Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UMA INTRODUÇÃO
Rodrigo Carreiro (organização)
Débora Opolski
João Baptista Godoy de Souza
Recife, 2014
Catalogação na fonte:
Bibliotecária Joselly de Barros Gonçalves, CRB4-1748
Inclui referências.
ISBN (broch.)
44 Uma versão diferente deste capítulo está disponível também no livro Introdução ao desenho de
som, da autora, publicado em 2013 pela Editora da UFPB.
45 Segundo o banco de dados IMDb, no filme citado anteriormente A identidade Bourne, a equipe
de som foi composta por 47 pessoas.
175
Supervisor de som
Compositor
Sound-designer
[Figura 13]
Grupo 1: Diálogos
46 Formato de arquivo que permite a comunicação de material digital por programas e interfaces
distintas.
47 Arquivo de texto onde estão listados todos os cortes feitos pelo montador.
[Figura 14]
Grupo 2: Foley
Os sons captados pelo som direto são utilizados apenas para som
49 O termo objeto sonoro, utilizado pela autora, denota o sentido criado por Pierre Schaeffer na
década de 50. Em uma analogia simples com objetos luminosos, Schaeffer diz que “o que o ouvi-
do escuta não é nem a fonte, nem o ‘som’, mas verdadeiramente objetos sonoros, do mesmo jeito
que aquilo que o olho vê não é diretamente a fonte, ou mesmo a sua ‘luz’, mas objetos luminosos”
(SCHAEFFER, 1993, p. 72).
50 Autora do livro The foley Grail: the art of performing sound for film, games and animation.
51 Durante as aulas, nas práticas de gravação de foley, é comum ouvirmos a pergunta: “professora,
não precisa bater claquete?”. Talvez esse seja o momento de esclarecer isso, pois da forma como a
gravação é feita, dentro de um programa de gravação de som e em sincronia com a imagem, não ne-
cessitamos de claquete, pois o editor de foley recebe o material sonoro já sincronizado com a imagem,
de acordo com a precisão do artista de foley.
Grupo 3: Efeitos
No clássico Era uma vez no oeste (Once upon a time in west, Ser-
gio Leone, 1968), ouvimos, durante toda a primeira cena do filme,
o rangido de um moinho de vento que só consegue ser identifica-
do aos 3’58”, quando a imagem do moinho aparece pela primeira
vez. O efeito sonoro criado para o movimento das pás do moinho
de vento antecipa a imagem, intrigando o ouvinte durante quatro
minutos até se apresentar efetivamente na narrativa, fazendo jus à
característica de efeito sonoro on frame, visível pelo espectador. A
cena é longa e lenta e o som do rangido do moinho pode se tornar
irritante pela constância. O som permanece até os 5’30”, quando é
interrompido por dois minutos, retornando aos 7’30”. O retorno do
efeito sonoro acontece logo depois da resolução da problemática
do personagem com a mosca, que também irritava com seu zunido,
sendo uma lembrança auditiva ao espectador de que o som irritante
continua ali. O moinho é esquecido aos 8’56”, quando a chegada
do trem na estação desloca a atenção do espectador para a ação.
52 A proximidade dos sound effects com a música aumenta à medida que a composição musical uti-
liza instrumentos não convencionais e adentra no campo da música eletroacústica.
200
[Figura 16]
5.5. Mixagem
54 Vale a pena lembrar que um filme é resultado de trabalho em conjunto. No caso do som, existe
uma interdependência das etapas, portanto, as escolhas técnicas e estéticas devem ser realizadas em
concordância.
Uma cena como a descrita acima precisa de som para existir. Exem-
plo de uma história que utiliza o som como um elemento atuante,
fundamental para o desenvolvimento da narrativa. A ação da meni-
na é movida pelo evento sonoro; logo, se não existisse o evento, não
55 É possível verificar esse tipo de problema acústico observando as falas do personagem Robbie
(James McAvoy) aos 10’20” e aos 12’00”.
56 Não necessariamente nessa ordem. A primeira pré-mixagem é a de diálogo; as outras variam de
acordo com a concepção estética do desenho de som.
Mixagem Final
209
[Figura 17]
ALTMAN, Rick. Introduction: four and a half film falacies. In: ALT-
MAN, Rick (Org.). Sound theory, sound practice. London: Routled-
ge, 1992a. p. 35-45.
ALTMAN, Rick. Sound space. In: ALTMAN, Rick (Org.). Sound theory,
210
sound practice. London: Routledge, 1992b. p. 46-64.
CLAIR, René. The art of sound. In: BELTON, John; WEIS, Elizabeth
(Orgs.). Film sound: theory and practice. New York: Columbia Uni-
versity Press, 1985. p. 92-95.
Referências
EISENSTEIN, Sergei; PUDOVKIN, Vsevolod; ALEXANDROV, Grigori.
Declaração sobre o futuro do cinema sonoro. In: EISENSTEIN, Ser-
gei. A forma do filme. São Paulo: Jorge Zahar Editores, 2002.
Referências
SÁ, Simone Pereira de; COSTA, Fernando Morais da (Orgs.). Som +
imagem. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2013.
SALT, Barry. Film style & technology: history and analysis. London:
Stardword, 2009.
214 SMITH, Jeff. Atmos, all around. Observations on film art (blog).
1º maio 2013. Disponível em: <http://www.davidbordwell.net/
blog/2013/05/01/atmos-all-around-a-guest-post-by-jeff-smith/>.
Acesso em: 28 mar. 2014.
Referências