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Eletrônica Digital 2
As entradas de controle (por exemplo, J, K, S, R) têm que estar estáveis (não podem
mudar de estado) por pelo menos um intervalo de tempo ts(min) antes da transição de clock e por
pelo menos um intervalo de tempo igual a tH(min) após a transição de clock.
Atrasos de Propagação
Sempre que um sinal muda de estado na saída dos FFs, existe um atraso de tempo a
partir do instante em que o sinal é aplicado até o instante em que a saída comuta de estado. A
figura abaixo mostra os atrasos de propagação que ocorrem em resposta a uma borda de subida
na entrada CLK. Estes atrasos são medidos entre os pontos de 50% da amplitude das formas de
onda de entrada e saída.
Os fabricantes especificam os atrasos de propagação em resposta a todas as entradas e
normalmente especificam os valores máximos para os atrasos tPLH e tPHL.
tS 20 20 60 25
tH 5 0 0 0
tPHL de CLK para Q 40 24 200 31
tPLH de CLK para Q 25 16 200 31
tPHL de CLR para Q 40 24 225 41
tPLH de PRE para Q 25 16 225 41
tW(L) CLK - tempo no nível BAIXO 37 15 100 25
tW(H) CLK - tempo no nível ALTO 30 20 100 25
tW(L) em PRESET ou CLEAR 30 15 60 25
fMAX em MHz 15 30 5 20
Problemas de temporização em circuitos com flip-flops
Em muitos circuitos digitais a saída de um flip-flop é conectada diretamente ou por meio de
portas lógicas, à entrada de outro flip-flop, e os dois são disparados pelo mesmo sinal de clock e
esta situação representa um problema potencial de temporização.
A figura abaixo mostra que a saída de Q1 está conectada a entrada J de Q2 e os dois FFs
são disparados pelo mesmo sinal de clock.
Como Q1 muda de estado na borda de descida do pulso de clock, a entrada J2 de Q2
estará mudando de estado quando receber a mesma borda de descida do pulso de clock. Isto
pode conduzir a uma resposta imprevisível de Q2.
Considere inicialmente Q1 = 1 e Q2 = 0, assim o FF Q1 possui J1=K1=1 e Q2 possui
J2=Q1=1 e K2=0 antes da borda de descida do pulso de clock.
Quando ocorre a borda de descida do clock, Q1 comuta para o estado BAIXO, mas isso só
ocorre depois de decorrido o tempo de propagação tPHL.
A mesma borda de descida dispara Q2 de modo confiável para o estado ALTO (J2=1)
desde que tPHL seja maior que o tempo de hold de Q2 (tH ). Se esta condição não for satisfeita, a
resposta de Q2 será imprevisível.
A maioria dos FFs fabricados atualmente possuem tempo de hold de 5ns ou menos e
muitos possuem tH = 0ns ou seja não necessitam de tempo de hold para o seu funcionamento
normal.
O problema com esse circuito é que a entrada A é assíncrona e pode mudar de estado a
qualquer instante em relação ao sinal de clock, pois é o operador que comanda a chave e isto é
feito aleatoriamente.
Isto pode produzir pulsos parciais de clock na saída X se a transição de entrada ocorrer
enquanto o sinal de clock estiver em nível ALTO.
Em muitos circuitos esta saída é inaceitável, pois pode causar problemas de temporização
nos circuitos que utilizam este sinal.
CLK
CLOCK
(a)
CLOCK
T1 PuIsos T
completos
(b)