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Diesege - Ação temporal do filme, ou seja, existe sempre que houver mudança
de tempo, longa ou curta. na estrutura do filme. Exemplo de diesege curta:
sempre que há um corte de um plano para outro. subentende-se um
determinado espaço de
tempo. Exemplo de diesege longa: quando, de um plano para outro, a ação se
passa em dias, semanas, meses ou mesmo anos.
O diretor poderá utilizar outros recursos para atingir os seus objetivos, como
cenografia, perspectivas, luz, lentes, ângulos de câmera etc.
Plano (shot)
Plano é a imagem entre doi s cortes, ou seja, o temp o de duração
entre ligar e desligar a câmera a cada vez. Usado pelo diretor para descrever
como o filme será dirigido, é a menor unidade narrativa de um roteiro técnico.
A camera pode estar parada ou em movimento, podendo-se também alcançar a
sensação de movimento através da alternaçâo do foco da lente ou com a lente
zoom.
O tempo de duração de cada plano varia com as necessidades dramáticas de
cada cena e a preferência do diretor.
Na filmagem de um longa-metragem , a média é de 15 a 20 planos/dia.
Em TV, 30 a 40 planos/dia, e num seriado para TV filmado em 16 mm, 20 a 30
planos/dia .Num filme de ritmo normal, a média varia entre 500 e 600 planos.
Nos de ação, 900 planos ou mais.
Cena
É o conjunto de planos.
Seqüência
É o conjunto de cenas. Uma sequência tem início,meio e fim. A seqüência de um
casamento . por exemplo, pode ser formada pelas cenas do pedido do
casamento num restaurante; a cena da mulher num a loja comprando o vestido
de noiva; em casa provando o vestido; o noivo num bar na festa de despedida
de solteiro; o noivo esperando na igreja; a noiva chegando; a cerimônia do
casamento; a saída na porta da igreja; terminando com o carro partindo com os
noivos.
Zoom out e zoom in - Lente mais usada no telejornalismo, pois o que mais
Importa é a clareza do objeto filmado, do qual nem sempre podemos chegar
perto. A diferença entre a zoom e o carrinho é que a zoom traz ou afasta o objeto
no espaço cênico em relação à câmera. e o carinho desloca-se no espaço
cênico em direçâo ao objeto em questão ou dele se afastando. Nos movimento
de zoom, o espaço cênico é maior ou menor durante o seu movimento do que
no deslocamento do carrinho.
Solimões!
Toda essa cena pode ser filmada em plano geral, com a câmera em um só
determinado lugar (plano master).
A nossa primeira reação será, com certeza, o desejo de separar alguns detalhes
do conjunto da ação para mostrá-los separadamente, pois, vendo a ação dos
atores de longe, não podemos seguir claramente o que eles fazem. Em
determinados momentos gostaríamos de ver alguns detalhes sem que o resto da
ação nos incomodasse.
Para evitar que toda a ação seja tomada em plano geral, vamos supor que
usaremos várias câmeras, que filmarão ao mesmo tempo toda a ação, porém
com planos distintos.
Câmera 1: Preparada para filmar em plano geral (master)
Câmera 2: Preparada para filmar o marido em plano americano
Câmera 3: Preparada para filmar em plano Americano a açao da esposa
Câmera 4: Preparada para filmar em plano proximo, sobre o ombro do marido
Câmera 5: Preparada para filmar em plano proximo sobre o ombro da mulher
o close da revista
Câmera 6: Preparada para filmar em plano plano proximo a reaçao do homem
Câmera 7: Preparada para filmar a esposa em plano proximo
Câmera 8: close do relogio
O diretor de arte definiria antes pelo roteiro qual a cozinha e faixa econômica do
casal, para definir os objetos de cena sobre a mesa, o tipo de relógio, figurino
etc
O que é um roteiro?
Um guia, um projeto para um filme? Uma planta baixa ou diagrama? Uma série
de imagens, cenas e seqüências enfeixadas com diálogo e descrições, como
uma penca de peras? O cenário de um sonho? Uma coleção de idéias?
O que é um roteiro?
Bem, não é um romance e certamente não é uma peça de teatro.
Se você olha um romance e tenta definir sua natureza essencial, nota que a
ação dramática, o enredo, geralmente acontece na mente do personagem
principal. Privamos, entre outras coisas, de pensamentos, sentimentos, palavras,
ações, memórias, sonhos, esperanças, ambições e opiniões do personagem. Se
outros personagens entram na história, o enredo incorpora também seu ponto
de vista, mas a ação sempre retorna ao personagem principal. Num romance, a
ação acontece na mente do personagem, dentro do universo mental da ação
dramática.
Numa peça de teatro, a ação, ou enredo, ocorre no palco, sob o arco do
proscênio, e a platéia torna-se a quarta parede, espreitando as vidas dos
personagens. Eles falam sobre suas esperanças e sonhos, passado e planos
futuros, discutem suas necessidades e desejos, medos e conflitos. Neste caso, a
ação da peça ocorre na linguagem da ação dramática; que é falada, em
palavras.
Filmes são diferentes. O filme é um meio visual que dramatiza um enredo
básico; lida com fotografias, imagens, fragmentos e pedaços de filme: um relógio
fazendo tique-taque, a abertura de uma janela, alguém espiando, duas pessoas
rindo, um carro arrancando, um telefone que toca. O roteiro é uma história
contada em imagens, diálogos e descrições, localizada no contexto da estrutura
dramática.
O roteiro é como um substantivo — é sobre uma pessoa, ou pessoas, num
lugar, ou lugares, vivendo sua "coisa". Todos os roteiros cumprem essa premissa
básica. A pessoa é o personagem, e viver sua coisa é a ação.
Se o roteiro é uma história contada em imagens, então o que todas as histórias
têm em comum? Um início, um meio e um fim, ainda que nem sempre nessa
ordem.
Na elaboração de um roteiro, o roteirista tipicamente o desenvolve da seguinte
forma:
Story tine - Idéia sucinta do roteiro. com cerca de 5 linhas.
ETAPAS DE UM ROTEIRO
A ferramenta de trabalho que dará forma ao roteiro
Logos Pathos Ethos A escrita de roteíros exige uma disciplina específica.
Deve avançar-se por partes. É uma construção que obedece a uma estrutura
lógica. A personalidade do escritor pode, sem dúvida, matizar essas partes.
Assim, para Field:
"Escrever um roteiro é um processo passo a passo. Um passo de cada vez.
Primeiro, encontra-se um tema; depois, estrutura-se a idéia; em seguida,
definemse as personagens; mais tarde, procuram-se os dados
que façam falta; posteriormente, estrutura-se o primeiro ato em fichas de 3x5;
então, escreve-se o roteiro, dia a dia. Primeiro o primeiro ato, depois o segundo,
e depois o terceiro. Quando o primeiro rascunho está pronto, fazem-se uma
revisão profunda e as alterações necessárias para o ajustar à dimensão
adequada. Por ultimo é preciso poli-lo até estar pronto para ser visto
por todos.":
A própria subjetividade da explicação anterior reflete o aleatório da fragmentação
do processo. Na realidade, as fases que se seguem na composição do roteiro
provêm de uma experiência: do autor ou da empresa produtora. Não existem
receitas magistrais: apenas talento e trabalho. Vamos propor-nos cobrir seis
etapas no processo que nos leva ao roteiro final:
idéia
conflito
personagens
ação dramática
tempo dramático
unidade dramática
Primeira etapa: IDÉIA
Um roteiro começa sempre a partir de uma idéia, de um fato, de um
acontecimento que provoca no escritor a necessidade de relatar. A busca da
idéia ou a sua descoberta são atividades nem sempre fáceis de abarcar. As
idéias são por vezes sutis e difíceis de alcançar. No entanto, terão de converter-
se no fundamento do roteiro, e isso exige o maior cuidado para as descobrir,
isolar e definir. Falaremos mais longamente sobre isto e sobre a filosofia da idéia
no terceiro capítulo.