e largura necessárias para - Retroescavadeira;
atender às necessidades; - Trator de esteira;
- Ter estradas localizadas na linha do divisor de - Escavadeira hidráulica;
águas ou em nível, evitando ao máximo trecho - Pá mecânica;
pendente; - Caminhão caçamba;
- Favorecer a tendência natural do escoamen- - Caminhão pipa;
to e evitar a concentração da água; - Rolo compactador;
- Dimensionar, confeccionar adequadamente - Trator de pneu com grade.
e manter em condições adequadas as obras

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Unidade Industrial de Mucuri - BA

Manutenção de máquinas e equipamentos


As atividades de construção e manutenção das, carreadores, aceiros e obras de arte, têm
de estradas são conduzidas de maneira pla- um grande potencial de provocar erosão e
nejada a fim de atender as necessidades de alterações no comportamento e na qualida-
movimentação e transporte, evitando efeitos de das águas, mesmo quando bem planeja-
ambientais negativos, especialmente em do, construído e mantido. Portanto, de um
relação à erosão, à alteração da qualidade da modo geral, quanto menor sua extensão
água e à biodiversidade. e menor a largura, menor o potencial de
Os sistemas viários, compostos pelas estra- provocar danos.

Plano de prevenção e controle de incêndios florestais


O Plano de prevenção e combate de em cooperação convencionada com a Fibria
incêndios florestais funciona conforme o e a ARCELOR MITTAL, envolvendo torres de
estabelecido em procedimento interno, que vigilância, brigadas de incêndio e caminhões
é definido basicamente em quatro etapas pipa, podendo ser acionada para combate
sequenciais: imediato a brigada que estiver mais próxima,
- Prevenção; independente a qual empresa pertença,
- Detecção; bem como da ajuda mútua no caso de
- Combate; incêndios de grandes proporções.
- Registros. É mantido na UNF-BA um plantão florestal
A área de proteção florestal – PROFLOR, da que passa a atuar imediatamente após o en-
empresa atua conforme o estabelecido no cerramento do expediente de trabalho, nos
procedimento PR.06.00065 – Sistema de Mo- finais de semana e feriados, que é responsá-
nitoramento e Controle Patrimonial Florestal vel pelas ocorrências florestais.

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Plantação de eucalipto
no extremo Sul da Bahia

Gestão Ambiental
A Suzano segue rigo- Suas práticas conservacionistas têm por
rosamente a legislação objetivos manter a biodiversidade e,
ambiental em todas as quando necessário, adotar processos para
suas áreas e acredita sua progressiva restauração, melhorar as
que o correto mane- condições para o desenvolvimento vegetal,
jo florestal viabiliza, reduzir a exposição do solo às intempéries e
simultaneamente, o preservar os recursos hídricos.
cultivo do eucalipto e a Neste sentido, desde 1993 a Suzano possui
melhoria das condições programa de restauração ambiental. O
ambientais. programa prevê atividades de condução da
regeneração natural e o plantio de espécies
nativas para recuperação de áreas degra-
dadas.
A conservação da fauna e da flora nativas,
bem como de seus hábitats, é um dos con-
dicionantes do manejo florestal da Suzano
Papel e Celulose. O plantio em mosaico e a
constituição de corredores ecológicos entre
as áreas de plantio, interligando áreas de
conservação e fragmentos de matas nati-
vas, permitem a livre circulação da fauna,
amenizando os efeitos da fragmentação das
reservas de Mata Atlântica.
A Suzano destina cerca de 40% de suas áre-
as para essa finalidade. Também promove a
demarcação de fragmentos florestais de alto

A conservação da valor de conservação, visando à implanta-


ção de ações que favoreçam a conservação
fauna e da flora dessas áreas.

nativas, bem como de


seus hábitats, é um
dos condicionantes do
manejo florestal da
Suzano .
Suzano Papel e Celulose 26
Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

desde 1993 a Suzano possui o programa


de restauração ambiental

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Áreas de alto valor de conservação

Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC) são de extinção, espécies endêmicas, etc.);
locais com características ambientais ou sociais - Áreas que contenham ecossistemas raros, ame-
com relevante importância dentro da área de açados ou em perigo de extinção;
manejo da Empresa. São áreas prioritárias e seus - Áreas que forneçam serviços ambientais básicos
atributos devem ser conservados. em situações críticas (ex.: áreas cruciais para
Estas áreas são propriedades da Suzano Papel captação de água, controle de erosão e barreiras
Celulose e sua escolha atende a pelo menos um a incêndios);
dos seis atributos, descritos abaixo: - Áreas utilizadas para necessidades básicas de
- Áreas com estágio sucessional avançado de populações locais e com identidade cultural
vegetação natural, com tamanho significativo em tradicional;
nível de paisagem, que propiciem a abundância - Áreas críticas para comunidades locais.
de biodiversidade; A identificação das AAVC’s é um processo contí-
- Áreas prioritárias e importantes para estratégias nuo obtido através de consultas a comunidades
de conservação em nível global, nacional ou locais, resultados de estudos ambientais e pro-
regional (ex.: Corredor Central da Mata Atlântica, gramas que são realizados periodicamente pela
áreas significativas próximas a unidades de con- Suzano. As AAVC’s podem ser classificadas em
servação, habitats de espécies raras e ameaçadas quatro categorias, as quais estão descritas abaixo:

Categorias de classificação das AAVC´s

Concentrações de diversidade biológica incluindo tificadas em cooperação com estas comunidades


espécies endêmicas, raras, ameaçadas ou em ou populações.
perigo de extinção, significativas em nível global,
regional ou nacional. AAVC 6 Valores culturais
Áreas, recursos, habitats e paisagens de especial
AAVC 2 Ecossistemas e mosaicos em significado cultural, arqueológico ou histórico
nível de paisagem em nível global ou nacional, e/ou de importância
Ecossistemas e mosaicos de ecossistemas exten- cultural, ecológica, econômica ou religiosa crítica
sos em nível de paisagem, significativos em nível para a cultura tradicional de comunidades locais,
global, regional ou nacional, contendo popu- populações indígenas ou populações tradicionais,
lações viáveis da grande maioria das espécies identificadas em cooperação com estas comuni-
de ocorrência natural em padrões naturais de dades ou populações.
distribuição e abundância. Após validação em campo e com especialistas,
foram consideradas 19 áreas prioritárias para
AAVC 3 Ecossistemas e habitats conservação, que correspondem a 8.361 ha, de
Ecossistemas, habitats ou refúgios de biodiversi- acordo com os critérios de priorização estabele-
dade raros, ameaçados ou em perigo de extinção. cidos por Stewart & Rayden (2009), considerando
a paisagem maior do extremo sul da Bahia, norte
AAVC 4 Serviços ambientais críticos do Estado do Espírito Santo e leste de Minas Ge-
Serviços ambientais básicos em situações críticas, rais. Toda a paisagem do contexto em análise se
incluindo proteção de mananciais e controle de encontra no Corredor Central da Mata Atlântica,
erosão em solos vulneráveis e vertentes. classificados como Floresta Ombrófila Densa e
acréscimos disjuntos de Muçunungas e Man-
AAVC 5 Necessidades das comunidades guezais, denominados com áreas de Formações
Áreas e recursos fundamentais para atender Pioneiras. Possuem características comuns de
necessidades básicas de comunidades locais, ocupação dos solos, com predominância de reflo-
populações indígenas ou populações tradicionais restamentos com eucaliptos e pastagens (Meira
(subsistência, alimentação, água, saúde etc.), iden- Neto et al. 2006).

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

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Plano de Manejo Florestal UNF Bahia 2013

Medidas de proteção das áreas de alto


valor de conservação AAVC e FAVC

Não efetuar colheita em plantios de eucalipto em áreas contíguas, quando este ocupar área
superior a 50% da poligonal da FAVC, a fim de minimizar possíveis impactos;
Atenção especial da equipe de vigilância patrimonial e do sistema de combate a incêndios;
Participação da equipe Socioambiental na elaboração de Relatório de Impacto Socioambiental;
Elaboração de Relatório de Impacto Socioambiental diferenciado, quando for o caso;
Educação Ambiental para funcionários e comunidade;
Conservação das áreas;
Identificação nos mapas de operações;
Registro de ocorrências ambientais;
Garantia de acesso.

Manejo florestal responsável


no extremo Sul da Bahia

Relatório interno socioambiental RISA

Antes do inicio das Operações Florestais, dos, definindo prazos e responsáveis.


considerando como ponto de partida a É por meio dessas ações que a empresa
atividade de Estrada e Colheita, é realizado o identifica os principais impactos sociais bem
RISA – Relatório Interno Socioambiental - Pré como percebe a evolução do seu desempe-
Operações. O técnico do RISA é responsável nho frente aos aspectos sociais resultante dos
pela realização do relatório com a participa- esforços e investimentos realizados podendo
ção da equipe operacional (Abastecimento, planejar suas atividades futuras evitando os
Colheita e Silvicultura), e quando necessário, impactos causados.
com responsáveis do meio ambiente e da área A identificação das AAVC’s é um processo con-
social. Serão inventariados todos os possíveis tínuo obtido através de consultas a comunida-
impactos socioambientais das atividades ope- des locais, resultados de estudos ambientais e
racionais nos arredores da Unidade Produtiva programas que são realizados periodicamente
de eucalipto e na rota de transporte da ma- pela Suzano. As AAVC’s podem ser classificadas
deira. Baseando-se nesse levantamento serão em quatro categorias, as quais estão descritas
elaborados e executados Planos de Ação de ao lado:
prevenção e mitigação dos impactos levanta-

Suzano Papel e Celulose 30

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