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A UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NA

ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Agatha Kamilli Albuquerque Correa 1

Cassia Regina Costa Pontes 2

RESUMO

Este trabalho procura investigar a importância do tratamento para a prevenção de doenças


usando plantas medicinais, extratos e medicamento fitoterápico. Bem como ampliar opções
referentes a tratamentos e agravos de doenças dentro da fisioterapia. Os fitoterápicos,
regulamentado pela Resolução CIPLAN 8/1988 juntamente com a política nacional de
plantas medicinais e fisioterápicos, foram marcos decisivos para a introdução do uso de
plantas curativas para sistema único de saúde (SUS). É importante destacar também que
estes medicamentos devem ser adquiridos somente em farmácias autorizadas pela
Vigilância Sanitária, além dos princípios ativos terapêuticos, essas plantas medicinais pode
conter substâncias tóxicas, alergénicas e contaminação por agrotóxicos ou por metais
pesados. Todavia tomando cuidado para que esses medicamentos não venham interagir com
outras medicações, que possam causar algum dano a saúde do paciente. Contudo, até o
momento há poucas revisões sobre estudos que registram e analisam essas experiências,
sendo esse um tema relativamente pouco avaliado no campo da saúde coletiva. O objetivo
do então presente estudo foi caracterizar a inserção da fitoterapia em ações e programas na
atenção primária à saúde no Brasil.

Palavras-chave: Fitoterápicos. Sistema Único de Saúde. Plantas Medicinais.

1
Agatha Kamilli Albuquerque Correa.
2
Cassia Regina Costa Pontes Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso de
Fisioterapia (4º 21.2 SPA) – Prática de Módulo II - 09/09/2021

1
INTRODUÇÃO

Desde a década de 80, vários estudos vêm sendo desenvolvidos com a finalidade de
evidenciar o uso de plantas medicinais na atenção básica no sistema de saúde pública com o
intuito de favorecer a melhoria dos serviços, o aumento da relutividade e o crescimento
diferenciado dos fitoterápicos (MATOS et al.,1998, p.219).
O Ministério da Saúde tem estabelecido políticas que encorajam e incentivam o
desenvolvimento de estudos com fitoterápicos planejando introduzir os benefícios advindos
desta terapia (FRANÇA et al., 2008, p.207).
Simoni et al (2010, p.7), referência A Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no Sistema único de Saúde (SUS), desde, então, tem-se buscado
introduzir na Atenção Primária em Saúde o uso de plantas medicinais. Com o propósito de
aumentar o acesso a opções de tratamentos com produtos e serviços assegurado, eficazes e
de qualidade, de forma integrativa e complementar, por tanto estes programas devem
utilizar profissionais especializados, e os produtos devem atender obrigatoriamente os
critérios de segurança, qualidade e eficácia terapêutica. Colaborando assim com a pesquisa
do Autor Silva:
Para que essa inclusão ocorra é necessário que os
profissionais de saúde conheçam as atividades farmacológicas e as
toxidades das plantas medicinais em cada bioma brasileiro, de
acordo com os costumes, tradições e condições sócio econômica da
população. Alguns trabalhos já são realizados em Estados com
objetivo de desvendar o uso de plantas medicinais pela população,
encontrando alta prevalência de uso (SILVA et al.,2006, p.445).

Além de contar com essas estratégias, o Ministério da Saúde tem incentivado a


inclusão de disciplinas sobre fitoterapias e outras práticas integrativas e complementares
nos cursos de profissionalizantes que por eles são financiados (SIMONI et al., 2010, p.7).
No Brasil, embora a área de fitoterápico esteja cada vez mais conhecida e
desenvolvida, a disponibilidade da planta medicinal no mercado ainda é alarmante na visão
do controle de qualidade desde a produção até a comercialização e uso pela população, pois
ainda há uma grande carência na capacitação profissional (CALIXTO et al., 2000, p.179).
A Organização Mundial da Saúde (2000, p.87), constatou a importância do uso de
plantas medicinais, sobretudo nos países de baixa infraestrutura econômica.
Consequentemente fazendo com que a população busque alternativas de baixo custo com as
plantas medicinais.
Tais produtos eram antigamente manipulados por pajés e
feiticeiros; e hoje em dia ainda pode ser encontrado seu uso por
benzedeiras e curandeiros, que preparam as chamadas “garrafadas”
em suas próprias casas. São os chás, infusões, as inalações, os
unguentos e os banhos de “assento”, que se constituem como
práticas populares, notadamente nas pequenas cidades brasileiras
(VENÂNCIO et al., 2006, p.108).
Supracitado por Pieri (2009, p.465), o óleorresina (OR) de copaíba é reconhecido e
utilizado por comunidades tradicionais como recurso natural no tratamento de doenças, no
processo inflamatório, na cicatrização, antiblenorrágico, antitumoral, como inseticidas
naturais dentre outras aplicações.
Tais objetivos e ações dos programas de integração dos fitoterápicos na atenção
básica são variados; incluindo opções de tratamento, reduzindo custos, resgatando
conhecimentos tradicionais, preservando a biodiversidade, promovendo o desenvolvimento
social e estimulando ações intersetoriais. Contudo, os usuários que utilizam desta terapia
precisam de uma prescrição médica e além de informações sobre possíveis interações
medicamentosas. Pois o conceito de que o uso de planta medicinal não faz mal, leva muitas
vezes o paciente a não comentar que está fazendo uso deste recurso, podendo ser assim
prejudicial a sua saúde.

MATERIAIS E MÉTODOS

A estratégia feita para coleta de dados, surgiu primeiramente, do levantamento


bibliográfico ao realizarmos um exame rigoroso de livros, revistas, internet entre outros
meios de caráter científico. Tais como: SciELO, Revista Brasileira de Farmacognosia,
Revista Brasileira de Enfermagem.
Depois de estarmos em acordo com a literatura, coletamos dados por meio de
questionários com perguntas fechadas, por qual foi direcionado para médicos das unidades
de Pronto Atendimento (SUS), das quais foram selecionadas para a pesquisa, referindo-se a
respeito do tratamento dos fármacos.
A coleta de dados aconteceu entre os dias 10 e 26 de agosto de 2021. O questionário
foi distribuído para os médicos de plantão sem intervir na sua rotina diária, selecionados
aleatoriamente.
Primeiramente, estabelecemos contato prévio com os devidos doutores para esclarecer
os mesmos de quaisquer dúvidas sobre os procedimentos e finalidade do estudo. Em
seguida, após concederem a autorização, realizamos a pesquisa, mediante a distribuição dos
questionários.
Foram analisadas mediante o programa Microsoft Excel.
A pesquisa se justificou pelo fato de podermos compreender como os fitoterápicos
estão sendo mal utilizados nas unidades básica de saúde pelos profissionais que não tem um
conhecimento de tal terapia, deixando assim de utilizar de forma natural e menos agressiva
ao organismo.
.
OBJETIVO GERAL

 Esse estudo tem como principal objetivo informar a importância do uso de plantas
medicinais e fitoterápicos com finalidade profilática, curativa ou com fim de
diagnóstico de modo cientificamente aprovado.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 A pesquisa, parte da análise de que, os profissionais de saúde tenham pouco
conhecimento sobre a fitoterapia, o entendimento deturpado sobre a qualidade e
eficácia e segurança deste tratamento. Portanto o MS, vem com a finalidade de
evitar o uso inadequado desta prática medicinal, tem demonstrado interesse por
meio do incentivo de pesquisas relacionado ao assunto.
 A respeito da importância da fitoterapia: como ela está sendo usada; benefícios que
a mesma oferece ao Sistema Público de Saúde; capacitação dos profissionais nesta
área, programas e leis para a implementação no SUS.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Levando em conta as informações coletadas descrevemos os seguintes resultados:


GRÁFICO I: DADOS REFERENTES A UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
120
98.9
100 93.5

80 72.6

60 51.8 51.1
48.2 48.9
40
27.4
20
6.5
1.1
0
Há Beneficios nos Existe diferença O Sr (a) já Os Fitotérapicos o Sr(a) sabe o que
Fitóterapicos dos sinteticos para prescreveu tem o poder de é fitóterapicos
os fitóterapicos fitóterapicos como tratar ou curar
tratamento pacientes

Os dados coletados sugerem que 27,4% dos médicos NÃO concordam que os fitoterápicos
possam a vir ter alguns benefícios ao paciente. Dos investigadas, 6,5 % dos doutores (a) NÃO sabem
diferenciar os fitoterápicos dos medicamentos Sintéticos. Os entrevistados para a pesquisa apenas uma
parcela de 48,2% ainda NÃO prescreve os fitoterápicos, Quase todos os médicos (a) entrevistados sabem
o que são fitoterápicos. As informações indicam que 51,1% NÃO concordam em dizer que tratamentos
com fitoterápicos podem tratar ou curar pacientes.
CONCLUSAO
A questão norteadora deste estudo indagou a importância do tratamento e a
prevenção de doenças usando plantas medicinais, extratos e medicamento fitoterápico, bem
como ampliar opções referentes a tratamentos e agravos de doenças. Portanto a pesquisa foi
estruturada pretendendo averiguar o conhecimento dos profissionais de saúde.
Observamos, mediante a pesquisa realizada, que os usuários que utilizam dessa terapia
precisam de prescrição médica, além de informações de possíveis interações medicamentosas;
portanto precisa ser administrado na posologia certa e ser preparado adequadamente.
Promover e ampliar o uso da fitoterapia na Atenção Primária a Saúde pode resultar em
experiências inovadoras que envolvam usuários, profissionais de saúde e gestores para
transformar as condições de saúde da população.
Entretanto, como notamos alguns médicos e gestores de redes de saúde publica ainda
resistem ao uso desse recurso, deixando assim de utilizar recursos de baixo custo tanto para
empresas quanto para pacientes de renda financeira baixa, tendo em vista que esses
medicamentos podem a vir auxiliar no seu tratamento. Portanto fica em aberto para novas
pesquisas a respeito do tema.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Traditional Medicine: definitions. Organização Mundial de Saúde, Genebra.


Disponível em: < https://www.who.int/health-topics/traditional-complementary-and-integrative-
medicine#tab=tab_1 > Acesso em: 13 de outubro.2021. Hora 10:00

CALIXTO, J.B. Efficacy, safety, quality control, marketing and regulatory guidelines
for herbal medicines (phytotherapeutic agents). Brazilian Journal of Medical and
Biological Research, v.33, n.2, p.179-89, 2000. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/rbpm/a/54wyKL9fqFpDcfSpshDVv5G/?format=pdf&lang=pt >.
Acesso em: 8 de outubro.2021. Hora 22:00.

FRANÇA, I.S.X. et al. Medicina popular: benefícios e malefícios das plantas medicinais.
Revista Brasileira de Enfermagem, v.61, n.2, p. 201-8, 2008. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/rbpm/a/54wyKL9fqFpDcfSpshDVv5G/?format=pdf&lang=pt >.
Acesso em: 8 de outubro.2021. Hora 22:00.

MATOS, F.J.A. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado


para pequenas comunidades. 3.ed. Fortaleza: EUFC, 1998. 219p. Melo B.A., Almeida
A.C.F., Juliana F.S. & Silva R.M. 2015. Atividade inseticida do óleo de Copaifera
langsdorffii Desf. (copaiba) sobre Tribolium castaneum (Coleoptera: Tenebrionidae). Rev.
cuba. plantas med. 20(4)419-428. Disponível em: <
https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca >. Acesso em: 10 de outubro.2021.
Hora 20:00.

PIERI F.A., MUSSI M.C. & MOREIRA M.A.S. 2009. Óleo de copaíba (Copaifera sp.):
histórico, extração, aplicações industriais e propriedades medicinais. Rev. bras. plantas
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file:///C:/Users/Jimena/Downloads/RBPM_11_4_2009.pdf > Acesso em: 16 de outubro.2021.
Hora 10:00.

SILVA, M.I.G. ET AL. Utilização de fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à saúde
da família no município de Maracanaú (CE). Revista Brasileira de Farmacognosia, v.16, n.1,
p.455-62, 2006. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/rbfar/a/4CCHCHYhFzVShrrVrfLbcLm/?lang=pt > . Acesso em: 16 de
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< https://www.scielo.br/j/rbpm/a/ZBKcPvMgQ4LTN8KRbsdGxjj/?lang=pt&format=pdf >.
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< https://www.scielo.br/j/rbpm/a/ZBKcPvMgQ4LTN8KRbsdGxjj/?lang=pt&format=pdf >.
Acesso em: 20 de outubro. 2021. Hora 21:00.

VENÂNCIO et al, . Alimento funcional através do uso de ocimum basilicum l.


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https://oswaldocruz.br/revista_academica/content/pdf/Fabiola_de_Lima_Milita%CC
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