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Logística Florestal
Logística de Abastecimento
1ª Edição
Curitiba
Edição do Autor
2019
Índice
1. Introdução
3. Carregamento
4
5
1 Introdução
7
Operações Florestais Componentes da
2 Cadeira de Suprimento da Madeira
Provenientes de Florestas Plantadas
8
compõe a logística florestal: logística inbound, logística industrial e logística
outbound (Figura 1).
9
Figura 2: Operações realizadas na logística inbound.
10
Operações Silviculturais
15
O investimento em infraestrutura florestal e sua manutenção é parte
fundamental e está extremamente atrelado a operações de colheita e
transporte florestal. Deste modo é que as operações relacionadas a
Infraestrutura Florestal podem garantir melhores índices de eficiência para
a competitividade de uma empresa florestal.
18
entre árvores, possibilitou a aplicabilidade dos sistemas garantindo
produtividade nas operações.
Outro fator relevante foi em relação a topografia, pois os diferentes
equipamentos apresentam limites de declividade para trabalho. Em certas
regiões de nosso país, vemos uma grande variação de relevo, e muitas
vezes, encontramos regiões com topografia bastante ondulada, o que
dificulta a operacionalidade de tais equipamentos.
Mas a grande oferta e variedade de equipamentos oferecidos nos
últimos anos, tornou a atividade de colheita florestal um tanto mais
dinâmico e com possibilidades de escolha quanto aos sistemas a serem
empregados.
A colheita florestal ou colheita de madeira é de acordo com Machado
(2014) o conjunto de operações realizadas no maciço florestal que tem
como objetivo preparar e extrair a madeira até o local de transporte,
utilizando técnicas e padrões pré-estabelecidos. Duas etapas primordiais
compõem basicamente a colheita, sendo elas: o corte florestal e a extração
(Figura 5).
19
REFERÊNCIAS
20
3 Carregamento
INTRODUÇÃO
21
florestal eficiente é necessária uma escolha de método e maquinário
baseada em diversos fatores que influenciam nesta operação, sendo eles:
22
e) Volume do feixe: quanto mais próximo for o volume do feixe a
capacidade volumétrica da grua ou de múltiplos dessa capacidade,
maior será o rendimento da operação;
23
i) Disponibilidade de veículos de transporte: para garantir um bom
rendimento é necessário um planejamento eficiente e otimizado, de
modo a não faltarem veículos para operação e que esses não fiquem
parados por muito tempo.
Carregamento manual
O carregamento manual
normalmente é empregado em regiões
administradas por fazendeiros florestais
que possuem pequenas áreas de
floresta plantada; em regiões onde esta
atividade é terceirizada e, ou em locais
em que a madeira é destinada à geração Figura 3: Carregamento
manual.
de energia. Este processo é utilizado
quando se trabalha com toras de pequeno comprimento, de diâmetro
reduzido e de baixo peso específico, caso contrário os riscos aos quais os
trabalhadores estariam expostos seriam maiores, além do elevado esforço
físico e maiores riscos à segurança do trabalhador, sendo assim, nestes
casos o carregamento manual pode se tornar inviável técnica, econômica
e ergonomicamente. Geralmente são utilizadas equipes grandes para
realizar as atividades da operação. Em contrapartida, a mão de obra cada
vez mais escassas, os riscos da operação, encargos sociais e trabalhistas,
entre outros aspectos, culminaram no aumento da mecanização da
24
operação, uma vez que as máquinas são mais eficientes, têm-se a
possibilidade de trabalhar em turnos, etc.
Carregamento semimecanizado
25
Este método atua com sistema de catracas tracionados por cabos de
aço que por sua vez são acionados por trabalhadores, animais, pequenos
tratores ou pelo próprio veículo de transporte (MACHADO et al. 2006). Para
alcançar a superfície do veículo as toras devem ser roladas pelo solo até a
plataforma do veículo de transporte e vice-versa. Diferentemente do
método manual, o comprimento das toras pode ser maior no método
semimecanizado.
26
Carregamento mecanizado
27
b) Carregadores mecânicos com esteira:
d) Carregadores Frontais:
29
e) Carregadores Fixos:
f) Guindastes:
30
VANTAGENS DO CARREGAMENTO MECANIZADO:
Possibilidade de trabalho em turnos;
Alta produtividade;
Maior segurança e ergonomia.
31
Método fotográfico
Chipmeter
32
de acidente. A instalação do equipamento chega da faixa do milhão de reais
e para segurança são realizadas duas manutenções preventivas por ano.
O sistema possibilita a medição de volume sólido, volume estéreo,
densidade aparente e características biométricas da madeira.
Procedimento de medição
A medição de cargas se dá em cinco etapas, sendo elas: captura,
perfil, segmentação, cálculo e resultados; que serão detalhadas a seguir.
33
c) Segmentação: o sistema captura automaticamente a placa do veículo
e os limites do container, suas dimensões passam por um processo de
validação por uma base de dados anteriormente selecionadas.
𝑽𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 = 𝑽𝒄ô𝒏𝒕𝒂𝒊𝒏𝒆𝒓 + 𝑽𝑨 − 𝑽𝑩
34
nuvem na internet. A cada nova medição feita, os novos dados são
enviados para um banco de dados para auxiliar no registro de
projeções volumétrica futuras.
Além do Chipmeter, a empresa WoodTech lançou outros dois sistemas
de medição de cargas, o Logmeter e Bulkmeter. Ambos sistemas possuem
a mesma função, porém cada um mede um material específico. O
Chipmeter geralmente é utilizado na medição de volume de cavacos e
biomassa; o Logmeter, volume de toras de madeira; e o Bulkmeter, volume
de brita, terra, argila e areia. A seguir serão explanadas com maiores
detalhes as características do Logmeter e Bulkmeter.
Logmeter
Como dito anteriormente, o
Logmeter é uma tecnologia a laser
3D para mensuração do volume
sólido e empilhado de toras,
biomassa e cavaco, desenvolvida
pela WoodTech.
O processo de mensuração
do volume sólido de cada feixe se
inicia com o caminhão passando
por um scanner, onde um feixe
laser faz uma varredura sobre a
carga, medindo diâmetro, Figura 16: Sistema Logmeter. Fonte:
WoodTech.
cumprimento médio e curvatura
das toras situadas nas extremidades da carga. Todo o processo leva em
torno de 30 a 50 segundos. O processo de mensuração está dividido em
captura, segmentação, volume empilhado, variáveis biométricas, volume
sólido e resultado e auditoria.
35
Procedimento de medição
36
um objeto 3D individual, isto permite o calculo de variáveis biométricas,
como: comprimento, diâmetro, curvatura e ordenamento.
Figura 19: Objetos 3D para obtenção dass variáveis biométricas. Fonte: WoodTech.
Altura
Comprimento
Largura
Figura 20: Determinação do volume sólido. Fonte: WoodTech.
38
Bulkmeter
É um sistema de
mensuração automatizada com
capacidade de obter volume,
altura de cargas florestais, de
mineração, entre outros, com alta
precisão e confiabilidade
utilizando tecnologia laser. Além
destas duas variáveis, o
Bulkmeter fornece informações,
que são enviadas por e-mail para
Figura 22: Bulkmeter. Fonte: WoodTech.
o cliente, quanto a velocidade
excessiva do veículo, alertas de carga insegura, imagem de vista superior
da carga, etc. Como se pode observar na imagem abaixo.
39
Como vantagens têm: informações de entrada e saída de veículos em
tempo real; registro de todos os dados desde a inicialização do sistema; a
medição automática reduz o tempo associado ao controle da carga;
redução de número de mão de obra envolvida; menores riscos de acidente,
além da possibilidade de gerenciamento do transporte.
Dentro do próprio software tem a opção workbench, uma ferramenta
que permite ao usuário inserir novos dados da operação, iniciar uma
captura, dentre outras ações; Lavitoo Lite, visualização das capturas 3D e
verificar as medições com uma régua digital; sistema de auditoria que
permite ao cliente rever informações e evidências durante o processo de
medição, além de gerar relatórios, dados históricos e filtrar informações por
critérios comerciais.
Procedimento de medição
40
c) Segmentação: os limites da carga são definidos e elementos que
não fazem parte da medição são removidos como a roda, a cabine,
a plataforma, etc.;
𝑽𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 = 𝑽𝒄ô𝒏𝒕𝒂𝒊𝒏𝒆𝒓 + 𝑽𝑨 − 𝑽𝑩
41
e) Integração: permite a integração de dados da medição com as
informações do Sistema de Gestão Empresarial (ERP);
Timbeter
42
Figura 27: Imagem fotográfica, algoritmos de detecção de toras para a obtenção do
volume pelo Timbeter. Fonte: Timbeter.
43
ajudando assim, os gerentes e contadores a permanecerem informados e
atualizados.
Alltec Sistemas
44
REFERÊNCIAS
45
Caracterização de veículos de
4
transporte
INTRODUÇÃO
Conceitos
46
Cavalo mecânico: unidade tratora
destinada e tracionar um ou mais
semirreboques.
Figura 3: Semirreboque.
47
Carrocerias utilizadas no transporte
4.1 florestal
48
o metal possui uma maior resistência mecânica, menor deformação em
conjunto, menor peso, maior valor de revenda e menor impacto ambiental.
No Brasil, as principais empresas fabricadoras de carrocerias são: Facchini
S.A., Librelato S. A. Implementos Rodoviários, Manos Implementos
Rodoviários, Metalesp Implementos, Noma do Brasil S/A, Rondon
Implementos, Sergomel e Rodovale Implementos Rodoviários.
49
b) Caminhão: veículo automotor
destinado ao transporte de carga
superior a 1.500 Kg, limitado a
uma carga máxima por eixo.
Constitui-se de uma única
unidade tratora e transportadora,
com tração de tipo 4x2, 4x4, 6x2
Figura 6: Caminhão.
ou 6x4.
Figura 7: Biminhão.
d) Treminhão: combinação de um
caminhão com dois reboques.
Figura 8: Treminhão.
50
e) Bitrem: combinação de um
cavalo mecânico e dois
semirreboques.
Figura 9: Bitrem.
f) Tritrem: combinação de um
cavalo mecânico e três
semirreboques.
51
g) Rodotrem: combinação de um
cavalo mecânico, um
semirreboque e um reboque.
52
4.3 Novas tecnologias para carrocerias
Figura 13: Projeto da carroceria florestal elaborado pela empresa em parceria com a
Universidade Federal de São Carlos.
53
Novas tecnologias para carroceria para transporte de cavacos
com piso móvel
No transporte florestal
existem diversas modalidades de
carga, como o cavaco, por exemplo,
que é utilizado na produção de
celulose e biomassa. A carroceria
com piso móvel otimiza o tempo de
Figura 14: Carroceria para transporte de
carregamento e descarregamento, cavacos com piso móvel.
Fonte: MATALESP Implementos (2018).
até mesmo em terrenos declivosos,
aumenta a produtividade, garante maior segurança nas operações, além
de proporcionar a descarga horizontal sem necessidade de equipamento
auxiliar.
4.4 Pneus
54
Em termos econômicos, o setor de fabricação de pneumáticos e
câmaras de ar gera compõe 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano
de 2016, foi responsável pela venda de 70,7 milhões de unidades de pneus
e geração de 24,2 mil empregos diretos, 115 mil empregos indiretos e 38
mil pontos de venda ANIP (2016). A FIGURA 16, representa o número de
fábricas de pneu no Brasil, e a TABELA 1, o nº de fábricas e empregados
no brasil gerados pela mesma.
55
No Brasil a normatização de pneus e aros é feita pela Associação
Brasileira de Pneus e Aros (ABPA), mas também existem as normas da
Associação Latina Americana de Pneus e Aros (Alapa). Dentre os custos
operacionais, os pneus são o terceiro maior custo das frotas, podendo ser
o segundo dependendo do planejamento e da gestão, perdendo somente
para lubrificantes e combustíveis, respectivamente.
O modelo de pneus a ser utilizado pela composição veicular, esta
correlacionada as condições das estradas, sendo que essas podem estar
em bom ou mau estado de conservação, neste último caso acarretando em
um maior desgasto do pneu, riscos de acidentes ou complicações na hora
do transporte. Visto isso, durante o processo de escolha do pneu deve ser
analisado as condições da estrada, tipo de substrato, tipos de carga,
composição veicular, tipo de válvula, protetores, câmaras de ar, aros e
pressão de inflação.
56
d) Cintas (lonas): diz respeito ao feixe de cintas que são dimensionadas
para suportar cargas em movimento. Tem por objetivo garantir a área
de contato necessária entre o pneu e o solo;
e) Banda de rodagem: seus desenhos possuem partes cheias,
chamadas de bloco, e partes vazias, conhecidas como sulcos. Visa
garantir aderência, tração, estabilidade e segurança ao veículo;
f) Ombro: é o apoio do pneu em curvas e manobras;
g) Nervura central: proporciona um contato “circunferencial” do pneu
com o solo.
Pneu radial
57
melhor distribuição de carga, o que garante uma melhor aderência,
capacidade de tração, frenagem, menor aquecimento e desgaste do pneu,
além da redução de compactação uma vez que a área de contato é maior.
Outra vantagem dos pneus radiais foi comprovada por testes de consumo
de combustível que mostraram uma redução de 10% no consumo de diesel
e rendimento quilométrico de 50%.
Pneu diagonal
O pneu de construção
diagonal/convencional, possui uma carcaça
composta por uma sobreposição de lonas
têxteis, que saem de um talão e vão até o outro,
passando pelas laterais e banda de rodagem.
A orientação dessas lonas é no sentido
diagonal ao plano de rolamento do pneu,
formando um só bloco, o que causa maior
robustez do pneu e maior atrito com o solo e,
consequentemente, maior aquecimento. Figura 19: Construção de um pneu
diagonal.Fonte: CR Motors.
58
Os trajetos podem ser classificados em trajeto urbano, rodoviário,
regional e misto, sendo fatores importantes na hora de se escolher o
modelo de pneu e o desenho do sulco mais indicado, além de outros fatores
importantes como a velocidade média trafegada, a carga transportada e
posição de montagem.
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d) Trajeto misto - pneu misto: mais
indicado para rotas compostas por
locais com asfalto, rodovias e vias
urbanas, e trechos com terra. Ex.
caminhão de lixo, pois enfrentam
Figura 22: Pneu trajeto misto.
trechos asfaltados e de terra. Fonte: GF Pneus.
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c) Goodyear: pneu Citymax Plus e a banda pré-curada Regional Light.
O pneu Citymax Plus foi desenvolvido para uso urbano tanto em
caminhões como em ônibus. Possui sulcos com raias centrais largas e
é composto por materiais que mantêm baixa a temperatura do pneu, e
o que acaba proporcionando 8% mais quilometragem na banda
original. Além disso o pneu é composto de quatro cintas
estabilizadoras de aço que garantem maior proteção para a carcaça e
melhora o índice de recapabilidade. Outra característica são as bordas
serrilhadas que aumentar o poder de tração, reduzindo a exigência de
força do motor, consequentemente reduzindo o consumo de
combustível. Já a banda pré-curada Regional Light conta com ombros
arredondados que diminuem o atrito com o solo e minimizam os efeitos
de arraste lateral, o que também ajuda na preservação da carcaça;
RESISTÊNCIA AO ROLAMENTO
A resistência ao rolamento é a força que se opões
à rotação do pneu, tendo relação com o consumo
de combustível, ou seja, quanto menor for a
resistência ao rolamento, menor o consumo de
combustível, o contrário também é válido. A
graduação de resistência ao rolamento vai de “A”
até “G”, onde “A” é o mais eficiente e “G” é o menos
eficiente na classe de consumo de combustível.
Fonte: Goodyear.
ADERÊNCIA NO MOLHADO
A etiqueta mostra neste critério a capacidade de
aderência de um pneu a uma superfície molhada.
Dentre os comportamentos têm-se:
Distância de frenagem mais curtas;
Melhor dirigibilidade em retas;
Melhor estabilidade em curvas.
Fonte: Goodyear.
62
A etiqueta mostra neste critério uma graduação
onde uma onde representa o pneu mais silencioso e
três ondas, o pneu mais sorono e menos eficiente.
O nível sonoro é medido em decibéis.
Uma onda: veículos de passeio, comerciais leves,
caminhões e ônibus (≤69 dB)
Duas ondas: veículos de passeio, comerciais leves,
caminhões e ônibus (69 dB < nível de ruído ≤ 72 dB)
Três ondas: Veículos de passeio (72dB < nível de
ruído ≤ 78dB).
Figura 23: Pneu classificado com resistência ao rolamento, d; aderência no molhado, c; e para
ruído externo, duas ondas.
63
4.4.5 Manutenção
64
e) Alinhamento de direção: desvios mecânicos podem gerar
desgastes prematuros nos pneus e desalinhamento de direção,
aumentando os riscos a acidente e deixando o veículo instável.
Danos causados por irregularidades
Causas: Causas:
Rodas com pressão baixa para a Superaquecimento doa talões
carga transportada; devido: uso excessivo dos freios;
Uso de sobrecarga; falta de ventilação entre duplos;
Rodar vazio devido avarias na freios desregulados;
câmara de ar. Montagem irregular ou aro
malconservado.
Regulamentação do transporte
4.5 rodoviário
Figura 24: Croqui da disposição piramidal das toras no sentido longitudinal. Fonte:
Apostila da disciplina de Gestão do Abastecimento florestal – UFPR.
66
unidade. A FIGURA 25, representa uma combinação de carga florestal
sem as especificações da legislação quanto a colocação de painel
traseiro.
68
TABELA 1: REQUISITOS PARA O TRANSPORTE DE TORAS COM COMPRIMENTO < 2,50
METROS.
69
a) Leve: veículo simples, com capacidade de carga de até 10
toneladas;
b) Médio: veículo simples, com capacidade de carga entre 10 – 20
toneladas;
c) Semipesado: veículo simples, articulado ou conjugado, com
capacidade de carga entre 20 – 30 toneladas;
d) Pesado: veículo articulado ou conjugado, com capacidade de carga
entre 30 – 40 toneladas;
e) Extrapesado: veículo do tipo rodotrem, treminhão, bitrem e tritrem,
com capacidade de carga superior a 40 toneladas.
70
Autorização Especial de Trânsito (AET). Sendo que o comprimento máximo
de veículos combinados, rodotrem, treminhão, entre outros, está limitado a
30 metros pelas autoridades de trânsito, com AET.
Pesos máximos
A Autorização especial de Trânsito (AET) tem validade de um ano
para os percursos e horários estabelecidos aprovados e fornecidos por
vistoria da Combinação de Veículos de Carga (CVC). Pode ser concedida
pelo Órgão Executivo Rodoviário da União, dos Estados, dos Municípios
ou do Distrito Federal, mediante atendimento dos seguintes requisitos:
71
REFERÊNCIA
. Koerich, A. et. Al; Transporte rodoviário de toras e toretes. Revista Campo &
Negócios –Florestas. n. 33.p. 44-46,2017
72
Controle e monitoramento de
5 operações logísticas
RENATO CESAR GONÇALVES ROBERT
ANGELA MARIA APPELT
DANIELLE MARTINS DANTAS
INTRODUÇÃO
O monitoramento logístico em tempo real proporciona um maior
controle da operação. Nos últimos anos os sistemas de rastreamento têm
se tornado muito comum nas empresas em razão de roubos de veículos e
cargas, o que acarreta em enormes prejuízos econômicos, além de riscos
de segurança e vida do operador. Dois exemplos de rastreadores são o
GPS (Sistema de Posicionamento Global) e o GSM (Sistema Global para
Comunicações Móveis).
O GPS é composto por 24 satélites que trabalham simultaneamente.
A triangulação é o nome dado ao fator que faz a captação do local, onde
distância e posição imediata do veículo são calculadas por um
microprocessador com margem de erro entre 30 – 80 metros.
Quanto ao GSM é o responsável por transmitir as informações obtidas
pelo GPS, juntamente com o GPRS (Serviço de Rádio de Pacote Geral),
para um servidor, que produz um mapa, que fornece a localização precisa
do veículo ou carga, através destes dados utilizando um software.
Logística do rastreamento
Logística é planejar a movimentação de recursos de uma empresa
para que essa funcione de modo eficiente. Na logística de rastreamento
existem alguns fatores que a influenciam, sendo eles: histórico de rotas,
tempo de paradas, direção fora da faixa verde, excesso de velocidade,
utilização indevida de freios motores, velocidade em pista seca e pista
73
molhada, acelerações bruscas, etc. No Brasil, várias empresas realizam o
rastreamento florestal, sendo elas: Tracsat, Cllick, Khronos rastreamento,
Cargox, Autocrac, Omnilink, entre outras.
Gerenciamento de risco
O gerenciamento de risco está vinculado à prevenção e
administração de eventuais riscos que possam ocorrer durante a operação.
É composto por várias etapas desde a contratação da empresa até a
entrega da carga, levando em consideração alguns aspectos como o perfil
do profissional, definição de rotas, monitoramento constante do trajeto
realizado e sigilo.
Telemetria
A telemetria é uma ferramenta de gestão para o suprimento de
madeira em que por meio de diversos sensores nos caminhões, fornece
informações quanto a distância percorrida, frenagens bruscas, velocidades
ultrapassadas acima da média, período em que o caminhão ficou parado,
consumo de combustível, entre outros. A partir destas informações é
possível traçar o perfil do motorista, a performance do caminhão e outras
atividades relacionadas a operação. De modo geral, a telemetria torna a
frota mais eficiente, reduzindo custos uma vez que ajuda a evitar acidentes,
por exemplo, apontando erros de condução que comprometem a
segurança, além de indicar aspectos nos quais o motorista pode melhorar.
As informações da telemetria são enviadas para uma central, a partir da
qual se tem acesso e possibilidade de interagir remotamente com o
dispositivo.
Diagnóstico mecânico
O diagnóstico mecânico tem a função de fornecer informações sobre
o veículo e alertar o motorista sobre possíveis problemas, como, por
74
exemplo: superaquecimento do motor, uso indevido da embreagem, alerta
de utilização indevida de freios, entre outros.
75
Figura 1: Pesos por eixos máximos permitidos por lei.Fonte: Guia do TRC.
76
prejudicar a capacidade de manobra da carreta, fatores esses que
podem ocasionar em acidentes;
c) Um mal dimensionamento de carga por eixo aumenta o consumo de
combustível e reduz a performance do veículo, também ampliando a
emissão de poluentes;
d) Problemas na estabilidade dos eixos, necessitando de maior
reposição de peças.
77
simultaneamente menores do que 12,5% do menor valor entre pesos
e capacidades máximos estabelecidos pelo CONTRAN e valores de
peso e capacidade indicados pelo fabricante;
78
Figura 2: Funcionamento da pesagem estática. Fonte: Toledo
do Brasil.
Balança rodoviária
Amplamente utilizadas em todos os setores de negócio. Na área
florestal é empregada desde o transporte até o destino final da carga, com
isso se tem um controle se entrada e saída de materiais e peso máximo
dos veículos.
A balanças rodoviárias são classificadas quanto o tipo de instalação,
sendo elas: (a) sobre o piso com rampa – montagem 50 centímetros acima
do solo, facilidade na visualização das peças, limpeza e manutenção;(b)
semi- embutida sem rampa – montagem 50 centímetros abaixo do solo,
facilidade de visualização das peças, limpeza e manutenção; e (c) embutida
80
– montagem totalmente embutida, dificuldade na visualização das peça,
limpeza e manutenção.
Postos de fiscalização
A maioria dos postos de fiscalização utilizam células de cargas com
base em piezoeléctricos ou medidores de tensão. O sistema WIN permite
a medição com o veículo em movimento, o que evita problemas de
congestionamento em horários de trânsito intenso, o que muitas vezes
obriga o fechamento temporário da estação de pesagem.
81
caminho que o motorista deve seguir para chegar na balança, quando o
veículo se aproxima, sensores instalados fazem a leitura para indicar o tipo
de veículo que será pesado. Se houver excesso de carga, o veículo é
direcionado para repesagem em uma balança estática, conhecida como
“pesagem fina”, nela são obtidos dados de hora e volume de tráfego,
velocidade e a classificação do veículo com base no número e
espaçamento de eixos.
Figura 8: Balança portátil. Fonte: COIMMA. Figura 9: Balança rodoviária móvel. Fonte:
COIMMA.
82
5.3 Automação de sistemas de pesagem
83
REFERÊNCIAS
84
6 Estabilização de estradas florestais
85
como é feito o processo de estabilização de estradas florestais, bem como
suas vantagens.
Existem diversas soluções no mercado, comprovadas pelo tempo e
uso, pelo tráfego, para estabilizar o pavimento. Uma delas é o EMC
Squared (Catalisador de Materiais Terrosos), composto por um líquido de
enzimas naturais que possuem a capacidade de acelerar ou catalisar
reações químicas. Ele é um biocatalisador formulado para melhorar as
propriedades de engenharia de materiais terrosos - solo,
impermeabilizando e cimentando as partículas do solo. Conferindo assim
maior estabilidade (volume tratado), aumento da capacidade do solo
tratado em suportar maiores cargas, e aumento de CBR. Sua aplicação é
feita com o auxílio de uma moto-niveladora, uso da grade, caminhão pipa,
e compactação com rolo compactador - atividade desenvolvida em todos
os serviços de terraplanagem. O período de vida útil do EMC Squared é de
3 anos.
Figura 1: Etapas para aplicação do EMC Squared. Fonte: Base Forte -EMC Squared.
86
Vantagens do processo de estabilização:
Durabilidade do pavimento;
Redução do número de manutenções no pavimento e em veículos;
Aumento da velocidade médio de veículos;
Redução no custo do quilômetro rodado;
Redução de poeira, lama e atoleiros;
Reduz os custos de construção e conservação de pavimentos; e
Maior proteção do pavimento contra fatores climáticos.
Figura 2: Estrada com grande fluxo de veículos de carga. Local indicado para realizar
estabilização.
87
Formas mais comuns de estabilização
6.1
de estradas florestais
88
REFERÊNCIAS
89
7 Gestão de operações de pátio
90
desse custo é relacionado à eficiência do transporte e ao tempo de ciclo do
caminhão. O tempo de ciclo é o tempo total que o caminhão necessita para
o carregamento da madeira no campo, o deslocamento até a fábrica, o
descarregamento na fábrica e seu retorno até a floresta. Levando em
consideração que o custo fixo pode chegar a cerca de 50% do custo total
do transporte florestal², o tempo do caminhão parado sem ser
descarregado é uma fonte enorme de desperdício de dinheiro seja o
transporte próprio ou terceiro.
Nesse capítulo, vamos abordar os processos de entrada e medição,
disposição e dimensionamento dos estoques, descarregamento, gestão e
controle do pátio e novas tecnologias. Como a proposta é abordar os itens
com maior interface com a colheita e logística florestal, não vamos abordar
temas como tambor descascador, picagem e peneiragem. Espero que a
leitura seja interessante.
91
Os pátios de madeira são locais com altos riscos de acidentes. Dessa
forma, precisamos garantir que os motoristas estejam cientes das regras
de segurança e portando todos
os EPI’s (Equipamentos de
Proteção Individual)
necessários para execução das
atividades. Os EPI’s
necessários variam de fábrica
para fábrica, mas usualmente
são capacete, protetor auricular,
óculos, colete refletivo e
perneiras (Figura 1).
Adicionalmente os motoristas
que irão efetuar a
desamarração da carga devem
Figura 1. Equipamentos de proteção individual
usualmente requeridos em pátios de madeira. também utilizar luvas de
vaqueta. Uma maneira
eficiente para engajar os motoristas, sejam eles próprios ou terceiros, é a
elaboração de manuais de segurança. Tais manuais podem abordar
assuntos como trajetos dentro da fábrica, riscos das atividades, padrão
ideal da carga de madeira, EPI’s necessários para execução de cada
atividade, entre outros. Idealmente as empresas também devem realizar
integração de segurança para todos os motoristas que descarregam
madeira na fábrica.
No momento de entrada dos caminhões na fábrica devem ser
efetuadas medições quantitativas e, se possível, qualitativas para registro
de dados no sistema além daqueles presentes na nota de transporte.
Comumente as medições quantitativas dizem respeito ao peso e ao volume
da carga e as medições qualitativas dizem respeito aos aspectos de
92
sujidade, diâmetro médio, presença de galhada ou folhas, bifurcações,
entre outros.
Há duas principais variáveis quantitativas utilizadas relativas à
madeira. O peso, normalmente medido em toneladas, e o volume,
normalmente medido em metros cúbicos. O peso é utilizado, entre outras
coisas, para o apontamento do consumo específico da fábrica e para
equacionar os balanços de massa entre as diferentes fontes de consumo.
Ele é medido através de balanças rodoviárias na entrada (peso total) e na
saída dos caminhões (tara). O tamanho das balanças deve idealmente
comportar o tamanho do cavalo mais todas as composições da carreta.
Caso a balança seja menor do
que o tamanho dos veículos de
transporte, é necessário dividir Saída Balança Entrada
Curiosidade:
93
O volume é utilizado para gestão dos estoques e também para
calcular a densidade da madeira entregue. Em fábricas de grande porte
utilizam-se scanners a laser para calcular diretamente o volume em metros
cúbicos. Em fábricas que não possuem o escaneamento a laser o volume
é calculado através da medição manual de altura e do comprimento das
cargas. A partir dessa medição se acha o volume estéreo e posteriormente
transforma-se para volume líquido.
Após a efetuação dos processos de mensuração, o motorista deve
ser direcionado para o local de descarga. No final desse capítulo vamos
abordar algumas tecnologias que podem otimizar o processo de
direcionamento e comunicação dos caminhões.
94
Outro ponto importante na gestão dos estoques fabris é a garantia da
aplicação de um sistema de rotação do estoque, garantindo o FIFO (First
In, First Out). A correta
disposição das pilhas no
estoque é fundamental
Pilha 1
Via de acesso
Via de acesso
para que possamos Pilha 2
Pilha 1
Pilha 2
Pilha 3
Pilha 4
executar o FIFO. Na figura Pilha 3
Curiosidade:
Apesar de não existir no Brasil, você sabia que em outros países é comum
a utilização de pátios de madeira molhados?
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Outro item relacionado à segurança e a capacidade de estocagem no
pátio é o estabelecimento de cabeceiras ou lastros nas extremidades das
pilhas de toras. As cabeceiras são montadas com as próprias toras ou
ainda com cavaletes de metal. O objetivo delas é primeiramente garantir
que as toras não serão deslocadas após o descarregamento e que não
haverá rolamento da pilha. Além desse aspecto de segurança, a utilização
das cabeceiras possibilita a maximização dos estoques, uma vez que ela
aumenta a possível altura da pilha, por possibilitar uma altura maior lateral
da mesma. A figura 4 abaixo, mostra os dois tipos de cabeceiras.
Figura 4. À direita o uso do cavalete metálico, à esquerda o exemplo de uma cabeceira montada
com uma tora de maior diâmetro.
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Figura 5: A direita o uso do cavalete metálico, à
esquerda o exemplo de uma cabeceira montada com
uma tora de maior diâmetro.
Dimensionamento
Conforme falado anteriormente, os estoques são uma fonte geradora
de custo sem que haja agregação ou ainda transformação do produto
madeira. Dessa forma, quando pensamos no tamanho ideal e na
capacidade de armazenamento de um pátio de madeira, devemos garantir
que ela seja a menor possível! É isso mesmo, essa capacidade de estoque
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precisa ser calculada de acordo com as variáveis de cada local. As
características do maciço florestal no entorno da fábrica e da dinâmica de
corte e transporte são grandes influenciadores dessa variável. Idealmente,
regiões com relevo mais declivoso, onde ocorrem períodos de chuvas
intensas, devem ter uma quantidade de estoque maior do que outras. A
quantidade estocada é normalmente referenciada por dias de consumo que
aquela quantidade representa. Ou seja, o volume em estoque de uma
fábrica que consome 1.500 m³ por dia e que atualmente estaria com 10 dias
de estoque seria de 15.000 m³.
Uma maneira de calcular o tamanho ideal de estoque é utilizando os
dados reais de entrega e o déficit acumulado de períodos chuvosos. O
Gráfico 1, é uma simulação de entrega de madeira por período dos últimos
5 anos de uma fábrica que consome 3.000 m³ por período. A linha reta em
laranja é o consumo fabril, que nesse exemplo fictício se mantém constante
(na prática as fábricas também possuem variações de consumo). A linha
em laranja mais fina, que varia com o passar do tempo é a entrega real. As
linhas verticais retas na cor azul representam a alteração entre um período
chuvoso e outro seco. E a linha em azul escuro representa o déficit
acumulado. Como é possível ver no gráfico, após o início do período
chuvoso, as entregas são impactadas, e a maioria dos períodos não atinge
o volume de consumo, ocorrendo a queda de inventário. A mesma sem
mantém até o final do período de chuvas e volta a crescer no período
seguinte. Normalmente, a dinâmica dos estoques deve seguir essa lógica,
atingindo o pico de volume antes do início do período crítico. Através desse
gráfico conseguimos também saber qual a necessidade de estoque para
suportar o período crítico. Na simulação abaixo, podemos ver que o déficit
total acumulado chegou perto de atingir 20.000 m³. Dessa forma, se o
estoque da fábrica abaixo for capaz de estocar 20.000 m³ e esse pico for
atingido antes dos períodos chuvosos, ela deve ser capaz de superar os
períodos com déficit de entrega. O tempo necessário para realizar essa
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análise deve ser o maior possível, buscando cobrir toda a variação que
ocorre entre diferentes anos.
Descarregamento
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Existem diversos tipos de máquinas e processos para efetuar o
descarregamento da madeira.
O maquinário pode ser estacionário ou móvel, sendo que o
estacionário é recomendado para os locais de consumo e o móvel para
descarga e movimentação no pátio. As máquinas de descarga podem ser
escavadeiras com gruas hidráulicas ou carregadeiras com grua frontal. Em
se considerando um mesmo porte de equipamento, as máquinas
articuladas geralmente garantem maior agilidade na descarga, melhor
ergonomia ao operador e menores riscos de acidentes. As carregadeiras
frontais, devido ao fato de necessitarem estar constantemente em
movimento tomam mais tempo para descarga e com maior risco de
acidentes devido a constante movimentação de ré. A Figura 6, mostra
ambos os modelos da marca Catterpillar. As máquinas para descarga
também podem vir em pneus ou esteiras. As máquinas de pneus possuem
maior valor de aquisição e são recomendadas para pátios com piso
pavimentado, uma vez que as máquinas de esteiras danificam o piso em
sua operação, principalmente ao manobrar. Em ambos os casos elas
devem ser capazes de descarregar caminhões com fueiros de até 4,4 m,
altura máxima para veículos de carga de acordo com o CONTRAN.
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De acordo com a legislação brasileira, todas as cargas de madeiras
em toras devem vir amarradas com cintas de modo a evitar o
desprendimento e/ou deslocamento de toras no caminho. Antes do início
da atividade de descarregamento, o motorista do caminhão é responsável
pela desamarração da carga. Ocorrem dois potenciais perigos nesse
momento: Primeiramente a fivela metálica da ponta da cinta de amarração,
pode atingir seu corpo ao se soltar da carga. Além disso, ao desamarrar a
carga, podem haver toras ou outros resíduos soltos em cima da carga e
esses venham a cair atingindo o motorista. Muitas fábricas fora do Brasil e
algumas fábricas aqui no Brasil já utilizam estruturas dedicadas para que
os motoristas possam efetuar a desamarração sem ficar expostos a esses
riscos. Essas estruturas ficam acima da cabeça do motorista e embaixo da
linha de toras e dos fueiros, de modo que, se algo for projetado no sentido
do motorista irá ser bloqueado por essa barreira.
Importante:
Gestão e Controle
Para executarmos uma boa gestão do pátio de madeira, precisamos
controlar as diversas variáveis que influenciam o mesmo. Elas podem ser
divididas em duas principais categorias: variáveis de estoque e de processo.
As variáveis de estoque dizem respeito à quantidade, à qualidade e
à localização dos diferentes lotes de armazenamentos, no momento atual
e ao decorrer do tempo. A separação do estoque em lotes, deve levar em
consideração os principais fatores que influenciam no processo fabril. Cada
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fábrica possui variações quanto a esses fatores, porém, comumente eles
são o material genético, o tempo de corte e a classe de densidade. Em
fábricas de menor porte a completa separação dos lotes entre essas
variáveis pode ser dificultado devido a restrições de espaço ou mesmo de
controle. O controle dos estoques e de sua posição deve estar em sistemas
específicos e que sejam de fácil acesso aos gestores e à operação do pátio.
Por estarem em constante transição, esses dados são alterados
diariamente. Em fábricas que não possuem sistemas específicos para
controle de pátio, planilhas de Excel podem ser criadas e com ótima
funcionalidade para efetuar o controle de estoque. Normalmente esse
controle é a base para checagem do inventário de madeira, que pode
ocorrer mensalmente, bimensalmente ou ainda de maneira semestral ou
anual.
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baldeada por dia, entre outros. O estabelecimento de SLA’s permitem uma
relação mais justa e igual entre as partes.
Além dos controles das variáveis acima, para garantir um bom
andamento do pátio, é importante ter as pessoas envolvidas no processo
bem treinadas e cientes dos riscos de segurança. Para tal, é importante
que hajam procedimentos claros e de fácil entendimento e toda a equipe
treinada.
Novas Tecnologias
Uma série de novas tecnologias tem sido aplicadas para melhor
controle e otimização da operação do pátio de madeira. Elas geralmente
são tecnologias já bem estabelecidas no mercado, mas que apenas
recentemente tiveram aplicações na área de pátio de madeira.
No momento de entrada dos caminhões na fábrica, necessitam ser
registrados uma série de informações relacionados a carga. Uma maneira
para garantir que esse apontamento é através da utilização de código de
barras ou códigos QR com todas informações a serem imputadas no
sistema. Essa leitura normalmente acontece com algum programa
específico para efetuar a leitura do código e posteriormente são
transferidas para o sistema de gestão da fábrica.
Outra tecnologia que está sendo implantada na área de logística é o
controle de fluxo através de RFID (Identificação por radiofrequência) ou
telemetria. Ela permite saber quantos veículos estão do lado de dentro ou
fora da fábrica, sua localização, permite a comunicação e orientação dos
motoristas e também da mensuração dos tempos de cada fase do processo
de maneira constante. Com o uso desses sistemas, é possível vincular o
caminhão a determinado produto ou processo e otimizar sua rota ou espera.
Ela também pode enviar sinais aos responsáveis pela gestão do pátio
alertando quanto ao número de caminhões parados na fábrica e seus
respectivos produtos. Fazendo o uso concomitante com smartphones, todo
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o processo de pátio e descarregamento pode ser otimizado e os tempos
não produtivos reduzidos.
Por fim, quando pensamos nos estoques de toras e cavaco e na
maneira como inventariar os mesmos, novas soluções, principalmente com
o uso da tecnologia LIDAR, tem sido utilizada. Elas visam diminuir o tempo
e o custo do inventário do pátio através do escaneamento das toras e do
seu volume.
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REALIZAÇÃO:
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