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Teste 2-Direito Penal

Leia atentamente as questões e responda fundamentando com base na lei.

Duração: 2h; Das 9h às 11h

Nome: Amélia João Chissano

Turma: 2L3LDRT

Código de estudante: 2020131071

GRUPO I

1. O direito penal por mais paradoxo que possa parecer, é um direito que constitui
garantia do delinquente e recorre-se ao mesmo só em último caso. Quid iuris? 3.0v
R: O Direito Penal é o ramo do Direito que lida com os crimes e suas consequentes
punições. Em princípio parece que é o ramo do Direito que garante ao Estado o
Direito de Punir àquele que pratica um delito.
Em que pese tal afirmativa seja verdadeira, devemos entender que sua função também
é proteger o cidadão. Por meio do Direito Penal todo indivíduo tem a certeza que só
será punido por uma conduta previamente definida como crime nos estritos limites da
lei. De um lado temos a punição e do outro a garantia.

2. Analise a relação entre as normas previstas nos artigos 196 e 197; 201 e 202, quanto
ao conflito aparente das normas penais. 2.0v
R: Os artigos acima referidos, nos remetem à violação, nos seus diferentes aspectos
e/ou circunstâncias, embora cada artigo faça referência a um tipo legal de crime, e
aparentem não estar em harmonia, todos giram em torno de um mesmo acto, que é a
violência.

GRUPO II
3. A relação de causalidade constitui um pressuposto da imputação do resultado à
conduta. Todavia, em alguns casos, não basta que exista uma relação de causalidade
para que se impute esse resultado à conduta. Comente a afirmação? 4.0v
R: Para está teoria a causa é o antecedente não somente necessário mas também
adequada a produção de resultados danosos. Parte de todas causas disponíveis e busca
a mais adequada para causar o resultado. Não basta que exista só um nexo de
causalidade para se imputar a causa como se defende a princípio, de que verifica-se o
vínculo entre a conduta do agente e o resultado ilícito.
Artigo 10
(Comissão por acção e por omissão)
1. Salvo se outra for a intenção da lei, o crime prevê não só a punição da acção
adequada a produzir o resultado típico, mas tá da omissão da acção adequada a
evita-lo.
2. A omissão só é punível quando recair sobre o emitente um dever jurídico legal ou
contratual que pessoalmente o obrigue a evitar esse resultado.

Artigo 11

(Imputação subjetiva)

Só é punível o facto praticado com dolo ou, nos casos especialmente previstos na lei,
com negligência.

4. F é um jogador profissional de basquete há 10 anos. E tem uma relação conturbada


com o G, colega da equipe adversária que não se conforma com o facto dele ser o
melhor jogador e a sua equipa ter ganho o último campeonato. Durante um jogo o G
desferiu um golpe de forma grave na cabeça do F, tendo este desmaiado e levado ao
hospital. Chegado no mesmo, estava o K, o médico de plantão que devia atender o F.
Porém, este era um antigo desafecto do mesmo porque R, a companheira do F, tinha
escolhido iniciar um relacionamento com o jogador em vez do médico, o que fez com
que o K decidisse tirá-lo do seu caminho. Para tal recorreu a uma injecção letal, que
faria parecer que a morte deu-se como resultado do golpe dado anteriormente pelo G.
Sucede que enquanto F sem saber esperava a injecção fazer efeito, houve um assalto
no hospital, foi baleado na cabeça pelo P e teve morte instantânea. Quid iuris?
a) Existe alguma relação entre as condutas do G, K e P e a morte do F nos termos
do nosso Código Penal? Fundamente. 3.0V
R: Não há nenhuma relação entre a conduta de G, K e P e a morte de F nos
termos do nosso Código Penal, visto que não houve cumplicidade (artigo 25 CP),
ou seja, cada um agiu segundo sua própria vontade, sem antes interagir ou entrar
em contacto com os outros agentes do crime.
Vide o artigo.

b) Qual seria o fundamento para que às condutas de G e K sejam imputadas o


resultado (morte) do F? 3.0V
R: Em Fontes de aparecimento de crime a acção praticada por G é classificada
como Tentativa (artigo 17 do Código Penal) e conjugado com o 178 CP relativo
às ofensas corporais qualificadas, pelo que pode ser punido nos termos do artigo
18 da mesma lei, pois apesar destes terem agido com a intenção de tirar a vida de
F, tal acto não foi consumado.
K será responsabilizado por omissão nos termos do artigo 10 n 2 onde falam de
omissão conjugado com o artigo 12 relativo ao dolo. P será punido nos termos
do artigo 171 CP por ofensas corporais voluntárias.

c) A conduta de P teve alguma influência sobre a acção de K. Justifique.3.0V


R: A conduta de P não teve nenhuma influência sobre a acção de K, pois p agiu
com dolo(artigo 12 n1) e sem observar a atitude de k , assim sendo não há
nenhuma relação entre os dois crimes.

d) Imagine que o médico em vez quer matar o F com injecção, tivesse recusado
atendê-lo e este viesse a morrer como resultado da falta de atendimento.
Comente 2.0v
R: Caso o médico se recusasse a atendê-lo e por isso F perdesse a vida, o medico
será imputado por negligência, pois não cumpriu com o seu dever de médico que
é salvar prestar atendimento visando salvar vidas.
Vide o artigo 13 CP

NOTA: TESTES COM RESPOSTAS IGUAIS SERÃO SANCIONADOS!

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