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PARTE III

PESQUISA QUALITATIVA
MÉTODOS

Parte III discute quatro métodos de pesquisa qualitativa, conforme ilustrado


emFigura III.1. Eu defino um método de pesquisa como uma estratégia de
investigação, uma forma de encontrar dados empíricos sobre o mundo.
Capítulo 6 olha para a pesquisa-ação; Capítulo 7 analisa a pesquisa de estudo
de caso; Capítulo 8concentra-se na pesquisa etnográfica; eCapítulo 9 discute a
teoria fundamentada. Todos os quatro capítulos discutem várias abordagens
para cada um dos métodos e são fornecidos exemplos do uso desses
métodos em negócios e gestão.
Figura III.1 Projeto de pesquisa qualitativa
6 PESQUISA DE AÇÃO

Resultados de Aprendizagem

Ao final deste capítulo, você será capaz de:


Compreender o propósito da pesquisa-ação Avaliar as
características distintivas da pesquisa-ação Identificar as
vantagens e desvantagens da pesquisa-ação Avaliar os estudos de
pesquisa-ação
Veja como a pesquisa-ação tem sido usada em negócios e gestão

6.1 INTRODUÇÃO

A pesquisa-ação visa resolver problemas práticos atuais enquanto


expande o conhecimento científico. Ao contrário de outros métodos de
pesquisa, onde o pesquisador busca estudar fenômenos
organizacionais, mas não modificá-los, o pesquisador-ação se preocupa
em criar mudança organizacional e simultaneamente estudar o
processo (Baburoglu & Ravn, 1992). É fortemente orientado para a
colaboração e mudança envolvendo pesquisadores e sujeitos.
Normalmente é um processo de pesquisa iterativo que capitaliza a
aprendizagem de pesquisadores e sujeitos dentro do contexto do
sistema social dos sujeitos. A pesquisa-ação é, portanto, uma excelente
forma de melhorar a relevância prática da pesquisa para negócios.
Existem inúmeras definições de pesquisa-ação; entretanto, um dos
mais citados é o de Rapoport (1970), que define a pesquisa-ação da
seguinte forma:
A pesquisa-ação visa contribuir tanto para as preocupações práticas das pessoas em uma
situação problemática imediata quanto para os objetivos das ciências sociais por meio da
colaboração conjunta dentro de uma estrutura ética mutuamente aceitável. (p. 499)

Essa definição chama a atenção para o aspecto colaborativo da pesquisa-


ação e para os possíveis dilemas éticos que podem surgir de seu uso.
Também deixa claro, como Clark (1972) enfatiza, que a pesquisa-ação se
preocupa em ampliar o estoque de conhecimento. É esse aspecto da
pesquisa-ação que a distingue das ciências sociais aplicadas ou da
pesquisa aplicada de negócios, onde o objetivo é simplesmente aplicar o
conhecimento científico, mas não adicionar ao corpo de conhecimento
(Avison, Baskerville, & Myers, 2001).

A PESQUISA DE AÇÃO AJUDA A DESENVOLVER


CUSTO BASEADO EM ATIVIDADE E O
DE INDICADORES EQUILIBRADOS
Kaplan (1998) e seus colegas usaram a pesquisa-ação para desenvolver duas novas
abordagens de contabilidade gerencial - o custeio baseado em atividades e o
balanced scorecard.
Inicialmente, eles documentaram uma grande limitação na prática
contemporânea de contabilidade gerencial e, em seguida, identificaram um novo
conceito para superar essa limitação. Eles continuaram aplicando e aprimorando o
conceito por meio de publicações, ensino e participação ativa com empresas. Ao
usar um tipo de pesquisa-ação chamada 'pesquisa-ação para inovação', o
pesquisador aprimora a teoria subjacente e, no processo, também se torna um
implementador habilidoso do novo conceito.
Kaplan (1998) afirma que existem quatro etapas básicas no ciclo de pesquisa-ação
para inovação:

Etapa 1 Observar e documentar a prática de inovação. O ciclo da pesquisa-


ação para inovação começa pela identificação de soluções plausíveis para as
deficiências documentadas na prática existente.
Etapa 2 Ensine e fale sobre a inovação. Kaplan (1998) e seus colegas
começaram a ensinar os novos casos sobre atividades iniciais de custeio
baseado em atividades em seus cursos de MBA e programas executivos.
Para ensinar os casos, eles prepararam estratégias de ensino e notas de
ensino. O processo de preparação e ensino os motivou a compreender o
fenômeno subjacente de uma forma mais profunda, mais sistemática e
mais conceitual.
Etapa 3 Escreva artigos de jornal e livros. Depois que novos casos foram
ensinados várias vezes para públicos diversos e discursos sobre os fenômenos
foram proferidos em várias ocasiões, o ciclo de pesquisa-ação para inovação
continua expondo as ideias a um público ainda mais amplo. Kaplan (1998) e seus
colegas fizeram isso para o custeio baseado em atividades por meio de artigos
destinados principalmente a um público profissional. Esses artigos apareceram
em muitos periódicos diferentes.

Etapa 4 Implementar o conceito em novas organizações. O


envolvimento ativo do pesquisador com novas implementações serve a
várias funções críticas:
1. Valida que o novo conceito pode ser implementado além do conjunto inicial
de empresas com as quais o conceito foi inicialmente desenvolvido. Além
disso, testa se o conceito pode criar valor para essas novas organizações.
2. Oferece oportunidades de aprendizagem para avançar no conhecimento sobre o
conceito.
3. Gera conhecimento sobre o processo de implementação dos novos
conceitos (Kaplan, 1998).

A característica distintiva da pesquisa-ação é que o pesquisador


intervém deliberadamente enquanto, ao mesmo tempo, estuda o
efeito dessa intervenção. Envolve a colaboração com empresários em
organizações reais. Isso é bem diferente da maioria dos outros
métodos de pesquisa. Os pesquisadores que usam outros métodos
de pesquisa geralmente tentam não intervir ou interferir no assunto.
Qualquer tipo de interferência, principalmente em projetos de
pesquisa positivistas, é vista como uma fonte de viés e pode invalidar
os resultados da pesquisa. É claro que os pesquisadores que usam
outros métodos de pesquisa qualitativa afetam de alguma forma as
pessoas e a organização que estão estudando. Os pesquisadores
qualitativos não são invisíveis; eles não são como fantasmas. No
entanto, qualquer intervenção no ambiente de pesquisa não é feita
deliberadamente.

Como método de pesquisa, a pesquisa-ação surgiu logo após o fim da


Segunda Guerra Mundial. Kurt Lewin desenvolveu o método em
o Centro de Pesquisa para Dinâmica de Grupo da Universidade de
Michigan. Ele queria aplicar as teorias da psicologia social aos problemas
sociais práticos. De forma independente, a Tavistock Clinic (posteriormente
Tavistock Institute) desenvolveu um método semelhante no Reino Unido
nas décadas de 1950 e 1960. O Instituto trabalhou com ex-soldados e
outros que serviram na Segunda Guerra Mundial e sofriam de distúrbios
psicológicos e sociais. Em ambos os casos, a ideia era aplicar a teoria
existente para resolver um problema prático, aprender com a experiência
e, em seguida, adicionar ao corpo de conhecimento, modificando a teoria
ou sugerindo uma nova teoria. Suas descobertas foram publicadas na
literatura acadêmica.
Podemos perceber, então, que pesquisa-ação não é pesquisa aplicada, mas
também não é consultoria. A pesquisa aplicada, como o marketing aplicado,
simplesmente aplica as descobertas de pesquisas já existentes em marketing aos
negócios, mas não acrescenta ao corpo de conhecimento. Um consultor, da
mesma forma, simplesmente pega o conhecimento existente ou uma
metodologia existente que é recomendada por sua empresa de consultoria e usa
isso em sua própria prática de consultoria. Os consultores geralmente não
alteram a metodologia ou adicionam a ela de qualquer forma; nem publicam
suas descobertas.
Um pesquisador-ação, ao contrário, preocupa-se em agregar ao corpo de
conhecimento. Toda a ideia da pesquisa-ação é aprender com a intervenção em
uma organização e então usar esse aprendizado para beneficiar outras pessoas.

O Processo de Pesquisa-Ação
Baskerville e Myers (2004) afirmam que a essência da pesquisa-ação é
um processo simples de duas fases. Em primeiro lugar, a etapa de
diagnóstico envolve uma análise colaborativa da situação social pelo
pesquisador e pelos sujeitos da pesquisa. As teorias são formuladas
sobre a natureza do domínio de pesquisa. Em segundo lugar, o estágio
terapêutico envolve mudança colaborativa. Nesta fase, as mudanças são
introduzidas e os efeitos são estudados.
Um modelo mais abrangente é fornecido por Susman e Evered (1978).
Eles sugerem que a pesquisa-ação pode ser vista como um processo
cíclico com cinco fases: diagnóstico, planejamento de ação, ação
pegando, avaliando e especificando a aprendizagem. Eles argumentam
que todas as cinco fases são necessárias para uma definição abrangente
de pesquisa-ação. A infraestrutura dentro do sistema do cliente (o
ambiente de pesquisa) e o pesquisador-ação mantêm e regulam algumas
ou todas essas cinco fases em conjunto. O processo cíclico de Susman e
Evered é representado emFigura 6.1.
No modelo de Susman e Evered, a primeira fase, chamada de
diagnóstico, envolve a identificação dos problemas primários que
devem ser resolvidos dentro da organização anfitriã. A segunda fase,
planejamento de ações, especifica as ações organizacionais que devem
ser tomadas para aliviar ou resolver esses problemas. Essas ações
planejadas são orientadas pelo referencial teórico do pesquisador-ação.
A terceira fase, chamada de tomada de ação, implementa as ações
planejadas. A quarta fase, avaliação, inclui a análise se as ações
planejadas alcançaram os efeitos pretendidos. A última fase,
especificando a aprendizagem, especifica o que foi aprendido durante o
projeto de pesquisa-ação. É quando o conhecimento adquirido é
aplicado dentro da organização e comunicado à comunidade científica.
Pode muito bem levar a uma mudança na estrutura teórica ou no
modelo usado na segunda fase. Esta última fase pode levar ao início de
um novo ciclo de pesquisa-ação, especialmente se o projeto de
pesquisa-ação não teve sucesso.
Figura O processo cíclico da pesquisa-ação. Reimpresso de 'An Assessment
6,1 dos méritos científicos da pesquisa-ação 'por Susman, GI & Evered, RD,
publicado em Administrative Science Quarterly (23), pp. 582-603, dezembro
de 1978, com permissão © Johnson Graduate School of Management,
Cornell University

Elden e Chisholm (1993), em sua introdução à edição especial sobre


pesquisa-ação em Relações humanas, fornecem uma breve revisão da
pesquisa-ação anterior em estudos de administração. Eles dizem que uma
definição amplamente compartilhada de pesquisa-ação existe desde o
trabalho seminal de Lewin (1946).
Lewin e a maioria dos pesquisadores subsequentes conceberam a
pesquisa-ação como um processo cíclico que envolve o diagnóstico de uma
situação problemática, o planejamento de etapas de ação e a implementação
e avaliação de resultados. A avaliação leva a um novo diagnóstico da situação
com base nos aprendizados do ciclo de atividades anterior. Uma característica
distintiva da pesquisa-ação é que o processo de pesquisa é realizado em
colaboração com aqueles que vivenciam o problema, ou seus representantes.
A ideia principal é que a pesquisa-ação usa uma abordagem científica para
estudar importantes aspectos organizacionais ou sociais
problemas junto com as pessoas que os vivenciam (Elden & Chisholm,
1993: 124).
Elden e Chisholm (1993) sugerem cinco elementos que precisariam estar
presentes em algum grau para que qualquer pesquisa fosse classificada
como pesquisa-ação. São os seguintes:

1 Finalidade e escolha de valor. Enquanto o propósito da investigação científica é


contribuir para o conhecimento geral, a pesquisa-ação visa a investigação científica
mais a resolução de problemas práticos. A pesquisa-ação é orientada para a mudança
e busca gerar mudanças com valor social positivo.
2 Foco contextual. Uma vez que o pesquisador-ação está preocupado em resolver problemas
práticos do 'mundo real', a pesquisa-ação deve enfocar o contexto mais amplo, como no
estudo de caso e na pesquisa etnográfica.
3 Dados baseados em mudanças e criação de sentido. Visto que a pesquisa-ação é orientada para a
mudança, ela requer dados que ajudem a rastrear as consequências das mudanças
pretendidas. Os pesquisadores de ação precisam ter dados coletados sistematicamente ao
longo do tempo, e eles precisam interpretar e dar sentido a esses dados.
4 Participação no processo de pesquisa. A pesquisa-ação requer que aqueles que
vivenciam ou "possuem" o problema do mundo real estejam ativamente
envolvidos com o pesquisador. Isso envolve, no mínimo, os participantes se
envolvendo na seleção do problema e sancionando a busca por soluções. Eles
também podem estar envolvidos na validação dos resultados. A pesquisa-ação, por
definição, é colaborativa.
5 Difusão de conhecimento. Para que a pesquisa-ação seja considerada pesquisa, ela
deve ser escrita e divulgada de acordo com os cânones da prática aceita das
ciências sociais. Isso envolve relacionar o tópico à literatura de pesquisa existente
na tentativa de gerar conhecimento geral. Normalmente, isso é tarefa exclusiva
dos pesquisadores.

Embora esses cinco elementos possam ser considerados características


essenciais da pesquisa-ação, Elden e Chisholm (1993) sugerem que existe uma
grande diversidade na pesquisa-ação contemporânea. Discuto várias
abordagens para a pesquisa-ação a seguir.

PETER CHECKLAND E SISTEMAS SOFT


METODOLOGIA
No Reino Unido, Peter Checkland usou a pesquisa de ação no desenvolvimento
de metodologia de sistemas suaves (SSM) na Lancaster University
(Checkland, 1991; Checkland e Holwell, 1998; Checkland e Scholes, 1990). SSM é
uma metodologia para investigação de situações 'leves' ou mal estruturadas. O
SSM tem sido usado em sistemas de informação e gerenciamento de operações
para entender situações problemáticas e, em seguida, recomendar ações para
melhorá-las.
Algumas indicações da influência da Checkland na pesquisa de sistemas de
informação no Reino Unido podem ser avaliadas a partir do fato de que uma edição
especial doJournal of Information Systems foi dedicado ao impacto do SSM na
pesquisa de sistemas de informação em 1993 (agora renomeado o Jornal de Sistemas
de Informação) Além disso, tanto o SSM quanto o método de pesquisa-ação foram
usados e adaptados por Avison e Wood-Harper em seu desenvolvimento da
metodologia de desenvolvimento de sistemas de informação Multiview (Avison &
Wood-Harper, 1990).

6.2 ABORDAGENS PARA A PESQUISA DE AÇÃO

Existem três tipos principais de pesquisa-ação. Esses três tipos


correspondem às três principais abordagens filosóficas de pesquisa
discutidas emCapítulo 3. Ou seja, a pesquisa-ação pode assumir formas
positivistas, interpretativas ou críticas.
O primeiro tipo de pesquisa-ação é a pesquisa-ação positivista. A pesquisa-
ação positivista, às vezes chamada de 'pesquisa-ação clássica' (Elden &
Chisholm, 1993), vê a pesquisa-ação como um experimento social e tenta
atender aos requisitos da ciência social positivista. Trabalhos deste tipo são
frequentemente justificados em termos positivistas
- a pesquisa-ação é vista como um método para testar e refinar hipóteses
no mundo real. Por exemplo, Clark (1972) diz que a pesquisa-ação pode ser
usada para testar e / ou replicar a teoria em um novo ambiente por
envolvimento imediato na fase de implementação de uma situação. Payne
e Payne dizem que a pesquisa de ação é projetada principalmente para
fornecer um teste empírico de uma solução possível: 'A pesquisa de ação é
um tipo de pesquisa aplicada que é essencialmente um experimento social,
introduzindo algumas novas políticas e monitorando seus efeitos' (2004: 9 )

O segundo tipo de pesquisa-ação é a pesquisa-ação interpretativa. A


pesquisa-ação interpretativa, chamada de 'pesquisa-ação
contemporânea' por Elden e Chisholm (1993), tende a se basear em uma
epistemologia interpretativa e construtivista, ou seja, a realidade social é
socialmente construída. Um exemplo dessa abordagem é Greenwood, Whyte
e Harkavy (1993), que argumentam que a pesquisa-ação é sempre um
processo emergente, uma vez que é amplamente controlado pelas condições
locais.
O terceiro tipo de pesquisa-ação é a pesquisa-ação crítica. Na educação,
tem havido um forte movimento no sentido de combinar a pesquisa-ação
com a teoria social crítica de Habermas (1984). Carr e Kemmis, por
exemplo, definem pesquisa-ação 'como uma forma de investigação auto-
reflexiva empreendida por participantes em situações sociais a fim de
melhorar a racionalidade e a justiça de suas próprias práticas, sua
compreensão dessas práticas e as situações em que elas práticas são
realizadas ”(1986: 162). Eles argumentam que a pesquisa-ação deve ser
participativa e objetivar a emancipação. Eles dizem que a pesquisa-ação é
baseada “em uma visão da verdade e da ação como socialmente construída
e historicamente inserida” (Carr & Kemmis, 1986: 182). Embora os
pesquisadores educacionais interpretativos adotem uma visão semelhante
do conhecimento, eles dizem que os pesquisadores-ação se diferenciam
por adotar uma visão mais ativista de seu papel; ao contrário dos
pesquisadores interpretativos que buscam compreender o significado do
passado para o presente, os pesquisadores da ação buscam mudar a
situação presente para produzir um futuro diferente. Eles sugerem que a
pesquisa-ação deve ter como objetivo a justiça social, envolver a reflexão
crítica sobre as práticas atuais, questionar os pressupostos tidos como
certos que fundamentam essas práticas e ter como objetivo a ação
coletiva.
Além desses três tipos principais de pesquisa-ação, existem outros
tipos. Um tipo de pesquisa-ação é chamadapesquisa de ação
participativa (Whyte, 1991). Na pesquisa-ação participativa, os
profissionais são envolvidos como sujeitos e co-pesquisadores. Como
co-pesquisadores, os profissionais têm controle sobre o processo de
pesquisa, definindo sua própria agenda de pesquisa, ajudando a coletar
e analisar dados e controlando o uso dos resultados. A pesquisa-ação
participativa é muito semelhante apesquisa prática colaborativa.
Outro tipo de pesquisa-ação é chamada ciência da ação. A ciência
da ação enfatiza a compreensão da diferença entre o comportamento
dos profissionais (teorias em uso) e suas crenças
(teorias defendidas) e recomenda o uso de aprendizagem de ciclo
simples e duplo para autoaperfeiçoamento (Argyris & Schön, 1991).
Uma teoria adotada representa a visão de mundo e os valores nos quais as
pessoas acreditam que seu comportamento se baseia. Uma teoria defendida
é o que eles pensam que estão fazendo e isso é o que dirão a você nas
entrevistas. Uma teoria em uso, ao contrário, é a visão de mundo e os valores
implícitos em seu comportamento, ou os mapas que eles usam para agir. Um
pressuposto fundamental da ciência da ação é que geralmente há uma
diferença entre o que as pessoas dizem e o que fazem. Argyris e Schön (1991)
sugerem que as pessoas não estão cientes de que suas teorias em uso muitas
vezes não são as mesmas que suas teorias adotadas, e que as pessoas muitas
vezes não estão cientes de suas teorias em uso. É claro que uma teoria em
uso só pode ser descoberta estudando o que as pessoas fazem (em vez de
simplesmente ouvir o que dizem que fazem).
O aprendizado de ciclo único ocorre quando uma correção é feita no
processo por meio de mudanças nas teorias e / ou suposições adotadas; no
entanto, as próprias normas não sofrem alterações. O aprendizado duplo-
elástico, por outro lado, envolve mudanças nas normas, bem como nas
teorias ou suposições adotadas. O aprendizado de laço duplo é, portanto,
muito mais importante e extenso do que o aprendizado de laço único.

Como começar
Encontrar uma empresa na qual você possa fazer pesquisa-ação pode
ser difícil. Uma boa maneira de encontrar uma empresa adequada é
explorar as amizades pessoais ou corporativas existentes. Por exemplo,
empresas que já apoiam sua universidade de várias maneiras são
provavelmente mais receptivas à ideia de pesquisa-ação. Ex-alunos
formados na universidade (ex-alunos) também são mais receptivos do
que completos estranhos. Claro que é muito mais fácil uma empresa
procurar a universidade pedindo a realização de um projeto de
pesquisa.

6.3 CRÍTICA DE PESQUISA DE AÇÃO


Vantagens e desvantagens da ação
Pesquisar
Uma das principais vantagens de fazer pesquisa-ação é que isso ajuda a
garantir que sua pesquisa de negócios seja praticamente relevante. A
pesquisa de negócios é freqüentemente criticada por ser muito teórica; os
empresários às vezes dizem que os resultados da pesquisa não são úteis. É
verdade que a maioria dos artigos de pesquisa publicados nas principais
revistas científicas são lidos por algumas centenas de pessoas, no máximo, e
essas pessoas são quase todas acadêmicas. No entanto, uma vez que a
pesquisa-ação visa resolver um problema prático de negócios e envolve
trabalhar com pessoas em organizações empresariais desde o início, a
pesquisa-ação, por definição, pode ajudar a melhorar o impacto e a imagem
da pesquisa de negócios na comunidade empresarial.
Uma das principais desvantagens de fazer pesquisa-ação é que é muito
difícil para muitas pessoas fazer o açao e pesquisar. É muito difícil fazer
pesquisas que contribuam para a solução de um problema prático de
negócios e, ao mesmo tempo, terminar com um artigo de pesquisa que
contribui para a teoria e pode ser publicado em um periódico de pesquisa.
Muitos artigos de pesquisa de ação tendem a ser publicados em jornais e
revistas voltados para a prática, que tendem a ser menos bem avaliados
nas escolas de negócios do que em jornais de pesquisa pura. No entanto,
isso pode ser feito, pois a edição especial daMIS Quarterly mostrou
(Baskerville & Myers, 2004).
Outra desvantagem da pesquisa-ação é que há uma tendência dos
pesquisadores-ação superestimarem a importância da intervenção na
organização e da contribuição para a pesquisa acadêmica. Oates (2006)
afirma que os pesquisadores da ação, talvez inconscientemente,
desejam mostrar que o exercício é útil e que sua teoria ou método é
válido. Ela chama esse fenômeno de 'auto-ilusão e pensamento de
grupo'. Ela recomenda o uso de um procedimento de 'advogado do
diabo' para se proteger contra isso (Oates, 2006).
Uma terceira desvantagem é que a pesquisa-ação é arriscada. A pesquisa-ação tende
a ser mais arriscada do que outros métodos de pesquisa qualitativa, simplesmente
porque os projetos do mundo real podem estar sujeitos a atrasos. No mês passado, uma
de minhas próprias alunas de doutorado acabou tendo que mudar de assunto porque o
projeto de sistemas de informação médica que ela estava
o planejamento de se envolver em foi adiado mais uma vez. Não acho
que importe tanto se o projeto de pesquisa-ação for um fracasso, uma
vez que podemos aprender tanto, senão mais, com o fracasso quanto
com o sucesso. Mas se o projeto ficar atrasado meses a fio, um projeto
de pesquisa-ação pode se tornar inviável.

Pesquisa-ação não é consultoria


Para fazer pesquisa-ação, você precisa combinar ação e pesquisa -
ação sem pesquisa é consultoria, pesquisa sem ação é algum outro
método de pesquisa. Como Baskerville e Wood-Harper (1996)
apontam, você precisa ter uma compreensão clara das diferenças
entre pesquisa-ação e consultoria. Consultar ou resolver problemas
aplicados não é pesquisa-ação.

A primeira parte - a ação - significa que você precisa ter uma


empresa ou uma pessoa com um problema a ser resolvido. A pessoa
deve acreditar que seu problema é importante e que precisa de um
pesquisador para ajudá-lo a resolvê-lo. Eles devem estar dispostos a
que o pesquisador faça perguntas (às vezes complicadas) e que o
pesquisador investigue as práticas comerciais atuais. A pessoa
também deve estar disposta a patrocinar a pesquisa em uma
empresa. O patrocínio pode assumir várias formas, incluindo dinheiro
para despesas de pesquisa ou uma bolsa de estudos, mas pelo menos
a pessoa deve estar disposta a lhe dar acesso à empresa (por
exemplo, pessoas, documentos e projetos). Sem seu apoio total, a
ação dificilmente terá sucesso. Eu recomendo sair de uma empresa
quando este suporte completo não estiver disponível.

A segunda parte - a pesquisa - significa que você precisa ter certeza de


que o problema prático a ser resolvido é algo do interesse de outros
pesquisadores em sua área. Muitos problemas práticos não são problemas
de pesquisa. Por exemplo, recentemente um grande banco da Europa teve
uma grave interrupção de seu sistema de banco on-line. A interrupção
impediu o funcionamento do banco por alguns dias. Se isso tivesse durado
muito mais tempo, o banco poderia muito bem ter fechado as portas. No
entanto, a causa deste problema (e a solução) é
bem conhecido por estudiosos de SI e desenvolvedores de software
em todo o mundo. Descobriu-se que um desenvolvedor de software
inexperiente e recém-contratado aplicou um patch de software sem
testá-lo primeiro. Por que um grande banco permitiria que isso
acontecesse em primeiro lugar é uma questão - e por que eles não
tinham um sistema de failover automático é outra - mas
essencialmente o problema era a falta de atenção dada ao
cumprimento de boas políticas e procedimentos já conhecidos em
desenvolvimento de software. Portanto, você precisa ter certeza de
que seu problema prático também é um problema de pesquisa. O
problema precisa ser aquele em que a solução ainda não é conhecida.
Ou seja, o problema prático imediato é simplesmente uma instância
de um conjunto muito mais amplo de questões e problemas que são
de interesse atual na literatura de pesquisa atual.

Como avaliar estudos de pesquisa-ação


Existem muitas maneiras de avaliar os estudos de pesquisa-ação. No entanto,
existem dois requisitos básicos.
Em primeiro lugar, todos os estudos de pesquisa-ação devem demonstrar uma
contribuição ou uma contribuição potencial para a prática (a 'ação'). Algum tipo de
intervenção em um processo de negócios ou em uma organização deve ter sido
tentado (mesmo que a tentativa tenha fracassado).
Em segundo lugar, todos os estudos de pesquisa-ação devem demonstrar uma
contribuição clara para a pesquisa (a 'teoria'). É importante que o estudo da
pesquisa-ação esteja situado em um domínio de problema mais amplo (geralmente
por meio de uma revisão da literatura de seu tópico em um campo particular) e o
artigo especifica como a pesquisa contribui para esse domínio mais amplo
(Baskerville & Myers, 2004).
Em relação ao primeiro requisito, a melhor forma de demonstrar uma
contribuição para a prática é se o patrocinador na organização concorda que
a intervenção valeu a pena. Algum tipo de documentação para esse efeito
(uma carta ou um relatório) é uma boa ideia.
Quanto ao segundo requisito, a forma mais convincente de demonstrar
uma contribuição à pesquisa é se a redação do seu projeto de pesquisa-
ação acabar sendo aceita como uma contribuição da pesquisa pelos
examinadores de sua dissertação de mestrado ou doutorado
dissertação. É ainda melhor se você conseguir publicar um artigo em uma
conferência ou periódico revisado por pares. Por definição, um artigo
publicado em um meio de pesquisa revisado por pares de algum tipo foi
revisado por acadêmicos que acreditam que seu projeto é uma contribuição
original para a área. Claro, se seu artigo for rejeitado muitas vezes, talvez seja
um pouco tarde para começar a tentar garantir que seu projeto contribua
para um domínio de problema mais amplo dentro de sua área. Portanto, uma
maneira muito melhor de garantir esse tipo de contribuição é obter feedback
dos estudiosos desde o início, quando você estiver envolvido no projeto de
pesquisa. Quanto mais cedo você puder apresentar sua proposta de pesquisa
para um público mais amplo, melhor. Você poderia apresentar sua proposta
em um seminário departamental, em um consórcio de doutorado, ou em um
workshop de pesquisa qualitativa de algum tipo. Qualquer que seja a opção
escolhida, é de vital importância garantir que a pesquisa-ação proposta seja
vista por seus supervisores e outros colegas / docentes interessados como
uma contribuição potencial à pesquisa.

6.4 EXEMPLOS DE PESQUISA DE AÇÃO

1. Um Estudo de Pesquisa-Ação em Gestão


Contabilidade

Seal, Cullen, Dunlop, Berry e Ahmed (1999) conduziram um projeto de


pesquisa-ação em contabilidade gerencial, com foco em cadeias de
suprimentos. Eles descobriram que o trabalho existente sobre o desempenho
da cadeia de suprimentos era dominado pela dinâmica industrial e literaturas
de logística. Havia relativamente pouca pesquisa que examinou a natureza, o
tipo e as funções das informações contábeis na formação, gerenciamento e
funcionamento das cadeias de suprimentos. Além disso, muitas das pesquisas
publicadas foram fortemente influenciadas por dados de empresas
manufatureiras japonesas, onde o papel do contador era tradicionalmente
menos proeminente do que o do engenheiro.
Em resposta a essas lacunas percebidas, os autores conduziram um estudo
examinando as questões contábeis na gestão da cadeia de suprimentos.
Crucialmente, os pesquisadores tiveram acesso aos pontos de vista de ambos
partes em um relacionamento diádico. Embora o foco acadêmico fosse o
papel da contabilidade gerencial em tais relacionamentos, os pesquisadores
envolveram-se no processo de negociação em parte para sugerir soluções
para problemas contábeis específicos, mas principalmente porque passaram
a ser percebidos por ambas as partes como 'corretores honestos' , ou seja,
participantes interessados, mas imparciais.
Uma das principais contribuições do projeto de pesquisa-ação foi mostrar
que a especificação e o compartilhamento de dados de custo podem
desempenhar um papel central nas negociações interorganizacionais, já que
ambos os lados de uma parceria de manufatura aprendem e respeitam as
restrições e objetivos financeiros e comerciais um do outro . Eles sugerem que
a contabilidade pode desempenhar um papel constitucional no
estabelecimento e gestão de relações comerciais de confiança e de
colaboração que vão além do técnico a um nível mais simbólico. No entanto,
as idiossincrasias técnicas nos sistemas de contabilidade gerencial de uma
empresa, as dificuldades em compreender seus direcionadores de custos
internos e uma ênfase na responsabilidade financeira podem tornar mais
difícil para os contadores desempenharem um papel proativo. Eles dizem que
uma função ideal para a contabilidade gerencial parece ser um contrato de
livro aberto, em que ambas as partes podem inspecionar as receitas e os
custos de cada parceiro. Uma área importante da parceria estratégica pode
então tornar-se auto-aplicável.
A epistemologia subjacente neste estudo foi o interpretativismo. A
pesquisa foi baseada em reuniões, visitas e entrevistas realizadas em
várias ocasiões ao longo de um período de 18 meses com executivos
de ambas as empresas envolvidos em uma aliança estratégica
proposta. O contato com os executivos abrangeu desde entrevistas
curtas até visitas às fábricas e reuniões que duraram o dia inteiro. A
natureza contínua das negociações ofereceu aos pesquisadores a
oportunidade de agir como 'corretores honestos' se e quando
necessário. Os pesquisadores desejavam que o acordo fosse bem-
sucedido, mas, além do desejo de aprofundar a pesquisa, não tinham
interesses velados. O papel dos pesquisadores envolvia conquistar a
confiança de ambos os parceiros. Como participantes ativos,
Este projeto de pesquisa-ação era incomum até certo ponto, pois os
pesquisadores estavam realmente envolvidos com participantes de mais
de uma organização. Os pesquisadores estavam principalmente
interessados na parceria entre as duas organizações, ao invés das
organizaçõesper se. No entanto, os pesquisadores estavam bem
posicionados para observar e vivenciar as mudanças contínuas que
estavam ocorrendo dentro das organizações, na medida em que essas
mudanças eram relevantes para o desenvolvimento do arranjo de parceria.
Uma vez que não havia base legal ou patrimonial conjunta para a parceria,
o 'espírito' ao invés da 'letra' do relacionamento era particularmente
importante, com o primeiro acessível apenas por meio do envolvimento
próximo com as negociações em andamento (Seal et al., 1999) .

2. Um estudo de pesquisa-ação em marketing: usando a


Internet para relacionamento com o cliente
Gestão
O'Leary, Rao e Perry (2004) afirmam que muitas empresas naquela época ainda não
haviam capitalizado totalmente as capacidades de marketing interativo da Internet.
Como muito pouca pesquisa acadêmica foi conduzida sobre a integração do
marketing de banco de dados / Internet para gerenciamento de relacionamento com
o cliente (CRM), o objetivo do estudo foi desenvolver uma estrutura para integrar o
marketing de banco de dados e Internet para ajudar os profissionais de marketing a
melhorar o CRM. Os autores acreditam que seu estudo foi um dos primeiros a olhar
para este tópico.
Usando a pesquisa-ação, os pesquisadores adotaram uma metodologia
de processo cíclico que incorpora o processo de quatro etapas de planejar,
agir, observar e refletir sobre os resultados gerados a partir de um
determinado projeto ou corpo de trabalho. Dois ciclos de ação foram
incorporados ao projeto para determinar como a Internet pode ser
integrada ao marketing de banco de dados em um portal de Internet
australiano. Esses ciclos de ação, em conjunto com grupos de foco de
reconhecimento e entrevistas convergentes, levaram ao desenvolvimento
da estrutura final da integração de estratégias de marketing de banco de
dados e Internet.
A pesquisa-ação foi usada neste estudo por duas razões. Em primeiro lugar,
como muito pouca pesquisa havia sido conduzida sobre a integração de
marketing de Internet / banco de dados para CRM, o processo pelo qual isso
poderia ser feito não era claro. Assim, eles acreditavam que a pesquisa
exploratória era necessária, e a pesquisa-ação fornecia essa capacidade melhor
do que outras alternativas. Em segundo lugar, os autores foram atraídos pelo
grau de flexibilidade proporcionado pela pesquisa-ação, particularmente dentro
de um projeto de tecnologia da informação em evolução que dizia respeito a um
problema sobre o qual pouco se sabia.
Os autores afirmam que sua pesquisa confirmou a utilidade da pesquisa-ação
na medida em que forneceu a oportunidade de construir teoria em vez de testar
a teoria, com o resultado final sendo a implementação efetiva e efetiva de
marketing integrado de Internet / banco de dados dentro de uma grande
organização australiana. Assim, sua pesquisa contribuiu para resolver um
problema prático em um ambiente de negócios e contribuiu para a construção
de teoria para futuras pesquisas de marketing.

3. Um estudo de pesquisa-ação sobre liderança


A década de 1990 viu um movimento mundial em direção à governança
colaborativa, prestação de serviço público colaborativo e abordagens
colaborativas para abordar problemas sociais. Huxham e Vangen (2000)
analisaram a liderança colaborativa e o que é necessário para fazer as coisas
acontecerem em empreendimentos colaborativos.
Os autores conduziram várias intervenções de pesquisa-ação no
Reino Unido. Estas incluíram o trabalho com três parcerias voltadas
para a promoção da saúde, quatro parcerias voltadas para a
regeneração econômica e social, uma parceria voltada para questões
ambientais, uma voltada para a colaboração da comunidade e
trabalho com funcionários públicos e outras relacionadas com a
concepção, implementação e apoio.
Os autores descobriram que levar qualquer uma das 'atividades de
liderança' até a conclusão requer muita energia, compromisso,
habilidade e nutrição contínua por parte de um 'líder'. Os líderes de
sucesso devotaram atenção pessoal significativa para defender suas
causas. Os autores acharam paradoxal que a obstinação
de líderes parece ser fundamental para o sucesso colaborativo (Huxham &
Vangen, 2000).

4. Um Estudo de Pesquisa de Ação de Mudança


Organizacional e Criação de Sentido Gerencial
Lüscher e Lewis (2008) conduziram um estudo de pesquisa-ação na empresa
dinamarquesa Lego. Por meio de intervenção e reflexão colaborativas, eles
procuraram ajudar os gerentes a compreender as questões surgidas em uma
grande reestruturação. Essa reestruturação envolveu a alteração da própria
natureza da média gerência da empresa, com executivos da Lego buscando
implementar equipes autogeridas em todos os níveis.
O objetivo do estudo era ajudar os gerentes de Lego a criar um sentido
para seu distúrbio cognitivo e expandir a teoria da criação de sentido
gerencial e da mudança organizacional. O próprio projeto de pesquisa-ação
tornou-se um processo de construção de sentido colaborativo. Os
pesquisadores realizaram dois tipos de sessão: sessões de sparring e sessões
de revisão. 'Sessões de treinamento' facilitou o aprendizado de duplo-ciclo,
ajudando os gerentes a questionar seus quadros existentes e explorar
alternativas. Durante as 'sessões de revisão', os pesquisadores retornaram
questões e entendimentos emergentes ao grupo de foco, buscando a
contribuição dos membros para aumentar o valor do projeto.
A abordagem colaborativa dos pesquisadores para a pesquisa-ação
significava que eles não diziam aos atores organizacionais o que fazer; em vez
disso, o projeto de pesquisa-ação tornou-se 'um processo colaborativo de
construção de sentido'. Junto com os gerentes do estudo, eles trabalharam os
paradoxos de desempenho, pertencimento e organização.
Este projeto de pesquisa-ação, portanto, dá uma contribuição à pesquisa
ao estender teorias de criação de sentido e mudança; também contribuiu
para a prática, na medida em que ajudou os gerentes da Lego a entender
as questões que surgiram com uma grande reestruturação.

5. Exemplos de pesquisa-ação em informação


Sistemas
Uma edição especial de MIS Quarterly sobre pesquisa-ação foi publicado
em 2004 (Baskerville & Myers, 2004). ComoMIS Quarterly é o principal
periódico de pesquisa em sistemas de informação, todos os artigos
publicados nesta edição podem ser considerados exemplares de pesquisa-
ação em uma disciplina de negócios. A edição especial ilustra alguns dos
diferentes tipos de pesquisa-ação. Todos os artigos sugerem critérios de
avaliação de seus próprios projetos de pesquisa-ação.
O primeiro artigo, intitulado 'Redes de ação: sistemas de informação
em saúde sustentáveis nos países em desenvolvimento', examina a
importância central das redes para garantir a sustentabilidade das
intervenções de pesquisa-ação. Os autores baseiam sua análise em um
projeto de pesquisa-ação em andamento em larga escala no setor de
saúde em vários países em desenvolvimento (Braa, Monteiro, & Sahay,
2004).
O segundo artigo, intitulado 'Informando o clã: controlando custos e
resultados dos médicos', relata a tentativa bem-sucedida da
administração de um hospital de 'informar o clã' de médicos para
reduzir custos de procedimentos clínicos e adotar melhores práticas.
Este artigo contribui para uma melhor compreensão de como
'informatizar' profissionais autônomos (Kohli & Kettinger, 2004).
O terceiro artigo discute uma forma particular de pesquisa-ação, chamada
pesquisa prática colaborativa, para estudar iniciativas de melhoria de
processos de software em quatro organizações de software dinamarquesas.
Intitulado 'Gerenciando riscos na melhoria de processos de software: uma
abordagem de pesquisa de ação', o artigo propõe uma abordagem para
entender e gerenciar riscos em equipes de melhoria de processos de software
(Iversen, Mathiassen, & Nielsen, 2004).
O quarto artigo, intitulado 'Princípios de design para sistemas de gestão
de competências: uma síntese de um estudo de pesquisa-ação', usa
pesquisa de ação canônica. Os autores desenvolveram e testaram
princípios de design para sistemas de gestão de competências (Lindgren,
Henfridsson, & Schultze, 2004).
O quinto artigo usado pesquisa de ação participativa para estudar as maneiras pelas
quais uma equipe de gerenciamento de uma pequena empresa desenvolveu uma
solução habilitada para informações e sistemas para atender às suas necessidades de
crescimento. Intitulado 'Crescimento das pequenas empresas e transparência interna: o
papel dos sistemas de informação', o artigo propõe o conceito de
'Transparência interna' como um resultado importante da eficácia
organizacional (Street & Meister, 2004).
O sexto artigo, intitulado 'Pesquisa de ação dialógica na Omega
Corporation', usa pesquisa-ação dialógica. Na pesquisa-ação
dialógica, a intervenção assume a forma de diálogos um-a-um entre o
pesquisador e o profissional (Mårtensson & Lee, 2004).

Exercícios
1. Quão ativamente deve estar um pesquisador envolvido em um projeto de
pesquisa-ação? Você acha que é aceitável que um pesquisador-ação se
envolva politicamente em uma situação?
2. Quais são as diferenças entre pesquisa-ação e consultoria? Você acha
que seria possível que um se fundisse com o outro? Discuta os prós e
os contras disso.
3. Faça uma breve pesquisa bibliográfica usando o Google Scholar ou alguma outra
base de dados bibliográfica e veja se consegue encontrar alguns artigos de
pesquisa-ação em sua área escolhida. Que tipo de tópicos aparecem?
4. Avalie alguns dos artigos que encontrou no exercício anterior. Os
autores resolveram um problema prático? Os autores deram uma
contribuição para a teoria? A pesquisa foi rigorosa e relevante?
5. Considere algumas das teorias usadas em seu campo de estudo escolhido. Você acha que
alguma dessas teorias poderia ser explorada ou testada usando a pesquisa-ação? Em
caso afirmativo, como você planejaria seu estudo de pesquisa-ação?
6. Faça um brainstorming para chegar a uma lista de quatro ou cinco possíveis tópicos de
pesquisa prática. Como esses tópicos poderiam ser estudados por meio da pesquisa-
ação?
7. Encontre um ou mais membros do corpo docente em sua instituição ou em uma
conferência que conduza pesquisa-ação. Pergunte a eles em quais tópicos estão
trabalhando agora e por quê.

LEITURA ADICIONAL

Artigos
Uma breve introdução ao método de pesquisa-ação é fornecida pelo artigo
intitulado 'Uma avaliação dos méritos científicos da pesquisa-ação' por Susman e
Evered (1978). Para uma análise mais aprofundada do método, consulte a edição
especial sobre pesquisa-ação emRelações humanas (Elden & Chisholm, 1993) e a
edição especial sobre pesquisa-ação em MIS Quarterly (Baskerville & Myers, 2004).

Sites
O Center for Action Research in Professional Practice está localizado na School
of Management da University of Bath. O enfoque recai sobre abordagens de
pesquisa-ação que integram ação e reflexão, de forma que o conhecimento
adquirido na investigação seja diretamente relevante para as questões em
estudo, e nas quais haja maior colaboração entre todos os envolvidos no
projeto de investigação. Veja o site emwww.bath.ac.uk/carpp/
O Action Learning, Action Research Association (ALARA) é uma rede
internacional e organização de recursos incorporada na Austrália. O site
pode ser encontrado emwww.alara.net.au. ALARA realiza um Congresso
Mundial a cada poucos anos e também publica um jornal.
Mais referências estão disponíveis em www.qual.auckland.ac.nz

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