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Sermão expositivo (Esboço)

Hebreus 11
Título: Confiabilidade Assertiva em Cristo
Tema: O Firme fundamento
Introdução
Quando analiso a história do povo Hebreu, partindo do patriarca Abrão,
sendo o primeiro dessa linhagem de acordo com (Genesis 12), notamos as
imensuráveis provas de obediência e amor a um Deus, que o chama para sair
do seu ambiente natural e mergulhar numa jornada infundada e desconhecida
aos seus olhos, todavia firmado apenas na certeza de uma promessa. E dentro
dessa aventura as notórias aprendizagens vem à tona, separando-se dos seus
costumes familiares primordiais para uma vida de adaptação a novas regras e
normas que mudaria todo o curso não só de sua vida, mais também de toda a
humanidade. Portanto, embora saibamos que o ponto crucial da fé consiste em
esperar. Então aprendamos a exercitar a fé. Vem comigo!
Corpo do Sermão
Firme fundamento das coisas que se esperam. Assim o autor desta carta,
inicia o capitulo 11, nos detalhando como podemos entender a fé, dizendo-nos
que precisamos ter uma convicção além daquilo que é natural, e do que estar
diante dos nos olhos, acentuando uma confiança exacerbada naquilo que não
podemos ver e nem mesmo tocar. O próprio Jesus ao mostrar para Tomé suas
feridas, o alerta: “...bem aventurados os que não viram e creram...” (Jo 20;29),
ou seja, a prática da fé se fundamentando no ato de ter a certeza mesmo que
não podendo ter convivido, como “Dídimo” andou e vivenciou milagres e
maravilhas.
Embora o autor desta carta não seja de fato tangencialmente conhecido, a
saber pela ausência de menção de sua autoria, acredita-se que poderia ter sido
escrita por Paulo, Barnabé, Priscila e até mesmo por Clemente de Roma,
dentre outros que viveram por volta de 60 a 70 a. d.C. Independente de quem
seja o escritor o objetivo alcança ainda hoje seus propósitos.
No primeiro século do cristianismo era grande a gama de pessoas que se
convertiam, o poder do evangelho alcançou a muitos de forma ascendente e ao
olharmos os capítulos anteriores vemos um povo judeu apresentado, e como o
próprio título já nos indica, está é endereçada a três grupos de pessoas, os
judeus convertidos que já caminhavam na fé, o Judeus que aceitaram o
cristianismo, porém ainda não haviam se convertido de coração e o principal
grupo, os Judeus Cristão. Portanto a mensagem ia de encontro a todos,
inclusive aos gentios. Entretanto a supremacia de Cristo lhes são
apresentadas, para que todo o público se mantivesse fiéis a nova vida, a
conversão, visto que como alguns estavam apostatando-se do amor, uns por
acharem que Cristo estava demorando a voltar e outros por apego aos
princípios da lei mosaica, assim como registra (Mac Arthur em seu manual
Bíblico, pág. 518).
Então é apresentado a Fé, como sendo um ponto de segurança para a
salvação da alma. Algumas pessoas são apontadas pelo fato de ter alcançado
grande gozo no Senhor. Abel o justo, pelo sacrifício aceitável, Enoque pela
comunhão profunda com Deus foi arrebatado, Noé pela obediência, Abraão
pela pela própria fé exercida, dentre outros como, Sara, Isaque, Jacó, José
Moisés enfim, muitos que se utilizaram da Fé e são agora exemplos a ser
seguido. Todavia nenhum deles se igualam ao que Cristo realizou. É essa a
argumentação apresentada para que todos permaneçam na fé, pois por tudo
quanto também sofreram os profetas, sendo serrados ao meio, queimados,
dentre outras torturas horrendas, mantiveram se fies até a morte. Tendo
também notoriamente o sacrifício de Cristo que morreu morte de Cruz. O
conselho é mantenha se fiel.
Imagine a seguinte situação. Um atleta quando inicia desde cedo sua
carreira, ele abre mão de todo o tipo de atividade que não vai somar ao seu
crescimento profissional, e angaria pra si uma rotina pesada de exercícios e
horários puxados de treinamentos. No entanto no dia de sua prova final se
depara com o concorrente que está um passo de vantagem a sua frente.
Deveria então desistir? Essa é a pergunta que não quer calar na mente do
primeiro atleta. Todavia algo o impulsiona a concorrer e vencer. Sua confiança
em tudo aquilo que aprendeu e praticou até chegar a este grande dia. É
exatamente esse propósito que o escritor tem para com os Hebreus.
Permaneçam naquilo que aprenderam. (O justo viverá pela fé, e se ele recuar,
minha alma não tem prazer nele. Hb 10;38). Assim pois o sentido da exortação
é exatamente esse, permaneça.
Nos dias de hoje muitos vivem como no contexto de deste capítulo, uns
aceitaram a Cristo, mas vivem como se não tivessem conhecido Ele. Outros
até conhecem a Cristo, mas ainda não O aceitaram verdadeiramente e ainda
tem aqueles que mesmo diante de qualquer situação querem retroceder.
Sabendo, pois, disso devemos a todo tempo pregar a palavra, em tempos ou
fora de tempo, entendendo que devemos permanecer na fé, acreditando que o
Senhor virá e nos levará para Ele assim como nos promete em (Joao 14). São
números consideráveis de pessoas que se deixam levar pelos falsos
ensinamentos, pelas falsas crenças, desacreditando na salvação, se
entregando as lascívias e aos enganos mundanos, devemos, pois, nos atentar
ao verdadeiro evangelho, a verdadeira fé.
Um outro aspecto que devemos observar, é que a supremacia de Cristo, a
superioridade do mestre em relação aos homens honrosos já citados, a saber:
1- O Justo Abel que prestou seu melhor sacrifício, um cordeiro imolado.
Representando o próprio Cristo, que por conseguinte se entrega como
sacrifício vivo, derramando seu próprio sangue.
2- Enoque que foi transladado por ter sido achado dando bom testemunho
de vida para com Deus, assim Cristo sendo obediente, “...e mesmo
sendo Deus, não usou por usurpação ser igual a Deus...” (Fp 2;6), nos
orou com sua humildade.
3- Noé, tornou herdeiro justo, tendo pregado ao povo que vivia em pecado
e não se convertera, o mestre Jesus é a Justiça em pessoa e Ele nos
justifica diante de Deus pelo se sacrifício na cruz, (Rm 4;24).
De todos os demais citados no livro, neste capítulo em especial a exemplo de
Moisés o libertador do povo das garras de faraó, Cristo é o libertador do povo
das garras do pecado. Cristo em sua magnificência é o criador de todas as
coisas, afinal “...sem Ele nada do que foi feito se fez...” (Jo 1;3). No entanto não
só cristão judeus, mas também os gentios, eram exortados a entender a
superioridade de Cristo. Como alguém que se entregou por todos, obediente a
Deus e sujeito as provas terrenais, mas obediente até a morte e morte de cruz.
Seja praticante dessas qualidades que houve em Abel, sacrifique abstendo-se
dos costumes do mundo. De sorte também faça como Enoque, ande com
Deus, tenha um bom testemunho, como Noé, edifique uma obra fidedigna para
o senhor, e assim mesmo como Moisés que não entrou na terra prometida,
mas foi reconhecido como aquele que guiou o povo de Deus.
Conclusão
Portanto é de suma importância compreendermos que Cristo é superior a
todos em suas ações e obras, e mesmo assim se humilhou, mas foi glorificado
para que todos nós independentes de raça ou cor, como diz o texto “judeus ou
gregos” fossemos alcançados pelo evangelho e consequentemente receber a
salvação. Afinal é bom saber que sem fé é impossível agradar a Deus
(Hb.11;6) Sabemos até aqui que o testemunho destes homens, os famosos
‘Heróis da Fé’, são dignos de serem lembrados, todavia o mundo não fora
digno de tê-los. Então, eu convido a todos que leem este texto para
retomarmos a nossa caminhada rumo ao nosso alvo, a salvação da nossa
alma, e isto é o fim da nossa fé, (l Pe. 1;9). Que vivamos uma fé não fingida e
sim em sua plenitude, para que sejamos edificados em Cristo. Aceite hoje o
Mestre Jesus, pois Ele em todo seu poderio tem o mesmo propósito que teve
para aos Heróis da fé. Que Deus em Cristo te abençoe.
Pesquisa Sobre o Livro de Hebreus
O Livro de Hebreus tem um caráter exortativo, uma vez que em sua
essência traz uma mensagem de Cristo como verdadeiramente supremo
salvador. Um sumo sacerdote por excelência, e como diz o reverendo
Hernanes Dias Lopes, “se fosse para definir o livro de hebreus de fato definiria
como uma palavra, Melhor”. Então, para entender o porquê desta carta é
necessário que voltemos ao período onde possivelmente ela tenha sido escrita.
Datada de aproximadamente 60 a 70 d.C. baseada em uma saudação do
autor, (13;24) ainda desconhecido, mas que estava na Itália.
O evangelho foi ganhando força no primeiro século, os cristãos cresciam de
forma acelerada e estes em sua maioria eram formados por Judeus, gregos e
gentios, mas em grande número Judeus. E como bem sabemos os judeus
eram adeptos aos costumes e leis mosaicas, pois cresceram praticando e
observando tais leis. Mas chega um momento em esses judeus cristãos
começam a duvidar do cristianismo em que estavam inseridos, e por tanto
estava apostando-se e retomando suas crenças primitivas. Eles estavam
deixando o “Melhor, o Perfeito, o Cristo Ressurreto”, para voltar as práticas da
imperfeição. O escritor Mac Arthur, no seu manual Bíblico descreve sobre um
grupo de Hebreus, que instauraram um pequeno grupo em uma comunidade
chamado Qumran, onde eles já na percepção equivocada e elevando a
superioridade de Cristo, um mero anjo, assim adoravam anjos o que de fato era
uma grotesca heresia.
O fato é que quando o escritor toma conhecimentos desses acontecimentos
ele logo traz esta carta com o objetivo de exorta-los e encoraja-los a não
abandonarem seus princípios e permanecer nos caminhos da salvação, afinal
nem mesmo os ritos levíticos nem mesmo os atos feitos por todos que vieram
antes de Jesus Cristo poderia oferecer o que O Mestre oferecia. Talvez eles se
questionassem, por que Cristo demorava tanto a voltar, ou porque as
promessas de novos céus e novas terras pareciam tão distantes aos seus
olhos, e isso levar o autor a passar os primeiros dez capítulos das cartas
exortando o povo.
Assim então é apresentada a superioridade esmagadora de Cristo sobre todos
os demais que antecederam na a linhagem da história do povo, mas é claro
que dando notório reconhecimento a cada uma daqueles que se dedicaram a
obediência e vida com Deus. Tanto que no capitulo de número cinco Cristo é
apresentado com o sumo sacerdote, fazendo conexão ao sacerdote
Melquisedeque, alguém que não tem linhagem genealógica e que aparece
abruptamente na história em (Gêneses 14) recebe de Abrão o dizimo e da ao
mesmo a benção. Em contra partida não se gloria por tal situação e, mas
glorifica aquele que diz “... Tu és meu filho eu hoje te gerei...”.
Portanto, dentro deste contexto de exortação ao desprendimento da vontade
de apostatar-se da fé em Cristo e voltar as práticas antigas em que vivia, e a
apresentação da supremacia e da superioridade de Cristo sobre toda sombra
da Lei, este esplendido autor, traz com muita maestria esses treze capítulos de
verdades terrenais e celestiais.

Autoria da Carta aos Hebreus e suas divergências.

Nesse assunto a maioria dos eruditos da teologia Bíblica concordam, é claro


que há sempre um ou outro que ratificam ser um ou outro em especifico dentre
os que serão citados as seguir.
Há alguns que desconsideram Paulo com escritor devido as escritas não
serem de igualdade as demais cartas que o mesmo escreveu. A elegância, a
didática, o dialeto, embora em algumas passagens existir alguma semântica. E
o fato de não haver uma tradição que seja unanime como por exemplo primeira
epistola de João, que há esta tradição que atribui a ele esta autoria. Outro
ponto também a ser observado, seria o que chamamos de cabeçalho ou
preâmbulo, ode ele mesmo se identifica com Paulo, apostolo de Jesus Cristo a
saber por exemplo carta a Tito.
Assim então surge alguns possíveis nomes que são apontados, como por
exemplo, Barnabé, Apolo, Priscila, Aquila, Silas Filipe e até que seja mais
provável o Clemente de Roma, pelo fato da data a qual foi esta escrita que
como já citados nas pesquisas anteriores, por volta de 60 a 70 d. C. Todavia a
escrita tanto quanto as características literárias não se firmavam ao que de fato
já tinham. Não se pode precisar ao certo quem seja o autor embora por muitos
anos houvera sido atribuída à Paulo. Portanto deixo aqui meu pensamento
apesar de ser uma pesquisa; Embora não sei de fato ou não saibamos que
tenha sido o autor ou seja quem segurou a pena ao escrever, todavia cada
letra ou caractere tenha sido inspirado por Deus.

Relevância da fé
Como já foi bem discorrido, mas só para complemento.
A fé está em toda a obra vivifica de Cristo em nós, Ele nos concedeu
através da grande graça do nosso bom Deus, assim como ele fez em Saulo, e
o importante é que nós continuemos firmes nesse proposito. E que acima de
tudo possamos continuar seguindo os conselhos que foram inseridos nessa
carta maravilhosa, afina de contas sem fé é impossível agradar a Deus. E
temos que alcançar o alvo da nossa fé a salvação de nossa alma. Que
possamos estar sempre com o nosso sumo sacerdote nos apegando na
circuncisão do coração e não as praticas antigas das leis. Que Deus em Cristo
nos abençoe sempre.

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