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ESCOLA POLITÉCNICA

CURSO : MBA DE ENERGIA


ELÉTRICA

ESQUEMA DE MANOBRA
DE EXTRA E ALTA TENSÃO

Prof. Antonio Varejão de Godoy

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA
E ALTA TENSÃO

INTRODUÇÃO
Os estudos dos esquemas de manobras servem para:
Análise da Operação da Subestação;
Analisar o desempenho operacional da subestação;
Analisar os aspectos construtivos do esquema de manobra
representando as barras e os equipamentos de manobra.

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA
E ALTA TENSÃO

ARRANJOS DE BARRAMENTOS
O Arranjo de Barramentos e dos equipamentos constituintes das
subestações é determinado em função da:
Flexibilidade Operacional;
Confiabilidade Operacional;
Facilidade para Manutenções;
Custos de implantação.

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA E
ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA SIMPLES

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA E
ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA SIMPLES
VANTAGENS:
1. Instalações extremamente simples;
2. Manobras simples, normalmente ligar e desligar circuitos alimentadores;
3. Custo reduzido (em média 80% de uma instalação idêntica com barramento duplo no
nível de 13.8kV);
4. Representa o tipo básico e é suficiente para um grande número de subestações de
distribuição e indústrias;
5. Apresenta uma boa visibilidade da instalação, sendo reduzido o perigo de manobras
incorretas por parte do operador;
6. É o arranjo mais simples e direto. Para cada linha ou transformador corresponde um
único disjuntor, sendo todos os circuitos ligados na mesma barra.
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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA E
ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA SIMPLES
DESVANTAGENS:
1. Apresenta reduzida flexibilidade operacional. Em caso de distúrbios ou trabalhos de
revisão no barramento é necessário desligar toda a subestação;
2. A ampliação do barramento não pode ser realizada sem a completa desenergização da
subestação;
3. Pode ser usado apenas quando cargas possam ser interrompidas ou tenham-se outras
fontes durante uma interrupção;
4. A manutenção de disjuntor de alimentadores interrompe totalmente o fornecimento de
energia para os consumidores correspondentes daquele bay.

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ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA SIMPLES COM BY-PASS


Apresenta como melhoria em relação ao arranjo barra simples
no fato de o fornecimento de energia não ser interrompido
quando o disjuntor estiver em manutenção.

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA E
ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA SIMPLES COM BY-PASS E


SECCIONAMENTO DE BARRA POR CHAVE
Proporciona maior continuidade no fornecimento de energia e maior
flexibilidade de execução de manobras em relação ao arranjo anterior devido
ao acréscimo da chave seccionadora de barra.

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BARRA SIMPLES COM BY-PASS E


SECCIONAMENTO POR DISJUNTOR

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA E
ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA SIMPLES COM BY-PASS E


SECCIONAMENTO POR DISJUNTOR
VANTAGENS

1. Maior continuidade no fornecimento;


2. Maior facilidade de execução dos serviços de
manutenção;
3. Este arranjo pode (é indicado) funcionar com duas (ou
mais) fontes de energia;
4. Em caso de falha da barra, somente são desligados os
consumidores ligados à seção afetada. 10
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BARRA SIMPLES COM BY-PASS E


SECCIONAMENTO POR DISJUNTOR
DESVANTAGENS
1. Não se pode transferir uma linha de uma barra para
outra;
2. A manutenção de um disjuntor deixa fora de serviço a
linha correspondente;
3. Esquema de proteção é mais complexo.

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ESQUEMA H
Esquema de Barra Simples mais confiável. Apresenta um
disjuntor reserva que pode substituir qualquer disjuntor que
estiver em manutenção ou sob defeito.

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MBA DE ENERGIA ELÉTRICA
CURSO : SUBESTAÇÕES

CLASSIFICAÇÃO QTO AO ISOLAMENTO DA SE:


• HÍBRIDAS (H.I.S.) : ISOLAMENTO MISTO ;

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MBA DE ENERGIA ELÉTRICA
CURSO : SUBESTAÇÕES

CLASSIFICAÇÃO QTO AO ISOLAMENTO DA SE:


• COMPARAÇÃO : CONVENCIONAL x SF 6

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BARRA PRINCIPAL E TRANSFERÊNCIA

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA E
ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA PRINCIPAL E TRANSFERÊNCIA


VANTAGENS
1. Custo inicial e final baixo;
2. Qualquer disjuntor pode ser retirado de serviço para
manutenção;
3. Equipamentos podem ser adicionados e/ou retirados à barra
principal sem maiores dificuldades.
4. Há uma maior confiabilidade neste arranjo do que no de barra
simples correspondente, em troca do acréscimo do custo, uma
vez que agora, para m circuitos temos m+1 disjuntores e
3m+2 seccionadores, além de uma barra extra.
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BARRA PRINCIPAL E TRANSFERÊNCIA


DESVANTAGENS
1. Requer um disjuntor extra para conexão com a outra barra;
2. As manobras são relativamente complicadas quando se
deseja por um disjuntor em manutenção;
3. Falha no barramento principal ou num disjuntor resulta no
desligamento da subestação.

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SEQUÊNCIA DE MANOBRAS PARA COLOCAR DISJUNTOR NA
TRANSFERÊNCIA:
1. Fechamento das chaves de transferência;
2. Fechamento da chave bay-pass;
3. Fechamento do disjuntor de transferência;
4. Abre o disjuntor principal;
5. Abre os seccionadores do disjuntor principal.
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BARRA PRINCIPAL E TRANSFERÊNCIA


SEQUÊNCIA DE MANOBRAS PARA COLOCAR
DISJUNTOR NA TRANSFERÊNCIA.

1. Fechamento das chaves de transferência;


2. Fechamento da chave bay-pass;
3. Fechamento do disjuntor de transferência;
4. Abre o disjuntor principal;
5. Abre os seccionadores do disjuntor principal.

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA E
ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA PRINCIPAL E TRANSFERÊNCIA


TIPOS DE ARRANJO BARRA PRINCIPAL E TRANSFERÂNCIA

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TIPOS DE ARRANJO BARRA PRINCIPAL E TRANSFERÂNCIA

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BARRA DUPLA
VANTAGENS
1. Permite maior flexibilidade com ambas as barras em
operação. Metade dos circuitos em cada barra;
2. Qualquer uma das barras poderá ser isolada para
manutenção;
3. Facilidade de transferência dos circuitos de uma barra
para outra com o uso de um único disjuntor de
acoplamento de barras e manobras com chaves;
4. A perda de uma barra não retira a SE de operação;
5. Reduz o nível de curto-circuito.
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BARRA DUPLA
DESVANTAGENS

1. Requer um disjuntor extra (de acoplamento) para


conexão com a outra barra;
2. A proteção do barramento pode causar a perda da
subestação quando esta operar com todos os circuitos
num único barramento;
3. Alta exposição a falhas no barramento;
4. Falha no disjuntor de transferência pode colocar a
subestação fora de serviço.
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BARRA DUPLA COM 3 CHAVES

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BARRA DUPLA COM 4 CHAVES

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BARRA DUPLA COM SECCIONADOR


BY-PASS OU A 5 CHAVES

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BARRAMENTO EM ANEL

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BARRAMENTO EM ANEL

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BARRAMENTO EM ANEL

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BARRAMENTO EM ANEL

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BARRAMENTO EM ANEL
Principais Vantagens

1. Custo inicial e final baixo;


2. Flexibilidade de manutenção nos disjuntores;
3. Qualquer disjuntor pode ser removido para manutenção
sem interrupção da carga;
4. Necessita apenas um disjuntor por circuito;
5. Não utiliza barra principal;
6. Cada circuito é alimentado através de disjuntores;
7. Todas as chaves abrem os disjuntores;
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BARRAMENTO EM ANEL
Principais Desvantagens

1. Se uma falta ocorre durante a manutenção de um disjuntor


o anel pode ser separado em duas seções;
2. Religamento automático e circuitos de proteção
relativamente complexos;
3. Para efetuar a manutenção num dado equipamento a
proteção deixará de atuar durante esse período;
4. Necessidade de equipamentos em todos os circuitos por
não haver referência de potencial neste arranjo.
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ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

DISJUNTOR E MEIO

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ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA DUPLA COM DISJUNTOR E MEIO


VANTAGENS
1. Maior flexibilidade de manobra.
2. Rápida recomposição.
3. Falha nos disjuntores adjacentes às barras retiram apenas um
circuito de serviço, .
4. Chaveamento independente por disjuntor.
5. Manobras simples com relação ao chaveamento.
6. Qualquer uma das barras poderá ser retirada de serviço a qualquer
tempo para manutenção.
7. Falha em um dos barramentos não retira circuitos de serviço.
8. A saída das duas barras permite o funcionamento do circuito
completo, desde que as fontes estejam casadas com as cargas.
9. Um disjuntor e meio por evento, contingência simples não retira o
evento. 36
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BARRA DUPLA COM DISJUNTOR E MEIO


DESVANTAGENS

1. Um e meio disjuntor por circuito;


2. Chaveamento e religamento automático envolvem demasiado
número de operações além do disjuntor intermediário e circuitos
agregados;
3. A instalação deste arranjo é muito dispendiosa e normalmente exige
três níveis de barramento;
4. Os disjuntores devem ser dimensionados para o dobro da corrente;
5. O arranjo opera com todos os disjuntores ligados;
6. A contingência simples, correspondente à falha no disjuntor central,
retirará dois circuitos de serviço.

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BARRA DUPLA COM DISJUNTOR DUPLO

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ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA DUPLA DISJUNTOR DUPLO


CARACTERÍSTICAS

1. É um arranjo em que são empregados 2n+1 disjuntores


para cada n circuitos;
2. Foi muito usado em CT de 230 kV de AT 500/230 kV;
3. Este arranjo é como se fosse um by-pass com
disjuntores;
4. É um arranjo que permite o uso de um disjuntor para
conexão a qualquer das barras;
5. Pode operar com todos os eventos em uma barra, em
duas barras ou metade dos eventos em cada uma das
barras. (ideal para 2 fontes e 2 cargas por eventos).
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BARRA DUPLA COM


BARRA DE TRANSFERÊNCIA

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA E
ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

BARRA DUPLA COM


BARRA DE TRANSFERÊNCIA
Características

1. É uma combinação da barra principal e transferência com


a barra dupla.
2. Brinda simultaneamente confiabilidade e flexibilidade
3. Usam dois disjuntores para as funções de acoplamento e
transferência
4. Faz-se necessário uma maior área em comparação as
configurações anteriores e mais algumas.
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ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

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ESQUEMA DE MANOBRA DE EXTRA E
ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS

ESTIMATIVA DA UTILIZAÇÕES
DOS ARRANJOS
TENSÃO DE BARRA (kV) TIPO DE ARRANJO ARRANJO ADOTADO (%)

750 DM 100

500 DM 100

345 BD 100

BD 50
230
PT 50

PT 70

138 BD 20

BS 10

PT 50
69
BS 50

34,5 BS 100

13,8 BS 100

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ALTA TENSÃO – TIPOS DE ARRANJOS
EVENTOS
TIPO DE ARRANJO Nº DISJUNTOR Nº CHAVES

N
BARRA SIMPLES SEM BY-PASS E SEM SECCIONAMENTO N 2N

BARRA SIMPLES COM BY-PASS E SEM N


N 3N
SECCIONAMENTO

BARRA SIMPLES COM BY-PASS SECCIONAMENTO N


N 3N+1
P/CHAVE

BARRA SIMPLES COM BY-PASS SECCIONAMENTO N


N+1 3N+2
P/DISJUNTOR

ESQUEMA H 4 3 6

N
BARRA PRINCIPAL E TRANFERÊNCIA N+1 3N+2

BARRA DUPLA A 3 CHAVES N N+1 3N+2

BARRA DUPLA A 4 CHAVES N N+1 4N+2

BARRA DUPLA A 5 CHAVES N N+1 5N+2

ANEL N N 3N

DISJUNTOR E MEIO N 3/2 N 3N

DISJUNTOR DUPLO N 2N 4N
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SELEÇÃO DA CONFIGURAÇÃO
1. Função que desempenha a subestação no sistema
interconectado para determinar sua necessidade de
flexibilidade, confiabilidade e segurança.
2. Tipo da subestação: geração, transformação ou manobra,
Características das configurações.
3. Facilidade de extensão e modulação.
4. Simplicidade no controle e proteção.
5. Facilidade de manutenção.
6. Área disponível.
7. Custos.
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Antonio Varejão de Godoy
varejao@chesf.gov.br

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