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2. Fundação Teórica
Foi em 1947 que o plano do grafite foi descrito por P.R.Wallace,as previsões teóricas que
havia na época sobre estabilidade termodinâmica nas películas como grafeno, afirma-se
que este material estritamente bidimensional, não seria estável sob condições ambientes.
Acreditava que devido à instabilidade termodinâmica dessas películas, estas não
poderiam existir em estado livre na natureza. O assunto da estrutura de bandas do grafite
foi vastamente abordado posteriormente, então em 2004, André K. Geim e sua equipe do
centro de Nanotecnologia da Universidade de Manchester conseguiram isolar pela
primeira vez o grafeno, Geim e Novoselov foram agraciados com o prêmio Nobel de
Física pelo feito. Assim o grafeno revelou-se estável sob condições ambientes e também
possuidor de vastas qualidades(cristalina,eletrônica, flexível etc).
Grafeno é uma monocamada plana de átomos de carbono, trata-se do primeiro
material verdadeiramente bidimensional porque é constituído de uma única camada
atômica. Os átomos de carbono são organizados em células hexagonais com átomos
hibridizados na forma sp2, resultando em um elétron livre por átomo de carbono no orbital
p, assim tornando o grafeno um material utilizável em várias aplicações.
O grafeno é fundamental na estrutura dos alótropos do carbono,tais como o
grafite, nanotubo de carbono e fulereno. Figura 1.
3.2. Medicina
Na medicina também temos uma aplicação bem interessante, os cientistas estão estudando
o efeito antibacteriano do grafeno. Este trabalho publicado na Revista Polyteck, onde uso
generalizado de nanomateriais em biomedicina tem sido acompanhado por um crescente
interesse em compreender as suas interações com tecidos, células e biomoléculas.
Além disso, a forma como eles afetam a integridade de membranas celulares e
proteínas também tem sido estudada. Pesquisadores da Shanghai University, na China,
demonstraram, de forma experimental e teórica, que grafeno puro e nanofolhas de óxido
de grafeno podem induzir a degradação das membranas celulares de Escherichia coli
(bactéria que habita naturalmente o intestino, pode em excesso causa complicações). Eles
mostraram que nanofolhas de grafeno podem penetrar e extrair grandes quantidades de
fosfolipídios das membranas celulares. A compreensão relativa à interação dos
nanomateriais com membranas celulares auxilia no entendimento sobre como eles causam
citotoxicidade, o que é fundamental para a concepção de aplicações biomédicas mais
seguras envolvendo nanomateriais.
4. Conclusão
O grafeno tem se mostrado um material com múltiplas aplicações. Particularmente a
adição de grafeno em diferentes polímeros tem sido um tema bem discutido. Melhoras no
desempenho das propriedades mecânicas e de condutividade elétrica têm sido as
contribuições mais recorrentes da adição de grafeno a estruturas poliméricas.
O desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao grafeno pode promover a difusão
de conhecimento técnico-científico numa área promissora. Além do mais, pode também
despertar a motivação em ampliar investigações a respeito deste material e possibilitar
estudos de outra natureza.
Juntamente com os fatos citados, ainda existe a possibilidade de acompanhar uma
tendência observada nos maiores centros de pesquisa internacionais, elevando cada vez
mais a qualidade das pesquisas desenvolvidas no Brasil.
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