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SENAI-RS – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO SUL

CONSELHO REGIONAL
Presidente Nato
Paulo Gilberto Fernandes Tigre – Presidente do Sistema FIERGS

Conselheiros Representantes das Atividades Industriais – FIERGS

Titulares Suplentes
Ademar De Gasperi Arlindo Paludo
Astor Milton Schmitt Paulo Müller
Manfredo Frederico Koehler Pedro Antônio G. Leivas Leite

Representantes do Ministério da Educação

Titular Suplente
Antônio Carlos Barum Brod Renato Louzada Meireles

Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego

Titular Suplente
Neusa Maria de Azevedo Elisete Ramos

Diretor Regional e Membro Nato do Conselho Regional do SENAI-RS

José Zortéa

DIRETORIA SENAI-RS

José Zortéa – Diretor Regional


Paulo Fernando Presser – Diretor de Educação e Tecnologia
Paulo Fernando Basso – Diretor Administrativo-Financeiro
Paulo Homem
Marcos Gazzana

CNC Básico Torno

São Leopoldo
2006

1
 CNC Básico Torno 2006, SENAI-RS

Trabalho elaborado por técnicos, sob a coordenação, orientação e supervisão da


Unidade de Negócios em Educação Básica e Superior da Diretoria de Educação
e Tecnologia do Departamento Regional do SENAI-RS.

Coordenação Geral Paulo Fernando Presser DET


Coordenação Técnica Jorge Vicente Ribeiro DET/UNED
Coordenação Local Paulo Pires da Silva CEP SENAI Lindolfo Collor
Jaures de Oliveira CETEMP
Elaboração Paulo Homem Consultor CEP L. Collor
Marcos Gazzana Consultor CETEMP
Normalização bibliográfica Cristiane M. T. Luvizetto CEP SENAI Lindolfo Collor
Reprodução gráfica CEP SENAI de Artes Gráficas Henrique D’Ávila Bertaso

H765 HOMEM, Paulo; GAZZANA, Marcos. CNC Básico


Torno. São Leopoldo: Centro de Educação
Profissional SENAI Lindolfo Collor, 2006. 155 p. il.

1. Torno. 2. CNC I. Título


CDU – 621.941

SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul


Av. Assis Brasil, nº 8787
91140-000 – Porto Alegre, RS
Tel.: (051) 3347-8839
E-mail: uned@dr.rs.senai.br

SENAI - Instituição mantida e administrada pela Indústria

A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja


eletrônico, mecânico, de fotocópia, de gravação ou outros, somente será
permitida com prévia autorização, por escrito deste Departamento Regional.

2
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................9

1 HISTÓRICO.............................................................................................................11

2 O QUE É CNC?.......................................................................................................13

3 VANTAGENS DO COMANDO NUMÉRICO...........................................................15

4 PLANO CARTESIANO, SISTEMA DE COORDENADAS DA MÁQUINA.............17


4.1 SENTIDO DOS EIXOS X E Z...............................................................................17
4.2 FERRAMENTA À FRENTE DO CENTRO...........................................................18
4.3 FERRAMENTA ATRÁS DO CENTRO..................................................................18
4.4 SISTEMA DE COORDENADAS ABSOLUTAS....................................................19
4.5 SISTEMA DE COORDENADAS INCREMENTAIS..............................................20
4.6 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO.................................................................................22

5 PONTOS DE REFERÊNCIAS (ZEROS) BÁSICOS...............................................23


5.1 PONTO ZERO MÁQUINA “M”.............................................................................23
5.2 PONTO ZERO PEÇA “W”....................................................................................23
5.3 PONTO DE REFERÊNCIA DA MÁQUINA “R”.....................................................23
.
6 FUNÇÕES “G”...................................................................................................... 25
6.1 FUNÇÃO G00 ......................................................................................................25
6.2 FUNÇÃO G01...................................................................................................... 25
6.3 FUNÇÃO G20...................................................................................................... 26
6.4 FUNÇÃO G21 ......................................................................................................26
6.5 FUNÇÃO G90 ......................................................................................................26
6.6 FUNÇÃO G91.......................................................................................................27
6.7 EXERCÍCIOS.......................................................................................................30
6.8 FUNÇÃO G02 E G03 .........................................................................................38
6.8.1 Fornecendo o ponto central “i” e “k”.......................................................... 38
6.8.2 Fornecendo o raio...........................................................................................40
6.8.3 Exercícios.........................................................................................................42
6.9 FUNÇÃO G04 ......................................................................................................46
6.10 FUNÇÃO G07 ...................................................................................................46
6.11 FUNÇÃO G33 ....................................................................................................47
6.12 FUNÇÃO G37 ...................................................................................................50
6.13 FUNÇÃO G40 ...................................................................................................57
6.14 FUNÇÃO G41....................................................................................................57
6.15 FUNÇÃO G42.....................................................................................................57
6.16 FUNÇÃO G46 ....................................................................................................61
6.17 FUNÇÃO G47 ....................................................................................................61

3
6.18 FUNÇÃO G53 ....................................................................................................61
6.19 FUNÇÃO G54 e G55 .........................................................................................61
6.20 FUNÇÃO G66 ....................................................................................................62
6.20.1 Exercícios.......................................................................................................68
6.21 FUNÇÃO G67 ....................................................................................................74
6.21.1 Exercícios.......................................................................................................80
6.22 FUNÇÃO G68.....................................................................................................82
6.23 FUNÇÃO G70.....................................................................................................88
6.24 FUNÇÃO G71 ....................................................................................................88
6.25 FUNÇÃO G73 ....................................................................................................88
6.26 FUNÇÃO G74 ....................................................................................................89
6.26.1 Exercícios.......................................................................................................92
6.27 FUNÇÃO G75.....................................................................................................94
6.27.1 Exercícios.......................................................................................................98
6.28 FUNÇÃO G76...................................................................................................100
6.28.1 Exercícios.....................................................................................................104
6.29 FUNÇÃO G80...................................................................................................106
6.30 FUNÇÃO G83 ..................................................................................................106
6.31 FUNÇÃO G92 ..................................................................................................109
6.32 FUNÇÃO G94 ..................................................................................................110
6.33 FUNÇÃO G95 ..................................................................................................110
6.34. FUNÇÃO G96 .................................................................................................110
6.35 FUNÇÃO G97...................................................................................................111
6.36 FUNÇÃO G99 ..................................................................................................111

7 FUNÇÕES MICELÂNEAS OU AUXILIARES.....................................................113


7.1 FUNÇÃO M00 ...................................................................................................113
7.2 FUNÇÃO M01 ...................................................................................................113
7.3 FUNÇÃO M02 ...................................................................................................113
7.4 FUNÇÃO M03 ...................................................................................................113
7.5 FUNÇÃO M04 ...................................................................................................114
7.6 FUNÇÃO M05 ...................................................................................................114
7.7 FUNÇÃO M06 ...................................................................................................114
7.8 FUNÇÃO M07 ...................................................................................................114
7.9 FUNÇÃO M08 ...................................................................................................114
7.10 FUNÇÃO M09 .................................................................................................114
7.11 FUNÇÃO M10 .................................................................................................115
7.12 FUNÇÃO M11 .................................................................................................115
7.13 FUNÇÃO M30 .................................................................................................115

8 FUNÇÕES ESPECIAIS.........................................................................................117
8.1 FUNÇÃO “T” ......................................................................................................117
8.2 FUNÇÃO “/” ......................................................................................................117
8.3 FUNÇÃO “H”.....................................................................................................118
8.4 FUNÇÃO “N” .....................................................................................................118
8.5. FUNÇÃO “S” ....................................................................................................119
8.6 FUNÇÃO “F” .....................................................................................................119
8.7 FUNÇÃO “P” ...................................................................................................119
8.8 FUNÇÃO “L” ......................................................................................................119
8.9 FUNÇÃO “;” ....................................................................................................120

4
9 ESTRUTURA DE PROGRAMAÇÃO....................................................................121
9.1 INFORMAÇÕES SOBRE PROGRAMAÇÃO.....................................................121
9.2 FLUXOGRAMA DE PROGRAMAÇÃO..............................................................122
9.3 EXERCÌCIOS ....................................................................................................124

CONCLUSÃO..........................................................................................................153

REFERÊNCIAS.......................................................................................................155

5
6
APRESENTAÇÃO

No desenvolvimento histórico das Máquinas Ferramentas de usinagem,


sempre se procurou soluções que permitissem aumentar a produtividade com
qualidade superior e a minimização dos desgastes físicos na operação das
máquinas. Muitas soluções surgiram, mas até recentemente, nenhuma oferecia a
flexibilidade necessária para o uso de uma mesma máquina na usinagem de peças
com diferentes configurações e em lotes reduzidos.

Um exemplo desta situação é o caso do torno. A evolução do torno universal,


levou à criação do torno revólver, do torno copiador e torno automático, com
programação elétrica ou mecânica, com emprego de “cames”, etc. Em paralelo ao
desenvolvimento da máquina, visando o aumento dos recursos produtivos, outros
fatores colaboraram com sua evolução, que foi o desenvolvimento das ferramentas,
desde as de aço rápido, metal duro às modernas ferramentas com insertos de
cerâmica. As condições de cortes impostas pelas novas ferramentas exigiram das
máquinas novos conceitos de projetos, que permitissem a usinagem com rigidez e
dentro destes, novos parâmetros. Então, com a descoberta e, conseqüente
aplicação do Comando Numérico a Máquina Ferramenta de Usinagem, esta
preencheu as lacunas existentes nos sistemas de trabalho com peças complexas,
reunindo as características de várias destas máquinas.

7
8
1 HISTÓRICO

Em 1850, já se dizia em voz corrente, que a cibernética revolucionária,


completamente, as Máquinas Ferramentas de usinagem, mas não se sabia
exatamente como. Houve tendências iniciais de aplicar o computador para
comandos de máquinas, o que, de certa forma, retardou o aparecimento do CN.
Somente quando este caminho foi abandonado por ordem econômica,
principalmente, abriu-se para a pesquisa e o desenvolvimento do que seria o
“Comando Numérico”.

No conceito “Comando Numérico”, devem entender “numérico”, como


significando por meio ou através de números. Este conceito surgiu e tomou corpo,
inicialmente nos idos de 1848/50, nos Estados Unidos da América e, mais
precisamente, no Massachussets Institute of Tecnology, quando sob a tutela da
Parson Corporation e da Força Aérea dos Estados Unidos, desenvolveu-se um
projeto específico que tratava do “desenvolvimento de um sistema aplicável às
máquinas-ferramenta para controlar a posição de seus fusos, de acordo com os
dados fornecidos por um computador”, idéia, contudo, basicamente simples.

Em 1855 e 1857, a Força Aérea Norte-Americana utilizou em suas oficinas


máquinas C.N., cujas idéias foram apresentadas pela “Parson Corporation”. Nesta
mesma época, várias empresas pesquisavam, isoladamente, o C.N. e sua aplicação.
O M.I.T, Massachussets Institute of Tecnology, também participou das pesquisas e
apresentou um comando com entrada de dados através de fita magnética. A
aplicação ainda não era significativa, pois faltava confiança, os custos eram altos e a
experiência muito pequena. Da década de 60, foram desenvolvidos novos sistemas,
máquinas foram especialmente projetadas para receberem o C.N., e aumentou
muita a aplicação no campo da metalúrgica. Este desenvolvimento chega a nossos
dias satisfazendo os quesitos de confiança, experiência e viabilidade econômica.

A história não termina, mas abre-se nova perspectiva de desenvolvimento,


que deixam de envolver somente Máquinas Operatrizes de usinagem, entrando em
novas áreas. O desenvolvimento da eletrônica aliado ao grande progresso da
tecnologia mecânica, garante estas perspectivas do crescimento.

Atualmente, as palavras “Comando Numérico” começam a ser mais


freqüentemente entendidas como soluções de problemas de usinagem,
principalmente, onde não se justifica o emprego de máquinas especiais. Em nosso
país, já se iniciou o emprego de máquinas com C.N., em substituição aos controles
convencionais.

A Romi é uma das primeiras Industrias nacional a adotar o emprego de


máquinas equipadas com comando numérico em sua usinagem, é também, a
primeira a fabricar, no Brasil, máquinas ferramentas com C.N., iniciando, assim, a
história do C.N.C.

9
10
2 O QUE É CNC?

Como definição, pode-se dizer que o Comando Numérico é um equipamento


eletrônico capaz de receber informações através de entrada própria de dados,
compilar estas informações e transmiti-las em forma de comando à máquina
ferramenta de modo que esta, sem a intervenção do operador, realize as operações
na seqüência programada.

Para entendermos o princípio básico de funcionamento de uma máquina-


ferramenta a Comando Numérico, devemos dividi-la, genericamente, em duas
partes:

Comando Numérico

O C.N. é composto de uma unidade de assimilação de informações,


recebidas através de leitoras de fitas, entrada manual de dados, micro e outros
menos usuais.

Uma unidade calculadora, onde as informações recebidas são processadas e


retransmitidas às unidades motoras da máquina-ferramenta.

O circuito que integra a máquina-ferramenta ao C.N. é denominado de


interface, o qual será programado de acordo com as características mecânicas da
máquina.

Máquina-Ferramenta

O projeto da máquina-ferramenta deverá objetivar os recursos operacionais


oferecidos pelo C.N.. Quanto mais recursos oferecer, maior a versatilidade.

11
12
3 VANTAGENS DO COMANDO NUMÉRICO.

O Comando Numérico pode ser utilizado em qualquer tipo de máquina-ferramenta.


Sua aplicação tem sido maior nas máquinas de diferentes operações de usinagem,
como Tornos, Fresadoras, Furadeiras, Mandriladoras e Centros de Usinagem.

Basicamente, sua aplicação deve ser efetuada em empresas que utilizem as


máquinas na usinagem de séries médias e repetitivas ou em ferramentarias, que
usinam peças complexas em lotes pequenos ou unitários.

A compra de uma máquina-ferramenta não poderá basear-se somente na


demonstração de economia comparado com o sistema convencional, pois, o seu
custo inicial ficará em segundo plano, quando analisarmos os seguintes critérios na
aplicação de máquinas a C.N.

As principais vantagens são:

• Maior versatilidade do processo;


• Interpolações lineares e circulares;
• Corte de roscas;
• Sistema de posicionamento, controlado pelo C.N., de grande precisão;
• Redução na gama utilizável de ferramentas;
• Compactação do ciclo de usinagem;
• Menor tempo de espera;
• Menor movimento da peça;
• Menor tempo de preparação da máquina;
• Menor interação entre homem/máquina. As dimensões dependem, quase que
somente, do comando da máquina;
• Uso racional de ferramentas, faces aos recursos do comando/máquina, os
quais executam as formas geométricas da peça, não necessitando as
mesmas de projetos especiais;
• Simplificação dos dispositivos;
• Aumento da qualidade do serviço;
• Facilidade na confecção de perfis simples e complexos, sem a utilização de
modelos;
• Repetibilidade dentro dos limites próprios da máquina;
• Maior controle sobre desgaste das ferramentas;
• Possibilidade de correção destes desgastes;
• Menor controle de qualidade;
• Seleção infinitesimal dos avanços;
• Profundidade de corte perfeitamente controlável;
• Troca automática de velocidades;
• Redução do refugo;
• Menor estoque de peças em razão da rapidez de fabricação;
13
• Maior segurança do operador;
• Economia na utilização de operários não qualificados;
• Rápido intercâmbio de informações entre os setores de Planejamento e
Produção;
• Uso racional do arquivo de processos;
• Troca rápida de ferramentas.

14
4 PLANO CARTESIANO, SISTEMA DE COORDENADAS DA
MÁQUINA

Toda geometria da peça é transmitida ao comando com auxílio de um sistema


de coordenadas cartesianas.
O plano cartesiano é a base para todo o sistema de programação em um
programa CNC. Para o deslocamento da ferramenta com precisão é necessário
fornecer, entre outros dados, a coordenada cartesiana do ponto destino.

4.1 SENTIDO DOS EIXOS X e Z:

MOVIMENTO LONGITUDINAL Z

MOVIMENTO TRANSVERSAL

O sistema de coordenadas é definido no plano formado pelo cruzamento de


uma linha paralela ao movimento longitudinal (Z), com uma linha paralela ao
movimento transversal.

Todo movimento da ponta da ferramenta é descrito neste plano XZ, em


relação a uma origem pré-estabelecida (X0, Z0). Lembrar que X é sempre a medida
do diâmetro.

Observações:

O sinal positivo ou negativo introduzido na dimensão a ser programada é


dado pelo quadrante, onde a ferramenta está situada.

15
4.2 FERRAMENTA À FRENTE DO CENTRO.

TORRE DIANTEIRA

X-

3º QUADRANTE 4º QUADRANTE

Z- Z+
2º QUADRANTE 1º QUADRANTE

X+

4.3 FERRAMENTA ATRÁS DO CENTRO

TORRE TRASEIRA

X+

2º QUADRANTE 1º QUADRANTE

Z- Z+
3º QUADRANTE 4º QUADRANTE

X-

16
4.4 SISTEMA DE COORDENADAS ABSOLUTAS

No sistema, a origem é estabelecida em função da peça a ser executada, ou


seja, podemos estabelecê-la em qualquer ponto do espaço para facilidade de
programação. Este processo é denominado “Zero Flutuante”.

Como vimos, a origem do sistema foi fixada como sendo os pontos X0, Z0. O
ponto X0 é definido pela linha de centro do eixo-árvore. O ponto Z0 é definido por
qualquer linha perpendicular à linha de centro do eixo-árvore.

Durante a programação, normalmente a origem (X0, Z0) é pré-estabelecida


no fundo da peça (encosto das castanhas) ou na face da peça, conforme ilustração
abaixo:

X X

Z(+) Z(+)

ORIGEM (X0, Z0) ORIGEM (X0, Z0)

17
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
20 10x45°

E D

C COORDENADAS
MOVIMENTO
ABSOLUTAS
B
PARTIDA META EIXO
DE PARA X Z
A A B 30 30
Ø80

Ø50

Ø30
B C 50 20
C D 80 20
D E 80 0
B

E D

4.5 SISTEMA DE COORDENADAS INCREMENTAIS:

A origem deste sistema é estabelecida para cada movimento da ferramenta.

Após qualquer deslocamento haverá uma nova origem, ou seja, para qualquer
ponto atingido pela ferramenta, a origem das coordenadas passará a ser o ponto
alcançado.

Todas as medidas são feitas através da distância a ser deslocada.

Se a ferramenta desloca-se de um ponto A até B (dois pontos quaisquer), as


coordenadas a serem programadas serão as distâncias entre os dois pontos,
medidas (projetadas) em X e Z.
X

A
Z

C
B

18
Note-se que o ponto A é a origem do deslocamento para o ponto B e B será
origem para um deslocamento até um ponto C, e assim sucessivamente.

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

20 10x45°

E D

A
Ø80

Ø50

Ø30
B

E D

COORDENADAS
MOVIMENTO
INCREMENTAIS
PARTIDA META DIREÇÃO
DE PARA X Z
A B 30 0
B C 20 -10
C D 30 0
D E 0 -20

19
4.6 EXERCÍCIOS:

Complete as tabelas abaixo:

75
50
30
15

X-
Ø50

Ø35

Ø25
Ø15
Z+

X+

Coordenadas absolutas:

Eixo / posição X Z
p1
p2
p3
p4
p5
p6
Caso 1: os diâmetros da peça dados no eixo “X”, em medida de diâmetro.

Coordenadas incrementais:

Eixo / posição X Z
p1 15 0
p2
p3
p4
p5
p6
Caso 2: os diâmetros da peça dados no eixo “X”, em medida de raio.

20
5 PONTOS DE REFERÊNCIAS (ZEROS) BÁSICOS

Existem três pontos zeros básicos: ponto zero máquina, ponto zero peça e ponto de
referência aos eixos da máquina.

ponto de referência
aos eixos da
R máquina

ponto zero
M peça Z
ponto zero

W
máquina

Os pontos são definidos da seguinte forma:

5.1 PONTO ZERO MÁQUINA “M”

Ponto zero do sistema de coordenadas da máquina ou ponto zero máquina. É


o ponto inicial para todos os demais sistemas de coordenadas e pontos de
referência da máquina. É fixado pelo fabricante.

5.2 PONTO ZERO MÁQUINA “W”

Ponto zero do sistema de coordenadas da peça ou ponto zero da peça.


Permite ao usuário “deslocar” ou “criar” novos pontos zero sistema de coordenadas
em locais pré-determinados na peça e dimensionados em relação a uma única
origem, o ponto zero máquina. Obs.: já comentado em páginas anteriores.

5.3 PONTO ZERO MÁQUINA “R”

Ponto zero do sistema de coordenadas da máquina ou ponto de referência da


máquina. Serve como um ponto onde os eixos sempre serão deslocados ao ligar a
máquina para a sincronização do sistema de medição dos carros, das ferramentas e
de aferição. É fixado pelo fabricante. Na verdade, este ponto fica localizado no
flange do cone de fixação da placa e na face como sugere a figura acima.

21
22
6 FUNÇÕES “G”

As condições de trajetória juntas com as coordenadas e seus valores,


determinam a parte geométrica do programa. Elas são programadas pelo endereço
“G” e um número de até dois dígitos, podendo ser omitido os zeros iniciais. Como
funções preparatórias ou condições “Gs” temos: G90, G91, G00, G01, G02 e G03.
Todas elas são funções modais, ou seja, permanecem memorizadas (sendo
executadas) até ser sobreposta por uma outra função do mesmo grupo. Com isto
G90 cancela G91 e vice-versa, vale também para G00, G01, G02 e G03 que um
cancela o outro.

Existem funções ditas de posição básica que, tratam-se de todas ou toda a


função indicada, que aparece automaticamente no campo de funções memorizadas
do comando numérico quando é energizado, (1a operação após ligar a chave elétrica
geral) assim quando é “resetado” (limpeza de dados de parte da memória) ou
quando um programa retorna ao início através das funções de fim de programa.

Essas funções definem a máquina o que fazer, preparando-a para executar


um tipo de operação, ou para receber uma determinada informação. Podem ser
MODAIS ou NÃO MODAIS.

MODAIS: Funções que uma vez programadas permanecem na memória do


comando, valendo para todos os blocos posteriores, a menos que modificados por
outra função ou a mesma.

NÃO MODAIS: Funções que todas as vezes que requeridas, devem ser
programadas, ou seja, são válidas somente no bloco que as contém.

6.1. FUNÇÃO: G00

Aplicação: Posicionamento rápido.

Os eixos movem-se para a meta programada com a maior velocidade de


avanço disponível para cada modelo de máquina.

A função G00 é Modal e cancela as funções G01, G02, G03 e G73.

6.2 FUNÇÃO: G01

Aplicação: Interpolação linear com avanço programável.

Com esta função obtém-se movimentos retilíneos com qualquer ângulo,


calculado através de coordenadas e com um avanço (F) pré-determinado pelo
programador. É utilizado no momento que se iniciará a retirada de cavaco.

23
Geralmente nos tornos CNC utiliza-se o avanço em mm/rotação, mas este
também pode ser utilizado em mm/min.

O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando-se em conta o


material, a ferramenta e a operação a ser executada.

A função G01 é Modal e cancela as funções G00, G2, G3 e G73.

6.3 FUNÇÃO: G20

Aplicação: Programação em diâmetro.

Esta função define que o valor dimensional associado ao eixo X é em


diâmetro, e aplica-se aos códigos de programação X, I e U.

A Função G20 é um comando Modal e já se encontra ativa quando ligamos a


máquina, caso necessário aciona-la deverá ser programada em um bloco separado,
antes de qualquer movimento relativo à programação em diâmetro.

Cancela a Função G21 (programação em raio).

Pode-se verificar na página de “Status” a função comandada em destaque.

6.4 FUNÇÃO: G21

Aplicação: Programação em raio.

Esta função define que o valor dimensional associado ao eixo X é em raio e


aplica-se aos códigos de programação X, I e U.

A Função G21 é um comando modal e deve ser programada em um bloco


separado, antes de qualquer movimento relativo à programação em raio.

Cancela A Função G20 e será mostrada na página de “Status” em destaque.

6.5 FUNÇÃO: G90

Aplicação: Coordenadas absolutas

A função G90 significa: “Deslocar para uma e após outra determinada


posição sempre com referência a um mesmo ponto de origem das coordenadas”.

24
Valores ditos “absolutos” em um programa CN se referem ao ponto origem
sistema de coordenadas, que será sempre o mesmo durante a programação. Assim
o programa construído em “G90” terá todas as suas medidas em referencia (relação)
a um único ponto de origem para as suas distâncias.

6.6 FUNÇÃO: G91


Aplicação: Coordenadas Incrementais

A função G91 significa:

Deslocar... mm em uma e após outras determinadas posições sempre com


referência ao último ponto da parada de cada movimento programado.

Valores ditos “incrementais” em um programa CN se referem ao ponto origem


do sistema de coordenadas, que alterará sua posição a cada novo movimento no(s)
eixo(s). Assim sendo este construído em “G91”, terá cada uma das suas medidas
com referencia ao ponto anterior programado e tendo ele como ponto zero sistema
de coordenadas.

Função P:

Aplicação: Identificação de programa.

Todo programa principal ou sub-programa no diretório é identificado através de um


único número “P” de 2 dígitos, podendo variar na faixa de P01 a P88.

Os programas podem ser apagados do diretório ou ainda remunerados, se


necessário.

Nota: Se um sub-programa é remunerado, as referências a este programa contidas


em outros, não são automaticamente atualizadas.

Função L:

Aplicação: Número padrão de execuções.

A função “L” define o número de vezes que um determinado sub-programa deve ser
executado.

Pode-se chamar um sub-programa para múltiplas execuções, programando um


bloco contendo a função “P” (número do sub-programa) e “L” (número de vezes que
o sub-programa pode ser executado).

EXEMPLO:

P2 L3 # (define que o sub-programa 2 será executado 3 vezes).

25
PROGRAMAÇÃO INCREMENTAL E SUB-PROGRAMA

EXEMPLO:

100
20 20 10
3 0,5x45°

Ø45
Ø50

Programa principal (P1): Sub-programa (P2):

N10 G99 # N10 G91 #


. N20 G Z-20. #
. N30 G1 X-10. F.15 #
. N40 G X10. #
N50 G X55. Z110. # N50 G1 Z-.5 F.5 #
N60 P2 L3 # N60 X-5. #
N70 G90 # N70 X-1. Z.5 F.15 #
N80GX150.Z150. # N80 G X6. #
N80 M30 # N90 G1 Z.5 F.5 #
N100 X-5. #
N110 X-1. Z-.5 F.15 #
N120 G X6. #
N130 M2 #

26
Folha de anotações

27
6.7 EXERCÍCIOS

Exercício 1.
Elabore o programa utilizando:
G90 sistema de medida absoluto, G54 deslocamento da origem, G20 medidas
em Ø, G00 deslocamento linear em avanço rápido, G01 deslocamento linear em
avanço de trabalho.

Ø50
25
75

Ø75
100
125
150

Ø100

Ø150

Ø180

28
Folha de programação

29
Exercício 2.

Elabore o programa utilizado:


G90 sistema de medidas absoluto, G54 deslocamento da origem, G91
sistemas de medidas incrementais, G21 medidas em raio, G00 deslocamento linear
avanço rápido, G01 deslocamento linear em avanço de trabalho.

Ø25

25
12,5

Ø50
87,5
100
125

Ø75
18°
150

Ø100

Ø125

30
Folha de programação

31
Exercício 3

Elabore o programa utilizando:


G90 sistema de medidas absoluto, G91 sistema de medidas incrementais,
G54 deslocamento da origem, G20 medidas em Ø, G00 deslocamento linear em
avanço rápido, G01 deslocamento linear em avanço de trabalho.

100
80
60

40
Ø80

Ø60

Ø40

Ø20

32
Folha de programação

33
Exercício 4

Elabore o programa utilizando:


Ponto zero na placa, G90 Sistema de medidas absoluto, G20 Medidas em Ø,
G00 deslocamento linear em avanço rápido, G01 deslocamento linear em avanço de
trabalho.

125
100
87,5
75
62,5

50
Ø150
Ø100

Ø25
Ø50

Ø75

34
Folha de programação

35
6.8 FUNÇÃO: G02 E G03

Aplicação: Interpolação circular.

Tanto G02 como G03 executam operações de usinagem de arcos pré-


definidos através de uma movimentação apropriada e simultânea dos eixos. não são
Modais, cancelam a função G00 e autorizam o código G01 para movimentos
subseqüentes. Na programação de um arco deve-se observar as seguintes regras:

• O ponto de partida do arco é a posição de início da ferramenta;


• Programa-se o sentido de interpolação circular (horária ou anti-horária),
através dos códigos G02 ou G03;
• Juntamente com o sentido do arco programa-se as coordenadas do
ponto final do arco em X e Z, as funções I e K (coordenadas para o
centro do arco), ou então, a função R (valor do raio).

6.8.1 Função “I” e “K”

Aplicação: Coordenadas do centro do arco.

As funções I e K definem a posição do centro do arco, onde:

• I é paralelo ao eixo X.

• K é paralelo ao eixo Z.

As funções I e K são programadas tomando-se como referência a distância do


centro do arco até a origem do sistema de coordenadas.

X
R

C e n tro d o a rco

Z (+ )

O rig em (X 0 , Z 0 )

Notas:

- A função “I” deve ser programada em diâmetro.


- Caso o centro do arco ultrapasse a linha do centro devemos dar o sinal
correspondente ao quadrante.

36
O sentido de execução da usinagem do arco define se este é horário ou anti-
horário, conforme os quadros abaixo:

TORRE TRASEIRA (Quadrante Positivo)

G02 (HORÁRIO)

X+
G03 (ANTI-HORÁRIO)

TORRE DIANTEIRA (Quadrante Positivo)

G03 (HORÁ RIO)

X+

G02
(ANTI-HORÁRIO)

Observação:
No caso de termos ferramentas trabalhando em quadrantes diferentes, no
eixo transversal (quadrante negativo), devemos inverter o código de interpolação
circular (G02 e G03) em relação ao sentido de deslocamento da ferramenta.

37
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO

Ø80

25 15 1,5x45°

R3

10
R
Ø80

Ø50

Ø24
.
.
.
N30 G X21.Z81#
N40 G1 Z80. F.25#
N50 X24. Z78.5#
N60 Z50.#
N70 G2 X44. Z40. R10.#
ou
N70 G2 X44. Z40. I44. K50.#
N80 X50. Z25.#
N80 X74.#
N100 G3 X80. Z22. R3.#
ou
N100 G3 X80. Z22. I74.
K22.#
N110 Z#

Importante:
Antes da execução do bloco contendo a interpolação circular o comando
verifica automaticamente o arco e, se for geometricamente impossível a execução, o
comando o pára, mostrando a mensagem: “G02/G03 – DEF.ILEGAL”.

6.8.2 Função “R”

Aplicação: Definição de raio.

É possível programar “interpolação circular” até 180 graus com auxílio da


função R, discriminando o valor do raio sempre com sinal positivo.

38
Folha de anotações

39
6.8.3 EXERCÍCIOS

Exercício 1
Elabore o programa utilizando:
G90 sistema de medidas absoluto, G54 deslocamento da origem, G20
medidas em Ø, G00 deslocamento linear em avanço rápido, G01 deslocamento
linear em avanço de trabalho, G02 interpolação circular no sentido horário, G03
interpolação circular no sentido anti-horário.

100

75
,5
12
R

50
37,5
25
Ø125

Ø100

Ø50

Ø25
R
12
,5

40
Folha de programação.

41
Exercício 2
Elabore o programa utilizado:
G90 sistema de medidas absoluto, G54 deslocamento da origem, G21
medidas em raio, G00 deslocamento linear em avanço rápido, G01 deslocamento
em avanço de trabalho, G02 interpolação circular no sentido horário, G03
interpolação circular no sentido anti-horário.

100

62,5

25
Ø125

Ø75

Ø50
R
12
,5
R1

R
12
2,

,5
5

42
Folha de programação.

43
6.9 FUNÇÃO: G04

Aplicação: Tempo de permanência.

Entre um deslocamento e outro da ferramenta, pode-se programar um


determinado tempo de permanência da mesma. A função G04 executa uma
permanência, cuja duração é definida por um valor “D” associado, que define o
tempo em segundos.

Na primeira vez que um bloco com G04 aparece no programa, a função “D”
deve ser incluída no bloco.

Os novos tempos usados nos blocos seguintes e que tiverem o mesmo valor
da Função “D”, podem ser requeridos apenas com a programação da Função G04.

Durante o tempo de parada, o comando mostra ao operador na página de


status, o tempo decrescente.

Nota:

Quando o parâmetro “D” é usado para outro propósito, como por exemplo
com G37, será modificado qualquer tempo de permanência armazenado
anteriormente. Por esta razão será necessário restabelecer o tempo cancelado.

6.10 FUNÇÃO: G07

Aplicação: Retração da ferramenta.

Esta função permite ao operador interromper o processo de corte ou


usinagem, para fins de inspeção da peça, da ferramenta ou para troca de um
inserto.

Para utilizar este recurso é necessário que o programa em uso contenha a


Função “G07”, que é modal, ou seja, uma vez inserida no início do programa,
permanece com efeito até o final da execução do mesmo.

Entretanto, o programador deverá considerar que na programação da função


“G07”, o código “U” relativo ao eixo “X”, poderá ser programado com o sinal
(negativo ou positivo), para usinagem externa ou interna, respectivamente,
dependendo do quadrante que trabalha a ferramenta.

Se em um determinado perfil, o programador por medida de segurança achar


conveniente não permitir a Função de retração, bastará programar o código “G07”
sem nenhum parâmetro definido para “U” e “W”.

A função retração estará inibida quando da execução de um bloco com “G01”,


“G02”, “G03” ou “G73”.

44
Cada vez que for requisitada a retração, os eixos irão recuar de acordo com o
valor do incremento definido no bloco “G07”.

O avanço de retração poderá ser dado pelo parâmetro “F”, definido no próprio
bloco de “G07”. Caso não seja programado, o comando assumirá o avanço atual, ou
seja, o avanço que estava sendo utilizado na usinagem no momento da solicitação
da retração.

Observação:

Para utilizar esta função requer-se:

G07 U W (F) #, onde:

U = Valor do incremento do recuo no eixo “X”

W = Valor do incremento do recuo “Z”

F = Avanço do incremento para retração da ferramenta

Nota:

Como a função de retração sempre verifica qual código “G” está em uso,de
modo a saber se esta função deve ou não ser aceita, faz-se necessário reprogramar
um “G01” ou “G73” sempre após “G07” ter sido programado em um ponto qualquer
do programa, se o movimento posterior ao “G07” tiver que ser executado em “G01”
ou “G73”.

A programação de uma interpolação circular sempre exige a presença de


“G02” e “G03”, o que dispensa a reprogramação destes códigos após o “G07”.

6.11 FUNÇÃO: G33

Função G33 abre roscas nos eixos X e ou Z, em que cada profundidade é


programada em bloco separado.

Há possibilidade de abrir-se roscas em diâmetros internos e externos,


paralelas e cônicas, simples ou de múltiplas entradas, obtidas, se necessário, por
funções opcionais programadas no mesmo bloco da função G33.

Deve-se programar um bloco de G33 para cada passada de rosca.

O retorno da ferramenta e o posicionamento para uma nova passada devem


ser programados em blocos separados e subseqüentes contidos de avanço rápido
(G00).

A Função G33 é modal e requer:

45
G33 Z K (X) (I) (A) #, onde:

Z = Coordenada do ponto final da rosca no eixo longitudinal

K = Passo da rosca no eixo longitudinal

(X) = Coordenada do ponto final da rosca no eixo transversal (normalmente


usado para rosca cônica)

( I ) = Incremento no eixo transversal por passo (normalmente usado para


rosca cônica)

(A) = Abertura angular entre as entradas da rosca.


X(+) K X(+) K

I
Z(+) Z(+)

X(+) K K X(+) K
I

Z(+) Z(+)

46
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

ROSCA MÉTRICA DIÂMETRO 30 x 1,5

Relação de fórmulas:
H (Altura do filete)

H = (0.65 x Passo) x 2

H = 1.85

X (Diâmetro final)

X = Diâmetro inicial – Altura do filete

X = 30 – 1.85

X = 28.05

G33

N20 GX35. Z83.#


N25 X28.35#
80 N30 G33 Z48.5 K1.5#
50 N35 GX35.#
3
N40 Z83.#
N45 X28.85#
N50 G33 Z48.5 K1.5#
N55 GX35.#
N60 Z83.#
M30 x 1.5

N65 X28.55#
N70 G33 Z48.5 K1.5#
N75 GX35.#
N80 Z83.#
N85 X28.15#
N80 G33 Z48.5 K1.5#
N85 GX35.#
N100 Z83.#
N105 X28.05#
N110 G33 Z48.5 K1.5#
N115 GX35.#
N120 Z83.#

47
6.12 FUNÇÃO G37

Aplicação: Ciclo de roscamento automático.

Com esta função poderemos abrir roscas em diâmetros externos e internos,


roscas paralelas e cônicas, simples ou de múltiplas entradas com apenas um bloco
de informação, sendo que o comando fará o cálculo de quantas passadas forem
necessário, mantendo sempre o mesmo volume de cavaco retirado no primeiro
passe.

A função G37 não é modal e requer:

G37 X Z (I) K D E (A) (B) (W) (U) (L)

Onde:

X = Diâmetro final de roscamento (absoluto)

Z = Posição final do comprimento da rosca (absoluto)

I = Incremento no eixo X, por passo, para rosca cônica (diâmetro)

Observação: no caso de rosca cônica interna, o valor da função “I” deverá ser
negativo.

K = Passo da rosca (incremental)

A = Abertura angular entre as entradas da rosca (graus)

B = Ângulo de alimentação para roscamento (graus)

Observação: Valor programado = ângulo do inserto.

D = Profundidade para a primeira passada.

48
H
D=
Número de passes

E = Distância de aproximação para início do roscamento (incremental)

E = Diâmetro posicionado – diâmetro externo (usinagem externa)

E = Diâmetro da crista – diâmetro posicionado (usinagem interna)

W = Parâmetro para ângulo de saída de rosca (pull-out)

W 0 - > 0 grau

W 1 - > 30 graus

W 2 - > 45 graus

W 3 - > 60 graus

U = Profundidade do último passe rosca (diâmetro) (incremental)

L = Número de repetições do último passe da rosca (acabamento)

49
X(+) K

E
D

U
Z(+)

X(+)
K

B
E
D

Z(+)

X(+)
E
1mm

Z(+)

X(+)
E

K
I

Z(+)
50
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

83
35 15 3 30

M20x2.5
Ø60

H = (0.65 x passo) x 2
H = (0.65 x 2.5) x 2
H = 3.25

Diâmetro final = Diâmetro inicial – Alt. Do filete


Diâmetro final = 20 – 3.25
Diâmetro final = 16.75

Cálculo do número de passadas “D”:

Observação: No exemplo, cálculo para 11 passadas.

3.25
D=
11

E = Diâmetro posicionado – Diâmetro externo


E = 25 – 20
E=5
.
.

N60 GX25.Z88.#
N65 G37 X16.75 Z51.5K2.5 E5. D.88#

.
.
.

51
ROSCA CÔNICA:

Relação de fórmulas:

H = (0.866 x passo) x 2

I = Incremento eixo “X” por passo

I = (tg x Passo) x 2

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

Rosca Cônica NPT 11.5 fios/pol


Ø33.4

50 5

70

Passo:
K = 25.4 : 11.5
K = 2.208

Altura do filete:
H = (0.866 x 2.208) x 2
H = 3.826

Conversão do grau de inclinação:


1 grau 47 min = 1.78 graus

Altura do triângulo:

52
Cat. Oposto
tg =
Cat. Adjascente

Passando para o diâmetro, teremos: X = 1.55

Diâmetro inicial :
Diâmetro inicial = 33.4 – 1.55
Diâmetro inicial = 31.85

Diâmetro final :
Diâmetro final = diâm. Inicial – altura do filete
Diâmetro final = 31.85 – 3.826
Diâmetro final = 28.02

Conicidade (I):

I = (tg x P a ss o ) x 2
I = (tg 1.78 x 2.208) x 2
I = 0.137

Distância de aproximação (E):

E = Diâm. Posicionado – diâm. Inicial


E = 37 – 31.85
E = 5.15

Números de passadas (D):

Observação: no exemplo, cálculo para 16 passadas.

3.826
D=
16

D = 0.8565

N70 GX37. Z75.#


N75 G37 X28.02 Z50. K2.208 I.137 E5.15 D.8565#

Observação: Durante a execução de qualquer função de roscamento, a


rotação do eixo árvore não deve ser superior ao valor determinado pela seguinte
relação:

Cte
RPM Max =  Constante para GALAXY = 5000
K Constante para CENTUR = 3000
Constante para COSMOS = 5000

53
ROSCAS COM VÁRIAS ENTRADAS:

Relação de fórmulas:

K = (passo)
K = passo x número de entradas (passo programado)
A = (abertura angular entre as entradas da rosca)
A = 360 graus : números de entradas da rosca

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

ROSCA 3 ENTRADAS M25 x 2

N75 G X30. Z112.#

100

60
4
M25 x 2 3 entradas

A 0°.

A 120°. A 240°.

Diâmetro inicial:
N80 G37 X22.4 Z62. K6. E5. D86 A0.#
N85 G37 X22.4 Z62. K6. E5. D86. A120.#
N80 G37 X22.4 Z62. K6. E5. D86 A240.#

54
6.13 FUNÇÃO: G40

Aplicação: Cancela compensação do raio da ponta da ferramenta.

A função G40 deve ser programada em um bloco, próprio para cancelar as


funções previamente solicitadas como G41 e G42. Esta função, quando solicitada
pode utilizar o bloco posterior para descompensar o raio do inserto que deve ser
inserido na página de “Dimensões de Ferramentas”.

A função G40 é modal e está ativa quando o comando é ligado.

O ponto comandado para trabalho encontra-se no vértice entre os eixos X e


Z.

PONTO COMANDADO

6.14 FUNÇÃO G41

Aplicação: Compensação do raio da ponta da ferramenta (esquerda).

A função G41 seleciona o valor da compensação do raio da ponta da


ferramenta, estando à esquerda da peça a ser usinada, vista em relação ao sentido
do curso de corte.

6.15 FUNÇÃO G42

Aplicação: Compensação do raio da ponta da ferramenta (direita).

Esta função implica em uma compensação similar à função G41, exceto que a
direção da compensação é à direita, vista em relação ao sentido do curso de corte.
55
Notas:

- A geometria da ponta da ferramenta e a maneira na qual ela foi informada


são definidas pelo código “L”, na página de “Dimensões de Ferramentas”.

- As funções de compensação (G41 ou G42) devem ser programadas em um


bloco separado a ser seguido por um bloco de aproximação com movimento linear
(G01 ou G73), para que o comando possa neste espaço fazer a compensação do
raio da ferramenta, onde se recomenda que o movimento seja feito sem o corte do
material.

Exemplo:

.
.
.
N50 G41 (G42) #
N60 G1 X... Z... F... # (Este bloco de aproximação será utilizado para a
compensação).
.
.
.

Nunca se deve utilizar o código G00 (avanço rápido), quando se estiver


compensado o raio do inserto.

Ciclos fixos não são possíveis quando o comando estiver compensando o raio
da ferramenta.

As funções G41 e G42 são modais, portanto cancelam a função G40.

É bom lembrarmos que o importante para escolha do código G41 ou G42


adequado para cada caso, é o sentido do corte, como veremos a seguir.

56
CÓDIGOS PARA COMPENSAÇÃO DO RAIO DA FERRAMENTA
(TORRE TRASEIRA)
QUADRANTE (+)

G41
G42

G41 G42

QUADRANTE (-)

G41
G42

G42 G41

57
CÓDIGOS PARA COMPENSAÇÃO DO RAIO DA FERRAMENTA:
(TORRE DIANTEIRA)

QUADRANTE (+)

G42
G41

G41 G42

QUADRANTE (-)

G42
G41

G42 G41

58
6.16 FUNÇÃO: G46

Aplicação: Inibe a velocidade de corte constante.

A função G46 é utilizada para, temporariamente, inibir ass variações na


velocidade do eixo-árvore, quando se estiver programando a função G96
(Velocidade de corte constante).

A função G46 é modal e cancela a G47.

6.17 FUNÇÃO: G47

Aplicação: Ativa a velocidade de corte constante.

Seguindo uma Velocidade Corte Constante, inibida por “G46”, a função G47
restabelecerá a velocidade de corte constante, permitindo que a RPM do eixo-árvore
varie automaticamente, baseada na distância do movimento ao longo do eixo “X” da
linha de centro do eixo-árvore para a ponta da ferramenta.

A função G47 deverá ser programada exatamente antes do ponto, onde a


velocidade de corte constante precisa ser restaurada.

A função G47 é modal e cancela G46.

6.18 FUNÇÃO: G53

Aplicação: Cancela todos “corretores” de placa.

Esta função cancela a transferência do zero da placa, determinado pelas


funções G54 e G55, contidas na página de “Dimensões”.

6.19 FUNÇÃO: G54 E G55


Aplicação: Ativa o primeiro e o segundo “corretor” de placa.

Estas funções deslocam o zero-peça original (definido por software) para uma
distância pré-determinada, definida pelo programador (face frontal ou face de
encosto).

Estas funções estão contidas na página de “Dimensões”, com o título “Placa”


e os valores contidos referem-se somente ao eixo “Z”.

Os códigos, quando utilizados, devem ser programados para todas as


ferramentas do programa, que exijam a confirmação da mudança do zero-peça.

59
6.20 FUNÇÃO: G66

Aplicação: Ciclo automático de desbaste longitudinal.

Este ciclo permite a usinagem de desbaste completa de uma peça utilizando-


se apenas de um bloco de programação.

A função G66 requer um sub-programa com as dimensões de acabamento da


peça.

A função G66 não é modal e requer:

G66 X Z I K (U1) W P F #

Onde:

X = Diâmetro de referência para início de torneamento.

Z = Comprimento de referência para início de torneamento.

I = Sobremetal para acabamento no eixo X (diâmetro).

K = Sobremetal para acabamento no eixo Z.

W = Incremento por passada (diâmetro).

P = Sub-programa que contém as dimensões de acabamento do perfil da


peça.

F = Avanço programado para desbaste.

U1 = Pré-acabamento paralelo ao perfil final, mantendo as dimensões pré-


estabelecidas (opcional).

Importante:

- Deve-se sempre observar as medidas do material em bruto nos


posicionamentos de “X” e “Z” do ciclo G66 e na definição do perfil da peça no sub-
programa.

- O ciclo G66 não permite a execução de “mergulhos” nas peças, isto é, as


coordenadas devem ser ascendentes ou descendentes.

60
DESBASTE EXTERNO PARALELO AO EIXO Z:

A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste externo deverá seguir as


seguintes condições:

X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4

Z = Comprimento da peça em bruto + 2

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO

70
50

40

25

Ø20
Ø50
Ø80

R5

2x45°

Posicionamento inicial:

X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4


X = 80 + 4
X = 84

Z = Comprimento da peça em bruto + 2


Z = 70 + 2
Z = 72

61
Programa Principal:

N70 G66 X84. Z72. I1. K.3 U1 W4. P10 F.3 #

Sub-programa 10 (P10)

N05 G1 X16. Z70. F.2 #


N10 X20. Z68. #
N15 Z55. #
N20 G2 X30. Z50. R5. #
N25 G1 X50. #
N30 Z40. #
N35 X80. Z25. #
N40 M2 #

Observações:

- Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa são: G01, G02,


G03 e G73.

- No sub-programa, observar que o último ponto em X deve ser igual ao


diâmetro da peça usinada.

- Após executar o ciclo de desbaste, a ferramenta retornará automaticamente


ao ponto inicial programado no bloco G66.

Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa P10, para o acabamento da peça


com a mesma ferramenta, teremos:

Programa Principal:

.
.
.
.
.
N70 G66 X84. Z72. I1. K.3 U1 W4. P10 F.3 #
N75 G X14. #
N80 G42 #
N85 P10 #
N80 G40 #
N85 G0 X83. #

Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste, no


acabamento da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será necessário que
ambas estejam no mesmo quadrante.

62
DESBASTE INTERNO PARALELO AO EIXO Z:

A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste interno deverá seguir as


seguintes condições:

X = Menor diâmetro em bruto – 4

Z = Comprimento da peça em bruto + 2

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

R
5
Ø30
Ø50
Ø80

20 2x45°
45
55
70

Posicionamento inicial:

X = Menor diâmetro da peça em bruto – 4


X = 30 – 4
X = 26

Z = Comprimento da peça em bruto + 2


Z = 70 + 2
Z = 72

63
Programa Principal:
.
.
N80 G66 X26. Z72. I.8 K.2 U1 W3. P20 F.3 #
.
.

Sub-programa 20 (P20):

N05 G1 X80. Z70. F2. #


N10 X76. Z68. #
N20 Z60. #
N30 G3 X66. Z55. R5. #
N40 G1 X50. #
N50 Z45. #
N60 X30. Z20. #
N70 M2 #

Observações:

-Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa: G01, G02, G03,


G04 e G73.

- No sub-programa, observar que o último ponto X deve ser igual ao


diâmetro do furo da peça em bruto.

- Após executar o ciclo de desbaste a ferramenta retornará automaticamente


ao ponto inicial programado no bloco G66.

Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa P20, para o acabamento da peça


com a mesma ferramenta, teremos:

Programa Principal:

N80 G66 X26. Z72. I.8 K.2 U1 W3. P20 F.3 #


N85 G X82. #
N80 G41 #
N85 P20 #
N100 G40 #
N105 G1 X28. #
N110 G Z72. #

Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no


acabamento da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será necessário que
ambas estejam no mesmo quadrante.

64
Folha de anotações

65
6.20.1. Exercícios

Exercício 1

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66


desbaste externo paralelo ao eixo Z:

115
100
90
60
10
Ø100

Ø36
Ø44
Ø56
Ø80

66
Folha de programação

67
Exercício 2
Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66
Desbaste externo paralelo ao eixo Z:

125
80
45
Ø100

Ø55
Ø80

R1

3x45°
2

68
Folha de programação

69
Exercício 3

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66


Desbaste externo paralelo ao eixo Z:

120

90

50
Ø116

Ø30
Ø64

R6
R
12
R
10

70
Folha de programação

71
6.21 FUNÇÃO: G67

Aplicação: Ciclo automático de desbaste transversal

Este ciclo permite a usinagem de desbaste completa de uma peça utilizando-


se apenas de um bloco de programação.

A função G67 não permite inversões de cotas no eixo “X” e “Z”, em um ciclo
de desbaste ou contorno.

A função G67 requer um sub-programa com as dimensões de acabamento da


peça.

A função G67 não é modal e requer:

G67 X Z I K (U1) W P F #

Onde:

X = Diâmetro de referência para início de torneamento.

Z = Comprimento de referência para início de torneamento.

I = Sobre metal para acabamento no eixo X (diâmetro)

K = Sobre metal de acabamento no eixo Z.

W = Profundidade por passada no comprimento.

P = Sub-programa que contém as dimensões de acabamento do perfil da


peça.

F = Avanço programado para desbaste.

U1 = Pré-acabamento paralelo ao perfil final, mantendo as dimensões pré-


estabelecidas (opcional).

Importante: Deve-se sempre observar as medidas do material em bruto nos


posicionamentos de “X” e “Z” do ciclo G67 e na definição do perfil da peça no sub-
programa.

O ciclo G67 não permite a execução de “mergulhos” nas peças, isto é, as


coordenadas devem ser ascendentes ou descendentes.

72
DESBASTE EXTERNO PARALELO AO EIXO X:

A regra para posicionamento inicial para o ciclo de desbaste externo deverá


seguir as seguintes condições:

X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4

Z = Comprimento da peça em bruto + 2

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
2x45°

R5
Ø80

Ø55

Ø28
Ø38

20
54
65
70

Posicionamento inicial:
X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4
X = 80 + 4
X = 84

Z = Comprimento da peça em bruto + 2


Z = 70 + 2
Z = 72

73
Programa Principal:
.
.

N50 G67 X84. Z72. I1. K.3 U1 W2. P30 F.2 #


.
.

Sub-programa 30 (P30)

N05 G1 X28. Z70. F.1 #


N10 Z65. #
N15 X38. Z54. #
N20 X55. #
N25 Z25. #
N30 G2 X65. Z20. R5. #
N35 G1 X76. #
N40 X80. Z18. #
N45 M2 #

Observações:

- Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa: G01, G02, G03


G04 e G73.

- No sub-programa, observar que o último ponto em X deve ser igual ao diâmetro da


peça em bruto.

- Após executar o ciclo de desbaste, a ferramenta retornará automaticamente ao


ponto inicial programado no bloco G67.

Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa P30, para o acabamento da peça


com a mesma ferramenta, teremos:

Programa Principal:
.
.
N50 G67 X 84. Z72. I1. K.3 U1 W2. P30 F.2 #
N55 G X26. #
N60 G42 #
N65 P30 #
N70 G40 #
N75 G1 X82. #
.
.

Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no acabamento


da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será necessário que ambas estejam
no mesmo quadrante.

74
DESBASTE INTERNO PARALELO AO EIXO X:

A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste interno deverá seguir


as seguintes condições:

X = Menor diâmetro da peça em bruto – 4

Z = Comprimento da peça em bruto + 2

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

70
55
20

R5
2x45°

Ø30

Ø53

Ø70
Ø60

75
Posicionamento inicial:

X = Menor diâmetro da peça em bruto –4


X = 30-4
X = 26

Z = Posicionamento do ponto zero na peça +2


Z = 70+2
Z = 72

Programa Principal:
.
.
N60 G67 X26. Z72. I.5 K.2 U1 W1.5 P40 F.25 #
.
.

Sub-programa 40 (P40)

N05 G1 X70. Z70. F.2 #


N10 X60. Z55. #
N15 X53. #
N20 Z25. #
N25 G3 X43. Z20. R5. #
N30 G1 X34. #
N35 X30. Z18. #
N40 M2 #

Observações:

- Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa, são: G01, G02,


G03, G04, G73.
- No sub-programa, observar que o último ponto em X deve ser igual ao
diâmetro do furo da peça em bruto.
- Após executar o ciclo de desbaste a ferramenta retornará automaticamente
ao ponto inicial programado no bloco G67.

Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa P40 para o acabamento da peça,


com a mesma ferramenta, teremos:

76
Programa Principal:
.
.

N60 X26. Z72. I.5 K.2 U1 W1.5 P40 F.25 #


N65 G X72. #
N70 G41 #
N75 P40 #
N80 G40 #
N85 X28. #
N80 G Z72. #
.
.

Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no


acabamento da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será necessário que
ambas estejam no mesmo quadrante.

77
6.21.1 Exercício

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função G67


ciclo automático de desbaste transversal

78
Folha de programação

79
6.22 FUNÇÃO: G68

Aplicação: Ciclo automático de desbaste paralelo ao perfil final.

O ciclo G68 permite a usinagem de desbaste completa de uma peça,


utilizando-se apenas de um bloco de programação.

A função G68 não permite inversões de cotas nos eixos “X” e “Z”, em um ciclo
de desbaste.

Este ciclo é específico para materiais fundidos e forjados, pois a ferramenta


segue sempre um percurso paralelo a um perfil definido.

O ciclo G68 pode assumir torneamento ou faceamento, dependendo do


sentido de corte determinado no sub-programa.

A função G68 requer um sub-programa com as dimensões de acabamento da


peça.

A função G68 não é modal e requer:

G68 X Z I K E W P F #

Onde:

X = Diâmetro de referência para início de torneamento.

Z = Comprimento de referência para início de torneamento.

I = Sobremetal para acabamento no eixo X (diâmetro)

K = Sobremetal para acabamento no eixo Z

W = Incremento por passada no eixo programado.

P = Sub-programa que contém as dimensões de acabamento do perfil da


peça.

F = Avanço programado de desbaste.

E = Espessura total do material a ser removido.

O ciclo G68, utilizando como ciclo de torneamento, requer as seguintes


condições:

Posicionamento em “X”:
X = Maior diâmetro + E + I + 4 (usinagem externa)

80
X = Menor diâmetro – E – I – 4 (usinagem interna)

Posicionamento em “Z”.

Z = Comprimento da peça + E/2 + K + 2


Cálculo do “W” (profundidade):

W = [ (E – I) : número de passes ] : 2

Os valores de “E” e “w”, dentro do ciclo G68 (torneamento) deverão ser


programados em raio.

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO

USINAGEM EXTERNA:

Sub-programa de acabamento distanciando-se da linha de centro (G68 como


ciclo de torneamento).

No exemplo, foi considerado:

E = 4 mm (diâmetro)
Desbaste em duas passadas
Sobremetal no eixo “X” = 0.5 mm (diâmetro)
Sobremetal no eixo “Z” = 0.2 mm
Ø80

Ø50
Ø25

20
30
50
66
75

81
Cálculos:

X = Maior diâmetro + E + I + 4
X = 80 + 4+ 0.5 + 4
X = 88.5

Z = Comprimento da peça + E/2 + K + 2


Z = 75 + 2 + 0.2 + 2
Z = 78.2

W = [(E – I) : número de passes] : 2


W = [(4 – 0.5) : 2 ] : 2
W = 0.875

Programa Principal:
.
.
N70 G68 X88.5 Z78.2 I.5 K.2 E2. W.875 P50 F.3 #
.
.

Sub-programa 50 (P50)

N05 G1 X25. Z75. F.2 #


N10 Z66. #
N15 X50. Z50. #
N20 Z30. #
N25 X80. Z20. #
N30 M2 #

Observações:

- Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa são: G01, G02,


G03, G04 e G73.
- No sub-programa, observar que o último ponto em X deve ser igual ao
diâmetro da peça em bruto.
- No final de cada passe a ferramenta retrai o ponto de início, prosseguindo
então para o passe posterior de forma contínua até que o perfil final seja atingido.

82
Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa para o acabamento da peça, com
a mesma ferramenta, teremos:

N70 G68 X88.5 Z78.2 I.5 K.2 E2. W875 P50 F.3 #
N75 G X23.#
N80 G42 #
N85 P50 #
N90 G40 #
N95 G1 X84. #

Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no


acabamento da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será necessário que
ambas estejam no mesmo quadrante.

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO

USINAGEM INTERNA:

Sub-programa de acabamento indo em direção à linha de centro (G68 como


ciclo de torneamento).

No exemplo, foi considerado:

E = 5 mm (diâmetro)
Desbaste em uma passada
Sobremetal no eixo “X” = 1 mm (diâmetro)
Sobremetal no eixo “Z” = 0.3 mm

83
60
55
50
24
Ø60

Ø40
Ø70

Ø50

Ø35

Cálculos:

X = Menor diâmetro – E – I – 4
X = 35 – 5 – 1 – 4
X = 25

Z = Comprimento da peça + E/2 + K + 2


Z = 60+ 2.5 + 0.3 +2
Z = 64.8

W = [(E – I) : número de passes] : 2


W = [(5 – 1) : 1 ] : 2
W=2
84
Programa Principal:

.
.
.
N50 G68 X 25. Z64.8 I1. K.3 E2.5 W2. P60 F.2 #
.
.
.

Sub-programa 60 (P60)

N05 G1 X70. Z60. F.2 #


N10 Z55. #
N15 X60. Z50. #
N20 X50. #
N25 X40. Z24. #
N30 X35. #
N35 M2 #

Observações:

- Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa são: G01, G02,


G03, G04 e G73.

- No sub-programa, observar que o último ponto em X deve ser igual ao


diâmetro da peça em bruto.

- No final de cada passe a ferramenta retrai o ponto de início, prosseguindo


então para o passe posterior de forma contínua até que o perfil final seja atingido.

Nota: Querendo-se utilizar o sub-programa para o acabamento da peça, com


a mesma ferramenta, teremos:

.
.
.

N50 G68 X25. Z64.8 I1. K.3 E2.5 W2. P60 F.2 #
N55 G X72. #
N60 G41 #
N65 P60 #
N70 G40 #
N75 G1 X32. #
N80 G Z100. #
.
.
Importante: Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste no
acabamento da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será necessário que
ambas estejam no mesmo quadrante.

85
6.23 FUNÇÃO: G70

Aplicação: Programação em polegada.

Esta função prepara o comando para computar todas as entradas de dados


em polegadas.

A função G70 é modal e deve ser programada em um bloco separado.

O operador pode selecionar o modo do sistema de unidade para polegada ou


métrico, através do painel de controle ou por programa através de funções G70 e
G71.

Nota: Não se deve alterar o modo POLEGADA para MÉTRICO e vice-versa


no meio da programação, pois o controle requer uma operação de REFERÊNCIA DA
MÁQUINA (Machine home) quando o modo da unidade é alterado.

6.24 FUNÇÃO: G71

Aplicação: Programação em milímetro.

Esta função prepara o comando para computar todas as entradas de dados


em milímetros. Não há necessidade de programar-se está função, pois a mesma,
está ativa quando o comando é ligado.

A função G71 é Modal e, se necessário, deverá ser programada em um bloco


separado.

6.25 FUNÇÃO: G73

Aplicação: Interpolação linear ponto a ponto

Esta função é semelhante a G01 (interpolação linear), embora quando


empregada fique disposta a trabalhar do mesmo modo do que a interpolação Ponto
a Ponto, removendo o efeito de arredondamento dos cantos, resultantes de
movimentos lineares consecutivos.

Observação: O tamanho do canto


arredondado é diretamente proporcional
ao valor da velocidade de avanço
programado.
G01
A função G73 é Modal e cancela-se G01
e G00.
G73

86
6.26 FUNÇÃO: G74

Aplicação: Ciclo de furação e torneamento com descarga de cavacos.

- Furação:

A função G74, como ciclo de furação requer:

G74 Z (W) F # , onde:

Z = Posição final (absoluto)

W= Distância para quebrar cavaco (incremental)

F = Avanço programado para função.

Observações:

- Na ausência da função W, o eixo Z avança para o ponto final, em movimento


contínuo.
- A função G74 não é modal.

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
70
15
Ø80
Ø12

.
.N50 G X Z75. #
N55 G74 Z-5. W15. F.15 #
.
.

87
- Torneamento:

A função G74 pode ser utilizada como ciclo de torneamento paralelo ao eixo
Z, o qual torneia com sucessivos passes, até o diâmetro desejado.

A função G74, como ciclo de torneamento, requer:

G74 X Z I (U1) F #, onde:

X = Diâmetro final (absoluto)


Z = Posição final (absoluto)
I = incremento por passada no diâmetro (incremental)
U1 = Recuo angular da ferramenta (incremental)

Observações:

- Posicionar a ferramenta no diâmetro da primeira passada.

- Se houver a função U1 num ciclo de torneamento, então a cada passada o


comando fará um retorno no eixo X, no sentido contrario a penetração e com valor
da função l até a posição inicial Z.

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

.
.
.
N70 G X84. Z83.#
N75 G 74 X30. Z28. I6. U1 F.3#
.
3
Ø90
Ø30

.
.

28
80

70 .
25 .
.
2.5

N30 G X30. Z73.#


N35 G74 X50. Z25. I5. U1 F.25#
.
.
Ø50
Ø25

88
Folha de anotações

89
6.26.1 Exercício

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G74 Ciclo


de furação e de torneamento.

125

95

60
Ø150

Ø20
Ø50
Ø80

90

90
Folha de programação

91
6.27 FUNÇÃO: G75

Aplicação: Ciclo de canais e faceamento.

• Faceamento:

A função G75 descreve seu ciclo paralelo ao eixo X, auxiliando nos trabalhos
de desbaste como ciclo de faceamento.

A função G75, como ciclo de torneamento, requer:

G75 X Z (U1) F #, onde:

X = Diâmetro final (absoluto)

Z = Posição final (absoluto)

I = Incremento por passada em Z (incremental)

U1 = Recuo angular da ferramenta (incremental)

F = Avanço

Observações:

- Posicionar a ferramenta no comprimento da primeira passada.

- Se houver a função U1 no ciclo de faceamento, então a cada passada o comando


fará um retorno no eixo Z, no sentido contrario a penetração, com valor a função K
até a posição inicial X.

92
EXEMPLOS DE PROGRAMAÇÃO:

.
.
N20 G X65. Z88. #
N25 G75 X25. Z60 K2. U1 F.2 #
.
Ø60
Ø25

60
90

90
70 2

.
.
N80 G X28. Z82. #
N85 Z88.5 #
N80 G75 X45. Z70. K1.5 U1 F.15 #
N85 Z82. #
.
Ø80
Ø45
Ø30

93
• Canais:

O ciclo G75 pode ser usado também como ciclo de canais, podendo-se
programar a quebra de cavacos.

Neste ciclo, os canais devem ser eqüidistantes sendo que o último canal será
executado na posição Z programada, independentemente de estar ou não na
mesma distância dos demais.
Na ausência da função W, o eixo X avança para o diâmetro final com
movimento contínuo.

A função G75, como ciclo de canais, requer:

G75 X (Z) (W) (K) (D) F #, onde:

X = Diâmetro final (absoluto)


Z = Posição final (absoluto)
W = Distância para quebra cavacos (incremental)
K = Distância entre os canais (incremental)
D = Tempo de permanência (segundos)
F = Avanço

Observações:

- Na ausência da função W, e o eixo X avança para o diâmetro final com movimento


contínuo.
- A função G75 não é modal.

EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

25 10 14
.
.
N60 G X75. Z67. #
N65 G75 X60. Z25. K14. F.1 #
.
.
Ø70

Ø60

67

100

94
Folha de anotações

95
6.27.1. Exercicio

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G75


Ciclo de canais e de faceamento.

75

5 10
Ø150

Ø70

Ø80

100

130

96
Folha de programação

97
6.28 FUNÇÃO: G76

Aplicação: Ciclo de roscamento automático.

Com esta função poderemos abrir roscas com apenas um bloco de


informações, sendo que o comando fará o cálculo de quantas passadas serão
necessárias e o último incremento será subdividido em 4 passadas:

(W/2, W/4, W/8, W/8)


Z FINAL K B

W=Ø

U=Ø
X = Ø FINAL

A função G76 não é Modal e requer:

G76 X Z K U W (A) (B) (I)

Onde:

X = Profundidade final do roscamento (diâmetro) (absoluto)

Z = Posição final do comprimento de rosca (absoluta)

K = Passo da rosca

U = Profundidade da rosca no diâmetro (Incremental)

W = Profundidade por passada no diâmetro (incremental)

(A) = Abertura angular entre as entradas da rosca (graus)


(B) = Ângulo de alimentação para sistema composto (graus)
(I) = Conicidade incremental no eixo X para rosca Cônica (diâmetro)

98
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
50
33

M25 x 2

H = (0.65 x 2) x 2
H = 2.6

Diâmetro final = Diâmetro inicial – altura do filete


Diâmetro final = 25 – 2.6
Diâmetro final = 22.4

Observação: No exemplo, de acordo com o valor de W = 0.52, a rosca será


executada em 8 passadas, sendo:

- da primeira a quarta passada (W = 0.52)


- da quinta passada (W = 0.26)
- da sexta passada (w = 0.13)
- da sétima e oitava passada (W = 0.065)

.
.
.
N60 G X30. Z54. #
N65 G76 X22.4 Z35. K2. U2.6 W0.52 #
.

99
.ESQUEMA PARA PROGRAMAÇÃO DE ROSCA ESQUERDA E DIREITA:

Posição do inserto:

Adotar: (E) Esquerda - Face de corte para cima


(D) Direita
- Face de corte para baixo

E D D E
SENT. HORÁRIO SENT. ANTI - HOR.

E D D E

SENT. HORÁRIO SENT. ANTI - HOR.


E D

D E

SENT. ANTI - HOR. SENT. HORÁRIO


D E

E D

Observação: A programação de rosca esquerda e direita deverá levar em


consideração a posição de montagem do ferramental na máquina e o sentido do giro
do eixo-árvore, olhando-se a placa frontalmente.

100
Folha de anotações

101
6.28.1 Exercício

Exercício com ciclo de roscamento automático G76 M20 H 1.736

102
Folha de programação

103
6.29 FUNÇÃO: G80

Aplicação: Cancela o ciclo de furação G83.

Essa função deverá ser programada para cancelar a função G83.

6.30 FUNÇÃO: G83

Aplicação: Ciclo automático de furação com quebra cavaco.

Este ciclo executa operações de furar automaticamente com movimentos de


retração ou tempo de parada para quebra de cavaco em um único bloco de
programação.

G83 Z I (J) (K) (U) (W) (R) (D) (P1) F #

Z = Coordenada da profundidade do furo, em relação ao zero-peça.

I = Valor do primeiro incremento de profundidade, sempre com retorno.

J = Valor a ser subtraído no último incremento de profundidade, para


determinar o valor do próximo, sendo “J” um incremento menor que o valor de “I”

Exemplo:
Primeiro incremento = I
Segundo incremento = I – J
Terceiro incremento = (I – J) – J

Observação: Se “J” não for programado o valor de “I” será utilizado para
todos os incrementos.

K = Valor mínimo determinado para o incremento. Quando “I-J” atingir o valor


de “K”, este passará a ser o valor permanente de “I”.

U = Determina a máxima profundidade de com ou sem quebra de cavacos e


retorno ao plano R. Se “U” não é programado ou é programado menor que “I”, a
ferramenta retornará ao plano R, depois de cada incremento. Se “U” é maior que R-
Z, não ocorrerá a retração ao plano R, até que a profundidade final seja atingida.
Cada vez que a profundidade de corte for igual ou maior que o valor de “U”, ocorrerá
uma retração ao plano R.

W = Determina um incremento de retração para quebra ou alívio de cavaco,


que ocorrerá após cada incremento de profundidade.

Observação: Se “W” não for programado o comando assume o valor “W” =


2mm.

104
R = Determina o plano de referencia para o início de usinagem ou seja, a
coordenada no eixo Z do ponto inicial da furação.

Observação: Se “R” Não for programado o comando assume o valor de Z


utilizado para aproximação como referência.
D = Tempo de parada da ferramenta após cada incremento de profundidade.

P1 = Determina a retração da ferramenta no final do ciclo, para posição do


plano de aproximação.

Observação: Se “P1” não for programado, a ferramenta retornará até o plano


“R”.

F = Programa a velocidade de avanço de usinagem. Se não for programada


no ciclo, o comando irá seguir o último avanço estabelecido.

LAY – OUT DEMONSTRATIVO DOS PARÂMETROS DA FUNÇÃO G83

COORDENADA DE APROXIMAÇÃO
PLANO "R"
COMPRIMENTO DA PEÇA
"Z" "U"

Ø25

I
I-J W
W
K
W
K
W
K
W
K

Observação: Tolerância de aproximação = 2mm (“W”)


FURAÇÃO COM QUEBRA DE CAVACO SEM RETORNO AO PLANO “R”

105
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:

Z130 (PLANO DE APROXIMAÇÃO)


R115 (PLANO "R")
110
Z40 U75

Ø25
I 20
15 3
3
10
3
15
3
15
3
15

.
.

N60 G83 Z40 I20. J5. K10. U75. W3. R115. P1 F.15 #

N70 G X Z130.; bloco de aproximação #

N80 G80 ; cancela a função G83 #


.
Observações:

- Se U não for programado ou for programado menor ou igual a 10, após cada
incremento, a ferramenta retornará ao plano R;

- Se U > 75, não ocorrerá retorno ao plano R até que a profundidade final Z seja
atingida;

- Se 10 < U < 75, ocorrerá retorno ao plano R sempre que a soma dos
incrementos de profundidade for maior ou igual ao valor de U.

106
6.31 FUNÇÃO: G92

Aplicação: origem do sistema de Coordenada e limite de rotação do eixo


árvore.

- Origem do sistema de coordenadas:

Estabelece origem do sistema de coordenadas absolutas:

Se o trabalho for executado em coordenadas absolutas, deve-se estabelecer


um ponto de partida (origem).

Este ponto estabelecido pela função G92 acompanhada das funções X e Z,


para que o comando tenha a origem do sistema na memória para o cálculo dos
posicionamentos.

Este ponto de origem deve ser dado no início de cada programa e pode ser
cancelado através da função G99.

Os valores da função G92 podem ser positivos ou negativos, dependendo do


quadrante utilizado pela ferramenta.

A função G92 é modal.


MACHINE HOME X
G92X

G92Z
MACHINE HOME Z

- Limite de rotação (RPM):

Estabelece limite de rotação (RPM)

Quando se estiver trabalhando com o código G92 junto com a função S


estaremos limitando a rotação do eixo-árvore, essa função deve ser programada,
apenas, quando, realmente, devemos estabelecer a máxima velocidade (rotação).

Ex: G92 S2500 M4#

Estamos permitindo que o eixo-árvore gire até 2500 rpm.

107
6.32 FUNÇÃO: G94

Aplicação: Avanço em pol/min ou mm/min

Esta função prepara o comando para computar todos os avanços em pol/min


(G70) ou mm/min (G71), após definição da aplicação encontraremos formato para
função de avanço F, onde F3.1 estabelece o formato para pol/min e F4 para
mm/min.

A Função G94 é Modal.

6.33 FUNÇÃO: G95

Aplicação: Avanço em pol/rotação ou mm/rotação

Esta função prepara o comando para computar todos os avanços em pol/rot


(G70) ou mm/rot (G71). Assim após definição da aplicação, encontraremos o formato
para função de avanço F, onde, F2.4 estabelece o formato para pol/rot e F2.2 para
mm/rot.

A Função G95 é Modal.

6.34 FUNÇÃO: G96

Aplicação: Velocidade de corte constante

A função G96 seleciona o modo de programação em velocidade de corte


constante, onde o cálculo da RPM é programada pela função S, usando formato
S4.1 para pés por minuto (G70) e formato S3.1 para metros por minuto (G71).

A máxima RPM alcançada pela velocidade de corte constante pode ser


limitada programando-se a função G92.

A função G96 é modal e cancela a função G97.

Deve ser programada em um bloco separado.

EXEMPLO:
.
.
N40 G96 #
N45 S200. #
N50 G92 S3000 M3 #
.
.

108
6.35 FUNÇÃO: G97

Aplicação: Programa em RPM direta.

É programada a RPM diretamente pela Função S, usando um formato (S4).

A modificação da RPM pode variar através do seletor da RPM de 50% até


125% da velocidade programada.

A função G97 é Modal e cancela G96.

Deve ser programada em um bloco separado.

EXEMPLO:
.
.
N60 G97 #
N65 S2500 M3 #
.
.

6.36 FUNÇÃO: G99

Aplicativo: Cancela a função G92 e define a programação em função do Zero


Máquina (Machine Home)
Essa função quando solicitada cancela o efeito de origem dada pela função
G92, quando se trabalha em coordenadas absolutas, transportando a origem para o
Zero Máquina, conhecido por “Machine Home”.

A função G99 não é provida de movimentos nos eixos, e é Modal.

109
110
7 FUNÇÕES MISCELÂNEAS OU AUXILIARES

As funções miscelâneas abrangem os recursos da maquina não cobertos


pelas funções anteriores. Estas funções têm formato M2 e apenas um códico M
pode ser programado em cada bloco.

7.1 FUNÇÃO: M00

Aplicação: Interrompe execução do programa.

Este código causa parada imediata do programa, refrigerante de corte, do


eixo-árvore, e um aviso de “AGUARDANDO INÍCIO” é mostrado no vídeo ao
operador.

A função M00 é programada, geralmente, para que o operador possa virar a


peça na placa, trocar ferramentas, faixas de rotação, etc.

7.2 Função M01

Aplicação: parada opcional do programa.

Esta função causa a interrupção na leitura do programa. Quando programada,


porém, esta só estará ativa se o operador selecionar “PARADA OPCIONAL”, contida
na página “REFERÊNCIA DE TRABALHO”.

Neste caso, a função M01 torna-se igual á função M00.

Quando dá-se a parada através deste código, pressionando-se o botão


“CYCLE START” a leitura do programa é reiniciada.

7.3 Função M02

Aplicação: Fim de programa.

Esta função é usada para indicar o fim do programa existente na memória do


comando.

7.4 Função M03

Aplicação: Sentido horário de rotação do eixo.

Esta função gira o eixo- árvore no sentido horário, olhando-se a placa


frontalmente.

A função M03 é cancelada por: M00; M01; M02; M04; M05 e M30.

111
7.5 Função: M04

Aplicação: Sentido anti–horário de rotação do eixo-árvore

Esta função gira o eixo-árvore no sentido anti-horário, olhando-se a placa


frontalmente.

A função M04 é cancelada por: M00; M01; M02; M03; M05 e M30.

7.6 Função: M05

Aplicação: Desliga o eixo-árvore.

Esta função quando programada pára imediatamente a rotação do eixo


árvore, cancelando as funções M03 ou M04

A função M05 ao iniciar-se o programa já está ativa e é cancelada por M03 e


M04.

7.7 Função: M06

Aplicação: Libera o giro da torre.

Toda vez que se seleciona uma determinada face da torre, dada pela função
“T”, esta deve ser acompanhada da função M06 que permite o giro da torre.

Necessariamente, a função M06 não precisa vir no mesmo bloco da função


“T”.

7.8 Função: M07

Aplicação: iga o refrigerante de corte de alta pressão.

7.9 Função: M08

Aplicação: Liga o refrigerante de corte.

Este código aciona o motor da refrigeração de corte e cancela-se por: M00;


M01; M02; M08 e M30.

7.10 Função: M09

Aplicação: Desliga refrigerante de corte.


Este código desliga o motor da refrigeração de corte e está ativo ao iniciar-se
o programa.

112
7.11Função: M10

Aplicação: Troca faixa de rotação 25 RPM A 1000 RPM

7.12 Função: M11

Aplicação: Troca faixa de rotação 100 RPM A 3500 RPM

7.13 Função: M30

Aplicação: Fim de programa principal

Esta função tem a mesma aplicação da Função M02. Para comandos que
trabalham com memória, tanto M02 como M30 rebobinam os dados da memória.

113
114
8 FUNÇÕES ESPECIAIS

8.1 FUNÇÃO: “T”

Aplicação: Seleção de ferramenta e corretores.

A função T é usada para selecionar as ferramentas na torre informando para


a máquina o seu zeramento (PRE-SET), raio do inserto, sentido de corte e
corretores.

É composta de 4 dígitos, onde os dois primeiros definem à máquina qual


ferramenta iremos trabalhar e os dois últimos o corretor que será utilizado para a
correção das medidas e desgaste do inserto.

Exemplo:

G99
G54
T01 01
M06

(Chama Ferramenta) (Ativa o corretor)

Observação: O giro da torre e o movimento dos carros não podem estar em


um mesmo bloco. Dois blocos serão necessários, um para o movimento dos carros e
outro para o giro da torre.

8.2 FUNÇÃO: “/”

Aplicação: Eliminação temporária da execução dos blocos.

Utilizamos a Função Barra (/) quando for necessário inibir a execução dos
blocos no programa, sem alterar a programação.

Se o caractere ”/” for digitado na frente de alguns blocos, estes serão


ignorados pelo comando, desde que o operador tenha selecionado a opção INIBE
BLOCOS, na página referência de trabalho.

Caso a opção Inibe Blocos não seja selecionada, o comando executará os


blocos normalmente, inclusive os que contiverem o caractere “/”.

Exemplo:
.
.
N50 – (bloco executado)
/ N60 – (bloco eliminado)
N 70 – (bloco executado)
/ N80 – (bloco eliminado)

115
8.3 FUNÇÃO: “H”

Aplicação: Desvio Incondicional.

A função “H” executa desvios incondicionais no programa e deve ser


programada em bloco separado.

Esta função deve ser usada em programas contendo números seqüênciais


“N”, pois o desvio ocorre para um determinado bloco que contenha uma seqüência.

Este desvio deve ser executado somente no mesmo programa, não podendo
utilizar-se de outro sub-programa.

Exemplo: N00;...Peça.Exercício. ≠
N05 G99≠
.
.
H70≠
N30 T1111,.BROA. ≠
N35 G54≠
N40 G X160.Z150. ≠
.
.
N70 T1212,.DESB.INTERNO. ≠

8.4 FUNÇÃO: “N”

Aplicação: Número seqüencial de blocos

Cada Bloco de Informação è identificado pela função “N”, seguida de até 4 dígitos.

As funções “N” são, geralmente, ignoradas pelo comando, exceto quando


utilizadas para desvio incondicional (função H) e procura de blocos.

Se usada, esta função seria incrementada com valor de 5 em 5 ou de 10 em 10, por


exemplo, para deixar espaço para possíveis modificações no programa, e teria que
ser programada no inicio do bloco.

Exemplo: N50 G X130. Z140. ≠

116
8.5 FUNÇÃO: “S”

Aplicação: Rotação por minuto (RPM) ou veloc. De corte (m/min)

Para ativar a rotação do eixo árvore (RPM) deve-se programar a função “S” seguida
do valor de rotação desejada.

Exemplo:
S1500 M3 (liga a rotação do eixo árvore a 1500 RPM) ou com velocidade de corte
(m/min) exemplo G96.

8.6 FUNÇÃO: “F”

Aplicação: Avanço de trabalho (mm/min ou mm/rotação).

O avanço é dado normalmente em milímetro por rotação mm/rot e é definida


pela letra F em todas as camadas.

Exemplo:
F 0.25 – a cada volta do eixo árvore haverá um deslocamento de 0,25 mm.

8.7 FUNÇÃO: “P”

Aplicação: Identifica um sub-programa

Todo programa principal ou sub-programa no diretório é identificado através


de um único número “P” de 2 dígitos, podendo variar na faixa de P01 a P88.

Os programas podem ser apagados do diretório ou ainda renumerados, se


necessário.

Nota: Se um sub-programa é renumerado, as referências a este programa


condita em outros, não são automaticamente atualizadas.

8.8 FUNÇÃO: “L”

Aplicação: Número de repetições do sub-programa (loop)

A função “L” define o número de repetições que um determinado sub-


programa deve ser executado.

Pode-se chamar um sub-programa para múltiplas repetições, programando


um bloco contendo a função “P” (número de sub-programa) e “L” (número de vezes
que o sub-programa deve ser repetido).
Exemplo:

P2 L3≠ (define que o sub-programa 2 será repetido 3 vezes).

117
8.9 FUNÇÃO: “ ; ”

Aplicação: Elimina execução dos blocos (conforme programa)

Caso haja necessidade de inserir comentários para auxiliar o operador, esses


comentários serão ignorados pelo comando.

Exemplo:

; peça teste

N10 T01 ; ferramenta de desbaste

N200 M30 ; fim de programa

118
9 ESTRUTURA DE PROGRAMAÇÃO

9.1 INFORMAÇÕES SOBRE PROGRAMAÇÃO

Neste comando, pode-se programar diretamente ou através de periféricos


(leitora de fitas, micro computadores, etc.), nas Normas EIA e ASC-II (ISO).

Todo programa é constituído de blocos de informações, que contém sempre


um código “EOB” (End Off Block) no final de cada bloco, representado pelo sinal “≠”.

Um bloco pode conter no máximo 64 caracteres, incluindo o próprio “≠”.

O comando executa as funções na ordem correta, independente da forma na


qual elas aparecem escritas dentro do bloco.

Se na programação não houver nenhum valor numérico escrito após a letra


da função, o comando assume o valor “zero”.

Somente uma função de cada tipo é permitida por bloco.

Os valores negativos ( - ) devem ser sempre precedidos do sinal, o que não


ocorre para os dados positivos.

Todas as funções definidas co-direcionalmente ao eixo “X” exprimem seus


valores em diâmetro.

No início de um comentário deve-se colocar o caractere ponto e vírgula ( ; ),


visto que o comentário é usado para o controle de programas, documentação e
também serve como mensagem ao operador.

O comentário pode conter qualquer caractere, exceto: espaço e algumas


funções miscelâneas de parada ou fim de programa (M01, M02, M30, M00). Estas
são ignoradas pelo comando durante a sua exceção, mas são úteis para prover o
operador de informações, no início e em blocos com paradas do ciclo de usinagem.

Um comentário pode abranger um bloco inteiro.

No comentário pode-se usar o caractere ( . ) para servir como espaço entre as


palavras.

Exemplos:

N00;.. Peça.N.4320.≠

N50 T0202;..Acabamento.Externo ≠

M180 M0;.. Virar.Peça.Na.Placa ≠

M250 M2;..Fim.De.Programa ≠

119
9.2 FLUXOGRAMA DE PROGRAMAÇÃO

* INÍCIO
;_______ # (nome do programa)
INÍCIO
G99 # (reset da memória)

* TROCA DE FERRAMENTA
TROCA T00;________ # (comentário da próxima operação)
DE
G54 #
FERRAMENTA
G00 X ? . Z ? # (ponto de troca da ferramenta)
T ? ? # (número da próxima ferramenta)
M06 #
N M ________ # (faixa de rotação)
VCC
?

S * VELOCIDADE DE CORTE
G96 #
VEL. CORTE S ? ? # (valor da VC)
RPM MAX. G92 S? ? M3 / M4 # (limite e sentido de
rotação)

* PROGRAMAÇÃO EM RPM CONSTANTE


G97 #
RPM S ? ? M3 / M4 # (valor e sentido de rotação
- RPM)

* GERAÇÃO DO PERFIL
GERAÇÃO DO
PERFIL (instruções de acordo com a criatividade do
programador)

HÁ * FIM DO PROGRAMA
S +
T00 #
FER/TA
? G54 #
N G00 X ? . Z ? # (ponto de troca da ferramenta)
FIM
M30 / M02 #

120
Folha de anotações

121
9.3 EXERCÍCIOS

Exercício 1

Elabore o programa utilizando:


Ponto zero na placa, G90 Sistema de medidas absoluto, G91 sistemas de
medidas incrementais, G20 Medidas em Ø, G00 deslocamento linear em avanço
rápido, G01 deslocamento linear em avanço de trabalho.

100

75
50

25

Ø50
Ø75
Ø125

122
Folha de programação.

123
Exercício 2

Elabore o programa utilizando:


G90 sistema absoluto, G54 deslocamento da origem, G21 medidas em raio,
G00 deslocamento linear de avanço rápido, G01 deslocamento linear em avanço de
trabalho.

100
80
50

41,34
Ø80

Ø60

Ø30

45°
3x45°

124
Folha de programação.

125
Exercício 3

Elabore o programa utilizando:


Ponto zero na placa, G90 sistemas de medidas absolutas, G20 sistema de
medidas em Ø, G00 avanço linear em avanço rápido, deslocamento linear em
avanço de trabalho.

125

100

Ø40
Ø100

Ø60
Ø80

50
60
80

126
Folha de programação.

127
Exercício 4

Elabore o programa utilizando:


G90 sistema de medidas absoluto, G54 deslocamento da origem, G21
medidas em raio, G00 deslocamento linear em avanço rápido, G01 deslocamento
linear em avanço de trabalho, G02 interpoção circular no sentido horário.

100

R12,5

45°
Ø125

Ø25
Ø100

Ø50

37,5
50
62,5
75

128
Folha de programação.

129
Exercício 5

Elabore o programa utilizando:


G90 sistema de medidas absoluto, G54 deslocamento da origem, G20
medidas em Ø, G00 deslocamento linear em avanço rápido, G01 deslocamento
linear em avanço de trabalho, G02 interpolação circular no sentido horário, G03
interpolação circular no sentido anti-horário.

125

75

,5
12
R
Ø100

Ø25
Ø50

25
37,5
R2 50
5

130
Folha de programação

131
ExercÍcio 6

Elabore o programa utilizando:


G90 sistema de medidas absoluto, G54 deslocamento da origem, G21
medidas em raio, G00 deslocamento linear em avanço rápido, G01 deslocamento
linear em avanço de trabalho, G02 interpolação circular no sentido horário, G03
interpolação circular no sentido anti-horário.

100
75
66
8 31
Ø70

Ø35

Ø60
Ø48

3,93
0
R1

36°

9,2

132
Folha de programação

133
Exercício 7

Elabore o programa utilizado:


G90 sistema de medidas absoluto, G91 sistema de medidas incrementais,
G54 deslocamento da origem, G20 medidas em Ø, G00 deslocamento linear em
avanço rápido, G01 deslocamento linear em avanço de trabalho, G02 interpolação
circular no sentido horário, G03 interpolação circular no sentido anti-horário.

125

77,5

65
32,5
Ø125

Ø25
Ø100

Ø50
Ø75

R12
R12

,5
,5

R12
,5

134
Folha de programação

135
Exercício 8

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66


Desbaste externo paralelo ao eixo Z:

125
97
67

40
Ø86

Ø30
Ø66

Ø50

R1
R
10

R8
R1
0

136
Folha de programação

137
Exercício 9

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66


Desbaste externo paralelo ao eixo Z:

10
R
8
R

10
R

6
R
Ø120

Ø30
Ø60

45
95
125

138
Folha de programação

139
Exercício 10

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66


Desbaste externo paralelo ao eixo Z:

Ø25

25
12,5

50
Ø50
85
100

Ø75
125
150

Ø100

Ø125

140
Folha de programação

141
Exercício 11

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G33


Ciclo de roscamento (básico) e a função: G37 Ciclo de roscamento automático.

125
90

65

M30x3
Ø100

Ø25

5 3x45°

142
Folha de programação

143
Exercício 12

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G66


Desbaste interno paralelo ao eixo Z:

100

R
8
Ø125

Ø30

Ø96
Ø50

3x45°

35
60
80

144
Folha de programação

145
Exercício 13

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G67


Desbaste interno paralelo ao eixo X:

100
Ø125
Ø30

Ø42
Ø60
Ø90
R6

25
50
75

146
Folha de programação

147
Exercício 14

Elabore o programa de usinagem da figura abaixo utilizando a função: G67


Desbaste externo paralelo ao eixo X:

100
Ø125

Ø30

Ø60
Ø100

Ø80

15

30
R6

55

70

148
Folha de programação

149
150
CONCLUSÃO

A conclusão dos exercícios e dos anexos encerram o presente Manual,


deixando claro aos treinandos que aqui não se conclui, de forma alguma, os
conhecimentos necessários para a perfeita compreensão de todos os detalhes
relativo a programação CNC, e como lhe foi informado durante o curso, deixa claro
que o aprofundamento, especialmente na operação e preparação de Torno CNC, e
elementar para que no futuro o aluno tenha perfeitas condições de satisfazer as
necessidades do mercado relativo a Programação, operação e preparação de Torno
CNC.
Queremos também tornar claro que a aprendizagem do conteúdo deste
manual, não o torna um profissional na área e que é primordial a continuidade no
estudo desta matéria, já que a tecnologia esta freqüentemente sendo melhorada
nesta área.
O curso a que se destina este manual é específico aos comandos MACH8 E
MACH8, fornecidos Pela ROMI, no entanto da uma ótima noção de Programação,
especialmente, para vários outros comando (I.S.O.), o que torna este um excelente
material para pesquisa em campo.
Agradecemos aos alunos e esperamos reencontra-los em outros cursos.

151
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REFERÊNCIAS

ROMI. Manual de Programação e Operação CNC Mach-8MP.


S.l: ROMI, 1888. 185p.

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