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Vestibular de Medicina 2020

002. prova II
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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

07.12.2019
ISCP1901 | 002-Prova II 2
Leia a crônica “Caso de canário”, de Carlos Drummond de QUESTÃO  02
Andrade, para responder às questões de 01 a 05.
O Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa define
Casara-se havia duas semanas. E por isso, em casa dos “disfemismo” como “emprego de palavra ou expressão de-
sogros, a família resolveu que ele é que daria cabo do canário: preciativa, ou sarcástica, em lugar de outra palavra ou ex-
pressão neutra (por exemplo: ‘ficar puto’ em lugar de ‘ficar
— Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de
com raiva’)”.
sacrificar o pobrezinho, que nos deu tanta alegria. Todos so-
mos muito ligados a ele, seria uma barbaridade. Você é dife- Constitui exemplo de disfemismo a expressão sublinhada em:
rente, ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho. Vai
(A) “Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário
ver que nem reparou nele, durante o noivado.
para fora com infinita delicadeza, aconchegou-o na pal-
— Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que
ma da mão esquerda” (9o parágrafo)
vou matar um pássaro só porque o conheço há menos tempo
do que vocês? (B) “Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome
— Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que naquela casa enlutada?” (11o parágrafo)
não tentamos tudo? É para ele não sofrer mais e não aumen-
(C) “E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado,
tar o nosso sofrimento. Seja bom; vá.
achando a condição humana uma droga.” (10o parágrafo)
O sogro, a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos cla-
ros de sua mulher pediram-lhe com doçura: (D) “É, esse está mesmo na última lona, e dói ver a lenta
— Vai, meu bem. agonia de um ser tão gracioso, que viveu para cantar.”
Com repugnância pela obra de misericórdia que ia prati- (7o parágrafo)
car, ele aproximou-se da gaiola. O canário nem sequer abriu (E) “No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a
o olho. Jazia a um canto, arrepiado, morto-vivo. É, esse está lata de lixo para o caminhão, e recebeu uma bicada voraz
mesmo na última lona, e dói ver a lenta agonia de um ser tão no dedo.” (12o parágrafo)
gracioso, que viveu para cantar.
— Primeiro me tragam um vidro de éter e algodão. Assim
ele não sentirá o horror da coisa. QUESTÃO  03
Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário
para fora com infinita delicadeza, aconchegou-o na palma da Verifica-se o emprego de expressão própria da linguagem co-
mão esquerda e, olhando para outro lado, aplicou-lhe a bo- loquial no seguinte trecho:
linha no bico. Sempre sem olhar para a vítima, deu-lhe uma (A) “Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia
torcida rápida e leve, com dois dedos, no pescoço. vivinho da silva, com uma fome danada?” (14o parágrafo)
E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado,
achando a condição humana uma droga. As pessoas da casa (B) “Como é que vou matar um pássaro só porque o conheço
não quiseram aproximar-se do cadáver. Coube à cozinheira há menos tempo do que vocês?” (3o parágrafo)
recolher a gaiola, para que sua vista não despertasse sauda- (C) “É para ele não sofrer mais e não aumentar o nosso sofri-
de e remorso em ninguém. Não havendo jardim para sepultar mento.” (4o parágrafo)
o corpo, depositou-o na lata de lixo.
Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome na- (D) “Não havendo jardim para sepultar o corpo, depositou-o
quela casa enlutada? O sacrificador, esse, ficara rodando por na lata de lixo.” (10o parágrafo)
aí, e seu desejo seria não voltar para casa nem para dentro (E) “Coube à cozinheira recolher a gaiola, para que sua vis-
de si mesmo. ta não despertasse saudade e remorso em ninguém.”
No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a (10o parágrafo)
lata de lixo para o caminhão, e recebeu uma bicada voraz
no dedo.
— Ui! QUESTÃO  04
Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia
“Não havendo jardim para sepultar o corpo, depositou-o na
vivinho da silva, com uma fome danada?
lata de lixo.” (10o parágrafo)
— Ele estava precisando mesmo era de éter — concluiu
o estrangulador, que se sentiu ressuscitar, por sua vez. Em relação à oração que a sucede, a oração sublinhada ex-
pressa ideia de
(70 historinhas, 2016.)
(A) causa.
QUESTÃO  01 (B) condição.
Considerado no contexto, o argumento empregado pela famí-
(C) consequência.
lia para convencer o recém-casado aproxima-se do conteúdo
da seguinte máxima: (D) concessão.
(A) O seguro morreu de velho. (E) finalidade.
(B) O homem é o lobo do homem.
(C) Os fins justificam os meios.
(D) Uma mão lava a outra.
(E) As aparências enganam.
3 ISCP1901 | 002-Prova II
QUESTÃO  05 QUESTÃO  06
Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a pa- De acordo com o texto,
lavra sublinhada em:
(A) a ciência moderna herda a ideia de progresso indefinido
(A) “Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade.” da ciência antiga.
(2o parágrafo)
(B) o modelo de saber da ciência antiga está na base da ciên-
(B) “Jazia a um canto, arrepiado, morto-vivo.” (7o parágrafo) cia moderna.

(C) “Como é que vou matar um pássaro só porque o conheço (C) a ciência antiga opunha-se à ideia de um saber unificado.
há menos tempo do que vocês?” (3o parágrafo)
(D) a divisão do saber em disciplinas científicas possibilitou o
(D) “Porque não tem cura, o médico já disse.” (4o parágrafo) nascimento da ciência moderna.

(E) “Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezi- (E) a pretensão de um saber total estava na base da ciência
nho, que nos deu tanta alegria. Todos somos muito liga- antiga.
dos a ele, seria uma barbaridade.” (2o parágrafo)

QUESTÃO  07
Leia trecho do ensaio “O que significa ‘pensar’?”, de Francis
Observa-se uma aparente redundância nos termos da ex-
Wolff, para responder às questões de 06 a 09.
pressão sublinhada em:
Para os Antigos, a ciência é um saber racional acabável. (A) “possibilidade pelo menos teórica de um saber total e uni-
Aquele que “possui” a ciência ou o saber sabe tudo o que ficado” (1o parágrafo).
é possível saber sobre qualquer coisa. Embora na verdade
nenhum homem saiba tudo sobre qualquer coisa, embora ne- (B) “nunca conheceremos as primeiríssimas causas, os pri-
nhuma ciência seja acabada ainda, mesmo assim a ciência meiros princípios” (2o parágrafo).
sobre algo é por definição acabável. Mesmo que não saiba-
(C) “não há uma ciência, mas uma diversidade de ciências
mos tudo hoje sobre a Lua e o Sol, saberemos um dia expli-
heterogêneas” (2o parágrafo).
car completamente o que são e por quê se movem daquele
jeito, naquela velocidade, naquela distância etc. Dito de outra (D) “parte de princípios certos e deles tira todas as consequên-
maneira, a convicção do saber científico antigo baseia-se na cias possíveis” (1o parágrafo).
possibilidade pelo menos teórica de um saber total e unifica-
(E) “O modelo do saber é a demonstração matemática”
do. O modelo do saber é a demonstração matemática, que
(1o parágrafo).
parte de princípios certos e deles tira todas as consequências
possíveis.
A ciência moderna, pelo contrário, é marcada pelo menos
QUESTÃO  08
desde o século XVIII pela ideia do progresso indefinido. Sa-
bemos hoje que sabemos mais do que ontem, mas também De acordo com o Dicionário eletrônico Houaiss da língua
sabemos que nunca saberemos tudo. Não somente porque portuguesa, os dêiticos são “expressões linguísticas que se
sabemos que existem limites absolutos ao pensamento hu- referem à situação em que o enunciado é produzido, ao mo-
mano (nunca conheceremos as primeiríssimas causas, os mento da enunciação e aos atores do discurso”. Por exem-
primeiros princípios: por que existe um mundo, e por que plo, “eu” designa a pessoa que fala “eu”. Expressões como
existe este mundo e não outro, e por que existem estas leis “aqui”, “agora” devem ser interpretadas em função de onde e
da natureza e não outras), mas também porque a condição em que momento se encontra o locutor, quando diz “aqui” e
do conhecimento científico é a divisão entre as diferentes “agora”.
disciplinas científicas (não há uma ciência, mas uma diver-
Verifica-se a ocorrência de dêitico no seguinte trecho:
sidade de ciências heterogêneas); revela-se impossível ou
pelo menos não científico ter como intenção reuni-las num (A) “Acontece que, para um grego da Antiguidade, a ideia de
só corpus de saber. A ideia de saber total é hoje contraditória ‘pesquisa científica’ representaria uma contradição nos
com a ideia de ciência. É por isso que desde o advento da termos.” (2o parágrafo)
Modernidade esta ideia de ciência é associada à de “pesqui-
sa”. Para nós, a ciência é a indefinida “pesquisa científica”. (B) “A ciência moderna, pelo contrário, é marcada pelo me-
Acontece que, para um grego da Antiguidade, a ideia de “pes- nos desde o século XVIII pela ideia do progresso indefi-
quisa científica” representaria uma contradição nos termos. nido.” (2o parágrafo)
Enquanto uma pessoa pesquisa, significa que ela não faz (C) “O modelo do saber é a demonstração matemática, que
ciência, ou pelo menos que ela não possui a ciência. É até parte de princípios certos e deles tira todas as consequên-
por causa disso que os céticos, isto é, precisamente aque- cias possíveis.” (1o parágrafo)
les que não acreditam na possibilidade do saber, se definem
como “pesquisadores”. É porque acham que a ciência é (D) “A ideia de saber total é hoje contraditória com a ideia de
impossível que eles atribuem ao pensamento a tarefa indefi- ciência.” (2o parágrafo)
nida de continuar a pesquisar. (E) “Para os Antigos, a ciência é um saber racional acabável.”
(Adauto Novaes (org.). Mutações: a experiência do pensamento, 2010.) (1o parágrafo)

ISCP1901 | 002-Prova II 4
QUESTÃO  09 QUESTÃO  12
Em “embora nenhuma ciência seja acabada ainda, mesmo Em um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais, uma
assim a ciência sobre algo é por definição acabável” (1o pará- circunferência de centro C, situado no eixo das abscissas,
grafo), o termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo tangencia a origem O do sistema.
para o sentido do texto, por

(A) ainda que.

(B) desde que.

(C) uma vez que.

(D) a menos que.

(E) contanto que.

QUESTÃO  10 Sabendo-se que o ponto B(0, 4) é um dos vértices do triân-


O elemento cristão da Idade Média e o racionalista do gulo BOC, a área do setor circular determinado pelo ângulo
Renascimento geraram o dualismo       , caracterís- de 30º, destacado na figura, é
tico de um período em que o homem busca a conciliação do (A)
espiritualismo medieval com o humanismo posto em voga pe-
los renascentistas. A tentativa de conciliar essas tendências (B)
provocou a tensão, tão peculiar a esse estilo, e as contradi-
ções próprias a uma tendência que ora festeja a razão, ora a (C)
fé; ora o sensorial, ora o espiritual.
(D)
(Lígia Cademartori. Períodos literários, 1987. Adaptado.)

A lacuna do texto deve ser preenchida por: (E)

(A) realista.
QUESTÃO  13
(B) árcade.
Sabe-se que o polinômio p(x) = 3x3 - 15x2 - 12x + 60 é divi-
(C) barroco. sível por h(x) = x2 - 7x + 10 e que, desse modo, a equação
3x3 - 15x2 - 12x + 60 = 0 possui 3 raízes reais. A diferença en-
(D) romântico. tre a maior e a menor raiz dessa equação é
(E) simbolista. (A) 3.

(B) 5.
QUESTÃO  11 (C) -3.

Sejam as matrizes e , em que a e b são (D) -7.

(E) 7.
números reais distintos. Sabendo-se que , os

valores reais de a e b são, respectivamente,

(A) - 2 e 6.

(B) 2 e - 4.

(C) 2 e 4.

(D) - 2 e - 6.

(E) - 2 e 4.

5 ISCP1901 | 002-Prova II
QUESTÃO  14 QUESTÃO  15
Dois recipientes com formato de cilindro circular reto, A e B, Em um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais
possuem diâmetros da base que medem 6 cm e 8 cm, respec- estão representados os gráficos da função f(x) = 2x2 + bx - 4
tivamente, e alturas, em centímetros, indicadas por h1 e h2 nas e da reta r, que intersecta a parábola nos pontos A e B.
figuras. Sabe-se que os dois recipientes têm volumes iguais e y
estão completamente cheios com certo líquido.

A x

Considerando-se que cada recipiente contém 72π cm3 de


líquido, a diferença entre a medida da altura do recipiente A, B
indicada por h1, e a medida da altura do recipiente B, indicada
por h2, é igual a

(A) 3,8 cm.


Se a soma das raízes de f(x) é igual a -1, a equação da reta r é
(B) 3,5 cm.
(A) 2x + y - 4 = 0.
(C) 4 cm.
(B) 2x - y + 4 = 0.
(D) 3 cm.
(C) x + 2y + 4 = 0.
(E) 4,5 cm.
(D) 2x + y + 4 = 0.

(E) x - 2y+ 4 = 0.

QUESTÃO  16
Certo diagnóstico somente é confirmado mediante a realiza-
ção de um exame laboratorial específico. Do número total de
exames para esse fim, realizados por uma instituição em cer-
to período, 20% tiveram resultados que não comprovaram o
diagnóstico, 70% dos restantes apresentaram resultados que
comprovaram o diagnóstico e os demais 12 exames tiveram
resultados inconclusivos, devendo ser refeitos. O número de
exames que comprovaram o diagnóstico foi

(A) 28.

(B) 30.

(C) 35.

(D) 29.

(E) 32.

ISCP1901 | 002-Prova II 6
QUESTÃO  17 QUESTÃO  19
Na figura, o segmento AE divide o quadrilátero convexo Um canteiro triangular ABC recebeu uma grade divisória em
ABCD em dois polígonos, sendo ABCE um trapézio retângu- toda a extensão do lado AB. Sabe-se que os lados AC e BC
são congruentes e medem 12 m cada.
lo, de área igual a , e AED um triângulo retângulo.

Usando , a extensão total da grade colocada no lado


Se , a razão entre a área do trapézio ABCE e a AB desse canteiro é
área do quadrilátero ABCD é igual a
(A) 24,6 m.
(A)
(B) 22,8 m.

(C) 18,6 m.
(B)
(D) 26,6 m.

(C) (E) 20,4 m.

(D) QUESTÃO  20


Um novo medicamento será testado em dois grupos de con-
trole distintos, G1 e G2. De acordo com os pesquisadores, a
(E) probabilidade de que ocorram reações adversas é de 25% no
grupo G1 e de 20% no grupo G2. Desse modo, se esse me-
dicamento for aplicado em ambos os grupos, a probabilidade
de que ocorram reações adversas é de

QUESTÃO  18 (A) 40%.


Uma progressão aritmética, de razão r, é formada por nú- (B) 30%.
meros naturais. Sabe-se que o primeiro termo é 2 e que o
número 30 é um elemento dessa progressão. Desse modo, (C) 35%.
os valores que r pode assumir nessa progressão estão repre- (D) 45%.
sentados em um conjunto formado por
(E) 50%.
(A) 2 elementos.

(B) 6 elementos.

(C) 4 elementos.

(D) 3 elementos.

(E) 5 elementos.

7 ISCP1901 | 002-Prova II
QUESTÃO  21 QUESTÃO  23

A par das reformas à legislação laboral em matéria de O mapa apresenta uma nuvem de poeira que sai do Saara e
contratos individuais de trabalho, a Organização Internacio- cruza o Oceano Atlântico.
nal do Trabalho (OIT), atenta às conjunturas econômicas,
realizou diversos estudos nos quais analisou os efeitos de
tais reformas em diferentes países. A OIT verificou que o tra-
balhador temporário custava em média 34% menos que o
contratado por tempo indeterminado; o trabalhador sem con-
trato (não registrado), por sua vez, representava um custo de
15% a 30% menor do que o trabalhador temporário.
(Lygia Maria G. B. Cavalcanti.
www.cartamaior.com.br, 02.03.2016. Adaptado.)

O excerto retrata

(A) a valorização do trabalhador, que promove a sua perma-


nência no emprego e a segurança previdenciária.

(B) o processo de terceirização, que promove a garantia dos


benefícios sociais e a diminuição da produtividade.

(C) o baixo piso salarial, que promove a diminuição da tercei-


(https://earthsky.org)
rização e a ausência de progressão funcional.
Essa poeira contribui para a formação
(D) a desregulamentação do trabalho, que promove a sua
precarização e a vulnerabilidade social. (A) de áreas de baixa pressão, resultando em nevoeiros na
costa oeste do Caribe.
(E) a redução da informalidade, que promove a garantia dos di-
reitos trabalhistas e a exigência de qualificação profissional. (B) de ventos convergentes em altitude, resultando em fura-
cões na Flórida.

(C) de bancos de areia, resultando em áreas de sedimenta-


QUESTÃO  22 ção na Venezuela.

Durante muito tempo, as gigantescas dimensões do (D) do efeito de Coriolis, resultando em ciclones extratropi-
Brasil foram usadas para criar uma imagem de que o país cais no México.
era maravilhoso e de que a sua natureza exuberante dava a
ele ar de perfeição. Sabemos que isso não existe e que ainda (E) de núcleos de condensação, resultando em chuvas abun-
estamos caminhando para um país mais justo e melhor. dantes na Amazônia.
(James O. Tamdjian e Ivan L. Mendes. Geografia, 2013. Adaptado.)

A imagem idealizada apresentada no excerto ignora

(A) a fragmentação e a artificialidade das fronteiras adotadas


no território.

(B) as matérias-primas e os ciclos da natureza distantes das


necessidades capitalistas.

(C) as contradições e as disparidades socioeconômicas no


território.

(D) as dependências produtiva e energética de países de-


senvolvidos.

(E) a escassez e a homogeneidade de recursos biológicos


no território.

ISCP1901 | 002-Prova II 8
QUESTÃO  24 QUESTÃO  26

Uma investigação em Santa Catarina revelou que cer- Leia uma passagem do Diário do navegante Cristóvão Co-
ca de 50 milhões de abelhas morreram envenenadas por lombo sobre a expedição marítima de 1492, que o conduziu
agrotóxicos em janeiro deste ano. Os testes mostraram que às ilhas da atual América Central.
a principal causa foi o uso do inseticida fipronil, usado em la- Domingo, 14 de outubro.
vouras de soja. “A flor de soja não é a preferida das abelhas,
mas, com as atividades comuns à região, elas têm cada vez Esta gente é muito simples em armas, como poderão
menos opções”, disse o agrônomo Rubens Onofre Nodari, constatar Vossas Altezas, observando os sete indivíduos
professor da Universidade Federal de Santa Catarina. que vos envio para aprenderem a nossa língua. Se quise-
rem, poderão levar todas essas populações para Castela ou
(Aline Torres. “O agrotóxico que matou 50 milhões de abelhas em Santa
Catarina em um só mês”. www.bbc.com, 17.09.2019. Adaptado.)
mantê-las cativas nessas ilhas, porque com cinquenta ho-
mens serão subjugadas e obrigadas a cumprirem o que lhes
Uma prática que compromete a sobrevivência das abelhas determinarem.
e um impacto ocasionado por sua mortandade são, respec-
(Cristóbal Colón. Diario de a bordo, 2010. Adaptado.)
tivamente,
Dirigindo-se aos reis da Espanha, Cristóvão Colombo
(A) o cultivo de transgênicos e o aumento do número de ani-
mais exóticos. (A) inaugura os contatos intercivilizacionais dos europeus
com povos diversos.
(B) a exploração comercial da terra e o desequilíbrio hídrico.
(B) manifesta o projeto de pacificação militar de tribos nati-
(C) o uso de sementes crioulas e a ameaça à segurança vas rivais.
alimentar.
(C) refere-se ao elevado nível cultural das sociedades das
(D) o desmatamento e a necessidade da rotação de culturas. ilhas.
(E) a monocultura e a queda da produção agrícola. (D) antecipa o aspecto essencial das relações dos europeus
com os ameríndios.

QUESTÃO  25 (E) insiste na missão cristã de purificação espiritual de socie-


dades pagãs.
Preparando uma viagem com seus amigos, Carlos selecio-
nou um mapa e fez a seguinte observação: escala 1 : 100.
QUESTÃO  27

Colbert não trouxe ao reinado de Luís XIV alguma ideia


nova, mas procurou viabilizar os procedimentos econômicos
aplicados ou recomendados há mais de um século. Ele es-
creveu: “É a abundância de dinheiro dentro do Estado que de-
termina a sua grandeza e o seu poder”. Disse, ainda: “Não se
pode aumentar a riqueza de um Estado se ao mesmo tempo
não se subtrair a mesma quantidade dos Estados vizinhos”.
(Charles Seignobos. Histoire sincère de la nation française, 1982. Adaptado.)

Depreende-se do excerto que Colbert, “Controlador Geral


das Finanças” da França no reinado de Luís XIV, procurou

(A) produzir um saldo positivo no comércio exterior por meio


(www.vivaocentro.org.br. Adaptado.) de regulamentações das atividades econômicas.

(B) estimular a livre concorrência entre empresas capitalistas


Vanessa, ao analisar o mapa, desconfiou da escala indicada
para melhor aparelhá-las à disputa econômica internacional.
por Carlos. Ela verificou, consultando um aplicativo de GPS,
que a distância em linha reta entre a Sé e o Parque do Ibira- (C) conter os gastos militares do governo com a finalidade
puera era de 4,5 km e, com uma régua, constatou que esses de investi-los na aquisição de empresas em países
pontos estão separados no mapa por 1,5 cm. A escala do estrangeiros.
mapa selecionado por Carlos, corrigida por Vanessa, é
(D) favorecer o desenvolvimento industrial da nação com a di-
(A) 1 : 300. minuição de impostos para a importação de maquinários.
(B) 1 : 300 000. (E) suspender as relações comerciais com as Metrópoles colo-
niais fortalecidas com a acumulação de metais preciosos.
(C) 1 : 3.

(D) 1 : 3 000.

(E) 1 : 30 000.

9 ISCP1901 | 002-Prova II
QUESTÃO  28 QUESTÃO  30

[...] com o aumento da população, as zonas de pasto- Entre 1981 e 1990, os jornais Figaro, Le monde e Libération
reio [do Nordeste] transformaram-se, principalmente, em publicaram 2 630 artigos que tratavam de uma maneira ou de
criatórios de gente, dos quais saem os contingentes de mão outra de corrupção. Uma década depois, a cifra tinha quadrupli-
de obra requeridos pelas demais regiões do país. Assim, cado. [...] Onipresente quando se trata de medir o fenômeno da
formaram-se os grupos pioneiros que penetraram na flores- corrupção, a ONG Transparência Internacional — fundada dois
ta amazônica a fim de explorar a seringueira nativa e outras anos após o colapso da União Soviética por um ex-membro
espécies gomíferas. Assim ocorreu para a abertura de novas do Banco Mundial — considera que as práticas ilícitas dizem
frentes agrícolas no Sul. Assim, também, para engrossar as respeito apenas ao setor público. Por definição, as empresas
populações urbanas, sempre que um surto de construção ci- estariam protegidas dela.
vil ou de industrialização exigia massas de mão de obra não (Benoît Bréville e Renaud Lambert. “Dar um sermão para o mundo ou
qualificada. transformá-lo?”. Le Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2019.)
(Darcy Ribeiro. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil, 1995.) Os autores estabelecem um vínculo essencial entre a atuali-
O excerto abrange um longo período da história do Brasil, dade do tema da corrupção e
referindo-se
(A) o avanço do planejamento econômico estatal em escala
(A) ao afastamento deliberado da massa de trabalhadores global.
dos centros econômicos mais dinâmicos do país.
(B) a defesa das virtudes da livre iniciativa na economia de
(B) aos resultados históricos de projetos governamentais de mercado.
atendimento às populações carentes nas áreas sertanejas.
(C) o fortalecimento dos direitos previdenciários dos traba-
(C) à vinculação da herança histórica da colonização do in- lhadores assalariados.
terior do país com processos demográficos e produtivos.
(D) o retorno ao nacionalismo econômico nos países em
(D) ao descompasso entre a força de trabalho de origem desenvolvimento.
camponesa e as exigências da sociedade em crescente
(E) a restrição à liberdade de expressão nas nações
urbanização.
industrializadas.
(E) às transformações da sociedade brasileira em um quadro
de grande permanência da economia colonial.

QUESTÃO  29

O caminho do imigrante para a condição de industrial


variou. Alguns partiram quase do nada, beneficiando-se das
oportunidades abertas pelo capitalismo em formação, em
São Paulo e no Rio Grande do Sul. Outros vislumbraram
oportunidades na indústria, por serem importadores. Esta
atividade facilitava contatos para importar maquinaria e era
uma fonte de conhecimento sobre onde se encontravam as
possibilidades de investimento mais lucrativo no país.
(Boris Fausto. História do Brasil, 2012.)

O excerto relaciona imigração e industrialização, acentuando

(A) a solidariedade econômica entre imigrantes de diversas


nacionalidades.

(B) a ampliação da procura de trabalhadores fabris


especializados.

(C) a concepção de trabalho familiar como meio de acumu-


lação de capital.

(D) a ajuda financeira dos países de origem da população


estrangeira.

(E) a conjuntura do desenvolvimento da economia de mer-


cado no país.

ISCP1901 | 002-Prova II 10
Leia o texto para responder às questões de 31 a 35. QUESTÃO  33
De acordo com o contexto do segundo parágrafo, pode-se
inferir que a expressão “wind-down routine” foi utilizada para
descrever uma rotina

(A) relaxante.

(B) produtiva.

(C) diária.

(D) desgastante.

(E) estressante.
People who sleep well do not actively try to get to sleep;
they get into bed and sleep arrives. So, the main thing is not
to try to go to sleep. If you are actively trying, sleep will get QUESTÃO  34
further out of reach. Have a regular bedtime and getting-up According to the second paragraph, nighttime light exposure
time, as it trains your body into a rhythm. may harm our
Get ready for sleep 30 minutes or so before bed with a
(A) work.
wind-down routine. This can be whatever works for you —
for example, taking off your makeup, getting changed and (B) phone.
reading. The aim is to find something that helps you switch off
from the day. Turn off devices 30 to 60 minutes before bed, (C) day.
partly because there is evidence to suggest the blue light they (D) reading.
emit can switch off the natural sleep hormone melatonin, but
also to take your mind off social media, the news or work. If (E) health.
you use your phone as an alarm, it may not be practical to
keep it out of the bedroom, but avoid using it once you are
settling down to sleep. QUESTÃO  35
If you wake in the night, trust that your natural sleep drive
No trecho do terceiro parágrafo “which can exacerbate
will get you back to sleep at some point. Avoid clock-watching,
anxiety”, o termo sublinhado refere-se a
which can exacerbate anxiety. If you start to feel anxious, get
up and do something relaxing elsewhere — read a book or do (A) “anxiety”.
a mindfulness activity — and then return to bed once you feel
(B) “wake in the night”.
sleepy again.
(Allana Hare. www.theguardian.com, 15.09.2019. Adaptado.) (C) “natural sleep”.

(D) “clock-watching”.

QUESTÃO  31 (E) “to sleep at some point”.


Choose the title that best summarizes the main idea in the
text.

(A) The behavioral impact of sleep disruption.

(B) Consequences of insufficient sleep.

(C) Effects of sleep deprivation on performance.

(D) Tips to getting a good night’s sleep.

(E) Benefits of a good night’s sleep.

QUESTÃO  32
In the excerpt from the first paragraph “as it trains your body
into a rhythm” the underlined word introduces

(A) an intention.

(B) an exception.

(C) a reason.

(D) a condition.

(E) a purpose.

11 ISCP1901 | 002-Prova II
QUESTÃO  36 QUESTÃO  37
Querendo impressionar seus alunos, um professor arre- Ao realizar o resgate de um veículo quebrado, o motorista
messou obliquamente um pedaço de giz com velocidade de do guincho se esqueceu de colocar as amarras usadas para
5 m/s, acertando-o dentro da caixa do apagador. O giz re- prender o veículo à plataforma horizontal do guincho. Sem
pousa, dentro da caixa, sobre sua mesa, à mesma altitude do essas amarras, o veículo sobre a plataforma conta apenas
ponto de lançamento. com a força de atrito estático máximo para manter-se em re-
pouso sobre o guincho enquanto este se movimenta.
Considerando-se que a aceleração da gravidade é 10 m/s2,
que o ângulo de lançamento medido com a horizontal era
37º, que sen 37º = 0,6 e cos 37º = 0,8 e admitindo-se que o ar
não oferece resistência ao voo do giz até a caixa, a distância
horizontal a que a caixa se encontrava da mão do professor,
no momento do lançamento, era

(A) 1,6 m.

(B) 3,0 m.
Considere que a aceleração da gravidade seja 10 m/s2, que a
(C) 2,4 m. massa do veículo quebrado seja 2 500 kg, que o coeficiente
de atrito entre a borracha de um pneu e a plataforma seja
(D) 1,2 m. 0,4 e que o peso total do veículo quebrado esteja igualmente
distribuído sobre cada um de seus quatro pneus.
(E) 2,0 m.
Para que o veículo quebrado não escorregue sobre a plata-
forma, o motorista deve garantir que o guincho atinja acelera-
ção de, no máximo,

(A) 4 m/s2.

(B) 8 m/s2.

(C) 2 m/s2.

(D) 3 m/s2.

(E) 5 m/s2.

ISCP1901 | 002-Prova II 12
QUESTÃO  38 QUESTÃO  39
O gráfico representa a expansão sofrida por um gás ideal. Utilizando uma lente, um professor projeta na parede da sala,
a 2 m da lente, a imagem de uma vela acesa oito vezes maior
que o tamanho original da vela. Para obter essa imagem, a
vela deve ser colocada diante da lente a uma distância de

(A) 0,50 m.

(B) 0,25 m.

(C) 1,00 m.

(D) 4,00 m.
Em relação às informações apresentadas, pode-se afirmar
que: (E) 2,00 m.

(A) no trecho DE ocorre uma expansão isotérmica, e o tra-


balho realizado pelo gás, do estado D para o estado E,
QUESTÃO  40
é nulo.
Entre os pontos A e B foi construído um circuito com fios e
(B) no trecho EF ocorre uma expansão isocórica, e o traba- chaves ideais e resistores de 60 Ω, com a configuração apre-
lho realizado pelo gás, do estado E para o estado F, é sentada na figura.
igual a 400 J.

(C) no trecho BC ocorre uma expansão isotérmica, e o tra-


balho realizado pelo gás, do estado B para o estado C, é
igual a 1 600 J.

(D) no trecho CD ocorre uma expansão isobárica, e o traba-


lho realizado pelo gás, do estado C para o estado D, é
igual a 800 J.
Com a chave Ch aberta, o circuito apresenta determinado
(E) no trecho AB ocorre uma expansão isobárica, e o traba- valor para a resistência equivalente. Quando essa chave é
lho realizado pelo gás, do estado A para o estado B, é fechada, a razão entre o valor da resistência equivalente com
igual a 2 400 J. a chave fechada e o valor da resistência equivalente com a
chave aberta é

(A) 0,6.

(B) 0,2.

(C) 0,4.

(D) 0,5.

(E) 1,0.

13 ISCP1901 | 002-Prova II
REDAÇÃO

Texto 1

Conforme a Lei do Planejamento Familiar, Lei Federal 9.263/96, o planejamento familiar é dar à família o direito de ter
quantos filhos quiser, no momento que lhe for mais conveniente, com toda a assistência legal necessária para garantir isso
integralmente. Essa lei também estabelece as regras de esterilização cirúrgica.
(Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul. “O que é planejamento familiar”. https://aps.bvs.br, 30.10. 2009. Adaptado.)

Texto 2

A laqueadura é um procedimento de esterilização amplamente solicitado pelas mulheres que não desejam mais engra-
vidar. Por meio dessa cirurgia, as tubas uterinas, também conhecidas como trompas, são cortadas e suas extremidades
amarradas, impedindo assim a descida dos óvulos e a subida dos espermatozoides. Segundo a legislação brasileira vigente,
a cirurgia está disponível na rede pública apenas para as mulheres com mais de 25 anos ou dois filhos vivos. Se a mulher for
casada, é necessário o consentimento do cônjuge e, em caso de vasectomia, que é o procedimento de esterilização para os
homens, a esposa também precisa concordar com a realização da cirurgia. De acordo com a ginecologista Patricia de Rossi,
a esterilização precoce não é recomendada porque a mulher pode se arrepender depois, o que ocorre em torno de 10% dos
casos. “Por esse mesmo motivo, também não é permitido fazer laqueadura durante o parto, período de maior vulnerabilidade
para a mulher tomar uma decisão como essa. A lei só abre exceção se a mulher já fez várias cesarianas ou se há riscos para
saúde em caso de nova gestação”, alerta.
(Juliana Conte. “Laqueadura pelo SUS”. https://drauziovarella.uol.com.br. Adaptado.)

Texto 3

Um Projeto de Lei, que altera a Lei do Planejamento Familiar e facilita o acesso aos procedimentos de laqueadura e va-
sectomia, está pronto para ser votado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Esse Projeto de Lei permite a laqueadura
no período do pós-parto ou do pós-aborto imediato. Além disso, o texto acaba com a necessidade atual de consentimento do
cônjuge para a esterilização, tanto para mulheres quanto para homens.
(Larissa Bortoni. “Mulher poderá fazer laqueadura sem consentimento do parceiro”. www12.senado.leg.br, 14.01. 2019. Adaptado.)

Texto 4

O inciso I da Lei do Planejamento Familiar, ao determinar que equipe multidisciplinar desencoraje a esterilização precoce,
viola a liberdade como direito, ao impor às famílias um comportamento favorecido pelo Estado — a procriação. Um Estado
obrigado a construir uma sociedade livre, de acordo com a Constituição brasileira, não deve limitar a autonomia dos indivíduos
e impor padrões de conduta em situações nas quais a vontade das pessoas não cause danos a outrem, como a limitação da
prole. Logo, não há justificativa para desencorajar a esterilização. A Lei 9.263/96 consiste em controle estatal dos direitos re-
produtivos, sujeitando as pessoas ao dever de reprodução, pois dificulta ao extremo o procedimento de esterilização e crimina-
liza qualquer esterilização em desacordo com suas regras. Logo, o Estado viola a autonomia dos indivíduos como um direito.
(Simone A. B. Coutinho. “Lei do planejamento familiar viola a liberdade como princípio e como direito”. www.conjur.com.br, 29.03.2018. Adaptado.)

Texto 5

Há quem confunda o apoio estatal com uma forma de controle nas relações familiares. O Estado desempenha, na verda-
de, importante papel quanto ao planejamento familiar ao fornecer auxílio para o exercício da paternidade/maternidade respon-
sável. Ele atua como colaborador dos cidadãos ao disponibilizar serviços gratuitos, como palestras voltadas à saúde e serviço
de esterilização cirúrgica, para que os indivíduos possam planejar suas vidas.
(Sabah F. de Vecchi. “O livre planejamento familiar e o papel do Estado como agente subsidiário de recursos e
suportes para o desempenho do poder familiar responsável”. https://ambitojuridico.com.br, 01.05. 2018. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empre-
gando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Esterilização cirúrgica:
entre o controle do Estado e a autonomia dos indivíduos

ISCP1901 | 002-Prova II 14
Os rascunhos não serão considerados na correção.

H O
U N
S C
R A

NÃO ASSINE ESTA FOLHA


15 ISCP1901 | 002-Prova II

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