Você está na página 1de 155

IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS


IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

• Formigas cortadeiras: precisam ser combatidas em todas as fases de desenvolvimento da floresta.


• Um sauveiro adulto (3 anos), consome por ano, uma tonelada de folhas - 86 árvores Eucalyptus e 161 Pinus.
• Uma árvore de eucalipto pode morrer após 3 ataques consecutivos.
•A média de 2 formigueiros / ha elevou-se para 6 formigueiros / ha após um ano.
• Em região com 200 formigueiros / ha: perdas de 30% das cepas de Eucalyptus.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
Quadro 17 - Principais espécies de formigas cortadeiras do Brasil.
Especie Nome Comum Ocorrência
Atta cepha/otes saúva -da-mata AM. RO. RR. RA. AR. MA. PE. BA
Atta laevigata cabeça-de-vidro SP. AM. RR. RA. MA. CE. PE. AL.
BA. MG. RJ. MT. ES. GO. RR
Atta opac/ceps saúva -do-sertâo-do- RI. CE. RN. RB. PE. SE. BA
nordeste
Atta sexdens pmventns saúva-limão-sulina SP. RR. SC. RS
Atta sexdens saúva -limão SR. MG. ES. RJ. MT. GO. RR
ruProp i/osa
Atta sexdens sexdens saúva -limão-do-norte AM. AC. RO. RR RA, AR. MT.
GO. MA. RI. CE. RN. RB. RE. AL.
SE. BA. MG
Acromyrmex aspersus quenquém -rajada SR. BA. ES. RJ. MT. RR. SC. RS
Acromyrmex coronatus quenquém-de-árvore SR. RR. CE. BA. ES. MG. RJ. MT.
GO. SC. MS
Acromyrmex laticeps quenquém -campeira SR. AM. RA. MA. MG. MT. GO.
RO. BA. SC
Acromyrmex mger quenquém SC. SP, CE. MG. RJ. ES. RR
Acromyrmex quenquém-da- AM. RA. RO
octosp/nosus amazóma
Acromyrmex rugosus formiga-mulatinha MS. RS. SR. RA. MA. RI. CE. RN.
RB. RE. SE. BA. MG. MT. GO
Acromyrmex stnatus formiga -de-rodeio SC. RS
Acromyrmex quenquém -capixaba CE. MG. ES. SR. BA. RJ
subterraneus
mo/estans
A cromyrmex quenquém -mineira SR. AM. CE. RN. MG. RJ. MT. RR.
subterraneus SC. RS
subterraneus
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS


FASES DE COMBATE: COMBATE INICIAL, REPASSE E RONDA.

COMBATE INICIAL:
• Em toda a área e numa faixa de
200 m ao redor da área de plantio.
REPASSE:
• 60 dias após o combate inicial.
RONDA:
• Durante todo o período de
formação e crescimento da floresta.

PODE SER FEITO COM ISCAS GRANULADAS, LÍQUIDOS TERMONEBULIZÁVEIS E PÓS SECOS.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS
ISCAS FORMICIDAS - SULFURAMIDA E FIPRONIL
• Períodos secos.
• Formigueiros em plena atividade.
• 8 g / metro quadrado de terra solta.
• Aplicada com dosadores nos olheiros de
alimentação, distante cerca de 10 a 15 cm do olheiro.

PORTA ISCAS
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
AÇÃO DAS ISCAS FORMICIDAS GRANULADAS
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PORTA-ISCA CASEIRO PARA FORMIGAS CORTADEIRAS
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS
LÍQUIDOS TERMONEBULIZÁVEIS
• Termonebulizador.
• Fumaça é injetada nos canais do formigueiro por meio de tubos flexíveis.
•Aplicar por 10 segundos apenas em formigueiro jovem.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS


PÓS SECOS

Consiste na aplicação de um inseticida


na formulação pó seco, diretamente no
formigueiro, usando-se uma polvilhadeira.
• Recomendado para formigueiros
pequenos (até 5 m2), principalmente nas
operações de ronda.
• Dias secos.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS
PRODUTO VANTAGENS DESVANTAGENS
ISCAS FORMICIDAS • Fácil aplicação • Não indicado em épocas chuvosas.
• Custo baixo • Eficiência baixa em locais com
• Menor perigo aos aplicadores. matocompetição.
• Uso em formigueiros em plena atividade.
LÍQUIDOS • Pode ser usado em qualquer época. • Não económico em áreas pequenas.
TERMONEBULIZÁVEIS • Dispensa cálculo e preparo dos • Dificuldade de transporte.
formigueiros. • Exige conhecimento da máquina.
• Baixo consumo. • Exige cuidados especiais em relação à
• Utilizado em formigueiros em plena segurança.
atividade ou amuados.
PÓS • Podem ser usados em qualquer • Baixa eficiência em formigueiros grandes.
SECOS etapa, principalmente na ronda. • Baixo rendimento operacional.
w
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

Eficiência (%)
Espécie de Formiga
Granel Porta-isca Testemunha Média
Acromyrmex balzani 25,0 25,0 0,0 16,7
Acromyrmex niger 0,0 33,3 0,0 11,1
Acromyrmex subterraneus molestans 69,2 62,5 18,1 49,9
Atta sp. 13,3 6,7 0,0 6,7
Mycocepurus goeldii 22,4 20,0 3,2 15,2
Sericomyrmex sp. 23,1 10,7 0,0 11,3
Média geral C25’5) (26$ 18,5
(Zanetti et al., 2001)
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

• Lançadas parcelas ao acaso,


numa intensidade de uma parcela
para cada 3 a 5 ha.
• O monitor deve localizar, medir e
contar os formigueiros presentes.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

CONTROLE DE CUPINS
Os cupins-praga das plantações florestais podem ser separados em 3 grupos:
1) Cupins das mudas (cupins das raízes): atacam mudas recém-plantadas até 1 ano de idade.
2) Cupins do cerne: atacam árvores formadas (a partir de 4 anos de idade), destruindo o
interior das árvores.
3) Cupins da casca: atacam árvores formadas (a partir de 2 anos de idade).
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

CONTROLE DE CUPINS - VIVEIRO

MÉTODO QUÍMICO:
• Fipronil (Fenil-pirazol)
• Endossulfan
• Clorpirifós
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
CONTROLE DE CUPINS - CAMPO

Identificação do Perfurar até a


cupinzeiro câmara de celulose

Retirar parte
Aplicar o
superior do
produto
cupinzeiro
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO


IMPLANTAÇAO FLORESTAL

PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO


PREPARO DO SOLO: Melhorar as características físicas do solo,
facilitando o desenvolvimento do sistema radicular das mudas e
promovendo rápido estabelecimento da floresta.

MANUAL OU MECANIZADO:
• Topografia
SISTEMA ESCOLHIDO • Tipo de solo
• Tamanho da área
• Escolha do florestador
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO

PREPARO MANUAL:
• Topografia acidentada
• Áreas sujeitas à erosão

Abertura de covas, sem a utilização


de implementos agrícolas
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO

PREPARO MECANIZADO:
• Cultivo convencional
• Cultivo mínimo

CULTIVO CONVENCIONAL:
• Arados e grades

Inconveniente: Expor em demasia a área a risco de erosão, promover insolação


direta ao solo revolvido, acelerar a mineralização da matéria orgânica, fator
prejudicial quando do cultivo de plantas perenes em regiões de clima tropical.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO

CULTIVO MÍNIMO:
• Preparo localizado na linha
ou cova de plantio.
• Escarificadores ou subsoladores.
• Manutenção dos resíduos
na área.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO

VANTAGENS:
• Mantém ou melhora as características físicas do solo;
• Reduz as perdas de nutrientes do ecossistema;
• Mantém ou eleva a atividade biológica do solo;
• Mantém ou eleva a fertilidade do solo;
• Reduz a infestação de plantas invasoras;
• Reduz as despesas de implantação e reforma de povoamentos florestais;
• Aumenta a eficiência operacional das atividades de campo.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO

DESVANTAGENS:
• Heterogeneidade inicial de crescimento dos povoamentos florestais;
• Maiores dificuldades de proteção e manejo da floresta:
i. maior risco de incêndios florestais;
ii. comumente, maior incidência de pragas e doenças nos estágios iniciais;
iii. maior dificuldade para localização e combate a formigas;
iv. prejuízo de desenvolvimento radicular se houver impedimentos físicos
e químicos no solo;
vi. dificuldade de realização de tratos silviculturais.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO

CORREÇÃO DO SOLO:
• Deve ser realizada com base na análise química do solo;
• Eucalyptus e Pinus'. fornecimento de cálcio e magnésio
• Teca: elevar a saturação por bases para 60%
• Seringueira: elevar a saturação por bases para 50%

NC= necessidade de calagem;


(V2 - VJ * CTC V2= valor da saturação por bases desejada;
100 V1= valor da saturação por bases inicial do solo;
CTC= capacidade de troca de cátions.
IMPLANTAÇAO FLORESTAL
PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO

CORREÇÃO DO SOLO:
• Distribuição uniforme na superfície do solo, seguido de incorporação.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

ESCOLHA DO ESPAÇAMENTO
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PREPARO E CORREÇÃO DO SOLO
ESCOLHA DO ESPAÇAMENTO:
ESPAÇAMENTO: Propiciar a cada planta uma área suficiente para o
desenvolvimento do seu sistema radicular e aéreo.

• hábitos de crescimento da espécie


• finalidade da plantação
• qualidade e volume esperados de madeira
• fertilidade do solo
• riscos de erosão
• número de cortes previstos. F®te CAFQ009)

O espaçamento ideal é aquele que propicia maior volume, melhor forma e


qualidade da madeira, com menor custo, de acordo com o objetivo da implantação.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
ESCOLHA DO ESPAÇAMENTO

ESPAÇAMENTOS MAIORES:
• produção em volume individual
• maior conicidade de fuste
• desbastes tardios

ESPAÇAMENTO MENORES:
• maior volume por ha
• menor conicidade do fuste
Densidade do povoamento
(árvores / ha) • menor DAP
• desbastes precoces
DAP Volume
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
ACÁCIA NEGRA (Acacia mearnsii)
VALORES DE DIÂMETRO, ALTURA MÉDIA E ÁREA BASAL POR HECTARE.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PARICÁ (Schizolobium amazonicum)
ESPAÇAMENTO ALTURA DAP FOLHAS GALHOS TRONCO TOTAL
(m) (m) (cm) (Vha)
1,5x1,5 11,5 BCD* 11,3 BCD 12,80 B 5,30 B 56,30 B 74,40 BC
2x2 14,0 BC 13,4 BCD 9,20 B 3,00 B 46,80 BC 59,00 C
3x2 18,0 B 15,6 BC 19,90 A 3,30 B 59,20 B 82,40 B
3x3 19,0 BC 16,6 AB 11,20 B 5,50 B 63,10 B 79,80 BC
4x2 16,0 BCD 15,1 BC 8,20 B 5,80 A 71,40 A 85,40 AB
4x3 21,5A 17,4 A 14,10 A 6,10 A 49,90 BC 70,10 BC
4x4 20,0 AB 19,5A 11,80 B 6,00 A 74,80 A 92,60 A
*Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste Tukey, a 5%.
Fonte: Rondon (2002)
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

TECA (Tectona grandis)

ESPAÇAMENTO ALTURA CAP ESPAÇAMENTO FOLHAS GALHOS TRONCO TOTAL


(m) (m) (cm) (m) t/ha
1

3x2 9,0 A 36,31 B 3x2 4,49 A 12,49 A 41,38 A 58,36 A


3x3 11,0A 42,91 A 3x3 4,99 A 10,77 A 38,69 A 54,45 B
4x3 11,0A 44,20 A 4x3 2,99 A 8,49 AB 33,73 A 45,21 C
4x4 9,0 A 45,64 A 4x4 1,87 BC 5,37 B 25,98 B 33,22 D
5x3 9,0 A 43,44 A 5x3 1,99 C 5,92 B 23,55 B 31,46 D
5x4 10,0 A 41 ,75 A 5x4 1,20 CD 3,90 B 17,55 BC 22,65 E
5x5 10,0 A 43,60 A 5x5 0,40 D 1,08 BC 12,52 C 14,00 F
Fonte: Rondon (2002)
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
EUCALIPTO
Produção total (t/ha) em função do espaçamento de plantio para E. camaldulensis.

Espaçamento (m)
Fonte: Oliveira Neto et al. (2003)
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

Pinus taeda
Altura de inserção do primeiro galho em Pinus taeda aos 12 anos de idade.

TRATAMENTOS DENSIDADE (ÁRVORE/ha) hg MÉDIO (m)


1 (2,5 x 1,2 m) 3333 7,5650 a
2 (2,5 x 2,0 m) 2000 7,3433 a
3 (2,5 x 2,8 m) 1428 6,4450 ab
4 (2,5 x 3,6 m) 1111 5,8533 b
5 (2,5 x 4,4 m) 909 5,3283 b
Fonte: Sanquetta et. al. (2003)
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

ESCOLHA DO ESPAÇAMENTO
Altura de inserção do primeiro galho em Pinus taeda aos 12 anos de idade.

ESPÉCIE ESPAÇAMENTOS
Eucalyptus 3x3 m, 3x2 m, 2x1,5 m
Pinus 2,5 x 2 m, 3x2 m, 3x2,5 m
Teca 3x3 m, 3x2m
Araucária 1,5 x 1,5 m, 2 x 2 m ou 2 x 2,5 m
Seringueira 8x3m, 8x2,5 m, 7x3 m
Acácia negra 3x1,5 m, 3x1,75 m
Paricá 3x3m, 4x4m, 2,8 x 2,8 m
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PLANTIO E REPLANTIO
MARCAÇÃO DAS LINHAS DE PLANTIO:
• Sulcamento: Não é necessário marcar as linhas.
• Roda de ferro com saliências (pé-de-burro), cordas, gabarito.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PLANTIO E REPLANTIO
MARCAÇÃO DAS LINHAS DE PLANTIO
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PLANTIO E REPLANTIO
30 cm

COVEAMENTO:
Terrenos acidentados: Manualmente.
Dimensões variam com a espécie que
será plantada.
• Eucalyptus: 30 x 30 x 30 cm.
• Teca: 40 x 40 x 40 cm.
• Paricá: 40 x 40 x 40 cm.
• A. mangium: 30 x 30 x 30 cm.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PLANTIO E REPLANTIO

COVEAMENTO:
Em terrenos inclinados: Linhas de plantio no sentido da declividade do terreno
(morro abaixo), acompanhando as curvas de nível, para facilitar a futura
colheita e retirada da madeira e visando à conservação dos solos florestais.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PLANTIO E REPLANTIO
PLANTIO:
Realizado, preferencialmente, no início da estação chuvosa.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PLANTIO E REPLANTIO
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PLANTIO E REPLANTIO
IRRIGAÇÃO:
• 1 a 3 irrigações até o pegamento das mudas.
• Quantidade de água varia em função do clima e da umidade do solo.

Biomassa (y) e massa foliar (x) de P. radiata sob três tratamentos.


IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
PLANTIO E REPLANTIO
Quadro 3 - Altura, diâmetro (DAP) e volume de plantas de cinco clones de eucalipto, aos 38 meses de idade, no
campo, sob dois regimes de irrigação (I = Irrigado; NI = Não Irrigado), em Inhambupe, Bahia (Médias seguidas
pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey).

Altura (m) DAP (cm) Volume/Planta (m3)


Clone
I NI Média I NI Média I NI Média
0063 18,6 17,7 18,2 b 13,4 12,3 12,9 ab 0,141 0,114 0,128 b
0321 18,5 18,3 18,4 b 13,9 13,0 13,5 ab 0,165 0,140 0,153 ab
1250 18,1 17,4 17,8 b 13,5 11,8 12,7 b 0,140 0,094 0,117 b
1260 20,3 19,8 20,1 a 15,0 13,9 14,4 a 0,182 0,154 0,168 a
1277 16,5 18,0 17,3 b 13,1 13,7 13,4 ab 0,125 0,132 0,129 b
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

PLANTIO E REPLANTIO

IRRIGAÇÃO - HIDROGEL:
• São polímeros orgânicos que permitem a
retenção de água de irrigação por mais
tempo, disponibilizando-a de maneira
gradativa às plantas.
• Absorve de 200 a 400 vezes seu peso em
água e chega a aumentar em 100 vezes seu
tamanho.
• Os polímeros sintéticos são mais utilizados,
inclusive como retentores em fraldas
descartáveis, como a propenamida
(poliacrilamida ou PAM) e a propenamida-
propenoato (poliacrilamida-acrilato ou PAA).
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

PLANTIO E REPLANTIO

IRRIGAÇÃO - HIDROGEL:
• A aplicação mais prática do hidrogel é
o depósito do mesmo já hidratado na
cova de plantio.
• A técnica pode ser empregada em
qualquer tipo de solo, mas os resultados
em terrenos arenosos aparecem mais,
principalmente em períodos secos, ou
ainda em regiões com problemas de
abastecimento de água.
Muda com Hidrogel
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
E. grandis e E. dunii
Tabela 2 - Médias de altura de planta (EST), diâmetro de colo (0), comprimento da raiz principal (CRP) e área foliar (AF) de
eucalipto em função de doses de polímero hidroretentor. Pato Branco, PR. 2009.
Doses (ml) Altura (cm) 0 (mm) CRP (cm) AF (cm 2)
0 14,18 b 1,45 ab 12,15ns 42,93 b
150 17,50 a 1,41 b 14,33 60,18 ab
250 18,32 a 1,62 a 14,86 72,67 a
CV (%) 25,53 21,50 35,16 46,39
"5Não significativo em nível de 5% de probabilidade de erro. Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem
entre si pelo teste Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.

Tabela 4 - Médias de plantas sobreviventes em função das doses de polímero hidroretentor e dos dias após 0 plantio (DAP). Pato Branco, PR. 2009.
Doses (ml) 15 DAP 30 DAP 45 DAP) 60 DAP CV (%)
0 4,0 aA 4,0 aA 1,0 bB 0,0 bB
150 4,0 aA 4,0 aA 3,0 aA 1,5 aB 15,87
250 4,0 aA 4,0 aA 3,0 aAB 2,0 aB
CV (%) 15,87
Médias seguidas da mesma letra (minúsculas) nas colunas e (maiúsculas) nas linhas não diferem entre si pelo teste Tukey em nível de 5% de probabilidade.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

FERTILIZAÇÃO MINERAL
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
FERTILIZAÇÃO MINERAL

T7x . x ... /X
Nutrientes Minerais )
Crescimento foliar (IAF)
Z/ 1 Eficiência foliar

264g CO2 + l08g H2O + Energia -*180g C6H12O6 + 192g O2


108g H2O / 180g C6H12O6= 60%
Transpiração
Fotossíntese

Água e nutrientes - recursos ambientais


- fatores de crescimento
Fertilização: Fornecimento de nutrientes, para complementação no crescimento das plantas.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
FERTILIZAÇÃO MINERAL
FERTILIZAÇÃO DE PLANTIO:
• Demanda de nutrientes da espécie para se atingir a produtividade esperada e
quantidade de nutrientes que pode ser suprida pelo solo.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

Adubos de base mais comuns

4-28-6 (MAP, KCI, enchimento)


6-30-6 (idem)
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
ADUBAÇÃO FOSFATADA

COM 4-26-16 SEM 4-26-16


IMPLANTAÇÃO FLORESTAL

Volume de tronco de eucalipto aos 20 meses de idade em função da


época de aplicação da adubação de plantio.
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
Recomendações de P para Plantações de Eucalipto (baseado na
análise de solo, camada 0-20cm).

P-resina (mg kg’1)


Teor de Argila
0-2 3-4 5-7 >7
g kg1 Dose de P2O5 (kg ha 1)

<150 40 40 10-20 10-20

150-350 50 40 30 10-20

>350 70 50 30 10-20
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
FERTILIZAÇÃO MINERAL

FERTILIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO:
• Taxa de crescimento.
• Eficiência com que converte o nutriente
absorvido em biomassa.
• Interação “genótipo x ambiente”.

• Deve iniciar após o completo pegamento das mudas.


• Nitrogénio e potássio + micronutrientes (boro, zinco e cobre).
Biomassa da parto aoroa (t/ha)

índice de área foliar (m 2/cm2)


IMPLANTÇO
FLORESTA
Volume (m ' ha ’)
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
Demanda de nutrientes requeridos para diferentes produtividades de eucalipto
(considerando a taxa de recuperação) na rotação de 7 anos.

Total Aplicado
IMA
N PA k2o CaO MgO
m3/ha/ano kg/ha
25 345 115 230 476 117
30 500 130 260 543 133
35 550 140 290 606 148
40 600 160 320 668 162
45 645 170 340 727 177
50 690 180 370 784 191
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
O crescimento define a demanda.

(t/ha)
aérea
parte
da

Biomas
Fonte: Santana (2000) Idade (ano)
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
ESTÁGIOS NUTRICIONAIS DAS ÁRVORES
FASE INICIAL FASE INTERMEDIÁRIA FASE FINAL
Adaptação e crescimento Franco crescimento Após o fechamento
inicial pós-plantio da parte aérea e de copas
(1-3 meses) sistema radicular 4^

• Maior demanda de nutrientes


* Maior dependência da fertilidade do solo como fonte de
• Maior potencial de resposta à fertilização
• Maior risco de perda de nutrientes (erosão, lixiviação)
GONÇALVES et al„ 2000
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

ASPECTOS SILVICULTURAIS

ASPECTOS A CONSIDERAR NA DESRAMA ARTIFICIAL:


• Espécie e espaçamento.
• Seleção do sítio e dos povoamentos.
• Taxa de crescimento.
• Época para iniciar a desrama.
- Diâmetro do cilindro central nodoso.
- Idade da árvore nesta época.
- Qualidade local.
- Espaçamento, etc.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

PROGRAMA DE DESRAMA

• 1a Desrama - Deve ser realizada


até cerca de 2,5 m de altura, sendo
iniciada quando as árvores estão
com cerca de 6 a 6,5 m de altura;
• 2a Desrama - Deve ser realizada
até cerca de 4,5 m de altura;
• 3a Desrama - Deve ser realizada
até cerca de 6,5 m de altura.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS
INTENSIDADE DA DESRAMA

30 A 40% DA COPA VIVA


TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

ÉPOCA DE DESRAMA
• A desrama deve ser realizada na estação mais fria, quando as plantas
estão em repouso vegetativo;
• A desrama somente deve ser realizada na estação mais quente
quando for extremamente necessária em talhões com desrama atrasada,
desde que não implique em retirada de galhos verdes;
• As idades próprias para a desrama variam com o sítio e a espécie;
- Pinus: 1a, 2a e 3a desramas são realizadas aos 4-6, 6-8 e 9-11 anos;
- Teca: 4 a 6 desramas, sendo a primeira aproximadamente 1 ano
após o plantio.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

CORTAR O RAMO RENTE AO TRONCO


TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS
DESBASTES:
• Cortes de árvores feitos em plantios florestais, de modo a diminuir a
competição e dar às árvores restantes mais espaço, luz e nutrientes para
o seu bom desenvolvimento.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

OBJETIVOS DOS DESBASTES:

• Favorecer o crescimento das árvores remanescentes para produzir


madeira em toras de grandes dimensões para serrar ou laminar;
• Combinado com espaçamentos mais densos, servem para
melhorar a forma das árvores, tornando-as mais cilíndricas do que
crescendo com menor competição;
• Servem como antecipações de receitas antes do corte final.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

TEORIA DOS DESBASTES:


• A base da teoria dos desbastes é
encontrada no desenvolvimento natural
dos povoamentos.
• O povoamento florestal típico tem início
com um número relativamente grande
de indivíduos.
• O número de árvores diminui à medida
que crescem e o povoamento se torna
mais velho.
• A diminuição é lenta no início e depois
se torna mais rápida.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS
TEORIA DOS DESBASTES:
•A contínua diminuição em número é o resultado de uma rigorosa seleção
natural, que é uma das leis biológicas mais fundamentais da silvicultura.

• Árvores mais vigorosas e mais adaptadas ao meio ambiente são aquelas com
maiores chances de sobreviverem à competição por água, luz e nutrientes.
•A competição leva ao processo conhecido como diferenciação em classes de copa.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

TIPOS DE DESBASTES
PODEM SER DE TRÊS TIPOS PRINCIPAIS:
• Seletivos: São cortadas árvores de algumas classes de dominância.
Por baixo e pelo alto.
• Sistemáticos: São cortadas linhas inteiras de árvores.
• Mistos: São combinações de sistemáticos e seletivos.

Figura 14.1 - Diferenciação de copas em plantios. Dominantes (DO); Codominantes (CO); Intermediárias (IN) e Dominadas (DA).
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS
TIPOS DE DESBASTES
DESBASTES SELETIVOS:
• Por baixo.
• Pelo alto.

Figura 14.1 - Diferenciação de copas em plantios. Dominantes (DO); Codominantes (CO); Intermediárias (IN) e Dominadas (DA).

Figura 14.1 - Diferenciação de copas em plantios. Dominantes (DO); Codominantes (CO); Intermediárias (IN) e Dominadas (DA).
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS
DESBASTE SELETIVO POR BAIXO:
• Exemplo: desbaste por baixo em plantio original de 3m x 2m, ou
1667 árvores/ha, com remanescência de 950 árvores/ha (57%).


X

X

X
X

• •
• •
X
X


X
X


X
EVITAR
AS
FORMAS:
• • X X • • X • X

• X • • X • • X • X xxxx
X

••• •
X X
X X




X
X


X
XXX
X

• X*• X • X • X • X 0000

X • X • • •

X • X • 000
• • X • X X X • • 0

• • X • • • X •
*
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

DESBASTE SELETIVO POR BAIXO:

Floresta de Eucalipto
desbastada.

Distância das copas


após desbaste.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS
TIPOS DE DESBASTES

DESBASTES SISTEMÁTICOS:
• Eliminam-se linhas inteiras de
árvores
• Podem ser programados de
diferentes formas, por exemplo:
- Corte de uma a cada duas linhas.
- Corte da 13a linha no primeiro, da
5a e 9a linhas no segundo e da 3a,
7a e 11a no terceiro.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

(m3/ha)
voelumme DESBASTES SISTEMÁTICOS:
• Devem ser realizados quando
observada estagnação do

Incremto Idade (anos)


crescimento das árvores.
• IMA> ICA.

1: Momento ideal para intervenção numa floresta: IMA > ICA


TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

MARCAÇÃO DE DESBASTES:
O tamanho das árvores a desbastar
depende do crescimento previsto para as
remanescentes.
A escolha de cada árvore a desbastar é
determinada levando-se em consideração
os seguintes critérios de prioridade:
• Tamanho da árvore (diâmetro limite de
corte e classe de dominância);
• Vitalidade e sanidade;
• Qualidade e forma do tronco;
• Distribuição espacial das árvores.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

EFEITO DOS DESBASTES NA


PRODUÇÃO DE MADEIRA:
• Os desbastes podem reduzir a
produção total de madeira, pois a
área ocupada pelas copas é
reduzida com a operação,
diminuindo o crescimento por
unidade de área florestal;
• A produção de madeira grossa é
aumentada, pois as árvores
remanescentes crescem com maior
vigor após o desbaste.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DESBASTES:


• Deve ser cortado um volume de madeira suficiente para ser económico;
• A percentagem cortada não deve afetar a estabilidade do povoamento
nem afetar o incremento futuro (produtividade por hectare);
• Deve ser combinado com espaçamento adequado de plantio para os
objetivos da floresta e para proporcionar o menor número possível de
desbastes consecutivos, pois são geralmente operações de baixa
lucratividade;
• Algumas vezes, o primeiro desbaste é considerado como pré-
comercial, pois o seu objetivo principal, neste caso, não é a produção
de madeira.
TRATOS SILVICULTURAIS EM POVOAMENTOS FLORESTAIS

ADUBAÇÃO APÓS DESBASTES

0.2 i i
a 0.5
G
£
(0
0.4
0.15 -
to
©
<5 0.3
0.1
E*
ot
y 0.05 -
XÈ®« n
E
ot

0.1
0.2
«

2
o
0 50 40
Idade (meses) Idade(meses)
AVANÇOS E TENDÊNCIAS NAS PESQUISAS EM SILVICULTURA

TENDÊNCIAS E AVANÇOS NA SILVICULTURA


AVANÇOS E TENDÊNCIAS NAS PESQUISAS EM SILVICULTURA

MATERIAIS GENÉTICOS:
Introdução de estudos e trabalhos acerca do desenvolvimento tecnológico
de outras espécies potenciais pra implantação em larga escala no país:
• Teca, cedro australiano, mogno africano, nim indiano, castanheira, paricá,
dentre outras.
AVANÇOS E TENDÊNCIAS NAS PESQUISAS EM SILVICULTURA

SILVICULTURA DE PRECISÃO

Conjunto de procedimentos e
tecnologias que permitem o
tratamento geograficamente
localizado da cultura em questão.
É uma ferramenta que tem o
objetivo de proporcionar um
cultivo customizado para cada
unidade de área, definida
arbitrariamente.
AVANÇOS E TENDÊNCIAS NAS PESQUISAS EM SILVICULTURA
SISTEMA ARVUS DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE OPERAÇÕES FLORESTAIS

Sistema de Recepção e
Tratamento dosDados

Serviços de Gestão das


Informações

Empresa Cliente

Provedores

Sistemas de Gestão e
Bases de Dados
Corporativas

Operação Florestal Qualquer Tomada de decisão


AVANÇOS E TENDÊNCIAS NAS PESQUISAS EM SILVICULTURA
SILVICULTURA DE PRECISÃO

OBJETIVOS:
QUALIDADE DAS OPERAÇÕES:

Garantir padrões e níveis mais


elevados de qualidade nas
atividades de campo

GESTÃO DE PROCESSOS:

Gerar informações úteis para


planejamento e gestão
AVANÇOS E TENDÊNCIAS NAS PESQUISAS EM SILVICULTURA
SISTEMAS AGROFLORESTAIS

Você também pode gostar