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DIETOTERAPIA:

PRINCÍPIOS E
CONCEITOS

PROFª THELMA F. FELTRIN RODRIGUES


2020
DIETOTERAPIA NO SISITEMA DIGESTÓRIO E SEUS
ANEXOS
DIETOTERAPIA: CONCEITOS

“Ramo da ciência da nutrição que estuda e aplica a dieta com


finalidade terapêutica, tendo a dieta normal como padrão”.

Maria Lucia Ferrari Cavalcante

“É o estudo da terapia nutricional segundo as alterações


fisiopatológicas da enfermidade, considerando-se as
características sócio-econômicas, culturais e psicológicas do
paciente”.
Associação Americana de Nutrição
OBJETIVOS GERAIS DA
DIETOTERAPIA
“Contribuir com a
ürecuperação,
ümanutenção e
üpromoção da saúde dos pacientes,
assegurando um bom estado nutricional por
meio de uma dieta adequada”.
ENTÃO, VAMOS PENSAR...

O QUE É UMA DIETA ADEQUADA??

INCLUSÃO DE ALIMENTOS RESTRIÇÃO DE ALIMENTOS

QUAL É A SITUAÇÃO NUTRICIONAL DA PESSOA??

MAL NUTRIDA? BEM NUTRIDA?

QUAL É A CONDIÇÃO DA PESSOA??

CLÍNICA? CIRURGIA?
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA
DIETOTERAPIA
Ø Adaptar a dieta à capacidade do paciente em ingerir, mastigar,
deglutir, digerir, absorver e tolerar os alimentos;
Ø Ajustar a dieta à capacidade do paciente em metabolizar os
nutrientes;
Ø Estimular o funcionamento de um determinado órgão ou
função;
Ø Compensar a deficiência de nutrientes e/ou ↑ de sua
utilização;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA
DIETOTERAPIA
Ø Adequar a dieta às alterações estruturais e/ou funcionais de um
ou mais órgãos;
Ø Produzir efeitos terapêuticos com a dieta modificada;
Ø Manter, aumentar ou reduzir o peso corporal;
Ø Propiciar efeitos PREVENTIVOS com a modificação da dieta;
Ø Orientar o paciente e familiares à adoção de práticas alimentares
adequadas, compatíveis com o estado de saúde e o estilo de vida
do paciente.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA
DIETOTERAPIA
Ø Conter todos nutrientes essenciais ao paciente, considerando
→ doença, sexo, idade e estado nutricional.
Ø Adaptar-se aos hábitos alimentares do paciente tanto quanto
possível a sua dieta habitual, considerando situação social,
econômica e cultural.
Ø Ser composta de alimentos principalmente in natura, de fácil
aquisição e preparo.
Ø Apenas modificações fundamentais → breve duração.
Ø Oferecida preferivelmente por V.O.
Ø Ser “flexível” →Adaptações e Substituições.
PAPEL DA DIETOTERAPIA

COADJUVANTE
Ø No alívio dos sintomas das doenças.
Ex: Dieta líquida fria na candidíase oral.

Ø Na adequação da capacidade funcional.


Ex: Dieta hipoprotéica na Insuficiência Renal.

Ø Melhorando o estado geral e nutricional.


Ex: Dieta hipercalórica na desnutrição.
PAPEL DA DIETOTERAPIA

PRINCIPAL, PREPONDERANTE

Ø Tratamento de doenças de tratamento único e exclusivo


dietético.
Ex: Erro inato metabolismo – Fenilcetonúria
Doença celíaca – Exclusão permanente do glúten.
PAPEL DA DIETOTERAPIA

PREVENTIVO

ØPlanejamento de dietas que evitam o


desenvolvimento e/ou agravamento de
doenças.
Ex: Dieta pobre em Ácidos Graxos Saturados.
ATUAÇÃO DO
NUTRICIONISTA
CLÍNICO
ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA
CLÍNICO
ü Hospitais Manter ou recuperar
o EN, minimizar
ü Clínicas
sintomas, prevenir
ü Consultórios / ambulatórios
complicações e
ü Home care
infecções...
ü Outros? SPA, PERSONAL DIET, ILPI

ê Morbimortalidade
ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA
CLÍNICO
Resolução 600/2018 – CFN
Apresenta competência e responsabilidade do nutricionista no
atendimento dietoterápico a enfermos.
Recomenda: 1 nutricionista para 30 pacientes de atenção
secundária ou 15 de atenção terciária – unidades hospitalares e
clínicas
1ª consulta: 45 minutos; Retornos: 30 minutos - ambulatório

QUAL É A REALIDADE DOS HOSPITAIS DE SÃO PAULO?


VOCÊ CONHECE ALGUM EXEMPLO?
ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA
CLÍNICO
ü Conhecer aspectos fisiopatológicos e nutricionais da moléstia
atual
ü Avaliar efeitos colaterais dos medicamentos e interação com
nutrientes
ü Realizar inquérito alimentar
ü Avaliar EN: métodos subjetivos e objetivos
ü Planejar dieta mais adequada
ü Viabilizar a elaboração e distribuição da dieta planejada
ü Acompanhar distribuição das refeições
ü Participar da equipe multidisciplinar
ü Fomentar a pesquisa
ATENDIMENTO
AO PACIENTE
HOSPITALIZADO
BATE PAPO....

VOCÊ JÁ ENTROU EM UM HOSPITAL?...


COMO PACIENTE? OU ACOMPANHANTE?
TEVE ALGUM CONTATO COM A DIETA SERVIDA NO
HOSPITAL?
ATENDIMENTO AO PACIENTE HOSPITALIZADO

REGISTROS
ØPRONTUÁRIO
• “Documento único, constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens
registrados, gerados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do
paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que
possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a
continuidade da assistência prestada ao indivíduo”.
Resolução n.º 1.638/02. Conselho Federal de Medicina (CFM).
ATENDIMENTO AO PACIENTE HOSPITALIZADO

REGISTROS
ØPRONTUÁRIO
• Nº identificação do paciente – SAME
(Serviço de Arquivo Médico e Estatístico) do
hospital.
• Os registros podem variar de hospital/hospital.
Algumas condutas são unificadas.
ATENDIMENTO AO PACIENTE HOSPITALIZADO

REGISTROS
ØCONTEÚDO BÁSICO DO PRONTUÁRIO:
I. Registro na internação

Anamnese
Dados de Antecedentes Antecedentes Dados sócio-
médica /
identificação médicos familiares econômicos
HMA

HMA: História da Moléstia Atual


ATENDIMENTO AO PACIENTE HOSPITALIZADO

REGISTROS
ØCONTEÚDO BÁSICO DO PRONTUÁRIO:
II. Exame Físico na internação

Impressão Hidratação, Micção,


Geral. Ex: Peso, Altura PA, FC, Temp. integridade evacuação,
BEG pele, mucosas sono...

BEG: Bom Estado Geral


ATENDIMENTO AO PACIENTE HOSPITALIZADO

REGISTROS
ØCONTEÚDO BÁSICO DO PRONTUÁRIO:
III. Análise e Solicitação de Exames;
IV. Hipótese diagnóstica e diagnóstico
definitivo;
V. Prescrição Médica Diária

Medicamentos (nome,
Dieta = Item 1 Cuidados gerais
dose, horário)
ATENDIMENTO AO PACIENTE HOSPITALIZADO

REGISTROS
ØCONTEÚDO BÁSICO DO PRONTUÁRIO:
VI. Evolução multidisciplinar: Médica, Nutricional, Enfermagem,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia...

FORMATO
ØEM PAPEL
ØELETRÔNICO
IMPORTANTE!!

• O NUTRICIONISTA PRECISA REGISTRAR


SUAS AÇÕES COM O PACIENTE NO
PRONTUÁRIO:
• Resultado de avaliações
• Solicitações feitas pelo paciente
• Queixas e reclamações
• Intervenções nutricionais: introdução de
suplementos, orientações.
• Evolução nutricional
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Resolução 600/2018. www.cfn.org.br


• Resolução 380/2005. www.cfn.org.br
• Resolução 417/2008. www.cfn.org.br

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