Você está na página 1de 4

Sexualidade

A sexualidade não tem a ver apenas com sexo, mas também com todos os sentimentos
e afetos que a envolvem. Explorar e descobrir a nossa sexualidade pode ser confuso,
excitante, difícil e maravilhoso, tudo ao mesmo tempo.

Descobrir a sexualidade significa descobrir quem somos sexualmente. Podemos


começar a querer ou desejar coisas e pessoas que não queríamos nem desejávamos
antes. Por exemplo, podemos experienciar sensações diferentes no nosso corpo que
nos fazem querer ter experiências de intimidade com outra pessoa.

O facto de termos pensamentos sexuais e sentimentos sexuais por alguém não significa
necessariamente que tenhamos que as transformar em atos. Podemos explorar os
nossos pensamentos sexuais através de fantasias, escrita, música, dança…

Estas mudanças sexuais são difíceis, mas acontecem a toda a gente. Podem ser um
choque para nós ou podem acontecer de forma muito gradual. Falar com alguém em
quem confiemos (um dos nossos pais, um irmão, um amigo por exemplo) sobre o que
se está a passar connosco e o que estamos a sentir, pode ser muito útil e ajudar neste
processo.

O desenvolvimento da nossa sexualidade acontece a ritmos diferentes para cada um de


nós. Por isso é importante explorarmos a sexualidade ao nosso próprio ritmo, sem deixar
que ninguém nos pressione a sentir ou a fazer coisas que ainda não queremos fazer ou
para as quais não nos sentimos preparados.

As Relações Saudáveis

Quando nos sentimos prontos para nos aventurarmos numa relação romântica uma das
principais preocupações é como é que vamos fazer a relação funcionar. E para isso é
fundamental manter uma relação saudável com o/a nosso/a namorado/a.

 Nas relações saudáveis há respeito mútuo. O respeito mútuo significa que cada
um valoriza o outro e o compreende, respeitando os limites de cada um. Por
exemplo, o nosso/a parceiro/a ouve-nos quando dizemos que não nos sentimos
confortáveis com determinada coisa e respeita isso.

 Nas relações saudáveis há confiança. Ou seja, sabemos que podemos contar


um com o outro e que ambos queremos o bem-estar um do outro. É normal ter
um pouco de ciúmes, ter ciúmes é uma emoção natural. Mas o que interessa é
a forma como reagimos e lidamos com os ciúmes.
 Nas relações saudáveis há honestidade. A honestidade é a liberdade de sermos
como somos, sem fingir. Significa que falamos abertamente e sinceramente,
partilhamos os nossos sentimentos e opiniões. A honestidade anda de mão-
dada com a confiança, não é possível confiar em alguém que não seja honesto.

 Nas relações saudáveis há apoio mútuo. O apoio mútuo não acontece apenas
nos períodos maus, quando tudo corre mal, mas também nos períodos bons,
quando tudo corre bem. Numa relação saudável temos alguém com quem
podemos chorar e alguém com quem podemos celebrar.

 Nas relações saudáveis há igualdade. Dá-se e recebe-se. Umas vezes somos


nós a escolher o filme que vamos ver, noutras é o nosso/a namorado/a. Umas
vezes fazemos programas com os nossos amigos, noutras vezes com os amigos
do/a nosso/a namorado/a. Claro que não precisamos de andar a contar quantas
vezes fazemos estas coisas. A ideia é que deve ser equilibrado e justo. As
relações deixam de ser saudáveis rapidamente quando uma pessoa quer ser
sempre ela a mandar, a decidir, a controlar.

 Nas relações saudáveis temos identidades separadas. Numa relação saudável


temos de fazer compromissos. Mas isso não significa deixarmos de ser quem
somos. Antes desta relação ambos tinham a sua própria família, amigos,
interesses, etc. e isso deve continuar! Ninguém deve ter de fingir ser uma coisa
que não é, deixar de ver amigos ou largar atividades de que gosta.

 Nas relações saudáveis há privacidade. Lá porque estamos numa relação não


quer dizer que tenhamos que partilhar tudo e que tenhamos que estar o tempo
todo juntos. Nas relações saudáveis para além de tempo a dois, cada um tem o
seu espaço.

 Nas relações saudáveis há uma boa comunicação. Uma boa comunicação


significa que é possível falar livremente, sem assuntos tabu, que podemos
expressar os nossos sentimentos e pensamentos sem sentirmos receio de
sermos julgados.

 Nas relações saudáveis há reciprocidade. Em todos os aspetos, incluindo os


emocionais e sexuais. Ambos os parceiros se preocupam, ambos cuidam,
ambos estão interessados em proporcionar prazer um ao outro.

Numa relação saudável sentimo-nos confortáveis em partilhar os nossos sentimentos,


pensamentos e experiências; as coisas privadas que partilhamos mantêm-se entre os
dois; podemos falar e resolver conflitos; preocupamo-nos com a outra pessoa e a sua
opinião; sentimo-nos amados e valorizados simplesmente por sermos quem somos (não
pelas nossas roupas, pela nossa aparência, pelo nosso carro, etc.).
As Relações Podem Ser Difíceis!

Já todos ouvimos dizer que para gostarmos de alguém precisamos de gostar de nós
próprios em primeiro lugar.

De facto, é uma grande barreira quando numa relação uma das pessoas tem problemas
de autoestima. O/a nosso/a namorado/a não serve para nos sentirmos bem connosco
próprios se não o conseguimos fazer sozinhos.

Quando sentimos que o/a nosso/a namorado/a exige demasiado de nós, se a relação é
mais um fardo e uma fonte de problemas do que de alegria, então provavelmente não é
o par certo para nós.

Relações muito intensas podem ser difíceis para os adolescentes. Quando somos
adolescentes estamos focados em desenvolver os nossos sentimentos e
responsabilidades, por isso pode não nos restar energia para responder aos
sentimentos e necessidades de outra pessoa. Para além disso, ainda estamos a crescer
e a mudar, todos os dias.

A pessoa que parecia perfeita para nós há uns meses atrás, pode já não o ser. E é
melhor ficarem amigos do que investirem numa relação que já não parece certa.

Quer estejamos sozinhos ou numa relação devemos ser “picuinhas” quando


escolhemos alguém para manter uma relação próxima. Se não nos sentirmos
preparados para uma relação não é um problema!

Quando Uma Relação Termina

Terminar uma relação é uma experiência dolorosa. Sobretudo se é o nosso primeiro


amor ou se a relação terminou sem nós querermos que isso acontecesse.

Se estamos a sofrer é importante sentirmos o apoio de alguém em quem confiemos (um


dos nossos pais, um irmão, um amigo).

Ao início é difícil imaginar que nos vamos sentir melhor. Mas devagarinho os nossos
sentimentos vão tornar-se menos intensos e, eventualmente, até iniciaremos uma nova
relação.

As relações que vamos mantendo ao longo da vida são sempre oportunidades de


experimentar o amor e de aprender a amar e a sermos amados.

Se a tristeza e a dor de terminar uma relação está a controlar a nossa vida e isso é a
única coisa em que conseguimos pensar, devemos procurar ajuda.
Dinis Rodrigues Ferreira 8.ºC

Você também pode gostar