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Liderança Espírita-cristã 2/02:

O Trabalho do Bem na Promoção do Espírito Imortal

E havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome e
começou a padecer necessidade;

Então, nós estamos vendo a trajetória do filho mais novo indo para uma terra longínqua
simbolizando o processo de afastamento das questões conscienciais da vida, ele se afasta das
próprias Leis na sua consciência utilizando uma Lei que é a Lei de liberdade, de uma forma
irresponsável, de uma forma que não deveria ter feito, mas fez, porque tem a liberdade de fazer
escolhas, mas todas as vezes que nós fizermos escolhas contrárias aos nossos interesses
enquanto ser essencial nós vamos dissolver os bens divinos, nós vamos dissolver a nossa saúde,
nós vamos dissolver a oportunidade do tempo reencarnatório, nós vamos utilizar dos recursos de
uma forma perdulária, de uma forma equivocada e claro toda ação em que nós de alguma
maneira perdemos as oportunidades que a vida nos oferece vai gerar uma consequência. Toda
ação equivocada que o espírito pode pela Lei de liberdade, escolher ele também é responsável
por essa escolha e essa escolha vai trazer consequências tô a partir daqui Jesus fala exatamente
das consequências dos atos do filho mais novo, quando ele faz a escolha de desperdiçar a
herança do pai vivendo dissolutamente.

Ao perder tudo Jesus coloca que ele naquela terra, houve naquela terra uma grande fome, que
fome é essa? É uma fome muito profunda, a maior fome que um ser humano pode criar para si
mesmo, pode experimentar, que fome é essa? A fome das Leis divinas? Tem a ver com as Leis
divinas e tem a ver com amor, mas é um processo. O vazio é a consequência, o vazio é o
primeiro estágio desse processo, que é o processo global. ele tem três estágios uma é esse que
você falou Solange do vazio existencial, mas é fome de quê? Fome de sentido existencial,
exatamente, então é a fome que o espírito experimenta todas as vezes que ele cultua os prazeres
do ego em detrimento da Essência Divina que ele é, então é a fome de sentido, porque o que
gera sentido nas nossas vidas que o que gera sentido existencial, o que é que gera o sentido para
o espírito Imortal? Viver de forma dissoluta ou viver na casa do pai praticando as virtudes,
cumprindo as Leis? Então que gera sentido existencial é o que nos fomos criados para isso,
vamos voltar na questão 115;

Deus criou todos os espíritos simples e ignorantes e a cada um foi dado uma missão de
conhecer a verdade para aproximá-los de si. Nesse conhecimento eles adquirem a pura e
eterna felicidade passando pelas provas.

Então, qual é o sentido da vida maior? Cumprir a missão de conhecer a verdade. Nós já vimos
que conhecer a verdade é conhecer as Leis, para quê, para praticar as Leis e não ficar apenas no
conhecimento. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Então conhecer as Leis para
praticá-las desenvolvendo as virtudes, isso gera sentido existencial profundo para o ser. É
possível esse sentido acontecer na terra longínqua? Não, que a terra longínqua ele está afastado
exatamente dessa missão, a missão de conhecer a verdade, não tem como ele cumprir as Leis.
Aliás ele estava fugindo disso não estava, quando ele vai para terra longínquo que que ele quer
se afastar? A missão, essa missão que o espírito Imortal traz, é simples de cumprir, é fácil? Não,
dá muito trabalho. Então, sem um profundo amor a lei do trabalho não é possível cumprir essa
missão, então a missão de produzir sentido existencial, produz-se sentido existencial cumprindo
as Leis desenvolvendo as virtudes.

(...) pergunta
A cada existência é cumprir o plano existencial, propósito e programa, mas essa aqui é a missão
do Espírito Imortal independentemente de estar no corpo ou fora do corpo, porque a questão 115
não trata da missão do Espírito no corpo, somente, no corpo ou fora do corpo, ele é o convidado a
conhecer a verdade para aproximar-se de Deus, é a missão do Espírito Imortal. Então, a missão é
produzir sentido existencial. Na parábola Jesus aborda exatamente quando o Espírito está
encarnado que é o nosso caso, como ele se recusou a fazer tudo isso ele começa a sentir fome,
fome de sentido existencial, vejamos que Jesus coloca que ele começou a padecer necessidade.
Se a maior necessidade do Espírito Imortal é produzir sentido para sua existência cumprindo a
missão que todos nós trazemos assinada na consciência, conforme nos ensina a questão 115, e
ele está distanciado disso, ele vai começar a padecer, porque o espírito que se afasta das Leis do
exercício das virtudes ele sofre, ele sofre de uma forma muito intensa. Aqui é o início do
padecimento, como que se chama isso, aquilo que a Solange colocou, vazio existencial, primeiro
nível da ausência de sentido. Então, eles tenham fome de sentido existencial ele entra nesse
primeiro nível sinto um vazio fome Jesus usa o símbolo da fome, porque todo mundo sabe o que
significa, fome significa estômago vazio então vazio é simbolicamente o vazio existencial que uma
vida dissoluta gera, todas as vezes que nós buscarmos o prazer puramente sensual sem nos
ocuparmos dos deveres conscienciais nós vamos sofrer esse vazio. Por isso não é possível servir
a dois senhores, como ensina Jesus, por isso não é possível pessoa trabalhar no movimento
espírita numa causa para um projeto iluminativo com Jesus vivendo simultaneamente no mundo,
como se fosse mais um do mundo, se alcoolizando como entre "todo mundo faz, fazendo sexo
desregrado como todo mundo faz, na verdade a pessoa coloca esse rótulo de todo mundo, para
justificar a sua consciência que não é todo mundo, existe muita gente fazendo isso. Agora que
eles que estão sendo convidados para um trabalho de viver ansiosa e trabalho em equipe na
Seara Cristã é convidado a agir de forma diferente, não é possível servir a dois senhores, por isso
que essa tentativa gera padecimento, por isso que Eurípedes Barsanulfo alerta no livro Tormentos
da Obsessão, a quantidade de espíritas chegando no mundo espiritual vazios, vazios de virtude, e
por isso sofrendo muito intensamente. O caso do Leôncio por exemplo citado no livro Tormentos
da Obsessão nós vamos estudar na segunda terça do mês de outubro, o caso do Leôncio que é
uma pessoa que tinha conhecimento profundo de doutrina, mas que morre e vai para uma região
das Trevas onde ele ficava atolado na lama sendo chicoteado por espíritos, espíritos, que usaram
ele durante toda a sua existência, e ele acreditava que fazia o trabalho do bem. Então, essa ideia
de que o trabalho do bem é possível ser feito sem um esforço de autotransformação é puramente
ilusório, se a pessoa não começar a aparecer necessidades ainda encarnada, ela vai parecer
essas necessidades depois de desencarnado, na verdade não tem como não padecer essa
necessidade ainda encarnada, porque a vida daqueles que ficam nesse movimento de tentativa
de servir a dois senhores é muito árida, é muito dura, mesmo servindo uma causa ela vive de
uma forma que não aquilo que Amanda falou agora - pouco a suavidade a leveza que a vida nos
gera quando nós estamos inteiros no processo. Então, por isso não dá para servir a dois
senhores, vai sempre haver a necessidade, e então aqui nós temos o primeiro nível de ausência
de sentido vazio existencial, mas não fica só aí vamos lá vamos adiante.

E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra o qual mandou para os


seus Campos apascentar porcos;

Aqui nós temos o segundo nível de ausência de sentido, que nível é esse? Abandono, é o
abandono mesmo, mas porquê? Porque ele nega? Jesus não coloca o filho mais novo negando a
condição - e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra o qual mandou para os seus
Campos a apascentar porcos. Vamos refletir para entender porque que é o abandono que
Jesus está falando aqui.

Primeiro:

Ele começa a padecer necessidade, qual seria a atitude mais lógica? Trabalhar? Voltar para casa
do pai. Ele estava numa Terra longínqua, começa a passar fome, atitude mais lógica não seria
voltar para casa do pai? Sim, ele lembra, ele sabia que na casa do pai havia abundância, mas só
mais tarde que ele cai em si e percebe isso. Aqui ele está tentando resolver um problema de que
forma? Que é muito próprio do ego evidente, de maneira superficial. Então, aqui nós temos a palavra
Campos que Jesus utiliza em várias parábolas, essa palavra é para designar um processo de
superficialidade. E aí o cidadão, um dos cidadãos daquela terra está na terra longínqua, como que
era os cidadãos da terra longínqua, os habitantes dessa terra longínqua? Estava longe da casa do
pai, não é? São pessoas que viviam de forma dissoluta, então era um cidadão bem intencionado?
Não, só que esse cidadão daquela terra não é uma pessoa, é um movimento psiquico emocional,
então movimento de superficialidade para tentar apascentar porcos, que significa apascentar
porcos? Apascentar é cuidar, porcos aqui no nível consciencial simboliza algo muito profundo, não é
o bicho. O que que seria os porcos. Quando ele está padecendo necessidade, que necessidade era
essa? Eram necessidades emocionais e espirituais, não era, não era apenas necessidade, porque
Jesus utiliza do símbolo da fome, mas ele está falando aqui de algo muito mais profundo que a fome
fisiológica, que é a ausência de recurso material, são questões profundas do espírito que o espírito
cria para si mesmo. Qual é o processo mais profundo que o espírito cria para ele mesmo, quando
ele faz a escolha de não cumprir as Leis divinas e desenvolver as virtudes que o conectam com as
Leis, qual é o grande problema que o espírito cria? Qual é o grande objetivo do espírito nós já vimos,
conhecer a verdade para que a verdade nos liberte, conhecer a verdade para que ele se aproxime
de Deus, é a missão do Espírito Imortal. Quando ele se recusa a fazer isso, o que que ele está
criando para ele mesmo? Vejamos: quando nós falamos em propósito existencial do Espírito Imortal,
conhecer a verdade que é o movimento de conhecer as Leis, para cumprir essas Leis
desenvolvendo as virtudes. Propósito existencial, que ele se afasta, e não quer cumprir, o que gera
para o espírito, que significa que na parábola Jesus chama de apascentar porcos. Dor é genérico,
ele cria conflitos existenciais, isso é tão importante que tem uma mentora chamada Joanna De
Ângelis conhecem, escreveu só sobre isso, conflitos existenciais. O espírito cria conflitos existências,
é possível resolver os conflitos existenciais nas terras longínquas? Se na terra longínqua ele está
afastado das Leis e da prática das virtudes, como que vai ser possível, cumprir, resolver o conflito lá
na terra longínqua, dá para entender porque do abandono. O cidadão daquela terra é o movimento
do autoabandono, ele em vez de voltar para casa do pai no primeiro padecimento tenta resolver os
seus conflitos de uma forma equivocada, então ele tenta cuidar dos seus porcos interiores de uma
forma equivocada na terra longe ainda os porcos são os conflitos, são conflitos existenciais, só se
resolve conflitos existenciais de que forma? Cumprindo o propósito existencial, cumprindo o plano
existencial, propósito e o programa; só é assim que se dizem que se dissolve os conflitos, não é
possível dissolver conflitos na terra longínqua, então ele está na terra longínqua e vai para o campo
apascentar porcos, então o movimento do autoabandono, que é esse movimento de tentar de uma
forma superficial resolver os conflitos, o que vai acontecer com o vazio? Amplia, não tem como não
ampliar, ausência de sentido, porque o auto abandono é esse cidadão que faz com que ele tente
resolver os conflitos existenciais de uma forma superficial não vai ser possível, por isso que não é
possível servir a dois senhores, está ficando Claro a questão.

Saulo está perguntando se os cidadãos daquela terra é pseudo virtude, que que vocês acham?
Esse é um processo de pseudo virtude? Não é pseudo virtude, é um aprofundamento no conflito, a
fuga para o movimento de ausência de sentido existencial vai se aprofundando. Quando nós não
resolvemos os problemas do nosso ego evidente eles aparecem, ele se aprofunda intensifica, então
é uma intensificação de um processo, não é o mascaramento do processo. O mascaramento é
próprio do filho mais velho, não existe mascaramento no filho mais novo, o filho mais novo vai
aprofundando cada vez mais num movimento evidente, ele vai, é como se ele quisesse resolver um
problema cavando um poço que ele vai se afundando nele, ele vai se afundando cada vez mais
nesse poço que ele próprio vai cavando e se afundando. Por que que não é um movimento falso, é
um movimento de realmente tentar resolver, mas ele tenta resolver de uma forma egóica como que
é isso na prática va vamos trazer para a Vida prática para que nós possamos entender como
funciona o mecanismo psicológico, porque entendendo o mecanismo psicológico nós conseguimos
nos enxergar na parábola e praticar se quisermos né.
Vejamos, a pessoa entrou num conflito doloroso. Ao entrar nesse conflito, Jesus coloca: Começou
a padecer; padecer é o que, sinônimo de? Sofrer. Começou a padecer de necessidades, qual é a
maior necessidade do espírito? Cumprir as Leis, desenvolver as virtudes. Isso só acontece onde?
Na casa do pai, então, isso gerou para ele o início de um processo chamado ausência de sentido e
começou a ter uma fome, um vazio, consequentemente a isso. Do ponto de vista prático do dia a
dia o que é isso, a pessoa está vivendo, buscando prazeres, depois do prazer o que que ela
experimenta normalmente, no prazer egóico? Culpa? Culpa é mais comum no ego mascarado,
Jesus não coloca culpa no filho mais novo. É o vazio, um tédio, aí a pessoa faz o que? Busca mais
prazer. Todo processo de viciação começa assim; alguém começa a viciar-se tomando dois litros de
Whisky, dois litros de pinga por dia? Se a pessoa na primeira vez que fosse tomar uma bebida
alcoólica tomasse dois litros de pinga ela entraria em coma alcoólico, mas depois de anos fazendo a
mesma coisa e sentindo um vazio, a pessoa vai fazendo e ela consegue chegar nesse nível sem
entrar em coma, por que o cérebro vai ficando bloqueado, blindado com a droga. Mas, por que que a
pessoa aprofunda nesse movimento se gera um vazio que os pessoal chama popularmente de
ressaca, por quê? É a preguiça moral né que a pessoa aprofunda no problema achando que vai
resolver, que aquele vazio vai ser resolvido. Isso é válido para droga, é válido para o sexo, é válido
para todas as questões compulsivas do , ele acredita que fazendo mais e mais e mais, aquela
sensação desagradável vai desaparecer, tem a ver com a parábola ou não? Ele vai tentar
apascentar seus porcos, que é essa ausência de sentido esse conflito que a vida oferece que ele
cria na vida devido a não estar cumprindo a missão que ele traz na consciência, assinada na
consciência como está lá na questão 115, ele não cumpre isso e só cumprindo isso é que o espírito
se torna feliz, quando ele busca prazer pura simplesmente o prazer egóico, sem sentido existencial,
ele vai criando um vazio. Em vez dele se encontrar, Em vez dele se achar, o que o espírito faz? Se
aprofunda no vazio, tentando resolver o problema.

Uma pessoa que começa uma determinada viciação para obter prazer, ela cai em si rapidinho, é
assim que acontece? Não. Não é assim, muitas vezes ela vai até o fundo do poço, e nem sempre
ela consegue numa existência, às vezes ela passa várias existências tentando sair daquele
emaranhado que ela cria, ficou claro isso gente, isso é claro que é no nível maior, claro que dentro
nível maior de vazio para outros níveis, existem movimentos de vazio que nós ainda trazemos.
Nenhum de nós está francamente indo para Terra longínqua senão não estaríamos aqui no sábado
de manhã, nem estaríamos assistindo esse seminário pela internet, francamente nesse nível de
profundamente para Terra longínqua nós não estamos, mas podemos ter desejos, movimentos para
ir para terra longínqua, para ir para esse movimento do prazer, distanciado do dever, acreditando
que temos direito - a Já que tô fazendo uma coisa aqui, é só um pouquinho, não vai fazer diferença.
Isso é, tentar o que, fazer o quê, no nível menor não tão profundo como esses que Jesus está
colocando, significa o quê? Apascentar porcos, a pessoa tenta apascentar porcos de uma forma
superficial, querendo se livrar dos conflitos simplesmente obtendo prazer, mas o prazer, não o
prazer essencial, que produz vida e vida em abundância, mas o prazer é egóico. E aí o que vai
acontecer, a fome diminui ou ela aumenta? Aumenta. Vamos ver o próximo;

E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam e


ninguém lhe dava nada.

Aqui nós temos o terceiro nível mais profundo da ausência de sentido existencial, que seria esse
nível? A identificação com o conflito? Na verdade, a identificação já começa no anterior – o
apascentar porcos, ele está totalmente conflituado tentando resolver os conflitos de uma forma
superficial. Aqui é outro nível mais profundo ainda.

Vejamos, ele desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, então ele,
nem a lavagem porque porcos comem lavagem né, come resto de comida, bolota eram uma fruta
que só os porcos comiam muito comum no Oriente, na Europa. Mas, ninguém lhe dava nada,
porque, vejamos, que do ponto de vista ao pé da letra, não faz sentido um trabalhador braçal não ter
nada para comer né, senão ele não ia cuidar dos porcos ia desmaiar em cima dos porcos por falta
de comida, então Jesus não está falando aqui de comida ele está falando de algo mais profundo, de
alimento do espírito. Se o alimento do espírito é cumprir as Leis desenvolvendo as virtudes, na casa
do pai, fazendo esse trabalho, esse esforço, e aqui ele está cuidando dos porcos dele, tentando
resolver os conflitos de uma forma superficial, vai resolver? Não, não vai resolver, mas ele está
numa terra longínqua, não está, lá no campo. O campo na terra longínqua significa o que?

É um lugar movimentado cheio de gente, cheio de gente de bem feliz da vida? Vejamos que nem o
prazer lá da terra longínqua ele não tem mais, o prazer estava na cidade, ele estava no campo. Na
época eram muito delimitados as vilas vizinhas e o campo, a maior parte da população vivia no
campo e pouca gente na cidade que eram muito pequenas, salvo algumas exceções. Na época de
Jesus tinha um milhão de habitantes a cidade mais povoada do planeta na época quase tamanho de
Cuiabá é só para ter uma ideia de como funcionava as coisas na época. Então, na cidade havia
prazer, mas ele já tinha perdido tudo, não tinha? Então nem o prazer ele tinha mais, ele estava onde,
no campo. No campo o que acontece, ele estava tentando apascentar os porcos no campo, então
que fenômeno é esse que acontece com espírito que ninguém lhe dá nada, por quê, veja Jesus
coloca aqui: ninguém lhe dava nada, por quê? Isolamento, aqui é o terceiro nível de ausência de
sentido chamado auto isolamento, temos vazio, auto abandono, auto isolamento.

No auto isolamento a pessoa fica fechada, não quer dizer que ninguém queira lhe dar nada, mas
ela está fechada e ninguém lhe dá nada, porque ela não interage com outro, ela não está receptiva.
Então, veja aqui, Jesus está colocando níveis de processos muito profundos do espírito que geram
uma doença muito intensa no espírito. Hoje tem muita gente dentro do movimento espírita entrando
em depressão, porque, se a doutrina espírita é a doutrina da vida, da vida em abundância, porque
ela veio para reviver o evangelho de Jesus em Espírito e Verdade, porque que muita gente dentro do
movimento que deveria estar numa comunhão plena com a doutrina, tem entrado em depressão, e
não é depressãozinha não, às vezes depressão muito graves, desejo de suicídio, suicídio, tentativa
de suicídio, porque nós não estamos de alguma maneira trazendo a doutrina para dentro das nossas
vidas é simples assim. Nós ficamos dentro do movimento às vezes até trabalhando até atuando no
centro espírita, mas não trazemos a doutrina para dentro das nossas vidas, mas podemos estar no
meio de muita gente isolada do ponto de vista afetivo das pessoas, que esse movimento que Jesus
coloca aqui. Jesus coloca aqui claro e ele está colocando o máximo, vazio, abandono, isolamento,
no nível máximo, mas aquilo que nós falamos entre o nível máximo e o nível menor existem várias
graduações. Existem pessoas que muitas vezes então a gente vê muito isso, porque até pelo uma
questão profissional tempo todo nós estamos observando, uns e outros nos autos observando e às
vezes nós temos uma pessoa do seu lado num processo de muita angústia de muito sofrimento
fechada, isolada dentro dela mesmo, porque, você pergunta pra pessoa: Fulano, tudo bem?
Buscando uma interação, e a pessoa fala: Tudo bem! Mas um tudo bem tão xoxo que não sai da
nem da boca dela, que fenômeno é esse? Isolamento.

Não é esse isolamento intenso, profundo, do filho mais novo nesse nível que ele chega, mas é um
isolamento, as vezes a pessoa daqui a pouco ela desperta e volta a interagir, mas a matriz está ali.
Então as matrizes do vazio, as matrizes do abandono, as matrizes do isolamento, existem em nós.
Qual é o grande objetivo da vida da gente, não é de trabalhar em função de superar tudo isso, por
que que as matrizes disso tudo existem nós hoje, não é só porque nós estamos aqui para melhorar,
porque nós já fizemos muito isso, nós passamos existências inteiras fazendo isso, cultuando prazer
em detrimento do dever, várias existências, aí várias existências padecendo necessidades, sofrendo
intensamente, existências inteiras jogadas fora em suicídios tenebrosos, que entramos em
depressão no isolamento profundo e achávamos, achamos naquele momento que matando o corpo
nós íamos matar a vida. Fizemos isso muitas vezes, já é natural que nós tragamos as matrizes aqui
agora, mas para quê Para que nós demos Vazão ou para que nós façamos esforços de superação
forte de superação um dos grandes objetivos e nós estamos no centro espírita numa Federação
Espírita no ambiente Espírita nos auxiliarmos uns aos outros por isso que a liderança e trabalho em
equipe auxiliarmos uns aos outros nesse processo de crescimento em conjunto E aí o que acontece
com muitos isolam, se isolam no meio da multidão se abandona porque não busca trazer os
conteúdos na mensagem de Jesus para dentro da própria vida e aí a profunda o vazio, mesmo
estando numa situação como essa que nós estamos sendo convidados a praticar, faz sentido que
nós estamos falando ou eu estou falando coisas que não tem nada a ver?

Pergunta:

Se nessa fase que o espírito vai para crueldade?

Pode até ser, como mecanismo de aprofundamento de vazio, mas a maior crueldade não é com
os outros é com ele mesmo. É nessa fase que o espírito mata o seu corpo acreditando que vai matar
a vida, ele se isola da própria essência Divina que é.

Pergunta:

Se o desejo suicida pode acontecer só no isolamento ou no nos outros dois níveis?

Nos outros dois níveis também, vai depender de cada pessoa. No isolamento que acontece a maior
parte dos suicídios, acontecem nessa fase do isolamento. A pessoa se isola da própria essência
Divina que é, se isola das outras pessoas e mata o seu corpo, acreditando que vai matar a vida
dentro dela.

Pergunta da Silva;

Se o líder Espírita é convidado a observar esses movimentos nos outros e com ele
também?

Sim, esse é um grande objetivo do trabalho coletivo. Porque que o trabalho é de ordem de
elevação espiritual não é feito individualmente somente, porque nós evoluímos em comunidade e
Sociedade. Existe uma lei Divina que é a Lei de sociedades, está claro no Livro dos Espíritos um
Capítulo inteiro sobre a lei de sociedade. Então, nós somos convidados a sermos solidários uns com
os outros, um dos grandes papéis do líder Espírita é ficar atento as pessoas, ao movimento do vazio
de um aqui, de abandono de outro ali, de isolamento do outro, não para invadir a intimidade do
outro, mas para ser solidário e a pessoa é também convidada a se olhar para ver se não está se
fechando, se isolando e também é convidado a interagir a pedir ajuda - Olha estou com uma
dificuldade, você pode me ajudar. E aí nós ajudamos uns aos outros sem uma grande tarefa dentro
da liderança Espírita, porque é muito comum no movimento Espírita nós ficarmos trabalhando para
as pessoas que estão lá fora, então no Centro Espírita a gente recebe gente no atendimento
fraterno, recebe gente que é socialmente carente na área da promoção social, só as de fora as
vezes o colega do lado aqui o companheiro de trabalho está lá todo arrebentado psiquicamente,
emocionalmente, mas nós estamos trabalhando para as pessoas lá de fora, isso deve acontecer, o
trabalho para as pessoas carentes. Nós vamos ter o encontro do atendimento espiritual mês de
outubro para trabalhar isso, mas não apenas isso o principal trabalho é conosco e a partir de nós
aqueles mais próximos de nós, que são os nossos companheiros de trabalho, mas como que nós às
vezes tratamos essa questão dentro da liderança Espírita? Não, ele é espirita tem que dar conta,
deve estar obsediado, ora, ora que você resolve. É assim gente? Muitas vezes nós tratamos assim,
mas não é assim o convite estarmos atentos. Você vai faz uma pergunta, faz uma observação, estou
à disposição se quiser, conta comigo. O líder se abrir para auxiliar a equipe de trabalho, todos
crescerem juntos, esse é o grande objetivo do trabalho espírita dentro dos nossos centros. O
verdadeiro sentido do trabalho do bem, é esse. Se nós tivermos é aquilo que o Dr Bezerra Menezes
nas suas falas ele chama de feixe de varas, se nós tivermos fortalecidos dentro desse princípio, não
nos isolarmos afetivamente, não nos abandonarmos afetivamente, entrarmos num processo de
busca de sentido profundo do trabalho do bem, imagina a força de um grupo que funciona assim, vai
ter muita força de trabalho para auxiliar as pessoas carentes afetivamente que estão lá fora, um
grupo assim? Sim, porque as pessoas inteiras nos seus processos vão ter condições de auxiliar o
outro verdadeiramente, porque se nós tivermos caindo aos pedaços como que nós podemos auxiliar
o outro, se nós estamos precisando de auxílio? Então, quando nós nos fortalecemos enquanto
liderança e trabalho em equipe para a busca em conjunto de um sentido existencial, um auxiliando o
outro, nós ressignificamos essas tendências ao isolamento, ao abandono, seja um abandonou de
nós mesmo seja de abandono do outro, o vazio existencial tudo isso é ressignificado.

Pergunta

A Tânia da Suíça está nos perguntando se nessas fases do vazio, do abandono e do


isolamento, pode haver interferência obsessiva?

Com toda certeza, a interferência obsessiva nesses fenômenos ligados ao vazio ela é muito
intensa, muito mais que nós imaginamos. A ponto de muitas vezes nós não observamos, nós até
escrevemos um livro chamado Obsessão silenciosa para trabalhar essas questões que a pessoa
não se dá conta, o Leôncio por exemplo só foi se dar conta do processo obsessivo depois que ele
desencarnou, depois que ele morreu né, porque a desencarnação foi muito tempo depois porque
não se dava conta mesmo uma pessoa que chegou de escrever vários livros espíritas que estão até
hoje nas nossas livrarias, aconteceu isso, imagina quem nem tem conhecimento e que passa batido
a maioria das vezes. Então, nesses fenômenos existentes interferência obsessiva, por isso, que
cabe a nós cuidarmos. O que vai receber ele ficar intensamente o vazio, o abandono e o isolamento
se chamam auto cuidado, essa virtude é fundamental, autocuidado é você cuidar de você mesmo,
para que o cuidado com o outro também aconteça. Então você trabalha com você no auto cuidado e
você atua com outro, cuidando do outro. Então, esse é um compromisso dos líderes no trabalho em
equipe, está sempre ali observando o companheiro para poder cuidar, isso é caridade, isso é o amor
ao próximo, amor incondicional que a vida nos convida a fazer, a praticar, faz sentido. Quando nós
fazemos exercícios do autocuidado o fenômeno obsessivo, o processo psicológico ele vai
arrefecendo, porque nós fazemos aquilo que a vida nos convida, a cuidar de nós mesmos. Tem
questões que só nós podemos fazer por isso que o isolamento, ninguém lhe dá nada, tem coisas
que é só nós, o outro não tem como fazer, mas essa proximidade, a solidariedade o cuidado com o
outro nos estimula para que nós nos cuidemos. Então, é muito importante que nós ressignifiquemos
essa prática do movimento espírita que as pessoas chamam auto suficiência, mas que na verdade é
indiferença. Nós observamos a pessoa com dificuldade, as vezes ela está até lacrimosa e – ah deve
estar obsediada, ora que passa, ora que resolve, faz isso, faz aquilo, como se as coisas fossem
simplistas assim, não são.

Ana faz um comentário:

Que quando a pessoa se isola de si mesmo, isola-se do outro, é que os espíritos se aproveitam
para intensificar o processo, é exatamente. Quanto mais isolamento, inclusive Kardec aborda isso no
Livro dos Médiuns, o médium fascinado ele tenta se isolar, principalmente na fascinação ele tenta se
isolar de outros que poderiam lhe abrir os olhos, Kardec fala isso. Isso serve para o médium e serve
pra qualquer trabalhador. Então, se nós estamos no trabalho do bem vamos auxiliar uns aos outros
nesses processos psicológicos, para jamais ficar nesse movimento de isolamento porque isso é
muito grave muito grave mesmo, muitas vezes nós ficamos sabendo que uma pessoa teve problema
depois que ela já se suicidou, isso tá acontecendo muito. Familiares de espíritas que se
surpreendem com familiares suicidando depois que o ato já foi consumado, porque, porque nós
ficamos muitas vezes isolados afetivamente, apesar de estarmos junto fisicamente. Então, isso na
nossa família devemos estar atentos a isso, nós com nosso grupo de trabalho com as pessoas que
estão próximas de nós, na nossa equipe de trabalho, conosco, analisando: estou tendo movimento
de vazio? Estou tendo movimento de abandono? Estou tendo movimento de isolamento? Cuidado,
cuide-se para que você possa estar inteiro e possa auxiliar outras pessoas, não fique na ideia de
que você é uma super pessoa que você nasceu para cuidar dos outros, só que cuidar do ponto de
vista egóica e não cuidar se e o cuidado mais profundo que essas questões essenciais - não meu
trabalho é fazer sopa e dá muita comida para os outros. louvável pensar assim, mas muitas vezes
essa própria atividade que você faz pode ser uma fuga dessas questões mais profundas da vida,
então tomemos cuidado com esses três movimentos vazio, abandono e isolamento, tanto de nós
mesmos quanto dos outros que se relacionam conosco.

Uma boa pergunta:

Será que na casa Espírita nós não estamos muito preocupados com os espíritos ou mesmo
com as pessoas que frequentam o centro Espírita e esquecemos uns dos outros?

Foi o que nós acabamos de falar, muitas vezes nós entramos numa indiferença com os
companheiros de trabalho, enquanto que o compromisso é de nós estarmos atentos uns aos outros,
atentos a nós mesmos, com os sinais dessa tríade: vazio, abandono e isolamento, atentos aos sinais
que os outros passam, para podermos desenvolver cada vez mais dentro dos centros espíritas a
solidariedade, para que o Centro Espírita se torna um laboratório moral nós vamos trabalhar esse
em dezembro no terceiro módulo, terceiro módulo do herança espiritual Cristã, que eles sejam
laboratório moral, mas para ele se tornar um laboratório moral só é possível se as pessoas
estiverem fazendo esforços de moralização, senão o Centro Espírita não são as paredes nem o
rótulo que está lá na fachada. O Centro Espírita São é a somatória das pessoas que estão ali; então
se o nossos esforço for de realmente cumprir as Leis desenvolvendo as virtudes, nós teremos um
movimento cada vez mais solidário, a lei de solidariedade é uma Lei intimamente ligada a lei de
amor, justiça e caridade em que nós vamos na solidariedade auxiliar uns aos outros no processo de
transformação. E aí, é uma transformação coletiva tornando-se Centro Espírita um lugar no
laboratório moral, então a essência do laboratório moral é o trabalho do bem efetivo dentro de nós.

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