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Governo do Estado do Rio de Janeiro


Secretaria de Estado de Educação

Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação

Andrea Marinho de Souza Franco


Subsecretária de Gestão de Ensino

Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica

Maria Claudia Chantre


Coordenadoria de Áreas do Conhecimento

Assistentes
Catia Batista Raimundo
Carla Lopes
Roberto Farias

Texto e conteúdo

Aline Assumpção Ribeiro


C.E. David Capistrano
Jeniffer Ribeiro da Cruz
C.E. Brigadeiro Schorcht/C.E. João Alfredo
Pedro Paulo de Abreu Manso
C.E. Pastor Miranda Pinto
Simone Gonçalves Amorim
C.E. Professora Luiza Marinho

Capa
Luciano Cunha

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Revisão de texto

Prof ª Alexandra de Sant Anna Amancio


Pereira
Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti
Prof ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco.
Prof ª Cristiane Póvoa Lessa
Prof ª Deolinda da Paz Gadelha
Prof ª Elizabete Costa Malheiros
Prof ª Ester Nunes da Silva Dutra
Prof ª Isabel Cristina Alves de Castro Guidão
Prof José Luiz Barbosa
Prof ª Karla Menezes Lopes Niels
Prof ª Kassia Fernandes da Cunha
Prof ª Leila Regina Medeiros Bartolini Silva
Prof ª Lidice Magna Itapeassú Borges
Prof ª Luize de Menezes Fernandes
Prof Mário Matias de Andrade Júnior
Prof Paulo Roberto Ferrari Freitas
Prof ª Rosani Santos Rosa
Prof ª Saionara Teles De Menezes Alves
Prof Sammy Cardoso Dias
Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha

Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à experiência
autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de uma orientação de estudos.

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Geografia – Orientação de Estudos

SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 6

2. Aula 1 - Conhecendo as regionalizações do mundo 7

3. Aula 2 - Os processos de integração regional no mundo 10

4. Aula 3 - As diferentes regiões na tradicional e na nova DIT 12

5. Aula 4 - ATIVIDADES 14

6. Aula 5 - ESTUDO DIRIGIDO 17

7. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

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COMPONENTE CURRICULAR: Geografia.

ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS para Geografia


1º Bimestre de 2020 - 8ª série do Ensino Fundamental

META:
Identificar, analisar e compreender o processo de globalização: integração e
persistência das desigualdades no mundo.

OBJETIVOS:

Ao final desta Orientação de Estudo, você deverá ser capaz de:


● - Reconhecer as principais regionalizações do mundo atual.
● - Identificar e localizar os processos de integração regional em curso no mundo
contemporâneo.
● - Reconhecer o papel das diferentes regiões na tradicional Divisão Internacional
do Trabalho, na nova DIT, identificando relações de dependência entre os grupos
de países e transformações socioespaciais relacionadas ao processo de
globalização.

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1. INTRODUÇÃO

Para compreender o processo de globalização, integração e persistência das


desigualdades no mundo, é preciso identificar as formas pelas quais ocorreu a
regionalização do Mundo. Inicialmente, vamos analisar o conceito de região e as formas
de regionalização existentes. Em seguida, vamos discutir os processos de integração em
curso e introduziremos o estudo dos blocos econômicos, passando pelo papel dos países
na Divisão Internacional do Trabalho clássica e atual.
Na ciência geográfica o conceito de região está ligado à ideia de diferenciação de
áreas. Além disso, existe o aspecto sociocultural, que corresponde à avaliação das
condições sociais e culturais pertinentes a cada região. Portanto, nossas análises
envolvem o índice de desenvolvimento humano para explicitar como vivem as pessoas
em determinado lugar.
Agora é hora de aprofundarmos nossos conhecimentos!

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2. Aula 1 - Conhecendo as regionalizações do mundo

Para a Geografia, o conceito de região significa agrupar as áreas da superfície


terrestre que possuem aspectos que apresentam certa homogeneidade.
Os critérios de regionalização podem ser naturais (tipos de clima, vegetação, solo e
relevo entre outros) ou socioculturais (características demográficas, grupos linguísticos,
religiões, tipos de atividades econômicas praticadas, etc.).
O nosso planeta pode ser regionalizado de várias formas. A mais utilizada, por
sua simplicidade, consiste na regionalização por continentes. Observe o mapa abaixo
com atenção. Ele ilustra esse tipo de regionalização.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Continente

Outra importante forma de regionalização é a divisão do mundo por nível de


desenvolvimento socioeconômico. Nesse caso, temos a regionalização do mundo em
países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Os países localizados ao norte seriam os
países desenvolvidos; já os países localizados ao sul seriam os países
subdesenvolvidos. Nessa classificação são observados os fatores qualitativos, como
grau de educação e cultura e nível de industrialização. O mapa abaixo ilustra esse tipo
de regionalização.

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https://ensinomedio3.wordpress.com/5-a-regionalizacao-do/

Mas não para por aí não. No final da Primeira Guerra Mundial, e durante a
Guerra Fria, outra regionalização foi proposta. Dessa vez o mundo passou a ser
dividido em Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo. O Primeiro Mundo representava os
países capitalistas de economia desenvolvida, o Segundo Mundo os países socialistas
de economia socialista e o Terceiro Mundo representava os países capitalistas menos
desenvolvidos economicamente. Com a queda do socialismo, essa classificação tornou-
se obsoleta. Mesmo assim, ainda hoje ouvimos expressões referindo-se a países
utilizando essa regionalização. Observe o mapa abaixo e perceba essa regionalização
do mundo.

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https://www.coladaweb.com/geografia/teoria-dos-mundos

Outra importante forma de regionalização é a divisão do globo em zonas


térmicas. Nessa divisão, o mundo é classificado de acordo com a zona térmica em que
se encontram os países, estados, cidades e etc, de acordo com os principais paralelos
da Terra: Círculos Polares Ártico e Antártico, Trópicos de Câncer e de Capricórnio e
Linha do Equador. Dessa forma, o mundo pode ser regionalizado em zonas térmicas ou
climáticas. Observe atentamente o mapa abaixo, e veja como a incidência de luz
influencia na dinâmica climática da Terra.

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https://cenpsg8.wordpress.com/geografia/

3. Aula 2 - Os processos de integração regional no mundo

Os processos de integração regional são a expressão de uma nova ordem que é


multipolar. Para se fortalecerem economicamente, alguns países formam os chamados
blocos econômicos
Alguns blocos estão polarizando forças econômicas e políticas, interferindo
inclusive na ordem geopolítica, que envolve a força militar dos países e blocos. O
mundo contemporâneo é muito influenciado por países com economias mais dinâmicas.
Agora que você já sabe o que é e o porquê da existência dos blocos econômicos,
vamos conhecer alguns deles.
O bloco americano (NAFTA – Acordo de Livre Comércio da América do Norte)
tem o dólar como referência monetária e está sob a liderança dos Estados Unidos. Eles
exercem incontestável influência regional, mas, acima de tudo, sua influência se dá na

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escala global.
O segundo bloco em influência mundial é o europeu (UE – União Europeia), cuja
referência monetária é o euro, sob o comando dos países que compõem a União
Europeia e com área de influência abrangendo o norte da África e parte do Oriente
Médio. Esse bloco também exerce poderosa influência na escala global.
Outro importante bloco é o Mercosul (Mercado Comum do Sul), localizado na América
do Sul. O Brasil aparece como líder, devido ao potencial do seu mercado consumidor,
mão-de-obra, Produtos Internos Brutos etc.. Além do Brasil, participam desse bloco
Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Peru, Bolívia, Colômbia e Chile participam
como países associados.
Finalmente, temos o Bloco da Ásia ou do Pacífico (ASEAN). A referência
monetária ainda é o iene (moeda japonesa) e a área de projeção econômica
compreende o chamado Cinturão do Pacífico (China, Austrália e Nova Zelândia). Neste
bloco, a influência dos Estados Unidos é, também, muito significativa.
Essa atual configuração encontrada já está mudando, o que demonstra a
mudança constante das regionalizações. A China, por exemplo, com seu dinamismo
econômico, destaca-se no bloco do Pacífico, colocando em xeque a liderança do Japão
na região.
Mas, não somente entre os blocos, o poder das influências se altera. Entre
blocos e regiões, novos laços se estabelecem. O Brasil, por exemplo, tem procurado,
estrategicamente, incrementar o intercâmbio comercial com a China, fazendo acordos
comerciais com aquele país, e com isso diminuir sua dependência (e do restante da
América do Sul) com os EUA. O Brasil já é o principal parceiro comercial da China na
América Latina. Empresas brasileiras têm ampliado seus negócios naquele país,
exportando, por exemplo, as turbinas geradoras para a hidrelétrica de Três Gargantas.
A cooperação estende-se para o setor aeroespacial, com o desenvolvimento conjunto
de satélites para meteorologia e telecomunicações.

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4. Aula 3 - As diferentes regiões na tradicional e na nova DIT

No mundo atual, reconhecemos a existência de grupos de países que possuem


diferentes papéis na economia global. E para novamente regionalizar esses países, foi
criado o que chamamos de DIT.
A Divisão Internacional do Trabalho(DIT) consiste na divisão das atividades e
serviços entre os inúmeros países do mundo, particularmente entre os
subdesenvolvidos (exportadores de matéria-prima, com mão-de-obra barata e
geralmente com industrialização tardia), e os desenvolvidos (economicamente mais
fortes e industrializados).
A DIT corresponde a uma especialização das atividades econômicas em caráter
de produção, comercialização, exportação e importação entre distintos países do
mundo. Ela acentua, principalmente nos países capitalistas, as desigualdades
existentes entre países pobres e ricos.
Como sabemos, nada no mundo fica estático, inclusive a economia dos países.
Por isso, com o passar do tempo, surgiu uma Nova DIT.
Para que você perceba a diferença entre as duas DITs, segue a definição com um
pequeno histórico das duas:

DIT Clássica

Com a descolonização da Ásia e da África (1947-1975), os novos países


surgidos nesses continentes passaram a fazer parte, ao lado das antigas colônias da
América, do conjunto dos países subdesenvolvidos. Estabeleceu-se, então, o que
denominamos DIT clássica, que caracteriza as relações entre os países desenvolvidos
e os países subdesenvolvidos não industrializados.
DIT da Nova Ordem Mundial.
Nesse mesmo período, com a industrialização de alguns países
subdesenvolvidos, outra DIT passou a conviver com a DIT clássica. É a que expressa o
relacionamento entre os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos

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industrializados. Essa nova divisão internacional do trabalho é muito mais complexa,
envolvendo o fluxo de mercadorias e de capitais, de ambos os lados. Esses países
subdesenvolvidos deixaram de ser unicamente fornecedores de matéria-prima para os
países desenvolvidos e passaram a fornecer produtos industrializados de menor valor
econômico e pouco industrializados.

:https://professormarcianodantas.blogspot.com/2018/01/a-divisao-internacional-do-trabalho-dit.html

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5. Aula 4 - ATIVIDADES

1 – Quando comparamos a regionalização do mundo em Norte e Sul, podemos concluir


que:
a) Nessa regionalização o que se observa é o nível de desenvolvimento político dos
países, pois nos permite identificar as diversas características sócio-políticas de cada
país.
b) Essa regionalização do mundo tem como critério a posição geográfica desses
países, onde os desenvolvidos ficam mais ao norte e os subdesenvolvidos mais ao sul
do globo terrestre.
c) Esse critério de regionalização apesar de ser bastante utilizado, não nos permite
entender a regionalização mundial atual.
d) O fato de ser desenvolvido ou subdesenvolvido ocorre quando se faz um cálculo de
renda per capta dos países envolvidos.
e) Nessa regionalização, o que vale é exclusivamente o IDH - Índice de
Desenvolvimento Humano – dos países.

2. Você estudou que existem várias formas de regionalizar o mundo e representá-lo


cartograficamente. Quanto à regionalização de Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo,
podemos afirmar que:
a) É uma divisão que foi mais utilizada depois da formação da URSS, logo após a
Primeira Guerra Mundial.
b) É uma classificação amplamente utilizada atualmente, com a divisão do mundo em
capitalista e socialista.
c) É uma classificação utilizada para distinguir os países durante a guerra fria, na antiga
divisão do mundo bipolar.
d) É uma divisão que mostra a atual realidade do mundo multipolar.
e) É a divisão mais atual que conhecemos, representado verdadeiramente a
classificação dos países no mundo atual.

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3. (ENEM 2009 – Prova Cancelada) Entre as promessas contidas na ideologia do
processo de globalização da economia estava a dispersão da produção do
conhecimento na esfera global, expectativa que não se vem concretizando. Nesse
cenário, os tecnopolos aparecem como um centro de pesquisa e desenvolvimento de
alta tecnologia que conta com mão de obra altamente qualificada. Os impactos desse
processo na inserção dos países na economia global deram-se de forma hierarquizada
e assimétrica. Mesmo no grupo em que se engendrou a reestruturação produtiva, houve
difusão desigual da mudança de paradigma tecnológico e organizacional. O peso da
assimetria projetou-se mais fortemente entre os países mais desenvolvidos e
aqueles em desenvolvimento.
(BARROS, F. A. F. Concentração técnico-científica: uma tendência em expansão no
mundo contemporâneo? Campinas: Inovação Uniemp, v. 3, n°1 jan./fev. 2007
(adaptado))

Diante das transformações ocorridas, é reconhecido que:


a) A inovação tecnológica tem alcançado a cidade e o campo, incorporando a
agricultura, a indústria e os serviços, com maior destaque nos países desenvolvidos.
b) Os fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas têm desacelerado,
obedecendo ao novo modelo fundamentado em capacidade tecnológica.
c) As novas tecnologias se difundem com equidade no espaço geográfico e entre as
populações que as incorporam em seu dia a dia.
d) Os tecnopolos, em tempos de globalização, ocupam os antigos centros de
industrialização, concentrados em alguns países emergentes.
e) O crescimento econômico dos países em desenvolvimento, decorrente da dispersão
da produção do conhecimento na esfera global, equipara-se ao dos países
desenvolvidos.

4. Leia o texto com atenção.


Muitas vezes ouvimos dizer que os robôs vão substituir os operários e que nossa
sociedade é uma sociedade de serviços, ou pós-industrial. As guerras recentes nos

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lembram que os pontos-chaves internacionais continuam baseados no domínio da
tecnologia e das produções estratégicas: aquele que sabe fabricar mísseis guiados a
laser, bombardeios “furtivos” e usinas nucleares é o senhor do mundo.
A indústria, isto é, a transformação de matérias-primas em produtos elaborados, mudou
radicalmente no século XIX com o desenvolvimento das máquinas. O que chamamos
de “Revolução Industrial” foi uma ruptura decisiva: o desenvolvimento das máquinas
multiplicou a força humana; o êxodo rural acelerou-se com a introdução das máquinas
agrícolas e com as possibilidades de emprego oferecidas pelas fábricas nas cidades.
Regiões inteiras, como as regiões carboníferas do Ruhr ou do norte da França,
nasceram da indústria; a urbanização se generalizou nos países ocidentais, que
tomaram uma dianteira considerável em relação aos outros países.
A partir daí tudo gira em torno da indústria: foi graças a seus navios de guerra e à sua
artilharia que os ocidentais impuseram ao Japão sua abertura em meados do século
XIX, e foi na indústria que o Japão depois fundamentou sua estratégia para alcançar o
Ocidente. É o mesmo caminho que irão seguir, a partir dos anos 60, outros países
asiáticos (apelidados deb“tigres”) para sair do subdesenvolvimento; foi por não poder ou
não saber fazer o mesmo que a África negra naufragou.
Será que hoje a indústria já atingiu seu limite? Sim, se nós reduzirmos às chaminés das
fábricas e aos operários, cujo número vem caindo nos países desenvolvidos. Não, se
compreendermos que ela significa mais engenheiros e técnicos, mais pesquisa e mais
intercâmbio com outros setores econômicos, como os transportes ou a formação
superior.
Os últimos vinte anos foram um período de crise industrial, porém também de mutação,
sob o efeito de três fatores relacionados: o progresso técnico, a internacionalização das
empresas e uma organização da produção regida pelo princípio da integração dos
assalariados e das máquinas, e não mais pelo princípio de divisões rígidas,
representado pelo trabalho na linha de montagem.
O texto acima afirma que tudo gira em torno da indústria. Você concorda ou discorda?
Por quê?

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6. Aula 5 - ESTUDO DIRIGIDO

1 - Observe a imagem abaixo e descreva o significado das logomarcas de empresas


multinacionais, ligando tal imagem ao processo de globalização.

https://www.todoestudo.com.br/geografia/empresas-multinacionais

2 - Elabore um texto destacando os efeitos da globalização nos países desenvolvidos,


subdesenvolvidos e em desenvolvimento.

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7. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

BOLIGIAN, Levon. & ALVES, Andressa. A golobalização e a organização do espaço

geográfico mundial. Ed. Saraiva, 210.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html

https://www.todoestudo.com.br/geografia/empresas-multinacionais

:https://professormarcianodantas.blogspot.com/2018/01/a-divisao-internacional-

do-trabalho-dit.html

https://cenpsg8.wordpress.com/geografia/

https://www.coladaweb.com/geografia/teoria-dos-mundos

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