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12/04/2018

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

Alimentos Funcionais no
HIV/AIDS e os Efeitos na
Saúde Intestinal
Profª. Larissa Marina S. M. de Oliveira

Lagarto
2018

HIV/AIDS
• Diferentes apresentações clínicas: fase aguda (logo após a infecção) x fase
avançada;
• Duração, em média, 10 anos para o aparecimento da SIDA;
• Redução da imunidade – propenso a infecções oportunistas e neoplasias;

Tuberculose Neurotoxoplasmose
Comprometimento da ingestão
alimentar e aumento da demanda
nutricional – prejuízo na resposta aos
Esporotricose Criptosporidiose medicamentos

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HIV/AIDS
• Atualmente, considerada uma enfermidade crônica;
• Terapia anti-retroviral: pelo menos 3 fármacos;

• Aumento da sobrevida e na qualidade de vida;

Longa Esquemas mais


Alterações Resistência
exposição a complexos de
metabólicas viral
anti-retrovirais terapia

Falha terapêutica: Má adesão a terapia anti-


retroviral

HIV/AIDS – CONDUTA NUTRICIONAL


Repercussões
nutricionais da própia Diversos
doença comprometimentos
fisiológicos
Presença das
Síndrome consuptiva
infecções
– perda de peso grave
oportunistas

Utilização de alimentos
funcionais:
Alterações
metabólicas causadas Queda da função
pela terapia - imunológica
lipodistrofia

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HIV/AIDS – ALIMENTOS FUNCIONAIS

Atuar:
• Metabolismo lipídico;

• Sistema antioxidante;

• Trofismo da barreira intestinal;


• Competência imunológica;

ÔMEGA 3

• Efeitos no sistema imunológico;

• A incorporação de EPA e DHA na membrana fosfolipídica


pode modular de maneira positiva a produção de citocinas;

• A suplementação de EPA e DHA mostraram ganho de peso


nesses pacientes;

• Efeito em pacientes estáveis (com infecção controlada);

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ÔMEGA 3

• Sem resultados significativos com a melhora de perfil de citocinas inflamatórias e


ou marcadores imunológicos com a suplementação de EPA e DHA;
Não é suficiente para reduzir as alterações
metabólicas da terapia anti-retroviral

• Recomendado para redução de hipertrigliceridemia. Recomendação do uso de


óleo de peixe em casos:
triglicerídeos > 500mg/dl;
Usado de forma complementar
HDL < 40mg/dl; ao tratamento com fibratos

ÔMEGA 3

• Reduz triglicerídeos séricos devido a redução sistêmica de TNF-alfa;

TNF-alfa • Pode ser utilizada mesmo com níveis de


triglicerídeos pouco elevados;

• Inibe a secreção de VLDL pelo fígado;

Aumentando a • Não apresentou efeito significativo


Inibe a ação da
concentração de
lipapse
triacilgliceróis no
lipoproteíca sobre o colesterol total, LDL e o HDL;
plasma

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ÔMEGA 3

• Encontrada boa tolerância à suplementação nos pacientes.

• Recomendação:

• Redução significativa de triglicerídeos: 4g/dia a 9g/dia em 8 a 16 semanas

• Cuidado!! Acompanhar os possíveis efeitos adversos.

• Sintomas gastrointestinais (náseas, vômitos, dispepsia, plenitude gástrica, dor


abdominal, diarréias, regurgitações com gosto de peixe);

• Cefaléia

ÔMEGA 3

Recomendação orgãos internacionais sobre o limite de


segurança de suplementação de ômega 3: 2 a 5g/dia.

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ÔMEGA 3

• Maior segurança em alimentação rica em ômega 3 –


não apresenta relatos de efeitos adversos;

• Dificuldade da ingestão recomendada – principalmente


em países ocidentais;

• Baixo consumo de peixes;

• Reduzidas quantidades de EPA e DHA em alimentos;

LICOPENO

• Efeitos na redução do estresse oxidativo e influência na


imunidade; Principalmente nos indivíduos
que não fazem uso da terapia
anti-retroviral
• Reduz a carga viral e melhora do estado imunológico;

Exacerbação do estresse oxidativo


causado pela progressão da
doença, metabolismo acelerado e
estado pró-inflamatório.

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LICOPENO

Em crianças com HIV:

• Níveis sericos reduzidos – associado com maior risco de mortalidade, retardo no


crescimento e ganho de peso esperado para a idade;

• O ganho de peso reduzido está associado a maior desenvolvimento de infecções


oportunistas;

LICOPENO

• Recomendação de 35 mg/dia para pessoas saudáveis: evitar extresse oxidativo;

• Sem recomendação para pessoas com HIV/AIDS;

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PROBIÓTICOS

• A microbiota intestinal de pacientes com HIV – apresenta elevada quantidade


de patógenos e redução das bactérias benéficas;

• Translocação bacteriana – pode induzir a progressão da doença;

• Manutenção das integridade da mucosa mantém uma resposta significativa aos


produtos bacterianos – reduz a translocação;

PROBIÓTICOS

• Uso de probióticos e prebióticos – regulação da homeostase intestinal;

• Efeitos benéficos nas células T CD4;

• Uso de 15 e 30g de prebióticos por 12 semanas – melhorou a microbiota e


reduziu população de patógenos;

• Uso de simbiótico mostrou benefícios na contagem de células T CD4, diarreia e


alteração da microbiota intestinal;

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PROBIÓTICOS

Efeitos sobre a função imunológica


de pacientes com HIV/AIDS -
quantidade de estudos insuficientes;

PROBIÓTICOS

• Possuem efeitos benéficos no controle da diarreia para pessoas com HIV/AIDS;

• Proteger e controlar infecções intestinais;

Na prática clínica ainda existe


dúvida sobre o uso seguro de
probióticos devido a translocação
dos probióticos.

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PROBIÓTICOS - SEGURANÇA

• A possibilidade de efeitos adversos é baixa em indivíduos com HIV/AIDS que


fazem uso de probióticos;

• Não há evidência suficiente que justifique contraindicar probióticos;

Avaliar:

• Individualidade do caso;

• Mudanças de sinais e sintomas;

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

Compostos Funcionais e os
Efeitos na Saúde Intestinal

Profª. Larissa Marina S. M. de Oliveira

Lagarto
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INTESTINO

• Funções digestivas e absortivas;

• Funções horminais, nervosa, motora e imunológica

Funções influênciadas

Equilíbrio microbiota intestinal

• Desequilíbrio = processos patológicos e doenças crônicas;

INTESTINO

• Maior orgão imunológico do corpo;

• Barreira contra patógenos e antígenos no lúmem intestinal;

• Barreira intestinal é mantida por compostos imunológicos e não-imunológicos:

Muco Motilidade intestinal

Ácido gástrico Junções intracelulares

Enzimas pancreáticas Bactérias da microbiota

• Essa barreira protege o hospedeiro da invasão de bactérias ou toxinas

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INTESTINO – COMPOSTOS FUNCIONAIS

• Probióticos

• Prebióticos

• Ácidos Graxos ômega 3

• Fibras

PROBIÓTICOS

• Microorganismos vivos que quando administrados


apresentam benefícios à saúde do hospedeiro.

• Deve ser inócuo;

• Manter viável durante a estocagem e transporte;

• Sobreviver ao pH do lúmem gástrico, ação da bile e


secreções pancreáticas e intestinais;

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PROBIÓTICOS - AÇÕES

• Antagonizar bactérias patogênicas por meio da redução de pH no lúmem;

• Ligar-se a parede intestinal com bloqueio da adesão e translocação de


microorganismos patogênicos;

• Produção de substâncias antibacterianas;

• Favorecem a função da barreira intestinal

PREBIÓTICOS

• Igredientes fermentados que resultam em alterações específicas na composição


ou atividade da microbiota intestinal proporcionando benefícios para a saúde do
hospedeiro;

• Pequana quantidade presentes nos alimentos – produzidos sinteticamente ou


extrair os igredientes ativos dos alimentos que os possuem;

• Benefícios com doses entre 4 a 20g/dia;

• Doses acima de 20g/dia causa efeitos indesejáveis;

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PREBIÓTICOS - AÇÃO

• Cólon – principal local de ação;

• Estimulam o crescimento e atividade metabólica das bactérias;

• Formam AGCC – fornecer energia para as células epiteliais do cólon;

• Alterações na arquitetura intestinal – aumento do número, profundidade e


bifurcações das criptas;

• Efeito sobre a resposta imunológica;

ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3

• Estudos experiemntais;

• A composição da microbiota pode ser influênciada por ácidos graxos dietéticos;

• Uso de ácidos graxos ômega 3: Maior proporção de bactérias benéficas, menor


nível de endotoxinas;

• Mais estudos!

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FIBRAS

Tabela. Características e propriedades das fibras


• Efeitos fisiológicos: relacionados Características Propriedades
Retardo no esvaziamento gástrico
com a viscosidade e grau de Saciedade
Viscosidade Controle pós-prandial da glicose sérica
fermentação; Interferência na absorção de lipídios e
colesterol
Fermentação Fermentação a AGCC
Aumento do volume do bolo fecal
Formação do Diminuição do tempo de trânsito
bolo fecal intestinal
Controle da constipação
(COSTA e ROSA, 2016)

DÚVIDAS?

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