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Relatório de Remoção e Teste de Amortecedores

Dianteiros

São Paulo 2021


Escola Senai Conde José Vicente de Azevedo

Relatório de Remoção e Teste de Amortecedores


Dianteiros
Veículo utilizado – Renault Sandero 1.6 Hiflex

Autor: João Pedro Barros Leite


Turma: 1ABC
Disciplina: Comunicação Oral e Escrita
Docente: Caio Alexandre Bezarias

São Paulo 2021


Relação de imagens
• Figura 1 – Exemplo de amortecedor
• Figura 2 – tipos de amortecedor
• Figura 3 – Renault Sandero 2008
Sumário

Objetivo............................................................................................................................ 5
Introdução Teórica........................................................................................................... 6
O amortecedor.............................................................................................................6
Peças que compõem o amortecedor............................................................................6
Tipos de amortecedor................................................................................................. 7
Tipos construtivos de amortecedor............................................................................. 7
Consequência da perda de ação dos amortecedores................................................... 7
Desenvolvimento.............................................................................................................. 8
Diagnóstico..................................................................................................................... 10
Bibliografia..................................................................................................................... 11
Objetivo

• Realizar o procedimento de desinstalação do componente da suspenção


“amortecedor”, realizando o procedimento técnico recomendado segundo o
fabricante.
• Verificar o estado de ação e funcionalidade do componente, observando sua
estrutura, para constatar se será necessária a troca do mesmo.
Introdução Teórica
O AMORTECEDOR
O amortecedor trata-se do principal elemento presente no sistema de suspenção
de um veículo. Em conjunto com demais peças, é responsável pela dirigibilidade, pois
permitem que os pneus tenham constante contato com o solo, proporcionando
estabilidade, segurança e conforto.
A função do amortecedor é controlar os movimentos de abertura e fechamento
da suspenção, reduzindo os deslocamentos indesejados da mola por meio de um processo
de amortecimento. O sistema localiza-se embaixo do veículo, e faz a conexão das rodas
a carroceria.

PEÇAS QUE COMPÕEM O AMORTECEDOR

• Haste
• Tubo externo
• Válvulas de compressão
• Válvula S
• Base de compressão
• Capa do selo
• Selo de Vedação
• Mola de vedação
• Mancal
• Anel do aparador
• Aparador
• Válvula de apoio
• Válvula
• Pistão e anel do pistão
• Válvulas de tração
• Base de apoio
• Porca
• Guia de compressão
• Mola de compressão Figura 1 – Exemplo de amortecedor
• Retentor de compressão
TIPOS DE AMORTECEDOR

Hidráulico: Possui um conjunto de pistão e válvula fixados em uma haste que se move
dentro de um tubo com óleo específico para suportar altas tensões e pressões. Esse tipo
pode apresentar vazios ao abrir e fechas a haste por causa da demora de resposta do óleo
em condições severas de uso.
Pressurizado: Também possui funcionamento hidráulico, seus componentes são os
mesmos usados no amortecedor comum hidráulico, porém nesse modelo, o óleo é
pressurizado pela adição de gás nitrogênio, cujo objetivo é evitar os vazios em
condições severas de uso.

TIPOS CONSTRUTIVOS DE AMORTECEDOR


Convencional: Trata-se do mais conhecido e usado, pode ter em sua construção
sistemas de fixação do tipo: olhal/olhal, fuso/fuso e fuso/olhal. Pode ser hidráulico ou
pressurizado.
Cartucho: Pode ser hidráulico ou pressurizado, funciona montado na suspenção como
um refil, o que permite que seja trocado apenas o cartucho do amortecedor, mantendo a
estrutura externa, já que essa não sofre desgaste.
Semi-Estrutural: Construção parecido ao estrutural, porém não suporta tanta carga,
muito usado em pick-ups novas.
Estrutural: Possui suporte para que a mola seja montada juntamente ao amortecedor,
seu sistema de fixação permite o esterçamento das rodas.

Figura 2 – tipos de amortecedor

CONSEQUÊNCIA DA PERDA DE AÇÃO DO AMORTECEDOR


• Perda de estabilidade nas curvas
• Balanço excessivo nas arrancadas
• Desgaste prematuro dos pneus
• Barulhos
• Vazamento do fluído
Desenvolvimento
A atividade relatada a seguir ocorreu no escola SENAI Conde José Vicente de
Azevedo, no dia 10 de Maio 2021, tendo a supervisão do Professor Aguinaldo,
ministrador das aulas de SMAUT (Sistemas mecânicos automotivos).

No horário das 13:30, os alunos do primeiro semestre do curso técnico em


manutenção automotiva foram orientados a colocarem seus EPIs (Equipamentos
de Proteção Individual), mais precisamente óculos e botas de segurança, para que
não houvesse nenhum risco de acidente e que os alunos ficassem seguros durante
todo o processo. Os alunos tiveram a apresentação da aula com o professor
orientando-os do que iriam fazer, além de ter solicitado que os alunos realizassem
um relatório da atividade proposta.

Ao chegarem na oficina, as 13:50, grupos de alunos foram montados para uma


melhor didática e organização. Após tudo pronto, o veículo Renault Sandero 1.6
hiflex foi disponibilizado para a retirada e teste dos amortecedores dianteiros. Na
primeira etapa da atividade, inspecionamos o veículo interna e externamente, a
procura de riscos, amassados ou deformações já presentes no veículo.
Após a inspeção, levantamos o capô, retiramos as calotas e utilizamos uma chave
sextavada de 17mm para retirar o torque presente nas rodas. Posicionamos o
veículo corretamente no elevador, deixando a coluna B do veículo levemente
recuada em relação as torres do elevador, já que o peso maior do carro se encontra
no cofre do motor (dianteira).

Figura 3 – Renault Sandero 2008

Com o carro devidamente posicionado, apoiamos as sapatas dos elevadores na


região indicada na lata do veículo onde existe uma maior resistência, cuja mesma
se encontrava indicada por setas na região inferior do veículo. Com todas as
sapatas devidamente alocadas, levantamos o veículo a uma altura razoável,
suficiente para tirarmos as rodas e ao mesmo tempo termos acesso ao capô aberto.
Após termos levantado e retirado as rodas do veículo, retiramos o torque da
fixação superior do amortecedor (torre do amortecedor) utilizando uma chave
allen n°7 para prendermos a porca, e uma chave catraca com soquete 21mm para
retirar a força de aperto. Levantamos o veículo para uma melhor posição e visão
de trabalho.

Depois, fomos para a manga de eixo de onde a roda havia sido retirada, e
soltamos o suporte do sensor do ABS utilizando uma chave sextavada de 10mm,
assim, liberamos um melhor acesso aos parafusos de fixação inferior do
amortecedor que se encontram na manga de eixo, com uma chave sextavada de
18mm. Com os parafusos de fixação na manga de eixo, soltamos a fixação
superior, e retiramos todo o conjunto do amortecedor.

Com o conjunto do amortecedor retirado do veículo, apoiamos o mesmo em


uma morsa, com o conjunto em pé. Para tirarmos a mola, utilizamos dois
encolhedores de molas, apoiados cada um em dois elos da mola, exatamente
paralelos entre si, e com uma chave catraca sem soquete, apertamos os
encolhedores revezando seus apertos em 5 turnos cada, para que houvesse uma
compressão uniforme e segura da mola.

Figura 4 – mola sendo comprimida

Com a mola encolhida, e ainda no corpo do amortecedor, utilizamos uma chave


allen 6mm e uma sextavada 21mm para retirar a porca da coifa, que prende todo
o conjunto do amortecedor. Retiramos a mola do corpo, e a colocamos em um
local seguro.

Por último, retiramos o amortecedor de dentro de seu corpo e realizamos o teste


de ação do equipamento. O teste de ação do amortecedor consistiu em posiciona-
lo estabilizado na morsa, e com as mãos forçamos a haste do pistão para baixo,
até seu final de curso, e a soltarmos de 7 a 10 vezes. Observamos que a haste não
teve a ação de retornar a sua posição original, o que caracterizou um diagnóstico
de “ação comprometida” do componente.
Diagnóstico
Nesta aula, conseguimos compreender e realizamos de forma técnica e
detalhada, o procedimento de desmontagem e diagnóstico do componente da
suspenção dianteira do veículo Renault Sandero 1.6 hiflex de forma clara e
excelente, que por sua vez apresentou ação comprometida após o teste de
escorvamento.
Bibliografia
• Livro SENAI - Sistemas Mecânicos de Veículos Leves – São Paulo: SENAI-SP
Editora, 2016.
• Cintia, Sistema de suspenção: saiba tudo sobre amortecedor automotivo. 2020
Disponível em: https://blog.autenticaweb.com.br/sistema-de-suspensao-saiba-
tudo-sobre-amortecedor-automotivo/. Acesso em 7, Jun 2021.

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