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Foco na
Aprendizagem
Confira como planejar avaliações
diagnósticas, trabalhos em grupos
e apoio pedagógico como caminho
para recuperar as aprendizagens
Índice
1. Como fazer da avaliação
diagnóstica uma aliada para o avanço
da aprendizagem ................................. 4
2. Trabalho em grupo: como a
colaboração favorece o avanço nas
aprendizagens .....................................27
3. Além do presencial: atividades
remotas ajudam a garantir o avanço
da aprendizagem ............................... 55
4. Gestores: como planejar o apoio
pedagógico .......................................... 83
3
1. Como fazer da
avaliação diagnóstica
uma aliada para
o avanço da
aprendizagem
Prolongamento do ensino remoto
intensificou a necessidade dessa
prática. Educadores contam
Imagem: Gettyimages
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Esse é um processo que envolve
muitas etapas de trabalho
e complexidades para o seu
planejamento, execução e análise.
Nesse contexto, NOVA ESCOLA
buscou ouvir a experiência de duas
professoras de escolas públicas que
elaboraram avaliações diagnósticas.
Elas e o especialista Romualdo
explicam como desenvolver essa
prática de maneira efetiva – e
sempre colocando a aprendizagem
dos alunos no centro do processo.
A experiência de uma
avaliação diagnóstica
municipal
A professora Priscila da Silva de
Medeiros atua há 18 anos com Ensino
Fundamental 1 na rede municipal
de Rancharia (SP), localizada a 508 8
quilômetros da capital paulista,
e possui uma experiência recente
com avaliação diagnóstica. Ela, que
trabalhava até o ano passado com
o 4º e o 5º ano na Escola Municipal
Lázara Nogueira Severo Lins e
atualmente é supervisora de Ensino
Fundamental na cidade, conta que,
no município, a avaliação diagnóstica
é sempre realizada pela equipe de
supervisão da Secretaria de Educação,
com o apoio dos coordenadores
pedagógicos das escolas.
Construindo a avaliação
diagnóstica na escola
O Maranhão é um dos estados
brasileiros que está consolidando
a retomada gradual às atividades
presenciais em agosto de 2021. Esse
fato confere um peso ainda maior
para as avaliações diagnósticas,
de acordo com a professora Jullie
Anne Kuntz Truss, que atua na rede 12
estadual. Jullie leciona Filosofia para
o 9° ano e dá apoio pedagógico no
Ensino Fundamental 2, no Centro
de Ensino Professor Ezelberto
Martins, na capital maranhense.
Depois do diagnóstico:
mais dados, mais
intervenções
personalizadas
De acordo com a professora e
supervisora Priscila de Medeiros, a
experiência da avaliação diagnóstica
em Rancharia, interior de São Paulo,
foi bastante proveitosa no que diz
respeito às informações obtidas. Na
16
avaliação de Língua Portuguesa do
1º ano, por exemplo, foi identificado
um porcentual de 87% de alunos não
alfabetizados em nível pré-silábico,
ou seja, crianças que ainda estão em
níveis de escrita bem rudimentares.
“No 2º ano, temos 64% de crianças
não alfabetizadas, o que é um
número muito grande – teríamos
entre 7% e 9% num momento sem
pandemia. Quando vamos para o 3º
ano, verificamos que temos ainda
36% de alunos não alfabetizados. Em
épocas normais, essa porcentagem
seria de 2% a 3%, ou seja, temos
um número dez vezes maior.”
A perspectiva de construir um
planejamento mais personalizado,
no contexto de cada turma, é algo
que a professora Jullie também vê
como um dos maiores ganhos das
avaliações diagnósticas. “Durante
esse período, os estudantes
desenvolveram aprendizagens
diferentes. Então, o foco é identificar
o que há de potencial, o que foi
mais desenvolvido e os pontos que
precisam ser melhorados”, comenta.
“As avaliações diagnósticas funcionam
como um instrumento para mapear 20
essas habilidades. Por meio dos
seus resultados, os professores
podem fazer o replanejamento
com base em evidências e não
em inferências”, conclui.
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Planejamento e
replanejamento
contínuos – e
com cautela
Educadores destacam que o
processo de recuperação e avanço
da aprendizagem é lento e complexo
e requer empatia e diálogo com a
realidade dos estudantes
24
curricular pode levar um bom
tempo e precisa ser feito com
cuidado – sempre dialogando com
a situação concreta dos alunos.”
25
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2. Trabalho em grupo:
como a colaboração
favorece o avanço
nas aprendizagens
A estratégia coloca o aluno
Imagem: Gettyimages
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Com o tema decidido, os alunos eram
divididos em grupos para debaterem
o assunto. Para tal, eles criavam
grupos também por WhatsApp.
Depois, toda a turma participava da
construção de um texto coletivo,
utilizando as discussões que
haviam realizado e repassando as
características e partes do gênero
textual que estavam estudando.
Os grupos encontravam-se
(virtualmente), por Google Meet ou
videochamada do WhatsApp, para
escrever. No início, a professora
participava dos encontros para
poder fazer intervenções e
ajudá-los na produção. Mas,
a partir da terceira edição do
jornal, os alunos desenvolveram
a autonomia para organizar o
trabalho dentro dos grupos e
entregar nas datas determinadas.
A experiência da
aprendizagem cooperativa
no Ensino Médio
Desde 2014, o professor Amaro
trabalha na escola dentro da 35
proposta de aprendizagem
cooperativa – que existe desde
1994 na instituição. Quando os
alunos chegam ao 1º ano do Ensino
Médio, todos fazem uma imersão
de uma semana para entender a
metodologia, a importância das
habilidades sociais e a organização
do trabalho na escola. Após esse
momento, são escolhidos os
coordenadores de cada célula. Isto é,
os alunos que serão líderes dos seus
agrupamentos. Tradicionalmente,
os grupos de trabalho eram de
cinco alunos, porém, no ensino
remoto, adaptou-se para trios.
Trabalho colaborativo
no ensino híbrido
O trabalho em grupo permitiu que
os alunos de Camila de Oliveira,
professora de Ciências na Escola
Estadual Lauro Gomes, em São
Bernardo do Campo (SP), se
aproximassem. Em uma turma de
6º ano, a partir do projeto de vida
dos estudantes, definiu-se que 39
estudariam o corpo humano na
aula de Eletivas. Camila trabalhou
em parceria com a professora
de Educação Física para trazer
a importância da atividade física
e da alimentação saudável para
a qualidade de vida. "Eles se
conheceram no on-line, porque
vieram de escolas diferentes. Então,
ter de trocar telefone e e-mail
para se encontrarem facilitou essa
socialização", conta Camila.
43
Como planejar o
trabalho em grupo
Confira 9 dicas do que é importante
ter em mente para aproveitar
ao máximo os agrupamentos
44
2. Proponha atividades que exijam
a colaboração: Momentos de
sistematização ou em que “cada um
faz o seu”, não necessitam de um
trabalho em grupo. Os agrupamentos
devem vir acompanhados de uma
proposta desafiadora. “Devem
demandar que os alunos troquem,
criem hipóteses e argumentem
para chegar na resolução”, explica
Cláudia. Para planejar esse tipo de
atividade, a especialista sugere: “São
aquelas que o professor também
não sabe responder, que ele também
precisa pensar em caminhos”.
Pensar em exercícios que aproximem
os conteúdos do cotidiano dos
alunos e que os façam pensar em
aplicações práticas pode ser um
caminho interessante para tornar
o aprendizado mais significativo,
45
conforme explica Rachel Lohan, em
entrevista para o Instituto Claro.
3. Pense estrategicamente na
divisão dos grupos: Tenha em mente
o perfil da turma para equilibrar
os grupos, de forma que ninguém
domine, que seja um agrupamento de
alunos com níveis de conhecimentos
diferentes, mas não a ponto que
um domine, e que os estudantes
tenham habilidades complementares.
8. Garanta a rotatividade: É
importante que todos possam
experimentar os diferentes papéis
e que possam trabalhar com todos
os colegas. Essa estratégia também
permite que o aluno desenvolva
mais competências socioemocionais.
"Pessoas que se dispõem a sair
de sua zona de conforto são
mais adaptáveis, mas isso precisa
ser feito com intencionalidade", 49
explica a especialista. Por isso,
organize e planeje mudanças
na organização da turma.
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Para tal, teste arranjos que garantam
o cumprimento do protocolo
estabelecido pela rede e deixe a sala
organizada para receber a turma. Para
o remoto, também é possível pensar
em caminhos dentro da realidade
da sua turma. Na reportagem
trouxemos a experiência de
educadores que usaram o WhatsApp.
Parceria entre os
professores
A troca entre os educadores também
é uma boa estratégia para superar os
desafios impostos pela pandemia
53
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3. Além do presencial:
atividades remotas
ajudam a garantir
o avanço da
aprendizagem
Educadores da rede pública de
quatro estados compartilham suas
experiências que ajudam a entender
Imagem: Gettyimages
A gamificação
como estratégia
A professora Suelen Araújo Barbosa,
que leciona para o 4º ano do Ensino
Fundamental na Escola Municipal 58
Martinha Thury Vieira, em Boa
Vista (RR), faz parte do grupo de
docentes que seguem trabalhando
remotamente em 2021, com a
possibilidade de retorno presencial
em setembro. Ela conta que,
graças a tudo que aconteceu no
ano passado, as crianças chegaram
em 2021 com certa defasagem.
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Aprendendo poesia
(e muito mais) por
meio de slams
Na Escola Estadual Joaquim Eugênio
Lima Neto, em São Paulo (SP), a
professora Lídia Moura Batista, que
dá aulas de Língua Portuguesa para
os anos finais do Ensino Fundamental,
passou o ano de 2020 totalmente
no modelo remoto. Mas, desde o
começo de 2021, já atua de forma
semipresencial. Inicialmente, havia
um rodízio de professores, mas hoje
todos os educadores já retornaram
à escola. As turmas de estudantes
se dividem e frequentam as aulas
em dias alternados, com metade
dos alunos em cada sala, além de
carga horária presencial reduzida.
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Tanto nos momentos totalmente a
distância quanto no formato atual,
em que o remoto ainda é usado,
Lídia aponta a maior dificuldade.
“Claro que a falta de acesso a
recursos tecnológicos interfere,
porém, mais do que isso, eu vejo
que os alunos não têm uma cultura
de estudar e de aprender on-line, e
por isso muitos se perderam”. Desse
modo, no processo para estimulá-
los a pesquisar e estudar por meio
desses recursos digitais, foi preciso
realizar algumas experimentações.
“Testei todas as possibilidades,
com ferramentas como WhatsApp,
Padlet, Microsoft Sway, Google
Classroom, lives sobre literatura.
Porque se você consegue chegar
a dez alunos numa ferramenta,
cinco em outra, dois em outra e
mais um aqui, você já chegou em 64
dezoito pessoas, né?”, analisa Lídia.
“Diversificando as possibilidades
de aprendizagem, é possível atingir
um número maior de estudantes”.
Atender a todos e
monitoramento constante
“Será que eles estão aprendendo
alguma coisa?” Esse era o
questionamento que o professor
Murilo Cassimiro e seus colegas
mais se faziam no ano de 2020,
quando começaram a colocar em
prática o ensino remoto emergencial.
Murilo atuava como professor de
Geografia para os anos finais do
Ensino Fundamental na Escola
em Tempo Integral (ETI) Prefeito
João Lyra Filho, em Caruaru (PE).
Agora, em 2021, é coordenador 68
pedagógico da mesma instituição.
A preocupação dos docentes fazia
sentido: quando conseguiram
estruturar aulas síncronas pelo
Google Meet, observaram que dos
470 estudantes do 6º ao 9º ano
matriculados, algo em torno de 120
conseguiam acessar esses encontros.
71
habilidades a serem desenvolvidas,
e outro de fortalecimento e
recuperação, centrado em
competências já trabalhadas”, explica.
73
A partir dessas vivências, ao
falar de aprendizagem para além
do presencial, Felipe ressalta o
papel-chave das formações de
professores nesse processo. “Em
2020, lá no Walmir, fizemos um
grande trabalho de formação com
os professores, deixando-os por
dentro desse mundo digital”, recorda.
“A partir de então, todas as nossas
aulas são desenvolvidas com as
ferramentas Google, como Slides,
Docs, Formulários, Jamboard e
o Google Sala de Aula”. Em 2021,
já atuando no Centro de Mídias,
ele conta que trabalha com uma
perspectiva similar, ainda que com
um olhar para toda a rede. “Por
meio do centro, visamos desenvolver
mídias educacionais e operacionalizar
a formação, sempre inserindo
os educadores além da mídia 74
digital – porque se os professores
aprenderem a utilizar devidamente
esse formato, conseguem também
enriquecer o que vai em papel”.
O trabalho de acompanhamento
desses alunos deu-se em
muitas frentes: busca ativa por
WhatsApp, por telefone ou mesmo
pessoalmente; lives no Facebook
para tirar as dúvidas da comunidade;
e reuniões de acompanhamento
semanal entre professores para
alinhamento de prioridades,
entre outras iniciativas com foco
na aprendizagem. No retorno
semipresencial programado para
setembro, mais ações devem ser
adotadas. “Os dados da nossa escola
mostram que houve perdas, tanto
para quem acompanhou no meio
impresso quanto no formato digital”,
reflete o educador. “Mas é muito 76
complicado colocar no remoto todas
as expectativas de recuperação de
aprendizagem daqui por diante. Ele
pode auxiliar, sim, mas não pode
ser o carro-chefe nesse processo”.
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sala é um mundo particular”, indica
Felipe. “É difícil saber qual vai ser
o caminho daqui por diante, mas
ninguém sabe melhor do que o
professor. Por isso, é tão importante
formá-lo. O professor é a base para
qualquer coisa que você queira fazer.”
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Para se aprofundar
Separamos alguns conteúdos de NOVA
ESCOLA que abordam em detalhes
algumas das experiências e estratégias
mencionadas pelos educadores
nessta reportagem. Confira!
Ferramentas Google
Planejamento e atividades
para professores
Gestão escolar
Coordenadoras pedagógicas
dão dicas de como preparar
uma formação a distância
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4. Gestores: como
planejar o apoio
pedagógico
Seja no presencial ou no remoto, seja
Imagem: Gettyimages
Tradicionalmente conhecido em
muitas redes como reforço escolar 84
ou recuperação, o apoio pedagógico
consiste em atividades oferecidas no
contraturno a um grupo de alunos,
para desenvolver aprendizagens que
estão em defasagem. Rosaura Soligo,
coordenadora de projetos no Instituto
Abaporu e especialista em gestão
escolar, explica que a mudança
na nomenclatura está relacionada
à concepção de aprendizagem.
Antes, entendia-se que o aluno
aprendia pela repetição, então as
mesmas atividades ou propostas
semelhantes eram repetidas no
contraturno. Já o novo termo remete
à busca de opções para fortalecer
as aprendizagens. "É identificar os
saberes que a criança tem para
pensar em melhores propostas
que se ajustam àquilo que ela
precisa aprender", complementa.
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Na Escola Municipal de Ensino
Fundamental Profª Helina Coutinho
Lourenço, em São Paulo (SP), a
professora Rosimeire Coutinho Alves
é responsável pelo apoio pedagógico
de turmas do 3º ao 9º ano. O foco
das atividades é a consolidação da
alfabetização em Língua Portuguesa e
Matemática. Duas vezes por semana,
os alunos que tiveram dificuldades
nessas áreas na avaliação diagnóstica
participam das atividades do Projeto
de Apoio Pedagógico (PAP) da
Secretaria Municipal de Educação.
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Focado em Língua Portuguesa
e Matemática, é destinado aos
estudantes que tiveram progressão
continuada em 2020, não alcançaram
60% na avaliação diagnóstica
ou abandonaram os estudos em
2020 e retornaram neste ano.
Especificamente para o 6º ano,
também participam aqueles que
ainda não têm a alfabetização
consolidada. "A ideia é dar bagagem
maior aos alunos para que não
tenham atraso na aprendizagem do
ano que cursam e, assim, melhorar
o fluxo escolar", explica Leandro
Dornellas, diretor da escola.
92
Atendimento individual
e envolvimento de
todos os docentes
Após realizar o 1º ano do Fundamental
no modelo remoto, muitas turmas
de 2º ano têm enfrentado desafios
para avançar no desenvolvimento
da leitura e da escrita. Pensando
nisso, a Escola Municipal Itaubal,
em Itaubal (AP), criou um apoio
pedagógico focado nesses alunos.
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Para além do contraturno
Em Fortaleza, na Escola de Ensino
Médio em Tempo Integral Jenny
Gomes, como o apoio pedagógico
no contraturno não é possível, a
recuperação das aprendizagens
é realizada no período de aula.
"A recuperação é contínua.
Bimestralmente, temos as avaliações
e, depois do diagnóstico, começamos
a recuperar", explica Marcos
Bezerra, diretor da instituição.
Semanalmente, os estudantes
têm 45 aulas, 15 delas de quatro
disciplinas, que são eletivas.
Nelas, há um aprofundamento
dos conteúdos curriculares e
recuperação das defasagens dos
alunos. "Nós orientamos a escolha
das eletivas de acordo com as 98
dificuldades de cada aluno [que
são mapeadas a partir de uma
avaliação diagnóstica semestral]",
diz Bezerra. Para as eletivas do
1º ano do Ensino Médio, o gestor
conta que há um enfoque maior em
Língua Portuguesa e Matemática para
suprir as defasagens que os alunos
trazem do Ensino Fundamental.
99
"É preciso fazer uma verificação para
conhecer as dificuldades individuais e
ter um perfil do que cada estudante
necessita. A partir disso, traçar
planos e ver o que vai ser necessário
ofertar na escola", finaliza.
100
O que deve ter um
bom apoio pedagógico
A especialista Rosaura, do Instituto
Abaporu, aponta caminhos para
planejar e organizar o fortalecimento
das aprendizagens dos alunos
• Organização administrativa e
financeira. Se não conseguir
aproveitar os professores da escola,
a direção deve contratar novos
docentes, a partir da liberação do
recurso via Secretaria. No caso
de Leandro, ele explica que é um
orçamento que já está liberado
para o programa de fortalecimento 106
das aprendizagens e conta também
com recursos para compras de
livros, equipamentos, materiais
de papelaria e impressões. Dessa
forma, cabe ao gestor fazer
todo esse gerenciamento.
• Acolhimento. O período de
pandemia foi muito desafiador, e
no apoio pedagógico é fundamental
acolher os estudantes. Essa
tarefa não é apenas da gestão,
mas também da equipe docente.
“É preciso dar atenção ao aluno
e entender como ele está no
ambiente escolar e se tem suporte
da família. A escola precisa fazer
esse acolhimento, acreditar no
desenvolvimento do estudante e
fazer acontecer [a recuperação das
aprendizagens]”, finaliza Leandro.
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Edição
Lisandra Matias
Texto
Paula Salas e
Victor Santos
Diagramação
Tiago Araujo
Ilustrações
André Asahida
N ov a e s c o l a • 2 0 2 1 108