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Dulce Filomena
Marta Jéssica Cubai
Télcia Chipe
Índice
1. Introdução............................................................................................................................1
1.1. Justificativa...................................................................................................................1
1.2. Objectivos.....................................................................................................................1
1.2.1. Objectivo geral......................................................................................................1
1.2.2. Objectivos específicos..........................................................................................1
2. Metodologia.........................................................................................................................2
3. Provisões..............................................................................................................................3
3.1. Aspectos de natureza contabilística..............................................................................3
3.1.1. Regime fiscal das provisões e perdas por imparidade..........................................5
3.2. Objectivos de Auditoria...............................................................................................6
3.3. Procedimentos de Auditoria.........................................................................................7
3.4. Programa de Auditoria.................................................................................................8
4. Conclusão..........................................................................................................................11
Referências Bibliográficas........................................................................................................12
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1. Introdução
Devido ao surgimento das primeiras fábricas com uso incentivo de capital e fora de controlo
dos proprietários, com a consequente necessidade de delegação de funções e actividades e
atribuições de responsabilidades quanto ao uso dos recursos produtivos e comerciais, a
expansão do mercado e consequente concorrência em que as entidades tiveram que investir
cada vez mais antes de se manter no mercado e uma das formas de investimentos foi o
aprimoramento dos controles internos, já que estes reduzem custos e tornam o negócio mais
competitivo. Nessa evolução surge a auditoria como uma tecnologia da contabilidade, como
consequência da necessidade de confirmação dos registos contabilísticos em virtude do
aparecimento de empresa.
1.2. Objectivos
2. Metodologia
Para Gil (2008), o método é o caminho para se chegar a determinado fim. Portanto, os
métodos usados para a recolha de dados nesta pesquisa possibilitaram a obtenção de
informações no campo da análise.
Este estudo é de carácter qualitativo, porque a temática que está a ser analisado é meramente
social. Para a recolha de dados recorreu-se a técnica de pesquisa bibliográfica, Tomando em
conta a pesquisa bibliográfica, dizer que esta técnica consistiu na busca por informações e
fundamentações a partir de livros e artigos científicos.
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3. Provisões1
3.1. Aspectos de natureza contabilística
De acordo com o parágrafo 35 da Quadro Conceptual do SNC, que trata de prudência
(conceito subjacente à característica qualitativa da fiabilidade), «os preparadores das DF’s
têm, porém, de lutar com as incertezas que inevitavelmente rodeiam muitos acontecimentos e
circunstâncias, tais como a credibilidade duvidosas de dívidas a receber, a vida útil provável
de instalações e equipamentos e o número de reclamações de garantias que possam ocorrer.
Tais incertezas são reconhecidas através da divulgação da sua natureza e extensão e pela
aplicação de prudência na preparação das DF’s. a prudência é a inclusão de um grau de
precaução no exercício dos juízos necessários ao fazer as estimativas necessárias em
condições de incerteza, de forma que os activos ou os rendimentos não sejam sobreavaliados e
os passivos ou os gastos não sejam subavaliados. Porém, o exercício da prudência não
permite, por exemplo, a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação
deliberada de activos ou de rendimentos, ou a deliberada sobreavaliação de passivos ou de
gastos, porque as DF’s não seriam neutras e por isso não teriam a qualidade de fiabilidade»
(SNC).
Por outro lado, a NCRF 24 – Provisões, passivos contingentes e activos contingentes define
provisão como sendo «um passivo de montante incerto ou de ocorrência temporal incerta»
caracterizando-se, portanto «pela existência de incerteza acerca da tempestividade ou da
quantia dos dispêndios futuros necessários para sua liquidação».
Reconhecimento
A. Uma entidade tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de
um acontecimento passado;
B. Seja provável que será necessário um exfluxo de recursos que incorporem benefícios
económicos para liquidar a obrigação; e
https://www.academis.edu/36646418/A_PROVA_EM_AUDITORIA_VENDAS_PRESTA
1
%C3%87%C3%95ES_DE_SERVI%C387OS_E_D%C3%8DVIDAS_A_RECEBER_PROVIS
%C3%95ES_Licenciatura_em_Contabilidade_e_Fiscalidade
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C) Possa ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação. Se estas condições não
forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
Nos casos extremamente raros em que nenhuma estimativa fiável possa ser feita,
existe um passivo que não pode ser reconhecido. Esse passivo é divulgado como um
passivo contingente
Alterações em provisões
As provisões devem ser revistas no fim de cada período de relato e ajustadas para
refletir a melhor estimativa corrente. Se deixar de ser provável que será necessário um
exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos futuros para liquidar a
obrigação, a provisão deve ser revertida.
Uso de provisões
Uma provisão deve ser usada somente para os dispêndios relativos aos quais a
provisão foi originalmente reconhecida.
foi originalmente reconhecida para uma outra finalidade esconderia o impacto de dois
acontecimentos diferentes.
As contas de 1º grau do SNC que têm a ver com esta problemática são seguintes:
4.8 – Provisões
Cada uma destas contas subdivide-se em: impostos; Garantias a clientes, Processos judiciais
em curso; Acidentes no trabalho e doenças profissionais; Matérias ambientais; Contratos
onerosos; Reestruturação de negócio, perdas de contratos em construção e Outras provisões.
A Conta 4.8 – Provisões «serve para registar as responsabilidades cuja natureza esteja
claramente definida e que à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa mais
incertas quanto ao seu valor ou data de ocorrência».
De notar que o âmbito desta conta não integra o imposto sobre o rendimento (o que faz parte
da conta 4.4- Estado e outros entes públicos) uma vez que se trata da estimativa de um
passivo certo em que, portanto nem a sua quantia, apesar de estimada, nem a data de
ocorrência são certas.
Assim sendo, a conta 4.8.3- provisões para impostos, destina-se a refletir as provisões
constituídas para impostos em mora.
Por seu lado, a conta 6.6- provisões do exercício, regista os gastos do período relacionados
com as referidas responsabilidades. Eventuais reversões são registadas na conta 7.4.3 –
Reversões de provisões.
Para efeitos do disposto na alínea h) do artigo 22, são apenas de considerar como provisões ou perdas
por imparidade:
a. As que tiverem por fim a cobertura de créditos de cobrança duvidosa, calculadas em função da
soma dos créditos resultantes da actividade normal da empresa existentes no fim do exercício;
b. As que se destinarem a cobrir as perdas de valor que sofrerem as existências, dentro do limite
das perdas efectivamente observadas;
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2. As provisões a que se referem as alíneas a) a d) do número anterior que devam subsistir por não se
terem verificado os eventos a que se reportam e as não que forem utilizadas para fins diversos dos
expressamente previstos neste artigo consideram-se proveitos do respectivo exercício.
3. São de considerar como custo fiscal, nos termos definidos no presente Código, os reforços das
provisões, efectuados nos anos subsequentes à sua constituição e calculados com base no seu valor
descontado pelo decurso da passagem do tempo, e reconhecidos contabilisticamente como custos
financeiros.
1. Para efeitos da constituição da provisão a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo anterior, aplica-
se a taxa de 1,5%, com limite acumulado de 6%, sobre o valor dos créditos resultantes da actividade
normal da empresa existentes no fim do exercício.
No caso específico da provisão para garantias a clientes, o auditor deve obter não só uma
análise histórica da sua evolução como também informações detalhadas e pertinentes nos
serviços pós-vendas.
Relativamente a provisões para processo judiciais em curso (que podem ter a ver com
acidentes de trabalho e doenças profissionais, matérias ambientais, contratos onerosos, etc.) é
necessário que o auditor analise criticamente as respostas aos pedidos de informações feitos
aos advogados da empresa, conforme modelo de carta.
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Ainda uma referência ao facto de o auditor deve estar sensibilizado para a necessidade de se
constituírem provisões decorrentes de atrasos no pagamento de, entre outros, financiamentos
obtidos, impostos, taxas, tributos e contribuições para a segurança social.
Finalmente, refira-se que em todos os casos relacionados com provisões o auditor deve
concluir, após a realização dos respectivos procedimentos e testes, se os saldos das mesmas
são ou não adequados.
Proceder a uma avaliação das situações identificadas ao longo das restantes áreas de
trabalho de auditoria susceptíveis de justificar a necessidade de provisão;
Obter e/ou actualizar informações acerca de acções litigiosas pendentes através de
circularização aos advogados da empresa;
Obter balancetes e comparar os saldos das contas com os do exercício anterior e
investigar todas as variações não esperadas (ou a ausência de variações esperadas);
Obter ou elaborar mapas de análise dos custos diferidos, acréscimos de custos,
proveitos diferidos, provisões para pensões e provisões para riscos e encargos, que
deverão incluir uma descrição adequada dos componentes mais importantes de cada
um;
Comparar os saldos iniciais com os papéis de trabalho da auditoria do exercício
anterior.
Programa de Auditoria
Nome do Cliente:
Área sob exame: Provisões para riscos e encargos
Data de Referência de Auditoria: 31/12/20XX
QT TP Nº Descrição de objectivos/procedimentos/teste IT M TR
T
9. Rever as operações subsequentes à data da
auditoria a fim de verificar se estarão
contabilizados ou por contabilizar, após aquela
data, despesas que digam respeito ao período em
análise e que, pela sua natureza, devessem ter sido
provisionadas.
10. Rever e analisar cuidadosamente toda a
informação contida nas respostas às várias
circularizações efectuadas (bancos, clientes,
fornecedores, advogados, etc).
11. Comparar os saldos em relação ao ano anterior, a
fim de detectar variações significativas e, se
existem, as respectivas razões.
Outros Aspectos
• Verificar a adequação das informações divulgadas
no Anexo e relacionadas com esta área.
• Elaborar mapa de ajustamentos e reclassificações.
• Elaborar um memorandum global sobre o trabalho
de auditoria efectuado nesta área e concluir sobre
os resultados obtidos. Referir se existiram ou não
quaisquer limitações na aplicação dos
procedimentos de auditoria.
• Sugerir eventuais alterações às políticas
contabilísticas adoptadas pela empresa e ao seu
sistema de controlo interno.
• Sugerir eventuais alterações ao programa de
trabalho do próximo ano.
• Rever o trabalho efectuado pelos assistentes e/ou
seniores.
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4. Conclusão
Antes de começar, acrescenta-se que uma empresa em que não opte em auditoria ou não é
constituído por um departamento de auditoria, dificilmente as demonstrações financeiras
apresentam uma imagem fiel, no entanto, os usuários da informação ou os stakholders não
confiam na plenitude nos resultados divulgados pela organização e também dificilmente pode
obter financiamentos de credores ou investidores por esta não apresentar uma informação
credível.
Uma auditoria na área de provisões é fulcral permitindo a análise das provisões constituídas
para se apurar se estas são fiscalmente aceites e se cumprem com o princípio contabilístico, a
Prudência.
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Referências Bibliográficas