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FOTORRESPIRAÇÃO
O processo de fotorrespiração ocorre devido à ação oxigenase da enzima
rubisco, a fim de promover a recuperação de parte dos carbonos que seriam
perdidos através do 2-fosfoglicolato, que não é aproveitado pela célula, sendo
produzido através da assimilação do O 2, em função da baixa concentração de CO 2
próximo ao sítio de ação da enzima RUBISCO, promovido por exemplo, pelo
fechamento estomatico. É válido lembrar que além do 2-fosfoglicolato, é produzido
um 3-fosfoglicerato, que é destinado normalmente ao processo de redução.
Dessa forma o processo de fotorrespiração ocorre através de uma complexa
estratégia bioquímica, que envolve três organelas: o cloroplasto, o peroxissomo e a
mitocôndria. Nos cloroplastos, o 2-fosfoglicolato perde um fósforo, através da
enzima fosfoglicolato fosfatase, e se transforma em glicolato, que flui até o
peroxissomo, onde a enzima glicolato oxidase catalisa a oxidação do glicolato pelo
O2 liberando H2O2, formando o glioxilato. Posteriormente, a enzima glioxilato
aminotransferase, catalisa a transaminação do glioxilato com glutamato produzindo
a glicina, que sai do peroxissomo e entra nas mitocôndrias, onde o complexo
multienzimatico de glicina descarboxilase e serina hidroximetiltransferase catalisa
conversão de duas moléculas de glicina e uma molécula de NAD +, em uma
molécula de serina cada, sendo que, durante esse processo de glicina a serina
ocorre a liberação de CO 2, NADH e NH4. A serina recém formada difunde-se a partir
das mitocôndrias de volta ao peroxíssomo, para doação do seu grupo amina,
transaminação catalisada pela serina oxoglutarato amilotransferase, formando o
hidroxipiruvato. Em seguida, uma redutase dependente de NADH, catalisa a
transformação do hidroxipiruvato em glicerato, que retorna aos cloroplastos, onde é
fosforilado formando o 3-fosfoglicerato que será destinado ao ciclo de Calvin &
Benson. Esse metabolismo permite a recuperação de 75% dos carbonos que seriam
perdidos pela ação oxigenase da rubisco. Por fim a foto respiração pode atuar com
o protetor do aparato fotossintético em condições de estresse, representando um
dreno consumidor do excesso de ATP e NAPH.
FATORES QUE AFETAM A FOTOSSÍNTESE
C3
C4
A água é um componente essencial para a vida das plantas. Ela atua como
recurso limitante nas plantas, em razão de ser utilizada em grande quantidade.
Cerca de 97% da água absorvida pelas raízes é perdida através da transpiração,
somente 2% da água absorvida permanece na planta para suprir o crescimento e
1% é consumido nas reações metabólicas. A água atua em diversas funções na
planta participando de inúmeras reações químicas, sendo doadora de elétrons na
fotossíntese, promove a sustentação da planta, alongamento celular e transporte no
floema, além de atuar como solvente e meio de transporte. A falta de água, ou seja,
o déficit hídrico, pode provocar a desidratação da célula através de reduções no
turgor e volume celulares, o que influencia uma maior concentração de íons e está
ligado a inibição da expansão celular, gerando taxas de crescimento baixas.vAlém
disso por causa a redução das atividades foliares e metabólicas, fechamento
estomatico, inibição fotossintética, alterações na partição de carbono, abscisão
foliar, desestabilização da membrana e proteínas, produção de Eros, toxicidade
iônica e morte celular.
A importância da água no sistema solo-planta-atmosfera está diretamente
relacionada com as características físico-químicas da molécula ou seja suas
ligações e componentes, tal como suas propriedade,s conhecidas como adesão
(atração da água à uma fase sólida exemplo parede celular), coesão (atração mútua
entre moléculas iguais) e tensão superficial (força exercida por moléculas de água
resultantes das propriedades de adesão e coesão), sendo que a adesão, coesão e
tensão superficial resultam em capilaridade.
O potencial hídrico tem por função medir a energia potencial da água no
sistema solo-planta-atmosfera, ou seja, determina a capacidade das moléculas em
realizar trabalho ou movimento. Crescimento celular, fotossíntese e produtividade
das culturas vegetais são fortemente influenciados pelo potencial hídrico e seus
componentes sendo que os valores do potencial hídrico devem ser negativos,
menores que 0 MPA, o que regula a entrada de água e saida da célula. Nos tecidos
vegetais, os componentes do potencial hídrico que apresenta o maior contribuição
são o potencial osmótico, que representa o efeito dos solutos sobre o potencial
hídrico, e o potencial de pressão, o qual representa o efeito de pressão hidrostática
sobre a energia livre da água apresentando normalmente em valores positivos.
O fluxo de água nas plantas é determinado através do potencial hídrico, onde
o movimento ocorre do potencial hídrico maior para o potencial hídrico menor, ou
seja, do menos negativo (menos soluto), para o mais negativo (mais soluto). A
diferença de potencial hídrico entre dois locais é resultado da perda de água, ou
síntese de compostos (maior concentração de solutos), promovendo assim o
movimento de entrada e saída de água na planta ou no sistema.
A .planta obtêm água principalmente do solo, a qual se movimenta no solo por fluxo
de massa, sendo que o conteúdo hídrico e a taxa de movimentação de água no solos
dependem de de tipo e estrutura do solo. Já a absorção de água ocorre principalmente pelas
raízes através de um potencial hídrico favorável entre solo e raiz (> no solo), a região que
mais absorve agua é a região de maturação, onde os tecidos estão bem diferenciados, e há
presença de pelos radiculares, os quais aumentam significativamente a área de superficie das
raízes, possibilitando assim maior capacidade de absorção de ions e agua do solo. O
movimento radial da água na raiz (da epiderme até a endoderme), é realizado pela água
juntamente com os solutos, passando de célula a célula até que os mesmos cheguem no
xilema, passando antes pelo parênquima cortical e a endoderme por meio de duas
rotas, a apoplástica, em que a água passa por fora das células de maneira facilitada
por difusão ou osmose, sendo barrada pela endorderme, o que obrigada a água
passar simplasticamente, através das aquaporinas,e a rota simplástica, em que a
água passa por dentro das células por transporte ativo com o gasto de energia,
através dos plasmodesmos. No xilema, as propriedades da água farão com que ela
se movimente em um movimento ascendente, o qual possui três teorias para ser
explicado. A primeira é a capilaridade, que ocorre quando existe coesão entre as
moléculas, adesão a parede e tensão superficial, assim ocorre a subida de água,
sendo um transporte a curta distância, como a pressão radicular, que é proveniente
do acúmulo de íons no interior de vasos do xilema da raiz em função de
transpiração baixa e absorção de íons do solo pelas raízes transportados até o
xilema. Para explicar o transporte a longa distância, a teoria de Dixon leva em
consideração as propriedades da água mais a transpiração, formando a teoria
tenso-coesa-transpiratorio o movimento da água pelo xilema ocorre devido a
diferença de potencial hídrico sendo a transpiração a força motriz pela qual a água é
conduzida pois possibilita a existência de diferença de potencial hídrico. Dessa
forma, a diferença de potencial entre a planta e o solo permite a absorção de água
pelas raízes da planta, essa transportada via xilema devido a diferença de potencial
hídrico entre as células ocasionados pelo processo de transpiração, em razão do
diferente potencial hídrico da atmosfera ser menor do que o da planta, promovendo
a perda de água na forma de vapor.
A transpiração é o processo de eliminação da água na forma de vapor,
através dos estômatos (98%), cutículas ou lenticelas, necessitando de um diferente
potencial hídrico da planta e a atmosfera, sendo fundamental para manter um
diferente potencial hídrico, permitindo absorção de água. Além disso, é responsável
pelo esfriamento da parte área da planta, fotossíntese e pela absorção e transporte
de nutrientes minerais. Para sair na forma de vapor, a água é puxada do xilema
para as paredes celulares do mesofilo, de onde evapora para os espaços
intercelulares dentro da folha, difundindo-se pelos espaços intercelulares através da
fenda estomática e da camada limítrofe de ar parado, situado junto à superfície foliar
sendo ambos responsáveis por fornecer resistência a saída do vapor de água. O
processo de transpiração também depende da distribuição dos estômatos no limbo
foliar, número, tamanho e capacidade de difusão dos estômatos.
O processo de gutação é a produção de gotículas líquidas nas margens da
folha, devido a altos potenciais hídricos do solo e taxas baixas de transpiração. As
raízes absorvem água da solução diluída do solo e transporta via xilema,
proporcionando o acúmulo de solutos no xilema, ocasionando um decréscimo no
seu potencial hídrico originando uma força para absorver água que gera uma
pressão positiva no xilema provocando a esxudação da água do xilema, por poros
especializados chamados hidatódios, que estão associados as terminações
nervuras na margem da folha.
ESTÔMATOS