Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
5
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
2
2018
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
3
138p.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
4
Autores
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.....................................................................................................................7
CAPÍTULO 1: PRINCIPAIS CULTURAS FLORESTAIS...................................................8
1.1 Cultura do eucalipto ......................................................................................................... 16
1.2 Cultura do pinus ................................................................................................................ 20
1.3 Cultura da seringueira ....................................................................................................... 23
1.4 Cultura da acácia negra ..................................................................................................... 26
1.5 Cultura da teca .................................................................................................................. 28
1.6 Cultura do mogno africano ............................................................................................... 31
CAPÍTULO 2- PERDAS POR DOENÇAS EM CULTURAS FLORESTAIS.....................33
CAPÍTULO 3 - CONCEITOS BÁSICOS DE DOENÇA EM PLANTA COM ÊNFASE
EM ESPÉCIES FLORESTAIS.................................................................................................47
3.1 O que é doença? ................................................................................................................ 47
3.2 Fatores que afetam a incidência e severidade de doença .................................................. 51
3.3 Ciclo básico de doença biótica em planta ......................................................................... 59
3.3.1 Disseminação ............................................................................................................. 60
3.3.2 Pré-Infecção ............................................................................................................... 61
3.3.3 Infecção ..................................................................................................................... 62
3.3.4 Reprodução ................................................................................................................ 62
3.3.5 Sobrevivência ............................................................................................................ 63
3.4 Epidemiologia ................................................................................................................... 64
3.4.1 Relação entre ciclo de doença e epidemia ................................................................. 64
3.4.2 Curva de progresso da doença (CPD)........................................................................ 66
CAPÍTULO 4 - MONITORAMENTO DE DOENÇAS E COLETA DE AMOSTRAS
PARA DIAGNOSE.....................................................................................................................68
4.1 Coletadeamostras .............................................................................................................. 70
4.1.1 Oquecoletar? .............................................................................................................. 71
4.1.2 Quandocoletarasamostras? ........................................................................................ 72
4.1.3 Tamanhodaamostra.................................................................................................... 72
4.1.4 Coletaindevidade amostras ........................................................................................ 72
4.1.5 Preparoetransportedasamostras ...................................................................................... 73
4.2 Informaçõesque devemacompanharasamostras................................................................. 74
CAPÍTULO 5 - DIAGNOSE DE DOENÇAS FLORESTAIS................................................78
5.1 Necróticos ......................................................................................................................... 84
5.2 Hiperplásticos ................................................................................................................... 93
5.3 Hipoplásticos .................................................................................................................... 95
5.4 Procedimentos laboratoriais de diagnose de doenças florestais........................................ 98
5.4.1 Diagnose de doenças bacterianas .............................................................................. 98
5.4.2 Diagnose de doenças fúngicas ................................................................................. 104
5.4.3 Detecção e isolamento de fungos e oomicetos do solo ou substrato............................ 107
5.5 Isolamentodefungosfitopatogênicos ............................................................................... 111
5.6 Inoculaçãodefungosfitopatogênicos ................................................................................ 115
5.7 Inoculaçãodebactériasfitopatogênicas............................................................................. 117
CAPÍTULO 6 - PRINCÍPIOS GERAIS DE CONTROLE APLICADOS A DOENÇAS
FLORESTAIS...........................................................................................................................120
6.1 Exclusão .......................................................................................................................... 120
6.1.1 Interceptação............................................................................................................ 120
6.1.2 Eliminação ............................................................................................................... 121
6.1.3 Isolamento ............................................................................................................... 122
6.1.4 Proibição .................................................................................................................. 122
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
6
Apresentação
Tabela 1: Área com florestas nativas e plantadas por continente e produção de madeira
industrial.
Florestas Area Madeira
Cobertura
plantadas plantada/ industrial
Continente Florestal
(milhões cobertura Mm3 em
(milhões ha)
ha) florestal (%) 2012*
Ásia 590,5 128,5 21,8 165,3
Europa 1012,0 83,0 8,2 166,2
América Central
5,8
e do Norte 750,2 43,2 172,0
América do Sul 844,3 17,5 2,0 193,0
Africa 616,3 16,3 2,6 26,2
Oceania 173,4 4,4 2,5 47,5
Total 3986,7 292,7 7,3 770,2
*Produção de madeira industrial a partir de florestas plantadas em 2012 (Fonte: Payn et al., 2015)
Fonte: FAO, 2015; IBGE, 2016 e Payn et al., 2015.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
9
Fonte: http://www.florestal.gov.br/snif/producao-florestal/cadeia-produtiva).
90
78,9
80
70
Florestas plantadas
60
millões(ha)
50
40
30 26,3
19,8
20 15,78 13,73
12 10,2 10,02
6,77 6,12 5,29 4,94 4,86
10 3,98 3,66 3,38 3,04 2,9 2,08 2
0
12000
10023
10000
Florestas plantadas ( (1000 ha)
8000
6000
4000
3044
Figura 4: Área com floresta plantada nos países da América do Sul (Paraguai: 98 mil
ha, Colômbia: 71 mil ha e Equador 55 mil ha).
Espécie florestal
Região
Total
Outras
Eucalipto Pinus
espécies
Rondônia 28.000 2.600 4.800 20.600
Acre - - - -
Amazonas - - - -
Roraima 10.390 - - 10.390
Pará 201.714 154.907 - 46.807
Amapá 221.252 219.545 48 1.659
Tocantins 141.047 134.720 443 5.884
Maranhão 261.616 261.605 - 11
Piauí 36.316 36.316 - -
Ceará 270 7 - 263
Rio Grande do Norte 461 - - 461
Paraíba 6.084 1.040 - 5.044
Pernambuco 1.291 228 - 1.063
Alagoas 11.967 11.337 - 630
Sergipe 3.363 3.335 - 28
Bahia 587.464 586.889 575 -
Minas Gerais 1.880.538 1.839.459 38.933 2.146
Espírito Santo 289.376 287.057 2.047 272
Rio de Janeiro 37.373 36.552 8 813
São Paulo 1.156.303 966.850 186.219 3.234
Paraná 1.635.583 684.382 920.251 30.950
Santa Catarina 1.015.801 341.130 647.322 27.349
Rio Grande do Sul 1.085.318 652.966 265.401 166.951
Mato Grosso do Sul 998.083 993.807 4.276 -
Mato Grosso 266.017 191.995 - 74.022
Goiás 144.049 134.280 8.139 1.630
Distrito Federal 3.400 2.700 700 -
Fonte: IBGE, 2016.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
14
3500,0
3129,9
3000,0
Plantações de eucalipto (1000 ha)
2500,0
2000,0
1678,5
1500,0 1322,8
1000,0 900,8
511,8
500,0
0,0
Sudeste Sul Centro-Oeste Nordeste Norte
da seringueira causada pelo fungo Pseudocercospora ulei (=Microcyclus ulei). Até hoje
a exploração de seringueira na Amazônia é de alto risco (BERGAMIN FILHO et al.,
2011)
No Brasil, a seringueira é cultivada em 17 estados, do Norte ao Paraná. No
Norte, predomina a exploração de seringais nativos. A região sudeste é a maior
produtora nacional, com 67% da produção nacional, o centro-Oeste detém 16%, o
Nordeste com 15%, enquanto que o Norte responde por 2%. Os estados de São Paulo,
Mato Grosso e Bahia são os maiores produtores. A área plantada de seringais no Brasil
é de aproximadamente 229.964 ha e com uma produtividade média de 1370 Kg/ha/ano
(GASPAROTTO et al., 2012). A produção brasileira é inferior a 1% da produção
mundial (GASPAROTTO et al., 2012).
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
25
A borracha natural extraída dos seringais (Figura 14) é utilizada como matéria-
prima para mais de 40.000 produtos. Essa versatilidade de uso é em virtude de sua
elevada resiliência, elasticidade, resistência à abrasão e ao impacto, resistência à ruptura
e menor aquecimento interno por esforço mecânico, características essas que não podem
ser obtidas em polímeros produzidos artificialmente a partir de combustíveis fósseis
(GASPAROTTO et al., 2012).
nitrogênio no solo. Sua madeira é utilizada para a produção de carvão vegetal, celulose,
aglomerados e energia; extração de taninos, principalmente da casca que é utilizada no
processo de curtir pele de animais. Pode ser plantada homogeneamente ou em consórcio
silvipastoril. O plantio de acácia no Brasil é socialmente importante, pois a maioria dos
plantios é feita por pequenos produtores.
A acácia negra pode chegar a 15 m de altura (HIGA et al., 2009). A madeira
apresenta cerne de coloração escura e alburno de coloração mais clara (Figura 15). A
densidade da madeira é de, aproximadamente, 800 kg m-3 (BOLAND et al. 1984). Seu
ciclo é relativamente curto (5 – 10, média de 7 anos) e sua produtividade varia de 10 a
25m3 de madeira/ha/ano e 15 t de casca/ha empregada para a extração de taninos,
(CIfloresta, 2017). É de clima temperado, suporta geadas ocasionais e temperaturas
relativamente altas, em torno de 40°C (Foelkel, 2008). Cresce bem, entre 100 a1000 m
de altitude, exige solos bem drenados, mas cresce bem em solos de baixa fertilidade,
embora seja exigente em fósforo. Desenvolve bem em regiões com índice pluviométrico
entre 800 a 1500 mm bem distribuídos ao longo do ano, ou seja, é uma espécie que se
adapta bem ao sul do país (FOELKEL, 2008).
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
28
Tectona grandis L.f., conhecida popularmente como teca, é uma espécie arbórea
da família Lamiaceae (anteriormente Verbenaceae), que cresce naturalmente na Índia,
Burma, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã e Java. A espécie caracteriza-se por
apresentar tronco retilíneo e conicidade reduzida, a casca possui fissuras superficiais
longitudinais e 1-1,5 cm de espessura o que permite funcionar como termo-isolante
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
29
teca exige clima tropical úmido, com verão chuvoso e inverno seco, índice
pluviométrico anual entre 1.250mm e 2.500 mm, cujo período de seca de três a cinco
meses favorece a qualidade da madeira. O período de seca deve coincidir com de
temperaturas mais baixas; a temperatura média anual deve ser acima de 22°C; é
sensível à geada; o solo deve ser profundo, permeável, com razoável capacidade de
retenção de água e de fertilidade mediana a boa, pH ótimo em torno de 6,5 e 7,5.
Novaes, na UFG, indicam que a base genética desses plantios não é baixa, sendo
comparável ao de florestas nativas de mogno-africano (SOARES, 2014).
doença constitui ainda séria ameaça aos países asiáticos (Tailândia, Indonésia e
Malásia), onde, analogamente ao Brasil, possuem condições de ambiente favoráveis ao
Mal das Folhas, mas ainda estão livres do patógeno. Uma eventual introdução do fungo
no sudeste asiático causaria um caos na indústria mundial, que depende de borracha
natural.
Até 1970, as plantações de eucalipto no Brasil eram consideradas praticamente
livres de doenças e concentradas principalmente nos Estados de São Paulo e Minas
Gerais. Não obstante, com o avanço dos plantios para regiões mais quentes e úmidas,
realizados com mudas oriundas de sementes de E. saligna e E. grandis, na região de
Aracruz – ES, surgiu a enfermidade Cancro do Eucalipto, causada pelo fungo
Chrysoporthe cubensis (= Cryphonectria cubensis) (Figura 4 ), que inviabilizou o
plantio seminal dessas e de outras espécies suscetíveis. Além da morte de árvores, que
ocorre a partir de seis meses até a idade de rotação aos sete anos, o escurecimento da
madeira das árvores afetadas inviabiliza seu emprego para a fabricação de celulose, em
virtude da redução do rendimento depurado e do aumento do consumo de produtos
químicos para o branqueamento da polpa. No entanto, a existência de indivíduos
resistentes estimulou os engenheiros Edgar Campinhos Júnior e Yara Ikemori, da então
Aracruz Florestal, a buscarem alternativas para a multiplicação das plantas resistentes, o
que resultou no desenvolvimento do método de propagação clonal por estaquia, tido
hoje como referência mundial para o controle de doenças florestais.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
38
B C
D E F
F G H
Fonte: Alfenas et al. (2009).
Figura 4: Cancro do eucalipto causado por Chrysoporthecubensis: A - Morte esparsa de
plantas de Eucalyptus saligna no campo; B- Plantas sadia (àesquerda) e
morta (àdireita); C- Morte descendente de cepa em jardim clonal em
função do anelamento; D- Cancro típico sem remoção da casca; E- Cancro
típico (lesão profunda ladeada por calo); F- Intumescimento do tronco e
trincamento da casca no ponto de infecção; G- Cancro na base do tronco
(tipo sapata); H- Planta com cancro que brada pelo vento no ponto de
infecção.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
39
Total de
Material Total de
perdas
Clones vegetal1 perdas (R$)
Viveiro Local (US$)2
afetados
Minicepas
Propágulos Mudas
clonais
01 Bahia 14 29.311 - 625.000 2.563.630,00 1.400.890,71
Espírito 7.344.00
02 07 305.000 6.156.000 28.078.480,00 15.343.431,69
Santo 0
03 Maranhão 01 58.000 - - 4.640.000,00 2.535.519,13
Minas 1.176.79
04 03 62.000 262.719 5.419.168,00 2.961.293,99
Gerais 6
Minas 2.047.89
05 02 99.680 376.336 8.758.903,00 4.786.285,79
Gerais 6
06 Pará 01 - 42.636 73.127 33.268,00 18.179,23
49.493.4
Total 28 553.991 6.837.691 11.266.819 27.045.600,55
49,00
1
Base de cálculo: R$80,00/minicepa; R$0,18/propágulo; R$0,35/muda
2
US$1,00 = R$1,83
Fonte: Alfenas et al., 2009
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
42
A B
C D
Fonte: Alfenas et al., 2009.
Figura 7: Murcha bacteriana e podridão de estacas de eucalipto, causada por Ralstonia
solanacearum: A- Em minicepas clonais; B- Em estacas; C- Em plantas no
campo; D- Exsudação de pus, após o corte de uma árvore com sintoma de
murcha.
Fonte: http://constantine.typepad.com/.a/6a0120a7fc3be9970b0148c71c2c8b970c-pi.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
45
Figura 10: Morte súbita e gomose de carvalho, causada por Phytophthora ramorumna
Califórmia, EUA.
Figura 12: Expansão das florestas plantadas versus a incidência bióticas e abióticas em
culturas florestais.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
47
Fonte:https://www.slideshare.net/marcusmagarinho/3-morfologia-e-fisiologia-vegetal-69694788
Figura 1: Representação esquemática dos processos fisiológicos de uma árvore sadia.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
48
B C E
com a interferência do homem e assim ser representada pelo tetraedro de doença (Figura
7).
• Outros fatores
Práticas culturais, como desrama, podas, transplantio de mudas, aplicação de
defensivos, espaçamento de plantas e má qualidade de mudas e outros como, chuvas
ácidas, matéria orgânica, restos culturais, matocompetição etc., também podem
promover estresses nas plantas contribuindo para a ocorrência de doenças.
3.3.1 Disseminação
3.3.2 Pré-Infecção
3.3.3 Infecção
3.3.4 Reprodução
3.3.5 Sobrevivência
3.4 Epidemiologia
A B
Fonte: Alfenas et al. (2009).
Figura 10: Diagrama do ciclo de doenças numa mesma safra: A- Doença monocíclica,
representando o ciclo primário de doença; B- Doença policíclica,
representando o ciclo secundário de doença, iniciado a partir de infecção
primária.
modelo estatístico depende do tipo de relação entre ciclo de doença e epidemia, bem
como da experiência do pesquisador com estudos epidemiológicos.
A AACPD é a integral entre a intensidade da doença (y) e tempos (t) distintos.
Nesse caso, a curva de progresso é dividida em uma série de trapézios, e a soma destas
áreas fornece o valor da área abaixo da curva de progresso da doença (CAMPBELL e
MADDEN, 1990) (Figura 11B).
A AACPD é estimada pela equação:
∑ [(Y + Y ] x [(t ]
n
AACPD = i i + 1 )/2 i +1 − ti )
i =1
em que:
Yi = proporção ou porcentagem de doença na i-ésima observação;
As perguntas mais frequentes nesta etapa dizem respeito: o que, como, quando e
quanto coletar. As respostas a esses questionamentos podem variar muito e, por esse
motivo, normalmente uma consulta prévia a um especialista é necessária para otimizar a
amostragem. Independentemente do tipo de doença, normalmente são requeridos
ferramentas e instrumentos para realizar a coleta e as anotações:
a) Máquina fotográfica de boa resolução, munida de lente “close up” para se obter
detalhe da lesão;
d) Sacos de papel.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
71
e) Etiquetas de plástico.
f) Pá e enxadão.
m) Ficha de encaminhamento.
a) Para plantas de pequeno porte, sempre que possível colete a planta inteira e realize
uma amostragem adicional do solo rizosférico. No caso de mudas no viveiro, a planta
pode ser mantida no próprio recipiente de produção e encaminhada para análise.
As amostras devem ser coletadas assim que a doença for observada. Tratando-se
de órgãos tenros, evite a coleta nas horas mais quentes do dia para reduzir a perda
excessiva de água dos tecidos.
4.1.3 Tamanhodaamostra
a) Ramos, folhas e, ou, raízes finas para exame imediato: a amostra deverá ser
acondicionada, preferencialmente, em sacos de papel, de modo a evitar a formação de
câmara úmida (alta umidade dentro do recipiente, comumente formada pelo uso de
saco plástico). Para preservar ao máximo as características do material coletado, a
amostra deve ser acondicionada em saco de papel envolvido por um saco plástico e,
em seguida, colocado numa caixa de isopor, contendo gelo seco misturado com
pedaços de jornal, a fim de manter a temperatura baixa durante o transporte até o
laboratório. A caixa de isopor deve ser hermeticamente fechada, com fita adesiva ou
similar.
b) Ramos, folhas e, ou, raízes finas para exame posterior: aconselha-se, nesta situação,
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
74
Tabela 1: Exemplo de uma ficha de encaminhamento junto com as amostras para diagnose de
doenças ocorrendo no viveiro, utilizada pela Clonar Resistência a Doenças Florestais e no
laboratório de Patologia Florestal da Universidade Federal de Viçosa.
Coleta de amostras em viveiro
Interessado
Nome:_____________________________________ Empresa:____________________________________
Endereço:_______________________________________ Cidade:_______________________
UF:_______ CEP:___________-_____ E-mail:______________________________________
Telefone:___________________________________ Fax:________________________________________
Amostra
Área de coleta no viveiro:_______________________________ Minicepa Miniestaca
Muda Substrato
Data de coleta:____/____/____ Espécie:_______________________ Clone___________________
Responsável pela coleta:_________________________________________ Função:___________________
Sintomas observados
Nas folhas:__________________________________ No caule:____________________________________
Nas raízes:__________________________________ No coleto:___________________________________
Sinais observados
Nas folhas:__________________________________ No caule:___________________________________
Nas raízes:__________________________________ No coleto:___________________________________
Distribuição da doença
Ao acaso Uniforme Em reboleira
Evolução dos sintomas
Lenta Moderada Rápida Tempo estimado (dias):____________________
Incidência ou severidade
Incidência Severidade Intensidade (%)_____________________________________
Outras informações
Substrato de enraizamento:_________________________________________ Proporção:___:___:___
Manejo da irrigação:________________________________________________________________________
Adubações/fertilizações:_____________________________________________________________________
Regime de coleta de brotações Seletiva Contínua Seletiva e contínua
Intensidade de coleta de brotações:______________________ Tipo de minijardim:_____________________
Densidade de plantas/bandeja:_________________________ Ocupação (%):_________________________
Condições climáticas uma semana antes da coleta de amostras
Temperatura Média:________________ Mínima:_______________ Máxima:______________
Precipitação Média:________________ Mínima:_______________ Máxima:______________
Condições de iluminação:____________________________________________________
Observações
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
___________________________________________
* As informações devem ser preenchidas de acordo com o local de ocorrência da doença.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
77
Tabela 2: Exemplo de uma ficha de encaminhamento junto com as amostras para diagnose de
doenças ocorrendo no campo, utilizada pela Clonar Resistência a Doenças Florestais
e no laboratório de Patologia Florestal da Universidade Federal de Viçosa.
Diagnosticar uma doença significa identificar o seu agente causal, o que constitui o
primeiro passo para determinar as estratégias de manejo ou controle da doença a fim de evitar
ou reduzir perdas. Portanto, neste capítulo vamos estudar os principais métodos empregados
na diagnose de doenças em culturas florestais. Todavia, antes de tudo, é necessário diferenciar
uma planta sadia de uma planta doente. É importante também conhecer as características
naturais das plantas. Por exemplo, algumas espécies de árvores são caducifólias, ou seja,
perdem as folhas no inverno (Figura 1 A), outras soltam a casca (Figura 1 B) ou sofrem
desrama natural (Figura 1 C) e podem ser confundidas com doença.
Tipos de sintomas
5.1 Necróticos
Cancro: lesão profunda localizada no caule ou nos ramos, delimitada por calos
marginais e geralmente acompanhada por trincamento de casca. Exemplos: cancro do
eucalipto causado por Chrysoporthe cubensis (Figura 6 D) e por Erythricium salmonicolor,
entre outros.
B
Fonte: Figura A: Google Imagens (“Blue stain fungi”).
Figura 7: Sintomas necróticos: A- Azulamento da madeira de pinus, causado por “blue stain
fungi”; B- Escurecimento do lenho de árvores vivas causado por fungos e
bactérias fitopatogênicas.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
88
Mancha: área necrótica nas folhas, nos frutos e nos ramos. Exemplos: manchas foliares
em eucalipto causadas por Calonectria spp. Rhizoctonia spp., Teratosphaeria nubilosa,
Kirramyces spp.e Coniella eucalyptorum (= Pilidiella eucalyptorum)etc. (Figura 8 A), entre
outros.
Pústula: sintoma típico das ferrugens, caracterizado pela elevação da epiderme que se
rompe por força da produção de esporos. Exemplo: pústulas da ferrugem do eucalipto causada
por Austropuccinia psidii (Figura 9 C).
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
91
Seca: secamento e morte da planta ou de regiões de sua parte área. Exemplos: seca de
árvores de mangueira (Mangifera indica), cacaueiro (Theobroma cacao) e eucalipto causada
por Ceratocystis sp., por problemas de malformação do sistema radicular ou por baixa
tolerância de genótipos a períodos de défice hídrico ou geada (Figura 9 F).
5.2 Hiperplásticos
5.3Hipoplásticos
Para saber se uma doença é causada por bactéria, a primeira coisa a ser feita é efetuar o
teste de exsudação em gota (Figura 1 4 A). Para isso, fragmentos (4 x 5 mm), contendo parte
do tecido lesionado são depositados sobre uma lâmina contendo uma gota de água. A seguir,
eles são recobertos com uma lamínula e observados ao microscópio óptico no aumento de 100
x (objetiva e ocular de 10 x), com o diafragma fechado e o condensador abaixado. Havendo
infecção bacteriana, em poucos segundos haverá exsudação de pus na forma de nuvem
contínua, a partir das margens dos fragmentos (Figura 14 A).
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
99
Figura 14: Teste de exsudação para identificar se a doença é de causa bacteriana. A – Teste
de exsudação de tecidos foliares. B – Teste de exsudação em tecidos caulinares.
antígeno-anticorpo, que oferece resultados seguros e imediatos (Figura 15). Para isso, pequenos
fragmentos de tecido do caule supostamente infectado são depositados em um frasco apropriado,
contendo tampão de extração e esferas metálicas (“beads”) que são agitados por cerca de 30 s e a
seguir uma gota da suspensão é aplicada no orifício da placa. Após 3 a 10 min, os resultados
podem ser observados. Se for positivo, haverá a formação de duas bandas (Figura 15) (MAFIA et
al., 2016).
3-10 minutos
As bactérias isoladas podem ser identificadas por meio de PCR, mediante o uso de
primers específicos (Figura 17) e, ou sequenciamento de regiões gênicas 16S (Figura 18).
Para Erwinia psidii, podem-se utilizar os primers EP2L/EP2R e Ep6F/Ep6R, para Ralstonia
solanacearum o par de primers759/760 e para Xanthomonas axonopodis os primers
XrpoD1R/ XrpoD1F, XfyuA1R/ XfyuA1F e XdnaK1R/ XdnaK1F.
Figura 17: Reações de PCR utilizando primers específicos para Erwinia psidii Ep 2L/2R. M:
marcador molecular de 1 Kb Plus; 1: produto de PCR a partir de DNA extraído de
um isolado de E. psidii causando murcha e seca de ponteiros em eucalipto; 2:
Controle positivo a partir de DNA extraído de E. psidii;3: Controle negativo com
DNA extraído de um isolado de R. solanacearum obtido de eucalipto.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
104
Figura 19: Observação de estrutura reprodutivas nos fungos (sinais) sobre os tecidos doentes
em microscópio estereoscópico.
Quando não houver estruturas fúngicas sobre os tecidos doentes, podem-se incubar as
amostras em câmara úmida por 24-48 h para induzir a esporulação. A câmara úmida pode ser
constituída de uma placa de Petri contendo ágar-água (Figura 20 A e B) ou de uma caixa
gerbox, contendo papel filtro no fundo umedecido com água autoclavada (Figura 20 C). As
amostras podem ser incubadas em ambiente de laboratório a 25 ºC (± 5 ºC), sob fotoperíodo
de 12 h, e devem ser examinadas diariamente em microscópio estereoscópico para
visualização de possíveis estruturas fúngicas e isolamento direto em meio de batata-dextrose-
ágar (BDA). Caso não haja esporulação, pode-se realizar o isolamento indireto, conforme
previamente descrito (ALFENAS et al., 2009).
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
106
5.6 Inoculaçãodefungosfitopatogênicos
Bactérias que causam murcha em plantas podem ser inoculadas nas raízes “insitu” ou
em raízes lavadas. No primeiro caso, o inóculo é adicionado ao substrato no qual a planta está
se desenvolvendo; no segundo caso, a inoculação é realizada antes do replantio das mudas. Em
ambos os métodos, secciona-se parte do sistema radicular para possibilitar a penetração das
células bacterianas pelos ferimentos (Figura 31).
Outros métodos de inoculação ainda incluem a utilização de abrasivos, inoculação de
folhas com tesoura, inoculação por picada ou por pressão, seccionamento da parte aérea ou
do pecíolo, inoculação com palito de madeira pontiagudo ou “palito de dente”, via hidatódios
ou, ainda, infestação do solo. Para mais detalhes ver Mafia et al. (2016).
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
119
Figura 31: Diferentes métodos de inoculação de bactérias que causam murcha, tais como Ralstonia
solanacearum.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
120
Controle é o objetivo final do estudo de qualquer doença, para evitar prejuízos advindos da
incidência de fitopatógenos. Visando sistematizar as medidas de controle de doença em planta,
Whetzel (1929) agrupou-as em quatro princípios fundamentais: exclusão, erradicação, proteção e
imunização. Com a descoberta de outros métodos de controle, mais tarde surgiram os princípios da
terapia, regulação e escape ou evasão (Kimati e Bergamim Filho, 1995). Os métodos de controle
atualmente utilizados baseiam-se num dos seguintes princípios:
6.1 Exclusão
Visa impedir a entrada do patógeno e seu estabelecimento em determinada área, que pode ser
de extensão limitada desde uma sementeira, casa de enraizamento ou viveiro, bem como de maior
extensão como um município, estado, país ou continente. As medidas baseadas neste princípio
visam quebrar o ciclo da doença na fase de disseminação. Portanto, a sua eficácia depende da
capacidade de dispersão do patógeno e da distância da fonte de inóculo à nova área onde se deseja
evitar a entrada do patógeno. Todas as medidas de exclusão, interceptação, eliminação, isolamento,
proibição e emprego de material livre de patógeno, descritas a seguir, visam eliminar o inóculo
inicial.
6.1.1 Interceptação
Visa impedir o trânsito livre de plantas, de suas partes ou seus produtos. É feita pelas
inspetorias fitossanitárias e alfandegárias. Atualmente, como efeitos da globalização e da facilidade
dos meios de transporte e trânsito internacional, esta medida torna-se cada vez menos eficaz. No
entanto, para aumentar sua eficiência, o serviço de quarentena e inspeção fitossanitária da Austrália
e de outros países usam, por exemplo, cães farejadores (Figura 1) para detecção de animais e
vegetais na bagagem dos passageiros de vôos internacionais.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
121
Fonte:http://www.pbcrc.com.au/news/pbcrc/improving-biosecurity-practices-cambodia-laos-and-thailand
6.1.2 Eliminação
Consiste em eliminar o patógeno do material a ser introduzido, por meio de podas de porções
doentes da planta (cirurgia), tratamento químico (fungicidas) ou físico (termoterapia), bem como a
higienização de máquinas e implementos agrícolas. O uso de calor (termoterapia) é baseado no
conhecimento da temperatura letal ao patógeno e inócuo à planta. Exemplo: evitar a entrada do
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
122
patógeno numa área ou casa de enraizamento onde este ainda não exista, por meio das seguintes
práticas:
a) Eliminação de brotações infectadas de eucalipto, empregadas para produção de estacas ou
miniestacas.
b) Eliminação de inóculo de patógenos em substrato de enraizamento.
c) Eliminação de patógenos de sementes importadas.
6.1.3 Isolamento
6.1.4 Proibição
Consiste na criação de leis que proíbem o ingresso de materiais vegetais no país, para impedir
a entrada de determinada doença. Exemplos:
a) Até a década de 1970, proibia-se a entrada de quaisquer plantas da família Rubiaceae, vindas da
Ásia e África, para impedir a entrada da ferrugem do cafeeiro no Brasil.
b) Até a década de 1990, proibia-se a entrada de Theobroma spp. (cacau e cupuaçu) da Amazônia
para a Bahia para evitar a introdução da doença vassoura de bruxa causada por Moniliophthora
perniciosa (= Crinipellis perniciosa).
c) Até alguns anos atrás, era proibida a entrada livre de plantas cítricas do Estado de São Paulo para
Minas Gerais, com o objetivo de evitar a introdução do cancro cítrico. No entanto, atualmente a
doença já se encontra em Minas Gerais.
6.2 Erradicação
a) Cancro cítrico na Flórida – (Xanthomonas axonopodis pv. citri): o governo americano decretou a
queima de todas as plantas cítricas do Golfo do México (Figura 3) e proibiu o estabelecimento
desta cultura na região, por vários anos. A doença foi erradicada, mas anos depois se instalou
novamente com a onda de furacões nos EUA.
b) Ferrugem do cafeeiro – (Hemileia vastatrix): nos anos de 1970, o governo brasileiro decretou o
arranquio e a destruição de plantas de café, visando à erradicação da ferrugem, recém-
introduzida no país; entretanto, a doença disseminou rapidamente pelo Brasil inteiro
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
124
A B
C
Fonte: Plant Health Progress article: Citrus Canker: The Pathogen and Its Impact.
Figura 3: Erradicação do cancro cítrico na Flórida. A – Arranquio de plantas de citrus infectadas
com a bactéria. B - Pilha de árvores de citrus sendo queimadas na tentativa de erradicar a
bactéria dos USA. C- Eliminação de plantas de citrus em áreas residenciais.
A erradicação pode ser feita por meio das seguintes medidas: remoção, cultivo, desinfestação,
rotação de culturas e eliminação de restos culturais, conforme descrito a seguir:
6.2.1 Remoção
6.2.2 Cultivo
Compreende as operações que visam erradicar o patógeno por tratamento mecânico do solo,
como a aradura profunda, expondo as estruturas do patógeno à ação dos raios solares, que as matam
por dessecação, de modo a reduzir o inóculo inicial. Pode ser efetivo para nematoides e bactérias.
6.2.3 Desinfestação
a) Lavagem e desinfestação de bandejas, tubetes em água quente (70 ºC/min ou 80 ºC/30 s), para
produção de mudas de eucalipto.
c) Desinfestação de tesouras de poda com hipoclorito de sódio ou água quente (70 ºC/min ou 80
ºC/30 s).
Eliminação de restos culturais (plantas, substratos etc.) onde os patógenos podem sobreviver e
multiplicar. Por exemplo, eliminação de restos culturais após a saída de mudas da casa de
enraizamento.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
126
6.3 Proteção
6.3.1 Química
6.3.2 Biológica
Diz respeito à proteção direta da planta por agentes de controle biológico (antagonistas) que
atuam contra a germinação ou penetração do patógeno. Esses antagonistas podem agir por
6.3.3 Física
Adição de cobertura ao solo, a exemplo de plástico ou cobertura morta, como uma barreira
contra respingos de água de irrigação ou chuva, contendo inóculo do patógeno. Exemplo: aplicação
de cobertura morta (casca de arroz, grama seca, acícula de pinus seca etc.) em jardim clonal de
eucalipto para evitar a disseminação de inóculo de patógenos em brotações, visando ao controle da
podridão de estacas na fase de enraizamento.
6.4 Imunização
Figura 5: Planta suscetível (esquerda) e planta resistente (à direita) à ferrugem, causada por
Austropucccinia psidii (= Puccinia psidii).
6.6 Terapia
Consiste na remoção de tecidos infectados da planta. É válido para doenças com sintomas
localizados (não sistêmicos). Exemplos:
a) Cirurgia em árvores ornamentais para conter a invasão de fungos apodrecedores no lenho (Figura
6).
b) Poda em seringueira para o controle da rubelose (doença rosada, causada por Erythricium
salmonicolor).
Figura 6: Cirurgia em galhos com sintoma de doença de modo a evitar que a doença se espalhe na
planta.
6.6.2 Quimioterapia
6.6.3 Termoterapia
Atualmente não há exemplos de sua aplicação contra doenças de eucalipto, mas pode ser
empregada em patossistemas agronômicos. Consiste no tratamento da planta ou de suas partes com
temperaturas letais ao patógeno e inócuas à planta. Exemplos:
a) Tratamento térmico (50 °C/30 min) de mudas de abacaxi para o controle da fusariose(Fusarium
subglutinans).
b) Tratamento térmico (52 °C/30 min) de toletes de cana para o controle da bactéria que causa o
raquitismo da soqueira (Leifsonia xyli subsp. xyli).
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
131
c) Tratamento térmico de botões de rosa a 50 ºC/30 s para o controle de mofo cinzento (Botrytis
cinerea).
Consiste em fazer com que a planta suscetível escape à infecção, por meio de: escape pelo
local ou região de plantio, escape pela época de plantio e escape pela precocidade do material
vegetal.
Tabela 1: Princípios e medidas de controle e sua ação sobre o patógeno, hospedeiro e ambiente, e
os componentes epidemiológicos: inóculo inicial (y0), taxa de progresso da doença (r) e tempo de
exposição da cultura ao patógeno (t), levando em consideração o local de interferência no ciclo da
doença
Local de ação
Taxa de Tempo (t) Local de
Inóculo
Princípio Medida progresso de exposição interferência no
Patógeno Hospedeiro Ambiente inicial
da doença da cultura ciclo da doença
(y0)
(r) ao patógeno
Interceptação X X
Eliminação X X
Isolamento X X
Proibição X X
Exclusão Disseminação
Emprego de
material livre de X X
patógeno
(indexação)
Remoção X X1 X
Cultivo X X
Desinfestação X X
Erradicação Sobrevivência
Rotação de cultura X X
Eliminação de X X
restos culturais
Química X X Germinação e
Proteção Biológica X X X X penetração
Física X X Disseminação
Genética X X X
Infecção ou
Imunização Química X X
colonização
Biológica X X X
Manejo do Infecção ou
Regulação X X X
ambiente colonização
Cirurgia ou poda X X
Infecção ou
Terapia Quimioterapia X X
colonização
Termoterapia X X
Pelo local X X Inoculação ou
Escape ou
Pela época X X deposição do
evasão
Pela precocidade X X inóculo
1
Considerando o sistema contínuo de produção de mudas.
Fonte: Adaptado de Zadoks e Schein (1979) e de Kimati e Bergamin Filho (1995).
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
133
Referências Bibliográficas
Agrios, G.N. Plant pathology. 5. ed. New York: Elsevier Academic Press, 2005. 947 p.
Alfenas, A.C.; Ferreira, F.A.; Alfenas, R.F. Inoculação de fungos fitopatogênicos. In: Métodos em
Fitopatologia.2 ed.Viçosa : Editora UFV, 2016b, p. 123-144.
Alfenas, A.C.; Ferreira, F.A.; Mafia, R.G.; Gonçalves, R.C. Isolamento de fungos fitopatogênicos.
In: Métodos em Fitopatologia.2 ed.Viçosa: Editora UFV, 2016a, p. 55-93.
Alfenas, A.C.; Mafia, R.G. Métodos em Fitopatologia, 2ª edição, Editora UFV, Viçosa, MG. 2016.
524p.
Alfenas, A.C.; Zauza, E.A.V.; Mafia, R.G.; Assis, T.F. Clonagem e doenças do eucalipto. 2ª edição,
Editora UFV, Viçosa, MG. 2009, 500p.
Alfenas, R.F.; Freitas, R.G.; Pereira, O.L.; Coutinho, M.M.; Zarpelon, T.G.; Cândido, T.S.; Alfenas,
A.C. Screening of Corymbia and Eucalyptus species for resistance to Calonectria pteridis leaf
blight. For. Path., 46: 76–81, 2016.
Amorim, L. Disseminação. In: Bergamin-Filho, A.; Kimati, H.; Amorim, L (Eds.). Manual de
fitopatologia, 3. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1995. 919 p.
Bedendo, I.P.; Amorim, L. Ambiente e doença. In: Amorim, L.; Rezende, J.A.M.; Bergamin Filho,
A. Manual de Fitopatologia. 4 ed, Piracicaba: Agronômica Ceres, 2011, p. 133-147.
Bergamin Filho, A.; Amorim, L. Doenças de plantas tropicais: epidemiologia e controle econômico.
São Paulo: Agronômica Ceres, 1996. 299 p.
Bergamin Filho, A.; Amorim, L.; Rezende, J.A.M. Importância das doenças de plantas. In:
Amorim, L.; Rezende, J.A.M.; Bergamin Filho, A. Manual de Fitopatologia. 4 ed, Piracicaba:
Agronômica Ceres, 2011, p. 19-36.
Buschbell T., Hoffmann G.M. The effects of different nitrogen regimes on the epidemiologic
development of pathogens on winter-wheat and their control. Journal of Plant Diseases and
Protection, 99: 381–403, 1992.
Camargo, L.E.A. Genética da interação patógeno-hospedeiro. In: Amorim, L.; Rezende, J.A.M.;
Bergamin Filho, A. Manual de Fitopatologia. 4 ed, Piracicaba: Agronômica Ceres, 2011, p. 119-
132.
Campbell, C.L.; Madden, L.V. Introduction to plant disease epidemiology. Edited by J. W. Sons,
New York: 1990. 532p.
Carnegie, A.J; Ades, P.K. Added phosphorus is associated with reduced severity of Mycosphaerella
cryptica in Eucalyptus globulus. Australian Forestry 30: 203-208, 2001.
Domiciano, G.P.; Rodrigues, F.A.; Moreira, W.R.; Oliveira, H.V.; Vale, F.X.R.; Filha, M.S.X.
Silício no progresso da mancha marrom na folha bandeira do trigo. Tropical Plant Pathology, 35:
186-189, 2010.
FAO 2016. Global Forest Resources Assessment 2015 How are the world’s forests changing?
Second edition (http://www.fao.org/3/a-i4793e.pdf).
Ferreira, F.A. Patologia florestal: principais doenças florestais no Brasil. SIF. 1989. 570p.
Flores, T.B.; Alvares, C.A.; Souza, V.C.; Stape, J.L. Eucalyptus no Brasil: zoneamento climático e
guia para identificação. Piracicaba: IPEF. 2016. 448p.
Fonseca, S.M. Da; Resende, M.D.V. De; Alfenas, A.C.; Guimarães, L.M. Da S.; Assis, T.F. De;
Grattpaglia, D. Manual prático de melhoramento genético do eucalipto. Viçosa: UFV, 2010. 200p.
Fromm, J. Wood formation of trees in relation to potassium and calcium nutrition. Tree Physiol, 30:
1140-1147, 2010.
Gasparotto, L.; Pereira, J.C.R.; Furtado, E.L. Seringueira. In: Gasparotto, L.; Pereira, J.C.R.
Doenças da seringueira no Brasil. 2 ed, Brasília, DF: Embrapa, 2012, p. 17-26.
Gonçalves, J.L.M.; Wichert, M.C.P.; Gava, J.L.; Serrano; M.I.P. Soil fertility and growth of
Eucalyptus grandis in Brazil under different residue management practices. In: Nambiar, E.K.
(Ed.). Site Management and Productivity in Tropical Plantation Forests. Bogor: CIFOR, 2008. p.
51-62.
Hardy Gest, J.; Barrett, S.; Shearer, B.L. The future of phosphite as a fungicide to control the
soilborne plant pathogen Phytophthora cinnamomi in natural ecosystems. Australasian Plant
Pathology, 30:133-139, 2001.
Herlihy, M. and Croll, P. J. Effects of N. P and K and their interactions on yield, tuber hlight and
quality of potatoes. .I. Sci. Food and Aqric. 20. 5 13-5 17, 1969.
Higa, R.C.V.; Wrege, M.S.; Mochiutti, S.; Mora, A.L.;Higa, A.R.; Simon, A.A.Acácia negra. In:
Monteiro, J.E.B.A. (Org.). Agrometeorologia dos cultivos: o fator meteorológico na produção
agrícola. Brasília, DF: Instituto Nacional de Meteorologia, 2009. p. 313-319.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
135
Holub, E.B.; Cooper, A. Matrix, reinvention in plants: how genetic is unveiling secrets of non-host
disease resistance. Trends in Plant Science, 9: 211-214, 2004.
Huber, D.M.; Graham, R.D. The role of nutrition in crop resistance and tolerance to diseases. In:
Rengel Z (ed) Mineral nutrition of crops: fundamental mechanisms and implications. New York:
Food Products Press: 169-206, 1999.
Jackson, B.; Colquhoun, H. Action of the fungicide phosphite on Eucalyptus marginata inoculated
with Phytophthora cinnamomi. Plant Pathology, 49 (1):147-154, 2000.
Jensen, B.; Munk, L. Nitrogen-induced changes in colony density and spore production of Erysiphe
graminis f.sp. hordei onscdlings of six spring harley cultivars. Plant Pathol,.46. 191-202, 1997.
Kimati, H.; Bergamin Filho, A. Princípios gerais de controle. In: Bergamin Filho, A.; Kimati, H.;
Amorim, L. (Eds.). Manual de fitopatologia - Princípios e conceitos. 3. ed. São Paulo: Agronômica
Ceres, 1995. p. 692-709.
Kranz, J. Epidemics of plant diseases mathematical analysis and modeling. New York: Springer,
1974. 170 p.
Lea, P.J.; Azevedo, R.A. Nitrogen use efficiency. 1. Uptake of nitrogen from the soil. Annals of
Applied Biology, 149, 243–247, 2006.
Liberato, J.R.; Ventura, J.A.; Costa, H. Instruções básicas para coleta e envio de material para
exame fitopatológico. Campos dos Goitacazes, RJ: UENF, 1996. (Boletim Técnico).
Mafia, R.G.; Zauza, E.Â.V.; Alfenas, A.C.; Candido, T.S. Princípios básicos da fotografia técnica,
fotomicrografia e micrometria óptica. In: Métodos em Fitopatologia.2 ed.Viçosa: Editora UFV,
2016, v.1, p. 187-206.
Manual de Cultivo da Teca. Cáceres- MT. Versão eletrônica disponível em: 2006. Disponível em:
http://www.caceresflorestal.com.br/Manual_do_cultivo_da_teca-Caceres_Florestal.pdf. 2016.
Marschner, H. Mineral nutrition of higher plants. 2° ed. Academic Press, San Diego, CA, USA.
1995.
May-De-Mio, L.L.; Tutida, I.; Motta, A.C.V.; Dolinski, M.A.; Serrat, B.M.; Monteguti, D. Doses
de aplicação de nitrogênio e potássio em relação à podridão parda e sarna em ameixeira 'Reubennel'
na região de Araucária, Paraná. Tropical Plant Pathology 33:35-40, 2008.
Nemestothy, G.S.; Guest, D.I. Phytoalexin accumulation, phenylalanine ammonia lyase activity and
ethylene biosynthesis in fosetyl-Al treated resistant and susceptible tobacco cultivars infected with
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
136
Phytophthora nicotianae var. nicotianae. Physiological and Molecular Plant Pathology, 37:207-
219, 1990.
Olesen, J.E.; Jorgensen, L.N.; Petersen, J.; Mortensen J.V. Effects of rate and timing of nitrogen
fertilizer on disease control by fungicides in winter wheat. 1. Grain yield and foliar disease control.
Journal of Agricultural Science, Cambridge, 140, 2003, p.1–13.
Passos, C.A.M.; Gonçalves, M.R.; Peres Filho, O.; Miyakawa, Y.M. Crescimento inicial de Teca -
Tectona grandis, em diferentes espaçamentos no município de Cáceres, Estado do Mato Grosso. In:
Simpósio Internacional Sobre Ecossistemas Florestais, 6. 2000, Porto Seguro. Anais... Rio de
Janeiro: Biosfera, 2000. p. 84-87.
Payn, T.; Carnus, J.M.; Freer-Smith, P.; Kimberley, M.; Kollert, W.; Liu ShiRong; Orazio, C.;
Rodriguez, L.; Silva, L.N.; Wingfield, M.J. Changes in planted forests and future global
implications. Forest Ecology and Management, 352:57-67, 2015.
Perrenoud, S. Potassium and Plant Health. 2nd edn. Bern, Switzerland: International Potash
Institute. 1990.
Pilbeam, R.; Howard, K.; Shearer, B.; Hardy, G. Phosphite stimulated histological responses of
Eucalyptus marginata to infection by Phytophthora cinnamomi. Trees - Structure and Function,
25:1121-1131, 2011.
Pinho, D.B.;; Machado, A.R.; Firmino, A.L. Princípios e Métodos para Identificação Molecular de
Fungos. In: Alfenas, AC; Mafia, RG. Métodos em Fitopatologia.2 ed. Viçosa: Editora UFV, 2016,
v.1, p. 389-421.
Pozza, A.A.A.; Prieto Martinez, H.E.; Caixeta, S.L.; Cardoso, A.A.; Zambolim, L.; Pozza, E.A.
Influência da nutrição mineral na intensidade da mancha-de-olho-pardo em mudas de cafeeiro.
Pesquisa Agropecuária Brasileira, 36: 53-60, 2001.
Prabhu, A.S.; Fageria, N.K.; Huber, D.M. Potassium nutrition and plant diseases. In: Datnoff, L.E.;
Elmer, W.H.; Huber, D.M. (eds) Mineral Nutrition and Plant Disease. The American
Phytopathological Society Press, Saint Paul. 2007.
Resende, S.R.; Rodrigues, F.A.; Cavatte, P.C.; Martins, S.C.V.; Moreira, R.M.; Chaves, A.R.M.;
DaMatta, F.M. Leaf gas exchange and oxidative stress in sorghum plants supplied with silicon
and infected by Colletotrichum sublineolum. Phytopathology 102: 892–898, 2012.
Rezende, J.A.M.; Massola Jr., N.S.; Bedendo, I. P.; Krugner, T. Conceito de doença, sintomatologia
e diagnose. In: Amorim, L.; Rezende, J.A.M.; Bergamin Filho, A. Manual de Fitopatologia. 4 ed,
Piracicaba: Agronômica Ceres, 2011, p. 37-58.
Robert, C.; Bancal, M.-O.; Lannou, C. Wheat leaf rust uredospore production on adult plants:
influence of leaf nitrogen content and Septoria tritici blotch. Phytopathology, 94: 712–721, 2004.
Romeiro, R.S. Métodos em bacteriologia de plantas. Viçosa, MG: Editora UFV, 2001. 279 p.
Rondon Neto, R.M.; Macedo, R.L.G.; Tsukamoto Filho, A.A. Formação de povoamentos florestais
com Tectona grandis L. f (Teca). Boletim Técnico-Série Extensão, 7: 1–29, 1998.
Sampaio, A.J. Teca da Índia e a do Brasil. Revista Floresta. Rio de Janeiro, I (9), 1930, p. 7-10.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
137
Saur, E.; Nambiar, E.K.; Fife, D.N. Foliar nutrient retranslocation in Eucalyptus globulus. Tree
Physiol, 20 (16):1105-1112, 2000.
Shearer, B.L.; Fairman, R.G.; Grant, M.J. Effective concentration of phosphite in controlling
Phytophthora cinnamomi following stem injection of Banksia species and Eucalyptus marginata.
Forest Pathology, 36 (2):119-135, 2006.
Shimizu, J.Y.; Klein, H.; Oliveira, J.R.V. Diagnóstico das plantações florestais em Mato Grosso.
Cuiabá: Central de Texto, 2007.
Silva, A. C., Resende, M.L.V., de Souza, P.E., Silva, N.C.N., Silva, M.B.;Vitorino, L.R.R. Coffee-
leaf extract and phosphites on the curative control of powdery mildew in eucalyptus mini-stumps.
For. Path., 43: 297–305, 2013.
Silva, A.C., Resende, M.L.V., de Souza, P.E., Pôssa, K.F.; Silva Júnior, M.B. Extrato vegetal,
fosfito e sulfato de zinco no controle do oídio em eucalipto. Revista Ciência Agronômica, 47: 93-
100, 2016.
Silva, A.C.; Cândido, T.S.; Sales, N.L.P.; Harrington, T.C.; Alfenas, A.C. First report of
Ceratocystis wilt caused by Ceratocysits fimbriata on Caryocar brasiliense trees in Brazil. Plant
Disease, 101: 1822, 2017.
Silva, A.G.; Machado, P.S.; Barros, N.F.; Fonseca, S.; Alfenas, A.C. Severity of leaf blight of
eucalypt cuttings caused by Xanthomonas axonopodis, under different levels of nutrientes. Forest
Pathology, 2018 (in press).
Simon, M.R.; Cordo, C.A.; Perello, A.E.; Struik P.C. Influence of nitrogen supply on the
susceptibility of wheat to Septoria tritici. Journal of Phytopathology, 151: 283–289, 2003.
Singh, A. Protection against fungal attack by fertilizers. Fert. Abstr. 11, 2, ref. 462, 1978
Stape, J.L.; Binkley D.; Ryan, M.G.; Fonseca S.; Loos, R.A. et al. 2010. The Brazil Eucalyptus
Potential Productivity Project: Influence of water, nutrients and stand uniformity on wood
production. Forest Ecology and Management, 259: 1684-1694, 2010.
Steimetz, E.; Trouvelot, S.; Gindro, K.; Bordier, A.; Poinssot, B.; Adrian, M.; Daire, X. Influence of
leaf age on induced resistance in grapevine against Plasmopara viticola. Physiological and
Molecular Plant Pathology 79: 89-96, 2012.
Steimetz, E.; Trouvelot, S.; Gindro, K.; Bordier, A.; Poinssot, B.; Adrian, M.; Daire, X. Influence of
leaf age on induced resistance in grapevine against Plasmopara viticola. Physiological and
Molecular Plant Pathology, 79: 89-96, 2012.
Suddaby, T.; Alhussaen, K.; Daniel, R.; Guest, D. Phosphonate alters the defence responses of
Lambertia species challenged by Phytophthora cinnamomi. Australian Journal of Botany, 56
(6):550-556, 2008.
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS EM ESSÊNCIAS FLORESTAIS
138
Talukder, Z.I.; McDonald, A.J.S.; Price, A.H. Loci controlling partial resistance to rice blast do not
show marked QTL _ environment interaction when plant nitrogen status alters disease severity.
New Phytologist, 168: 455–464, 2005.
Turnbull, J.W; Midgley, S.J.; Cossalter, C. Tropical acacias planted in Asia: an overview. In: recent
development in acacia planting: proceedings of a international workshop held in Hanoi, Vietnam,
1997. Canberra: ACIAR, 1998.383 p. (ACIAR Proceedings, 82)
Vance, C.P.; Uhde-Stone, C.; Allan, D.L. Phosphorus acquisition and use: critical adaptations by
plants for securing a nonrenewable resource. New Phytologist 157:423–447, 2003.
Vanderplank, J.E. Plant diseases: epidemics and control. New York: Academic Press, 1963. 349 p.
Walters, D.R.; Bingham, I.J. Influence of nutrition on disease development caused by fungal
pathogens: implications for plant disease control. Ann Appl Biol., 151: 307-324, 2007.
Wang, M.; Zheng, Q.; Shen, Q.; Guo, S. The Critical Role of Potassium in Plant Stress Response.
Int. J. Mol. Sci. 14: 7370-7390, 2013.
Wilkinson, C.J.; Holmes, J.M.; Dell, B.; Tynan, K.M.; McComb, J.A.; Shearer, B.L.; Colquhoun,
I.J.; Hardy, G.E.S.J. Effect of phosphite on in planta zoospore production of Phytophthora
cinnamomi. Plant Pathology, 50 (5): 587-593, 2001.
Xu, H.; Heath, M.C. Role of calcium in signal transduction during the hypersensitive response
caused by basidiospore-derived infection of the cowpea rust fungus. Plant Cell, 10 (4): 585-598,
1998.
Zadocks, J.C.; Schein, R.D. Epidemiology and plant disease manegement. New York: Oxford
University Press, 1979. 427 p.
Zanão Júnior, L.A.; Rodrigues, F.; Fontes, R.L.F.; Korndörfer, G. H.; Neves, J.C.L. Rice Resistance
to Brown Spot Mediated by Silicon and its Interaction with Manganese. Journal of Phytopathology,
157: 73–78, 2009.