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Bradiarritmias: classificação e

apresentação eletrográfica
ENFª MS. MARIANA DOLCE MARQUES
Declaro não haver conflito de
interesse nessa apresentação
Arritmias cardíacas
Alteração da frequência, formação e/ou condução do impulso elétrico
através do miocárdio.

Bradiarritmias
Anormalidade na regularidade, na origem do impulso cardíaco, ou
uma alteração na sua condução causando uma sequência anormal da
ativação miocárdica gerando uma frequência ventricular < 50 bpm.

Pastore et al., 2016


Bradiarritmias

ABSOLUTA RELATIVA

Bradiarritmia ao repouso FC normal mas inadequada à situação clínica


Exemplo: choque séptico

Kawabata VS, Martins HS et al., 2014


Tipos de Bradiarritmias
Bradicardia sinusal (BS)
Bloqueio sinoatrial (BSA)
Parada sinusal (PS)
Bloqueios interatriais (BIA)
Bloqueios atrioventriculares (BAV)
Bloqueio atrioventricular de 1º grau
Bloqueio atrioventricular de 2º grau
Bloqueio atrioventricular total (BAVT) ou 3º grau
Bloqueio intraventriculares
Bloqueio de ramo direito (BRD)
Bloqueio de ramo esquerdo (BRE)
Síndrome bradi-taqui
Tipos de Bradiarritmias
Bradicardia sinusal (BS)
Bloqueio sinoatrial (BSA)
Parada sinusal (PS)
Bloqueios interatriais (BIA)
Bloqueios atrioventriculares (BAV)
Bloqueio atrioventricular de 1º grau
Bloqueio atrioventricular de 2º grau
Bloqueio atrioventricular total (BAVT) ou 3º grau
Bloqueio intraventriculares
Bloqueio de ramo direito (BRD)
Bloqueio de ramo esquerdo (BRE)
Síndrome bradi-taqui
Etiologia
 Aumento do tônus vagal

 Hipoxemia

 Distúrbios hidroeletrolíticos

 Degeneração do sistema condutor

 Isquemia miocárdica

 Medicamentos – digitálicos (Digoxina), beta bloqueadores adrenérgicos..

Kawabata VS, Martins HS et al., 2014


Bradicardia Sinusal (BA)
FC inferiores a 50 bpm

Onda P antecede cada QRS


Ritmo regular
Intervalo PR: 0,12 a 0,2s
Bradicardia Sinusal (BA)
Comum em indivíduos normais (vagotônicos) ou em boas condições
físicas (atletas).Pode ser secundária a patologias extracardíacas
(meningite, hipertensão intracraniana, hipotireoidismo, etc.),
intoxicação medicamentosa ou doença do nódulo sinusal.
Bloqueios atrioventriculares (BAV)
Os atrasos da condução AV ocorrem quando os impulsos atriais sofrem retardo
(lentidão) ou falham em atingir os ventrículos.

BAV
1º GRAU 3º GRAU
2º GRAU ou BAVT

MOBITZ I MOBITZ II
BAV 1º grau

FC de 60 a 90 bpm
Onda P precede QRS
Atraso frequente no nó AV
Intervalo PR > 0,2s (alargado)
Intervalo PR constante
BAV 2º grau tipo Mobitz I

Fenômeno de Wenckbach
Aumento progressivo do intervalo PR até bloqueio AV
Após bloqueio, primeiro intervalo PR é mais curto
Ritmo irregular, ou seja, intervalo RR irregular
QRS < 0,12s
BAV 2º grau tipo Mobitz I
BAV 2º grau tipo Mobitz II
Claudicação súbita da condução AV
Presença de ondas P conduzidas e outras P não são conduzidas

Ritmo irregular (intervalo RR)


QRS geralmente > 0,12s
Bloqueio no interior ou abaixo do feixe de His
Intervalos PR constantes, com exceção da onda P bloqueada
BAV 2º grau tipo Mobitz II
BAVT ou BAV 3º grau
Os estímulos de origem atrial não conseguem chegar aos ventrículos e despolariza-los !

Dissociação átrio ventricular


Frequência atrial > Frequência ventricular
Ventrículos são estimulados por foco ectópico (FC ventricular ~ 30 – 40bpm)
BAVT ou BAV 3º grau
Ritmo Idionodal ou Juncional: QRS normal (centro de comando nodal AV)

Ritmo idioventricular: QRS largo e bizarro


BLOQUEIOS
ATRIOVENTRICULARES
Bloqueio intraventriculares
Os bloqueios podem ser causados por alterações estruturais do sistema
de condução His-Purkinje ou do miocárdio ventricular (necrose, fibrose,
calcificação, lesões infiltravas ou pela insuficiência vascular), ou
funcionais, devido ao período refratário relativo de parte do sistema de
condução, gerando a aberrância da condução intraventricular.

Pastore et al., 2016


Despolarização célula a célula (sincício) do lado bloqueado
Bloqueio intraventriculares
Bloqueio de Ramo Direito (BRD)
Bloqueio de Ramo Direito (BRD)

QRS em forma de M em V1, ou seja, presença de R’ onda S alargada em V5 e V6


Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE)
Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE)

Onda S alargada em V1 Aspecto de “torre” em V5 e V6


BLOQUEIOS
INTRAVENTRICULARES
Sintomatologia das Bradiarritmias
Sintomatologia das Bradiarritmias
QUEIXAS ACHADOS CLÍNICOS

Síncope
Tonturas transitórias
Lipotímia
Confusão Mental
Palpitações ou Dor torácica
Sudorese
Turvação visual Dispnéia
Letargia
Cansaço Obnubilação
Cianose
Protocolo de atendimento nas Bradiarritmias
Equipe interdisciplinar
ECG na suspeita de novo episódio de arritmia

Avaliação de nível de consciência

Oferta de oxigenação e suporte ventilatório

Garantir AVP

Monitorização cardíaca e Hemodinâmica (monitor multiparâmetros, PAM, oximetria, etc)

Terapia medicamentosa

Preparo de orientação do paciente para implante de Marcapasso (transcutâneo, transvenoso e definitivo)


Terapia Medicamentosa
Atropina – antagonista muscarínico que inibe as terminações parassimpáticas

Dose: 0,5 EV em bollus de 3 a 5 min e Dose máxima: 3mg ou 0,04mg/Kg

Dopamina – precursora da adrenalina e noradrenalina, estimula os receptores adrenérgicos do SNA simpático e os


dopaminérgicos, age de forma inotrópica aumentando o débito cardíaco.

Dose: 5 ampolas (50mg cada) em SF 0,9% ou SG 5% de 250 ml na infusão de 2 -20mcg/kg/min.

Adrenalina – atua nos receptores alfa e beta adrenérgicos produzindo vasocontrição, broncodilatação e aumento da força
miocárdica.

Dose: 5 ampolas (1mg cada) em SF 0,9% ou SG 5% de 250 ml na infusão 2-10mcg/min.


Marcapasso
Referências
American Heart Association. Guidelines Advanced Cardiology Life Support. 2015.
Kawabata VS, Martins HS. Bradiarritmias. In: Martins HS et al. Emergências clínicas: abordagem
prática. 9ed.Baueri,SP:Manole, 2014.
Pastore CA, Pinho JA, Pinho C, Samesima N, Pereira-Filho HG, Kruse JCL, et al. III Diretrizes da
Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos. Arq
Bras Cardiol 2016; 106(4Supl.1):1-23.
Obrigada
mariana.dmarques@gmail.com

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