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Formação em PSICANÁLISE
Itapipoca - 2018
A sua teoria foi sendo configurada com a sua própria trajetória de vida.
A relação da teoria psicanalítica de Freud com o seu autor se deve pelo fato de que
ela foi concebida em grande parte mediante as experiências pessoais de vida deste.
Freud, em 1900, em sua obra: A interpretação dos sonhos, apresentou pela primeira
vez uma concepção da estrutura e do funcionamento da personalidade.
• Inconsciente
• Pré-consciente
• Consciente
• Id
• Ego
• Superego
Freud utilizou estes conceitos para se referir aos três sistemas da personalidade. E
esta teoria do aparelho psíquico recebeu o nome de “Segunda Tópica”.
Estas duas teorias do aparelho psíquico são as bases da teoria psicanalítica de Freud
e a partir delas o conjunto teórico foi sendo elaborado com temas como: complexo de
Édipo, pulsões, mecanismo de defesa, desenvolvimento psicossexual, etc.
*O inconsciente: diz respeito aos fenômenos e conteúdos que não são conscientes e
somente sob circunstâncias muito especiais podem tornar-se.
O aparelho psíquico, na teoria freudiana, é composto por três níveis estruturais que
compõe a personalidade:
*Ego: O ego desenvolve-se a partir do id com o objetivo de permitir que seus impulsos
sejam eficientes, ou seja, o ego permite o id levando em conta o mundo externo. É o
chamado princípio da realidade. Esse princípio introduz a razão, o planejamento e a espera
ao comportamento humano. A satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a
realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências
negativas. A principal função do ego é buscar uma harmonização, inicialmente entre os
desejos do id e a realidade e, posteriormente, entre os desejos do id e as exigências do
superego.
Nessa fase a satisfação das pulsões se dirige ao ânus, ao controle da tensão intestinal.
A criança tem de aprender a controlar sua defecação e, dessa forma, deve aprender a lidar
com a frustração do desejo de satisfazer suas necessidades imediatamente.
Essa fase se caracteriza pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência)
do falo ou pênis. Prazer e desprazer estão centrados na região genital. As dificuldades dessa
fase estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ao genitor do sexo oposto e aos
problemas resultantes. A resolução desse conflito está relacionada ao complexo de Édipo
e à identificação com o genitor de mesmo sexo.
Trata-se de uma fase mais tranquila, onde as fantasias e os impulsos sexuais são
reprimidos, tornando-se secundários, e o desenvolvimento cognitivo e a assimilação de
valores e normas sociais se tornam a atividade principal da criança, continuando o
desenvolvimento do ego e do superego.
NEUROSE
Ser neurótico não significa estar preocupado com algo o tempo inteiro. A pessoa
que tem este transtorno reage de forma incontrolável quando submetida a
determinadas situações. Apesar de não perder o vínculo com a realidade, ou seja, ela sabe
exatamente o que está acontecendo, não consegue controlar a intensidade de seus atos, nem
atuar dentro do padrão da "normalidade".
Quem tem esse distúrbio sofre uma intensa angústia e ansiedade. É marcado por
uma perturbação mental, com manifestações nas esferas física, mental e fisiológica. O
comportamento neurótico é relativamente comum e se manifesta em quadros de depressão,
fobias, desordens de personalidade e tendências obsessivas-compulsivas.
A neurose nunca deve ser confundida com a psicose, já que nesse último
transtorno o paciente perde o contato com a realidade.
Freud aprofundou seus estudos sobre o que é neurose, as suas causas e sintomas. E
usou seus estudos para embasar parte de suas teorias psicanalíticas. Assim como as
metodologias terapêuticas por ele criadas. Para Freud, o inconsciente alimentava os
instintos e os impulsos e ele deveria ser trabalhado para se curar as neuroses.
A neurose é um dos principais pontos da teoria de Freud, assim como ele relaciona
à sexualidade e a sua importância para a vida mental. Ao desenvolver a sua teoria da
sexualidade, ele demonstrou diversas origens que levam o homem ao sofrimento.
De acordo com Freud, esses fenômenos seriam as “neuroses atuais”. Dessa forma,
Freud confere a eles um caráter contemporâneo dos fatores sexuais envolvidos em sua
sintomatologia. Diferente das psiconeuroses, que possuem um caráter de historicidade da
sexualidade.
Dessa forma, o termo neurose atual seria o oposto à psiconeurose, no que tange à
historicidade subjetiva a esse fenômeno. Assim pode-se entender a amplitude para a
psicanálise sobre o que é neurose. E muitos de seus sintomas estariam ligados à
sexualidade, segundo Freud e suas teorias.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
EPISÓDIO DEPRESSIVO
Enfrentar dificuldades da vida é uma condição de todos, mas que está ligado
diretamente à forma como percebemos e interpretamos as situações. Muitas vezes, no
quadro depressivo, a pessoa tende a apresentar uma visão negativa sobre si mesmo, sobre
o mundo e sobre o que os outros pensam sobre ela. O quadro depressivo pode ocorrer de
forma mais insidiosa, como em situações após transtornos do estresse pós-traumático
(TEPT), doenças crônicas ou também de forma gradativa. Essa gradação, muitas vezes, vai 13
estar associada a uma dificuldade de a pessoa conseguir “reunir forças” para enfrentar as
situações diárias. A pessoa, com frequência, começa a desistir de lutar contra as situações
percebidas como negativas, as quais, muitas vezes estão associadas a pensamentos do tipo:
“já não consigo resolver meus problemas como antes”; “já não tenho a mesma força e
habilidades para lidar com as situações”. Os sentimentos associados a esses pensamentos
são de impotência, impossibilidade de mudança e/ou melhora da situação.
As causas são difíceis de definir, mas, em geral, estão associadas a fatores de risco,
como: episódios anteriores de depressão; histórico familiar; tentativas anteriores de
suicídio, idade de início precoce (antes dos 40 anos), pessoas que são divorciadas ou vivem
sozinhos, falta de suporte social, eventos de vida estressantes, abuso de álcool ou de
substância psicoativas e doenças crônicas.
O “surto depressivo”, tão comentado nas últimas semanas, não é muito popular entre
os profissionais de saúde e também não apresenta tal classificação nos principais manuais
de classificação diagnóstica. Talvez possamos estar nos referindo a um chamado episódio
depressivo. A nomenclatura, inclusive, de “surto”, conforme foi bastante comentada nas
últimas semanas, não seria a mais correta. A ideia de “surto” que é um termo da saúde
coletiva, está ligado a grandes grupos de pessoas acometido por alguma enfermidade como
“surto da dengue”. Nesse caso, como foi abordado, não se encaixaria o termo “surto
depressivo”, talvez crise depressiva ou episódio depressivo.
O tratamento, muitas vezes, pode estar associado com psicofármacos para uma
regularização bioquímica e fisiológica e psicoterapia para promover mudanças do ponto
de vista perceptivo/ambiental. Outros dois pontos importantes são a melhora na
alimentação e inserção de exercícios físicos na rotina. A ideia da cura é complicada, pois
traços depressivos todos vamos apresentar, no entanto, se fala em remissão de sintomas,
adaptação funcional e diminuição dos traços depressivos.
MECANISMOS DE DEFESA
Mecanismos de defesa são uma parte de nossa vida cotidiana, de acordo com a
psicanálise.
Marcela de Sousa Araújo Paiva – (88) 9.9940-3889 / aluna de Psicanálise - Sobral
Primeiro, foi Freud, mas não Sigmund, que definiu os mecanismos de defesa. Anna
Freud definiu em detalhes os mecanismos de defesa esboçados por seu pai em seu livro,
“O Ego e os Mecanismos de Defesa”. Em segundo lugar, os mecanismos de defesa não
são apenas uma medida de proteção inconsciente para impedi-lo de se conectar com seus
desejos instintivos vorazes. Eles também vão protegê-lo da ansiedade de enfrentar suas
fraquezas.
1. NEGAÇÃO.
2. REPRESSÃO
Um passo acima da negação no
esquema de classificação genérica, a
repressão envolve simplesmente esquecer
de algo ruim. Você pode esquecer uma
experiência desagradável, no passado,
como um acidente de carro no qual você foi
culpado.
Na teoria do desenvolvimento
psicossexual de Freud, as pessoas se
desenvolvem através de estágios, como o estágio
oral, anal e fálico, e as estruturas básicas
da personalidade são estabelecidas. No entanto,
de vez em quando, uma pessoa quer reverter-se
para um estado infantil de desenvolvimento. em
particular em condições de tensão.
4. DESLOCAMENTO.
No deslocamento você
transfere seus sentimentos originais
perigosos (geralmente raiva)
para longe da pessoa que é o alvo e
para uma vítima mais infeliz e
inofensiva.
5. PROJEÇÃO.
Em um caso menos bobo, você pode projetar seus sentimentos mais gerais de culpa
ou insegurança em seus amigos, ou pior, pessoas que você não sabe que te amam com todas
as suas falhas projetadas.
Agora estamos
entrando em território
avançado dos mecanismos de
defesa. A maioria das
pessoas têm dificuldade em
compreender a formação
reativa, mas é realmente
muito simples.
7. INTELECTUALIZAÇÃO.
É mais fácil culpar alguém do que tomar a culpa para si mesmo, especialmente se
você se sentir envergonhado ou embaraçado. Por exemplo, digamos que você perde a
paciência na frente de pessoas que você gosta e respeita. Agora, para ajudar a se sentir 19
melhor, você atribui mentalmente sua explosão a uma situação fora de seu controle, e as
coisas fluindo de modo que você pode culpar alguém por provocar você.
Intelectualização
tende a ocorrer no curto
prazo, mas a
sublimação se
desenvolve durante um
longo período de tempo,
talvez até mesmo
durante todo o curso da
vida.
Um clássico exemplo de
sublimação é o de um
cirurgião que leva
impulsos hostis e os
converte em “cortes” em
outras pessoas de uma
forma que é
perfeitamente aceitável
na sociedade. Este é,
talvez, um exemplo que coloca as coisas em termos muito extremos.
Considerações finais
Em suma, os mecanismos de defesa são uma das maneiras mais comuns de lidar
com emoções desagradáveis. Embora Freud e muitos de seus seguidores acreditavam que
podemos usá-los para combater sentimentos sexuais ou agressivos, mecanismos de defesa
se aplicam a uma vasta gama de reações de ansiedade para a insegurança.