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5. Ética e Política.
5.1 Moral Civil na sociedade democrática.
5.2. Do Estado confessional à laicidade.
5.3. Desafios do tempo presente.
(cont.)
Desde o século das Luzes (século XVIII) a Razão é valorizada como fator de
organização e regulação da vida em sociedade. O “Cogito ergo sum” de
Descarte e o “imperativo categórico de Immanuel Kant tornam-se
referenciais. Perante o fenómeno religioso, há consideração da
necessidade de completar a fé com a razão, o que ocorre com os dois
autores referidos. Sem negar a dimensão do transcendente, há um
otimismo crescente relativamente à razão e à racionalidade – que
culminará no positivismo de Augusto Comte. Já o movimento da Reforma,
com o primado da fé individual de Lutero e com a predestinação de
Calvino, a razão ganha um lugar significativo.
TÓPICOS DE «ÉTICA».
Lição nº 15 – 5 de novembro de 2019.
(cont.)
Quando estudámos a liberdade religiosa e a laicidade, salientámos que o
pluralismo tem uma natural consequência na separação entre Igreja e
Estado, na liberdade de ter ou não ter religião e no direito a não se
perseguido por ter determinada crença religiosa. Laicidade corresponde
ao pluralismo e ao respeito mútuo, e laicismo a uma ideia negativa em
relação à religião. A Laicidade corresponde à lógica democrática. Esta
laicidade exige e pressupõe um conhecimento mútuo dos fenómenos
religiosos, para que não haja um diálogo de surdos – a que tantas vezes
assistimos. Os fenómenos religiosos são sempre complexos – e pretendem
compreender os limites e as incertezas e equacionar as grandes dúvidas
sobre a vida e a existência.