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Classificação

Kinetoplastida
Parasitologia Trypanosomatidae
Trypanosoma
Trypanosoma cruzi e T. cruzi
Doença de Chagas
Prof. Marcel Teixeira

Carlos chagas em seu laboratório (www.fiocruz.br)

Ordem Kinetoplastida Morfologia dos estágios evolutivos Gênero Trypanosoma


Protozoários que apresentam um ou mais flagelos e somente
uma mitocôndria longa percorrendo todo o corpo celular. Stercoraria Transmissão contaminativa
Junto à base dos flagelos a mitocôndria diferencia-se numa via fezes
organela denominada de cinetoplasto (rica em DNA) T. cruzi (homem - Américas)
Cinetoplasto Outros tripanosomos de animais
Secções
Fonte: Cox, 1993
Salivaria Transmissão inoculativa via
saliva
• (b) – Epimastiga - o flagelo emerge ao lado do núcleo
T. brucei (homem – velho mundo)
• (c) – Tripomastigota - o flagelo emerge da parte posterior
Outros tripanosomos de animais
• (d) – Amastigota – cinetoplasto visível mas não há flagelo.
Fonte: David Pereira Neves, 2006.

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Vetor Vetor - Características
 Dois pares de asas
 Ordem Hemiptera
 Hemiélitros: possuem asa com parte membranosa
 Fam. Reduviidae e outra coriácea (dura)
 Subfam. Triatominae  Corpo grande e achatado, olhos grandes
 Gen. Triatoma  Hemimetabólicos: ovo - ninfa (5 tipos) – adulto
 Gen. Panstrongylus  Hematófagos obrigatórios (sugam até 10x seu
 Gen. Rodnius volume, picam a face); Hábitos noturnos
Nomes populares: barbeiros,  Vivem no mesmo ambiente; adaptou-se as
Chupões, procotós, vum-vum, construções precárias
chupança, vincunhas etc.  Podem se alimentar de animais

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Trypanosoma cruzi – ciclo de vida
Transmissão pelo vetor
 Transmissão pelo vetor: maior
importância epidemiológica.
 A infecção ocorre pela penetração de
tripomastígotas metacíclicos (eliminados
nas fezes e urina de triatomíneos, durante
o hematofagismo) em solução de
continuidade da pele ou mucosa íntegra

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Transmissão congênita
Transfusão sanguínea Outros mecanismos
 Mais de 100 casos assinalados no Brasil e no
 Segundo mais importante mecanismo Chile.
 Importância epidemiológica na  A transmissão ocorre quando existem ninhos  Acidente de laboratório
transmissão da doença de Chagas. de amastigotas na placenta, que liberariam  Coito: não comprovado no homem
tripomastigotas que chegam à circulação fetal.
 Importância é maior nas grandes cidades,  Transplante: imunossupressão X
 O diagnóstico é feito pelo encontro do T. cruzi
onde é alta a prevalência da infecção. Infecção)
na placenta ou pesquisa de anticorpos IgM no
 Controle em bancos de sangue é soro do recém-nascido pela RiFI ou ELISA.  Via oral
deficiente.

Trypanosomas cruzi – patogenia e sintomas Trypanosomas cruzi – patogenia e sintomas Fase crônica: Megacólon
miocardite
Fase aguda Fase crônica
- Geralmente assintomática ou inaparente - Infecção crônica com baixas parasitemias
(assintomática)
- Infecção local: Chagoma de inoculação –
- Com sintomas: aumento do coração, dilatação dos
pele; Sinal de Romaña - conjuntiva): 4-10 dias ventrículos, e/ou miosite no esôfago, côlon ou
após a picada intestino delgado (hipertrofia e flacidez na região
- Infecção disseminada (SFM): Células de atingida (megacolon, megaesôfago).
Kupffer, macrófagos do baço e células do - Destruição dos neurônios ganglionares ocorrendo
alterações no trânsito esofágico e intestinal e
miocárdio (sintomas: febre, cefaléia, mialgia,
hipertrofia muscular levando a megaesôfago,
adenite, morte em 10% dos casos por megacôlon (sintomas: inabilidade física, disfagia,
meningoencefalite ou miocardite aguda) constipação, morte).
- Cura espontânea é possivel em cada estágio.
cardiomegalia

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Área de risco de infecção com T . cruzi
Onde há presença de vetores
existe a possibilidade de  Tratamento: antibióticos específicos (antimoniais)
infecção  Doença aguda
- Área endêmica Brasil: 1/4  Doença cronica
território  Controle do vetor
- 8 milhões de pessoas  Qualidade das habitações
infectadas  Mosquiteiros

(MG,RS,GO,SE,BA)  Inseticidas

- 25 milhões de pessoas  Acesso aos alimentos

expostas ao risco de infecção  Pré-natal


 Controle nos bancos de sangue

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