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CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA 1

AULA 01
Olá, amigos!
É com uma imensurável alegria que os acolho a todos neste novo projeto!
Damos hoje início a uma caminhada de dez encontros. Meu desejo mais sincero é
que possamos sair deste curso com muito mais segurança e conhecimento nestas
matérias de Matemática Financeira e Estatística Básica!
E creio realmente que alcançaremos esse objetivo!
De minha parte, estejam certos do meu esforço. Nesta segunda edição do Curso,
revisarei os textos da primeira turma, procurando sempre corrigir eventuais falhas e
aperfeiçoar a didática.
O momento, sem dúvida alguma, é propício a revisões e à manutenção da teoria
já aprendida! Quem espera, além de revisar, aprender algo de novo, por certo não se
decepcionará, haja vista que as resoluções deste Curso vêm constantemente
acompanhadas de minuciosas explicações! No mais, só lhes desejo a todos muita
disposição, muito ânimo, muita coragem e persistência. No fundo, é quase toda
essa a receita do sucesso nos concursos e na vida!
Nosso curso funciona, conforme já é do conhecimento de vocês, da seguinte
forma: na primeira parte da aula eu apresento as questões do dia, as quais você
deverá tentar resolver sozinho, sem qualquer consulta; na segunda parte, apresento
as respectivas resoluções! Convém, de verdade, que você só veja a segunda parte
depois de tentar resolver todo o simulado.
E outra coisa importante: quando for começar as resoluções, tente fazê-lo em um
horário propício, em que você saiba que não será interrompido! Tente fazer de conta
que você está resolvendo a prova! Certo? E não esqueça de marcar o tempo de
resolução! Isso é fundamental, para que você possa ter uma idéia da sua evolução ao
longo das aulas.
Bem! Acho que são essas as recomendações devidas. Na seqüência, a primeira
parte da aula, com as questões do nosso simulado de hoje! Marque o tempo, respire
fundo, e pode começar a resolver!

QUESTÕES
1. (AFRF-2000)
Freqüências Acumuladas de Salários Anuais, em Milhares de Reais, da Cia. Alfa

Classes de Salário Freqüências


Acumuladas
( 3 ; 6] 12
( 6 ; 9] 30
( 9 ; 12] 50
(12 ; 15] 60
(15 ; 18] 65
(18 ; 21] 68

Suponha que a tabela de freqüências acumuladas tenha sido construída a partir de uma
amostra de 10% dos empregados da Cia. Alfa. Deseja-se estimar, utilizando
interpolação linear da ogiva, a freqüência populacional de salários anuais iguais ou
inferiores a R$ 7.000,00 na Cia. Alfa. Assinale a opção que corresponde a este número.
a) 150 b) 120 c) 130 d) 160 e) 180

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9. (Auditor do Tesouro Municipal - Recife – 2003) Em uma amostra, realizada para
se obter informação sobre a distribuição salarial de homens e mulheres, encontrou-se
que o salário médio vale R$ 1.200,00. O salário médio observado para os homens foi de
R$ 1.300,00 e para as mulheres foi de R$ 1.100,00. Assinale a opção correta.
a) O número de homens na amostra é igual ao de mulheres.
b) O número de homens na amostra é o dobro do de mulheres.
c) O número de homens na amostra é o triplo do de mulheres.
d) O número de mulheres é o dobro do número de homens.
e) O número de mulheres é o quádruplo do número de homens.

28. (AFTN-98) Os dados seguintes, ordenados do menor para o maior, foram obtidos
de uma amostra aleatória, de 50 preços (Xi) de ações, tomada numa bolsa de
valores internacional. A unidade monetária é o dólar americano.
4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9, 9, 9, 9, 10, 10,
10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15, 15, 15, 16, 16, 18, 23
Os valores seguintes foram calculados para a amostra:
Σ Xi = 490 e Σ Xi2 – (Σ Xi )2/ 50 = 668
Assinale a opção que corresponde à mediana e à variância amostral, respectivamente
(com aproximação de uma casa decimal).
a) (9,0 13,6) b) (9,5 14,0) c) (8,0 15,0) d) (8,0 13,6) e) (9,0 14,0)

42. (AFTN-98) Os dados seguintes, ordenados do menor para o maior, foram obtidos
de uma amostra aleatória, de 50 preços (Xi) de ações, tomada numa bolsa de valores
internacional. A unidade monetária é o dólar americano.
4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9, 9, 9, 9, 10, 10,
10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15, 15, 15, 16, 16, 18, 23
Pode-se afirmar que:
a) a distribuição amostral dos preços tem assimetria negativa.
b) a distribuição amostral dos preços tem assimetria positiva.
c) a distribuição amostral dos preços é simétrica.
d) a distribuição amostral dos preços indica a existência de duas sub-populações com
assimetria negativa.
e) nada se pode afirmar quanto à simetria da distribuição amostral dos preços.

48. (AFRF-2002.2) Para a distribuição de freqüências do atributo X sabe-se que


∑i =1 ( xi − x ) 2 f i = 24.500 e que
7

∑i =1 ( xi − x ) 4 f i = 14.682.500 .
7

Nessas expressões os xi representam os pontos médios das classes e x a média


amostral. Assinale a opção correta. Considere para sua resposta a fórmula da curtose
com base nos momentos centrados e suponha que o valor de curtose encontrado é
populacional.

a) A distribuição do atributo X é leptocúrtica.


b) A distribuição do atributo X é platicúrtica.
c) A distribuição do atributo X é indefinida do ponto de vista da intensidade da curtose.
d) A informação dada se presta apenas ao cálculo do coeficiente de assimetria com base
nos momentos centrados de X.
e) A distribuição de X é normal.

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54. (AFTN-1998) A tabela abaixo apresenta a evolução de preços e quantidades de
cinco produtos:

Ano 1960 (ano base) 1970 1979


Preço Quant. Preço (p1) Preço (p2)
(po) (qo)
Produto A 6,5 53 11,2 29,3
Produto B 12,2 169 15,3 47,2
Produto C 7,9 27 22,7 42,6
Produto D 4,0 55 4,9 21,0
Produto E 15,7 393 26,2 64,7
Totais ∑po.qo=9009,7 ∑p1.qo=14358,3 ∑p2.qo=37262,0

Assinale a opção que corresponde aproximadamente ao índice de Laspeyres para 1979


com base em 1960.
a) 415,1 b) 413,6 c) 398,6 d) 414,4 e) 416,6

1. (ANALISTA SERPRO-2001) Uma conta no valor de R$ 1.000,00 deve ser paga em


um banco na segunda-feira, dia 5. O não pagamento no dia do vencimento implica
uma multa fixa de 2% sobre o valor da conta mais o pagamento de uma taxa de
permanência de 0,1% por dia útil de atraso, calculada como juros simples, sobre o
valor da conta. Calcule o valor do pagamento devido no dia 19 do mesmo mês
considerando que não há nenhum feriado bancário no período.
a) R$ 1.019,00 d) R$ 1.029,00
b) R$ 1.020,00 e) R$ 1.030,00
c) R$ 1.025,00

9. (FTM-FORTALEZA-1998) Os capitais de R$ 8.000,00, R$ 10.000,00 e R$ 6.000,00


foram aplicados à mesma taxa de juros simples, pelos prazos de 8, 5 e 9 meses,
respectivamente. Obtenha o tempo necessário para que a soma desses capitais produza
juros; à mesma taxa, iguais à soma dos juros dos capitais individuais aplicados nos seus
respectivos prazos.
a) 6 meses d) 7 meses e dez dias
b) 6 meses e meio e) 7 meses e dezoito dias
c) 7 meses

13. (AFRF-1998) O desconto comercial simples de um título quatro meses antes do


seu vencimento é de R$ 600,00. Considerando uma taxa de 5% ao mês, obtenha o
valor correspondente no caso de um desconto racional simples.
a) R$ 400,00 d) R$ 700,00
b) R$ 800,00 e) R$ 600,00
c) R$ 500,00

20. (AFRF-2002/1) Um capital é aplicado a juros compostos à taxa de 20% ao


período durante quatro períodos e meio. Obtenha os juros como porcentagem do capital
aplicado, considerando a convenção linear para cálculo do montante. Considere ainda
que
1,204 =2,0736;
1,204,5 =2,271515 e
1,205 =2,48832.
a) 107,36% d) 130%
b) 127,1515% e) 148,832%
c) 128,096%
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29. (SEFAZ-PI-2001) José tem uma dívida a ser paga em três prestações. A primeira
prestação é de R$ 980,00 e deve ser paga ao final do terceiro mês; a segunda é de R$
320,00 e deve ser paga ao término do sétimo mês; a terceira é de R$ 420,00 e deve ser
paga ao final do nono mês. O credor cobra juros compostos com taxa igual a 5% ao
mês. José, contudo, propõe ao credor saldar a dívida, em uma única prestação ao final
do décimo segundo mês e mantendo a mesma taxa de juros contratada de 5%. Se o
credor aceitar a proposta, então José pagará nesta única prestação o valor de:
a) R$ 1.214,91 d) R$ 2.352,25
b) R$ 2.114,05 e) R$ 2.414,91
c) R$ 2.252,05

39. (SEFAZ-PI-2001) Uma operação de financiamento de capital de giro no valor de


R$ 50.000,00 deverá ser liquidada em 12 prestações mensais e iguais com carência de
quatro meses, ou seja, o primeiro pagamento só se efetuará ao final do quarto mês.
Sabendo que foi contratada uma taxa de juros de 4% ao mês, então o valor de cada
uma das prestações será igual a:
a) R$ 5.856,23 d) R$ 6.540,00
b) R$ 5.992,83 e) R$ 7.200,00
c) R$ 6.230,00

77. (Contador Recife/2003) Um capital é aplicado a juros simples a uma taxa de 3%


ao mês. Em quanto tempo este capital aumentaria 14% em relação ao seu valor inicial?
a) 3 meses e meio d) 4 meses e meio
b) 4 meses e) 4meses e 20 dias
c) 4 meses e 10 dias

80. (TTN/94) Admita-se que uma duplicata tenha sido submetida a 2 tipos de
descontos. No primeiro caso, a juros simples, a uma taxa de 10% a.a., vencível em 180
dias, com desconto comercial (por fora). No segundo caso, com desconto racional (por
dentro), mantendo as demais condições. Sabendo-se que a soma dos descontos, por
fora e por dentro, foi de $635,50 , o valor nominal do título era de:
a) $ 6.510,00 c) $ 6.590,00 e) $ 6.240,00
b) $ 6.430,00 d) $ 5.970,00

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2ª ETAPA) Resolução das Questões:

1. (AFRF-2000)
Freqüências Acumuladas de Salários Anuais, em Milhares de Reais, da Cia. Alfa

Classes de Salário Freqüências


Acumuladas
( 3 ; 6] 12
( 6 ; 9] 30
( 9 ; 12] 50
(12 ; 15] 60
(15 ; 18] 65
(18 ; 21] 68

Suponha que a tabela de freqüências acumuladas tenha sido construída a partir de uma
amostra de 10% dos empregados da Cia. Alfa. Deseja-se estimar, utilizando
interpolação linear da ogiva, a freqüência populacional de salários anuais iguais ou
inferiores a R$ 7.000,00 na Cia. Alfa. Assinale a opção que corresponde a este número.
a) 150 b) 120 c) 130 d) 160 e) 180

Sol.: Estamos diante de uma Distribuição de Freqüências. Esta é a principal maneira


de os dados de uma pesquisa virem apresentados em uma questão de concurso. É
imprescindível que conheçamos bem a Distribuição de Freqüências e saibamos trabalhar
com ela. Neste nosso exemplo, temos duas colunas: a coluna das classes, que traz para
nós intervalos de salários, em milhares de reais (conforme dito acima da tabela)!
Se esses salários estão em milhares de reais, onde há na primeira classe (3 ; 6]
nós vamos entender (3.000 a 6.000). Certo?
A segunda coluna é uma de freqüências acumuladas, conforme também dito
pelo enunciado! Ora, existem quatro tipos de freqüências acumuladas: freqüência
absoluta acumulada crescente (fac); freqüência absoluta acumulada decrescente (fad);
freqüência relativa acumulada crescente (Fac) e freqüência relativa acumulada
decrescente (Fad). Não se pode começar a resolver uma questão destas, sem antes ter
certeza de qual das colunas de freqüências foi fornecida.
Como diferenciar uma coluna absoluta de uma relativa? A absoluta apresenta
números de elementos; enquanto que a relativa apresenta percentuais de
elementos. Daí, para que uma coluna de freqüência seja relativa, deverá ou dizer isso
expressamente no enunciado, ou trazer um sinal de % no cabeçalho da coluna, ou
trazer um sinal de % após cada valor daquela coluna. Ou seja, precisamos de alguma
destas pistas para sabermos que estamos diante de uma coluna de freqüência relativa.
Outra dica: se estamos bem lembrados, quando a coluna de freqüências é
acumulada e é relativa, então ela ou começará ou terminará com 100%. Se terminar
com 100%, será freqüência relativa acumulada crescente; se começar com 100%, será
freqüência relativa acumulada decrescente. Não tem erro!
Olhando para o valor da freqüência da última classe dessa coluna, vemos que é
68. Ora, jamais poderíamos estar diante de uma freqüência relativa acumulada!
Temos, portanto, uma coluna de freqüências absolutas acumuladas crescentes!
Crescentes por quê? Porque seus valores são os seguintes: 12, 30, 50, 60, 65, 68. Ou
seja, os valores estão crescendo.
Sabendo disso, já temos uma nova missão a ser cumprida, imediatamente:
construir a coluna da freqüência absoluta simples (fi). Por que isso? Porque a fi é a
mais importante das colunas de freqüências. Seu conhecimento é fundamental para a
resolução da grande maioria das questões que derivam de uma distribuição de
freqüências.

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A título de exemplo, precisaremos conhecer a fi para cálculo das seguintes
medidas: média aritmética, moda, mediana, além de todas as medidas de dispersão (as
quais, por sua vez, dependem do conhecimento da média), medidas de assimetria e
medidas de curtose. Enfim, para quase tudo!
Para se chegar à fi, seguiremos o caminho das pedras, que é o seguinte:

Sentido de ida

fac

fi fad Fac

Fi
Fad
Sentido de volta

Trabalharemos assim: para passar de uma freqüência simples para uma


freqüência acumulada,...

fac

fi fad Fac

Fi
Fad

…estaremos seguindo o sentido de ida do caminho das pedras, cujo


procedimento será memorizado apenas como: somar com a diagonal.

O sentido de volta consiste em passar de uma freqüência acumulada para uma


freqüência simples. Da seguinte forma:

fac

fi fad Fac

Fi
Fad

O procedimento para, neste caso, chegarmos às freqüências simples é esse:


próxima freqüência acumulada menos freqüência acumulada anterior.

Neste nosso exemplo, estaremos exatamente neste sentido de volta, passando da


fac (freqüência absoluta acumulada crescente) para a fi (freqüência absoluta simples).
Só relembrando: o apelido da fac é freqüência abaixo de. Podemos até colocar uma
seta para baixo no cabeçalho da coluna fac. E no sentido da seta, ou seja, de cima para
baixo, construiremos a fi. Na primeira classe, ambas as colunas têm o mesmo valor!
Teremos:

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Classes de Salário fac ↓ fi


( 3 ; 6] 12 12
( 6 ; 9] 30
( 9 ; 12] 50
(12 ; 15] 60
(15 ; 18] 65
(18 ; 21] 68

Para o restante da coluna fi, basta seguir o procedimento do sentido de volta do


caminho das pedras. Teremos:

Classes de Salário fac ↓ fi


( 3 ; 6] 12 12
( 6 ; 9] 30 18 (=30-12)
( 9 ; 12] 50 20 (=50-30)
(12 ; 15] 60 10 (=60-50)
(15 ; 18] 65 5 (=65-60)
(18 ; 21] 68 3 (=68-65)

Qual o significado da fi? Ela nos diz o número de elementos que pertencem à
classe correspondente. Neste nosso caso, por exemplo, o valor 18, que é fi da segunda
classe, indica que 18 empregados da empresa percebem entre R$6.000 e R$9.000,
incluindo-se neste intervalo o limite inferior (R$6.000) e excluindo-se o limite superior
(R$9.000).
Bem, a questão pergunta: quantas pessoas ganham menos de R$7.000? É isso o
que se quer saber!
Ora, a primeira classe vai até salários de R$6000. Logo, os 12 empregados que
participam desta classe estarão integralmente incluídos em nossa resposta!
Já na segunda classe, que abarca salários de R$6.000 a R$9.000, nem todos os
18 empregados que ali estão participarão da resposta! Uma vez que queremos o
número daqueles que ganham até R$7.000.
Conclusão: somente uma parte dos elementos da segunda classe integrará o
resultado! Faremos uma regra de três simples, da seguinte forma:

Amplitude da classe inteira ------- fi da classe inteira


Amplitude da classe quebrada ---- X

Amplitude é sinônimo de tamanho. Já sabíamos disso! E classe quebrada, neste


caso, é aquela que pega os salários de R$6.000 somente até R$7.000, que é o valor que
nos interessa! Os limites dessa classe quebrada são, portanto, 6 a 7.
Esse X significará justamente o número de elementos da segunda classe que irá
participar da resposta da questão. Daí, teremos:

3 ---- 18
1 ---- X

Daí: X = 18/3 Æ X=6

Abaixo de R$7.000, teremos então as 12 pessoas na primeira classe, e 6 pessoas


apenas na segunda. Total: 18.

Se procurarmos esse valor entre as respostas, não a encontraremos!

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Será que erramos alguma coisa? Absolutamente! O problema é que foi dito pelo
enunciado que essa distribuição de freqüências representa uma amostra de 10% da
população.
Assim, qualquer resultado que encontremos com os valores da tabela (amostra),
representará apenas 10% do resultado relativo à população. E o enunciado foi bem
claro: pediu-nos um resultado populacional.
Ora, população é o todo. E o todo é 100%.
Para 10% se transformarem em 100%, temos que multiplicar por 10.
Daí, esse resultado amostral que encontramos (18) também terá que ser
decuplicado! Teremos:

Æ 18x10=180 Æ Resposta da Questão!

9. (Auditor do Tesouro Municipal - Recife – 2003) Em uma amostra, realizada para


se obter informação sobre a distribuição salarial de homens e mulheres, encontrou-se
que o salário médio vale R$ 1.200,00. O salário médio observado para os homens foi de
R$ 1.300,00 e para as mulheres foi de R$ 1.100,00. Assinale a opção correta.
a) O número de homens na amostra é igual ao de mulheres.
b) O número de homens na amostra é o dobro do de mulheres.
c) O número de homens na amostra é o triplo do de mulheres.
d) O número de mulheres é o dobro do número de homens.
e) O número de mulheres é o quádruplo do número de homens.

Sol.: Para resolver esta questão, utilizaremos uma propriedade da média, que eu
costumo chamar de A Média das Médias.
Trata-se da seguinte situação: o enunciado apresenta dados referentes a dois
grupos distintos. Neste caso, o grupo dos homens e o das mulheres. Para cada um
deles, fornece o número de elementos que participam de cada conjunto (o n) e qual é a
sua média.
Daí, a pergunta seria: se juntássemos todos os elementos, dos dois conjuntos,
em um único novo conjunto, qual seria a nova média? Ou seja, qual seria a média
global?
Essa questão é fácil, pois se resolve pela aplicação direta da fórmula abaixo:

X GLOBAL =
(X A ) (
xN A + X B xN B )
(N A + N B )
Onde NA e NB representam o número de elementos dos dois grupos originais e
X A e X B as suas médias. Dito isto, os dados fornecidos pela nossa questão são os
seguintes:
Æ Média Global dos salários = X GLOBAL =1.200,00
Æ Média dos salários dos Homens = X A =1.300,00
Æ Média dos salários das Mulheres = X B = 1.100,00

Os números de elementos de cada grupo não foram fornecidos! Vamos trabalhar


com NA e NB. Teremos que:

X GLOBAL =
(X A ) (
xN A + X B xN B ) Æ 1200 =
(1300 N A ) + (1100 xN B )
(N A + N B ) (N A + N B )

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Daí, multiplicando cruzando, teremos:

1200.NA + 1200NB = 1300NA+1100NB Æ E: 100.NA = 100.NB

Finalmente: Æ NA = NB

Ou seja: o número de homens é igual ao de mulheres! Æ Resposta!

28. (AFTN-98) Os dados seguintes, ordenados do menor para o maior, foram obtidos
de uma amostra aleatória, de 50 preços (Xi) de ações, tomada numa bolsa de
valores internacional. A unidade monetária é o dólar americano.
4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9, 9, 9, 9, 10, 10,
10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15, 15, 15, 16, 16, 18, 23
Os valores seguintes foram calculados para a amostra:
Σ Xi = 490 e Σ Xi2 – (Σ Xi )2/ 50 = 668
Assinale a opção que corresponde à mediana e à variância amostral, respectivamente
(com aproximação de uma casa decimal).
a) (9,0 13,6) b) (9,5 14,0) c) (8,0 15,0) d) (8,0 13,6) e) (9,0 14,0)

Sol.: Os dados aqui foram apresentados sob a forma de um rol. Não é muito comum
que isso ocorra! Normalmente, a Esaf prefere trabalhar com a Distribuição de
Freqüências. Este enunciado pede duas coisas: a mediana e a variância amostral.
A Mediana é aquele elemento que está exatamente no meio do conjunto,
dividindo-o em duas partes iguais.
Atentaremos para o fato de o conjunto ter um número par ou um número ímpar
de elementos. Caso seja um número ímpar, haverá apenas um elemento que ocupara a
posição central do conjunto. Esta será determinada pelo cálculo seguinte:
Æ Posição central para n ímpar=(n+1)/2
Onde n é o número de elementos do conjunto!
No caso da nossa questão, n é igual a 50. Ou seja, o conjunto tem um número
par de elementos. Significa que haverá dois deles ocupando as duas posições centrais.
Estas, por sua vez, serão determinadas da seguinte forma:
Æ 1ª Posição central para n par=(n/2)
Æ 2ª Posição central para n par=a vizinha posterior à primeira!

Como temos que n=50, então as duas posições centrais serão:


Æ (50/2) = 25ª posição; e
Æ a vizinha posterior= 26ª posição.
Descobertas as duas posições centrais, teremos que descobrir quais são os dois
elementos que as ocupam (para isso usaremos apenas um dedo!) e então somaremos
estes dois elementos e dividiremos o resultado por dois.
Em outras palavras, faremos a média dos elementos que ocupam os elementos
centrais do conjunto, e determinaremos o valor da Mediana!
Teremos:
Senão, vejamos:
25ª posição! 26ª posição!
4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9, 9, 9, 9, 10, 10,
10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15, 15, 15, 16, 16, 18, 23

Daí, fazendo a média destes elementos: (9+9)/2= 9,0 Æ Md=9,0

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Nem precisava ter feito esse cálculo, uma vez que os dois valores centrais são
iguais! A Mediana já é o próprio elemento que se repete!
Essa primeira resposta foi mais tranqüila! Já quanto à segunda, teríamos que
conhecer e estarmos bem lembrados das fórmulas para cálculo da variância.
Para dados apresentados sob forma de rol, a variância será dada por:

∑ (X ) ⎧⎪ 1 ⎡ (∑ Xi ) ⎤ ⎫⎪
2 2
−X
= ou também por Æ S = ⎨ ⎢∑ Xi − ⎥⎬
2 i 2 2
Æ S
n ⎪⎩ n ⎢⎣ n ⎥⎪
⎦⎭

Isto quando estivermos trabalhando com elementos de um conjunto que


representem toda a População! Caso contrário, ou seja, caso estejamos trabalhando
apenas com dados de uma Amostra, as fórmulas acima se modificarão, recebendo um
fator de correção de Bessel, que consiste apenas no acréscimo de um menos um no
denominador. Teremos, portanto, que:

∑ (X ) ⎧⎪ 1 ⎡ (∑ Xi ) ⎤ ⎫⎪
2 2
−X
Æ S 2
=
i
ou também por Æ S = ⎨ 2
⎢∑ Xi −
2
⎥⎬
n −1 ⎪⎩ n − 1 ⎢⎣ n ⎥⎪
⎦⎭

Será, pois, uma destas últimas fórmulas que utilizaremos em nossa resolução,
uma vez que a questão pediu o cálculo da variância amostral, e amostral refere-se à
amostra!
Ora, qual das duas fórmulas empregar? Saibamos que qualquer das duas nos fará
chegar ao mesmo resultado! Faremos, então, nossa escolha com base nos dados
fornecidos pelo enunciado! Vejamos o que nos forneceu a questão:

(∑ Xi ) 2

Æ ∑ Xi 2

50
= 668,00

Será que essa informação se encaixa em alguma das nossas fórmulas? Sim! E
como uma luva! Percebamos que esses dados são exatamente o que está dentro do
colchete da equação maior. Claro! Uma vez que n=50, nossa fórmula assim:

⎧⎪ 1 ⎡
S =⎨
2
⎢∑ Xi −
2
(∑ Xi ) ⎤ ⎫⎪
2

⎥⎬
⎪⎩ n − 1 ⎢⎣ 50 ⎥ ⎪
⎦⎭

Conhecendo o valor do colchete (668), e sabendo que (n-1)=49, teremos:

⎧ 668 ⎫
Æ S2 = ⎨ 2
⎬ Æ Daí: S =13,6
⎩ 49 ⎭

Juntando os dois resultados, teremos:

Æ Md=9,0 e S2=13,6 Æ Resposta!

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42. (AFTN-98) Os dados seguintes, ordenados do menor para o maior, foram obtidos
de uma amostra aleatória, de 50 preços (Xi) de ações, tomada numa bolsa de valores
internacional. A unidade monetária é o dólar americano.
4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9, 9, 9, 9, 10, 10,
10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15, 15, 15, 16, 16, 18, 23
Pode-se afirmar que:
a) a distribuição amostral dos preços tem assimetria negativa.
b) a distribuição amostral dos preços tem assimetria positiva.
c) a distribuição amostral dos preços é simétrica.
d) a distribuição amostral dos preços indica a existência de duas sub-populações com
assimetria negativa.
e) nada se pode afirmar quanto à simetria da distribuição amostral dos preços.

Sol.: Aqui uma questão mais fácil. Se olharmos as três primeiras opções de resposta,
veremos que elas trazem as três situações possíveis de assimetria de um conjunto. A
opção A fala em assimetria negativa; a B fala em assimetria positiva; enquanto que a
opção C, em distribuição simétrica! Ora, qualquer distribuição de freqüências estará
inserida em uma – e somente uma – destas três situações. Não existe uma quarta
possibilidade!
Assim, concluímos de pronto que a resposta da questão está entre uma das três
primeiras opções.
Resta-nos lembrar do seguinte: existe uma relação entre as três medidas de
tendência central (Média, Moda e Mediana) e a situação de simetria ou assimetria de um
conjunto.
As três figuras abaixo ilustram exatamente qual é esta relação. Teremos:

Figura 01

Moda < Mediana < Média

Figura 02

Média < Mediana < Moda

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Figura 03

Média=Mediana=Moda

Traduzindo: se a média for maior que a mediana, e esta por sua vez for maior
que moda, estaremos diante de uma distribuição assimétrica à direita, ou de assimetria
positiva (figura 01).
Caso a média seja menor que a mediana, e esta menor que a moda, a
distribuição será assimétrica à esquerda, ou de assimetria negativa (figura 02).
Por fim, se as três medidas – Média, Moda e Mediana – forem iguais, a
distribuição será dita simétrica ou de assimetria nula.
Em outras palavras: basta conhecermos o valor de duas medidas de tendência
central (média e moda; ou média e mediana; ou moda e mediana) e já teremos
condição de afirmar se o conjunto é simétrico ou se é assimétrico à direita ou à
esquerda!
Neste nosso caso, já sabemos pela questão anterior, que o valor da Mediana é
Md=9,0. Pronto! Basta calcularmos a média do conjunto é chegaremos à resposta! E
média de um rol é sempre dado por:

Æ X =
∑ Xi
n

Onde o numerador (∑Xi) é a soma dos elementos do conjunto e o denominador


(n) é o número de elementos do conjunto. Foi dito no enunciado que ∑Xi=490. Logo:

Æ X =
∑ Xi = 490 = 9,8
n 50

Ou seja, descobrimos que para esse conjunto a Média (9,8) é maior que a
Mediana (9,0). Daí, caímos no caso da figura 01, de sorte que estamos diante de um
conjunto assimétrico e de assimetria positiva! Æ Resposta!

48. (AFRF-2002.2) Para a distribuição de freqüências do atributo X sabe-se que


∑i =1 ( xi − x ) 2 f i = 24.500 e que
7

∑i =1 ( xi − x ) 4 f i = 14.682.500 .
7

Nessas expressões os xi representam os pontos médios das classes e x a média


amostral. Assinale a opção correta. Considere para sua resposta a fórmula da curtose
com base nos momentos centrados e suponha que o valor de curtose encontrado é
populacional.
a) A distribuição do atributo X é leptocúrtica.
b) A distribuição do atributo X é platicúrtica.
c) A distribuição do atributo X é indefinida do ponto de vista da intensidade da curtose.
d) A informação dada se presta apenas ao cálculo do coeficiente de assimetria com base
nos momentos centrados de X.
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e) A distribuição de X é normal.

Sol.: Curtose é uma medida estatística que indica o grau de achatamento da curva de
freqüências. Existem três situações de curtose de um conjunto. As seguintes:

CURVA LEPTOCÚRTICA

CURVA MESOCÚRTICA

CURVA PLATICÚRTICA

É fácil memorizar: a do meio, por exemplo, começa com meso, que significa
meio. Logo, mesocúrtica é o mesmo curtose média; nem de mais, e nem de menos!
A mais achatada (em verde) parece um prato virado para baixo. Ou não? Sim!
Daí, lembraremos: prato leva a plati, e plati leva a platicúrtica.
A curva azul, a mais alta de todas, nem é plati e nem é meso. Será lepto. Isso
mesmo: leptocúrtica!
Como saber a situação de curtose de um conjunto?
Há duas maneiras. Cada maneira é uma fórmula diferente.

i) Coeficiente Percentílico de Curtose: C =


(Q3 − Q1)
2(D9 − D1)

Esta fórmula acima faz uso de quatro medidas separatrizes: o primeiro quartil
(Q1), o terceiro quartil (Q3), o primeiro decil (D1) e o nono decil (D9).


⎢ ∑ (
PM − X . fi ⎤
4
) ⎥
⎢ n ⎥
C = 44 = ⎣ ⎦
m
ii) Coeficiente Momento de Curtose:
( )
2
⎡ ⎤
⎢∑
S 2
PM − X . fi

⎢ n ⎥
⎣ ⎦

Onde m4 é o momento de quarta ordem centrado na média, e S4 é o desvio-


padrão elevado à quarta potência, que é o mesmo do quadrado da variância!

Este enunciado especificou que deveríamos trabalhar com a fórmula que usa os
momentos centrados, ou seja, o coeficiente momento! Mesmo que não tivesse dito
nada, saberíamos que seria ela a ser utilizada, em função dos dados fornecidos pela
questão.
∑i =1 ( xi − x ) 2 f i = 24.500
7
Reparemos que estes dados adicionais e

∑i =1 ( xi − x ) 4 f i = 14.682.500
7
correspondem exatamente aos numeradores da nossa
equação. Daí, teremos:

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⎢ ∑ ( 4
)
PM − X . fi ⎤
⎥ ⎛ 14.682.500 ⎞
⎢ n ⎥ ⎜ ⎟
m4
C= 4 = ⎣ ⎦ = ⎝ 100 ⎠ = 2,45
( )
2 2
⎡ PM − X . fi ⎤ ⎛ 24.500 ⎞
⎢∑
S 2

⎥ ⎜ ⎟
⎢ n ⎥ ⎝ 100 ⎠
⎣ ⎦

Agora resta o principal: analisar esse resultado. Sempre que estivermos usando
essa fórmula acima – o índice momento de curtose – interpretaremos o resultado da
conta da seguinte forma:

Se C > 3 → Distribuição Leptocúrtica;


Se C = 3 → Distribuição Mesocúrtica;
Se C < 3 → Distribuição Platicúrtica.

Daí, como 2,45 é menor que 3, nossa conclusão é a de que estamos diante de
uma distribuição platicúrtica Æ Resposta!

Só mais um detalhe. Se estamos usando a fórmula do coeficiente momento de


curtose, então o valor padrão para efeito de interpretação do resultado é 3 (três). Daí,
na hora de fazer essas contas, no momento em que encontrarmos dois vírgula qualquer
coisa, nem precisaremos dar continuidade a esta conta! Claro, pois se é menor que três,
então a distribuição é platicúrtica!

54. (AFTN-1998) A tabela abaixo apresenta a evolução de preços e quantidades de


cinco produtos:

Ano 1960 (ano base) 1970 1979


Preço Quant. Preço (p1) Preço (p2)
(po) (qo)
Produto A 6,5 53 11,2 29,3
Produto B 12,2 169 15,3 47,2
Produto C 7,9 27 22,7 42,6
Produto D 4,0 55 4,9 21,0
Produto E 15,7 393 26,2 64,7
Totais ∑po.qo=9009,7 ∑p1.qo=14358,3 ∑p2.qo=37262,0

Assinale a opção que corresponde aproximadamente ao índice de Laspeyres para 1979


com base em 1960.
b) 415,1 b) 413,6 c) 398,6 d) 414,4 e) 416,6

Sol.: Questão de números índices! Das antigas...! Nunca mais caiu nada parecido! Mas
como a Esaf adora fazer sempre um flash-back (é o novo!), o melhor mesmo é ficar
atento!
Esta questão trabalha com os índices (ditos complexos) de Laspeyres e de
Paasche. São, na verdade, fórmulas que trabalham com valores de preços de produtos
e as respectivas quantidades vendidas em diferentes épocas. No caso da tabela acima,
temos cinco produtos (A, B, C, D e E), e seus preços correspondentes e quantidades
vendidas nos anos de 1960, 1970 e 1979. Ainda foi dito, na linha superior da tabela,
que o ano de 1960 é o ano-base, para efeito de aplicação da fórmula.

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Temos que saber que os valores referentes ao ano-base (preço no ano-base e
quantidade vendida no ano-base) recebem a seguinte nomenclatura: po e qo. E também
que a cada vez que estivermos aplicando a fórmula do índice, estaremos sempre
trabalhando com duas épocas distintas – dois anos diferentes – um dos quais será
justamente o ano-base (símbolos po e qo). O outro ano, por sua vez, será dito ano-dado,
e seus valores de preço e quantidade serão designados por pn e qn.
Daí, haverá dois distintos índices de Laspeyres e dois de Paasche. São os
seguintes:

Æ Índice de Preço de Paasche: Pa =


∑ p .q
n n
x 100
∑ p .q
o n

Æ Índice de Quantidade de Paasche: Pa =


∑ q .p
n n
x 100
∑ q .p
o n

Æ Índice de Preço de Laspeyres: La =


∑ p .q n o
x 100
∑ p .q o o

Æ Índice de Quantidade de Laspeyres: La =


∑ q .p n o
x 100
∑ q .p o o

Vamos aprender um jeito de memorizar estas quatro fórmulas!

1º Passo) As quatro fórmulas começam com somatório sobre somatório!

Æ Preço de Paasche: Pa =
∑ ..........
∑ ..........

Æ Quantidade de Paasche: Pa =
∑ ...........
∑ ...........

Æ Preço de Laspeyres: La =
∑ ...........
∑ ...........

Æ Quantidade de Laspeyres: La =
∑ ...........
∑ ...........
2º Passo) Índice de preço começa com preço, enquanto índice de quantidade começa
com quantidade! Teremos:

Æ Preço de Paasche: Pa =
∑ p.q
∑ p.q

Æ Quantidade de Paasche: Pa =
∑ q. p
∑ q. p
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Æ Preço de Laspeyres: La =
∑ p.q
∑ p.q

Æ Quantidade de Laspeyres: La =
∑ q. p
∑ q. p
3ºPasso) Agora, “amarraremos” as quatro fórmulas, dando um “nó” (n,o) na
vertical!

Ficaremos com:

Æ Preço de Paasche: Pa =
∑ p .q
n

∑ p .q
o

Æ Quantidade de Paasche: Pa =
∑ q .pn

∑ q .po

Æ Preço de Laspeyres: La =
∑ p .q
n

∑ p .q
o

Æ Quantidade de Laspeyres: La =
∑ q .p n

∑ q .p o

4º Passo) Agora só nos resta complementar os dois preços ou quantidades que estão
faltando em cada fórmula com os índices (o) ou (n). Saibamos que, para cada uma
destas fórmulas, os índices que estão faltando são iguais, ou seja, estão faltando ou
dois (o) ou dois (n). Aí, iremos nos lembrar do “bizú do pão-de-ló”. (Essa teoria, se é
que podemos chamar assim, não existe em livro nenhum...é mais uma das minhas
invenções malucas!)
Do bizú do pão-de-ló, nós só vamos aproveitar o “ló”. O “ló” traz o “L” de
Laspeyres e o “o” do índice “o”. Daí, lembraremos da frase: “Laspeyres é ló!” E se
Laspeyres é ló, então os dois índices que estão faltando para concluirmos as fórmulas
de Laspeyres são ambos o próprio “o”. Teremos:

Æ Preço de Laspeyres: La =
∑ p .q
n o
(“Laspeyres é ló”!)
∑ p .q
o o

Æ Quantidade de Laspeyres: La =
∑ q .p n o
(“Laspeyres é ló”!)
∑ q .p o o

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E quanto ao Paasche? Ora, Paasche não é ló! Então, concluímos que “Paasche é
n”! Teremos:

Æ Preço de Paasche: Pa =
∑ p .q
n n
(“Paasche é n”!)
∑ p .q
o n

Æ Quantidade de Paasche: Pa =
∑ q .p
n n
(“Paasche é n”!)
∑ q .p
o n

Por último, é só multiplicar por cem!

Voltando ao nosso enunciado, vemos que ele pede que calculemos o índice de
Laspeyres do ano 1979 tendo por base o de 1960. Ou seja, o ano-base é 1960, e o ano-
dado é o de 1979. Mas não foi dito expressamente, em momento algum, se esse índice
seria de preço ou de quantidade!
E nem precisaria, uma vez que somos bons observadores!
Só teríamos que dar uma olhada nos dados fornecidos pela questão. Reparemos
na última linha da tabela que nos foi fornecida, teremos o seguinte:

Æ ∑po.qo=9009,7 e Æ ∑p1.qo=14358,3 e Æ ∑p2.qo=37262,0

Nestes três dados, temos preço antes de quantidade. Conclusão: teremos que
achar o valor do índice de preço de Laspeyres!
Teremos:

La =
∑ p .q
n o
=
37.262
= 4,136 x 100 = 413,6 Æ Resposta!
∑ p .q
o o 9.009,7

1. (ANALISTA SERPRO-2001) Uma conta no valor de R$ 1.000,00 deve ser paga em


um banco na segunda-feira, dia 5. O não pagamento no dia do vencimento implica
uma multa fixa de 2% sobre o valor da conta mais o pagamento de uma taxa de
permanência de 0,1% por dia útil de atraso, calculada como juros simples, sobre o
valor da conta. Calcule o valor do pagamento devido no dia 19 do mesmo mês
considerando que não há nenhum feriado bancário no período.
a) R$ 1.019,00 d) R$ 1.029,00
b) R$ 1.020,00 e) R$ 1.030,00
c) R$ 1.025,00

Sol.: Quem diz que questão de prova não se repete comete um grande equívoco. Esta
questão acima, que foi de 2001, é quase uma réplica de outra que caiu no segundo
AFRF de 2002, a qual resolveremos também em outra ocasião.
Bem, o enunciado fala de uma conta que deverá ser paga até o dia 5. Caso haja
qualquer atraso, o devedor arcará com dois encargos, representados por uma multa
fixa de 2%, e pelos juros simples de 0,1% ao dia útil de atraso!
O cálculo da multa fixa é muito fácil. Aquela taxa de 2% incidirá sobre o valor da
conta, e esse resultado será cobrado, independentemente de quantos dias seja o atraso!
Por isso essa multa tem o nome de fixa.

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Teremos, portanto:
Æ (2/100) x 1.000 = R$20,00 Æ Multa fixa!

Com isso já temos metade da resposta! Só falta saber o quanto iremos pagar de
juros simples a mais pelo atraso no pagamento da conta.
Agora precisaremos conhecer de quantos dias foi o atraso. Mais especificamente:
precisaremos saber quantos foram os dias úteis de atraso. Por quê? Porque a taxa de
juros simples foi fornecida em termos de dias úteis, e nós sabemos que na matemática
financeira, teremos sempre que trabalhar com taxa e tempo na mesma unidade.
Para contarmos os dias úteis de atraso, eu recomendo neste caso que façamos
um pequeno e rápido calendário. É fácil de se fazer na prova e não leva quase nenhum
tempo. Observando que foi dito que o dia 5 é uma segunda-feira, faremos:

SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM


05 06 07 08 09 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19

Como só nos interessam os dias úteis, vamos excluir sábados e domingos da


contagem dos dias de atraso. Teremos:

SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM


05 06 07 08 09 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19

E quanto ao dia 5? Ele conta como atraso? Claro que não! Se o enunciado falou
que a conta deveria ser paga até o dia 5, então o primeiro dia de atraso é o próximo!
Excluindo, pois, também o dia 5 da contagem dos dias úteis de atraso, teremos:

SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM


05 06 07 08 09 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19

Enfim, contamos acima que houve, na verdade, 10 dias úteis de atraso no


pagamento da conta. Como os juros incidentes na operação são do regime simples,
significa que a cada dia útil de atraso, o valor a ser pago a mais é sempre o mesmo. De
modo que só precisaremos conhecer os juros por um dia útil de atraso, e multiplicarmos
esse valor por 10. Teremos:

Æ Juros por dia útil de atraso: (0,1/100) x 1000 = R$1,00

Percebamos que, para calcular os juros simples de um único período, só temos


que multiplicar a taxa pelo capital, exatamente como fizemos.
Como foram 10 dias úteis de atraso no total, teremos:

Æ Juros por todo o atraso: 10 x R$1,00 = R$10,00 Æ Juros!

Compondo o resultado final, teremos que somar o valor da conta, mais os valores
da multa fixa e dos juros. Teremos, finalmente, que:

Æ R$1.000,00 + R$20,00 + R$10,00 = R$1.030,00 Æ Resposta!

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9. (FTM-FORTALEZA-1998) Os capitais de R$ 8.000,00, R$ 10.000,00 e R$ 6.000,00
foram aplicados à mesma taxa de juros simples, pelos prazos de 8, 5 e 9 meses,
respectivamente. Obtenha o tempo necessário para que a soma desses capitais produza
juros; à mesma taxa, iguais à soma dos juros dos capitais individuais aplicados nos seus
respectivos prazos.
a) 6 meses d) 7 meses e dez dias
b) 6 meses e meio e) 7 meses e dezoito dias
c) 7 meses

Sol.: Esta questão é facílima. Sua beleza, todavia, consiste em traduzir o enunciado.
Digo isto porque a maioria das outras questões semelhantes a esta costuma
simplesmente pedir: calcule o prazo médio! Esta aqui, não: pediu a mesma coisa, só
que com outras palavras.
Ora, o prazo médio é justamente um prazo comum, em que a soma dos capitais
(aplicados a uma mesma taxa) produziria os mesmos juros que aqueles produzidos pela
soma dos juros dos capitais individuais (em seus respectivos prazos).
Ihhhhhh... façamos uma nova tentativa: se eu somar os valores dos capitais
envolvidos na questão, e colocar esta soma em uma nova data, que será o prazo médio,
os juros produzidos por esta soma serão iguais à soma dos juros anteriores produzidos
por cada capital individualmente.
Para quem ainda não ficou muito claro, um consolo: a questão não vai nos pedir
para explicar nada! Vai querer somente que façamos o cálculo do prazo médio. Em
outras palavras: trata-se de uma questão de aplicação direta de fórmula!
Daí, nossa obrigação é conhecê-la. É a seguinte:

PM =
(C1.i1.n1) + (C 2.i 2.n2) + (C 3.i3.n3)
(C1.i1) + (C 2.i 2) + (C 3.i3)

Antes de aplicarmos a fórmula, uma observação importante: a única exigência a


ser cumprida, antes de lançarmos os dados do enunciado na equação é que as taxas
estejam entre si na mesma unidade, e os prazos estejam entre si na mesma
unidade! Por exemplo, se as taxas originais sejam todas taxas anuais (..%aa) e os
prazos originais estejam todos expressos em meses, então, nesta situação, já
poderíamos jogar os dados na fórmula! Sim! Mesmo tendo taxas mensais e prazos
anuais! Isso porque as taxas, entre si, estão na mesma unidade. E os prazos, entre si,
estão na mesma unidade. Entendido? Pois bem! Nosso enunciado diz que os três prazos
originais estão em meses. Disse ainda que as taxas são iguais, portanto, possuem
obviamente a mesma unidade!
Em suma: já podemos fazer nossas contas. Teremos:

Æ PM =
(8000.i.8) + (10000.i.5) + (6000.i.9)
(8000.i ) + (10000.i ) + (6000.i )
Daí, podemos dividir todas as parcelas do numerador e todas as parcelas do
denominador por “i”, que é nosso fator comum, de forma que teremos apenas:

Æ PM =
(8000 x8) + (10000 x5) + (6000 x9)
(8000) + (10000) + (6000)

64000 + 50000 + 54000 168000


Æ E: PM = = = 7,0
24000 24000

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Mas 7,0 o quê? Ora, vejamos qual é a unidade dos prazos originais? Todos em
meses! Daí:
Æ PM=7,0 meses Æ Resposta!

13. (AFRF-1998) O desconto comercial simples de um título quatro meses antes do


seu vencimento é de R$ 600,00. Considerando uma taxa de 5% ao mês, obtenha o
valor correspondente no caso de um desconto racional simples.
a)R$ 400,00 d) R$ 700,00
b)R$ 800,00 e) R$ 600,00
c)R$ 500,00

Sol.: Esta foi uma das mais tranqüilas questões presentes na prova do Fiscal da Receita
de 1998. Aqui, o enunciado começou falando de elementos de uma operação de
Desconto Simples Comercial (por Fora). Disse o valor do Desconto por fora
(Df=600,00), disse o tempo de antecipação (n=4m) e disse a taxa (i=5% a.m.). Na
segunda frase, ele pede que calculemos o Desconto Racional Simples “correspondente”.
Por essa palavra “correspondente” entenderemos que serão mantidas as mesmas
condições do Desconto por Fora, ou seja, a mesma taxa e o mesmo tempo de
antecipação.
O que precisamos saber é que existe uma fórmula que se encaixa perfeitamente
neste tipo de enunciado. Ela nos dá a relação entre os valores dos descontos simples
por dentro e por fora.
Teremos:
Df = Dd (1 + i.n)

Aqui, taxa (i) e Tempo (n) já estão na mesma unidade. A taxa é mensal (5% ao
mês) e o tempo de antecipação está em meses (4 m). Resta aplicar a fórmula,
lembrando de usar a notação unitária da taxa. Teremos:

Df = Dd (1 + i.n) Æ 600 = Dd (1 + 0,05x4) Æ Dd = 600 / 1,20

Daí: Dd = 500,00 Æ Resposta!

20. (AFRF-2002/1) Um capital é aplicado a juros compostos à taxa de 20% ao


período durante quatro períodos e meio. Obtenha os juros como porcentagem do capital
aplicado, considerando a convenção linear para cálculo do montante. Considere ainda
que
1,204 =2,0736;
1,204,5 =2,271515 e
1,205 =2,48832.
a) 107,36% d) 130%
b) 127,1515% e) 148,832%
c) 128,096%

Sol.: Essa questão nos traz um ensinamento importantíssimo, e que valerá para toda e
qualquer situação semelhante. É o seguinte: muitas questões de estatística vão pedir
que se calcule o valor de um elemento como porcentagem de outro elemento.
Neste caso, por exemplo, queremos o cálculo dos juros como porcentagem do
capital. Este último será o nosso elemento de referência. E para este elemento de
referência atribuiremos o valor 100 (cem)! É este o artifício!
Sabendo disso, os dados de nossa questão são os seguintes:

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Æ C=100 (artifício)
Æ i=20% ao período (juros compostos!)
Æ n=4 períodos e meio
Æ J=? (como porcentagem do Capital)

Ocorre que a questão quer que trabalhemos os Juros Compostos por um método
chamado de Convenção Linear.
Se resolve em dois passos. No primeiro, trabalharemos com a fórmula
convencional dos Juros Compostos, só que considerando apenas a primeira parte do
tempo, ou seja, 4 períodos.
Quando a questão chama a unidade de tempo de período, significa que pode ser
qualquer um: mês, ano etc. Ou podemos deixar com esse nome mesmo: período!
Vamos ao primeiro passo da resolução.

Æ 1º Passo) M = C (1 + i)n

Daí: M = 100.(1 +0,20)4

Observemos que o valor do parênteses acima foi um dado adicional da questão!


Temos, pois, que: (1,20)4=2,0736

Daí: M=100x2,0736 Æ M=207,36

Esse é o resultado apenas do primeiro passo! Agora seguiremos adiante,


lembrando-nos de que, na Convenção Linear, o Montante do primeiro passo transforma-
se no Capital do segundo. Além disso, trabalharemos agora apenas com a segunda
parte do tempo: aquela que não foi utilizada no primeiro passo. Nossos dados agora são
os seguintes:

Æ C=207,36 (antigo montante!)


Æ i=20% ao período
Æ n=0,5 período
Æ M=?

Só nos resta lembrar de uma informação crucial: o segundo passo da Convenção


Linear é uma aplicação de Juros Simples! Daí, teremos:

M
C

(100) (100+i.n)

(i.n)

Trabalharemos com a seguinte equação:

C M
=
100 100 + i.n

Somente lembrando que, para aplicarmos a fórmula acima, teremos que ter taxa
e tempo na mesma unidade. Já estão? Sim, já estão! Daí:

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C M 207,36 M
Æ = Æ = Æ M=228,096
100 100 + i.n 100 100 + 20 x0,5

Reparemos no seguinte: o montante do segundo passo é o montante final da


operação. E o que foi pedido mesmo de nós? Juros! Ora, juros é a diferença entre
montante e capital. Daí, teremos:

Æ J=M-C Æ J=228,096 – 100 Æ J=128,096

Como usamos o artifício de chamar Capital de 100, diremos que:

Æ J=128,096 % do Capital Æ Resposta!

Outra maneira mais rápida de resolver os Juros Compostos por meio da


Convenção Linear é mediante aplicação direta da fórmula abaixo:

M = C.(1 + i ) .(1 + i.k )


n

Onde: n é a parte inteira do tempo da operação, e


K é parte quebrada!

Por exemplo, se temos que a aplicação durou 4,5 meses (como nesta nossa
questão), então n=4 e k=0,5.

Daí, teríamos que:

Æ M = C.(1 + i ) .(1 + i.k ) Æ M = 100.(1 + 0,20) .(1 + 0,20 x0,5) Æ M=228,36


n 4

Uma vez que J=M-C , então: J=228,36 – 100 Æ J=128,36

Como adotamos que C=100 , então:

J=128,36% do Capital Æ Resposta!

Como vêem, fica bem mais prática a resolução pela fórmula, embora esta seja
um mero retrato do método explicado na primeira solução. Senão, vejamos: o primeiro
parênteses da fórmula diz respeito à operação no Regime Composto (juros compostos),
enquanto o segundo parênteses diz respeito à operação no Regime Simples (juros
simples).
A última observação acerca da fórmula acima é que, em ambos os parênteses, a
taxa será expressa em termos unitários! E só! Próxima.

29. (SEFAZ-PI-2001) José tem uma dívida a ser paga em três prestações. A primeira
prestação é de R$ 980,00 e deve ser paga ao final do terceiro mês; a segunda é de R$
320,00 e deve ser paga ao término do sétimo mês; a terceira é de R$ 420,00 e deve ser
paga ao final do nono mês. O credor cobra juros compostos com taxa igual a 5% ao
mês. José, contudo, propõe ao credor saldar a dívida, em uma única prestação ao final
do décimo segundo mês e mantendo a mesma taxa de juros contratada de 5%. Se o
credor aceitar a proposta, então José pagará nesta única prestação o valor de:
a) R$ 1.214,91 d) R$ 2.352,25
b) R$ 2.114,05 e) R$ 2.414,91
c) R$ 2.252,05

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Sol.: Questãozinha clássica de Equivalência de Capitais. O sujeito assume uma forma


original de pagamento de uma dívida qualquer, e depois deseja alterar, substituir,
modificar aquela forma inicial de pagamento por uma outra maneira de quitar a dívida.
Para que ninguém saia perdendo – nem o credor, nem o devedor – será preciso
que a segunda forma de pagamento seja equivalente à primeira!
Daí o nome Equivalência de Capitais.
Desenhemos a questão:
X

980,

420,
320,

3m 7m 9m 12m
(I) (I) (I) (II)

Designamos por (I) as parcelas da primeira forma de pagamento e por (II) a


única parcela da nova forma de quitação da dívida.
Se estamos bem lembrados, resolver a Equivalência de Capitais é seguir uma
receita de bolo! Haverá os passos preliminares e os passos efetivos. Sigamos os passos
conforme descritos na seqüência abaixo:

Æ Passos Preliminares:
1º) Desenhar a questão! Já o fizemos.

2º) Definir quem será primeira (I) e quem será segunda (II) forma de
pagamento! Também já o fizemos.

3º) Colocar taxa (i) e tempos na mesma unidade. A taxa é mensal (5% a.m.) e
os tempos das parcelas estão todos em meses. Ou seja, esse passo já veio feito para
nós!

4º) Definir qual o regime da operação. Aqui ficou fácil, vez que o enunciado nos
falou expressamente que a taxa é de juros compostos! Sendo assim, estamos diante de
uma questão de Equivalência Composta de Capitais. Destarte, será resolvida por meio
de operações de Desconto Composto por Dentro! E será sempre assim. Ou seja:
equivalência composta só se resolve por desconto composto por dentro!

5º) Definir onde ficará a nossa Data Focal. Escolheremos, neste caso, a data 12
meses. Lembramos que na Equivalência Composta esse escolha é livre. Todavia, a
escolha da data focal que está mais à direita do desenho nos será útil, vez que
estaremos trocando divisões por produtos, conforme veremos adiante.

Æ Passos Efetivos:

1º) Levar para a Data Focal (um a um) os valores da primeira forma de pagamento.

Comecemos pela parcela R$980,00 que está na data 3 meses.


Teremos:

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E

980,

3m 12m
(Data Focal)

Como fazer esse transporte? Por meio da operação de desconto definida no


quarto passo preliminar, ou seja, pelo Desconto Composto por Dentro. Teremos, pois:

Æ E = 980.(1+0,05)9

O valor do parênteses acima (que aprendemos no primeiro curso a chamar de


parênteses famoso!) pode ser encontrado com o auxílio da Tabela Financeira! Faremos:

TABELA I FATOR DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL an = (1 + i)n

1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
i
n
1 1,010000 1,020000 1,030000 1,040000 1,050000 1,060000 1,070000 1,080000 1,090000 1,100000
2 1,020100 1,040400 1,060900 1,081600 1,102500 1,123600 1,144900 1,166400 1,188100 1,210000
3 1,030301 1,061208 1,092727 1,124864 1,157625 1,191016 1,225043 1,259712 1,295029 1,331000
4 1,040604 1,082432 1,125508 1,169858 1,215506 1,262476 1,310796 1,360488 1,411581 1,464100
5 1,051010 1,104081 1,159274 1,216652 1,276281 1,338225 1,402552 1,469329 1,538624 1,610510
6 1,061520 1,126162 1,194052 1,265319 1,340095 1,418519 1,500730 1,586874 1,677100 1,771561
7 1,072135 1,148685 1,229873 1,315931 1,407100 1,503630 1,605781 1,713824 1,828039 1,948717
8 1,082856 1,171659 1,266770 1,368569 1,477455 1,593848 1,718186 1,850930 1,992562 2,143588
9 1,093685 1,195092 1,304773 1,423311 1,551328 1,689478 1,838459 1,999004 2,171893 2,357947

Daí: Æ E = 980.(1+0,05)9 Æ E=980x1,551328 Æ E=1.520,30

Esse valor fica guardado para o final da questão!

Prosseguindo, trabalharemos agora a parcela R$320,00 e teremos:

320,

7m 12m
(Data Focal)

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Daí, pelo Desconto Composto por Dentro, teremos que:

Æ F = 320.(1+0,05)5

Por meio da Tabela Financeira, encontraremos que:

TABELA I FATOR DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL an = (1 + i)n

1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
i
n
1 1,010000 1,020000 1,030000 1,040000 1,050000 1,060000 1,070000 1,080000 1,090000 1,100000
2 1,020100 1,040400 1,060900 1,081600 1,102500 1,123600 1,144900 1,166400 1,188100 1,210000
3 1,030301 1,061208 1,092727 1,124864 1,157625 1,191016 1,225043 1,259712 1,295029 1,331000
4 1,040604 1,082432 1,125508 1,169858 1,215506 1,262476 1,310796 1,360488 1,411581 1,464100
5 1,051010 1,104081 1,159274 1,216652 1,276281 1,338225 1,402552 1,469329 1,538624 1,610510
6 1,061520 1,126162 1,194052 1,265319 1,340095 1,418519 1,500730 1,586874 1,677100 1,771561
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
18 1,196147 1,428246 1,702433 2,025816 2,406619 2,854339 3,379932 3,996019 4,717120 5,559917

Daí: Æ F = 320.(1+0,05)5 Æ F=320x1,276281 Æ F=408,41

Por fim, trabalhando agora com a última parcela da primeira obrigação, teremos:

420,

9m 12m
(Data Focal)

Usando novamente o desconto composto por dentro, teremos que:

Æ G = 420.(1+0,05)3

Usando a Tabela Financeira, teremos:

TABELA I FATOR DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL an = (1 + i)n

i 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
n
1 1,010000 1,020000 1,030000 1,040000 1,050000 1,060000 1,070000 1,080000 1,090000 1,100000
2 1,020100 1,040400 1,060900 1,081600 1,102500 1,123600 1,144900 1,166400 1,188100 1,210000
3 1,030301 1,061208 1,092727 1,124864 1,157625 1,191016 1,225043 1,259712 1,295029 1,331000
4 1,040604 1,082432 1,125508 1,169858 1,215506 1,262476 1,310796 1,360488 1,411581 1,464100
5 1,051010 1,104081 1,159274 1,216652 1,276281 1,338225 1,402552 1,469329 1,538624 1,610510
6 1,061520 1,126162 1,194052 1,265319 1,340095 1,418519 1,500730 1,586874 1,677100 1,771561
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
18 1,196147 1,428246 1,702433 2,025816 2,406619 2,854339 3,379932 3,996019 4,717120 5,559917

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Daí: Æ G = 420.(1+0,05)5 Æ G=420x1,157625 Æ G=486,20

Com isso, encerramos o primeiro passo efetivo de resolução. O segundo passo


consiste em transportar para a Data Focal os valores da segunda forma de pagamento.
Ora, só temos uma parcela de segunda forma de pagamento, e que já se encontra
exatamente onde queremos, ou seja, sobre a data focal.
Assim, o segundo passo efetivo já está feito, sem precisarmos mover uma palha!
O terceiro e derradeiro passo de nossa resolução, consiste unicamente na
aplicação da chamada Equação de Equivalência de Capitais. Teremos que:

∑(I)DF = ∑(II)DF

Onde a primeira parte da equação representa a soma dos valores da primeira


forma de pagamento depois de levados para a data focal, e a segunda parte da equação
será a soma dos valores da segunda forma de pagamento, também depois de levados
para a data focal.
Daí, teremos que: E + F + G = X

Æ 1.520,30 + 408,41 + 486,20 = X

Æ X = 2.414,91 Æ Resposta!

39. (SEFAZ-PI-2001) Uma operação de financiamento de capital de giro no valor de


R$ 50.000,00 deverá ser liquidada em 12 prestações mensais e iguais com carência de
quatro meses, ou seja, o primeiro pagamento só se efetuará ao final do quarto mês.
Sabendo que foi contratada uma taxa de juros de 4% ao mês, então o valor de cada
uma das prestações será igual a:
a) R$ 5.856,23 d) R$ 6.540,00
b) R$ 5.992,83 e) R$ 7.200,00
c) R$ 6.230,00

Sol.: Uma boa forma de identificar o assunto de que trata a questão acima é
justamente fazer o desenho do que é proposto pelo enunciado. Então, temos um valor
de R$50.000,00 que deverá ser pago em 12 parcelas iguais e consecutivas, só que a
primeira delas distante 4 meses do dia de hoje. Teremos:

50.000,

P P P P P P P P P P P P

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Uma forma muito prática de resolver essa questão é a seguinte: imaginemos que
existissem parcelas nesse período de carência, ou seja, nesse intervalo que vai do valor
R$50.000 até a primeira parcela (a do quarto mês). Imaginando isso, nosso desenho
seria o seguinte:

50.000,

P P P P P P P P P P P P

Estão destacadas em verde as três parcelas fictícias! A primeira começando


sempre ao final do primeiro período.
Para que servem essas parcelas? Servem, obviamente, para amortizar o valor da
dívida (R$50.000,00). Estamos, pois, diante de questão de Amortização.

A fórmula da Amortização é a seguinte: T = P . An¬i

Onde T é o valor a ser amortizado; P é o valor das parcelas que irão amortizar o
valor P; n é o número de parcelas de amortização; e i é a taxa composta da operação!

Porém, quando estamos diante de situação semelhante a esta, em que a primeira


parcela de amortização localiza-se numa data futura, que não coincide com o final do
primeiro período, usaremos esse artifício de imaginar parcelas fictícias (a primeira das
quais localizada ao final do primeiro período), e aplicaremos a seguinte variação de
nossa fórmula:

T = P . { (AK¬i) – (AF¬i) }

Onde K representa o número total de parcelas, somadas as reais e as fictícias; e


F representa tão-somente o número de parcelas fictícias!

Pronto! Só isso! Daí, teremos que:

Æ 50.000 = P {(A15¬ 4%) – (A3¬ 4%)}

Consultando os fatores de amortização na Tabela Financeira do An¬i,


encontraremos:

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(1 + i) − 1
n
TABELA II FATOR DE VALOR ATUAL DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS a n ¬i =
i.(1 + i) n

1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
i
n
1 0,990099 0,980392 0,970874 0,961538 0,952381 0,943396 0,934579 0,925926 0,917431 0,909091
2 1,970395 1,941561 1,913469 1,886094 1,859410 1,833393 1,808018 1,783265 1,759111 1,735537
3 2,940985 2,883883 2,828611 2,775091 2,723248 2,673012 2,624316 2,577097 2,531295 2,486852
4 3,091965 3,807728 3,717098 3,629895 3,545951 3,465105 3,387211 3,312127 3,239720 3,169865
5 4,853431 4,713459 4,579707 4,451822 4,329476 4,212364 4,100197 3,992710 3,889651 3,790787
6 5,795476 5,601431 5,417191 5,242137 5,075692 4,917324 4,766539 4,622879 4,485918 4,355261
7 6,728194 6,471991 6,230283 6,002054 5,786373 5,582381 5,389289 5,206370 5,032953 4,868419
8 7,651678 7,325481 7,019692 6,732745 6,463213 6,209794 5,971298 5,746639 5,534819 5,334926
9 8,566017 8,162237 7,786109 7,435331 7,107821 6,801692 6,515232 6,246888 5,995247 5,759024
10 9,471304 8,982585 8,530203 8,110896 7,721735 7,360087 7,023581 6,710081 6,417657 6,144567
11 10,367628 9,786848 9,252624 8,760477 8,306414 7,886874 7,498674 7,138964 6,805190 6,495061
12 11,255077 10,575341 9,954004 9,385074 8,863251 8,383844 7,942686 7,536078 7,160725 6,813692
13 12,133740 11,348374 10,634955 9,985648 9,393573 8,852683 8,357650 7,903776 7,486904 7,103356
14 13,003703 12,106249 11,296073 10,563123 9,898641 9,294984 8,745468 8,244237 7,786150 7,366687
15 13,865052 12,849263 11,937935 11,118387 10,379658 9,712249 9,107914 8,559478 8,060688 7,606079
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
18 16,398268 14,992031 13,753513 12,659297 11,689587 10,827604 10,059087 9,371887 8,755625 8,201412

Daí, teremos:

Æ 50.000 = P {(A15¬ 4%) – (A3¬ 4%)}

Æ 50.000 = P {11,118387 – 2,775091} Æ 50.000 = P . 8,3432

Finalmente, chegaremos a: P=50.000/8,3432 Æ P=5.992,83 Æ Resposta!

77. (Contador Recife/2003) Um capital é aplicado a juros simples a uma taxa de 3%


ao mês. Em quanto tempo este capital aumentaria 14% em relação ao seu valor inicial?
a) 3 meses e meio d) 4 meses e meio
b) 4 meses e) 4meses e 20 dias
c) 4 meses e 10 dias

Sol.:

Os dados desta questão são simples. Há uma forma realmente muito fácil de se
resolver este problema: bastará que adotemos um valor arbitrário para o Capital. Qual
seria o valor mais conveniente para utilizarmos? Seria o valor 100 (cem)! Claro! Se a
questão diz em seguida que o Capital aumentou 14%, fica muito fácil concluir que ele
passou a valer, portanto, 114. Concordam? E o Capital aumenta para se transformar em
quem? No Montante, é óbvio!
Daí, passamos a ter os seguintes dados:

Æ C=100,00
Æ M=114,00
Æ i = 3% ao mês.
Æ n=?

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Observemos que, se já dispomos dos valores do Capital e do Montante, então,


por tabela, conhecemos também o valor dos Juros! Concordam? Claro! Sabemos que os
Juros são a diferença entre o Montante e o Capital. Teremos:

Æ J=M-C Æ J=144-100 Æ J=14,00

Conforme o enunciado falou expressamente, estamos trabalhando aqui com os


Juros Simples! Daí, lembraremos do esquema ilustrativo dos Juros Simples:

M
C

(100) (100+i.n)

(i.n)

Podemos, caso seja nossa vontade, trabalhar com a seguinte equação:

C J
=
100 i.n

Somente lembrando que, para aplicarmos a fórmula acima, teremos que ter taxa
e tempo na mesma unidade. Já estão? Sim, já estão! Daí:

C J 100 14
Æ = Æ =
100 i.n 100 3.n

Daí, teremos que:

Æ n= (14/3) meses

Para transformar essa resposta para a unidade dias, basta-nos multiplicar essa
fração por 30. Certo? Claro! Uma vez que um mês tem 30 dias. Daí, teremos:

14
n= × 30 dias ⇒ n = 140 dias ⇒ n=4 meses e 20 dias Æ Resposta!
3

80. (TTN/94) Admita-se que uma duplicata tenha sido submetida a 2 tipos de
descontos. No primeiro caso, a juros simples, a uma taxa de 10% a.a., vencível em 180
dias, com desconto comercial (por fora). No segundo caso, com desconto racional (por
dentro), mantendo as demais condições. Sabendo-se que a soma dos descontos, por
fora e por dentro, foi de $635,50 , o valor nominal do título era de:
a) $ 6.510,00 c) $ 6.590,00 e) $ 6.240,00
b) $ 6.430,00 d) $ 5.970,00
Sol.:
Os dados fornecidos pelo enunciado são os seguintes:

Taxa de desconto: i=10% ao ano


n=180 dias = 0,5 ano
Dfora + Ddentro = 635,50
N=?

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Æ Aplicaremos as equações de desconto simples comercial (por fora) e Racional (por


dentro). Teremos:

i ⋅ n = 10 × 0,5 = 5

Desconto por fora Desconto por dentro

N N
- -
Dfora 100 Ddentro
- 100 100+5
5 5

D fora N 5N N Ddentro N N
= → D fora = = = → Ddentro =
5 100 100 20 5 105 21

Do enunciado, sabemos que a soma (Dfora + Ddentro) é igual a 635,50.

Daí, teremos:
N N 41N
D fora + Ddentro = 635,50 → + = 635,50 → = 635,50
20 21 420

635,50 × 420
N=
41

E: N=6.510,00 Æ Resposta!

Para quem possa, eventualmente, estar meio esquecidos de como são os


esquemas ilustrativos que resolvem as operações de Desconto Simples Racional e de
Desconto Simples Comercial, com suas respectivas equações, ei-los:

Desconto Simples Racional


(ou Desconto Simples por Dentro)

N
A

(100) (100+i.n)

Dd

(i.n)

Equações do Desconto Simples Racional:

A Dd A N Dd N
= = =
100 i.n 100 100 + i.n i.n 100 + i.n

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Desconto Simples Comercial


(ou Desconto Simples por Fora)

N
A

(100-i.n) (100)

Df

(i.n)

Equações do Desconto Simples Comercial:

A Df A N Df N
= = =
100 − i.n i.n 100 − i.n 100 i.n 100

Só a título de lembrança, se quisermos aplicar qualquer destas equações acima –


seja do Desconto Simples Racional, seja do Comercial – teremos que observar uma
única exigência. Qual? Que taxa e tempo estejam na mesma unidade! E só!

É isso, meus amigos!


Terminamos aqui nossa primeira aula, ou nosso primeiro simulado (como
queiram). Espero que tenham todos se saído muito bem com essas resoluções!
E aos que não obtiveram um bom resultado, a ordem é a seguinte: não
desanimem! Melhor errar aqui do que errar na prova! Não é verdade?
Pelo contrário, fiquem contentes! Quem errou aqui não vai errar mais na hora do
pra valer! Certo?
Fiquem todos com Deus, e até nossa próxima aula!

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