Você está na página 1de 232

árvores

Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas


Dr. Alfredo Simão da Silva

florestais
da Guiné-Bissau Luís Catarino
ÍNDICE

Bucar Indjai

ÁRVORES FLORESTAIS DA GUINÉ-BISSAU

Luís Catarino
Bucar Indjai

Bissau / 2019
2 Bissau | 2019 3
ÁRVORES FLORESTAIS DA GUINÉ-BISSAU
Autores
Luís Catarino e Bucar Indjai
Editor
IBAP - Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas
Dr. Alfredo Simão da Silva
Av. Dom Settimio Arturro Ferrazzetta
Bissau, Guiné-Bissau
www.ibapgbissau.org
Ilustrações
Catarina Costa
Os autores dedicam esta obra à
Organização e revisão de conteúdos memória do Dr. Alfredo Simão
Graça Oliveira
da Silva (1964-2019), fundador e
Design gráfico e paginação primeiro Diretor-Geral do IBAP,
Tiago Ribeiro
grande defensor da causa da
Impressão conservação da natureza e do
Ondagrafe
desenvolvimento sustentável
ISBN na Guiné-Bissau.
978-989-96831-8-1
Depósito legal

Citação recomendada
Catarino L & Indjai B 2019. Árvores florestais da Guiné-Bissau. IBAP, Bissau
Fotografias
A maioria das fotografias incluídas são de Luís Catarino.
As restantes fotografias estão assinaladas com as iniciais dos respetivos
autores: Agostinho Palminha (AP), Adjima Thiombiano (AT), Alexander
Zizka (AZ), Bucar Indjai (BI), Carlos Aguiar (CA), David J. Harris (DH), Elke
Faust (EF), Günter Baumann (GB), Jos Stevens (JS), Katharina Schumann
(KS), Maria Adélia Diniz (MAD), Marco Schmidt (MS), Matthew Walters
(MW), Oumarou Ouédraogo (OO), Philippe Birnbaum (PB), Paul Latham
(PL), Robert v. Bittersdorff (RB), Stefan Dressler (SD), Stefan Porembski
(SP), Wilma Dijkstra (WD) e Warren McCleland (WMC).

4 5
AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao coordenador do projeto GCCA+, Doutor


Leonildo Cardoso, o convite e as condições proporcionadas para
a realização da obra, e ao Diretor-Geral do IBAP, Doutor Justino
Biai, ao Responsável de Programas, Dr. Abílio Rachid Said e à
Coordenadora do Seguimento das Espécies, Drª Aissa Regalla,
o suporte facultado ao longo de vários anos, que permitiu a
colheita de dados e de fotografias.

À Diretora de Comunicação do IBAP, Drª Udimila Queta


agradecemos a colaboração a as sugestões na fase de preparação
da obra.

Aos responsáveis de todas as áreas protegidas da Guiné-Bissau,


onde fizemos trabalho de campo ao longo de vários anos e
colhemos elementos para a presente obra agradecemos todo o
apoio e colaboração disponibilizada.

Ao colega e amigo Eliseu Benante, além da camaradagem de


sempre, estamos gratos em especial pela colaboração no
capítulo referente às palmeiras e por nos levar a conhecer
Pandanus guineabissauensis, uma espécie rara e simbólica para
a Guiné-Bissau.

Agradecemos ainda ao responsável do sítio West African Plants,


Dr. Marco Schmidt, assim como aos vários autores das fotos
apresentadas a colaboração na cedência das imagens

A todos, o nosso obrigado e esperamos corresponder às


expectativas criadas.

6 7
ÍNDICE

1 Introdução 233 Folhas compostas


digitadas
Florestas e
vegetação florestal 247 Folhas compostas
paripinadas
A vegetação florestal
da Guiné-Bissau 269 Folhas compostas
imparipinadas
12 Organização e
319 Folhas compostas
utilização do guia
bipinadas
Seleção das
349 Palmeiras
espécies incluídas
365 Espécies do mangal
Caracteristicas para
identificação das espécies 376 Fontes de informação
Organização em capítulos Publicações e relatórios
sítios internet
Informação por espécie
379 Índice de
21 Fichas das espécies
nomes científicos
23 Folhas alternas
387 Índice de
91 Folhas alternas com látex nomes comuns
129 Folhas opostas 439 Quadro-resumo das
173 Folhas agrupadas espécies tratadas
201 Folhas verticiladas 448 Glossário
217 Folhas compostas
bi- e trifolioladas

8 1
INTRODUÇÃO

Neste Guia são tratadas as espécies arbóreas consideradas mais


importantes na Guiné-Bissau. A sua importância em vários aspetos
justifica a elaboração de um guia dedicado a este tipo de plantas.
As árvores são o principal componente das florestas, que estão
entre os tipos de vegetação com maior biodiversidade e que maior
quantidade de biomassa acumulam. Numa floresta, as espécies
arbóreas são os principais elementos que dão forma à vegetação,
proporcionando suporte estrutural para o desenvolvimento de
outras plantas e fornecendo abrigo e alimentação à fauna selvagem.

Muitas espécies de árvores são também economicamente


importantes, tanto para as comunidades locais como para a
economia nacional, em termos de recursos florestais renováveis
e de produtos transacionáveis. Por outro lado, a vegetação
florestal, como significativo sorvedouro de dióxido de carbono
da atmosfera, constitui um dos mais maiores reservatórios
de biomassa e de carbono, tornando o setor florestal um
importante agente no combate, mitigação e adaptação
às alterações climáticas. Neste sentido, sendo as árvores o
componente da vegetação florestal que mais biomassa acumula,
é evidentemente importante dispor de bom conhecimento das
espécies presentes em cada local e em cada tipo de floresta.
ABREVIATURAS USADAS
A produção e difusão de informação sobre as espécies de
árvores e palmeiras mais importantes na Guiné-Bissau é, assim,
c. – circa (cerca de)
fundamental para promover o conhecimento dos recursos
e.g. – exempli gratia (por exemplo)
florestais do País. Este manual pretende ser uma ferramenta
Sin. – sinónimo
de auxílio à identificação das espécies mais importantes e uma
spp. – espécies
fonte de informação sobre as suas principais características.
subsp. – subespécie
8 1
FLORESTAS E VEGETAÇÃO FLORESTAL âmbito do combate às alterações climáticas, cada país pode
adotar uma definição própria de floresta em que a cobertura
A definição de floresta não é universal nem se baseia num arbórea deve ter limites mínimos entre 10% e 30%. A FAO propõe
critério único. Em geral, considera-se como floresta um tipo como definição de floresta uma parcela de vegetação com mais
de vegetação dominado por árvores ou em que estas têm de 0,5 hectares, com árvores de altura superior a 5 metros e
uma presença importante, embora a quantificação dessa cobertura de copas de mais de 10%, ou com árvores capazes de
importância seja matéria de discussão. atingir tais limiares in situ.

A vegetação florestal é caraterizada por integrar plantas de Neste Guia as definições dos tipos de vegetação florestal são
vários tipos e tamanhos, nomeadamente árvores, arbustos, de natureza fisionómica ou seja, baseiam-se na presença e
ervas e lianas, que podem formar diferentes estratos de altura. importância relativa dos estratos de árvores, arbustos e ervas.
A presença e importância relativa de cada estrato caracteriza a
fisionomia da vegetação. A VEGETAÇÃO FLORESTAL DA GUINÉ-BISSAU

Nos estudos de flora e vegetação adotam-se frequentemente Embora de dimensões relativamente reduzidas, o território da
critérios fisionómicos para definir os tipos de vegetação
Guiné-Bissau tem bastante diversidade de tipos de vegetação
florestal, nomeadamente a importância dos estratos arbóreo
e espécies de plantas, dada a sua localização numa região de
e/ou arbustivo e herbáceo. Assim, numa definição fisionómica
transição climática e fitogeográfica.
considera-se que na floresta domina o estrato arbóreo, com as
copas das árvores cobrindo grande parte ou toda a superfície, De acordo com o enquadramento fitogeográfico atualmente mais
sendo o estrato herbáceo descontínuo. Já nas savanas o estrato aceite para África, a Guiné-Bissau situa-se na Zona de Transição
herbáceo é o mais importante, formando um tapete contínuo, Regional Guineo-Congolesa/Sudanesa. Nesta região os tipos de
em geral de gramíneas, tendo os estratos arbóreo e/ou arbustivo vegetação mais comuns são formações secundárias, como savana
desenvolvimento variável, mas sem impedir a dominância do arborizada e floresta aberta, sobretudo em consequência da
estrato herbáceo. Para a definição mais precisa dos tipos de intervenção humana pelo fogo e agricultura itinerante. Por outro
vegetação em cada local estes critérios fisionómicos podem ser lado, algumas manchas residuais de formações florestais densas
complementados com características ecológicas e de composição têm grandes afinidades com os tipos periféricos e mais secos de
em espécies. floresta densa guineense que se estende para sul da Guiné-Bissau.

Outra abordagem à definição de floresta ou vegetação florestal No entanto, mesmo antes do incremento da atividade humana
tem como critério apenas a importância do estrato arbóreo, que terá levado à degradação da vegetação, as formações florestais
medida pela cobertura das copas das árvores. Por exemplo, no abertas poderiam ser já dominantes, nomeadamente onde os
2 3
solos são mais delgados. Assim, a Zona de Transição Regional FLORESTA DENSA
Guineo-Congolesa/Sudanesa é também caracterizada por formas Apresenta um estrato arbóreo denso,
de floresta aberta de transição, constituindo um ecótono entre a com as copas sempre sobrepostas,
floresta densa guineo-congolesa, a sul, e a floresta aberta e savana embora em extensão variável, que
arborizada sudanesa, a norte e leste. condiciona o desenvolvimento dos
estratos arbustivo e, sobretudo,
A inserção numa zona fitogeográfica de transição permite
herbáceo. Compõe-se em geral por dois
que ocorram na Guiné-Bissau, além das formações vegetais
estratos bem desenvolvidos: árvores
dominantes (floresta aberta e savana arborizada), as manchas de
altas (20 a 30 m) e árvores médias
floresta densa seca guineense eventualmente mais setentrionais
a baixas (10 a 20 m). É frequente
da África Ocidental, no Sudoeste do território continental do
ocorrerem árvores emergentes cujas copas podem atingir 35
País (Cantanhez), bem como savana de afinidades sudanesas,
a 40 m de altura. O estrato arbustivo é formado por juvenis
no Sudeste (Boé) e Nordeste. Além da natureza dos solos, tal
de árvores e por arbustos adaptados ao ensombramento. O
diferenciação de tipos de vegetação relaciona-se com as grandes
estrato herbáceo é pouco desenvolvido ou quase inexistente,
diferenças de pluviosidade anual entre o Sul e o Norte e entre o
constituído quase exclusivamente por plantas de sombra. As
litoral e o interior do País.
lianas são frequentes e atingem a altura das copas das árvores
Além destes tipos de vegetação determinados por fatores altas. A floresta densa ocorre sobretudo no Sudoeste do País,
climáticos e moldados pela intervenção humana, ocorrem também nomeadamente no Parque Nacional do Cantanhez.
na Guiné-Bissau várias formações de carácter edáfico, ou seja,
determinadas pelas condições locais do solo ou do substrato. É
o caso de substratos alagados temporária ou permanentemente
por água doce, nomeadamente as galerias florestais e lalas, assim
como os mangais, característicos das zonas costeiras sujeitas à
influência das marés.

Os principais tipos de vegetação florestal terrestre na Guiné-BIssau


são floresta densa, floresta aberta, palmar e savana arborizada.
Nas margens alagáveis dos rios e lagoas encontram-se galerias
florestais e nas zonas costeiras e estuarinas inundadas pela subida
das marés desenvolvem-se mangais. São também frequentes os
pousios, com diferentes idades.

4 5
PALMAR FLORESTA ABERTA
É marcado pela dominância de Elaeis Formação vegetal com dominância
guineensis, a palmeira-de-óleo, embora de árvores mas sem sobreposição das
coexistindo, em regra, com outras copas no estrato mais alto. Considera-
espécies de porte arbóreo. Os palmares se frequentemente que a cobertura
ocorrem em zonas baixas; na parte do estrato arbóreo é superior a 40%.
continental, frequentemente na Manchas de floresta aberta mais
periferia das lalas e, no Arquipélago dos desenvolvidas podem incluir dois estratos arbóreos: um de
Bijagós, em planícies costeiras de baixa árvores altas (15 a 25 m) e outro de árvores baixas (10 a 15 m). Os
altitude. O estrato mais alto de árvores e palmeiras pode atingir estratos arbustivo e herbáceo estão sempre presentes e em geral
25-30 m e ser bastante denso, havendo geralmente também um bem desenvolvidos. As lianas são também frequentes, atingindo
estrato de árvores e palmeiras mais baixas. O estrato arbustivo as copas das árvores mais altas. São habituais na floresta aberta
é constituído por juvenis de palmeiras e árvores e por arbustos e espécies que ocorrem também em floresta densa ou em savana
subarbustos adaptados ao ensombramento. O estrato herbáceo arborizada. Na Guiné-Bissau este é um dos tipos de vegetação
é normalmente descontínuo. florestal mais comuns, havendo algumas diferenças na estrutura
e composição relacionadas com a variação dos fatores edafo-
climáticos e com a intervenção humana.

6 7
SAVANA ARBORIZADA FLORESTA RIPÁRIA OU GALERIA FLORESTAL
Formação vegetal em que, embora Vegetação composta maioritariamente
com uma presença importante por árvores e arbustos hidrófilos que se
de plantas lenhosas, o estrato desenvolvem nas faixas ao longo dos rios e
herbáceo domina, formando um nas margens das lagoas, onde o substrato
tapete geralmente contínuo e dominado por gramíneas altas que está alagado ou encharcado em profundidade
secam por completo após as chuvas. A distinção entre floresta durante todo o ano. Normalmente tem
aberta e savana arborizada é por vezes difícil e em geral baseia- apenas um estrato de árvores
se na cobertura de árvores, considerando-se frequentemente e palmeiras com 10 a 20 m de altura
que tem valores de 10 a 40% na savana arborizada. O estrato e cobertura bastante variável.
arbustivo está normalmente bem desenvolvido e as lianas podem O estrato arbustivo inclui espécies de ambientes húmidos ou
ou não estar presentes. As queimadas são um fenómeno comum alagados assim como o estrato herbáceo, frequentemente de
nas savanas e frequentemente responsáveis pela manutenção espécies aquáticas.
deste tipo de vegetação em estado pioneiro.

8 9
MANGAL POUSIOS
Vegetação arbórea ou arbustiva Resultam de parcelas de terreno
das áreas de substrato geralmente utilizadas para agricultura de sequeiro
vasoso sujeitas ao efeito das marés. e entretanto abandonadas para
O mangal é composto por um restauração da fertilidade dos solos.
reduzido número de espécies halófitas, adaptadas à inundação A estrutura e composição dos pousios
regular por água salgada e ao substrato instável e encharcado, evolui rapidamente após o abandono.
sendo as mais comuns nos mangais da Guiné-Bissau Avicennia Nos primeiros anos a vegetação é baixa,
germinans e Rhizophora spp. (R. mangle, R. harrisonii e R. com grande densidade de plantas heliófilas, nomeadamente
racemosa). Dependendo da topografia e hidrografia estas trepadoras, arbustos e juvenis de árvores, assim como
espécies podem ocorrer em conjunto ou separadamente (mangal árvores remanescentes que rebentam de toiça. A partir dos
de Rhizophora e mangal de Avicennia). oito ou dez anos passam a dominar as árvores pioneiras que
entretanto cresceram, diminuindo a importância das ervas e
trepadoras heliófilas. Os pousios com algumas dezenas de anos
apresentam estrutura semelhante à da vegetação florestal
primitiva mas a composição de espécies demora geralmente
mais tempo a restabelecer-se.

10 11
ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO GUIA CARACTERÍSTICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

SELEÇÃO DAS ESPÉCIES INCLUÍDAS A classificação das espécies vegetais é baseada sobretudo nas
características reprodutivas, nomeadamente das flores e frutos.
No entanto, a maioria das espécies apresenta órgãos reprodutores
A flora da Guiné-Bissau é constituída por cerca de 1500 espécies
apenas durante um curto período do ano e a sua utilização para
de plantas vasculares, entre árvores, palmeiras, arbustos, lianas e
identificar as espécies de árvores no campo torna-se difícil.
ervas, das quais cerca de 400 são espécies arbóreas.

Não sendo viável abordarmos todas as espécies neste Guia, Neste Guia procurámos recorrer a características facilmente
observáveis e que se mantêm ao longo do ano. Para cada espécie, e
selecionámos as que se consideram mais importantes na Guiné-
de forma sucinta, apresentamos informação sobre um conjunto de
Bissau. Para tal, foram consultados vários trabalhos publicados,
características que permitam a sua distinção e identificação e que,
bem como relatórios não publicados de projetos e consultorias
sempre que possível, são ilustradas nas fotografias associadas.
sobre flora e vegetação da Guiné-Bissau e de várias áreas
protegidas. As principais características das folhas quanto à forma,
composição e disposição nos ramos, assim como as respetivas
Foi também tida em conta a nossa experiência em trabalho dimensões, são a base para a identificação das espécies tratadas e
de campo por todo o País e consultados outros especialistas,
para a organização dos capítulos no Guia.
para aferir a importância de cada espécie e a pertinência da sua
inclusão no Guia. Para cada espécie descrevemos também o porte e dimensões
que apresenta no País e as características do tronco, copa e ramos,
Há casos de espécies bastante semelhantes, em que uma é salientando as que possam ser distintivas, como a presença de
mais abundante ou frequente que as restantes. Nesses casos,
látex ou de espinhos. São igualmente referidas características das
optámos por ilustrar e descrever mais detalhadamente a espécie
flores e frutos, sobretudo as mais facilmente observáveis e que
mais comum e fazê-lo de modo breve para as espécies afins,
permitem a distinção entre espécies.
nomeadamente referindo as características que as diferenciam
das espécies mais relevantes. A indicação dos habitats onde a planta ocorre e da sua
distribuição conhecida no País complementam a informação
Assim, de entre as espécies de árvores e palmeiras que se anterior e podem ajudar na identificação.
conhecem no País, identificámos as mais importantes para
integrarem o Guia, num total de 190 espécies. Para cada espécie mencionamos ainda as utilizações conhecidas
e, se relevante, o estado de conservação e ameaças.

12 13
ORGANIZAÇÃO EM CAPÍTULOS Graficamente, cada capítulo é identificado por uma cor específica
e por um símbolo alusivo ao tipo de folha, ou ao grupo de plantas
Os capítulos que descrevem e ilustram as espécies estão
ou habitat no caso das palmeiras e espécies do mangal.
organizados em função das características das folhas e respetiva
disposição nos ramos, à exceção das palmeiras e das espécies do Cada capítulo inicia-se com uma breve introdução, indicando o
mangal, tratadas separadamente nos dois últimos capítulos. número de espécies tratadas e respetivas famílias; seguem-se as
fichas descritivas das espécies e, a finalizar o capítulo, apresentam-
Assim, o principal critério para agrupar as espécies por capítulos
se informações complementares e fotografias de espécies que
é a forma como as folhas se dispõem nos ramos, assim como a
apenas são resumidamente descritas nas páginas anteriores.
respetiva composição: folhas simples ou com várias partes (folhas
compostas). A sequência dos capítulos, determinada por ordem INFORMAÇÃO POR ESPÉCIE
crescente de complexidade das folhas, é a seguinte:
A ficha descritiva de cada espécie é constituída por duas páginas,
obedecendo geralmente à seguinte organização gráfica:

Icone de tipo
de folhas

Folhas Folhas alternas Folhas Folhas Espécie


Avicennia Principal
germinans
Mapa com (Sinónimo)
Avicenniaceae
alternas com látex opostas agrupadas
localização Família

Nomes comuns

Porte Ecologia e Icone de


distribuição tipo de
Folhas Folhas vegetação
Folhas Folhas compostas Folhas compostas Utilizações
compostas
verticiladas bi- e trifolioladas digitadas Flores e estado
paripinadas Fotos da de conservação
espécie
Frutos

Folhas compostas Folhas compostas Espécies do Espécie afim


Palmeiras
imparipinadas bipinadas mangal
14 15
Para cada espécie é apresentado o seu nome científico, a família A escrita dos nomes comuns das plantas tem as dificuldades
e os nomes comuns conhecidos no País. próprias da transcrição das línguas sem grafia estabelecida,
podendo coletores distintos escrever de forma diferente o
Segue-se uma breve descrição, acompanhada de fotografias, mesmo nome comum. Tentámos escolher a grafia mais comum
realçando as principais características distintivas relativas ou, tal não sendo possível, apresentar duas ou mais alternativas.
ao porte, folhas, flores e frutos, procurando-se indicar as Em certos casos julgámos pertinente incluir também o nome em
observáveis durante todo o ano, ditas vegetativas. Foram português ou francês, dadas as relações com o crioulo.
evitadas descrições muito extensas e, tanto quanto possível,
as palavras de compreensão difícil pelos utilizadores comuns. Para cada espécie, os nomes referem-se primeiro em crioulo,
Contudo, recomendamos a consulta do glossário que consta no depois nas línguas étnicas, por ordem alfabética das abreviaturas
fim do Guia para esclarecimento dos termos técnicos que não das línguas e, por fim, em português e francês, quando existam.
foi possível omitir. Destaca-se a negrito o nome comum mais corrente.

Na ficha apresenta-se ainda informação sobre a ecologia e Cada língua é identificada por uma abreviatura, como a seguir
a distribuição da espécie na Guiné-Bissau, bem como as suas se indica:
eventuais utilizações e, quando relevante, o estado de conservação.
É conveniente explicitar previamente algumas definições e ba balanta fl felupe nl nalu
descrever as características mais usadas para a identificação das bf biafada fr francês pp papel
espécies, recorrendo também a desenhos ou símbolos ilustrativos. bj bijagó fu fula pt português
Nomes científicos bm balanta-mané mc mancanha ss sosso
cb cobiana md mandinga td tanda
Apresenta-se a forma atualmente aceite e, se aplicável, o
ff futa-fula mj manjaco
sinónimo ainda corrente, entre parênteses. A nomenclatura
adotada neste Guia é a proposta por World Flora Online
(www.worldfloraonline.org). Os nomes científicos completos
podem ser consultados no Índice de nomes científicos.

Nomes comuns
Nomes das plantas em crioulo, nas línguas das várias etnias
da Guiné-Bissau, e em português ou francês. Além dos nomes
obtidos de bibliografia, foram incluídos também alguns
recolhidos durante o nosso trabalho de campo.
16 17
Ecologia da espécie Distribuição no País
Informação sobre a ecologia da espécie, nomeadamente os tipos Com base nas características de clima e de solos consideramos
de vegetação florestal onde ocorre no País, sendo esta informação na Guiné-Bissau quatro regiões: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e
apresentada também graficamente através de símbolos que Arquipélago dos Bijagós (B). Além de especificada no texto
representam os tipos da vegetação descritivo da espécie, a sua distribuição é também indicada
em tom mais escuro num pequeno mapa, de acordo com a
seguinte simbologia:

Savana
Floresta densa Palmar Floresta aberta
arborizada

Floresta ripária Mangal Pousios

Utilizações e estado de conservação


Quando conhecidas, são resumidamente descritas as utilizações
da planta. Se importante, é também indicado o estado de
conservação, ameaças ou recomendações para a utilização
sustentável da espécie.

Fotografias TERMINOLOGIA E ÍNDICES REMISSIVOS


Na parte final do Guia é possível consultar um índice remissivo
Sempre que possível apresentam-se fotografias ilustrando a
de espécies por nomecientífico, um índice dos nomes comuns
descrição em texto ou que a complementam. A maior parte
das espécies nas várias línguas, um quadro-resumo das espécies
das fotografias foram obtidas na Guiné-Bissau pelo primeiro
descritas e respetiva distribuição e habitats e um glossário,
autor; os autores das restantes fotografias são identificados por
parcialmente ilustrado.
abreviaturas que são explicitadas na Ficha técnica do Guia.
18 19
Fichas das Espécies

20 21
Folhas alternas
Neste grupo inclui-se um grande número
de espécies que têm em comum a
disposição alterna das folhas, ou seja, as
folhas estão inseridas alternadamente de
um e outro lado dos ramos. Num outro
capítulo são tratadas as espécies de
folhas alternas que têm látex, importante
característica de distinção de espécies.

São aqui descritas 46 espécies, pertencentes


a 19 famílias: com maior número de
espécies as Filantáceas (10 espécies),
seguindo-se as Anonáceas, Combretáceas
e Crisobalanáceas (4 espécies) e Ebenáceas
e Olacáceas (3 espécies). As Fabáceas,
Euforbiáceas, Malváceas, Ocnáceas e
Putranjiváceas estão representadas por
2 espécies cada uma, e as Anisofiláceas,
Canabáceas, Irvingiáceas, Miristicáceas,
Poligaláceas, Ramnáceas, Sapindáceas e
Urticáceas, por 1 espécie.

23
Anisophyllea laurina
Anisophylleaceae (Rhizophoraceae)

miséria, pau-miséria, pó-de-miséria (cr); mafel, máfèlè (ba);


budjagálá (planta), mandjagálá (fruto) (bf); edoconhe (bj);
kanse (fu); n’sunp, sénhè, unsununtu (nl); cantingui (ss);
angueidja (td)

ÁRVORE de grande porte (até Ocorre em floresta


25-30 m de altura); tronco densa, floresta
comprido, ligeiramente aberta e galerias
alargado junto ao solo; florestais. Embora
casca cinzenta, castanho- não muito
avermelhada quando cortada; abundante, esta
copa aproximadamente circular. espécie é preservada
por ter utilidade.
FOLHAS alternas, de dois
tamanhos: as grandes Com as folhas
ovais ou ovado-elípticas, tratam-se
com 2-3 nervuras laterais inflamações dos olhos.
partindo da base e pecíolo Os frutos, comestíveis
curto; as pequenas, nem e bastante apreciados,
sempre presentes, lanceoladas, são vendidos nas
de dimensões muito cidades, nomeadamente
reduzidas, intercaladas em Bissau. A madeira
com as folhas grandes. é muito aplicada nos
telhados das casas
FLORES pequenas, amarelo- por ser resistente às
esverdeadas, em inflorescências térmitas, e também
axilares não ramificadas. usada como lenha. Por
vezes cultivada como
FRUTOS carnudos, ovoides
planta de sombra e
(4-5 cm por 2-3 cm), amarelos
ornamental.
quando maduros.

25
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Antidesma venosum
Phyllanthaceae (Euphorbiaceae)

n’tica-bafar (nl)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre dispersa


(até 8-10 m de altura); fuste em floresta aberta,
curto, canelado na base, com savana arborizada e
lenticelas nos ramos; margens de rios.
espécie dióica.
Não parece estar
FOLHAS aalternas, espessas, ameaçada.
de formato e tamanho algo
variáveis, obovadas a elípticas
(4-12 cm por 3-6 cm), com 6-8
pares de nervuras laterais;
pecioladas e com
PB estípulas lanceoladas.

FLORES masculinas pequenas, amareladas,


em inflorescências terminais não
ramificadas (7-10 cm de comprimento);
flores femininas amarelo-esverdeadas,
em inflorescências axilares.

FRUTOS covoides (6-10 mm de


comprimento), de pedúnculo curto, negros
quando maduros; em infrutescências
alongadas, não ramificadas.

Antidesma membranaceum pode atingir 12-15 m de


altura. Folhas membranáceas e inflorescências de comprimento
até 15 cm; os frutos, carnudos e pequenos (4-6 mm de
comprimento), ficam vermelhos quando maduros. Ocorre em
floresta densa, galerias florestais e palmares.

27
Bauhinia thonningii
(Sin. Piliostigma thonningii)
Fabaceae (Leguminosae –Caesalpinioideae)
panu-di-kankora, fará (cr); boã, mansonca, mansanca,
pouúnquè (ba); fará, bufárá (bf); canna, epamámbo,
epandando (bj); baiqué, bárquè, barquedje, barqueiê, bongué,
fará (fu); fará (md); impukui, m’bukui mukui (nl); n’tangré,
n’toncre, untoncre (pp)
ÁRVORE pequena (até 8-12 m Espécie típica e
de altura), de fuste curto muito frequente nas
e copa aberta. savanas arborizadas,
ocorre também em
FOLHAS alternas, espessas, floresta aberta
bilobadas, em forma de pata de e palmar.
vaca, mais largas que compridas
(8-17 cm por 8-20 cm), com c. 10 Usada para tratar
nervuras secundárias partindo hemorroidas e dores
todas da base; pecioladas. de coração; a casca
é cicatrizante e
FLORES tubulosas, brancas, anti-hemorrágica; com as
com 5 pétalas, em folhas trata-se prisão de
inflorescências axilares ou ventre, pedras dos rins e
terminais ramificadas. doenças venéreas. Com a
casca do tronco fabrica-
FRUTOS: vagens lenhosas
se panu-di-kankora
grandes (10-20 cm por 3-5 cm),
(elemento nos ritos de
pubescentes, que persistem na
iniciação dos mandingas
árvore durante bastante tempo;
SP e outros grupos étnicos).
com várias sementes cada uma.
A cinza dos frutos é usada
no fabrico de sabão-preto.
AP

Bauhinia reticulata (Sin. Piliostigma reticulatum) ocorre


como pequena árvore (8-10 m), dispersa em savana arborizada.
Espécie típica e dos lobos foliares é em ângulo obtuso (e não
A extremidade
arredondado, como em B. thoningii) e os frutos não têm pelos.

29
Avicennia germinans
Bridelia micrantha
Avicenniaceae
Phyllanthaceae (Euphorbiaceae)

bissáca (cr); tagate (ba); bissai, bussácá (bf); endure, n’ tongue,


untágué, untongue (bj); utchak (cb); bissoia, gúgri (fu); bissaiô,
bissoia (md); m’bonhé, n’taque (nl); bissaque (pp); tolingué,
tolingi (ss)

ÁRVORE pequena (8-12 m de Frequente em


altura) ou arbusto; fuste curto; floresta aberta,
tronco cinzento-acastanhado, savana arborizada,
vermelho no interior; ramos palmar e galerias
frequentemente com espinhos. florestais e margens
de rios.
FOLHAS alternas, lustrosas na
página superior, elípticas (5-20 Usa-se a folha para
cm por 3-8 cm), com 9-12 pares tratar hemorroidas
de nervuras laterais. e a raiz para
tratar gonorreia e
FLORES unissexuadas, obstipação, e como
esverdeadas (2-3 mm de antiparasitária. O
diâmetro), em pequenos grupos fruto é comestível.
na axila das folhas. A casca do tronco
pilada serve para
FRUTOS carnudos, ovoides
calafetar canoas e
(6-8 cm de comprimento),
peças de olaria e
negros quando maduros;
para pintar couro.
com 1 semente.

31
Avicennia germinans
Chrysobalanus icaco
Avicenniaceae
Chrysobalanaceae

ebenga, ebenha, énhapitche (bj); bôpace (mj)

ARBUSTO ou árvore (até 15 m De distribuição


de altura); tronco cinzento, litoral, geralmente
avermelhado no corte; em substrato
pontuações brancas arenoso,
(lenticelas) nos ramos. frequentemente
como arbusto na
FOLHAS alternas, espessas, orla costeira ou
ovadas a largamente elípticas como árvore em
(5-10 cm por 4-6 cm), com 6-8 floresta aberta e
pares de nervuras laterais; palmar.
pecíolo curto.
Os frutos são
FLORES pequenas, amarelo-
comestíveis.
esverdeadas, em inflorescências
axilares não ramificadas.

FRUTOS carnudos, ovoides (3-5


cm por 2-3 cm), de cor violeta
quando maduros.

33
Avicennia germinans
Cola cordifolia
Avicenniaceae
Malvaceae (Sterculiaceae)

mandjandja, mandjanja (cr); m’bué (ba); budjanhi (bf); tábá


(fu); tabô (md)

ÁRVORE com 15-20 m de altura; Ocorre dispersa


fuste curto e tronco com em floresta aberta,
contrafortes na base. savana arborizada
e palmar. Sendo de
FOLHAS alternas, grandes, folha persistente,
lobadas, em forma de coração também é plantada
(10-25 cm por 8-20 cm); 3 ou 5 como sombreadora
nervuras na base e 4-6 pares de e frequente junto às
nervuras laterais; pecíolo longo. povoações.
FLORES pequenas, amarelas,
A semente é
pediceladas, em inflorescências
estimulante e o
ramificadas na axila das folhas.
caule pilado cicatriza
FRUTOS com 3-5 segmentos feridas. O fruto é doce
em forma de rim (8-10 cm de e comestível. A casca
comprimento), dispostos em é usada como corda
estrela; vermelhos quando nas casas. Serve
AP maduros; ao abrir expõem de porta-enxerto
4-9 sementes vermelhas. para Cola nítida por
ser mais resistente e
adaptável a diferentes
tipos de solo.

Cola nitida é uma árvore (15-20 m) espontânea e cultivada


em pomares mistos, no estrato inferior da floresta. Folhas
elípticas (15-25 cm por 6-10 cm) e pecioladas; frutos rugosos,
em grupos de 5 e dispostos em estrela, com 4-8 sementes. É a
coleira, produtora das nozes de cola.

35
Avicennia germinans
Diospyros elliotii
Avicenniaceae
Ebenaceae

ÁRVORE pequena (8-12 m de Ocorre dispersa,


altura), de tronco cinzento. sobretudo em
floresta aberta,
FOLHAS alternas, espessas, savana arborizada e
lanceoladas (10-12 cm por 3-5 galerias florestais.
cm), com 5-7 pares de nervuras
laterais; pecíolo curto.

FLORES pequenas, unissexuadas,


de cor amarela ou creme, em
pequenos grupos nos ramos.

FRUTOS carnudos, globosos


(2-2,5 cm de diâmetro), com a
base rodeada pelos vestígios
da flor; dispostos nos ramos e
amarelos quando maduros.

37
Avicennia germinans
Diospyros heudelotii
Avicenniaceae
Ebenaceae

ebangleba (bj); silabono (fu); cussito, malefu (md); jagôrtá,


n’jangugurta, tchamburtá (nl); iatété, malefú, malevu (ss);
culum (td)

ÁRVORE (10-15 m de altura) de Ocorre dispersa


tronco cinzento-acastanhado, em floresta densa,
liso ou com escamas delgadas, palmar e galerias
castanho-claro quando cortado. florestais.

FOLHAS alternas, lanceoladas Usada no


(8-10 cm por 3-4 cm), com 4-8 tratamento do
pares de nervuras laterais; paludismo; as folhas
pecíolo curto. aliviam dores nas
articulações; a
FLORES pequenas, unissexuadas, infusão das folhas
brancas ou amarelas, em bebe-se para tratar
pequenos grupos na axila de corpo inchado.
folhas já caídas.

FRUTOS carnudos, globosos (até


2 cm de diâmetro), com a base
rodeada pelos vestígios da flor;
amarelos quando maduros.

Diospyros vera (Sin. D. ferrea) ocorre como pequena


árvore (até 15 m de altura) em galerias florestais; tem folhas
elípticas (3-6 cm por 5-7 cm) e frutos ovoides (1-1,5 cm de
comprimento) cor-de-laranja.

39
Avicennia germinans
Dodonaea viscosa
Avicenniaceae
Sapindaceae

nedêg-dêg-ca, nedege-degeca, nedege-d’geca (bj)

ARBUSTO ramificado desde a Característica das


base ou pequena árvore (até 6 areias litorais, em
m de altura) de fuste curto. savana arborizada e
na orla do mangal.
FOLHAS alternas, lanceoladas,
elípticas (6-10 cm por 3-5 cm),
com numerosas nervuras
laterais; pecíolo curto.

FLORES pequenas, pediceladas,


em inflorescências terminais
ramificadas.

FRUTOS secos, mais largos que


compridos (c. 1,5 cm por 2 cm),
com 2-3 asas membranosas e 1
semente no centro.

41
Avicennia germinans
Drypetes floribunda
Avicenniaceae
Putranjivaceae (Euphorbiaceae)

ÁRVORE (6-10 m de altura) ou Ocorre dispersa


arbusto; tronco liso castanho- em floresta aberta
claro ou cinzento. e savana arborizada,
foi registada
FOLHAS alternas, elípticas ou no norte e no sul
lanceoladas (6-12 cm por 3-5 do País.
cm), assimétricas na base, com
6-10 pares de nervuras laterais
AT
e margem em geral dentada
e com pequenos espinhos;
pecíolo com cerca de 0,5 cm.

FLORES pequenas, de cor creme,


MS em pequenos grupos nos ramos.

FRUTOS globosos (c. 1 cm


de diâmetro).

Drypetes gilgiana é uma pequena árvore (até 10 m) que


ocorre sobretudo em floresta densa e floresta ripária no norte e
sul do País. Folhas ovais (até 10 cm por 6 cm) com 4-6 pares de
nervuras laterais; flores solitárias, axilares e frutos globosos
(c. 1,5 cm de diâmetro).

43
Avicennia germinans
Heisteria parvifolia
Avicenniaceae
Olacaceae

ÁRVORE (até 12 m de altura) Ocorre dispersa em


ou arbusto. floresta ripária e
margens de rios em
FOLHAS alternas, elípticas ou todo o País.
lanceoladas (10-20 cm por 4-8
cm), com um bico alongado no
ápice e 8-10 pares de nervuras
laterais pouco salientes.

FLORES pequenas, com 5 pétalas


esbranquiçadas, em pequenos
DH grupos na axila das folhas.

FRUTOS carnudos, globosos,


DH vermelhos quando maduros.

45
Avicennia germinans
Hexalobus monopetalus
Avicenniaceae
Annonaceae

mambumba (cr); bacuré, boile, boili, canjé, tapircó (fu)

ÁRVORE pequena (até 10 m de Bastante frequente


altura), caducifólia; fuste curto, nas savanas
fendilhado verticalmente; pode arborizadas do
parecer morta quando está interior leste do
sem folhas. País, e também em
floresta aberta.
FOLHAS alternas, pubescentes,
elípticas (10-15 cm por 3-5 cm), Os frutos são
com 8-12 pares de nervuras comestíveis mas
laterais; pecíolo muito curto. pouco observados,
provavelmente por
FLORES solitárias (até 2 cm de serem rapidamente
comprimento), na axila das consumidos pelos
folhas; podem persistir nos animais.
ramos sem abrir.

FRUTOS com 4-6 elementos


de formato elipsoidal (cada
um com 3-5 cm por 2-3 cm)
dispostos em estrela.

Hexalobus crispiflorus é pouco frequente e registada


apenas no leste do País; ocorre em galerias florestais, com altura
até 20 m; as folhas podem atingir 20 cm por 8 cm, e as flores,
pediceladas, c. 15 mm.

47
Avicennia germinans
BI Hymenocardia acida
Avicenniaceae
Phyllanthaceae (Euphorbiaceae)

coronconto, coronconde (cr); beninebahan, betenam (ba);


coroncondô (bf); netchondor, netendor, oábi (bj); pilitoró (ff);
bodi, caraconde, corocondé (fu); corocondô, cureucóndô (md);
matikzé, n’tisé (nl); curencúnde, simóilé, simóieli (ss)

ARBUSTO ou pequena árvore (até 6-8 m Muito


de altura); tronco curto, com manchas comum
vermelhas e cinzentas, de onde se sobretudo
destacam escamas delgadas. em savana
arborizada,
FOLHAS alternas, elípticas a ovadas mas pode
(4-9 cm por 2-4 cm); ficam amarelas ocorrer
ou avermelhadas antes de cairem; também em
pecioladas e com estípulas. floresta aberta.
FLORES masculinas numerosas, em Tem diversas utilizações
inflorescências não ramificadas; medicinais: para lavagem
flores femininas em inflorescências pós-parto e cegueira
ramificadas, com 4-6 flores cada; momentânea, furúnculos,
inflorescências masculinas e femininas picada de cobras, doenças
separadas mas na mesma planta. das pernas e como
contracetivo.
FRUTOS achatados, de perfil em forma de
sino (c. 2,5 cm por 2,5 cm), pedunculados,
com asas membranosas; 2 sementes.

Hymenocardia heudelotii ocorre como arbusto ou


pequena árvore (até 10 m) em galerias florestais; o fruto tem o
formato aproximado de um semicírculo.

Hymenocardia lyrata é uma árvore (10-15 m) de floresta


densa e galerias florestais; o fruto é mais comprido que largo
(c. 3 cm por 2 cm).

49
Avicennia germinans
Klainedoxa gabonensis
Avicenniaceae
Irvingiaceae

mampataz-de-porco (cr); bissámbana (bf); curacosse (fu);


n’bámbete, umbámbete (nl); cossòssúquè (ss)

ÁRVORE de grande porte (até Típica da floresta


35 m de altura); fuste longo, densa, pouco
cilíndrico, não ramificado, com frequente, ocorre
contrafortes na base. principalmente
nas florestas de
FOLHAS alternas, espessas, Cantanhez, embora
lanceoladas (10-15 cm por 5-7 também registada
cm), com numerosas nervuras no norte do País em
laterais; pecíolo curto; estípulas floresta aberta.
longas, agudas.
DH
FLORES com 5 pétalas
brancas ou cor-de-rosa, em
inflorescências terminais
ramificadas.

FRUTOS grandes, lenhosos,


globosos mas achatados e com
5 lobos (8-10 cm de diâmetro
por 4-5 cm de altura), castanho-
escuros quando maduros.

51
Avicennia germinans
Macaranga barteri
Avicenniaceae
(Sin. M. heudelotii)
Euphorbiaceae

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre dispersa em


(até 6-8 m de altura); tronco galerias florestais e
manchado de cinzento-claro margens de rios e
e ramos espinhosos; raízes- em palmares.
escora na base do tronco;
espécie dióica.

FOLHAS alternas, elípticas


(8-12 cm por 3-5 cm), com 7-10
pares de nervuras laterais; de
margens dentadas; pecíolo
avermelhado, longo.

FLORES pequenas, em
inflorescências axilares.

FRUTOS secos, pequenos,


aproximadamente globosos
(4-5 mm de diâmetro).

Macaranga heterophylla é uma pequena árvore (até 10


m) dispersa por todo o País, em galerias florestais e na orla do
mangal. Distingue-se bem de M. barteri por ter folhas grandes,
lobadas (com vários recortes profundos) e com pecíolo comprido.

53
Avicennia germinans
Margaritaria discoidea
Avicenniaceae
Phyllanthaceae (Euphorbiaceae)

ghossaba (bj), queri (ff); ropta-cabefar (nl); quere-uri (ss)

ARBUSTO ou árvore (até Frequente em


10-15 m de altura); tronco floresta aberta,
castanho, destacando-se savana arborizada
placas alongadas, avermelhado e galerias florestais,
quando cortado; ramos com excepto na zona
pontuações (lenticelas); mais interior do País.
espécie dióica.
As folhas e a casca
FOLHAS alternas, elípticas (8-10 do tronco usam-
cm por 4-5 cm), com 7-8 pares se no tratamento
de nervuras laterais; pecioladas. de problemas
neuromusculares e
FLORES pequenas, esverdeadas, como antidiarreico e
em grupos na axila das folhas. antipalúdico.
FRUTOS secos, globosos
mas achatados (8-12 mm
de diâmetro), em geral
com 3 lobos.

55
Avicennia germinans
Myrianthus serratus
Avicenniaceae
Urticaceae (Cecropiaceae)

bedangandjol (bf)

ARBUSTO ou árvore (até 15 Ocorre


m de altura); tronco curto; frequentemente em
frequentemente com raízes- floresta inundável,
escora na base. galerias florestais e
margens de rios.
FOLHAS alternas, grandes,
elípticas (20-30 cm por 7-12 cm),
com 8-10 pares de nervuras
laterais; de margem dentada;
face superior da folha verde e
face inferior acinzentada, com
muitos pelos; pecioladas.

FLORES masculinas em
inflorescências ramificadas;
flores femininas em
inflorescências globosas,
pedunculadas.

FRUTOS com c. 2 cm de
diâmetro, em grupos de 5-15.

57
Avicennia germinans
Neocarya macrophylla
Avicenniaceae
(Sin. Parinari macrophylla)
Chrysobalanaceae

tambacumba, mampatace-grande, tamankumba (cr); n’bute


(umbatú), n’djapô, téhè (ba); bufângha (bf); nórònóròdó,
nororodo, orodjô (bj); cura-bussuma (ff); bio, quió (fruto) (fl);
curanaco, nando, náudo (fu); menau, bénôbénô, bitiague (mc);
tambacumba (md); bénôbénô, bitiague, menau (mj); mavéu
(nl); bansumá (ss)

ARBUSTO ou árvore (até 15 Bastante comum


m de altura); tronco curto, em todo o País,
cinzento, fendilhado em placas parece preferir solos
irregulares; ramos castanhos e arenosos ou com
pubescentes quando jovens. humidade a pouca
profundidade. Ocorre
FOLHAS alternas, espessas em floresta aberta,
(cartáceas), grandes, ovais ou savana arborizada,
elípticas (15-25 cm por 8-15 cm), palmar, lala e
com 15-20 pares de nervuras areias litorais.
laterais; pecíolo curto.
Os frutos jovens são
FLORES com 5 pétalas brancas usados para tratar
ou rosadas, em inflorescências dores nos pés; com o
terminais, ramificadas (até líquido deles extraído
30 cm de comprimento), com suturam-se feridas de corte de
grande densidade de pelos. catana ou faca; a inalação do
vapor da fervura da casca alivia
FRUTOS elipsoidais, castanhos
dores de dentes. A polpa do fruto
com manchas cinzentas, de
e as sementes são comestíveis e
polpa delgada e carnuda;
comercializados, nomeadamente
caroço grande, lenhoso,
em Bissau. Com os troncos e
contendo sementes alongadas.
ramos contorcidos, de madeira
muito resistente, fabricam-se
pirogas nhominca.

59
Avicennia germinans
Ochna multiflora
Avicenniaceae
Ochnaceae

ARBUSTO ou pequena árvore Foi observada


(5-10 m de altura); tronco apenas no
curto, cinzento, de onde se Arquipélago dos
destacam placas finas de Bijagós, em savana
contornos arredondados. arborizada sobre
substrato arenoso,
FOLHAS alternas, elípticas junto à costa.
(8-12 cm por 3-5 cm), com
6-8 pares de nervuras
laterais; pecíolo curto.

FLORES amarelas, pediceladas,


em inflorescências
terminais ramificadas.

FRUTOS de cor verde, em


forma de rim (c. 1 cm de
comprimento), ligados ao resto
da flor, cujas pétalas adquirem
cor vermelha; dispostos
em grupos.

Ochna membranacea é uma pequena árvore (até c. 12 m)


que ocorre em galerias florestais; folhas de dimensão semelhante
às de O. multiflora mas com margem claramente dentada.

61
Avicennia germinans
BI Parinari excelsa
Avicenniaceae
Chrysobalanaceae

mampatás, mampatace, mampataz (cr); meile, n’djano, pilé,


undiano (ba); bussol, (bf), nhêg-cuneme, uguene, ukenom (bj);
cura (ff); cura, curanaco (fu); minquela (mc); mampatá (md);
bitchalam, n’tchalame (mj); lút (nl); minquelma (pp); sugé (ss);
atchaguesse (td)

ÁRVORE de grande porte Ocorre em floresta


(até 35 m de altura); tronco densa, floresta
castanho-acinzentado e aberta e palmar.
BI
fuste longo, com
contrafortes na base. Tem utilização
medicinal: a
FOLHAS alternas, espessas, decocção das folhas,
ovais (8-15 cm por 6-8 cm), contra o paludismo,
com c. 20 pares de nervuras a infusão da casca,
laterais; pecioladas. contra dores de
barriga. A polpa do
FLORES com 5 pétalas brancas, fruto é comestível.
em inflorescências terminais A madeira é usada em carpintaria
ramificadas. e como combustível. Muito
importante para alimentação da
FRUTOS de formato ovoide a
fauna silvestre.
globoso (3-4 cm de diâmetro),
rendilhados de cinzento com Sendo frequentemente abatida
fundo castanho; polpa carnuda para obtenção de madeira, as
mas delgada e caroço respetivas populações podem
lenhoso grande. estar a diminuir.

Parinari curatellifolia é uma árvore (até 15-20 m) de savana


arborizada que ocorre dispersa sobretudo no leste do País. Tem
fuste curto, cinzento-escuro, folhas elípticas (5-15 cm por 4-8 cm) e
frutos globosos (25-35 mm de diâmetro).

63
Avicennia germinans
Pycnanthus angolensis
Avicenniaceae
Myristicaceae

ghodjadjirnt (bj); súngala (fu); menebantam-ô (md)

ÁRVORE de grande porte (até Ocorre em floresta


35 m de altura); fuste longo, densa, floresta aberta
com contrafortes pouco e galerias florestais,
desenvolvidos na base. um pouco por todo o
País, mas em maior
FOLHAS alternas, grandes, abundância no sul.
compridas, estreitamente
elípticas (até 25-30 cm por As folhas são
8-12 cm), com 15-30 pares de comidas como
nervuras secundárias que se legume. Os frutos
juntam na margem da folha. são dos alimentos
preferidos pelo
FLORES pequenas e numerosas, papagaio-cinzento,
em inflorescências ramificadas. Psittacus timneh.
FRUTOS carnudos, ovoides
(c. 5 cm por 4 cm), em
cachos; abrem ao meio
longitudinalmente libertando
a única semente.

65
Avicennia germinans
Securidaca longipedunculata
Avicenniaceae
Polygalaceae

jurtú, jutù (cr); mamampai (ba); djutu (bf); djúrô (fu);


úli-élô (md)

ARBUSTO ou pequena árvore Típica das savanas,


(4-6 m de altura). podendo ocorrer
também em floresta
FOLHAS alternas, elípticas ou aberta e orla de
estreitamente ovadas (4-8 cm mangal, encontra-se
por 2-3 cm), com as nervuras por todo o País.
laterais pouco nítidas.
Planta medicinal:
FLORES com 3 pétalas desiguais, a raiz ou as folhas
cor-de-rosa ou violeta, em pisadas são
inflorescências axilares ou utilizadas como
terminais ramificadas. fortificante, por
exemplo. Diz-se que
FRUTOS csecos, com uma asa
afasta as cobras.
membranosa alongada e 1
semente cada.

BI

67
Avicennia germinans
Strombosia pustulata
Avicenniaceae
Olacaceae

osso-de-dari (cr); tinlake (nl)

ÁRVORE de grande porte Típica da floresta


(até 30-35 m de altura); densa, é apenas
tronco cilíndrico, longo, com encontrada no
contrafortes na base. sul do País, em
particular nas matas
FOLHAS alternas, verde-escuras, de Cantanhez.
elípticas ou lanceoladas (8-12
cm por 4-6 cm), dispostas em A madeira, bastante
ramos de cor verde; pecioladas. densa e resistente,
é aplicada em
FLORES pequenas, brancas madeiramentos
ou amareladas, em pequenos de casas.
grupos axilares.
Como é abatida
FRUTOS carnudos, globosos para obtenção
ou elipsoides (até 3 cm de de madeira, será
comprimento), pedunculados. conveniente
acompanhar
o estado de
conservação
desta espécie.

69
Avicennia germinans
Terminalia albida
Avicenniaceae
Combretaceae

cabuto (bj); sirafitom (md); n’tangunha (nl)

ARBUSTO ou árvore (8-12 m Muito comum nas


de altura); tronco curto e casca savanas arborizadas
espessa, castanha; ramos jovens regularmente
com grande densidade de pelos. sujeitas a
queimadas,
FOLHAS alternas, elípticas podendo também
(8-12 cm por 3-5 cm), com 6-12 ocorrer em
pares de nervuras laterais; a floresta aberta.
face superior é verde-clara e
a inferior cinzenta (grande Utilizada para tratar
densidade de pelos); pecioladas. amigdalites.
FLORES pequenas, amareladas
e numerosas, em
inflorescências axilares
alongadas, não ramificadas.

FRUTOS com 5-6 cm por


2-3 cm, muito pubescentes,
com uma asa a toda a volta
e 1 semente ao centro.

Terminalia avicennioides é menos frequente, mas


muito parecida com T. albida, que ocorre nos mesmos habitats.
Distinguem-se principalmente pelo tipo de pelos nas folhas, que
são direitos em T. albida e emaranhados em T. avicenioides.

71
Avicennia germinans
Terminalia macroptera
Avicenniaceae
Combretaceae

macite, karkone, macete (cr); fadi (ba); bulofôr (bf); bori,


djamba-catam (ff); bódi, bói (fu); bolóbô (mc); hólô-fôro (md);
betáli, betcháli, betèlèdje, braqui, têlêjê (mj); n’kone (nl);
n’túlam, untulam (pp)

ÁRVORE com 10-15 m de altura; Muito comum em


tronco de casca espessa e cinzenta, savana arborizada e
castanha abaixo da superfície e em floresta aberta
vermelha na zona mais profunda; de todo o País,
copa aberta. também frequente
AT em pousios.
FOLHAS alternas, grandes e
espessas, elípticas a obovadas Tem várias
(15-30 cm por 6-12 cm), com a utilizações
parte mais larga na extremidade medicinais, por
oposta ao pecíolo; 12-18 pares de exemplo contra
nervuras laterais, salientes na a icterícia (“febre
página inferior; sem pecíolo ou amarela”) e
com pecíolo muito curto. “coceira”; as folhas
são usadas como
FLORES pequenas, brancas e
diurético, antitússico
numerosas, em inflorescências
e antipalúdico e a
axilares alongadas, não
raiz para doenças
ramificadas.
venéreas.
AP
FRUTOS de 7-10 cm por 3-4 cm,
com uma asa a toda a volta e 1
semente ao centro.

Terminalia laxiflora é menos frequente mas muito parecida


com T. macroptera, que ocorre nos mesmos habitats. Distinguem-
se principalmente pelos pecíolos, muito curtos ou ausentes em T.
macroptera e com 3-5 cm em T. laxiflora.

73
Avicennia germinans
Trema orientalis
Avicenniaceae
Cannabaceae (Ulmaceae)

buanhônhô (bf); nonha (bj); quere (fu)

ÁRVORE de altura até 8-10 m; Espécie de


tronco cilíndrico com pequenas crescimento
rugosidades. rápido, típica dos
pousios em zonas
FOLHAS alternas, lanceoladas anteriormente de
(5-12 cm por 2-5 cm), floresta, ocorre
ligeiramente assimétricas na também em floresta
base, de margens dentadas; 1 aberta e palmar.
par de nervuras laterais opostas
na base e mais 3-5 pares de A infusão das folhas
nervuras; pecíolo curto. é utilizada contra
reumatismo e
FLORES pequenas, esverdeadas, anemias.
com pedicelo curto, em grupos
na axila das folhas.

FRUTOS ccarnudos, globosos


a ovoides (3-6 mm de
comprimento), negros
quando maduros.

75
Avicennia germinans
Uapaca heudelotii
Avicenniaceae
Phyllanthaceae (Euphorbiaceae)

psegha (ba); n’chambana (bf); bichine (pp); iagale (ss)

ÁRVORE com altura até 20 m; Ocorre dispersa,


tronco com raízes-escora um pouco por todo
na base. o País, em galerias
florestais e margens
FOLHAS alternas, lustrosas de rios e palmares.
na face superior, elípticas
(15-20 cm por 4-6 cm);
pecíolo de c. 2 cm.

FLORES brancas ou esverdeadas,


unissexuadas, as femininas
solitárias, as masculinas
AT em grupos.

FRUTOS carnudos, de formato


elipsoidal (3-3,5 cm por 1,5-2
cm), pedunculados.

PB

Uapaca guineensis assemelha-se a U. heudelotii mas tem


frutos globosos (c. 2 cm de diâmetro) e folhas obovadas.

77
Avicennia germinans
Uapaca togoensis
Avicenniaceae
Phyllanthaceae (Euphorbiaceae)

mantchampo (ff); iála-guei (md); bichime, bissime (pp);


iágalê (ss)

ÁRVORE com altura até 15 m; Ocorre dispersa,


tronco curto, por vezes com um pouco por
raízes-escora na base. todo o País, em
savana arborizada,
FOLHAS alternas, grandes e galerias florestais
espessas, mais concentradas e margens de rios,
na parte terminal dos ramos; frequentemente em
limbo obovado (10-25 cm solos arenosos.
por 5-15 cm) e 6-10 pares
de nervuras laterais, salientes
na página inferior; pecíolo
de c. 5 cm.

FLORES unissexuadas, as
femininas solitárias, as
masculinas em grupos, na
axila das folhas.

FRUTOS carnudos, de formato


sub-globoso (2,5-3,5 cm de
diâmetro), pedunculados,
amarelos quando maduros.

79
Avicennia germinans
Ximenia americana
Avicenniaceae
Olacaceae

limon-do-mato, limon-di-sancho (cr); agara (bj); udôngul,


undemna-aguidig (cb); tcheme, tjeme (fu); tufissa (md);
mampã (nl); tufissa, tumbecrinhaque (ss) / citronier-de-mer,
prunier-de-mer (fr)

ARBUSTO ou pequena árvore Distribuída por todo


(4-8 m de altura), espinhosa e o País mas mais
muito ramificada. frequente nas zonas
costeiras; ocorre
FOLHAS alternas, elípticas a principalmente em
lanceoladas (4-7 cm por 2-3 cm); savana arborizada
pecíolo curto. sobre areias litorais,
assim como na orla
FLORES pediceladas, amarelas
de mangal.
ou acastanhadas, odoríferas.
Tem utilização
FRUTOS carnudos, subglobosos
medicinal: a raiz,
a elípticos (3-4 cm de
contra epilepsia e
comprimento), amarelos
como afrodisíaco
quando maduros.
masculino; a casca,
contra dores de
barriga. O fruto
é comestível
e as sementes
empregam-se no
fabrico de sabão.

81
Avicennia germinans
Xylopia aethiopica
Avicenniaceae
Annonaceae

malagueta-preto, malagueta-da-guiné, malagueta-preto-de-


guiné, malagueta-di-mato (cr); sem-unte-pulhe, sentê (ba);
eda, equêche, ocanhebo (bj); guilé-balei, guilè-bétè (fu); idóié-
iginal (mc); canafiô, janafim-ô (md); brôbleque, irú (mj); séla
(nl); djodjô, djó-gófe, iobogôfo (pp); calantú, calatù (ss)

ÁRVORE média a grande (até 30 Ocorre em floresta


m de altura); tronco longo, de densa, galerias
casca delgada, cinzenta. florestais e palmar,
por todo o País, mas
FOLHAS alternas, espessas, não é abundante.
elípticas ou lanceoladas (8-15
cm por 3-6 cm); pecioladas. A casca do tronco,
frutos e sementes
FLORES pediceladas, com têm numerosas
6 pétalas esbranquiçadas, utilizações
solitárias ou em grupos de 2-6, medicinais. O fruto
nas axilas das folhas. é usado como
especiaria e
FRUTOS em grupos, unidos
na preparação
a um pedúnculo comum; de
de bebidas.
formato cilíndrico (c. 0,5 cm por
Sendo uma espécie
5-6 cm), com polpa vermelha
bastante utilizada
enquanto fresca, castanha
pode ser conveniente
quando seca; sementes
monitorizar as
vermelhas ou castanhas (c. 3
respetivas populações.
mm por 5 mm).

Xylopia parviflora é um arbusto ou pequena árvore (6-8 m)


que ocorre em areias litorais nos Bijagós; tem folhas ovadas (4-8 cm
por 2-4 cm), frutos verdes com polpa vermelha e sementes verdes.

83
Avicennia germinans
Ziziphus jujuba
Avicenniaceae
(Sin. Z. mauritiana)
Rhamnaceae

djabi (fu)

ARBUSTO ou pequena Ocorre dispersa em


árvore (até 6 m); de ramos savana arborizada,
em ziguezague com espinhos tendo sido registada
duplos, um direito e no sul e no leste do
outro recurvado. País. Cultivada em
numerosos países,
FOLHAS alternas, elípticas embora na Guiné-
a ovais (3-7 cm por 2-4 cm), Bissau pareça ser
com 1 par de nervuras laterais autóctone e
partindo da base; não cultivada.
margem finamente
ondulada; pecioladas. Os frutos são
comestíveis.
FLORES amareladas, em grupos
de 3-8 na axila das folhas.

FRUTOS carnudos, ovoides ou


globosos (1,5-2 cm de diâmetro),
de cor violeta quando maduros.

85
Antidesma membranaceum

As espécies tratadas neste


capítulo ocorrem em
praticamente todos os tipos
de vegetação florestal da
Guiné-Bissau e têm tamanhos
bastante distintos, desde
arbustos ou pequenas árvores
de savana a árvores florestais
de grande porte.

Várias espécies são bastante


Xylopia parviflora usadas palas comunidades
Bauhinia reticulata SD
rurais e os frutos de
algumas são recolhidos
e comercializados nas
cidades, por exemplo, coleira,
mampatás, tambacumba ou
malagueta-preto. Outras são
bastante usadas na medicina
tradicional, nomeadamente
coronconto e macite.

Hymenocardia lyrata Parinari curatelifolia

PB SD 87
AT WMC

Cola nitida

SD Hymenocardia heudelotii Uapaca guineensis

Macaranga heterophylla

SD

SD
Terminalia avicenioides Diospyros vera PB89
Folhas alternas
Opostas
com látex Neste capítulo estão incluídas espécies com folhas alternas cujo
tronco, ao ser cortado, ou os ramos e folhas, ao serem destacados,
deixam escorrer látex. O látex é geralmente viscoso e tem um
aspeto leitoso e cor branca, mas também pode ser translúcido ou
ter cor amarela.

São aqui tratadas 18 espécies, 15 delas da família das Moráceas e


as restantes, das Euforbiáceas e Sapotáceas.

O género Ficus, a que pertencem as figueiras, é o mais


importante neste capítulo, com 12 das espécies de Moráceas
apresentadas. O fruto dos Ficus (o figo) é na realidade, quando
verde, uma inflorescência de flores não fertilizadas e, quando
maduro, um conjunto de frutos. Podem ocorrer como arbustos,
árvores ou, frequentemente, arbustos estranguladores. As
pequenas sementes são em geral depositadas na base das folhas
de palmeiras por aves que aí pousam após comeram os figos.
As sementes dos Ficus estranguladores germinam e as suas
raízes crescem até ao solo, gradualmente envolvendo o tronco
da palmeira e acabando por a estrangular. Quando a palmeira
morre o Ficus permanece como árvore.

91
Avicennia
Anthostemagerminans
senegalense
Avicenniaceae
Euphorbiaceae

binhal, pó-de-binhal, pó-de-lete (cr); p’tone (ba); cabate,


cabete (bj); bufena, m´burô, umburo (fu); mante (nl);
minhále, tagi (pp)

ÁRVORE (20-25 m de altura) Típica dos locais


com látex branco abundante; húmidos, é
tronco cilíndrico, longo; ramos frequente em
frequentemente em grupos de todo o País
4-6 ao mesmo nível. sobretudo em
galerias florestais
FOLHAS alternas, espessas,
e margens de rios,
elípticas (10-15 cm por 4-6
e em palmar.
cm); 12-20 pares de nervuras
laterais; pecíolo curto.
A seiva e folhas são
usadas como purgante
FLORES em pequenos grupos, e antiparasitário, e as
na axila das folhas. folhas também contra
inflamações. O látex,
FRUTOS lenhosos (1,5-2 cm de
viscoso, usa-se para
comprimento e 2-2,5 cm de
apanhar pássaros.
diâmetro), com três partes em
Os ramos, dispostos
estrela (tricocas); desfazem-se
em verticilo, servem
quando maduros, libertando
para agitar ou
as sementes.
misturar líquidos.

AP

93
Avicennia germinans
Antiaris toxicaria
Avicenniaceae
Moraceae

pó-de-bicho, língua-di-baca, pau-de-bicho-amarelo,


pó-de-bicho-branco, po-de-bitche, pó-de-lete (cr); noii,
nóputa (bj); djauláe, nhenhe, tambatchilam, tchime (fu);
tumbuiru (md); binam-ne, cóngoró, cóngôrô (mj); bucanhe
(pp); n’nhonhinhe (ss)

ÁRVORE de grande porte (até Ocorre em todo o


30-35 m de altura), com látex País, dispersa em
amarelo; tronco comprido e floresta densa,
cilíndrico, frequentemente com floresta aberta
contrafortes na base. e palmar.

FOLHAS alternas, ásperas, A casca do tronco,


largamente elípticas a ovadas em fresco, usa-
(10-20 cm por 4-12 cm), se para tratar
assimétricas na base; 8-12 pares doenças de causas
de nervuras laterais, bastante desconhecidas.
salientes na página inferior; As folhas, ásperas,
pecíolo curto. utilizam-se para
polir madeira.
FLORES femininas isoladas;
várias flores masculinas em
inflorescências em forma de
disco retorcido.

FRUTOS carnudos, globosos


(c. 1,5 cm de diâmetro),
vermelhos quando maduros;
com 1 semente.

95
Ficus cordata subsp. lecardii
(Sin. F. lecardii)
Moraceae

ÁRVORE pequena (até 6-8 m) Ocorre dispersa


ou, frequentemente, arbusto, em savana
com látex branco. arborizada, no sul
e no leste do País.
FOLHAS alternas, ovais ou
lanceoladas (6-15 cm por 3-8
cm), dispostas em espiral;
5-10 nervuras laterais pouco
salientes; pecíolo longo (4-8 cm).

FRUTOS figos axilares globosos


(1-1,5 cm de diâmetro), solitários
ou em grupos de 2-3, vermelhos
ou amarelos quando maduros.

97
Ficus dicranostyla
Moraceae

sur (ba); d’jambô, djambo-surei, suredje, surei (fu); n’tchef (nl);


nhondji (ss); anak (td)

ÁRVORE (10-15 m de altura) Frequente em


com látex branco, sobretudo floresta aberta e
nas folhas; fuste curto e savana arborizada,
copa aberta. sobretudo na zona
leste do País.
FOLHAS alternas, lanceoladas
ou elípticas (8-15 cm por 4-7 cm); As folhas são
em geral com 2 nervuras opostas consumidas
na base e mais 4-6 pares de como legume.
nervuras laterais; pecioladas.

FRUTOS pequenos figos


axilares (c. 2 cm de diâmetro),
de cor vermelha ou amarela
quando maduros.

99
Ficus exasperata
Moraceae

po-di-lixa, acarta-lixo, língua-di-baca (cr); noii (bj);


uiássiáss (cb); nhinha (fu); bungadjé, n’cungre
(uncungre) (mj); cuncre, cungre, n’cuncre, uncuncre (pp)

ARBUSTO ou árvore (até 15- Ocorre em floresta


20 m de altura), com látex aberta, palmar e
translúcido pouco abundante. em pousios, em
praticamente todo
FOLHAS alternas, ásperas, de o País, embora
formas diferentes, em geral não tenha sido
elípticas (8-16 cm por 4-7 cm) registada no leste.
mas que podem ter a margem
recortada e com lobos; 2 O macerado das
nervuras laterais opostas folhas é usado
na base e mais 3-4 pares de para lavar o corpo
nervuras laterais, bastante com sarna; a casca
salientes; pecioladas. do tronco é usada
no tratamento
FRUTOS figos globosos (2-2,5 da gonorreia
cm de diâmetro), pedunculados, (esquentamento,
com pelos à superfície. em crioulo) em
Pode confundir-se com Antiaris homens e em
toxicaria, que tem as folhas mulheres.
MAD ásperas mas assimétricas na
base e sem 2 nervuras opostas
na base.

Ficus asperifolia é um arbusto de galerias florestais e margens


de rios no norte e sul do País. Pode confundir-se com F. exasperata por
ter as folhas ásperas, mas estas são lobadas, com formas algo variadas
e não têm 2 nervuras opostas na base da folha.

101
Ficus glumosa
Moraceae

pau-de-leite (cr); ságuê (ba); quequeiè (fu); sótô (md)

ÁRVORE (10-15 m de altura) com Frequente em


látex branco abundante; tronco floresta aberta e
curto, vermelho no corte. savana arborizada,
registada até agora
FOLHAS alternas, estreitamente apenas na zona
ovadas a elípticas (8-14 cm continental do País.
por 3-7 cm); 2 nervuras laterais
opostas ou subopostas na base Há referência a
e mais 4-6 nervuras de cada várias utilizações
lado; pecioladas. em países
vizinhos (fruto
FRUTOS figos na axila das comestível, casca
JS folhas, globosos (1-1,5 cm do tronco e
de diâmetro), curtamente folhas para fins
pedunculados; amarelos ou medicinais), mas
vermelhos quando maduros. não na
Guiné-Bissau.

103
Ficus lutea
Moraceae

belaque, laha (ba); bussoté, mantchoté (bf); ordenáe, ordenal,


tchéguedje, tcheque, tcheque-súmô (fu); cóbô, sufa-sotô (md)

ARBUSTO epífito e estrangulador Encontra-se em


ou árvore (até 10-12 m de altura), floresta densa,
com látex; tronco comprido e palmar e galerias
cilíndrico, frequentemente com florestais. Parece
contrafortes na base. ter uma
distribuição
FOLHAS alternas, grandes, costeira,
espessas (cartáceas), elípticas a nomeadamente
estreitamente ovadas em areias litorais.
(15-20 cm por 7-10 cm); 2 nervuras
PL laterais opostas na base e Tem utilização
mais 4-6 pares de nervuras medicinal: diz-
laterais, salientes na página se que “cura
inferior; pecíolo de 3-5 cm de ataques”. A seiva
comprimento; folhas jovens serve como cola e
castanhas no extremo dos ramos. da raiz fazem-se
saias rituais.
FRUTOS globosos (2-3 cm de
diâmetro) nos ramos, na axila
das folhas ou junto à cicatriz de
JS folhas já caídas, amarelos
quando maduro.
Ocorre frequentemente sobre
Elaeis guineensis, rodeando a
palmeira com raízes aéreas que a
estrangulam; quando a palmeira
morre o arbusto estrangulador
transforma-se em árvore.

105
Ficus natalensis
(Sin. F. leprieurii)
Moraceae

blaca (ba); cagô, endjunque (bj); balimpô, calimbô (md);


uchime (pp)

ARBUSTO epífito e Presente em todo


estrangulador ou árvore (até 15 o País em floresta
m de altura), com látex. densa, palmar e
galerias florestais;
FOLHAS alternas, espessas é também
(cartáceas), com forma algo frequente nas orlas
variável, de obtriangulares até de mangal.
ovadas a elípticas (5-8 cm por
3-6 cm); 4-7 pares de nervuras Há referência a
laterais pouco salientes na várias utilizações
página inferior; pecioladas. em países vizinhos,
FRUTOS globosos (5-10 mm nomeadamente
de diâmetro) nos ramos, na medicinais, mas não
axila das folhas; cor-de-laranja na Guiné-Bissau.
quando maduros.

Ocorre em geral sobre Elaeis


guineensis, rodeando-a
com raízes aéreas que a
estrangulam; quando a
palmeira morre o arbusto
estrangulador transforma-se
em árvore.

107
Ficus ovata
Moraceae

dualim-ô (md)

ARBUSTO epífito e Presente em todo


estrangulador ou árvore (até 12 o País, em floresta
m de altura), com látex branco. densa, palmar e
galerias florestais.
FOLHAS alternas, grandes,
espessas (cartáceas), ovadas Há referência a
a elípticas (15-25 cm por 8-12 várias utilizações
cm); 2 nervuras laterais na em países vizinhos,
base e 6-10 pares de nervuras mas não na
laterais salientes na página Guiné-Bissau.
inferior; pecioladas.
PL
FRUTOS globosos (3-4 cm
de diâmetro) nos ramos, na
axila das folhas; amarelo-
esverdeados quando maduros.

Ocorre em geral sobre Elaeis


guineensis, transformando-se
depois em pequena árvore, mas
também pode ocorrer como
JS árvore isolada.

109
Ficus polita
Moraceae

figueirinha (cr); canhimva, canhama (bj); bupóco (mj)

ARBUSTO epífito e Encontra-se


estrangulador ou árvore sobretudo dispersa
(até 12-15 m de altura), de em palmares e
látex branco. galerias florestais;
não foi registada
FOLHAS alternas, grandes, no leste do
largamente ovadas (10-20 País até agora.
cm por 6-12 cm); 2-4 nervuras Plantada junto das
laterais na base e 5-8 pares de povoações com
nervuras laterais salientes na alguma frequência,
página inferior; pecíolo longo provavelmente
(até 10 cm). como sombreadora
BI e para utilização
FRUTOS globosos (3-4 cm
de diâmetro) nos ramos, medicinal.
solitários ou em grupos de Em Orango usa-se a
2-4; amarelo-esverdeados mistura das folhas e
quando maduros. da casca do tronco,
Ocorre em geral em fresco, para
sobre Elaeis guineensis. tratar mulheres
com dificuldades
no parto; em
Canhabaque, as
folhas caídas são
fervidas e servem
para tratar anemia.

111
Ficus scott-elliottii
Moraceae

blaca (ba)

ÁRVORE (até 12-15 m de Dispersa em todo


altura) ou arbusto epífito e o País, sobretudo
estrangulador, de látex branco. em palmares e
galerias florestais.
FOLHAS alternas, grandes,
PB lanceoladas ou estreitamente
obovadas (10-20 cm por 5-8
cm); 8-10 pares de nervuras
laterais pouco salientes na
página inferior; pecíolo espesso
(1-2 cm de comprimento).
FRUTOS globosos (2-3 cm
PB de diâmetro), verdes com
pontuações brancas, solitários
na axila das folhas.

Pode crescer isolada como


árvore ou sobre Elaeis
guineensis como
arbusto estrangulador.

113
Ficus sur
Moraceae

blata, tumbli (ba); bussoté (bf); canhamá, catchocodo (bj);


tcheque, tchequedje (fu); buncuncul (mc); turô (md); cuncre,
cungre, n´cungre, uncungre (mj); tonkin-iá, tonquinha (nl);
uncúngne (pp); anaque (td)

ÁRVORE (8-12 m) ou arbusto, Comum em todo o


com látex branco; tronco curto. País, sobretudo em
palmar e galerias
FOLHAS alternas, grandes, florestais; muito
ovadas (10-20 cm por 5-10 cm); frequente também
margem da folha com grandes como arbusto nos
dentes; 2 nervuras laterais na pousios recentes.
BI base e 5-9 pares de nervuras
laterais salientes na página Tem várias
inferior; pecíolo por vezes utilizações
longo (até 8 cm). medicinais.
Os frutos são
FRUTOS globosos (3-5 cm de comestíveis.
diâmetro), em grupos no tronco
e ramos; passam de verde a
amarelo e depois a vermelho
quando amadurecem.

115
Ficus sycomorus
Moraceae

chéque, tcheque (fu); cungre, n’cungre, uncungre (mj)

ÁRVORE (8-15 m) com látex Registada no


branco; tronco curto e largo, norte e sul do
rosa-escuro no corte. País, dispersa em
floresta aberta.
FOLHAS alternas, espessas,
largamente ovadas (5-15 cm Sem usos
por 4-10 cm), dispostas em registados na
espiral; 2-3 pares de nervuras Guiné-Bissau.
laterais na base e 5-8 pares de Há indicação
nervuras laterais salientes na de utilizações
página inferior; margem com medicinais e de
recortes; pecíolo grosso (2-6 cm que os frutos
de comprimento). e folhas são
comestíveis,
FRUTOS figos globosos (3-5 noutros países
cm de diâmetro), pubescentes, da região.
solitários ou aos pares nos
ramos; amarelos ou vermelhos
quando maduros.

117
Milicia regia
Moraceae

pó-de-bicho-amarelo, pó-de-bitcho-risso (cr); tímè, tumbiro


(ba); cunde (bj); tumbú-surô (md); binam-ne (mj)

ÁRVORE de grande porte Distribuída por


(até 30-35 m de altura), com todo o País mas não
látex branco; fuste longo, sem muito frequente,
contrafortes na base. ocorre em floresta
densa, floresta
FOLHAS alternas, grandes e aberta e galerias
espessas, ovadas (10-15 cm florestais.
por 8-12 cm), ligeiramente
assimétricas na base; 8-12 pares Embora não
de nervuras laterais; pecioladas. haja referência à
utilização desta
FLORES unissexuadas, espécie no País, é
pequenas, em inflorescências provável que seja
axilares alongadas e não por vezes abatida
ramificadas. para obtenção de
madeira.
FRUTOS compostos, alongados
(8-12 cm por 2-3 cm), com pelos. Considerada
vulnerável na
região.

WD
119
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Mimusops andongensis
Sapotaceae

ÁRVORE pequena a média (até Ocorre dispersa


12-15 m de altura), com látex. em galerias
florestais no norte
FOLHAS alternas, elípticas (6-15 e no sul do País
cm por 8-5 cm), dispostas em
espiral; pecíolo de 1-1,5 cm de Acredita-se que
comprimento. dá sorte lavar o
corpo com água
FLORES pequenas,
da maceração das
esbranquiçadas, em grupos
DH folhas.
na axila das folhas.

FRUTOS lcarnudos, globosos


ou ovoides (1-1,5 cm de
MS MS
comprimento), com 1 semente.

121
Pouteria alnifolia
(Sin. Malacantha alnifolia)
Sapotaceae
lixa (cr); ukíssig (cb); buouab (fl); nhada-haco, nhénhéò (fu);
mafaléu (nl); lakó, lalaúri (ss)

ÁRVORE (15-20 m de altura) Ocorre em todo o


com látex branco pouco País, em floresta
abundante; ramos jovens com densa, floresta
muitos pelos acastanhados. aberta e palmar;
também frequente
FOLHAS alternas, em pousios.
membranáceas, de formato
obovado (15-25 cm por 10-15 A infusão da raiz é
cm); 10-20 pares de nervuras usada para tratar
laterais; pecioladas. dores de barriga.
É usada como
FLORES pequenas, com 5 combustível.
pétalas amareladas, em grupos
na axila das folhas.

FRUTOS lcarnudos, subglobosos


(2-2,5 cm de diâmetro);
vermelhos quando maduros.

123
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Treculia africana
Moraceae

jaca-de-mato (cr); guilinte (ff); uraumau (fl); guibinte,


mantchampudje (fu); mantchambô (md); becuáe (mj);
bulóio (pp)

ÁRVORE de grande porte (até


20-30 m de altura), de látex Registada na zona
branco; tronco longo, com continental do País,
contrafortes na base. ocorre em floresta
densa e galerias
FOLHAS alternas, espessas, florestais, mas
assimétricas na base, elípticas parece ser pouco
GB ou ovadas (15-30 cm por 8-15 frequente.
cm); 8-14 pares de nervuras
laterais; pecioladas. Os frutos são
comestíveis.
FLORES unissexuadas,
agrupadas em inflorescências
esféricas, geralmente
nos ramos.

FRUTOS de cor verde, em


infrutescências globosas,
grandes (15-25 cm de diâmetro),
geralmente nos ramos.

125
GB

O género Ficus é um dos maiores na flora da Guiné-Bissau, com 23


espécies registadas em praticamente todos os habitats, excepto
no mangal, embora algumas sejam frequentes na sua orla. Neste
capítulo foram tratadas as consideradas mais importantes, mas
não foram descritas espécies menos frequentes, como Ficus
elasticoides, F. lyrata, F. mucuso, F. otoniifolia, F. platyphylla, F.
sagittifolia, F. sansibarica, F. thonningii, F. trichopoda, F. umbellata
e F. valis-choudae. Apresentam-se aqui fotografias de algumas
destas espécies.

Ficus lyrata Certos nomes comuns são habitualmente usados para espécies
deste grupo: os Ficus estranguladores são geralmente designados
em crioulo por pó-fidalgo, enquanto as espécies com látex são
Ficus sagitifolia Ficus platyphylla denominadas pó-de-leite.

Ficus vallis-choudae

PB

PB
PB

Ficus asperifolia Ficus umbellata Ficus trichopoda 127


Folhas opostas
Opostas
Neste grupo, as espécies apresentam as
folhas dispostas aos pares ao longo dos
ramos, uma em frente à outra: são folhas
opostas. Contudo, essas folhas são muito
variáveis, quer na forma quer no tamanho.
Estão incluídas neste capítulo 23 espécies,
entre as quais várias espécies de três
importantes famílias da flora da Guiné-
Bissau: as Rubiáceas, com 9 espécies,
as Apocináceas, com 5 espécies, e as
Combretáceas, com 3 espécies. Outras
famílias com espécies de folhas opostas
aqui representadas são as Loganiáceas
(2 espécies) e as Hipericáceas, Mirtáceas,
Oleáceas e Rizoforáceas (1 espécie).

129
Avicennia germinans
Aidia genipiflora
Avicenniaceae
Rubiaceae

n’armass (nl)

ARBUSTO ou pequena árvore Típica do estrato


de floresta (até 12 m de altura). inferior da floresta
densa, ocorrendo
FOLHAS opostas, simples,
principalmente no
elípticas a elíptico-oblongas
sul do País e em
(7-17 cm por 4-6 cm); pecioladas
particular no
e com estípulas interpeciolares.
Parque Nacional
de Cantanhez.
FLORES com 5 pétalas brancas,
em pequenos grupos na axila
das folhas.

FRUTOS globosos (10-12


mm de diâmetro), tendo na
extremidade o resto da flor.

131
Avicennia germinans
Cassipourea congoensis
Avicenniaceae
Rhizophoraceae

n’armass (nl)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre sobretudo


até 10 m de altura. em galerias
florestais e
FOLHAS opostas, elípticas margens de rios.
(7-14 cm por 3-7cm), serradas
na margem; pecíolo curto e Espécie pouco
estípulas interpeciolares. frequente, mas
não parece
FLORES brancas, pequenas, ameaçada.
pediceladas, em pequenos
grupos na axila das folhas.

FRUTOS negros quando


SP maduros; 1-2 sementes.

PB

PB

133
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Combretum micranthum
Combretaceae

buco, café, café-bravo, chá-de-buco (cr); bsálá, p’sangla (ba);


upatocuma (bj); bôk, cancaliba (ff); buchicabu (fl); butique (fs);
canquelibá, quem-quelebá, tade (fu); buôque (mc); barcolomô,
cancalibá (md); buco (mj); n’babass (nl); buéco (pp); buko (ss);
ambate (td)

ARBUSTO ou pequena Muito frequente


árvore (até 8 m de altura) em floresta aberta,
ou, raramente, liana lenhosa; savana arborizada e
ramos vermelho-acastanhados palmar, assim como
de casca fendilhada nas florestas em
longitudinalmente. regeneração.

FOLHAS. opostas, elípticas (5-8 Tem várias


cm por 3-5 cm), curtamente utilizações
pecioladas; ficam avermelhadas medicinais: as
quando estão para cair. folhas, como
antipirético e contra
FLORES pequenas, branco- “biliosa” e outras
esverdeadas, em inflorescências doenças hepáticas.
alongadas de disposição axilar. Das sementes faz-se
uma bebida usada
FRUTOS de altura e largura
como sucedâneo de
comparáveis (até 1,5 cm),
café ou chá.
castanho-escuros no centro; com
AP 4 asas amarelas ou castanho-
claras e 1 semente no centro

O género Combretum distingue-se pelos frutos com 4 asas e, na


Guiné-Bissau, tem várias espécies de árvores, arbustos e lianas, de
folhas opostas ou verticiladas. Algumas das não tratadas neste
guia são C. bipindense, C. conquipetalum, C. grandiflorum, C. lecardii,
C. mucronatum, C. nioroense, C. paniculatum, C. racemosum e C.
tomentosum. Várias podem apresentar-se como arbusto ou liana,
dependendo do tipo de vegetação. 135
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Combretum nigricans
Combretaceae

pau-de-pilão (cr); betne (ba); betne, bunro (bf); buidé, dodje-


górè, úidè (fu); djambacatam-ô cancalibá (md); atchelogon,
tchelogom (td)

ÁRVORE pequena (até 10 m Muito comum


de altura) ou arbusto; fuste em todo o País,
curto; casca rugosa, de onde se ocorre em floresta
destacam pequenas escamas. aberta e savana
arborizada,
FOLHAS opostas, lanceoladas assim como
(8-12 cm por 3-5 cm); 6-8 pares em vegetação
de nervuras laterais; florestal em
pecíolo curto. regeneração.
FLORES numerosas, pequenas, Tem utilização
brancas ou esverdeadas, em medicinal.
inflorescências alongadas Da sua madeira,
(até 5 cm de comprimento). bastante rija,
fazem-se pilões.
FRUTOS mais compridos
que largos (até 2,5 cm de
comprimento), castanho-
escuros ou vermelhos quando
maduros, com 4 asas e 1
semente no centro.

Combretum molle é um arbusto ou pequena árvore (até


10 m) com tronco de casca profundamente fissurada, e ramos,
folhas e frutos pubescentes. Ocorre em floresta aberta e savana
arborizada na zona leste.

137
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Crossopteryx febrifuga
Rubiaceae

baradagamarama (bf) ; belim, colidjâncuma (fu)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre sobretudo


(até 10 m de altura); fuste curto em savana
e em geral tortuoso, com arborizada e
escamas pequenas. parece ser
resistente ao
FOLHAS opostas, ovais ou fogo frequente.
elípticas (6-12 cm por 4-7
cm); 4-8 nervuras laterais; As folhas são
pecioladas e com estípulas usadas para tratar
interfoliares. mulheres grávidas
que perdem
FLORES numerosas, de sangue. Tem várias
cor branca ou creme, com outras utilizações
os estiletes e estigmas conhecidas fora da
sobressaídos; em Guiné-Bissau.
inflorescências terminais
com 8-15 cm
de diâmetro.

FRUTOS de formato globoso


ou elíptico (c. 1 cm de
comprimento); castanho-
escuros quando maduros, com
2 sementes cada; ocorrem
em grupos terminais que se
mantêm nos ramos durante
bastante tempo.

139
Avicennia
Fleroya germinans
stipulosa
Avicenniaceae
(Sin. Hallea stipulosa)
Rubiaceae
caboupa, padja-di-embrulha-cola, pó-sagrado (cr); cófa (ba);
cuguma, cobalumba, colalumba (bj); pópôe (ff); fafadjambô (md)

Árvore até 20 m de altura; Ocorre em solos


fuste longo. húmidos ou
encharcados, em
FOLHAS opostas, grandes,
galerias florestais
espessas, largamente elípticas
e margens de rios,
ou obovadas (20-40 cm por
também em
10-15 cm), com a nervação
bolanhas.
saliente; pecioladas; estípulas
interfoliares grandes, de cor Utiliza-se a casca
castanha e formato obovado. do tronco para
tratamento de
PL FLORES brancas, pequenas,
dores no corpo,
em inflorescências axilares,
musculares e
globosas, compactas (c. 2 cm
ósseas. As folhas
de diâmetro), que ocorrem em
servem para
pequenos grupos.
conservar as nozes
FRUTOS em de cola.
infrutescências globosas
Esta espécie é
(c. 2,5 cm de diâmetro).
pouco frequente
mas não parece
JS
estar ameaçada.

141
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Funtumia africana
Apocynaceae

ripetche(ba); budiquédo (fu)

ÁRVORE pequena (até 10 m de Ocorre dispersa


altura), com látex branco. em floresta densa
e floresta aberta,
FOLHAS opostas, grandes, no norte e no sul
espessas, elípticas (até 15 cm por do País mas não foi
8 cm); pecíolo curto- encontrada na zona
FLORES brancas, tubulosas, em mais interior.
inflorescências axilares. Tem utilização
FRUTOS duplos, opostos, medicinal:
alongados (até 20 cm de a raspa da raiz é
comprimento); abrem quando usada, com
JS
maduros, libertando numerosas sal, contra a
sementes pequenas, com sedas, impotência
que são dispersas pelo vento. sexual masculina.
PL

PL

143
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Harungana madagascariensis
Hypericaceae (Guttiferae)

pó-di-faia, canho (cr); mintchéle, umpátè (ba); canho, uómnhé


(bj); utéhia (cb); súngala (ff); chungalá, sungala (fu); sumbalá,
uliéli, ulielò (md); binhanhaque (mj); acanjongra (td)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre em todo o


(até 12-15 m de altura); fuste País, sobretudo em
reto e alongado; látex cor-de- locais húmidos ou
laranja. ensombrados, como
no sub-bosque da
FOLHAS opostas, grandes, floresta densa, e
ovais (10-20 cm por 5-10 cm); também em
pecioladas. floresta aberta,
FLORES pequenas e numerosas, palmar e margens
com 5 pétalas brancas; em de rios.
inflorescências terminais, Planta usada com
ramificadas (10-20 cm de fins medicinais;
comprimento). a seiva tem uso
FRUTOS numerosos, globosos veterinário em
(4-5 mm de diâmetro), cavalos.
castanhos ou vermelhos
quando maduros; em
infrutescências ramificadas.

JS

145
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Holarrhena floribunda
Apocynaceae

bribait, bripatche, rubitchi (ba); budjaraga (bf); ete-éri (bj);


charra-quidjé, endama, rubitchi, tcharaquidje, tchoráqui
(fu); bedufe, bedufi, bidufe (mc); tcharico (md); metchel (nl);
kamaitê (ss)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre em todo


(até 12 m de altura), com o País, sobretudo
látex branco; com pequenas em floresta
manchas no tronco, de aberta e savana
formato aproximadamente arborizada, sendo
circular (lenticelas). também frequente
nas florestas em
FOLHAS opostas, ovais ou regeneração
lanceoladas (12-15 cm por 4-6
PL cm); 6-12 pares de nervuras A casca e as
laterais; pecíolo curto. folhas são usadas
como analgésico e
FLORES tubulosas, com a infusão da casca
5 pétalas brancas, em para dor de barriga;
inflorescências axilares também usada
compactas (c. 10 cm contra mordeduras
de diâmetro). de serpentes.
FRUTOS duplos, opostos, A madeira,
alongados e cilíndricos (30-50 leve e fácil de
JS
cm de comprimento); abrem trabalhar, tem
quando maduros libertando várias utilidades,
numerosas sementes nomeadamente
pequenas, com sedas, que são para tábuas de
dispersas pelo vento. marabu, mobiliário
e colheres.
As folhas são
comidas pelo gado

147
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Hunteria umbellata
Apocynaceae

pó-di-pinti (cr); báuri (fu); belace, belaha (mj); n’tchintchamp (nl);


balé (ss)

ÁRVORE pequena a média Típica do estrato


(10-15 m de altura), com látex arbóreo mais
amarelo pouco abundante; baixo da floresta
fuste curto, com pequenas densa, pode ocorrer
saliências no tronco. também em
floresta aberta e
FOLHAS opostas, espessas, galerias florestais.
elípticas (15-20 cm por 5-10 cm);
15-20 pares de nervuras A madeira, bastante
laterais; pecioladas. densa, é usada no
fabrico de pentes.
FLORES tubulosas, com 5
pétalas brancas ou amarelas;
em inflorescências terminais
ou axilares.

FRUTOS duplos, opostos,


achatados, subglobosos
(3-6 cm de diâmetro).

149
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Mitragyna inermis
Rubiaceae

pau-de-motom (cr); boré (ba); cóile, condé (fu); djughó (md);


ofède (pp)

ÁRVORE pequena (até c.


12 m de altura) ou arbusto, Desenvolve-se em
caducifólia. solos húmidos ou
encharcados, sendo
FOLHAS opostas, elípticas a muito comum em
obovadas (6-12 cm por 3-7 cm); lalas e margens de
pecioladas e com estípulas rios; também ocorre
interfoliolares em bolanhas.
FLORES pequenas, brancas, Tem utilização
em inflorescências globosas medicinal para
terminais (c. 3 cm de diâmetro). tratamento da asma
FRUTOS em infrutescências e também como
globosas (3-4 cm de diâmetro). desparasitante bovino.
AP AP

151
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Morelia senegalensis
Rubiaceae

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre sobretudo


(até 8-10 m de altura); em geral em galerias
com ramificação perto da base florestais e
do tronco. margens de rios,
assim como no
FOLHAS opostas, de cor verde- sub-bosque de
escura, espessas, elípticas (8-15 floresta densa
cm por 4-8 cm); pecioladas. e palmar.
FLORES pediceladas, brancas
(c. 3 cm de diâmetro), com 5
pétalas; em inflorescências
axilares, pedunculadas.

FRUTOS globosos (c. 1,5 mm de


diâmetro), de cor verde-escura
quando maduros.

153
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Morinda chrysorhiza
(Sin. M. geminata)
Rubiaceae
bolongodjiba, boloncodjibá-macho, bulungu-djubá (cr);
fun-n’tchilé, gunhe, n’dunquinhe, n’gume, ungume (ba);
bluguidjibá, bulongodjibá (bf); ghobonodo, obonodje (bj);
n´garba, ungarba (ff); bacuré, biloncontchebáe, boloncom,
bolonco-tchibá, dacuré, lhiamba, n’garba, uanda, wáda
(fu); biloncondjebá, boloncodje, boloncom, boloncondjibá,
goloneogita, simbom-ô, uanda (md); becúi (mj); m’tchinke,
nintungue, n’tunké (nl); atamule, atamure (td)

ARBUSTO ou pequena árvore Bastante comum


(até 8-10 m de altura); fuste em todo o País, em
curto e tronco suberoso. floresta aberta,
savana arborizada,
FOLHAS opostas, grandes, palmar e florestas
largamente elípticas (15-20 cm em regeneração.
por 8-12 cm); pecioladas.
As folhas
FLORES brancas em utilizam-se como
inflorescências desinfetante após
pedunculadas, globosas. o parto e contra
FRUTOS em infrutescências o paludismo e
globosas, carnudas (c. 4-6 cm reumatismo; a raiz
de diâmetro), verde-claras com é utilizada contra
linhas verde-escuras formando a hepatite e ‘tira
MAD manchas do corpo’.
hexágonos.
Também usada para
tingir roupa.

Morinda lucida foi referida para o sul da Guiné-Bissau. É uma


árvore com altura até 15 m, folhas menores que as de M. geminata
e infrutescências de diâmetro até 3 cm.

155
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Sarcocephalus latifolius
(Sin. S. esculentus; Nauclea esculenta)
Rubiaceae
madronho, caboupa, tambacumba-de-santcho (cr); cunhe,
ptehén’tugudu, tehé-intogudê, tetudu, tètúgde, thétouro
(ba); bugulbá (bf); canchaminham, canhame, cantanta (bj);
--bufundumbabu, fumulundjunk (fl); bacoré, cóile, condé,
decumé, naude-puthu, naudó-putcho, obacoré (fu); binaal-
ukon, m’nafo-ucon, nafum-cone (mc); bati-forô, fafadjambô
(md); benau-utchata (mj); n’tole (nl); dudanké (ss); bopánicam,
ofède, ópanica (pp)

ARBUSTO ou pequena árvore Frequente em


(até 8 m de altura); fuste curto todo o País,
e tortuoso. principalmente
em locais húmidos
FOLHAS opostas, grandes, como galerias
largamente elípticas (até 20 cm florestais, margens
por 12 cm), espessas e lustrosas. de rios, lala e
margens de lagoas,
FLORES pequenas e brancas,
assim como em
numerosas, em inflorescências
palmar e florestas
terminais globosas (4-5 cm de
em regeneração.
diâmetro).
Os frutos são
FRUTOS globosos (4-7 cm de
BI comestíveis e também
diâmetro), vermelho-escuros
usados para tratar
quando maduros.
dor de barriga; a raiz,
a casca e as folhas
têm várias utilizações
medicinais.

Sarcocephalus pobeguinii é uma árvore com altura até 15 m,


que ocorre nas regiões sul e leste do País, em galerias florestais. Tem
folhas semelhantes a S. latifolius e frutos com diâmetro até 9 cm.

157
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Schrebera arborea
Oleaceae

pau-goiaba, goiaba-di-lala, po-de-goiaba (cr); bugóiaba (bf);


maharra (bj); batirô (md)

ÁRVORE de grande porte Ocorre em todo


(até 25-30 m de altura); fuste o País, sobretudo
reto e longo; tronco de casca em floresta densa,
escamosa, com contrafortes floresta aberta e
na base das árvores de galerias florestais,
maiores dimensões. mas com pouca
abundância.
FOLHAS opostas, ovais
(10-15 cm por 5-10 cm); A madeira é
pecíolo longo. bastante apreciada
e a espécie foi
FLORES tubulosas, de centro muito abatida nas
castanho e periferia branca, últimas décadas,
em Inflorescências parecendo estar
terminais ramificadas. a ficar mais rara.
Dada a procura,
FRUTOS lenhosos em forma de
é desejável a sua
pera (5-6 cm de comprimento)
multiplicação em
que abrem longitudinalmente
viveiro e plantação.
em duas metades, libertando
BI grande número de sementes
com uma asa.

159
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Strychnos innocua
Loganiaceae (Strychnaceae)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre dispersa em


(até 8-10 m de altura); savana arborizada e
tronco curto. floresta aberta.

FOLHAS opostas, elípticas a Várias utilizações


obovadas (4-10 cm por 3-7 cm), são reportadas
geralmente com 2 nervuras noutros países,
laterais partindo da base da mas não na
folha e mais 4-6 pares de Guiné-Bissau.
nervuras laterais; pecíolo curto. Os frutos
são por vezes
FLORES pequenas, amarelo- referidos como
esverdeadas, em inflorescências venenosos.
na axila das folhas.

FRUTOS grandes e esféricos


(6-10 cm de diâmetro), verdes
ou amarelos quando maduros,
lenhosos; numerosas sementes
envolvidas numa polpa
viscosa alaranjada.

Pode ser confundida com


S. spinosa, que tem folhas e
frutos semelhantes e ocorre
nos mesmos habitats mas tem
espinhos nos ramos.

161
Avicennia germinans
GB Avicenniaceae
Strychnos spinosa
Loganiaceae (Strychnaceae)

orelha-de-rato, (cr); curanam, metônha (ba); buonoba (árvore),


mancnoba (frutos) (bf); faracoledje, fara-colei, sarcoledje (fu);
búpale (mj); n’congon (nl); bépale (pp); querá (ss)

ÁRVORE pequena (8-10 m de Frequente em


altura), caducifólia; fuste curto; floresta aberta e
com espinhos opostos nos savana arborizada.
ramos, direitos ou
ligeiramente curvos. Os frutos são
comestíveis,
FOLHAS opostas, espessas, mas podem ser
elípticas a obovadas (8-10 cm confundidos com
GB
por 5-7 cm), com 2 nervuras os de S. innocua,
laterais subopostas na por vezes referidos
base e mais 4-6 pares de como venenosos.
nervuras laterais.

FLORES pequenas, amarelo-


esverdeadas, odoríferas, em
inflorescências terminais.

FRUTOS lenhosos, grandes e


esféricos (6-10 cm de diâmetro),
amarelos quando maduros;
com numerosas sementes
envolvidas numa polpa viscosa
amarela.

163
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Syzygium guineense
Myrtaceae

pó-branco, (cr); n’ocasso, nopêdê (bj); cadjô (ff); culelam-ô (md)

ÁRVORE pequena (8-15 m de Relativamente


altura) de copa densa e fuste frequente, ocorre
curto. sobretudo em
locais húmidos,
FOLHAS opostas, espessas, em floresta aberta,
elípticas ou lanceoladas (7-15 galerias florestais
cm por 3-7 cm); numerosas e margens de
nervuras laterais pouco rios e palmares.
AP salientes; pecioladas.
Os frutos são
FLORES brancas ou amarelas, comestíveis.
com numerosos estames, em As flores são
inflorescências terminais. bastante apreciadas
pelas abelhas.
FRUTOS carnudos, globosos
ou ovados (c. 1 cm de
comprimento), de cor violeta ou
negra quando maduros.
CA

BI 165
AP
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Tabernaemontana africana
Apocynaceae

blá, (glanhê (ba); embumbuine, embumbulhe, orobodo (bj);


corèbode (fu); buútchi (mj); latelaté (nl); utá, utá-leite (pp);
nhinguekinhé (ss)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre dispersa


(até 10 m de altura), com em todo o País
látex branco. em floresta densa,
floresta aberta e
FOLHAS opostas, grandes e galerias florestais.
espessas, elípticas (15-20 cm
por 8-12 cm); 5-10 pares de O fruto é referido
nervuras laterais; pecíolo de como sendo
comprimento até 3 cm. comestível.

FLORES tubulosas (tubo


de comprimento até 10
cm) com 5 pétalas brancas
ou esverdeadas, em
inflorescências.

FRUTOS duplos, opostos,


carnudos (4-6 cm de diâmetro),
amarelos quando maduros,
contendo numerosas sementes.

Os frutos assemelham-se aos


de Voacanga africana mas têm
superfície lisa e cor amarela
quando maduros (em V.
africana são rugosos e verdes
com manchas brancas).

167
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Voacanga africana
Apocynaceae

po-di-bras, pau-de-borracha (cr); blacahai (ba); epopoquê (bj);


m’pumbu (nl)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre em floresta


(até 10 m de altura); densa, floresta
látex branco. aberta e palmares,
em todo o País
FOLHAS opostas, grandes, exceto na zona
elípticas ou obovadas (15-25 interior leste, onde
cm por 8-12 cm); 8-12 pares de não foi registada
nervuras laterais; pecíolo de até agora.
comprimento até 1 cm.
A raiz é usada para
FLORES tubulosas, de tubo impotência sexual
curto, odoríferas, com 5 pétalas masculina e dores
brancas ou amarelas; em de barriga; a casca
inflorescências terminais com do tronco, para a
15-25 cm de comprimento. gonorreia. Com
os ramos novos,
FRUTOS duplos, opostos,
bifurcados, as
carnudos (4-6 cm de diâmetro),
crianças fabricam
verdes com manchas brancas.
fisgas (buracha)
para caçar aves.

É pouco frequente
mas não parece
ameaçada.

169
OO

Por serem menos frequentes, algumas espécies de árvores de


folhas opostas não foram aqui incluídas, como Memecylon
afzelii (Melastomataceae), arbusto ou pequena árvore que ocorre
sobretudo em floresta densa no sul do País, Vismia guineensis
(Hypericaceae), pequena árvore que ocorre em floresta densa e
galerias florestais e Pentadesma butyracea (Clusiaceae), árvore de
PL grande porte da floresta densa e galerias florestais.

Certas espécies com folhas opostas não foram abrangidas por


serem tratadas noutros capítulos (e.g. as Combretum de folhas
verticiladas), ou por não se desenvolverem como árvores; é o
caso de algumas espécies de Strychnos e de Combretum, que são
arbustos ou lianas.

Combretum molle Morinda lucida

Sarcocephalus pobeguinii

171
Folhas agrupadas
Opostas
Nas espécies deste capítulo as folhas encontram-se agrupadas na
parte terminal dos ramos, formando por vezes um tufo, embora
possam ter formas e dimensões bastante variadas.

Em várias espécies os ramos não têm folhas senão na parte


terminal. Observadas mais em pormenor, as folhas podem ser
alternas nalgumas espécies e opostas noutras, mas encontram-se
sempre na extremidade dos ramos. Algumas espécies com estas
características: caboupa-matcho (Anthocleista nobilis), mené
(Lophira lanceolata), pau-corda (Sterculia tragacantha) e salangue
(Terminalia scutifera).

Estão incluídas neste grupo 14 espécies pertencentes a


oito famílias: Gencianáceas e Malváceas, com três espécies,
Euforbiáceas e Sapotáceas com duas espécies cada, e
Asparagáceas, Combretáceas, Ocnáceas e Pandanáceas, cada uma
representada por uma espécie.
Duas das espécies são monocotiledóneas, não se tratando,
portanto, de verdadeiras árvores: Dracaena mannii e Pandanus
guineabissauensis. Esta é uma espécie simbólica pois, além de ter
o nome do País, é a única espécie de porte arbóreo considerada
endémica na Guiné-Bissau.

173
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Anthocleista djalonensis
Gentianaceae (Loganiaceae)

tagare (fu); bintié (mj)

ÁRVORE pequena a média Ocorre sobretudo


(8-15 m de altura), sem em savana
espinhos; fuste longo e tronco arborizada em
ligeiramente alargado na base, todo o Pais.
fendilhado verticalmente.
A maceração da
FOLHAS espessas, grandes, casca é usada com
obovadas (20-35 cm por 10-15 fins medicinais.
cm); pecioladas. Antigamente
as folhas eram
FLORES de cor branca ou utilizadas nas
creme, tubulosas (3-5 cm de cerimónias
comprimento), em cachos. fúnebres pelos
manjacos da zona
FRUTOS ovoides (cerca de 2 cm
de Bachil e
de comprimento), de cor verde.
Cobiana para
Tem as folhas mais espessas e cobrir o cadáver
menores que as outras espécies ao enterrar.
deste género.

175
Anthocleista nobilis
(Sin. Anthocleista vogelii)
Gentianaceae (Loganiaceae)
caboupa-matcho (tabaco-di-lubo (cr); buôf (bf); cadjanué,
ugumba (bj); ugumba, undango (cb)

ÁRVORE média (15-20 m de Ocorre sobretudo


altura); espinhos aos pares, dispersa em floresta
no tronco e ramos; fuste aberta e palmar,
longo e tronco fendilhado nas zonas costeiras.
verticalmente. sendo considerada
indicadora de
FOLHAS muito grandes, sítios húmidos.
membranáceas, de formato
oblanceolado (40-80 cm Utilizada na
GB
por 20-30 cm), opostas e medicina
agrupadas no extremo dos tradicional bijagó
ramos; pecioladas. como analgésico
para dores nos
FLORES tubulosas (3-5 cm de ouvidos e para a
comprimento), em cachos. sua limpeza, entre
outras aplicações.
FRUTOS ovoides (cerca de Era também usada
2,5 cm de comprimento), de em cerimónias
cor verde. fúnebres, como a
espécie anterior.
As folhas grandes pecioladas
e os espinhos duplos
distinguem-na das outras
espécies do mesmo género.

177
Anthocleista procera
Gentianaceae (Loganiaceae)

caboupa-fêmea (cr); cúfè (ba); cadjanué, cadjangue (bj);


beidamodjo, beidomodjô, tagare, pôpô (fu); bintié (mj);
papae-um-eme (pp); dissauri (ss)

ÁRVORE média a grande (18-20 Ocorre sobretudo


m de altura), sem espinhos; em galerias flor-
fuste longo e tronco fendilhado estais e margens
verticalmente. de rios e lagoas e
em palmares em
FOLHAS muito grandes, toda a parte
membranáceas, de formato costeira do País.
oblanceolado (até 120 cm
por 20-30 cm), opostas e Antigamente era
agrupadas no extremo dos utilizada em
ramos; sem pecíolo. cerimónias
fúnebres, como as
FLORES brancas, tubulosas espécies anteriores.
(4-7 cm de comprimento),
em cachos.
FRUTOS ovoides (até 3 cm de
comprimento), amarelos
quando maduros.

Distingue-se das outras es-


pécies do mesmo género
pelas folhas grandes sem
pecíolo e pela ausência
de espinhos.

179
Dracaena mannii
Asparagaceae (Dracaenaceae)

betenhe (mj); taga (pp)

ÁRVORE pequena (8-15 m de Ocorre sobretudo


altura), ramificada apenas na dispersa em
parte terminal. floresta densa,
PL frequentemente
FOLHAS estreitamente junto à orla
elípticas (40-50 cm por 4-5 cm), costeira. O seu
agrupadas no extremo dos aspeto lembra
ramos; sem pecíolo. uma palmeira no
meio da floresta.
FLORES branco-esverdeadas,
em inflorescências terminais. As mulheres fazem
tranças com fibras
FRUTOS globosos (c. 2 cm obtidas das folhas
de diâmetro), alaranjados desta planta.
quando maduros.

GB

181
Euphorbia grandifolia
(Sin. Elaeophorbia grandifolia)
Euphorbiaceae
anhindim (td)

ÁRVORE (até 15 m de altura),


suculenta e espinhosa; com Espécie pouco
látex branco. comum, apenas
foi encontrada no
FOLHAS alternas, carnudas, sudoeste do País.
estreitamente obovadas
(20-25 cm por 5-8 cm), Medicinal,
agrupadas na extremidade nomeadamente
dos ramos; com dois espinhos para tratamento
na base do pecíolo. do reumatismo. A
seiva é corrosiva e
FLORES em ciato perigosa para os
(inflorescência típica das olhos.
Euforbiáceas, com flores
femininas e masculinas juntas
e a aparência de uma flor
única), na axila das folhas,
com pedúnculo.

FRUTOS carnudos, ovóides


a elipsóides com 3-4cm de
comprimento.

183
Lophira lanceolata
Ochnaceae

mené (cr); p’fancha (ba); udoma (bj); malanga, marnenáe,


p’bancar (ff); ledalbodeel, malanga, marnenáe, p’bancar (fu);
mufó (pp); mené (ss)

ÁRVORE pequena (8-15 m de Muito comum por


PL altura); fuste curto e escamoso. todo o País, nas
savanas arborizadas
FOLHAS alternas, estreitamente e, especialmente,
oblanceoladas (25-30 cm em solos arenosos.
por 5-7 cm) e com nervuras Bastante resistente
laterais muito numerosas, ao fogo.
agrupadas na extremidade
dos ramos; pecioladas. A cinza das folhas
é usada como
FLORES de centro amarelo fertilizante. Das
e periferia branca, em sementes extrai-se
inflorescências terminais. um óleo comestível
e também usado
FRUTOS secos, ovoides (2-3 cm para olear a pele.
de comprimento), com duas
asas de tamanhos diferentes.

185
Pandanus guineabissauensis
Pandanaceae

bã (ff)

ÁRVORE que pode atingir 15 m Parece ser bastante


de altura, com raízes-escora rara: foi encontrada
na base do tronco e raízes apenas na zona
PL aéreas nos ramos; espinhos sul do País, no
cónicos no tronco. . leito e margens
periodicamente
FOLHAS muito longas e inundadas de
estreitas (até 2 m de um rio. Alguns
comprimento e 10-15 cm indivíduos do
de largura), espessas, com género Pandanus
espinhos nas margens; podem encontrar-se
agrupadas na em jardins
extremidade dos ramos. de Bissau.
FLORES numerosas em A raiz aérea
inflorescências unissexuadas, fervida é usada
sendo as femininas para as mulheres
esbranquiçadas. que têm dores
após o parto.
FRUTOS em grandes
infrutescências ovoides
Esta espécie
(c. 20 cm por 15 cm).
não parece
ameaçada, mas
tem uma população
pouco numerosa.

187
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Ricinodendron heudelotii
Euphorbiaceae

bidjabarrana (bf); n’tonte, tonta (nl)

ÁRVORE de grande porte Árvore heliófila,


(até 30 m de altura), típica das florestas
caducifólia; tronco alargado em regeneração,
na base. Espécie dióica. onde por vezes
cresce em grande
FOLHAS pubescentes, com 3-7 abundância.
segmentos membranosos de Pode também ser
formato elíptico (25 cm por 10 cultivada.
cm); pecíolo longo; estípulas de
comprimento até 5 cm. A madeira é leve
e tem várias
JS FLORES pequenas, amarelo- utilizações, como
esverdeadas, unissexuadas, na construção
em inflorescências de canoas. Há
terminais e axilares. referência de o
fruto ser comestível,
FRUTOS carnudos (c. 3 cm de
mas não na
diâmetro), com 2-3 lobos.
Guiné-Bissau.

189
Sterculia setigera
Malvaceae (Sterculiaceae)

pulga-di-mato (cr); jobitabáe, bobóri (fu); jobitabô (md)

ÁRVORE (10-15 m de altura) Ocorre dispersa


caducifólia; fuste curto (2-4 m) nas savanas na
de onde se destacam escamas zona leste do País.
membranosas.
A seiva é
FOLHAS alternas, pubescentes, comestível
lobadas (até 20 cm por 20 e bastante
cm), com 3-5 lobos de extremo consumida
acuminado e concentradas no noutros países,
extremo dos ramos; pecíolo de mas o seu uso
10-15 cm. não está registado
na Guiné-Bissau.
FLORES em grupos terminais, A espécie tem
com 5 lobos amarelos ou várias outras
esverdeados, raiados de utilizações na
vermelho a partir do centro. sub-região, não
documentadas
FRUTOS pubescentes, com 5 no País.
segmentos em forma de casco
de barco, que abrem quando
maduros libertando 5-10
sementes negras.

191
Sterculia tragacantha
Malvaceae (Sterculiaceae)

pau-corda, nassino, pau-de-saia, pó-de-cabaço (cr); umbufúrè,


búè (ba); eritô, éritú, ereitô, freitô (bj); úcud, dácud (cb);
tchapelêguê, barquelei, tabáe, tehapeleque (fu); bamé (mc);
tabô, tabá, d´jubitabô (md); n’bama, umbama, ibulbbecana
(mj); bamba (pp); mangéboré (ss); atakssulé (td)

ÁRVORE (15-20 m de altura) Ocorre em floresta


caducifólia; fuste longo que densa, floresta
pode ser canelado na base. aberta e galerias
florestais, sendo
FOLHAS alternas, pubescentes, mais comum nas
obovadas (10-20 cm por 6-12 regiões costeiras.
cm), agrupadas no extremo
dos ramos; pecíolo de 4-6 cm; Com a madeira
com estípulas. fabricam-se canoas;
a fibra obtida da
FLORES agrupadas em casca é usada na
inflorescências axilares, confeção de saias
pediceladas, com 5 segmentos. na etnia Bijagós; há
indicação de que as
FRUTOS pubescentes, com folhas são comestíveis.
5 segmentos vermelhos em
forma de casco de barco, O papagaio cinzento
que abrem quando maduros alimenta-se dos frutos
libertando as sementes negras. verdes, botões florais
e gemas apicais.
.

Cola laurifolia (Malvaceae) é uma árvore (10-15 m) das galerias


florestais, com folhas elípticas (10-20 cm por 4-10 cm), concentradas
no extremo dos ramos. Frutos com 3-5 segmentos em forma de rim,
dispostos em estrela, com 4-5 sementes amarelas.

193
Synsepalum pobeguinianum
Sapotaceae

colodemo, colodomo (ff)

ARBUSTO ou pequena árvore Presente em


(até 15 m de altura); fuste curto galerias florestais
e látex branco. ou em substrato
rochoso junto às
FOLHAS alternas, obovadas (12- linhas de água,
20 cm por 5-8 cm), agrupadas assim como em
no extremo dos ramos; pecíolo zonas de savana
curto; estípulas filiformes (até 8 arborizada, no sul e
mm de comprimento). no leste do País.
FLORES pequenas,
esbranquiçadas, em
pequenos grupos nos ramos
desfolhados, junto à cicatriz
das folhas caídas.

FRUTOS ovoides, carnudos (c. 2


cm de comprimento).
GB

Synsepalum brevipes assemelha-se bastante a S.


pobeguinianum mas apresenta estípulas maiores (1-2 cm de
comprimento) e folhas mais estreitas e oblanceoladas. Ocorre em
galerias florestais no norte e leste do País.

195
Terminalia scutifera
Combretaceae

salangue (cr); cabor, epadum (bj)

ÁRVORE com 8-12 m de altura, Ocorre sobretudo


caducifólia; fuste curto. em floresta aberta
na orla do mangal,
FOLHAS de formato obovado sendo frequente na
(7-14 cm por 5-7 cm), na parte orla costeira.
terminal dos ramos; pecioladas.

FLORES pequenas, em
inflorescências
axilares alongadas.

FRUTOS pedunculados (c. 2,5 cm


de altura por 3,5 cm de largura),
cada um contendo 1 semente
com duas asas.

197
KS

As espécies deste grupo ocorrem em praticamente


todos os tipos de vegetação florestal, nomeadamente
em savana arborizada, floresta aberta e floresta densa,
assim como na orla do mangal e em galerias florestais
e margens de rios.

Várias espécies são utilizadas pelas populações rurais,


mas nenhuma parece ter uma grande importância
como recurso natural, embora algumas tenham
potencial para maior utilização.
DH
Vitellaria paradoxa (Sapotácea), conhecida
DH por carité em vários países, é uma árvore com folhas
agrupadas algo semelhantes às de Lophyra lanceolata.
É uma espécie de savana que parece ser rara na Guiné-
Bissau, ocorrendo apenas na zona nordeste, mas que é
Vitellaria paradoxa
frequente nos países do sahel, sendo os frutos usados
para produção de manteiga e cosméticos.
Cola laurifolia
Syncepalum brevipes

PB
199
Folhas verticiladas
Opostas
Neste grupo de espécies a disposição das
folhas nos ramos é verticilada, ou seja,
três ou mais folhas estão inseridas nos
ramos aproximadamente ao mesmo nível,
formando o que se designa por verticilos.

Fazem parte do grupo 9 espécies, das quais


três são consideradas menos importantes
e, por isso, tratadas em conjunto com
outras espécies. As espécies descritas
neste capítulo pertencem a várias famílias:
Apocináceas (3 espécies), Clusiáceas e
Combretáceas (2 espécies cada uma) e
Anacardiáceas e Rubiáceas (1 espécie cada).

201
Alstonia boonei
Apocynaceae

tagarra, tacára, tagara (cr); biangue, bianque, psoque (ba);


codjés, codjessi, codjessi-cobide (bj); banta-forodjé, bantera-
fôrô, batanforo (fu); batacar (mc); iangué, ianké, ianque (nl);
akiombe (td)

ÁRVORE de grande porte (até c. Ocorre em todo


40 m de altura), com látex branco; o pais sobretudo
fuste longo e frequentemente em floresta densa,
com contrafortes na base; de floresta aberta e
BI ramos verticilados. palmares.

FOLHAS verticiladas (4-10 por A casca do tronco


verticilo), obovadas (10-20 cm por é usada para tratar
3-7 cm) e curtamente pecioladas. chagas e a seiva
BI
DH como antibiótico.
FLORES com 5 pétalas A madeira é
amarelo-esverdeadas ou bastante usada
BI
brancas, em inflorescências para lavrar canoas a
terminais ramificadas. partir do tronco, assim
como para o fabrico de
FRUTOS aos pares, unidos na
caixões e
base, cilíndricos, muito longos
em artesanato.
e delgados (c. 20-50 cm de
Sendo frequentemente
comprimento e 0,3-0,5 cm de
abatida, as populações
diâmetro); sementes pequenas,
desta espécie podem
com sedas em ambas as
BI estar a diminuir.
extremidades, que se libertam
quando o fruto abre e são
dispersas pelo vento

Alstonia congensis assemelha-se bastante a A. boonei,


distinguindo-se sobretudo pelas folhas, praticamente sem pecíolo, e
pelos frutos mais curtos (15-24 cm). Alguns autores consideram que
apenas A. boonei ocorre na África Ocidental.
203
Combretum collinum
Combretaceae

bierrequêtê (bf); djambacatá, doque-debe (fu); hiremoussôlo,


madifô (md)

ARBUSTO ou pequena árvore Bastante frequente


(8-12 m de altura); fuste curto. em toda a zona
continental do País,
FOLHAS verticiladas (em geral em floresta aberta e
3-4 por verticilo), elípticas (até savana arborizada.
10 cm por 5-6 cm); 6-10 pares de
nervuras laterais; pecioladas. Tem utilização
medicinal
FLORES pequenas e
numerosas, com 4 pétalas
DH amarelo-esverdeadas;
em inflorescências não
ramificadas (até 10 cm de
comprimento) na axila das
folhas.

FRUTOS pubescentes (c. 3,5


cm por 2,5 cm), com 4 asas e 1
semente ao centro.

Combretum adenogonium arbusto ou pequena árvore (até


10 m) caducifólia, distingue-se de C. collinum pela forma e dimensão
das folhas, que são ovadas ou elípticas e com 12-17 cm por 8-10 cm.
Ocorre sobretudo em savana arborizada, mas também em floresta
aberta em toda a parte continental do País e tem utilização medicinal.

205
Garcinia livingstonei
Clusiaceae (Guttiferae)

n’tchócodó, n’tcocodo (bj); macacundje (mj)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre


(até 12m de altura); bastante principalmente
ramificada. em locais de
substrato húmido,
FOLHAS verticiladas (3 por
nomeadamente
verticilo), espessas, de formato
palmares, galerias
obovado ou elíptico (6-10 cm
florestais e
por 4-6 cm); 8-12 pares de
margens de rios.
nervuras laterais; pecioladas
Tem algumas
FLORES pediceladas, com 4 utilizações
DH sépalas e 4 pétalas brancas registadas para
ou esverdeadas; em outros países, mas
pequenos grupos na axila das não reportadas na
folhas já caídas. Guiné-Bissau.
FRUTOS pedunculados,
carnudos, ovoides a globosos
(1,5-2 cm de comprimento),
amarelos ou cor-de-laranja
quando maduros; com 2
sementes.

Garcinia smeathmanii tem folhas semelhantes às de G.


livingstonei mas são opostas, não verticiladas. É uma árvore de floresta
densa e galerias florestais que pode atingir 20-25 m de altura.

PB GB 207
Gardenia ternifolia
subsp. jovis-tonantis
Rubiaceae
brintintchi (ba); undágál (cb); bosseléole, djugale (fu); bireu
(mc); n’dué, n’dô (nl)

ARBUSTO ou pequena árvore Bastante comum


(até 6 m de altura), com ramos em savana
frequentemente verticilados e arborizada em
por vezes reduzidos a espinhos. toda a parte
continental do País,
FOLHAS verticiladas (3 por podendo ocorrer
verticilo), obovadas (6-15 cm por também em
3-6 cm); curtamente pecioladas floresta aberta.
FLORES grandes, vistosas Tem utilização
DH e odoríferas, tubulosas medicinal: a raiz
(tubo cilíndrico de 6-10 cm) é usada para
e pétalas brancas que se dores de barriga,
tornam amarelas. de estômago e
de bexiga.
FRUTOS lenhosos, elipsoidais
(4-10 por 3-6 cm), tendo na
extremidade os restos da flor;
numerosas sementes.

BI

BI

209
Ozoroa insignis
Anacardiaceae

beidamodjo, queleldjere (fu)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre dispersa em


(até 6 m de altura), bastante savana arborizada,
ramificada; pode ter uma sobretudo na zona
resina branca semelhante leste do País.
a látex nos cortes.
Tem utilização
FOLHAS verticiladas (em geral medicinal, sendo
3 por verticilo), de formato usada para
elíptico ou lanceolado (8-12 estimular a lactação
cm por 2-4 cm); numerosas nas mulheres.
RB nervuras laterais paralelas entre
si; pecioladas.

FLORES com 5 pétalas


amareladas ou brancas, em
inflorescências terminais ou
axilares ramificadas.

FRUTOS carnudos, globosos


mas achatados (8-10 mm
de comprimento), negros
BI
quando maduros.
BI

MS GB 211
Rauvolfia vomitoria
Apocynaceae

pó-di-bras, kolokolo (cr); berenquete (bf); codjés-cubide,


codjessi-cocanto, conhedje (bj); m´padima, n’ti kabras (nl)

ARBUSTO ou árvore (até 15 m Ocorre por todo o


de altura); com lenticelas no País, dispersa em
caule e látex branco. floresta aberta,
savana arborizada
FOLHAS verticiladas (4 por e margens de rios.
verticilo), de formato elíptico
(10-15 cm por 3-5 cm); pecioladas As folhas são
usadas contra
FLORES amarelas ou brancas, risco de aborto
em inflorescências terminais nas mulheres
DH ou axilares ramificadas. grávidas e o
caule e raiz para
FRUTOS carnudos, globosos
impotência sexual
(8-10 mm de diâmetro), cor-de-
masculina e dores
laranja na maturação.
de barriga.

213
Construção de canoa

Este grupo de espécies engloba árvores


de tamanhos bastante diferentes
que ocorrem também em habitats
diversificados.

Várias espécies são usadas com fins


medicinais e a madeira de algumas
também para construção de canoas e
outros artefactos, nomeadamente Alstonia
spp., cujas populações podem estar a
diminuir e deveriam ser monitorizadas.

Alstonia congensis Garcinia smeathmanii

MAD MW 215
Folhas compostas
bifolioladas e Neste capítulo estão incluídas árvores

trifolioladas
que têm folhas compostas, com dois ou
três folíolos cada. As espécies de árvores
com folhas bifolioladas e trifolioladas
são um grupo relativamente pequeno e
fácil de distinguir quando se observam
atentamente as folhas.

As 7 espécies que a seguir se apresentam


pertencem a quatro famílias: Caparáceas,
Fabáceas, Rutáceas e Sapindáceas. As duas
espécies do género Guibourtia parecem
ser atualmente raras e provavelmente são
gregárias, ocorrendo pontualmente no
território, mas com numerosos indivíduos
da mesma espécie.

217
Afraegle paniculata
Rutaceae

boranabô (fl); cursadje (fu); cursam-ô (md)

ARBUSTO ou ÁRVORE Registada em toda a


até 15 m de altura; ramos com zona continental do
espinhos axilares. . País, em floresta densa
e floresta aberta.
FOLHAS alternas, com 3 folíolos
São referidas várias
obovados a oblanceolados (2-3
MS aplicações medicinais
cm por 4-6 cm); pecioladas.
desta planta. Na
FLORES brancas, em geral com Guiné-Bissau
SP é conhecida
4 pétalas e numerosos estames,
a utilização da raiz
dispostas em pequenos grupos.
como afrodisíaco
FRUTOS globosos ou obovoides masculino.
(6-10 cm de comprimento), com
SP numerosas sementes.

219
Allophylus africanus
Sapindaceae

tris-fodja (cr); manau (ba); buguintchô-buiare (bf);


bugóentchom (bj); cordele, coleála, colehela sambadjadei,
sambassatáe (fu); vêvê-om (md); bugaintchom, futété (ss);
anhese (td)

ARBUSTO ou pequena árvore De ocorrência


até 8-10 m de altura; fuste curto. frequente em floresta
densa, floresta aberta,
FOLHAS alternas, compostas, galerias florestais e
cada uma com 3 folíolos palmares, assim como
(até 10-12 cm por 5-7 cm) em pousios.
obovados a elípticos, de
margem ondulada a dentada As folhas são usadas
para tratar corpo
na extremidade; os folíolos
inchado e usam-se
laterais são assimétricos
pedaços de ramos
e menores que o para escovar os dentes.
BI central; pecioladas. Os frutos maduros
são doces e bastante
FLORES pequenas de pétalas
apreciados pelas
brancas, em inflorescências em crianças.
panículas terminais
ou axilares. Espécie muito
frequente no
FRUTOS subglobosos (6-8 mm Arquipélago dos
de diâmetro), em pequenos Bijagós, sendo também
cachos; vermelhos consumida pelo
quando maduros. papagaio-cinzento,
Psittacus timneh.

221
Cynometra vogelii
Fabaceae
(Legominosae – Caesalpinioideae)

bonquete-cunhide (dj); boranabô (fl); cursadje (fu);


cursam-ô (md)

ÁRVORE pequena ou arbusto Espécie típica das


que pode atingir 10 m de altura; galerias florestais e
fuste tortuoso. margens de rios, em
solos encharcados, no
FOLHAS alternas, bifolioladas; sul e no leste do País.
folíolos elípticos (5-8 cm por 2-3
cm), espessos, assimétricos na
base; pecíolo curto.

FLORES om cinco pétalas


brancas, em inflorescências
com 10-15 flores.

FRUTOS vagens rugosas e


castanhas, em forma de meia-
lua (4-5 cm por 1,5-2 cm).

223
Erythrina senegalensis
Fabacae
(Leguminosae – Caesalpinioideae)

dolin, po-di-osso, bissaca, pó-de-osso (cr); m’zisse (ba);


cusserê, cusserum (bj); busélélé, sélélé, burale (bf); mochôla,
botchotchadje, bothola, bondja, m’zisse, dolimbai (fu); dlim-
ôdolim-ô, dolim-ô (md); n’chaka-refat, n’tchakarfat (nl);
bissansce (pp) / erythrine-du-Sénégal, arbre-corail (fr)

ÁRVORE pequena Muito comum nas


(até 12 m de altura), espinhosa; savanas e florestas
tronco rugoso. abertas, ocorrendo
frequentemente
BI FOLHAS alternas trifolioladas; também junto às
folíolos largamente ovados tabancas.
ou elípticos (7-15 cm por 4-10
Da parte interior da casca faz-se
cm), o folíolo central maior que chá, usado como fortificante e para
os laterais; pecíolo espinhoso, tratar dores de garganta. Também é
espessado na base. usada em inflamações e feridas. Nos
Bijagós é usada para mulheres com
FLORES de cor vermelho vivo, problemas de menstruação que
com 3-4 cm de comprimento; não conseguem engravidar, para a
inflorescências em cachos baça das crianças e para as picadas
terminais com 15-30 cm de de raia. As sementes são usadas no
comprimento. fabrico de colares.

MAD FRUTOS: vagens retorcidas É frequentemente plantada junto


(até c. 15 cm de comprimento) às balobas e usada como indicadora
que abrem espontaneamente de sítios sagrados. As flores e as
quando maduras, deixando cair vagens verdes são muito apreciadas
as sementes; sementes ovoides pelo papagaio-cinzento (Psittacus
de cor vermelho vivo (6-7 mm timneh).
de comprimento).

225
Erythrina sigmoidea
Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae)

dolimba, dolim-bá (md)

ÁRVORE pequena (até 8 m Não é muito


de altura), espinhosa; frequente, ocorrendo
tronco rugoso. principalmente nas
savanas arborizadas
FOLHAS alternas trifolioladas; da zona leste da
folíolos pubescentes Guiné-Bissau.
largamente ovados a
orbiculares (8-15 cm por 9-18 A raiz é usada contra
doenças venéreas
cm), o folíolo central maior que
(aplicação externa) e
os laterais; pecíolo espinhoso,
como diurético (uso
espessado na base. interno).
FLORES de cor vermelho vivo (c.
3 cm de comprimento) e cálice
tomentoso; inflorescências em
cachos terminais (até 15 cm de
comprimento).

FRUTOS vagens retorcidas


(até 7-10 cm de comprimento),
pubescentes; em cada vagem,
3-5 sementes ovoides de cor
vermelho vivo (6-7 mm de
comprimento).

227
Guibourtia copallifera
Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae)

pó-de-féro, pau-ferro (cr) / ussera, melámberi (mj)

ÁRVORE de 15-20 m de Rara ou pouco


altura; tronco de casca lisa, frequente na Guiné-
frequentemente com pequenos Bissau mas, sendo
contrafortes na base. gregária, pode ser
abundante
.
localmente; ocorre
FOLHAS alternas bifolioladas,
em florestas densas
com dois folíolos opostos, em e margens de rios.
forma de meia-lua (4-12 cm por
2-5 cm), lustrosos na página Sem utilizações registadas
superior; pecíolo curto. na Guiné-Bissau mas
noutros países da África
FLORES brancas com 4 sépalas, Ocidental as folhas, a
uma delas maior que as casca do tronco e a resina
PB restantes; inflorescências são usadas com fins
em panículas (10-50 cm de medicinais e mágico-
comprimento). religiosos. A resina (goma
copal) tem numerosas
FRUTOS vagens achatadas, de aplicações na indústria
forma elíptica (cerca de 4 cm por de vernizes e na indústria
3 cm), cada uma com 1 semente. farmacêutica; a madeira é
de boa qualidade.

Guibourtia leonensis distingue-se de G. copallifera por


ser de maiores dimensões (20-25 m de altura), ter os folíolos
membranosos, muito assimétricos e maiores (10-15 cm por 8-15
cm) e vagens menores (cerca de 2 cm de comprimento). Ocorre em
floresta densa no norte do País.

PB PB 229
Erythrina senegalensis

No âmbito deste capítulo, é de referir ainda a pequena árvore ou


arbusto Crateva adansonii (Capparaceae), que se pode encontrar
nas galerias florestais das zonas norte e leste da Guiné-Bissau; com
folhas alternas, de pecíolo longo e trifolioladas, apresenta flores
grandes de pétalas brancas ou amareladas e numerosos estames de
filete roxo; os frutos são grandes e amarelos quando maduros.

Algumas espécies deste grupo têm particularidades interessantes.


As Erythrina devem o seu nome, que significa vermelho, à cor
vermelho vivo das respetivas flores e frutos. As espécies deste
género, sobretudo E. senegalensis, são muito usadas na medicina
tradicional e têm conotações mágico-religiosas.

No início do século XX, a exploração de goma copal a partir


de Guibourtia copalifera parece ter tido alguma importância
Crateva adansonii económica localmente em Umpacaca, na zona norte da Guiné-
Bissau, mas atualmente esta espécie parece ser rara.

PB
231
Folhas compostas
digitadas Neste capítulo são tratadas espécies com folhas
compostas digitadas – folhas que têm vários
elementos (folíolos) dispostos como os dedos de uma
mão (digitados) e inseridos na extremidade de um
mesmo pecíolo.

Apresentam-se aqui 6 espécies, pertencentes a


duas famílias: Malváceas e Lamiácaeas, cada uma
representada por três espécies.

À primeira vista, as folhas compostas digitadas podem


confundir-se com folhas verticiladas, como as de
Alstonia boonei, ou com folhas agrupadas, como as de
Ricinodendron heudelotii. Contudo, A. boonei tem as
folhas simples, sem um pecíolo comum, e R. heudelotii
tem folhas lobadas (com recortes profundos) mas não
divididas em partes.

233
Adansonia digitata
Malvaceae (Bombacaceae)

cabacera, cabaceira, calabacera (cr); látè (ba); buásse (bf);


uáto, uguenabó (bj); bóè (fu); bedom-hal, burungule-
burúnque (mc); citô (md); bebáque, bedom-hal, brungal
(mj); m’béke (nl); burungule (pp); kiri (ss) / cabaceira,
calabaceira (pt); baobab (fr)

ÁRVORE de grande porte Ocorre em todo o


(até 20-25 m de altura), País, sobretudo junto
caducifólia; tronco liso, muito às povoações, onde é
alargado na base. cultivada, e também em
SP savana arborizada.
FOLHAS alternas, compostas
digitadas, com 5-7 folíolos A casca do tronco fresca é
desiguais (o central maior utilizada para tratamento
que os restantes) de formato de dor de barriga sem
obovado (8-16 cm por 3-6 cm); diarreia. Com as fibras da
12-18 pares de nervuras laterais; casca fazem-se cordas. A
pecíolo longo (8-15 cm). cinza do tronco da árvore
morta e da casca do fruto
FLORES grandes, com 5 é usada para sabão-
pétalas brancas recurvadas e preto. A polpa dos frutos
numerosos estames; solitárias, é comestível e bastante
pendentes no extremo de usada e comercializada
pedicelos compridos. em todo o País para fazer
refrescos; as folhas são
FRUTOS grandes, ovoides (20-35 também empregues em
cm por 10-15 cm), pendentes, culinária, em fresco, como
externamente lenhosos e djambôs, ou secas
densamente revestidos de e piladas, como lalos.
pelos; polpa branca farinhosa
com fibras castanhas
envolvendo as sementes.
MAD
235
Bombax costatum
Malvaceae (Bombacaceae)

poilão-foro, polóm-fidalgo, polóm-fôro, sumauma (cr);


bumbum, buúforè (ba); brêgue (bf); n’québonque (bj); djóia,
djóè (ff); djóia, djóè, luncum (fu); belofa (mc); buncum-ô (md);
djóia, belofa (mj); ulófo (pp)

ÁRVORE média a grande (até Típica de savana


15-20 m de altura), caducifólia; arborizada e de
tronco espinhoso; contrafortes floresta aberta, ocorre
na base das árvores maiores. em toda a zona
AP continental do País.
FOLHAS alternas, compostas
digitadas, com 5-7 folíolos A madeira, leve mas
desiguais de formato resistente e fácil de
estreitamente obovado (10-15 trabalhar, é muito usada,
cm por 4-7 cm), pontiagudos por exemplo, para fabricar
na extremidade; 8-12 pares de bancos tradicionais. As
nervuras laterais; pecíolo longo pétalas das flores caídas
(15-20 cm). são postas a secar e
piladas, fazendo-se lalo;
FLORES grandes (5-7 cm de as folhas jovens podem
diâmetro), com 5 pétalas usar-se do mesmo modo.
carnudas, cor-de-laranja ou As flores e os frutos
vermelhas, e numerosos verdes são dos alimentos
estames; solitárias. preferidos pelo papagaio-
FRUTOS grandes, lenhosos cinzento. Sendo uma
por fora, aproximadamente espécie bastante útil e
cilíndricos (10-16 cm por 4-6 cm), frequentemente abatida,
que se abrem longitudinalmente pode estar em regressão,
em 5 partes, libertando grande pelo que é recomendável o
quantidade de sementes seu seguimento e eventual
envoltas numa malha de fibras propagação em viveiro.
brancas (sumaúma).

237
Ceiba pentandra
Malvaceae (Bombacaceae)

poilão, poilon, polóm (cr); psáhè, pthaé, rumbum (ba), brêgue


(bf); cob-bê, fromager (bj); bantanhe (ff, fu); pentene (mc);
bantam-ó (md); péntia (mj); m’bath (nl); metchene, n´tene,
untene (pp)
Espécie emblemática
ÁRVORE de grande porte (até
na Guiné-Bissau,
30-35 m de altura), caducifólia;
ocorre sobretudo nas
tronco espinhoso nas árvores
zonas costeiras e sub-
jovens e com grandes
costeiras, em floresta
contrafortes na base
densa, floresta aberta
das árvores maiores.
e palmares, sendo
FOLHAS alternas, compostas frequentemente uma
digitadas, com 5-9 folíolos árvore emergente.
desiguais, de formato elíptico
a estreitamente obovado (15- Árvore quase sagrada,
20 cm por 3-6 cm), agudos na muito ligada às
cerimónias religiosas
extremidade; 15-20 pares de
de matriz africana.
nervuras laterais; pecíolo
longo (15-25 cm). A casca do tronco é usada para
curar feridas. Do tronco das
FLORES com 5 pétalas brancas, árvores grandes, grosso e de
pediceladas e com 3-4 cm de madeira leve, fabricam-se canoas.
diâmetro; numerosas, em A sumaúma parece não ser
inflorescências ramificadas. atualmente aproveitada. Com as
folhas secas e piladas prepara-se
FRUTOS grandes, lenhosos por lalos; com a cinza da casca do
fora, elipsoidais (15-25 cm por fruto e da madeira seca faz-se o
5-8 cm); abrem sabão-preto. Sendo uma espécie
longitudinalmente em 5 partes, bastante útil e frequentemente
ainda na árvore, libertando abatida, pode estar em regressão,
grande quantidade de sementes pelo que é recomendável o
envoltas numa malha de fibras seu seguimento e eventual
brancas (sumaúma). propagação em viveiro.

239
Vitex doniana
Lamiaceae (Labiatae, Verbenaceae)

cetona, cetona-pequeno, cetona-preta (cr); múni, múri


(ba); bugúa (bf); n’bumbo, ubumbo, ubunvo (bj); búmé (fu);
cutóbulo, cutubulô (md); bessápale, munsopane (mj); gúa
(pp) / prunier-noir (fr)

ÁRVORE (até 15 m de altura) ou Frequente


arbusto; fuste curto; copa densa em floresta
e arredondada. aberta, savana
arborizada e
FOLHAS opostas, compostas galerias florestais
digitadas, com 5 folíolos espessos, de todo o País,
desiguais (os centrais maiores sendo também
que os laterais) e de formato comum como
obovado (10-20 cm por 5-10 cm); arbusto nos
8-12 pares de nervuras laterais; pousios.
pecíolo longo (8-15 cm).
Tem utilização
FLORES brancas ou de cor violeta, medicinal como
com 5 pétalas, uma das quais maior abortiva, e a raiz
que as restantes; em inflorescências é utilizada para
axilares ramificadas. “dores de barriga”. O fruto
MAD
FRUTOS carnudos, globosos ou é comestível e bastante
ovoides (2-3 cm de comprimento), apreciado, sendo colhido para
MAD venda nas cidades.
negros quando maduros; dispostos
em pequenos grupos.

Vitex bojeri (Sin. V. ferruginea) é uma pequena árvore (até


10-12 m de altura) que ocorre no norte e no sul do País em floresta
densa, floresta aberta e palmar. Tem os ramos e folhas densamente
cobertos por pelos castanhos, e folíolos (5-15 cm por 3-6 cm) com a
extremidade pontiaguda.

241
Vitex madiensis
Lamiaceae (Labiatae, Verbenaceae)

cetona-pequeno, azeitona, azeitona-pequeno, cetona


(cr); muni (ba); bugúa (bf); bumé, bume-ainacobe (fu);
intompinha, n’ssogorro (nl); kukukunkuri (ss); anhongore (td)

ARBUSTO ou pequena árvore Registada na


(até 8 m de altura); fuste tortuoso zona continental
e copa aberta. do País, ocorre
em floresta
FOLHAS opostas, compostas aberta e savana
digitadas, com 3-5 folíolos espessos, arborizada.
desiguais (os centrais maiores que
os laterais), de formato obovado ou As raízes e as
elíptico (5-15 cm por 3-8 cm), margem flores são usadas como
em geral finamente ondulada; 8-12 fortificante e no parto;
pares de nervuras laterais; pecíolo as folhas, para mulheres
com 5-9 cm de comprimento. grávidas que perdem sangue
e também para tratar dores
FLORES brancas, cor-de-rosa ou de corpo e da barriga. Os
violeta, com 5 pétalas das quais frutos são comestíveis.
uma maior que as restantes; em
inflorescências axilares ramificadas.

FRUTOS carnudos, globosos ou


ovoides (2-2,5 cm de diâmetro),
negros quando maduros; dispostos
em pequenos grupos.

243
Algumas das espécies tratadas neste capítulo são
bastante importantes na Guiné-Bissau, em termos
socio-económicos e culturais. Os frutos das cetonas
(Vitex spp.) são comestíveis e comercializados
em Bissau. A cabaceira é uma das espécies mais
importantes nos meios rurais, com frutos muito
apreciados e folhas também comestíveis.

A madeira de poilão-foro é bastante apreciada e


as flores e folhas são comestíveis. O poilão, árvore
quase simbólica no País, além de ser usado na
construção de canoas, e sendo uma árvore imponente,
é frequentemente usado como local de cerimónias
mágico-religiosas.

245
Folhas compostas
paripinadas Neste capítulo incluem-se espécies de árvores
com folhas paripinadas (ou parifolioladas) – folhas
compostas em que os folíolos são em número par
e estão dispostos ao longo de um eixo central. Este
eixo central designa-se por ráquis e cada uma das
partes da folha é designada por folíolo. Nas árvores
de folhas compostas é a ráquis da folha que está
ligada aos ramos, tendo em geral a base espessada e
frequentemente flexível (pulvino).

São apresentadas 11 espécies, pertencentes a três


famílias. A maioria pertence à família das Fabáceas,
com um total de seis representantes, seguindo-se
as Sapindáceas com quatro espécies e as Meliáceas
com uma.

247
Afzelia africana
Fabaceae
(Leguminosae –Caesalpinioideae)

pó-de-conta, pau-conta (cr); biiguê, pega (ba); buáô (bf);


lengue, lénguei (ff); lengueje, leoncó, luengue (fu); bignáni
(mc); lencom-ô, linqué (md); becancha, becancla, congô,
gongô (mj); butáua, butone (pp)

ÁRVORE média a grande Ocorre em todo o


(15-20 m de altura); fuste em País, sobretudo em
geral curto, cinzento, com floresta aberta e
escamas espessas. savana arborizada;
mais frequente nas
FOLHAS alternas (até 30 cm zonas costeiras, com
de comprimento), compostas alguma frequência na
paripinadas; 4-5 pares de orla do mangal.
folíolos opostos ou subopostos,
elípticos ou ovais (6-15 cm A casca é usada contra
por 4-8 cm). a anemia. A madeira
é muito apreciada em
FLORES esbranquiçadas, carpintaria. As sementes,
odoríferas, em inflorescências tóxicas, servem de contas
terminais ramificadas. num jogo tradicional,
o que explica o nome
FRUTOS: vagens lenhosas (10-18 comum em crioulo.
cm por 6-8 cm), achatadas (2- Considerada vulnerável
30 cm de espessura), que abrem na região; sendo bastante
ainda na árvore deixando útil e frequentemente
cair 7-10 sementes pretas, de abatida, pode estar
extremidade cor-de-laranja. em regressão, e é
recomendável o seu
seguimento e eventual
propagação em viveiro.

249
PB
Anthonotha crassifolia
Fabaceae
(Leguminosae – Caesalpinioideae)

bufelbem (bf); búbè, corobaque (fu); brobaque, coibalé,


confé, corobaque, coufè (nl)

ÁRVORE pequena a média (10- Pouco frequente,


15 m de altura). ocorre sobretudo
em floresta densa e
FOLHAS alternas (até 35 cm floresta aberta no sul
de comprimento), compostas e leste do País.
paripinadas; 2-4 pares de
folíolos opostos, grandes e
elípticos (10-15 cm por
5-8 cm), com 9-12 pares de
nervuras laterais.

FLORES pediceladas, em
inflorescências terminais
ramificadas.
PB
FRUTOS: vagens lenhosas (10-12
cm por 5-6 cm) achatadas; 2-3
sementes achatadas, grandes.

251
Blighia unijugata
Sapindaceae

osso-de-dari (cr); bissabe (bf); democôri, sátágá-preto (fu);


firifora (md); m’but-balé, n’timlake (nl); beleque-súlè (ss)

ÁRVORE média a grande Típica da floresta


(até 15-20 m de altura), de densa do sul do
fuste longo. País, pode ocorrer
também em
FOLHAS alternas, compostas galerias florestais.
paripinadas; 2-3 pares de
folíolos opostos ou subopostos, As folhas são
elípticos (10-15 cm por 4-7 cm). usadas contra
“febre amarela”
FLORES esbranquiçadas, (provavelmente icterícia).
em inflorescências axilares Com a madeira fabricam-
JS ramificadas. se pentes e colheres de
cozinha.
FRUTOS carnudos, achatados
(2-3 cm de comprimento), Não é frequente e por
de ápice bicudo; 3 vezes é abatida, sendo
sementes pretas, de recomendável a respetiva
extremidade amarela. monitorização.

Blighia sapida (árvore até 15 m de altura) foi registada no


norte e no arquipélago dos Bijagós, em floresta densa e floresta
aberta. Folhas com 3-5 pares de folíolos (9-12 cm por 6-8 cm),
os inferiores muito mais pequenos que os superiores; o fruto
é carnudo, obovado (4-6 cm de comprimento) e comestível.
Introduzida e cultivada em várias regiões tropicais.

253
Cassia sieberiana
Fabaceae
(Leguminosae – Caesalpinioideae)

canafistra, canafístula, sambassinhague (cr); p’fonante (ba);


bissindje, bussindja (bf); caquecequece (bj); sama-sidjam,
samba-sindjandje, samba-sinhangho, sambasinhanha,
sambassinhamé, sandjoné, sanjoué (fu); sindjam-ô (md);
bentape, n’tame, untame (mj); betame (pp)

ÁRVORE pequena a média (8-15 Frequente em todo


m de altura); fuste em geral o País, típica da
curto e tortuoso; copa aberta; savana arborizada
alguns ramos basais podem e dos pousios,
persistir como espinhos. ocorre também
em floresta aberta
FOLHAS alternas (até 30 cm e pode persistir
de comprimento), compostas durante bastante
paripinadas; 5-8 pares de tempo em palmar
folíolos opostos, elípticos ou ou floresta densa em
ovais (4-7 cm por 3-4 cm). regeneração.
FLORES om 5 pétalas amarelas, A raiz é utilizada
pediceladas, numerosas; em como antibiótico e
inflorescências ramificadas, para dores do corpo
pendentes (30-50 cm de e rins; as folhas, para a
comprimento). falta de apetite. As folhas
FRUTOS vagens cilíndricas ajudam a amadurecer
muito compridas (1-1,5 cm frutos, nomeadamente
de diâmetro, 40-60 cm de bananas.
comprimento), castanho-
escuras, que se podem partir
em numerosos segmentos,
cada um com 1 semente.

BI
255
Copaifera salikounda
Fabaceae
(Leguminosae – Caesalpinioideae)

ÁRVORE de grande porte Ocorre em floresta


(25-35 m de altura); tronco densa, apenas no
cilíndrico e longo. Sudoeste do País.
FOLHAS alternas, compostas
paripinadas; 5-7 pares de
folíolos opostos, elípticos
ou ovais (3-4 cm por 2-3 cm),
assimétricos na base.

FLORES pequenas, numerosas,


em inflorescências terminais
ramificadas.

FRUTOS vagens lenhosas,


pequenas (3-4 cm por 5-6 cm),
achatadas, que abrem ainda na
árvore; 1 semente vermelha.

257
Daniellia oliveri
Fabaceae
(Leguminosae – Caesalpinioideae)

pau-incenso, pó-de-incenso (cr); bóbe (ba); ucumbo


(bj); tchénè (fu); santam-ô, santam-um, santangô (md);
becúncaro, biécar (mj); boto, m’bétá (nl); rúngulo, untande
(pp); kaméuri (ss) / santan, tchébè, tchéne (fr)

ÁRVORE média a grande Muito frequente


(15-20 m de altura), caducifólia em floresta
e resinosa; tronco longo, com aberta e savana
placas grandes, cinzento- arborizada de
acastanhado, vermelho no corte. todo o País, e
muito comum
FOLHAS alternas (até 40 cm de em zonas queimadas
comprimento), compostas periodicamente.
paripinadas; 4-10 pares de folíolos
opostos ou subopostos, elípticos As folhas são utilizadas
ou ovais (8-16 cm por 4-8 cm). contra dores do corpo.
A madeira é leve e fácil
FLORES com 5 pétalas brancas, de trabalhar e do tronco
em inflorescências axilares fazem-se pilões. A casca
ramificadas; podem desenvolver- e a seiva seca queimam-
se com a árvore ainda sem folhas. se como ambientadores
FRUTOS vagens achatadas e cheiram a incenso.
BI (5-9 cm por 3-5 cm) que abrem
deixando cair 1 semente
achatada, castanha, ligada a uma
asa membranosa.

Daniellia thurifera árvore de grande porte, ocorre em


floresta densa na zona sul e no arquipélago dos Bijagós. Folhas
com 7-9 pares de folíolos (6-9 cm por 2.5-3,5 cm) e flores de cor
vermelha ou violeta.

259
Khaya senegalensis
Meliaceae

bissilon, bissilão (cr); famé, iacume, tagmi, táminii (ba);


bussilô (bf); unchómrô, unchonro (bj); cáe (ff); cáe (fu);
biaiérre (mc); djaló (md); béntia, bentiene, betone (mj);
embale, utime (pp) / acajou-du-Sénégal, caïcédrat (fr)

ÁRVORE média a grande Frequente em


(15-25 m de altura); tronco floresta aberta,
em geral curto e alargado na savana arborizada,
base, cinzento-acastanhado, galerias florestais e
vermelho no corte; copa densa. margens de rios por
todo o País
FOLHAS alternas, compostas
paripinadas; 3-6 pares de A infusão da casca
folíolos opostos ou subopostos, e seiva usam-se
elípticos (6-12 cm por 3-5 cm). para a anemia e
limpeza intestinal.
FLORES com 4 pétalas brancas, A madeira é de boa
numerosas; em inflorescências qualidade e bastante
ramificadas, na axila das apreciada em marcenaria;
folhas jovens. também muito utilizada
FRUTOS lenhosos, globosos na construção de canoas
(5-8 cm de diâmetro); abrem nhominca.
MAD
ainda na árvore por 4 fendas, Considerada vulnerável
deixando sair numerosas na região e, embora na
sementes achatadas, rodeadas Guiné-Bissau não pareça
por uma asa membranosa. ameaçada, a propagação
em viveiro e plantação
promoverão a sua
utilização sustentável.

261
Lecaniodiscus cupanioides
Sapindaceae

pó-di-cama, ghandjam (cr); sátaga (fu); ataparquê (td)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre dispersa


(até 12-15 m de altura) com no estrato inferior
contrafortes na base do tronco. da floresta densa
e em palmar, no
FOLHAS alternas, compostas norte e sul da parte
paripinadas; 4-7 pares de continental do País e
folíolos alternos a subopostos, no arquipélago dos
largamente elípticos ou Bijagós.
obovados (8-15 cm por 4-8 cm),
com 8-12 pares de nervuras A raiz é usada contra
laterais, salientes na tosse, rouquidão e
página inferior. doenças venéreas.
O fruto é comestível.
FLORES unissexuadas, as
masculinas, esverdeadas com
centro cor-de-laranja, em
inflorescências ramificadas
nas axilas das folhas terminais
PB (10-25 cm de comprimento);
as femininas esverdeadas, em
inflorescências ramificadas nas
axilas das folhas terminais (5-
10 cm de comprimento).

FRUTOS carnudos, ovoides


(c. 1,5 cm de comprimento),
em geral com 1 única semente
de cor púrpura-escuro e
extremidade branca.

263
Lepisanthes senegalensis
(Sin. Aphania senegalensis)
Sapindaceae
cerença, cerija, serinça (cr); m’bôtcherê (ba); bulebo (fl);
culneldacu, mantchampôdje (fu); simbode-ô, simbondô
(md); bute, n’pórlô, obalei (pp)

ÁRVORE pequena (até 8-10 m Dispersa em floresta


de altura) ou arbusto; fuste aberta e em galerias
curto e ramificado. florestais e margens
de rios, geralmente
FOLHAS alternas, compostas em solos húmidos e,
paripinadas; 1-2 pares de com certa frequência,
folíolos opostos, elípticos, na orla do mangal.
ligeiramente assimétricos na Registada no norte,
base (6-15 cm por 4-8 cm), com leste e arquipélago dos
6-10 pares de nervuras laterais. Bijagós mas é provável
FLORES com 5 pétalas que ocorra também no
brancas ou esverdeadas, sul do País.
em inflorescências axilares As folhas são
ramificadas. usadas na hérnia
FRUTOS carnudos, globosos umbilical. Os frutos
BI
a ovais (1,5-2,5 cm de são comestíveis e
comprimento), vermelhos bastante apreciados
quando maduros; isolados ou localmente.
em pequenos grupos.

Observando-se apenas folhas


com 2 folíolos poder-se-á
supor, indevidamente, que a
espécie se inclui no capítulo
dedicado às folhas
compostas bifolioladas.

265
Não foram aqui tratadas algumas espécies de folhas
compostas paripinadas por ocorrerem mais raramente,
como Daniellia ogea (Fabáceaas), Eriocoelum kerstingii
e Placodiscus riparius (Sapindáceas).

Várias das espécies incluídas neste capítulo são


importantes no País, quer em termos económicos
quer ecológicos. Afzelia africana (pau-conta) e Khaya
senegalensis (bissilom) são duas árvores com madeira
bastante apreciada e que foram muito derrubadas
nas últimas décadas. No tempo colonial era frequente
a plantação de bissilom ao longo das estradas, o que
ainda hoje se pode observar em alguns locais.

PB
Canoa acabada de fazer Daniellia thurifera

AP
Blighia sapida

Bissilom à beira
de estrada SD
267
Folhas compostas
Opostas
imparapinadas Neste capítulo incluem-se espécies de árvores com folhas
imparipinadas, ou seja, folhas compostas por folíolos dispostos
ao longo de um eixo central (ráquis) e por um folíolo terminal,
totalizando um número ímpar de folíolos. É de notar, no entanto,
que em algumas espécies podem ocorrer, no mesmo indivíduo,
folhas com número par de folíolos.

São tratadas neste capítulo 28 espécies de árvores pertencentes


a seis famílias. Uma grande parte das espécies pertence à família
das Fabáceas (10 representantes) seguindo-se as Anacardiáceas (6
espécies), as Meliáceas (5 espécies), as Bignoniáceas e as Rutáceas
(3 espécies) e as Simarubáceas (1 espécie).

269
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Carapa procera
Meliaceae

kola-malgos, cola-amargoso, cola-malegossa (cr); bussabua


(bj); punhe (bm); boculamape (fl); boncom-hadje, gobi,
mambodadje (fu); maló, boncom-ô (md); bépale, buaque,
cóque (mj); bóco (pp)

ÁRVORE média a grande (15-25 Ocorre dispersa


m de altura); tronco rugoso, em floresta aberta,
cinzento-esverdeado, rosa-claro palmar e margens
no corte. de rios de todo
o País.
FOLHAS alternas, muito
grandes, compostas O óleo das
imparipinadas mas sementes é
frequentemente terminando usado para
em 2 folíolos opostos; 11-15 diversas afeções,
folíolos alternos ou opostos, nomeadamente
elípticos (10-20 cm por 4-8 cm), “dores de corpo
ligeiramente assimétricos na das crianças”
base, os basais mais curtos e (cite-malgos).
largos que os terminais, com Também aplicada
6-10 pares de nervuras laterais; para acalmar dores
pecíolo longo (até 50 cm). de barriga e febre
de bebés.
FLORES de cor rosa-claro,
numerosas, em inflorescências
axilares ramificadas.
FRUTOS lenhosos, globosos
(8-12 cm de diâmetro), com
saliências longitudinais,
abrindo em 5 partes;
12-15 sementes.

271
Cordyla pinnata
Fabaceae
(Leguminosae – Caesalpiniodeae)

mango-de-mato (cr); psila (ba); dirqué, dóki, duco, dúki, dúquei


(fu); doto, dúnta, dutos, ulacomnô-dutô (md)

ÁRVORE pequena a média Ocorre dispersa em


(10-15 m de altura); tronco floresta aberta e
cinzento-escuro, castanho savana arborizada;
no corte; casca espessa registada na zona
e suberosa. continental do País.
FOLHAS alternas, compostas A casca do tronco
imparipinadas (até 30 cm de é utilizada contra
comprimento); 11-21 folíolos dores e hérnias. A
GB
opostos a alternos, elípticos ou polpa dos frutos e
ovais (5-8 cm por 2-4 cm). as sementes são
comestíveis.
FLORES amarelo-esverdeadas,
em inflorescências
axilares ramificadas (até
8 cm de comprimento).

FRUTOS carnudos, globosos


(4-6 cm de diâmetro),
pedunculados, verde-
amarelados quando maduros;
2-3 sementes.

273
Dalbergia boehmii
Fabaceae
(Leguminosae – Caesalpiniodeae)

bierequété (bf); godjoli (fu); n’pessa, umpessa (mj);


n’ticambague (nl); simoili (ss); ambrecome (td)

ÁRVORE pequena (8-12 m de Ocorre dispersa em


altura), caducifólia; fuste curto. floresta aberta e
savana arborizada
FOLHAS alternas, compostas por todo o País.
imparipinadas; 9-13 folíolos
peciolados opostos ou As folhas usam-se
subopostos, elípticos ou para tratar doenças
ovais (3-5 cm por 2-3 cm), de pele.
membranosos.

FLORES pequenas, brancas, em


inflorescências terminais ou
axilares ramificadas.
FRUTOS vagens achatadas,
membranosas, alongadas (4-6
cm por 1-1,5 cm), pendentes dos
ramos em grupos; 1-2 sementes.

AP

275
Detarium senegalense
Fabaceae
(Leguminosae – Caesalpiniodeae)

mambode (cr); bobode (bf); cudoce (bj); boto, pó-


pondogo, querenduta (fu); mabodô, sarôco (md);
bumbuar (mj); bórrè (pp)

ÁRVORE média a grande (15-20 m Ocorre em todo o


de altura); fuste em geral curto; País, dispersa em
copa baixa. floresta aberta e
galerias florestais.
FOLHAS alternas, compostas
imparipinadas mas por vezes Do fruto, a parte
com 2 folíolos terminais; 11-13 fibrosa é usada
folíolos pares de folíolos alternos como esfregão de
ou subopostos, elípticos ou ovais cozinha e a cinza
(4-6 cm por 3-4 cm). emprega-se no
fabrico de sabão-
FLORES pequenas, preto; a polpa é
esbranquiçadas, em referida como
inflorescências axilares comestível em
ramificadas (8-10 cm). alguns países da
sub-região.
FRUTOS globosos mas
algo achatados (5-6 cm
de diâmetro), pedunculados;
polpa delgada amarelo-
esverdeada, numa matriz
fibrosa que envolve o caroço
lenhoso grande.

Detarium microcarpum é uma pequena árvore (até 10 m) de


floresta aberta e savana arborizada, em todo o País. Folíolos ovais ou
elípticos (7-11 cm por 3-5 cm) e frutos globosos mas achatados (3-5 cm
de diâmetro).

277
Dialium guineense
Fabaceae
(Leguminosae – Caesalpiniodeae)

veludo, beludo, pau-veludo, pó-de-veludo (cr); m’boié, n´boi,


umboi (ba); bufarô (bf); epádum (bj); equitenhalé, cufodjaiaco
(fl); boiè-maio, cossiráe, mèco, moquê (fu); citó, cossitô, moquê
(md); bebúi, bubúi (mj); m’bim, m’bimbe (nl); moquê (ss);
atenguengelere (td)

ÁRVORE média a grande Ocorre em floresta


(15-25 m de altura); tronco densa, floresta
cinzento-escuro com aberta, palmar e
manchas mais claras. galerias florestais
e margens de
FOLHAS alternas, compostas lagoas e de rios,
imparipinadas; 5-7 folíolos por todo o País.
opostos ou subopostos,
elípticos ou ovais (5-8 cm Usam-se os frutos
por 3-4 cm); pecíolo para tratar diarreias
castanho e espesso. e a decocção das
folhas com a casca
FLORES pequenas, amareladas, para dores de olhos.
BI
numerosas, em inflorescências A polpa que envolve
terminais ramificadas. a semente
é comestível e usada
FRUTOS subglobosos mas
para fazer refrescos
achatados, de cor negra e com
e gelados, sendo os
muitos pelos (aveludados);
frutos comercializados
dispostos em infrutescências
nas cidades; as folhas
terminais; 1 semente, envolvida
piladas substituem o
por uma polpa farinhosa.
limão na confeção de
moni (tipo de papa de
farinha de arroz ou
milho preto consumida
durante o Ramadão).

279
Ekebergia capensis
(Sin. E. senegalensis)
Meliaceae
nopode (bj); mánenae (fu)

ÁRVORE pequena (12-15 m Ocorre em todo o


de altura); tronco cinzento- País, em floresta
acastanhado, vermelho aberta e savana
no corte. arborizada.
RB
FOLHAS alternas, compostas Árvore pouco
imparipinadas; 7-15 folíolos frequente mas que
opostos ou subopostos, não parece estar
assimétricos na base, elípticos ameaçada.
RB (5-10 cm por 3-4 cm), com 10-
18 pares de nervuras laterais;
pecíolo longo.

FLORES pequenas com 5 pétalas


RB brancas, em inflorescências
axilares ramificadas.

FRUTOS carnudos, globosos (1,5-


2 cm de diâmetro), vermelhos
quando maduros; 2-5 sementes.

281
Lannea acida
Anacardiaceae

pó-de-saia, mantede (cr); dôto (ba); bubomba (bf); canholora


(bj); equequeldamae (fl); bembedja, bembem-hei, tchingole
(fu); bémbô (md); betôlôdje (pp)

ÁRVORE pequena (até 10 m de Frequente em


altura), caducifólia; tronco cinzento-todo o país
acastanhado, de casca fibrosa em floresta
vermelha raiada de amarelo aberta e savana
no corte. arborizada;
parece ser
FOLHAS alternas, compostas resistente
imparipinadas (até 30 cm de ao fogo. Tem
comprimento); 7-11 folíolos opostos utilização
ou subopostos, estreitamente ovais medicinal:
ou lanceolados (4-10 cm por 2-5 cm), “aumenta o
os laterais assimétricos sangue” e é
usada em doenças de
FLORES pequenas, com 4 pétalas
olhos. Os frutos são
amarelo-esverdeadas, em
comestíveis. A seiva é
inflorescências terminais ramificadas
utilizada como cola.
(até 15 cm de comprimento); a planta
Com a fibra do tronco
floresce ainda sem folhas.
e das raízes fazem-se s
FRUTOS carnudos, ovoides (c. 1 cm aias bijagós. Os frutos
de comprimento), com 4 pequenos são favoritos na dieta
dentes na extremidade; vermelho- do papagaio-cinzento.​
escuros quando maduros e dispostos
em cachos.

Lannea nigritana é uma pequena árvore, dispersa em floresta


densa e floresta aberta na parte continental do País; folhas com 7-13
folíolos, o terminal oval; frutos (até 0,8 cm de comprimento) negros
quando maduros.

283
Avicennia germinans
Avicenniaceae
Lannea velutina
Anacardiaceae

bembei, dembei, mantede (cr); dôtô (ba); bembedje, bembei,


bembem-hei, tchingole (fu); bémbô (md); betôlôdje (pp)

ÁRVORE pequena (6-10 m de Até agora


altura), caducifólia; tronco registada na parte
cinzento-acastanhado, de casca continental do
fibrosa vermelha no corte País; frequente em
floresta aberta e
FOLHAS alternas, compostas savana arborizada
imparipinadas (até 25 cm de e em locais
comprimento); 7-13 folíolos frequentemente
opostos ou subopostos, com queimados,
muitos pelos, sobretudo na parecendo ser
página inferior, ovais (7-10 resistente ao fogo.
cm por 3-6 cm), os laterais
assimétricos. Os frutos são
comestíveis. Da
FLORES pequenas, com 4 parte interior
pétalas amareladas, em da casca do
inflorescências terminais tronco, fibrosa,
ramificadas com muitos fazem-se cordas.
pelos; a planta floresce
ainda sem folhas.

FRUTOS carnudos, elipsoidais


(c. 1 cm de comprimento),
com 4 pequenos dentes na
extremidade; vermelhos
quando maduros e dispostos
em cachos.

285
Lonchocarpus sericeus
Fabaceae
(Leguminosae – Papilionoideae)

pó-de-linguana, costa-de-lagarto, linguana (cr);


buchomalé (bf); capatanca, empantanca (bj); canaine
(md); n’compaca (nl)

ÁRVORE pequena a média Presente em todo


(10-15 m de altura); fuste o País mas mais
curto e alargado na base; frequente nas zonas
copa baixa; ramos com litorais, sobretudo
pontuações brancas. margens de rios, e
em floresta aberta
FOLHAS alternas, compostas na orla do mangal.
imparipinadas; 7-11 folíolos
opostos ou subopostos, A casca do tronco
elípticos ou ovais (6-12 cm por é usada para
4-8 cm), os terminais maiores provocar a
que os da base da folha. diarreia, ou seja,
para “limpeza
FLORES de cor lilás-claro, em da barriga”.
inflorescências axilares ou
terminais ramificadas.

FRUTOS vagens achatadas (5-12


cm por 1,5-2,5 cm, c. 0,5 cm de
espessura), muito pubescentes;
1-5 sementes.

287
Markhamia tomentosa
Bignoniaceae

pó-de-canhaco (cr); boloitche (ba); n’álè, um-hálè (fu)

ÁRVORE pequena (até 8-12 m Registada no sul


de altura) ou arbusto; tronco e no norte do País,
verde-acinzentado, amarelo ocorre dispersa
SP no corte; casca delgada, em floresta aberta,
fendilhando-se verticalmente. palmar e
galerias florestais.
FOLHAS alternas, compostas
imparipinadas (até 50 cm de
comprimento); 9-15 folíolos
opostos, assimétricos, elípticos
(6-10 cm por 3-5 cm), de
margem dentada e
ápice pontiagudo.

FLORES amarelas raiadas


de vermelho, grandes (4-5
cm de comprimento), em
inflorescências terminais.

FRUTOS achatados, muito


longos e estreitos (30-60 cm
por c. 1,5 cm), pendentes dos
ramos, contendo numerosas
sementes rodeadas por
asas membranosas.

289
Newbouldia laevis
Bignoniaceae

manduco-de-feticero (cr); bugampal (bf); canhom,


cassinconco (bj); sucúndè (ff); bulbudjunab (fl);
canhómburi (fu); becuape (mj); n´simkété, singèle (nl);
angade-tcharre (td)

ARBUSTO ou pequena árvore Frequente em


(até 6-8 m de altura); floresta aberta,
ramos com numerosas palmar e savana
pontuações brancas. arborizada, é
também comum
FOLHAS compostas em pousios.
imparipinadas (até 50 cm de
comprimento); 7-13 folíolos A raiz é usada
opostos, assimétricos, elípticos como abortivo e
(12-25 cm por 4-6 cm), de contra reumatismo
margem dentada e ápice e gonorreia.
BI pontiagudo e com
pontuações lilás na base.

FLORES cor-de-rosa e
brancas, grandes (4-5 cm
de comprimento), em
BI inflorescências terminais.

FRUTOS cilíndricos, longos e


estreitos (25-35 cm por c. 2
cm), pendentes dos ramos;
sementes rodeadas por asas
membranosas.

291
Pericopsis laxiflora
Fabaceae
(Leguminosae – Papilionoideae)
cúlèculè, culi-culi, culu-cula (fu); baba, buba (mj)

ÁRVORE pequena (até 10 m de Ocorre sobretudo


altura); fuste curto. dispersa em
savana arborizada;
FOLHAS alternas, compostas registada na parte
imparipinadas; 7-13 folíolos continental do País.
alternos a subopostos, elípticos
(5-8 cm por 3-5 cm). A casca é
usada como
FLORES esbranquiçadas, antiparasitário. A
pequenas, em madeira, densa e
inflorescências axilares ou rija, serve para
terminais ramificadas. fazer arados.
FRUTOS vagens achatadas
(7-12 cm por 1,5-2,5 cm),
membranosas; 1-3 sementes.

PB

293
Pterocarpus erinaceus
Fabaceae
(Leguminosae – Papilionoideae)

pó-di-sangue, pau-sangue (cr); psilá, sila (ba); buana (bf);


bane, báni, djêgo (fu); beléle (mc); kenê, quénò (md); beléle,
beliadje, betéi, olei (mj); n’sila (nl); beliadje, betéi, ulei (pp)

ÁRVORE pequena a média Muito comum em


(10-15 m de altura), caducifólia; floresta aberta e
fuste cilíndrico, cinzento- savana arborizada,
escuro, vermelho no corte, com registada em toda
seiva vermelha. a zona continental
do País; é provável
FOLHAS alternas, compostas que também ocorra
imparipinadas; 7-11 folíolos no arquipélago
alternos, elípticos (5-10 cm por dos Bijagós.
3-6 cm), com 10-15 pares de
nervuras laterais. A casca do tronco é
preparada em xarope e
FLORES amarelas pequenas, amplamente utilizada
em inflorescências terminais para tratar anemias
ramificadas (10-20 cm de (buri-sangue, em crioulo).
comprimento); em geral a A madeira é vermelha
árvore floresce ainda sem e densa, bastante
folhas. apreciada em marcenaria.
FRUTOS em forma de disco Nos últimos anos tem
(4-7 cm de diâmetro), com sido intensamente
grande desidade de pelos abatida no País e
grandes ao centro e uma as suas populações
asa membranosa na estão em declínio,
periferia; 1 semente. sendo recomendável
a monitorização e
propagação em viveiro
para reflorestação.

295
Pterocarpus santalinoides
Fabaceae (Leguminosae – Papilionoideae)

mangantem (cr); dêssa, dessáha, déxa (ba); antante,


benganta (bf); ebontonton (bj); djégo (ff); djecudjecumádje,
d’jega, d’jego, mangantum (fu); nitichiba, n’tisebá, sibá (nl)

ÁRVORE pequena a média Típica de solos


(até 10-15 m de altura); fuste húmidos, ocorre
cilíndrico, cinzento-escuro com em galerias
placas delgadas, raiado de florestais e
vermelho no corte. margens de rios
e lagoas de
FOLHAS alternas, todo o País.
imparipinadas; 5-9 folíolos
alternos a subopostos, ovais Os caules e as
(8-12 cm por 3-5 cm). raízes têm
utilização
FLORES amarelas ou medicinal.
cor-de-laranja (c. 1,5 cm As sementes
de comprimento), em são comestíveis.
inflorescências axilares Plantada como
(10-20 cm de comprimento). ornamental no
arquipélago
FRUTOS em forma de disco dos Bijagós.
(3-5 cm de diâmetro),
com centro rugoso e uma
asa membranosa na
periferia; 1 semente.

297
Quassia undulata
(Sin. Hannoa undulata)
Simaroubaceae
psône, psunn, tibdé (ba); tchuco (bj); colanzu, colonzo, quécui,
quécui-djom, tibedé (fu); bren (mc); kéo-fôro (md)

ÁRVORE pequena a média (8-12 Comum em


m de altura), caducifólia; tronco floresta aberta e
de casca espessa e encortiçada. savana arborizada,
e também em
FOLHAS alternas, compostas pousios.
imparipinadas (até 30 cm de
comprimento); 5-11 folíolos As folhas moídas
opostos, elípticos (4-10 cm por e diluídas em
2-3 cm), assimétricos na base; água utilizam-
pecíolos longos. se para tratar
o reumatismo;
FLORES amareladas pequenas, acredita-se que
em inflorescências terminais “dá sorte” lavar
ou axilares ramificadas. o corpo na água
onde estiveram
FRUTOS carnudos (1,5-2 cm mergulhadas folhas
por 1-1,5 cm), verde-escuros da planta.​
na maturação, dispostos em
cachos; 1 semente.​

299
SP
Sclerocarya birrea
Anacardiaceae

éri (fu)

ÁRVORE pequena (até 12 m Pouco frequente,


de altura), caducifólia, de registada em
fuste curto. savana arborizada
no leste do País.
FOLHAS alternas, compostas
imparipinadas (até 20 cm de A infusão de casca
comprimento); 11-21 folíolos do tronco e das
opostos ou subopostos, folhas em água
elípticos ou ovais (até 3 cm fria é usada
por 2 cm), de margem contra a febre.
dentada ou ondulada.
Em países vizinhos
FLORES pequenas, com a polpa dos frutos
4 pétalas avermelhadas, é referida como
AZ comestível e as
em inflorescências
alongadas; a árvore sementes como
floresce ainda sem folhas. comestíveis e
oleaginosas, mas
FRUTOS ecarnudos, globosos tais utilizações não
(3-4 cm de diâmetro), com estão registadas na
4 pequenos dentes na Guiné-Bissau.
extremidade, amarelos
GB
quando maduros; dispostos
em pequenos grupos.

301
Sorindeia juglandifolia
Anacardiaceae

m’riuol (ba); aionque (bj); undêbári (cb); sandji- bombro (fu);


lagari (mj); n’taluass, n’tchalúas, untchalbinass (nl); n’tata,
untata (pp); ambilire (td)

ARBUSTO ou árvore Frequente em


pequena (até 8 m de altura). floresta aberta e
palmar, e também
FOLHAS alternas, compostas em pousios.
imparipinadas (até 50 cm de
comprimento); 5-9 folíolos Usada
opostos ou subopostos, medicinalmente
elípticos (até 20 cm por 8 cm), contra a impotência
os terminais maiores que os sexual masculina;
basais; pecioladas. as folhas piladas
servem para curar
FLORES pequenas, brancas feridas e abcessos.
ou rosadas, em Os frutos
inflorescências axilares ou são comestíveis.
terminais ramificadas.

FRUTOS carnudos, globosos


(c. 1 cm de diâmetro),
pedunculados, amarelos
quando maduros, dispostos
em cachos.

303
Spathodea campanulata
Bignoniaceae

piquério (ba); cafauano, culasseque, suncúndè (fu); sula-selô


(md); teme (pp)

ÁRVORE média a grande (15- Dispersa em


25 m de altura); tronco liso, galerias florestais e
cinzento-esverdeado, amarelo margens de rios no
no corte sul e leste do País;
também plantada.
FOLHAS compostas
imparipinadas (até 50 cm de Utilizada como
comprimento); 11-15 folíolos planta ornamental
opostos, assimétricos na base, e sombreadora.
elípticos (8-12 cm por 3-5 cm).

FLORES vistosas vermelhas,


grandes, em inflorescências
terminais (8-12 cm de
comprimento).

FRUTOS achatados, longos


e estreitos (até c. 30 cm de
comprimento), pendentes dos
ramos; sementes rodeadas por
asas membranosas.

305
Spondias mombin
Anacardiaceae

mandiple (cr); p’sale, sale, samé (ba); budjábual (bf); negae,


ogáe, ugai (bj); upôssé (cb); tchálè (fu); n’pela, umpela (mc);
nincom-ô (md); pilme (mj); n’pilo, umpilo (pp) / prunes-
mombin (fr)

ÁRVORE pequena a Frequente em


média (10-15 m de altura), floresta aberta,
caducifólia; tronco de casca palmar e savana
bastante espessa, fendilhada arborizada, pode
longitudinalmente, com ser cultivada
contrafortes na base dos pelos frutos.
indivíduos maiores.
O fruto é comestível
e bastante
FOLHAS alternas, compostas
apreciado, sendo
imparipinadas (até 50 cm de
comercializado
comprimento); 11-19 folíolos
nas cidades.
assimétricos, opostos ou
Também tem
subopostos, elípticos (7-12 cm
utilização medicinal.
por 3-5 cm), o terminal menor
que os restantes.

FLORES pequenas, brancas,


em inflorescências
terminais ramificadas.

FRUTOS carnudos, ovoides


(3-5 cm de comprimento),
pedunculados, amarelos
quando maduros; dispostos
em cachos.

307
Trichilia prieuriana
Meliaceae

mesinho-de-cobra (cr); cudaco, nequeno (bj); cudaco (fl);


djambadjilom, quibiricarre (fu); benkar (nl); bugondjôle (pp)

ÁRVORE média a grande (15-25 m Frequente em


de altura); fuste frequentemente floresta densa
canelado e com contrafortes na base. e palmar em
todo o País.
FOLHAS alternas, compostas
imparipinadas; 5-11 folíolos opostos A casca do
ou subopostos, elípticos, os laterais tronco, em
ligeiramente assimétricos na base água, é usada
(8-12 cm por 4-6 cm); pecíolo longo. para mordeduras
de cobra.
FLORES de c. 1 cm de diâmetro, em
inflorescências axilares ramificadas.

FRUTOS subglobosos (2-2,5 cm de


diâmetro), abrindo em 3 partes;
3 sementes pretas, cada uma
parcialmente coberta por uma
membrana vermelha.

Trichilia emetica é uma pequena árvore (até 12 m) de


floresta aberta e savana arborizada no norte, sul e leste do
País. Folhas com 7-15 folíolos (5-15 cm por 3-8 cm), muito
pubescentes; flores amarelo-esverdeadas (2-2,5 cm de
diâmetro); frutos vermelho-escuros globosos (2-2,5 cm).

Trichilia monadelpha é uma árvore (até 15 m) de floresta


densa e palmar no sul e no arquipélago dos Bijagós. Folhas
de 9-15 folíolos, com 7-20 pares de nervuras laterais; frutos
globosos (1-1,5 cm).

309
Xeroderris stuhlmannii
Fabaceae (Leguminosae – Papilionoideae)

pó-de-sangue-branco (cr); bandanei, bani-dánè, bani-dani,


bani-dárè (fu); n’bóbó (nl)

ÁRVORE pequena (8-12 m de Dispersa em


altura); fuste alongado e escamoso, floresta aberta
cinzento-escuro, vermelho e e savana
amarelo no corte. arborizada;
registada na
FOLHAS alternas, compostas zona continental
imparipinadas, no extremo dos do País.
ramos; 9-15 folíolos opostos ou
subopostos, elípticos ou ovais
(8-12 cm por 3-5 cm), verdes na
página superior e acinzentados
na página inferior.

FLORES brancas, em inflorescências


terminais ramificadas.
EF
FRUTOS vagens lenhosas, achatadas
(8-15 cm por 3-4 cm); 1-2 sementes.

311
Zanthoxylum leprieurii
Rutaceae

fidida-femea (cr); mádjá, mantcha, mantchu (ba);


caquebé-cacanto, echighadé, enranha (bj); bussandjabu
(fl); barquelem (fu)

ÁRVORE pequena (8-12 m de altura) Presente em


ou arbusto; espinhos cónicos direitos floresta densa,
no tronco, ramos e eixo das folhas. floresta aberta
e palmar por
FOLHAS alternas, compostas todo o País.
imparipinadas (até 50 cm de
comprimento); 9-19 folíolos opostos A infusão da
a alternos, elípticos ou ovais (6-15 cm raiz, que é
por 4-8 cm), assimétricos na base e amarela,
pontiagudos no ápice. usa-se como
antiabortivo e
FLORES numerosas, pequenas, contra a asma,
em inflorescências terminais dores de dentes
ramificadas. e mordeduras
de cobras.
FRUTOS pequenos, globosos
(c. 0,5 cm de diâmetro), amarelos
ou cor-de-laranja quando
maduros, em infrutescências
ramificadas; 1 semente.
MAD

Zanthoxylum rubescens é um arbusto ou pequena árvore


espinhosa, de floresta densa e palmar, registada no sul e leste do
território continental e no arquipélago dos Bijagós. Folhas grandes
(até 60 cm de comprimento) com 9-11 folíolos elípticos (10-20 cm por
5-10 cm).

313
Zanthoxylum zanthoxyloides
Rutaceae

fidida-matchu (cr); caquebé, caquebé-cabidé (bj);


bussandjab (fl)

ÁRVORE pequena (6-10 m de Ocorre sobretudo


altura) ou arbusto; espinhos nas zonas costeiras
PL cónicos recurvados no tronco, do continente e no
ramos e folhas. arquipélago dos
Bijagós, em floresta
FOLHAS alternas, compostas aberta e savana
imparipinadas (até 50 cm de arborizada; muito
comprimento); 7-9 folíolos frequente em
opostos a alternos, elípticos areias litorais.
ou ovais (5-10 cm por 2-4
cm), assimétricos na base e A raiz, amarela,
arredondados ou com uma é usada para tratar
ponta curta no ápice. dores de barriga
e como afrodisíaco
FLORES numerosas, pequenas, masculino.
em inflorescências
terminais ramificadas.

FRUTOS pequenos, globosos (c.


0,5 cm de diâmetro), vermelhos
ou castanhos quando maduros,
em infrutescências ramificadas;
2 sementes.

315
Incluem-se neste capítulo várias espécies muito
importantes na vegetação florestal da Guiné-Bissau e
também bastante usadas pelas comunidades rurais e
mesmo comercializadas, como o veludo, o
pó-di-sangue e o mandiple.

Algumas destas espécies podem ser multiplicadas


em viveiro e, pelo menos o pó-di-sangue, que tem
sido muito abatido nos últimos anos, deveria ser
monitorizado e usado em ações de reflorestação.

Apesar de ser uma árvore espontânea, também pode


ser incentivada a plantação do mandiple. É uma
planta de rápido crescimento, cujo fruto é consumido
em sumos e refrescos e está a ganhar cada vez mais
procura nos mercados.
Pterocarpus erinaceus
Zanthoxylum rubescens
Além das espécies referidas, ocorrem ainda no País
algumas outras de folhas compostas imparipinadas
Andira inermis MS Detarium microcarpum
que, por serem mais raras, não foram tratadas,
nomeadamente Andira inermis, Canarium
SP Trichilia emetica schweinfurthii, Milletia rhodantha, Pseudospondias
microcarpa e Stereospermum kunthianum.

317
Folhas compostas
bipinadas Neste capítulo incluem-se espécies de árvores com folhas
bipinadas (também chamadas recompostas), ou seja, folhas
compostas em que do eixo principal (ráquis), saem eixos
secundários, designados por pínulas, aos quais estão ligados
os folíolos. Nas árvores de folhas bipinadas é a ráquis da folha
que está ligada aos ramos, tendo em geral a base espessada, e
muitas vezes flexível, o pulvino.

São tratadas neste capítulo 17 espécies de árvores, todas


pertencentes à família das Fabáceas.

319
Acacia macrostachya
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

pó-ferida, pau-de-ferida (cr); buádje (bf); gáudè, tanda-sara


(ff); bula-bali, bule, búrlé, quide, tchide (fu)

ÁRVORE pequena (até 10-15 m de alt.) Ocorre


ou arbusto; tronco de casca fissurada, dispersa em
fibrosa, cinzento-acastanhada, floresta aberta
vermelha estriada de branco no corte; e savana
com espinhos recurvados nos ramos arborizada;
e nas folhas; espécie caducifólia. registada
na parte
FOLHAS alternas, compostas continental
bipinadas (10-25 cm de comp.), do País.
com 12-20 pares de pínulas; 30-40
pares de folíolos pequenos, lineares, A raiz é usada
assimétricos (3-7 mm por c. 1 mm). para tratar o
corpo inchado.
FLORES pequenas, de cor branca
ou creme, numerosas, em
inflorescências axilares alongadas
(6-15 cm) não ramificadas.

FRUTOS vagens achatadas, membranosas


(7-12 cm por 1,5-2,5 cm), aguçadas
nas extremidades; abrem na árvore
libertando 6-8 sementes castanhas,
achatadas (7-8 mm de diâmetro).

Acacia sieberiana é uma árvore espinhosa (até 15 m de altura)


registada em savana arborizada no leste do País. Na base das folhas
tem espinhos direitos, aos pares; inflorescências ramificadas de flores
pequenas, brancas, em grupos esféricos; vagens lenhosas (10-20 cm
por 1,5-2,5 cm).

321
Albizia adianthifolia
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

faroba-de-lala, farroba-de-lala (cr); cobaga-ê, conecam,


empantanca, unchámpô (bj); untchaintchain (cb); marnei,
nétèmàe, néto-máiô (fu); netô-farô (md); bianque (mj);
masamp-thai (nl); uasa-fiké (ss) / caroubier (fr); alfarroba (pt)

ÁRVORE média a grande Ocorre por todo


(20-25 m de alt.); fuste curto, o País em floresta
por vezes com contrafortes na densa, floresta
base; copa larga, em guarda-chuva. aberta e palmar.
FOLHAS alternas, compostas As folhas piladas
bipinadas (10-20 cm de comp.), com óleo de
com uma glândula no pecíolo palma usam-se
e 4-8 pares de pínulas; 5-14 para tratar dores
pares de folíolos assimétricos, no corpo.
aproximadamente retangulares
(1-2 cm por 0,5-1 cm), com a
nervura central na diagonal.

FLORES pequenas, brancas, de


estames vermelhos sobressaídos,
em inflorescências esféricas,
estas em grupos de 5-10.

FRUTOS vagens achatadas,


membranosas (10-15 cm por
2-3 cm); abrem na árvore
libertando 6-8 sementes.

Albizia altissima (Sin. Cathormion altissimum) é uma árvore


(até 15 m) de galerias florestais no sul e leste do País. Folhas com 5-9
pares de pínulas; 10-20 pares de folíolos (c. 1,8 cm por 0,8 cm); vagens
espiraladas (até 15 cm de comprimento), de margem ondulada.

323
Albizia ferruginea
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

faroba-de-lala, farroba-de-lala (cr); untchampo (bj); marnei,


nete-maio (fu); farranetó (md)

ÁRVORE grande (até 25-30 m de Ocorre por todo


altura); fuste longo, cilíndrico; o País dispersa
tronco cinzento-acastanhado, em floresta densa,
amarelo-acastanhado no corte. palmar, floresta
aberta e galerias
FOLHAS alternas, compostas florestais.
bipinadas (10-20 cm de
comprimento), com glândulas Considerada
na ráquis e 3-7 pares de vulnerável na
pínulas; 8-13 pares de folíolos região, pelo que as
assimétricos na base e suas populações
arredondados no ápice (1,5-2 deveriam ser
cm por 0,5-1 cm), com a nervura monitorizadas.
central ao meio e muitos pelos.

FLORES pequenas, brancas,


de estames sobressaídos, em
inflorescências esféricas.

FRUTOS vagens achatadas


(10-20 cm por 3-4 cm),
membranosas; abrem na árvore
libertando 4-10 sementes.

325
Albizia zygia
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

pó-de-raio (cr); biaioga, buiaioga (bf); cobaga-ê (bj);


mabodadi, marroné, tali, taliba, uarmáua (fu); tangalamára
(md); masamp, msamp-m’boko (nl); tombonka’re (ss)

ÁRVORE pequena a média Frequente


(até 15-20 m de altura) ou em todo País,
arbusto; tronco cilíndrico, com em floresta
placas pequenas cinzento-escuras, aberta, savana
vermelho no corte. arborizada e
palmar; também
FOLHAS alternas, compostas bastante comum
bipinadas (10-20 cm de como arbusto
comprimento), com glândulas em savanas e
na base e 2-4 pares de pínulas; pousios.
2-4 pares de folíolos opostos,
assimétricos (4-8 cm por 2-4 cm),
os terminais maiores que os basais,
com a nervura central na diagonal.

FLORES pequenas, brancas, de


estames vermelhos sobressaídos,
em inflorescências esféricas.

FRUTOS vagens achatadas (8-15 cm


por 2-3 cm), membranosas; abrem
na árvore libertando 8-12 sementes.

Albizia rhombifolia (Sin. Cathormion rhombifolium) é uma


árvore pequena (até 10 m de altura) registada em galerias florestais
e margens de rios no leste do País. Folhas com 1-3 pares de pínulas de
3-7 pares de folíolos assimétricos (até 5 cm por 3 cm) e nervura central
na diagonal.

327
Dichrostachys cinerea
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

ferida-preto, fididi-preta, pau-ferida, pó-de-fidida-preto (cr);


biohé-mone, duê (ba); emudu (bj); bulabêlê, bula-bétè, bulé,
bule-baledje, bulu-caledje, búrlè, burlei, búrlè-lubode, burlé-
lubodje, búrli (fu); n’gami-coió, n’gari-coió (md)

ÁRVORE pequena (até 8 m Característica de


de altura) ramificada perto locais perturbados
da base ou arbusto; tronco e ensolarados, muto
de casca fissurada, fibrosa, comum em todo
cinzento-acastanhada, o País, em floresta
vermelha estriada de branco aberta, savana
no corte; com espinhos arborizada, palmar,
direitos, nos ramos e tronco; pousios e na beira
espécie caducifólia. das estradas.

FOLHAS alternas, compostas A casca é


bipinadas (10-15 cm de cicatrizante e
comprimento), com 6-15 pares amarram-se fitas
de pínulas; 10-25 pares de das suas fibras nas
folíolos pequenos, lineares articulações para
(5-8 mm por 1-2 mm). aliviar reumatismo.
As folhas e frutos
AP FLORES em inflorescências são comidos pelo
cilíndricas não ramificadas gado; as vagens
(6-10 cm de comprimento), colocam-se na
cor-de-rosa na metade basal água que as
e amarelas na apical. galinhas bebem,
para evitar doenças.
FRUTOS vagens achatadas,
enroladas, dispostas em
grupos, que ficam ligadas à
planta durante bastante
tempo; 4-5 sementes.

329
Entada africana
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

bonome (bf); pade-pade, papadar (fu)

ÁRVORE pequena (até 8 m Ocorre dispersa


de altura), ramificada perto em savana
da base, ou arbusto; tronco arborizada e foi
cinzento-escuro com placas registada no sul e
grossas, vermelho-acastanhado no leste do País.
no corte; espécie caducifólia.
A raiz e a casca
FOLHAS alternas, compostas são usadas para
bipinadas (20-40 cm de tratar feridas e a
comprimento), com 4-7 pares casca para tratar
de pínulas; 15-25 pares de a infertilidade
folíolos assimétricos na base feminina.
(1,5-2,5 cm por 0,5-1 cm).

FLORES pequenas, brancas


ou amareladas, numerosas,
em inflorescências cilíndricas
(5-10 cm de comprimento),
em grupos.

FRUTOS vagens achatadas


(20-35 cm por 4-6 cm),
membranosas; separam-se
em segmentos com 1 semente
rodeada por uma
asa membranosa.

331
AP Erythrophleum suaveolens
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

mancone, manconi (cr); betomo, otone (ba); talidje, téli (fu);


buirame (fl); betitche (mc); tálô (md); baie, bentabe (mj);
betitche (pp)

ÁRVORE média ou grande (até Ocorre em floresta


15-25 m de altura); tronco com densa, floresta
escamas grossas, cilíndrico, aberta e galerias
castanho, vermelho no corte. florestais; registada
em toda a parte
FOLHAS alternas, bipinadas, continental do País.
com glândulas na base e 2-4
pares de pínulas opostas; 8-14 A madeira é de
folíolos alternos, assimétricos boa qualidade;
na base, aproximadamente do tronco
ovais (5-8 cm por 3-5 cm). fazem-se canoas.

FLORES amareladas pequenas,


em inflorescências cilíndricas
(6-12 cm de comprimento), em
pequenos grupos.

FRUTOS vagens achatadas


(5-15 cm por 3-4 cm), lenhosas;
abrem na árvore libertando
6-10 sementes.

Erythrophleum africanum é uma árvore pequena a média


(8-15 m de altura) em savana arborizada no norte e leste do País.
Folhas com 2-5 pares de pínulas; 8-16 folíolos elípticos, alternos ou
subopostos (4-7 cm por 2-4 cm), ligeiramente assimétricos na base.

333
Faidherbia albida
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

ferida-branco, pau-ferida, pó-de-ferida-branco (cr); bioépi,


djúè (ba); camude, camudé, camudo (bj); biongômo (bm);
buriquemab, busseu-uliba (fl); borassanhe, buladanêlhe,
bulé, búrlè-danédjo, marroné (fu); betampale (mc); borassam,
borassam-ô (md); butchampele (mj); ussímpulo (pp) / cad (fr)

ÁRVORE pequena a média Ocorre dispersa


(10-15 m de altura), espinhosa; por todo o País, em
tronco cinzento-acastanhado, floresta aberta e
vermelho-acastanhado no corte. savana arborizada,
frequentemente em
FOLHAS alternas, compostas locais húmidos.
bipinadas (15-30 cm de
comprimento), com 3-7 pares É boa forrageira,
de pínulas; 7-10 pares de sobretudo porque
folíolos (4-8 mm por 1-3 mm). tem folhas na época
seca, quando outras
FLORES pequenas, brancas plantas secam ou
ou amareladas, numerosas, perdem as folhas.
em inflorescências axilares
cilíndricas (6-10 cm de
comprimento).

FRUTOS vagens achatadas


(10-15 cm por 2-3 cm), lenhosas,
recurvadas em semicírculo,
cor de laranja ou castanho-
claras quando maduras; 10-20
sementes.

335
Parkia biglobosa
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

faroba, farôba, farroba, farrobe (cr); gante, mehanté (ba);


biáie, buiái (bf); em-bando, nándo, n’andu, unhando (bj);
bunalaeb (fl); néré, netch, nétè (fu); olélè, ulélè (mc); nétè
(md); ií (nl); olélè, ulélè (pp); néri (ss); anjambane (td) /
caroubier-africain, mimosa-pourpre (fr)

ÁRVORE pequena a média


(10-18 m de altura); fuste
curto, com escamas cinzento- Bastante frequente
acastanhadas, vermelho- em todo o País em
acastanhado no corte; floresta aberta e
BI copa arredondada. savana arborizada.

FOLHAS alternas, compostas Utilizada como


bipinadas (20-40 cm de antidiarreico e
comprimento), com 10-30 para tratamento
pares de pínulas; 30-65 pares de dor de dentes
de folíolos lineares e furúnculos; a
(10-15 mm por 2-3 mm). casca do tronco é
usada em inchaços
FLORES vermelhas, numerosas, e fraturas e é
em inflorescências pendentes, abortiva. Tanto
globosas (4-6 cm de diâmetro) e a polpa das
com pedúnculo longo. vagens como as
sementes (netetu)
FRUTOS vagens ineares (20-30
são comestíveis
cm por 1,5-2,5 cm), pendentes,
e bastante
em grupos, castanho-escuras
comercializadas
quando maduras; sementes
nas cidades.
rodeadas por uma polpa
amarela, farinhosa.​

337
Pentaclethra macrophylla
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

n’tantass (ba); coquenguer (bj); sindjam-djané (ff); marroné


(fu); biague (mc); biague (mj); uáuá (nl); bénguêle (pp) /
árvore-das-marés (pt)

ÁRVORE média a grande (até De distribuição


25 m de altura); fuste cilíndrico, predominantemente
com escamas delgadas, longo, costeira, ocorre
cinzento-acastanhado, amarelo dispersa em floresta
no corte. densa, floresta aberta,
galerias florestais e
FOLHAS alternas, compostas margens de rios.
bipinadas (40-60 cm de
comprimento) com 10-13 pares Acredita-se que o
de pínulas; 12-20 pares de grau de enrolamento
folíolos assimétricos (1,5-3 cm da vagem indica o
por 1-2 cm). estado da maré.

FLORES pequenas, brancas,


numerosas, em inflorescências
cilíndricas agrupadas.

FRUTOS vagens lenhosas


grandes (20-40 cm por 6-8 cm),
castanho-escuras e com pelos;
abrem violentamente na árvore,
libertando sementes castanho-
escuras e achatadas (3-4 cm por
2-3 cm).

339
Prosopis africana
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

pau-carvão, pó-carvão, pó-de-carbom, po-di-carvom (cr);


tentera (ba); buiengué, bussagan (bf); tchelem (ff); candjilak
(fl); tchalem-ai, tchela, tchelangadje, tchelem (fu); bal-tencali,
culengô, culim-ô, djandjam-ô, quéssem-quéssem (md);
djeiha, ogea (pp)

ÁRVORE pequena a média Frequente em todo


(10-16 m de altura); fuste o País, em floresta
curto, com escamas pequenas aberta e savana
e irregulares cinzento-escuras, arborizada.
cinzento-escuro no corte;
copa aberta. A madeira, muito
BI
densa e resistente
FOLHAS alternas, compostas à humidade e às
bipinadas (8-15 cm de térmitas, usa-se
comprimento), com 3-4 pares para vedação de
de pínulas; 5-15 pares de folíolos quintais e pontas
elípticos (2-3 cm por 0,5-1 cm). e construção de
poços e latrinas,
FLORES amareladas, numerosas, bem como para
em inflorescências axilares fabricar carvão.
alongadas (5-7 cm). Como é abatida
para utilização,
AP FRUTOS vagens lenhosas, as populações
cilíndricas (10-15 cm por 2-3 cm), desta espécie
castanho-escuras ou pretas podem estar
quando maduras. ameaçadas, sendo
recomendável a
sua monitorização
e propagação
em viveiro para
reflorestação.

341
Samanea dinklagei
(Sin. Albizia dinklagei)
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

farroba-de-mato (cr); nasce-fôrè (ba); correré (bj); bansabúle


(bm); gaúde (ff); netechaguhol, sindjadjálê, sindjalale (fu);
masamp, masamp-tchill, masang-na (nl); ussúmbulo (pp);
safatá, uasafore (ss)

ÁRVORE pequena a média (até Ocorre dispersa


10-18 m de altura); fuste longo. em todo o País
em floresta densa,
FOLHAS alternas, compostas palmar, floresta
bipinadas (20-30 cm de aberta, galerias
comprimento), com 10-20 florestais e
pares de pínulas; 30-50 pares margens de rios.
de folíolos muito pequenos,
lineares (5-10 mm por 2-3 mm). Com a madeira,
bastante resistente,
FLORES pequenas, brancas, mas fabricam-se arados.
ficando castanhas com o tempo,
em inflorescências axilares,
globosas (2-3 cm de diâmetro).

FRUTOS vagens lenhosas


achatadas (10-20 cm por 2-3 cm);
sementes pretas.

343
Tetrapleura tetraptera
Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae)

bonome (bf)

ÁRVORE média a grande (até Pouco frequente,


20-25 m de altura); fuste longo. registada em
floresta densa e
FOLHAS alternas ou subopostas, floresta aberta
compostas bipinadas, com 5-13 no norte e no
pares de pínulas; 18-24 pares de sul do País.
folíolos alternos, membranosos,
aproximadamente ovais (até 2
cm por 1 cm).
DH
FLORES pequenas, em
inflorescências axilares
DH
alongadas (8-10 cm).

FRUTOS vagens lenhosas


DH
(15-20 cm por 2,5-3,5 cm), com
4 saliências longitudinais e
secção em estrela de 4 pontas.

345
GB Albizia glaberrima

Várias espécies com folhas bipinadas são importantes


na Guiné-Bissau quer por serem elementos relevantes
nas formações florestais, como as do género Albizia
e o mancone, quer por serem bastante usadas pelas
populações rurais, como a faroba e o pau-carvão. No
caso do pau-carvão, porque a sua utilização implica
o abate, a utilização excessiva pode fazer diminuir as
populações da espécie.
Erythrophleum africanum Acacia sieberiana
Albizia glaberrima e Burkea africana são também
espécies com folhas bipinadas, de savana arborizada,
mas não tratadas neste capítulo por serem pouco
frequentes.

KS

Albizia rhombifolia

PB
347
Palmeiras
Arecaceae ou Palmae

Embora as palmeiras tenham dimensões comparáveis às das Em geral, as palmeiras têm grande importância ecológica e de
árvores, na realidade são plantas monocotiledóneas da família serviços dos ecossistemas, sendo usadas por numerosas espécies
das Arecáceas ou Palmáceas, que não têm madeira mas um de animais e proporcionando grande variedade de produtos às
tronco fibroso (espique), no extremo do qual se desenvolvem comunidades humanas.
as folhas nas espécies de porte arbóreo. Há também palmeiras
de porte arbustivo, como a tara, e palmeiras trepadoras, como a Na Guiné-Bissau as palmeiras ocorrem em diferentes habitats:
mantampa-de-sera, tratadas neste capítulo. palmar, floresta densa, floresta aberta, savana, margens de rio
e orla do mangal.

BI
349
Borassus aethiopum
Arecaceae (Palmae)

cibe (cr); bace (ba); buar, b’ar (bf); eudá (bj); dúbè (ff);
dúbè, cibedje (fu); n’bene, umbena (mc); cibô (md);
n’bene, umbena (mj); opane, buane (pp) / rônier,
palmier-rônier (fr)

PALMEIRA de porte arbóreo Ocorre sobretudo em


(até 20-25 m de altura); savana arborizada e
espique cilíndrico, em geral floresta aberta, e junto
não ramificado e mais espesso das habitações.
na parte superior; espécie
Muito usada para
dióica.
construir telhados;
FOLHAS grandes (2-3 m de das folhas faz-se artesanato. Dos
comprimento) no topo do frutos verdes consome-se o ancol,
espique; pecíolo longo e um líquido gelatinoso e doce; em
BI BI lâmina foliar em leque, com maduros, podem-se assar ou ferver
nervação digitada. permitindo o consumo.

FLORES unissexuadas, as As folhas e fibras das jovens plantas


masculinas pequenas, (até 3 anos) consomem-se cruas
numerosas, agrupadas ou cozidas. No sul do País a seiva é
em longas inflorescências extraída e bebida (vinho de cibe).
ramificadas (até 1,5 m);
O crescimento lento e as múltiplas
as femininas maiores,
utilizações têm levado ao decréscimo
em inflorescências não
substancial da população de cibe.
ramificadas.
A espécie deveria ser protegida; a
FRUTOS globosos ou propagação por semente é fácil e é
subglobosos, grandes (10- frequente verem-se plantas jovens
15 cm de comprimento), debaixo das adultas.
de polpa fibrosa, em
infrutescências pendentes; 3
sementes grandes cada.

BI 351
Calamus deerratus
Arecaceae (Palmae)

mantampa-de-sera (cr); quitite, tède (ba); bugal, n’gal


(bf); batanou (bj); tambem (fu); tambô (md); ecapate (mj);
quito (pp)

PALMEIRA trepadora, Ocorre em locais


espinhosa; espique cilíndrico, húmidos e
não ramificado, que pode ensombrados em
atingir 15-20 m de altura, floresta densa e nas
apoiando-se sobre árvores ou margens dos rios e
palmeiras; espécie dióica. galerias florestais.

FOLHAS compostas pinadas Muito usada


(até 1,5 m de comprimento), no fabrico de
inseridas ao longo do espique, mobiliário. Os
com pínulas alternas a caules são também
subopostas, estreitas e utilizados como
longas (até 50 cm), com uma das cordas
espinhos na margem. mais resistentes
para amarrar
FLORES em inflorescências os arados e os
unissexuadas, na axila telhados das casas.
das folhas, com espinhos É aconselhável a
recurvados no eixo. sua propagação em
FRUTOS ovoides, em cachos viveiro.
(c. 2 cm de comprimento);
cobertos de escamas
triangulares.

353
Elaeis guineensis
Arecaceae (Palmae)

palmera, palmeira-de-óleo, palmeira-dendém (cr);


quem, ribe (ba); bunintchi, benintchi (bf); eárra, lara (bj);
tuguêih (ff); tem-em-eih (fu); bitchime (mc); tem-ô (md);
mintchame (mj); n’quemê, unquemê (pp) / palmier-à-huile
(fr); palmeira-de-óleo (pt)

PALMEIRA de porte arbóreo É a espécie de


(até 20-25 m de altura); espique palmeiras mais
cilíndrico, não ramificado, comum no País,
rodeado pelas bases das folhas; ocorrendo em
cada indivíduo tem flores diversos habitats
masculinas e femininas. e dominante nos
palmares naturais.
FOLHAS grandes (3-5 m de
comprimento), pinadas, inseridasDo fruto (tchebém)
no topo do espique; numerosos faz-se óleo de palma,
folíolos, estreitos e longos (até
das sementes
50 cm de comprimento); pecíolo (caruss) extrai-se óleo
curto, espinhoso na margem. alimentar (citi-caruss)
e, da seiva, o vinho de
FLORES unissexuadas, as palma. Tem também
masculinas numerosas, uso medicinal.Das folhas faz-se
agrupadas em inflorescências artesanato; os caules servem
pedunculadas; as femininas como material de construção.
maiores que as masculinas, em As utilizações variam com os
inflorescências densas. grupos étnicos. Abundante, mas
FRUTOS numerosos em a derruba para agricultura e
infrutescências grandes (até 40 construção e a sobrexploração
cm de comprimento), globosas ou de vinho de palma e folhas são
subglobosas; vermelhos quando fatores de ameaça, podendo ser
maduros, com polpa fibrosa e conveniente o repovoamento
oleosa; 1 semente por fruto. da palmera nalguns casos.

BI BI 355
Phoenix reclinata
Arecaceae (Palmae)

tamareira (cr); buadiá (bf); sérquê, sarábá (ba); madjaca


(bj); bêlem (fu); corossedjambo, bam-ò, córóssó (md);
bedjaca, m’jacai (mj); medjaca (pp)

PALMEIRA de porte arbóreo Ocorre nas zonas


(até 10-12 m de altura); espique costeiras, na orla
cilíndrico, não ramificado, dos mangais.
frequentemente curvado na base,
rodeado pelas bases das folhas já Os frutos são
caídas. Cada indivíduo tem flores comestíveis e das
masculinas e femininas. folhas fazem-se
cordas. Noutros
FOLHAS grandes (até 4 m de países esta palmeira
comprimento), pinadas, inseridas tem mais utilizações,
no topo do espique; numerosos nomeadamente
folíolos, longos e estreitos (até 40 medicinais, não
cm por 2-3 cm), com pequenos reportadas na
espinhos na margem; pecíolo Guiné-Bissau.
BI curto, espinhoso na margem.
É pouco abundante
FLORES unissexuadas, as no País, mas não
masculinas numerosas, parece estar
agrupadas em inflorescências ameaçada.
ramificadas (até 25 cm de
comprimento); as femininas em
inflorescências ramificadas (até
80 cm de comprimento).

FRUTOS em infrutescências
ramificadas (até 60-80 cm de
comprimento); amarelos
quando maduros, com polpa
e 1 semente cada.

357
Raphia palma-pinus
Arecaceae (Palmae)

tara (cr); darré (ba); m’buema (bf); ápél (cb)

PALMEIRA de porte arbustivo Ocorre em populações


(até 3-5 m de altura); densas em zonas
espique cilíndrico curto, não baixas com solo
ramificado, de onde saem as húmido durante a
folhas. Cada indivíduo tem maior parte do ano,
flores masculinas e femininas. na orla dos mangais
e galerias florestais;
FOLHAS grandes (3-6 distribui-se pelo norte do País,
m de comprimento), arquipélago dos Bijagós e margens
pinadas, agrupadas no cimo do rio Corubal.
do espique; numerosos
folíolos longos e estreitos O fruto maduro é comestível
(até 60 cm por 2-4 cm), e também tem fins medicinais.
espinhosos; pecíolo longo, O eixo das folhas (esponjoso,
praticamente cilíndrico. mas denso e fácil de trabalhar)
é bastante usado no
FLORES masculinas e fabrico de mobiliário. Com as
femininas, em inflorescências folhas confecionam-se esteiras
ramificadas, em forma e vassouras.
de cacho.
A exploração desorganizada e
FRUTOS lenhosos, numerosos o fogo provocam a destruição
e ovoides (5-8 cm por 4-5 de populações de tara, assim
cm), de superfície escamosa como a degradação dos habitats
e ápice pontiagudo; em apropriados para esta espécie.
infrutescências ramificadas, A propagação em viveiro será
em cacho pendente (até 60- importante para a sua utilização
80 cm de comprimento). sustentável, mas a germinação
das sementes parece ser difícil.
BI
359
BI

Existem na Guiné-Bissau mais duas espécies de


palmeiras nativas: Hyphaene thebaica e Laccosperma
secundiflorum. No entanto estas espécies parecem ser
bastante raras na vegetação florestal.
Cocos nucífera A nível mundial há várias espécies de palmeiras
domesticadas e cultivadas que têm grande
Sabão preto importância económica a nível mundial. Uma delas é
a palmeira-dendém, Elaeis guineensis, que é originária
da África ocidental, incluindo a Guiné-Bissau e que é
hoje cultivada em grande parte dos países tropicais
para produção de óleo alimentar (óleo de palma) e
de biodiesel.
Uma outra espécie com grande importância
económica é o coqueiro, Cocos nucifera, uma palmeira
introduzida, de origem asiática. Na Guiné-Bissau é
plantado nas tabancas nas zonas do litoral e ocorre
Hyphaene thebaica também nas praias, onde pode ser subespontâneo.
Os frutos do coqueiro são grandes, comestíveis e
bastante apreciados.

É possível que haja mais espécies de palmeiras


introduzidas e cultivadas no País mas com menor
importância que o coqueiro.

Vedação feita, de folhas


de palmera (crintim) PB
361
Espécies do mangal
Os mangais, ou tarrafes, são ecossistemas costeiros da zona Certas características das plantas do mangal permitem-lhes viver
de influência das marés, com grande produtividade e muito em ambiente salino, ciclicamente inundado e de substrato alagado
importantes na Guiné-Bissau, tanto para proteção e regulação e instável, tais como raízes em arcobotante e muito ramificadas,
das zonas costeiras como para as populações locais, cuja vida está para fixação ao substrato instável, ou pneumatóforos, raízes com
muito ligada aos mangais, de onde extraem produtos alimentares funções respiratórias que crescem de baixo para cima e ficam a
como as ostras e caranguejos, além de madeira e lenha. descoberto na maré vazia.

No mangal, as espécies distribuem-se segundo o gradiente de


profundidade. Podem encontrar-se no País 6 espécies de árvores
e arbustos de mangal, pertencentes a três famílias: Acantáceas (1
espécie), Combretáceas (2 espécies)) e Rizoforáceas (3 espécies).

363
Avicennia germinans
Acanthaceae (Avicenniaceae)

tarrafe, tarafe, tarafe-branco (cr); ió, petá (ba); n´pinde,


bufinde (bf); cobaca, cudjuno, eba (bj); behelm, ùle (cb);
cabêço, cabelhacu, camangacú (fl); úle (mc); tarafô, djibicum
(md); pebadje, púle (mj); iófo (nl); búle (pp)

ÁRVORE pequena (até 12-15 m Ocorre na zona interior


de altura); raízes com funções do mangal em toda a
respiratórias ao nível do solo, zona costeira do País.
que crescem de baixo para
cima (pneumatóforos). Os frutos podem
ser comidos após
FOLHAS opostas, espessas, tratamento adequado.
estreitamente elípticas (até A madeira é densa
15 cm de comprimento e 4-6 e frequentemente
cm de largura), com glândulas usada como lenha, em
secretoras do sal. construção e também
em cabos de arados,
FLORES brancas pequenas, machados e enxadas.
agrupadas em inflorescências. Frequentemente
derrubada para
FRUTOS achatados, carnudos, instalação de bolanhas
com densa camada de pelos. de água salgada
e pela madeira.

Sendo de porte arbóreo,


é frequente encontrar
tocas nos caules, onde
se abrigam algumas
espécies de répteis e
formigas; serve também
de colmeia para abelhas.

365
Conocarpus erectus
Combretaceae

tarafe (cr)

ARBUSTO com 2-4 m de altura. Ocorre na zona do


mangal mais próxima
FOLHAS alternas, elípticas a de terra firme, em toda a
lanceoladas (6-10 cm por 2,5-3,5 zona costeira do País.
cm), curtamente pecioladas.
Esta espécie é usada com
FLORES pequenas, em fins medicinais.
inflorescências esféricas
globosas com 10-15 mm
de diâmetro.

FRUTOS agrupados em
infrutescências globosas
ou ovoides (1,5-2 cm de
comprimento) que, quando
maduras, ressecam e ficam
muito endurecidas.

367
Laguncularia racemosa
Combretaceae

tarrafe-preto-piquinino, tarafe, tarrafe-preto, tarrafe-preto-


curto (cr); côngé (ba); cahaguela, cabaguela (fl); pfèque (mj);
unconcom, n’concom (nl); oellha, btèque (pp)

ARBUSTO ou pequena árvore Ocorre em toda a zona


de 3-5 m de altura. costeira do País, na
zona mais profunda do
FOLHAS alternas, elípticas ou mangal, com frequência
obovadas (6-10 cm por 3-6 associada a Rhizophora;
cm); pecíolo de comprimento também pode ser
até 15 mm. observada junto à linha
de maré quando há
FLORES pequenas, sem
destruição desta espécie.
pedicelo, em inflorescências
Espécie com função
ramificadas (10-15 cm de
ecológica importante
comprimento).
na regeneração de áreas
FRUTOS obovados (1,5-2 cm degradadas do mangal
de comprimento), onde a sua fixação
ligeiramente estriados facilita naturalmente a
longitudinalmente, agrupados fixação dos propágulos
em infrutescências alongadas. flutuantes das espécies
de Rhizophora.

369
Rhizophora harrisonii
ESPÉCIES DE RHIZOPHORA Rhizophoraceae
Na Guiné-Bissau ocorrem três espécies do género
Rhizophora: R. mangle, R. harrisonii e R. racemosa. tarafe-branco, tarrafe (cr); covaca (bj)
Todas têm o mesmo aspeto na base, com raízes em arcobotante,
mas podem distinguir-se pelas inflorescências. R. mangle e R.
harrisonii são mais abundantes que R. racemosa na maior parte do ARBUSTO ou árvore, até 8-10 Ocorre em toda
País. Alguns nomes comuns podem aplicar-se às três espécies. m de altura; o tronco assenta a zona costeira
sobre um conjunto de raízes do País.
em arcobotante.
Esta e as restantes
espécies de
FOLHAS espessas, de formato
Rhizophora são
elíptico a obovado (10-15 cm por
frequentemente
4-7 cm); pecíolo curto.
cortadas para
FLORES pequenas, com obtenção de lenha,
pedicelos de 3-5 mm; nomeadamente
inflorescências terminais para fumagem
pedunculadas, com 8 ou mais de peixe e para
flores, ramificadas e com construção de
botões florais agudos no ápice. casas e cercas nas
habitações.
FRUTOS alongados (c. 3 cm de São também
comprimento), que germinam abatidas para
ligados à planta mãe até a instalação de
jovem plântula atingir 20-30 bolanhas de
cm (caneta-de-sancho), após o água salgada.
que cai e se fixa no substrato.

Rhizophora racemosa pode atingir maior altura que


R. harrisonii (10-15 m) e as suas folhas têm 8-15 cm por 2-7 cm.
As inflorescências têm numerosas flores e os botões florais são
obtusos no ápice. Os frutos, cónicos (2-3 cm de comprimento),
originam plântulas que podem atingir 30-50 cm (mais longas
que nas outras espécies do género). É conhecida por tarafe-
burmedjo por causa da coloração vermelha das raízes quando
cortadas, que são usadas como corante. 371
Rhizophora mangle
Rhizophoraceae

tarafe-branco, tarrafe, tarafe (cr); cassolaco (fl); sóle, senhea


(ba); irangá, ubá (bj); sem-ah (bm); ugáha, bugáha (mc);
mancô (md); pidjeu (mj); maque (nl); ugáha, bugáha (pp)

ARBUSTO ou árvore, até 10-12 Espécie abundante


m de altura; o tronco assenta em toda a zona
sobre um conjunto de raízes costeira do País.
em arcobotante.
Tal como as restantes
FOLHAS espessas, de formato espécies de Rhizophora, é
elíptico a obovado (8-15 cm por frequentemente cortada
3-7 cm); pecíolo curto. para obtenção de lenha,
nomeadamente para
FLORES pequenas, em fumagem de peixe e para
inflorescências terminais construção de casas e
pedunculadas, com 2-4 flores, cercas nas habitações,
em 1-2 ramificações; botões e ainda para instalação
florais agudos no ápice. de bolanhas de água
salgada. As raízes
FRUTOS cónicos (2-3 cm de também são cortadas
comprimento), que germinam para extração de ostras.
ligados à planta mãe até a
jovem plântula atingir 25-35
cm (caneta-de-sancho)
após o que cai e se fixa
no substrato.

373
BI

Os mangais ocorrem em zonas com solos do tipo


fluvissolo, de boa fertilidade mas com valores de
salinidade que não são suportados pela maior
parte das plantas cultivadas. Nas bolanhas de
água salgada cultiva-se arroz alagado em solos de
mangal. Após o corte de mangal, são construídos
diques para impedir a entrada de água salgada
e feito um processo de dessalinização parcial
do solo, após o que as bolanhas são cultivadas
com variedades de arroz resistentes a níveis de
salinidade relativamente elevados.
Rhizophora racemosa
Além das espécies de árvores e arbustos típicas do
mangal, há algumas outras que podem ocorrer neste
ecossistema, como o feto arbustivo Achrosticum
aureum ou algumas plantas herbáceas como
Blutaparon vermiculare, Paspalum vaginatum e
Sesuvium portulacastrum.

Na transição entre mangal e vegetação terrestre


ocorrem algumas espécies de árvores e arbustos
características, como Chrisobalanus icaco, Dalbergia
ecastaphyllum, Lonchcarpus sericeus, Machaerium
lunatum, Terminalia scutifera, assim como as
palmeiras Elaeis guineensis, Phoenix reclinata e
Raphia palma-pinus, que são tratadas nos
respetivos capítulos.

Rhizophora racemosa Achrosticum aureum


375
FONTES DE INFORMAÇÃO Indjai B, Catarino L, Mourão D. 2010. Mezinhos de Orango – Plantas
medicinais e pessoas da Ilha da Rainha Pampa. IBAP, Bissau. 175 p.
Indicam-se-se alguns trabalhos publicados sobre a flora da Indjai B, Rodrigues D, Coba N, Gomes C. 2013. Relatório de Pesqui-
Guiné-Bissau e dos países vizinhos, assim como um conjunto de sa-acção sobre os serviços dos ecossistemas do mangal. Segui-
sítios na internet onde se pode obter mais informação sobre as mento de cinco espécies de mangal nas bolanhas de Bolol, Elia e
espécies tratadas no Guia. Cacheu. IBAP/PNTC, Bissau.
Indjai B. 2014. O saber local sobre a ecologia do papagaio cinz-
PUBLICAÇÕES E RELATÓRIOS ento em João Vieira e Meio «Os habitats, o hábito alimentar e o
comportamento». Relatório, Parque Nacional Marinho João Vieira
Arbonier M. 2002. Arbres, arbustes et lianes des zones sèches e Poilão. IBAP/INEP, Bissau.
d’Afrique de l’Ouest., 2ed. CIRAD, Montpelier. MNHN, Paris. 574 p.
Indjai B. 2017. O saber local sobre a utilização das plantas medici-
Bâ AT, Sambou B, Ervik F, Goudiaby A, Camara C, Diallo D. 1997. nais na Área Marinha Protegida Comunitária das Ilhas Urok (Res-
Végétation et Flore – Parc Transfrontalier Niokolo Badiar. Institut erva da Biosfera do Arquipélago Bolama Bijagós, Guiné-Bissau).
des Sciences de l’Environnement, Dakar. 157 p. Dissertação de Mestrado FCSH, UNL. 116 p.
Catarino L, Martins ES, Pinto Basto MF, Diniz MA. 2006. Plantas Lisowki S. 2009. Flore (Angiospermes) de la République de Guinée.
vasculares e briófitos da Guiné-Bissau. IICT / IPAD, Lisboa. 340 p. Première partie (texte). Scripta Botanica Belgica, vol. 41. 517 p.
Catarino L, Martins ES, Pinto Basto MF, Diniz MA. 2008 An an- Malaisse F. 2010. Guide floristique du Parc National de Cantanhez
notated checklist of the vascular flora of Guinea-Bissau (West (Guinée-Bissau). Instituto Marquês de Valle Flor, Lisboa / Acção
Africa). Blumea 53: 1-222. para o Desenvolvimento, Bissau.
Catarino L. 2002. Flora e vegetação do Parque Natural das Lagoas Regalla A, Indjai B, Monteiro H, Seck M, Silva J. 2011. Relatório do
de Cufada (Guiné-Bissau). Dissertação IICT, Lisboa. 338 p. estudo sobre o estado da biodiversidade no litoral de Varela. Di-
Catarino L. 2004. Fitogeografia da Guiné-Bissau. Dissertação de agnóstico Preliminar da Flora e da Fauna da Zona de Intervenção
Doutoramento ISA, Lisboa. 440 p. do Projecto ACCC. IBAP, Bissau.
De Wolf J, Van Damme, P. 2010. Guide des espèces ligneuses
de la Casamance, Sénégal. Musée Royal de l’Afrique Centrale,
Tervuren. 176 p.
Geerling C. 1982. Guide de terrain des ligneux Saheliens et Su-
dano Guinéeens. Mededelingen Landbouwhogechool, Wagenin-
gen, 82-3.
Indjai B, Barbosa C, Catarino L. 2014. Mezinhos da terra e curas
tradicionais nas Ilhas de Canhabaque e do Parque Nacional
Marinho João Vieira e Poilão. IBAP, Bissau. 184 p.

376 377
SÍTIOS INTERNET
ÍNDICE DE NOMES CIENTÍFICOS
African Plants Database: www.ville-ge.ch/musinfo/bd/cjb/africa/
Em negrito estão os nomes aceites das espécies tratada no Guia.
recherche.php Os sinónimos estão em letra comum.
Sítio de referência para consultar os nomes corretos e atuais das
espécies, géneros e famílias de plantas africanas; inclui também ESPÉCIE E FAMÍLIA PÁG.
algumas fotografias.
Acacia macrostachya DC. Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae) 321
Acacia sieberiana DC. Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae) 321
Global Plants Initiative: plants.jstor.org
Repositório de informação digitalizada sobre plantas a nível Adansonia digitata L. Malvaceae (Bombacaceae) 235
mundial, com imagens de espécimes de herbário, bibliografia, AFraegle paniculata (Schumach. & Thonn.) Engl. Rutaceae 219
documentos digitalizados, etc. AFzelia aFricana Pers. Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae) 249
Aidia genipiFlora (DC.) Dandy Rubiaceae 131
Glossário de termos botânicos, Universidade de Coimbra:
www.uc.pt/herbario_digital/learn_botany/glossario Albizia adianthiFolia (Schum.) W.Wight Fabaceae 323
(Leguminosae – Mimosoideae)
Inclui a definição em português dos termos botânicos habitual-
mente utilizados na descrição das plantas. Albizia altissima Hook.f. Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae) 323
Albizia dinklagei (Harms) Harms Fabaceae 343
Useful Tropical Plants: tropical.theferns.info (Leguminosae – Mimosoideae)
Apresenta informação detalhada sobre as utilizações conhecidas Albizia Ferruginea (Guill. & Perr.) Benth. Fabaceae 325
de um grande número de plantas tropicais, assim como fotogra- (Leguminosae – Mimosoideae)
fias e fontes de informação. Albizia rhombiFolia Benth. Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae) 327
Albizia zygia (DC.) J.F.Macbr. Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae) 327
West African Plants – a photo guide:
www.westafricanplants.senckenberg.de Allophylus aFricanus P.Beauv. Sapindaceae 221
Apresenta fotografias da maior parte das espécies de plantas que Alstonia boonei De Wild. Apocynaceae 203
ocorrem na África Ocidental; muito útil para confirmar a identifi- Alstonia congensis Engl. Apocynaceae 203
cação das plantas.
Anisophyllea laurina R.Br. ex Sabine Anisophylleaceae (Rhizophoraceae) 25

World Flora Online: www.worldfloraonline.org Anthocleista djalonensis A.Chev. Gentianaceae 175


Sítio de referência para consultar os nomes corretos e atuais, Anthocleista nobilis G.Don Gentianaceae 177
assim como os sinónimos, das espécies, géneros e famílias de Anthocleista procera Lepr. ex Bureau Gentianaceae 179
plantas a nível mundial. Anthocleista vogelii Planch. Gentianaceae 177
Anthonotha crassiFolia (Baill.) J.Leonard Fabaceae 251
(Leguminosae – Caesalpinioideae)
Anthostema senegalense A.Juss. Euphorbiaceae 93
378 379
Antiaris toxicaria Lesch. Moraceae 95 Conocarpus erectus L. Combretaceae 367
Antidesma membranaceum Müll.Arg. Phyllanthaceae (Euphorbiaceae) 27 CopaiFera salikounda Heckel Fabaceae 257
(Leguminosae – Caesalpinioideae)
Antidesma venosum E.Mey. ex Tul. Phyllanthaceae (Euphorbiaceae) 27
Cordyla pinnata (A.Rich.) Milne-Redh. Fabaceae 273
Aphania senegalensis (Poir.) Radlk. Sapindaceae 265 (Leguminosae – Caesalpiniodeae)
Avicennia germinans (L.) L. Acanthaceae (Avicenniaceae) 365 Crateva adansonii DC. Capparaceae 231
Bauhinia reticulata DC. Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae) 29 Crossopteryx FebriFuga (Afzel. ex G.Don) Benth. Rubiaceae 139
Bauhinia thonningii Schum. Fabaceae 29 Cynometra vogelii Hook.f. Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae) 223
(Leguminosae – Caesalpinioideae)
Dalbergia boehmii Taub. Fabaceae (Leguminosae – Papilionoideae) 275
Blighia sapida K.D.Koenig Sapindaceae 253
Daniellia oliveri (Rolfe) Hutch. & Dalziel Fabaceae 259
Blighia unijugata Baker Sapindaceae 253 (Leguminosae – Caesalp§inioideae)
Bombax costatum Pellegr. & Vuillet Malvaceae (Bombacaceae) 237 Daniellia thuriFera Benn. Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae) 259
Borassus aethiopum Mart. Arecaceae (Palmae) 351 Detarium microcarpum Guill. & Perr. Fabaceae 277
Bridelia micrantha (Hochst.) Baill. Phyllanthaceae (Euphorbiaceae) 31 (Leguminosae – Caesalpiniodeae)
Calamus deerratus G.Mann & H.Wendl. Arecaceae (Palmae) 353 Detarium senegalense J.F.Gmel. Fabaceae 277
(Leguminosae – Caesalpiniodeae)
Carapa procera DC. Meliaceae 271
Dialium guineense Willd. Fabaceae (Leguminosae – Caesalpiniodeae) 279
Cassia sieberiana DC. Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae) 255
Dichrostachys cinerea (L.) Wight & Arn. Fabaceae 329
Cassipourea congoensis DC. Rhizophoraceae 133 (Leguminosae – Mimosoideae)
Cathormion altissimum Hutch. Fabaceae 323 Diospyros elliotii (Hiern) F.White Ebenaceae 37
(Leguminosae – Mimosoideae)
Diospyros ferrea (Willd.) Bakh. Ebenaceae 39
Cathormion rhombifolium (Hook.f.) Hutch. & Dandy Fabaceae 327
(Leguminosae – Mimosoideae) Diospyros heudelotii Hiern Ebenaceae 39
Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae (Bombacaceae) 239 Diospyros vera (Lour.) A.Chev. Ebenaceae 39
Chrysobalanus icaco L. Chrysobalanaceae 33 Dodonaea viscosa (L.) Jacq. Sapindaceae 41
Cola cordiFolia (Cav.) R.Br. Malvaceae (Sterculiaceae) 35 Dracaena mannii Baker Asparagaceae 181
Cola lauriFolia Mast. Malvaceae (Sterculiaceae) 193 Drypetes Floribunda (Müll.Arg.) Hutch. Putranjivaceae (Euphorbiaceae) 43
Cola nitida (Vent.) Schott & Endl. Malvaceae (Sterculiaceae) 35 Drypetes gilgiana (Pax) Pax & K.Hoffm. Putranjivaceae (Euphorbiaceae) 43
Combretum adenogonium Steud. ex A.Rich. Combretaceae 205 Ekebergia capensis Sparrm. Meliaceae 281
Combretum collinum Fresen. Combretaceae 205 Ekebergia senegalensis Fuss Meliaceae 281
Combretum micranthum G.Don Combretaceae 135 Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae (Palmae) 355
Combretum molle R.Br. ex G.Don Combretaceae 137 Elaeophorbia grandifolia (Haw.) Croizat Euphorbiaceae 183
Combretum nigricans Lepr. ex Guill. & Perr. Combretaceae 137 Entada aFricana Guill. & Perr. Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae) 331
380 381
Erythrina senegalensis DC. Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae) 225 Hallea stipulosa (DC.) J.-F.Leroy Rubiaceae 141
Erythrina sigmoidea Hua Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae) 227 Hannoa undulata (Guill. & Perr.) Planch. Simaroubaceae 299
Erythrophleum aFricanum (Benth.) Harms Fabaceae 333 Harungana madagascariensis Lam. ex Poir. Hypericaceae 145
(Leguminosae – Caesalpinioideae)
Heisteria parviFolia Sm. Olacaceae 45
Erythrophleum suaveolens (Guill. & Perr.) Brenan Fabaceae 333
Hexalobus crispiFlorus A.Rich. Annonaceae 47
(Leguminosae – Caesalpinioideae)
Hexalobus monopetalus (A.Rich.) Engl. & Diels Annonaceae 47
Euphorbia grandiFolia Haw. Euphorbiaceae 183
Holarrhena Floribunda (G.Don) T.Durand & Schinz Apocynaceae 147
Faidherbia albida (Delile) A.Chev. Fabaceae 335
(Leguminosae – Mimosoideae) Hunteria umbellata (K.Schum.) Hallier f. Apocynaceae 149
Ficus asperiFolia Miq. Moraceae 101 Hymenocardia acida Tul. Phyllanthaceae (Euphorbiaceae) 49
Ficus cordata subsp. lecardii (Warb.) C.C.Berg Moraceae 97 Hymenocardia heudelotii Planch. ex Müll.Arg. Phyllanthaceae 49
(Euphorbiaceae)
Ficus dicranostyla Mildbr. Moraceae 99
Hymenocardia lyrata Tul. Phyllanthaceae (Euphorbiaceae) 49
Ficus exasperata Vahl Moraceae 101
Khaya senegalensis (Desv.) A.Juss. Meliaceae 261
Ficus glumosa Delile Moraceae 103
Klainedoxa gabonensis Pierre Irvingiaceae 51
Ficus lecardii Warb. Moraceae 97
Laguncularia racemosa (L.) C.F.Gaertn. Combretaceae 369
Ficus leprieurii Miq. Moraceae 107
Lannea acida A.Rich. Anacardiaceae 283
Ficus lutea Vahl Moraceae 105
Lannea nigritana (Scott-Elliot) Keay Anacardiaceae 283
Ficus natalensis Hochst. Moraceae 107
Lannea velutina A.Rich. Anacardiaceae 285
Ficus ovata Vahl Moraceae 109
Lecaniodiscus cupanioides Planch. ex Benth. Sapindaceae 263
Ficus polita Vahl Moraceae 111
Lepisanthes senegalensis (Poir.) Leenh. Sapindaceae 265
Ficus scott-elliottii Mildbr. & Burret Moraceae 113
Lonchocarpus sericeus (Poir.) DC. Fabaceae 287
Ficus sur Forssk. Moraceae 115 (Leguminosae – Papilionoideae)
Ficus sycomorus L. Moraceae 117 Lophira lanceolata Tiegh. ex Keay Ochnaceae 185
Fleroya stipulosa (DC.) Y.F.Deng Rubiaceae 141 Macaranga barteri Müll.Arg. Euphorbiaceae 53
Funtumia aFricana (Benth.) Stapf Apocynaceae 143 Macaranga heterophylla (Müll.Arg.) Müll.Arg. Euphorbiaceae 53
Garcinia livingstonei T.Anderson Clusiaceae (Guttiferae) 207 Macaranga heudelotii A. Chev. Euphorbiaceae 53
Garcinia smeathmanii (Planch. & Triana) Oliv. Clusiaceae (Guttiferae) 207 Malacantha alnifolia (Baker) Pierre Sapotaceae 123
Gardenia terniFolia subsp. jovis-tonantis (Welw.) Verdc. Rubiaceae 209 Margaritaria discoidea (Baill.) G.L.Webster Phyllanthaceae 55
Guibourtia copalliFera Benn. Fabaceae 229 (Euphorbiaceae)
(Leguminosae – Caesalpinioideae) Markhamia tomentosa (Benth.) K.Schum. ex Engl. Bignoniaceae 289
Guibourtia leonensis J.Leonard Fabaceae 229 Milicia regia (A.Chev.) C.C.Berg Moraceae 119
(Leguminosae – Caesalpinioideae)
382 383
Mimusops andongensis Hiern Sapotaceae 121 Pterocarpus santalinoides DC. Fabaceae 297
(Leguminosae – Papilionoideae)
Mitragyna inermis (Willd.) Kuntze Rubiaceae 151
Pycnanthus angolensis (Welw.) Warb. Myristicaceae 65
Morelia senegalensis A.Rich. ex DC. Rubiaceae 153
Quassia undulata (Guill. & Perr.) D.Dietr. Simaroubaceae 299
Morinda chrysorhiza (Thonn.) DC. Rubiaceae 155
Raphia palma-pinus (Gaertn.) Hutch. Arecaceae (Palmae) 359
Morinda geminata DC. Rubiaceae 155
RauvolFia vomitoria Afzel. Apocynaceae 213
Morinda lucida Benth. Rubiaceae 155
Rhizophora harrisonii Leechm. Rhizophoraceae 371
Myrianthus serratus (Trécul) Benth. Urticaceae (Cecropiaceae) 57
Rhizophora mangle L. Rhizophoraceae 373
Nauclea esculenta (Afzel. ex Sabine) Merr. Rubiaceae 157
Rhizophora racemosa G.Mey. Rhizophoraceae 371
Neocarya macrophylla (Sabine) Prance ex F.White Chrysobalanaceae 59
Ricinodendron heudelotii (Baill.) Heckel Euphorbiaceae 189
Newbouldia laevis (P.Beauv.) Seem. Bignoniaceae 291
Samanea dinklagei (Harms) Keay Fabaceae 343
Ochna membranacea Oliv. Ochnaceae 61
(Leguminosae – Mimosoideae)
Ochna multiFlora DC. Ochnaceae 61
Sarcocephalus esculentus Afzel. ex Sabine Rubiaceae 157
Ozoroa insignis Delile Anacardiaceae 211
Sarcocephalus latiFolius (Sm.) E.A.Bruce Rubiaceae 157
Pandanus guineabissauensis Huynh Pandanaceae 187
Sarcocephalus pobeguinii Hua ex Pobég. Rubiaceae 157
Parinari curatelliFolia Planch. ex Benth. Chrysobalanaceae 63
Schrebera arborea A.Chev. Oleaceae 159
Parinari excelsa Sabine Chrysobalanaceae 63
Sclerocarya birrea (A.Rich.) Hochst. Anacardiaceae 301
Parinari macrophylla Sabine Chrysobalanaceae 59
Securidaca longipedunculata Fresen. Polygalaceae 67
Parkia biglobosa (Jacq.) G.Don Fabaceae (Leguminosae – Mimosoideae) 337
Sorindeia juglandiFolia (A.Rich.) Planch. ex Oliv. Anacardiaceae 303
Pentaclethra macrophylla Benth. Fabaceae 339
Spathodea campanulata P.Beauv. Bignoniaceae 305
(Leguminosae – Mimosoideae)
Spondias mombin L. Anacardiaceae 307
Pericopsis laxiFlora (Baker) Meeuwen Fabaceae 293
(Leguminosae – Papilionoideae) Sterculia setigera Delile Malvaceae (Sterculiaceae) 191
Phoenix reclinata Jacq. Arecaceae (Palmae) 357 Sterculia tragacantha Lindl. Malvaceae (Sterculiaceae) 193
Piliostigma reticulatum (DC.) Hochst. Fabaceae 29 Strombosia pustulata Oliv. Olacaceae 69
(Leguminosae – Caesalpinioideae)
Strychnos innocua Delile Loganiaceae (Strychnaceae) 161
Piliostigma thonningii (Schum.) Milne-Redh. Fabaceae 29
Strychnos spinosa Lam. Loganiaceae (Strychnaceae) 163
(Leguminosae – Caesalpinioideae)
Synsepalum brevipes (Baker) T.D.Penn. Sapotaceae 195
Pouteria alniFolia (Baker) Roberty Sapotaceae 123
Synsepalum pobeguinianum (Dubard) Aké Assi & L.Gaut. Sapotaceae 195
Prosopis aFricana (Guill. & Perr.) Taub. Fabaceae 341
(Leguminosae – Mimosoideae) Syzygium guineense (Willd.) DC. Myrtaceae 165
Pterocarpus erinaceus Poir. Fabaceae (Leguminosae – Papilionoideae) 295 Tabernaemontana africana Hook. Apocynaceae 167

384 385
Terminalia albida Scott-Elliot Combretaceae 71 ÍNDICE DE NOMES COMUNS
Terminalia avicennioides Guill. & Perr. Combretaceae 71
Terminalia laxiFlora Engl. Combretaceae 73 NOME LÍNGUA ESPÉCIE

Terminalia macroptera Guill. & Perr. Combretaceae 73 acajou-du-Sénégal francês Khaya senegalensis
Terminalia scutiFera Planch. ex M.A.Lawson Combretaceae 197 acanjongra tanda Harungana madagascariensis
Tetrapleura tetraptera (Schum. & Thonn.) Taub. Fabaceae 345 acarta-lixo crioulo Ficus exasperata
(Leguminosae – Mimosoideae) agara bijagó Ximenia americana
Treculia aFricana Decne. ex Trécul Moraceae 125 aionque bijagó Sorindeia juglandifolia
Trema orientalis (L.) Blume Cannabaceae (Ulmaceae) 75 akiombe tanda Alstonia boonei
Trichilia emetica Vahl Meliaceae 309 alfarroba português Albizia adianthifolia
Trichilia monadelpha (Thonn.) J.J.de Wilde Meliaceae 309 ambate tanda Combretum micranthum
Trichilia prieuriana A.Juss. Meliaceae 309 ambilire tanda Sorindeia juglandifolia
Uapaca guineensis Müll.Arg. Phyllanthaceae (Euphorbiaceae) 77 ambrecome tanda Dalbergia boehmii
Uapaca heudelotii Baill. Phyllanthaceae (Euphorbiaceae) 77 anak tanda Ficus dicranostyla
Uapaca togoensis Pax Phyllanthaceae (Euphorbiaceae) 79 anaque tanda Ficus sur
Vitex bojeri Schauer Lamiaceae (Labiatae, Verbenaceae) 241 angade-tcharre tanda Newbouldia laevis
Vitex doniana Sweet Lamiaceae (Labiatae, Verbenaceae) 241 angueidja tanda Anisophyllea laurina
Vitex ferruginea Bojer ex Schauer Lamiaceae (Labiatae, Verbenaceae) 241 anhese tanda Allophylus africanus
Vitex madiensis Oliv. Lamiaceae (Labiatae, Verbenaceae) 243 anhindim tanda Euphorbia grandifolia
Voacanga aFricana Stapf ex Scott-Elliot Apocynaceae 169 anhongore tanda Vitex madiensis
Xeroderris stuhlmannii (Taub.) Mendonca & Sousa Fabaceae 311 anjambane tanda Parkia biglobosa
(Leguminosae – Papilionoideae)
antante biafada Pterocarpus santalinoides
Ximenia americana L. Olacaceae 81
ápél cobiana Raphia palma-pinus
Xylopia aethiopica (Dunal) A.Rich. Annonaceae 83
arbre-corail francês Erythrina senegalensis
Xylopia parviFlora Spruce Annonaceae 83
árvore-das-marés português Pentaclethra macrophylla
Zanthoxylum leprieurii Guill. & Perr. Rutaceae 313
atakssulé tanda Sterculia tragacantha
Zanthoxylum rubescens Planch. ex Hook. Rutaceae 313
atamule tanda Morinda chrysorhiza
Zanthoxylum zanthoxyloides (Lam.) Zepern. & Timler Rutaceae 315
atamure tanda Morinda chrysorhiza
Ziziphus jujuba Mill. Rhamnaceae 85
ataparquê tanda Lecaniodiscus cupanioides
Ziziphus mauritiana Lam. Rhamnaceae 85

386 387
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
atchaguesse tanda Parinari excelsa banta-forodjé fula Alstonia boonei
atchelogon tanda Combretum nigricans bantam-ó mandinga Ceiba pentandra
atenguengelere tanda Dialium guineense bantanhe fula Ceiba pentandra
azeitona crioulo Vitex madiensis bantanhe futa-fula Ceiba pentandra
azeitona-pequeno crioulo Vitex madiensis bantera-fôrô fula Alstonia boonei
b'ar biafada Borassus aethiopum baobab francês Adansonia digitata
bã futa-fula Pandanus guineabissauensis baradagamarama biafada Crossopteryx febrifuga
baba manjaco Pericopsis laxiflora barcolomô mandinga Combretum micranthum
bace balanta Borassus aethiopum bárquè fula Bauhinia thonningii
bacoré fula Sarcocephalus latifolius barquedje fula Bauhinia thonningii
bacuré fula Hexalobus monopetalus barqueiê fula Bauhinia thonningii
bacuré fula Morinda chrysorhiza barquelei fula Sterculia tragacantha
baie manjaco Erythrophleum suaveolens barquelem fula Zanthoxylum leprieurii
baiqué fula Bauhinia thonningii batacar mancanha Alstonia boonei
bal-tencali mandinga Prosopis africana batanforo fula Alstonia boonei
balé sosso Hunteria umbellata batanou bijagó Calamus deerratus
balimpô mandinga Ficus natalensis bati-forô mandinga Sarcocephalus latifolius
bam-ò mandinga Phoenix reclinata batirô mandinga Schrebera arborea
bamba papel Sterculia tragacantha báuri fula Hunteria umbellata
bamé mancanha Sterculia tragacantha bebáque manjaco Adansonia digitata
bandanei fula Xeroderris stuhlmannii bebúi manjaco Dialium guineense
bane fula Pterocarpus erinaceus becancha manjaco Afzelia africana
báni fula Pterocarpus erinaceus becancla manjaco Afzelia africana
bani-dánè fula Xeroderris stuhlmannii becuáe manjaco Treculia africana
bani-dani fula Xeroderris stuhlmannii becuape manjaco Newbouldia laevis
bani-dárè fula Xeroderris stuhlmannii becúi manjaco Morinda chrysorhiza
bansabúle balanta-mané Samanea dinklagei becúncaro manjaco Daniellia oliveri
bansumá sosso Neocarya macrophylla bedangandjol biafada Myrianthus serratus

388 389
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
bedjaca manjaco Phoenix reclinata bémbô mandinga Lannea acida
bedom-hal mancanha Adansonia digitata bémbô mandinga Lannea velutina
bedom-hal manjaco Adansonia digitata benau-utchata manjaco Sarcocephalus latifolius
bedufe mancanha Holarrhena floribunda benganta biafada Pterocarpus santalinoides
bedufi mancanha Holarrhena floribunda bénguêle papel Pentaclethra macrophylla
behelm cobiana Avicennia germinans beninebahan balanta Hymenocardia acida
beidamodjo fula Anthocleista procera benintchi biafada Elaeis guineensis
beidamodjo fula Ozoroa insignis benkar nalu Trichilia prieuriana
beidomodjô fula Anthocleista procera bénôbénô mancanha Neocarya macrophylla
belace manjaco Hunteria umbellata bénôbénô manjaco Neocarya macrophylla
belaha manjaco Hunteria umbellata bentabe manjaco Erythrophleum suaveolens
belaque balanta Ficus lutea bentape manjaco Cassia sieberiana
beléle mancanha Pterocarpus erinaceus béntia manjaco Khaya senegalensis
beléle manjaco Pterocarpus erinaceus bentiene manjaco Khaya senegalensis
bêlem fula Phoenix reclinata bépale manjaco Carapa procera
beleque-súlè sosso Blighia unijugata bépale papel Strychnos spinosa
beliadje manjaco Pterocarpus erinaceus berenquete biafada Rauvolfia vomitoria
beliadje papel Pterocarpus erinaceus bessápale manjaco Vitex doniana
belim fula Crossopteryx febrifuga betáli manjaco Terminalia macroptera
belofa mancanha Bombax costatum betame papel Cassia sieberiana
belofa manjaco Bombax costatum betampale mancanha Faidherbia albida
beludo crioulo Dialium guineense betcháli manjaco Terminalia macroptera
bembedja fula Lannea acida betéi manjaco Pterocarpus erinaceus
bembedje fula Lannea velutina betéi papel Pterocarpus erinaceus
bembei crioulo Lannea velutina betèlèdje manjaco Terminalia macroptera
bembei fula Lannea velutina betenam balanta Hymenocardia acida
bembem-hei fula Lannea acida betenhe manjaco Dracaena mannii
bembem-hei fula Lannea velutina betitche mancanha Erythrophleum suaveolens

390 391
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
betitche papel Erythrophleum suaveolens binam-ne manjaco Milicia regia
betne biafada Combretum nigricans binha crioulo Anthostema senegalense
betne balanta Combretum nigricans binhanhaque manjaco Harungana madagascariensis
betôlôdje papel Lannea acida bintié manjaco Anthocleista djalonensis
betôlôdje papel Lannea velutina bintié manjaco Anthocleista procera
betomo balanta Erythrophleum suaveolens bio felupe Neocarya macrophylla
betone manjaco Khaya senegalensis bioépi balanta Faidherbia albida
biague mancanha Pentaclethra macrophylla biohé-mone balanta Dichrostachys cinerea
biague manjaco Pentaclethra macrophylla biongômo balanta-mané Faidherbia albida
biáie biafada Parkia biglobosa bireu mancanha Gardenia ternifolia subsp.
jovis-tonantis
biaiérre mancanha Khaya senegalensis
bissabe biafada Blighia unijugata
biaioga biafada Albizia zygia
bissaca crioulo Erythrina senegalensis
biangue balanta Alstonia boonei
bissáca crioulo Bridelia micrantha
bianque balanta Alstonia boonei
bissai biafada Bridelia micrantha
bianque manjaco Albizia adianthifolia
bissaiô mandinga Bridelia micrantha
bichime papel Uapaca togoensis
bissámbana biafada Klainedoxa gabonensis
bichine papel Uapaca heudelotii
bissansce papel Erythrina senegalensis
bidjabarrana biafada Ricinodendron heudelotii
bissaque papel Bridelia micrantha
bidufe mancanha Holarrhena floribunda
bissilão crioulo Khaya senegalensis
biécar manjaco Daniellia oliveri
bissilon crioulo Khaya senegalensis
bierequété biafada Dalbergia boehmii
bissime papel Uapaca togoensis
bierrequêtê biafada Combretum collinum
bissindje biafada Cassia sieberiana
bignáni mancanha Afzelia africana
bissoia fula Bridelia micrantha
biiguê balanta Afzelia africana
bissoia mandinga Bridelia micrantha
biloncondjebá mandinga Morinda chrysorhiza
bitchalam manjaco Parinari excelsa
biloncontchebáe fula Morinda chrysorhiza
bitchime mancanha Elaeis guineensis
binaal-ukon mancanha Sarcocephalus latifolius
bitiague mancanha Neocarya macrophylla
binam-ne manjaco Antiaris toxicaria

392 393
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
bitiague manjaco Neocarya macrophylla boloncondjibá mandinga Morinda chrysorhiza
blá balanta Tabernaemontana africana bolongodjiba crioulo Morinda chrysorhiza
blaca balanta Ficus natalensis boncom-hadje fula Carapa procera
blaca balanta Ficus scott-elliotii boncom-ô mandinga Carapa procera
blacahai balanta Voacanga africana bondja fula Erythrina senegalensis
blata balanta Ficus sur bongué fula Bauhinia thonningii
bluguidjibá biafada Morinda chrysorhiza bonome biafada Entada africana
boã balanta Bauhinia thonningii bonome biafada Tetrapleura tetraptera
boaranabô felupe Afraegle paniculata bôpace manjaco Chrysobalanus icaco
bóbe balanta Daniellia oliveri bopánicam papel Sarcocephalus latifolius
bobode biafada Detarium senegalense borassam mandinga Faidherbia albida
bobóri fula Sterculia setigera borassam-ô mandinga Faidherbia albida
bóco papel Carapa procera borassanhe fula Faidherbia albida
boculamape felupe Carapa procera boré balanta Mitragyna inermis
bodi fula Hymenocardia acida bori futa-fula Terminalia macroptera
bódi fula Terminalia macroptera bórrè papel Detarium senegalense
bóè fula Adansonia digitata bosseléole fula Gardenia ternifolia subsp.
jovis-tonantis
bói fula Terminalia macroptera
botchotchadje fula Erythrina senegalensis
boiè-maio fula Dialium guineense
bothola fula Erythrina senegalensis
boile fula Hexalobus monopetalus
boto fula Detarium senegalense
boili fula Hexalobus monopetalus
boto nalu Daniellia oliveri
bolóbô mancanha Terminalia macroptera
braqui manjaco Terminalia macroptera
boloitche balanta Markhamia tomentosa
brêgue biafada Bombax costatum
bolonco-tchibá fula Morinda chrysorhiza
brêgue biafada Ceiba pentandra
boloncodje mandinga Morinda chrysorhiza
bren mancanha Quassia undulata
boloncodjibá-macho crioulo Morinda chrysorhiza
bribait balanta Holarrhena floribunda
boloncom fula Morinda chrysorhiza
brintintchi balanta Gardenia ternifolia subsp.
boloncom mandinga Morinda chrysorhiza
jovis-tonantis

394 395
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
bripatche balanta Holarrhena floribunda budjaraga biafada Holarrhena floribunda
brobaque nalu Anthonotha crassifolia búè balanta Sterculia tragacantha
brôbleque manjaco Xylopia aethiopica buéco papel Combretum micranthum
brungal manjaco Adansonia digitata bufângha biafada Neocarya macrophylla
bsálá balanta Combretum micranthum bufárá biafada Bauhinia thonningii
btèque papel Laguncularia racemosa bufarô biafada Dialium guineense
buadiá biafada Phoenix reclinata bufelbem biafada Anthonotha crassifolia
buádje biafada Acacia macrostachya bufena fula Anthostema senegalense
buana biafada Pterocarpus erinaceus bufinde biafada Avicennia germinans
buane papel Borassus aethiopum bufundumbabu felupe Sarcocephalus latifolius
buanhônhô biafada Trema orientalis bugáha mancanha Rhizophora mangle
buáô biafada Afzelia africana bugáha papel Rhizophora mangle
buaque manjaco Carapa procera bugaintchom sosso Allophylus africanus
buar biafada Borassus aethiopum bugal biafada Calamus deerratus
buásse biafada Adansonia digitata bugampal biafada Newbouldia laevis
buba manjaco Pericopsis laxiflora bugóentchom bijagó Allophylus africanus
búbè fula Anthonotha crassifolia bugóiaba biafada Schrebera arborea
bubomba biafada Lannea acida bugondjôle papel Trichilia prieuriana
bubúi manjaco Dialium guineense bugúa biafada Vitex doniana
bucanhe papel Antiaris toxicaria bugúa biafada Vitex madiensis
buchicabu felupe Combretum micranthum buguintchô-buiare biafada Allophylus africanus
buchomalé biafada Lonchocarpus sericeus bugulbá biafada Sarcocephalus latifolius
buco crioulo Combretum micranthum buiái biafada Parkia biglobosa
buco manjaco Combretum micranthum buiaioga biafada Albizia zygia
budiquédo fula Funtumia africana buidé fula Combretum nigricans
budjábual biafada Spondias mombin buiengué biafada Prosopis africana
budjagálá biafada Anisophyllea laurina buirame felupe Erythrophleum suaveolens
budjanhi biafada Cola cordifolia buko sosso Combretum micranthum

396 397
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE

bula-bali fula Acacia macrostachya buonoba biafada Strychnos spinosa


bula-bétè fula Dichrostachys cinerea buôque mancanha Combretum micranthum
bulabêlê fula Dichrostachys cinerea buouab felupe Pouteria alnifolia
buladanêlhe fula Faidherbia albida búpale manjaco Strychnos spinosa
bulbudjunab felupe Newbouldia laevis bupóco manjaco Ficus polita
bule fula Acacia macrostachya burale biafada Erythrina senegalensis
bulé fula Dichrostachys cinerea buriquemab felupe Faidherbia albida
bulé fula Faidherbia albida búrlé fula Acacia macrostachya
búle papel Avicennia germinans búrlè fula Dichrostachys cinerea
bule-baledje fula Dichrostachys cinerea búrlè-danédjo fula Faidherbia albida
bulebo felupe Lepisanthes senegalensis búrlè-lubode fula Dichrostachys cinerea
bulofôr biafada Terminalia macroptera burlé-lubodje fula Dichrostachys cinerea
bulóio papel Treculia africana burlei fula Dichrostachys cinerea
bulongodjibá biafada Morinda chrysorhiza búrli fula Dichrostachys cinerea
bulu-caledje fula Dichrostachys cinerea burungule papel Adansonia digitata
bulungu-djubá crioulo Morinda chrysorhiza burungule-burúnque mancanha Adansonia digitata
bumbuar manjaco Detarium senegalense busélélé biafada Erythrina senegalensis
bumbum balanta Bombax costatum bussabua bijagó Carapa procera
bumé fula Vitex madiensis bussácá biafada Bridelia micrantha
búmé fula Vitex doniana bussagan biafada Prosopis africana
bume-ainacobe fula Vitex madiensis bussandjab felupe Zanthoxylum zanthoxyloides
bunalaeb felupe Parkia biglobosa bussandjabu felupe Zanthoxylum leprieurii
buncum-ô mandinga Bombax costatum busseu-uliba felupe Faidherbia albida
buncuncul mancanha Ficus sur bussilô biafada Khaya senegalensis
bungadjé manjaco Ficus exasperata bussindja biafada Cassia sieberiana
bunintchi biafada Elaeis guineensis bussol biafada Parinari excelsa
bunro biafada Combretum nigricans bussoté biafada Ficus lutea
buôf biafada Anthocleista nobilis bussoté biafada Ficus sur

398 399
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
butáua papel Afzelia africana café crioulo Combretum micranthum
butchampele manjaco Faidherbia albida café-bravo crioulo Combretum micranthum
bute papel Lepisanthes senegalensis cagô bijagó F icus natalensis
butone papel Afzelia africana cahaguela felupe Laguncularia racemosa
buúforè balanta Bombax costatum caïcédrat francês Khaya senegalensis
buútchi manjaco Tabernaemontana africana calabaceira português Adansonia digitata
cabaceira crioulo Adansonia digitata calabacera crioulo Adansonia digitata
cabaceira português Adansonia digitata calantú sosso Xylopia aethiopica
cabacera crioulo Adansonia digitata calatù sosso Xylopia aethiopica
cabaguela felupe Laguncularia racemosa calimbô mandinga Ficus natalensis
cabate bijagó Anthostema senegalense camangacú felupe Avicennia germinans
cabêço felupe Avicennia germinans camude bijagó Faidherbia albida
cabelhacu felupe Avicennia germinans camudé bijagó Faidherbia albida
cabete bijagó Anthostema senegalense camudo bijagó Faidherbia albida
cabor bijagó Terminalia scutifera canafiô mandinga Xylopia aethiopica
caboupa crioulo Fleroya stipulosa canafistra crioulo Cassia sieberiana
caboupa crioulo Sarcocephalus latifolius canafístula crioulo Cassia sieberiana
caboupa-fêmea crioulo Anthocleista procera canaine mandinga Lonchocarpus sericeus
caboupa-matcho crioulo Anthocleista nobilis cancaliba futa-fula Combretum micranthum
cabuto bijagó Terminalia albida cancalibá mandinga Combretum micranthum
cad francês Faidherbia albida canchaminham bijagó Sarcocephalus latifolius
cadjangue bijagó Anthocleista procera candjilak felupe Prosopis africana
cadjanué bijagó Anthocleista nobilis canhama bijagó Ficus polita
cadjanué bijagó Anthocleista procera canhamá bijagó Ficus sur
cadjô futa-fula Syzygium guineense canhame bijagó Sarcocephalus latifolius
cáe fula Khaya senegalensis canhimva bijagó Ficus polita
cáe futa-fula Khaya senegalensis canho bijagó Harungana madagascariensis
cafauano fula Spathodea campanulata canho crioulo Harungana madagascariensis

400 401
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
canholora bijagó Lannea acida chungalá fula Harungana madagascariensis
canhom bijagó Newbouldia laevis cibe crioulo Borassus aethiopum
canhómburi fula Newbouldia laevis cibedje fula Borassus aethiopum
canjé fula Hexalobus monopetalus cibô mandinga Borassus aethiopum
canna bijagó Bauhinia thonningii citó mandinga Dialium guineense
canquelibá fula Combretum micranthum citô mandinga Adansonia digitata
cantingui sosso Anisophyllea laurina citronier-de-mer francês Ximenia americana
capatanca bijagó Lonchocarpus sericeus cob-bê bijagó Ceiba pentandra
caquebé bijagó Zanthoxylum zanthoxyloides cobaca bijagó Avicennia germinans
caquebé-cabidé bijagó Zanthoxylum zanthoxyloides cobaga-ê bijagó Albizia adianthifolia
caquebé-cacanto bijagó Zanthoxylum leprieurii cobaga-ê bijagó Albizia zygia
caquecequece bijagó Cassia sieberiana cobalumba bijagó Fleroya stipulosa
caraconde fula Hymenocardia acida cóbô mandinga Ficus lutea
caroubier francês Albizia adianthifolia codjés bijagó Alstonia boonei
caroubier-africain francês Parkia biglobosa codjés-cubide bijagó Rauvolfia vomitoria
cassinconco bijagó Newbouldia laevis codjessi bijagó Alstonia boonei
cassolaco felupe Rhizophora mangle codjessi-cobide bijagó Alstonia boonei
catchocodo bijagó Ficus sur codjessi-cocanto bijagó Rauvolfia vomitoria
cerença crioulo Lepisanthes senegalensis cófa balanta Fleroya stipulosa
cerija crioulo Lepisanthes senegalensis coibalé nalu Anthonotha crassifolia
cetona crioulo Vitex doniana cóile fula Mitragyna inermis
cetona crioulo Vitex madiensis cóile fula Sarcocephalus latifolius
cetona-pequeno crioulo Vitex doniana cola-amargoso crioulo Carapa procera
cetona-pequeno crioulo Vitex madiensis cola-malegossa crioulo Carapa procera
cetona-preta crioulo Vitex doniana colalumba bijagó Fleroya stipulosa
chá-de-buco crioulo Combretum micranthum colanzu fula Quassia undulata
charra-quidjé fula Holarrhena floribunda coleála fula Allophylus africanus
chéque fula Ficus sycomorus colehela fula Allophylus africanus

402 403
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
colidjâncuma fula Crossopteryx febrifuga cossitô mandinga Dialium guineense
colodemo futa-fula Synsepalum pobeguinianum cossòssúquè sosso Klainedoxa gabonensis
colodomo futa-fula Synsepalum pobeguinianum costa-de-lagarto crioulo Lonchocarpus sericeus
colonzo fula Quassia undulata coufè nalu Anthonotha crassifolia
condé fula Mitragyna inermis covaca bijagó Rhizophora harrisonii
condé fula Sarcocephalus latifolius cudaco bijagó Trichilia prieuriana
conecam bijagó Albizia adianthifolia cudaco felupe Trichilia prieuriana
confé nalu Anthonotha crassifolia cudjuno bijagó Avicennia germinans
côngé balanta Laguncularia racemosa cudoce bijagó Detarium senegalense
congô manjaco Afzelia africana cúfè balanta Anthocleista procera
cóngoró manjaco Antiaris toxicaria cufodjaiaco felupe Dialium guineense
cóngôrô manjaco Antiaris toxicaria cuguma bijagó Fleroya stipulosa
conhedje bijagó Rauvolfia vomitoria culasseque fula Spathodea campanulata
cóque manjaco Carapa procera cúlèculè fula Pericopsis laxiflora
coquenguer bijagó Pentaclethra macrophylla culelam-ô mandinga Syzygium guineense
cordele fula Allophylus africanus culengô mandinga Prosopis africana
corèbode fula Tabernaemontana africana culi-culi fula Pericopsis laxiflora
corobaque fula Anthonotha crassifolia culim-ô mandinga Prosopis africana
corobaque nalu Anthonotha crassifolia culneldacu fula Lepisanthes senegalensis
corocondé fula Hymenocardia acida culu-cula fula Pericopsis laxiflora
corocondô mandinga Hymenocardia acida culum tanda Diospyros heudelotii
coronconde crioulo Hymenocardia acida cuncre manjaco Ficus sur
coroncondô biafada Hymenocardia acida cuncre papel Ficusexasperata
coronconto crioulo Hymenocardia acida cunde bijagó Milicia regia
corossedjambo mandinga Phoenix reclinata cungre manjaco Ficus sur
córóssó mandinga Phoenix reclinata cungre manjaco Ficus sycomorus
correré bijagó Samanea dinklagei cungre papel Ficus exasperata
cossiráe fula Dialium guineense cunhe balanta Sarcocephalus latifolius

404 405
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
cura fula Parinari excelsa déxa balanta Pterocarpus santalinoides
cura futa-fula Parinari excelsa dirqué fula Cordyla pinnata
cura-bussuma futa-fula Neocarya macrophylla dissauri sosso Anthocleista procera
curacosse fula Klainedoxa gabonensis djabi fula Ziziphus jujuba
curanaco fula Neocarya macrophylla djaló mandinga Khaya senegalensis
curanaco fula Parinari excelsa djamba-catam futa-fula Terminalia macroptera
curanam balanta Strychnos spinosa djambacatá fula Combretum collinum
curencúnde sosso Hymenocardia acida djambacatam-ô mandinga Combretum nigricans
cureucóndô mandinga Hymenocardia acida djambadjilom fula Trichilia prieuriana
cursadje fula Afraegle paniculata djambo-surei fula Ficus dicranostyla
cursam-ô mandinga Afraegle paniculata djandjam-ô mandinga Prosopis africana
cusserê bijagó Erythrina senegalensis djauláe fula Antiaris toxicaria
cusserum bijagó Erythrina senegalensis djecudjecumádje fula Pterocarpus santalinoides
cussito mandinga Diospyros heudelotii djégo futa-fula Pterocarpus santalinoides
cutóbulo mandinga Vitex doniana djêgo fula Pterocarpus erinaceus
cutubulô mandinga Vitex doniana djeiha papel Prosopis africana
d'jega fula Pterocarpus santalinoides djibicum mandinga Avicennia germinans
d'jego fula Pterocarpus santalinoides djó-gófe papel Xylopia aethiopica
d’jambô fula Ficus dicranostyla djodjô papel Xylopia aethiopica
d´jubitabô mandinga Sterculia tragacantha djóè fula Bombax costatum
dácud cobiana Sterculia tragacantha djóè futa-fula Bombax costatum
dacuré fula Morinda chrysorhiza djóia fula Bombax costatum
darré balanta Raphia palma-pinus djóia futa-fula Bombax costatum
decumé fula Sarcocephalus latifolius djóia manjaco Bombax costatum
dembei crioulo Lannea velutina djúè balanta Faidherbia albida
democôri fula Blighia unijugata djugale fula Gardenia ternifolia subsp.
jovis-tonantis
dêssa balanta Pterocarpus santalinoides
djughó mandinga Mitragyna inermis
dessáha balanta Pterocarpus santalinoides

406 407
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE

djúrô fula Securidaca longipedunculata ebenha bijagó Chrysobalanus icaco


djutu biafada Securidaca longipedunculata ebontonton bijagó Pterocarpus santalinoides
dlim-ôdolim-ô mandinga Erythrina senegalensis ecapate manjaco Calamus deerratus
dodje-górè fula Combretum nigricans echighadé bijagó Zanthoxylum leprieurii
dóki fula Cordyla pinnata eda bijagó Xylopia aethiopica
dolim-bá mandinga Erythrina sigmoidea edoconhe bijagó Anisophyllea laurina
dolim-ô mandinga Erythrina senegalensis em-bando bijagó Parkia biglobosa
dolimba mandinga Erythrina sigmoidea embale papel Khaya senegalensis
dolimbai fula Erythrina senegalensis embumbuine bijagó Tabernaemontana africana
dolin crioulo Erythrina senegalensis embumbulhe bijagó Tabernaemontana africana
doque-debe fula Combretum collinum empantanca bijagó Albizia adianthifolia
doto mandinga Cordyla pinnata empantanca bijagó Lonchocarpus sericeus
dôto balanta Lannea acida emudu bijagó Dichrostachys cinerea
dôtô balanta Lannea velutina endama fula Holarrhena floribunda
dualim-ô mandinga Ficus ovata endjunque bijagó Ficus natalensis
dúbè fula Borassus aethiopum endure bijagó Bridelia micrantha
dúbè futa-fula Borassus aethiopum énhapitche bijagó Chrysobalanus icaco
duco fula Cordyla pinnata enranha bijagó Zanthoxylum leprieurii
dudanké sosso Sarcocephalus latifolius epadum bijagó Terminalia scutifera
duê balanta Dichrostachys cinerea epádum bijagó Dialium guineense
dúki fula Cordyla pinnata epamámbo bijagó Bauhinia thonningii
dúnta mandinga Cordyla pinnata epandando bijagó Bauhinia thonningii
dúquei fula Cordyla pinnata epopoquê bijagó Voacanga africana
dutos mandinga Cordyla pinnata equêche bijagó Xylopia aethiopica
eárra bijagó Elaeis guineensis equequeldamae felupe Lannea acida
eba bijagó Avicennia germinans equitenhalé felupe Dialium guineense
ebangleba bijagó Diospyros heudelotii ereitô bijagó Sterculia tragacantha
ebenga bijagó Chrysobalanus icaco éri fula Sclerocarya birrea

408 409
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
eritô bijagó Sterculia tragacantha fidida-femea crioulo Zanthoxylum leprieurii
eritú bijagó Sterculia tragacantha fidida-matchu crioulo Zanthoxylum zanthoxyloides
erythrine-du-Sénégal francês Erythrina senegalensis fididi-preta crioulo Dichrostachys cinerea
ete-éri bijagó Holarrhena floribunda figueirinha crioulo Ficus polita
eudá bijagó Borassus aethiopum firifora mandinga Blighia unijugata
fadi balanta Terminalia macroptera freitô bijagó Sterculia tragacantha
fafadjambô mandinga Fleroya stipulosa fromager bijagó Ceiba pentandra
fafadjambô mandinga Sarcocephalus latifolius fumulundjunk felupe Sarcocephalus latifolius
famé balanta Khaya senegalensis fun-n'tchilé balanta Morinda chrysorhiza
fará biafada Bauhinia thonningii futété sosso Allophylus africanus
fará crioulo Bauhinia thonningii gante balanta Parkia biglobosa
fará fula Bauhinia thonningii gaúde futa-fula Samanea dinklagei
fará mandinga Bauhinia thonningii gáudè futa-fula Acacia macrostachya
fara-colei fula Strychnos spinosa ghandjam crioulo Lecaniodiscus cupanioides
faracoledje fula Strychnos spinosa ghobonodo bijagó Morinda chrysorhiza
faroba crioulo Parkia biglobosa ghodjadjirnt bijagó Pycnanthus angolensis
farôba crioulo Parkia biglobosa ghossaba bijagó Margaritaria discoidea
faroba-de-lala crioulo Albizia adianthifolia glanhê balanta Tabernaemontana africana
faroba-de-lala crioulo Albizia ferruginea gobi fula Carapa procera
farranetó mandinga Albizia ferruginea godjoli fula Dalbergia boehmii
farroba crioulo Parkia biglobosa goiaba-di-lala crioulo Schrebera arborea
farroba-de-lala crioulo Albizia adianthifolia goloneogita mandinga Morinda chrysorhiza
farroba-de-lala crioulo Albizia ferruginea gongô manjaco Afzelia africana
farroba-de-mato crioulo Samanea dinklagei gúa papel Vitex doniana
farrobe crioulo Parkia biglobosa gúgri fula Bridelia micrantha
fède papel Mitragyna inermis guibinte fula Treculia africana
ferida-branco crioulo Faidherbia albida guilé-balei fula Xylopia aethiopica
ferida-preto crioulo Dichrostachys cinerea guilè-bétè fula Xylopia aethiopica

410 411
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
guilinte futa-fula Treculia africana kamaitê sosso Holarrhena floribunda
gunhe balanta Morinda chrysorhiza kaméuri sosso Daniellia oliveri
hiremoussôlo mandinga Combretum collinum kanse fula Anisophyllea laurina
hólô-fôro mandinga Terminalia macroptera karkone crioulo Terminalia macroptera
iacume balanta Khaya senegalensis kenê mandinga Pterocarpus erinaceus
iagale sosso Uapaca heudelotii kéo-fôro mandinga Quassia undulata
iágalê sosso Uapaca togoensis kiri sosso Adansonia digitata
iála-guei mandinga Uapaca togoensis kola-malgos crioulo Carapa procera
iangué nalu Alstonia boonei kolokolo crioulo Rauvolfia vomitoria
ianké nalu Alstonia boonei kukukunkuri sosso Vitex madiensis
ianque nalu Alstonia boonei lagari manjaco Sorindeia juglandifolia
iatété sosso Diospyros heudelotii laha balanta Ficus lutea
ibulbbecana manjaco Sterculia tragacantha lakó sosso Pouteria alnifolia
idóié-iginal mancanha Xylopia aethiopica lalaúri sosso Pouteria alnifolia
ií nalu Parkia biglobosa lara bijagó Elaeis guineensis
impukui nalu Bauhinia thonningii látè balanta Adansonia digitata
intompinha nalu Vitex madiensis latelaté nalu Tabernaemontana africana
ió balanta Avicennia germinans ledalbodeel fula Lophira lanceolata
iobogôfo papel Xylopia aethiopica lencom-ô mandinga Afzelia africana
iófo nalu Avicennia germinans lengue futa-fula Afzelia africana
irangá bijagó Rhizophora mangle lénguei futa-fula Afzelia africana
jaca-de-mato crioulo Treculia africana lengueje fula Afzelia africana
jagôrtá nalu Diospyros heudelotii leoncó fula Afzelia africana
janafim-ô mandinga Xylopia aethiopica lhiamba fula Morinda chrysorhiza
jobitabáe fula Sterculia setigera limon-di-sancho crioulo Ximenia americana
jobitabô mandinga Sterculia setigera limon-do-mato crioulo Ximenia americana
jurtú crioulo Securidaca longipedunculata língua-di-baca crioulo Antiaris toxicaria
jutù crioulo Securidaca longipedunculata língua-di-baca crioulo Ficus exasperata

412 413
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
linguana crioulo Lonchocarpus sericeus mabodô mandinga Detarium senegalense
linqué mandinga Afzelia africana macacundje manjaco Garcinia livingstonei
lixa crioulo Pouteria alnifolia macete crioulo Terminalia macroptera
luengue fula Afzelia africana macite crioulo Terminalia macroptera
luncum fula Bombax costatum madifô mandinga Combretum collinum
lút nalu Parinari excelsa mádjá balanta Zanthoxylum leprieurii
m'bath nalu Ceiba pentandra madjaca bijagó Phoenix reclinata
m'béke nalu Adansonia digitata madronho crioulo Sarcocephalus latifolius
m'bétá nalu Daniellia oliveri mafaléu nalu Pouteria alnifolia
m'bim nalu Dialium guineense mafel balanta Anisophyllea laurina
m'bimbe nalu Dialium guineense máfèlè balanta Anisophyllea laurina
m'boié balanta Dialium guineense maharra bijagó Schrebera arborea
m'bonhé nalu Bridelia micrantha malagueta-da-guiné crioulo Xylopia aethiopica
m'bôtcherê balanta Lepisanthes senegalensis malagueta-di-mato crioulo Xylopia aethiopica
m'buema biafada Raphia palma-pinus malagueta-preto crioulo Xylopia aethiopica
m'bukui nalu Bauhinia thonningii malagueta-preto- crioulo Xylopia aethiopica
m'but-balé nalu Blighia unijugata de-guiné
m'jacai manjaco Phoenix reclinata malanga fula Lophira lanceolata
m'nafo-ucon mancanha Sarcocephalus latifolius malanga futa-fula Lophira lanceolata
m'padima nalu Rauvolfia vomitoria malefu mandinga Diospyros heudelotii
m'pumbu nalu Voacanga africana malefú sosso Diospyros heudelotii
m'riuol balanta Sorindeia juglandifolia malevu sosso Diospyros heudelotii
m'tchinke nalu Morinda chrysorhiza maló mandinga Carapa procera
m'zisse balanta Erythrina senegalensis mamampai balanta Securidaca longipedunculata
m'zisse fula Erythrina senegalensis mambodadje fula Carapa procera
m’bué balanta Cola cordifolia mambode crioulo Detarium senegalense
m´burô fula Anthostema senegalense mambumba crioulo Hexalobus monopetalus
mabodadi fula Albizia zygia mampã nalu Ximenia americana

414 415
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
mampatá mandinga Parinari excelsa mantede crioulo Lannea acida
mampatace crioulo Parinari excelsa mantede crioulo Lannea velutina
mampatace-grande crioulo Neocarya macrophylla maque nalu Rhizophora mangle
mampatás crioulo Parinari excelsa marnei fula Albizia adianthifolia
mampataz crioulo Parinari excelsa marnei fula Albizia ferruginea
mampataz-de-porco crioulo Klainedoxa gabonensis marnenáe fula Lophira lanceolata
manau balanta Allophylus africanus marnenáe futa-fula Lophira lanceolata
mancô mandinga Rhizophora mangle marroné fula Albizia zygia
mancone crioulo Erythrophleum suaveolens marroné fula Faidherbia albida
manconi crioulo Erythrophleum suaveolens marroné fula Pentaclethra macrophylla
mandiple crioulo Spondias mombin masamp nalu Albizia zygia
mandjandja crioulo Cola cordifolia masamp nalu Samanea dinklagei
mandjanja crioulo Cola cordifolia masamp-tchill nalu Samanea dinklagei
manduco-de-feticero crioulo Newbouldia laevis masamp-thai nalu Albizia adianthifolia
mánenae fula Ekebergia capensis masang-na nalu Samanea dinklagei
mangantem crioulo Pterocarpus santalinoides matikzé nalu Hymenocardia acida
mangantum fula Pterocarpus santalinoides mavéu nalu Neocarya macrophylla
mangéboré sosso Sterculia tragacantha mèco fula Dialium guineense
mango-de-mato crioulo Cordyla pinnata medjaca papel Phoenix reclinata
mansanca balanta Bauhinia thonningii mehanté balanta Parkia biglobosa
mantampa-de-sera crioulo Calamus deerratus meile balanta Parinari excelsa
mantcha balanta Zanthoxylum leprieurii melámberi manjaco Guibourtia copallifera
mantchambô mandinga Treculia africana menau mancanha Neocarya macrophylla
mantchampo futa-fula Uapaca togoensis menau manjaco Neocarya macrophylla
mantchampôdje fula Lepisanthes senegalensis mené crioulo Lophira lanceolata
mantchampudje fula Treculia africana mené sosso Lophira lanceolata
mantchu balanta Zanthoxylum leprieurii menebantam-ô mandinga Pycnanthus angolensis
mante nalu Anthostema senegalense mesinho-de-cobra crioulo Trichilia prieuriana

416 417
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
metchel nalu Holarrhena floribunda n'bene mancanha Borassus aethiopum
metchene papel Ceiba pentandra n'bene manjaco Borassus aethiopum
metônha balanta Strychnos spinosa n'bóbó nalu Xeroderris stuhlmannii
mimosa-pourpre francês Parkia biglobosa n'bumbo bijagó Vitex doniana
minhále papel Anthostema senegalense n'bute (umbatú) balanta Neocarya macrophylla
minquela mancanha Parinari excelsa n'chaka-refat nalu Erythrina senegalensis
minquelma papel Parinari excelsa n'chambana biafada Uapaca heudelotii
mintchame manjaco Elaeis guineensis n'compaca nalu Lonchocarpus sericeus
mintchéle balanta Harungana madagascariensis n'concom nalu Laguncularia racemosa
miséria crioulo Anisophyllea laurina n'congon nalu Strychnos spinosa
mochôla fula Erythrina senegalensis n'cuncre papel Ficus exasperata
moquê fula Dialium guineense n'cungre (uncungre) manjaco Ficus exasperata
moquê mandinga Dialium guineense n'djano balanta Parinari excelsa
moquê sosso Dialium guineense n'djapô balanta Neocarya macrophylla
msamp-m'boko nalu Albizia zygia n'dô nalu Gardenia ternifolia subsp.
jovis-tonantis
mufó papel Lophira lanceolata
n'dué nalu Gardenia ternifolia subsp.
mukui nalu Bauhinia thonningii
jovis-tonantis
muni balanta Vitex madiensis
n'dunquinhe balanta Morinda chrysorhiza
múni balanta Vitex doniana
n'gal biafada Calamus deerratus
munsopane manjaco Vitex doniana
n'gami-coió mandinga Dichrostachys cinerea
múri balanta Vitex doniana
n'garba fula Morinda chrysorhiza
n' tongue bijagó Bridelia micrantha
n'garba futa-fula Morinda chrysorhiza
n'álè fula Markhamia tomentosa
n'gari-coió mandinga Dichrostachys cinerea
n'andu bijagó Parkia biglobosa
n'gume balanta Morinda chrysorhiza
n'armass nalu Aidia genipiflora
n'kone nalu Terminalia macroptera
n'babass nalu Combretum micranthum
n'nhonhinhe sosso Antiaris toxicaria
n'bama manjaco Sterculia tragacantha
n'ocasso bijagó Syzygium guineense
n'bámbete nalu Klainedoxa gabonensis
n'pela mancanha Spondias mombin

418 419
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
n'pessa manjaco Dalbergia boehmii n'túlam papel Terminalia macroptera
n'pilo papel Spondias mombin n'tunké nalu Morinda chrysorhiza
n'pórlô papel Lepisanthes senegalensis n’cungre manjaco Ficus sycomorus
n'québonque bijagó Bombax costatum n’jangugurta nalu Diospyros heudelotii
n'quemê papel Elaeis guineensis n’tchef nalu Ficus dicranostyla
n'sila nalu Pterocarpus erinaceus n’tchócodó bijagó Garcinia livingstonei
n'ssogorro nalu Vitex madiensis n’tica-bafar nalu Antidesma venosum
n'sunp nalu Anisophyllea laurina n´boi balanta Dialium guineense
n'taluass nalu Sorindeia juglandifolia n´cungre manjaco Ficus sur
n'tame manjaco Cassia sieberiana n´pinde biafada Avicennia germinans
n'tangré papel Bauhinia thonningii n´simkété nalu Newbouldia laevis
n'tangunha nalu Terminalia albida n´tene papel Ceiba pentandra
n'tantass balanta Pentaclethra macrophylla nafum-cone mancanha Sarcocephalus latifolius
n'taque nalu Bridelia micrantha nando fula Neocarya macrophylla
n'tata papel Sorindeia juglandifolia nándo bijagó Parkia biglobosa
n'tchakarfat nalu Erythrina senegalensis nasce-fôrè balanta Samanea dinklagei
n'tchalame manjaco Parinari excelsa nassino crioulo Sterculia tragacantha
n'tchalúas nalu Sorindeia juglandifolia naude-puthu fula Sarcocephalus latifolius
n'tchintchamp nalu Hunteria umbellata náudo fula Neocarya macrophylla
n'tcocodo bijagó Garcinia livingstonei naudó-putcho fula Sarcocephalus latifolius
n'ti kabras nalu Rauvolfia vomitoria nedêg-dêg-ca bijagó Dodonaea viscosa
n'ticambague nalu Dalbergia boehmii nedege-d'geca bijagó Dodonaea viscosa
n'timlake nalu Blighia unijugata nedege-degeca bijagó Dodonaea viscosa
n'tisé nalu Hymenocardia acida negae bijagó Spondias mombin
n'tisebá nalu Pterocarpus santalinoides nequeno bijagó Trichilia prieuriana
n'tole nalu Sarcocephalus latifolius néré fula Parkia biglobosa
n'toncre papel Bauhinia thonningii néri sosso Parkia biglobosa
n'tonte nalu Ricinodendron heudelotii netch fula Parkia biglobosa

420 421
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
netchondor bijagó Hymenocardia acida obalei papel Lepisanthes senegalensis
nétè fula Parkia biglobosa obonodje bijagó Morinda chrysorhiza
nétè mandinga Parkia biglobosa ocanhebo bijagó Xylopia aethiopica
nete-maio fula Albizia ferruginea oellha papel Laguncularia racemosa
netechaguhol fula Samanea dinklagei ofède papel Sarcocephalus latifolius
nétèmàe fula Albizia adianthifolia ogáe bijagó Spondias mombin
netendor bijagó Hymenocardia acida ogea papel Prosopis africana
netô-farô mandinga Albizia adianthifolia olei manjaco Pterocarpus erinaceus
néto-máiô fula Albizia adianthifolia olélè mancanha Parkia biglobosa
nhada-haco fula Pouteria alnifolia olélè papel Parkia biglobosa
nhêg-cuneme bijagó Parinari excelsa opane papel Borassus aethiopum
nhenhe fula Antiaris toxicaria ópanica papel Sarcocephalus latifolius
nhénhéò fula Pouteria alnifolia ordenáe fula Ficus lutea
nhinguekinhé sosso Tabernaemontana africana ordenal fula Ficus lutea
nhinha fula Ficus exasperata orelha-de-rato crioulo Strychnos spinosa
nhondji sosso Ficus dicranostyla orobodo bijagó Tabernaemontana africana
nincom-ô mandinga Spondias mombin orodjô bijagó Neocarya macrophylla
nintungue nalu Morinda chrysorhiza osso-de-dari crioulo Blighia unijugata
nitichiba nalu Pterocarpus santalinoides osso-de-dari crioulo Strombosia pustulata
noii bijagó Antiaris toxicaria otone balanta Erythrophleum suaveolens
noii bijagó F icus exasperata p'bancar fula Lophira lanceolata
nonha bijagó Trema orientalis p'bancar futa-fula Lophira lanceolata
nopêdê bijagó Syzygium guineense p'fancha balanta Lophira lanceolata
nopode bijagó Ekebergia capensis p'sangla balanta Combretum micranthum
nóputa bijagó Antiaris toxicaria p’fonante balanta Cassia sieberiana
nórònóròdó bijagó Neocarya macrophylla p’sale balanta Spondias mombin
nororodo bijagó Neocarya macrophylla p’tone balanta Anthostema senegalense
oábi bijagó Hymenocardia acida pade-pade fula Entada africana
obacoré fula Sarcocephalus latifolius
422 423
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
padja-di-embrulha-cola crioulo Fleroya stipulosa pebadje manjaco Avicennia germinans
palmeira-de-óleo crioulo Elaeis guineensis pega balanta Afzelia africana
palmeira-de-óleo português Elaeis guineensis pentene mancanha Ceiba pentandra
palmeira-dendém crioulo Elaeis guineensis péntia manjaco Ceiba pentandra
palmera crioulo Elaeis guineensis petá balanta Avicennia germinans
palmier-à-huile francês Elaeis guineensis pfèque manjaco Laguncularia racemosa
palmier-rônier francês Borassus aethiopum pidjeu manjaco Rhizophora mangle
panu-di-kankora crioulo Bauhinia thonningii pilé balanta Parinari excelsa
papadar fula Entada africana pilitoró futa-fula Hymenocardia acida
papae-um-eme papel Anthocleista procera pilme manjaco Spondias mombin
pau-carvão crioulo Prosopis africana piquério balanta Spathodea campanulata
pau-conta crioulo Afzelia africana pó-branco crioulo Syzygium guineense
pau-corda crioulo Sterculia tragacantha pó-carvão crioulo Prosopis africana
pau-de-bicho-amarelo crioulo Antiaris toxicaria pó-de-bicho crioulo Antiaris toxicaria
pau-de-borracha crioulo Voacanga africana pó-de-bicho-amarelo crioulo Milicia regia
pau-de-ferida crioulo Acacia macrostachya pó-de-bicho-branco crioulo Antiaris toxicaria
pau-de-leite crioulo Ficus glumosa pó-de-binhal crioulo Anthostema senegalense
pau-de-motom crioulo Mitragyna inermis po-de-bitche crioulo Antiaris toxicaria
pau-de-pilão crioulo Combretum nigricans pó-de-bitcho-risso crioulo Milicia regia
pau-de-saia crioulo Sterculia tragacantha pó-de-cabaço crioulo Sterculia tragacantha
pau-ferida crioulo Dichrostachys cinerea pó-de-canhaco crioulo Markhamia tomentosa
pau-ferida crioulo Faidherbia albida pó-de-carbom crioulo Prosopis africana
pau-ferro crioulo Guibourtia copallifera pó-de-conta crioulo Afzelia africana
pau-goiaba crioulo Schrebera arborea pó-de-ferida-branco crioulo Faidherbia albida
pau-incenso crioulo Daniellia oliveri pó-de-féro crioulo Guibourtia copallifera
pau-miséria crioulo Anisophyllea laurina pó-de-fidida-preto crioulo Dichrostachys cinerea
pau-sangue crioulo Pterocarpus erinaceus po-de-goiaba crioulo Schrebera arborea
pau-veludo crioulo Dialium guineense pó-de-incenso crioulo Daniellia oliveri

424 425
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
pó-de-lete crioulo Anthostema senegalense pópôe futa-fula Fleroya stipulosa
pó-de-lete crioulo Antiaris toxicaria pouúnquè balanta Bauhinia thonningii
pó-de-linguana crioulo Lonchocarpus sericeus prunes-mombin francês Spondias mombin
pó-de-miséria crioulo Anisophyllea laurina prunier-de-mer francês Ximenia americana
pó-de-osso crioulo Erythrina senegalensis prunier-noir francês Vitex doniana
pó-de-raio crioulo Albizia zygia psáhè balanta Ceiba pentandra
pó-de-saia crioulo Lannea acida psegha balanta Uapaca heudelotii
pó-de-sangue-branco crioulo Xeroderris stuhlmannii psila balanta Cordyla pinnata
pó-de-veludo crioulo Dialium guineense psilá balanta Pterocarpus erinaceus
po-di-bras crioulo Voacanga africana psône balanta Quassia undulata
pó-di-bras crioulo Rauvolfia vomitoria psoque balanta Alstonia boonei
pó-di-cama crioulo Lecaniodiscus cupanioides psunn balanta Quassia undulata
po-di-carvom crioulo Prosopis africana ptehén’tugudu balanta Sarcocephalus latifolius
pó-di-faia crioulo Harungana madagascariensis pthaé balanta Ceiba pentandra
po-di-lixa crioulo Ficus exasperata púle manjaco Avicennia germinans
po-di-osso crioulo Erythrina senegalensis pulga-di-mato crioulo Sterculia setigera
pó-di-pinti crioulo Hunteria umbellata punhe balanta-mané Carapa procera
pó-di-sangue crioulo Pterocarpus erinaceus quécui fula Quassia undulata
pó-ferida crioulo Acacia macrostachya quécui-djom fula Quassia undulata
pó-pondogo fula Detarium senegalense queleldjere fula Ozoroa insignis
pó-sagrado crioulo Fleroya stipulosa quem balanta Elaeis guineensis
poilão crioulo Ceiba pentandra quem-quelebá fula Combretum micranthum
poilão-foro crioulo Bombax costatum quénò mandinga Pterocarpus erinaceus
poilon crioulo Ceiba pentandra quequeiè fula Ficus glumosa
polóm crioulo Ceiba pentandra querá sosso Strychnos spinosa
polóm-fidalgo crioulo Bombax costatum quere fula Trema orientalis
polóm-fôro crioulo Bombax costatum quere-uri sosso Margaritaria discoidea
pôpô fula Anthocleista procera querenduta fula Detarium senegalense

426 427
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
queri futa-fula Margaritaria discoidea sandjoné fula Cassia sieberiana
quéssem-quéssem mandinga Prosopis africana sanjoué fula Cassia sieberiana
quibiricarre fula Trichilia prieuriana santam-ô mandinga Daniellia oliveri
quide fula Acacia macrostachya santam-um mandinga Daniellia oliveri
quitite balanta Calamus deerratus santan francês Daniellia oliveri
quito papel Calamus deerratus santangô mandinga Daniellia oliveri
ribe balanta Elaeis guineensis sarábá balanta Phoenix reclinata
ripetche balanta Funtumia africana sarcoledje fula Strychnos spinosa
rônier francês Borassus aethiopum sarôco mandinga Detarium senegalense
ropta-cabefar nalu Margaritaria discoidea sátaga fula Lecaniodiscus cupanioides
rubitchi balanta Holarrhena floribunda sátágá-preto fula Blighia unijugata
rubitchi fula Holarrhena floribunda séla nalu Xylopia aethiopica
rumbum balanta Ceiba pentandra sélélé biafada Erythrina senegalensis
rúngulo papel Daniellia oliveri sem-ah balanta-mané Rhizophora mangle
safatá sosso Samanea dinklagei sem-unte-pulhe balanta Xylopia aethiopica
ságuê balanta Ficus glumosa sénhè nalu Anisophyllea laurina
salangue crioulo Terminalia scutifera senhea balanta Rhizophora mangle
sale balanta Spondias mombin sentê balanta Xylopia aethiopica
sama-sidjam fula Cassia sieberiana serinça crioulo Lepisanthes senegalensis
samba-sindjandje fula Cassia sieberiana sérquê balanta Phoenix reclinata
sambadjadei fula Allophylus africanus sibá nalu Pterocarpus santalinoides
samba-sinhangho fula Cassia sieberiana sila balanta Pterocarpus erinaceus
sambasinhanha fula Cassia sieberiana silabono fula Diospyros heudelotii
sambassatáe fula Allophylus africanus simbode-ô mandinga Lepisanthes senegalensis
sambassinhague crioulo Cassia sieberiana simbom-ô mandinga Morinda chrysorhiza
sambassinhamé fula Cassia sieberiana simbondô mandinga Lepisanthes senegalensis
samé balanta Spondias mombin simóieli sosso Hymenocardia acida
sandji- bombro fula Sorindeia juglandifolia simóilé sosso Hymenocardia acida

428 429
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
simoili sosso Dalbergia boehmii tacára crioulo Alstonia boonei
sindjadjálê fula Samanea dinklagei tade fula Combretum micranthum
sindjalale fula Samanea dinklagei taga papel Dracaena mannii
sindjam-djané futa-fula Pentaclethra macrophylla tagara crioulo Alstonia boonei
sindjam-ô mandinga Cassia sieberiana tagare fula Anthocleista djalonensis
singèle nalu Newbouldia laevis tagare fula Anthocleista procera
sirafitom mandinga Terminalia albida tagarra crioulo Alstonia boonei
sóle balanta Rhizophora mangle tagate balanta Bridelia micrantha
sótô mandinga Ficus glumosa tagi papel Anthostema senegalense
sucúndè futa-fula Newbouldia laevis tagmi balanta Khaya senegalensis
sufa-sotô mandinga Ficus lutea tali fula Albizia zygia
sugé sosso Parinari excelsa taliba fula Albizia zygia
sula-selô mandinga Spathodea campanulata talidje fula Erythrophleum suaveolens
sumauma crioulo Bombax costatum tálô mandinga Erythrophleum suaveolens
sumbalá mandinga Harungana madagascariensis tamankumba crioulo Neocarya macrophylla
suncúndè fula Spathodea campanulata tamareira crioulo Phoenix reclinata
sungala fula Harungana madagascariensis tambacumba crioulo Neocarya macrophylla
súngala fula Pycnanthus angolensis tambacumba mandinga Neocarya macrophylla
súngala futa-fula Harungana madagascariensis tambacumba-de-san- crioulo Sarcocephalus latifolius
tcho
sur balanta Ficus dicranostyla
tambatchilam fula Antiaris toxicaria
suredje fula Ficus dicranostyla
tambem fula Calamus deerratus
surei fula Ficus dicranostyla
tambô mandinga Calamus deerratus
tabá mandinga Sterculia tragacantha
táminii balanta Khaya senegalensis
tábá fula Cola cordifolia
tanda-sara futa-fula Acacia macrostachya
tabaco-di-lubo crioulo Anthocleista nobilis
tangalamára mandinga Albizia zygia
tabáe fula Sterculia tragacantha
tapircó fula Hexalobus monopetalus
tabô mandinga Cola cordifolia
tara crioulo Raphia palma-pinus
tabô mandinga Sterculia tragacantha

430 431
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
tarafe crioulo Avicennia germinans tchelogom tanda Combretum nigricans
tarafe crioulo Conocarpus erectus tcheme fula Ximenia americana
tarafe crioulo Laguncularia racemosa tchéne francês Daniellia oliveri
tarafe crioulo Rhizophora mangle tchénè fula Daniellia oliveri
tarafe-branco crioulo Rhizophora harrisonii tcheque fula Ficus lutea
tarafe-branco crioulo Rhizophora mangle tcheque fula Ficus sur
tarafô mandinga Avicennia germinans tcheque fula Ficus sycomorus
tarrafe crioulo Avicennia germinans tcheque-súmô fula Ficus lutea
tarrafe crioulo Rhizophora harrisonii tchequedje fula Ficus sur
tarrafe crioulo Rhizophora mangle tchide fula Acacia macrostachya
tarrafe-preto crioulo Laguncularia racemosa tchime fula Antiaris toxicaria
tarrafe-preto-cum- crioulo Avicennia germinans tchingole fula Lannea acida
prido
tchingole fula Lannea velutina
tarrafe-preto-curto crioulo Laguncularia racemosa
tchoráqui fula Holarrhena floribunda
tarrafe-preto-garandi crioulo Avicennia germinans
tchuco bijagó Quassia undulata
tarrafe-preto-piqui- crioulo Laguncularia racemosa
tède balanta Calamus deerratus
nino
tehapeleque fula Sterculia tragacantha
tchálè fula Spondias mombin
téhè balanta Neocarya macrophylla
tchalem-ai fula Prosopis africana
tehé-intogudê balanta Sarcocephalus latifolius
tchamburtá nalu Diospyros heudelotii
têlêjê manjaco Terminalia macroptera
tchapelêguê fula Sterculia tragacantha
téli fula Erythrophleum suaveolens
tcharaquidje fula Holarrhena floribunda
tem-em-eih fula Elaeis guineensis
tcharico mandinga Holarrhena floribunda
tem-ô mandinga Elaeis guineensis
tchébè francês Daniellia oliveri
teme papel Spathodea campanulata
tchéguedje fula Ficus lutea
tentera balanta Prosopis africana
tchela fula Prosopis africana
tetudu balanta Sarcocephalus latifolius
tchelangadje fula Prosopis africana
tètúgde balanta Sarcocephalus latifolius
tchelem fula Prosopis africana
thétouro balanta Sarcocephalus latifolius
tchelem futa-fula Prosopis africana

432 433
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
tibdé balanta Quassia undulata ubá bijagó Rhizophora mangle
tibedé fula Quassia undulata ubumbo bijagó Vitex doniana
tímè balanta Milicia regia ubunvo bijagó Vitex doniana
tinlake nalu Strombosia pustulata uchime papel Ficus natalensis
tjeme fula Ximenia americana úcud cobiana Sterculia tragacantha
tolingi sosso Bridelia micrantha ucumbo bijagó Daniellia oliveri
tolingué sosso Bridelia micrantha udoma bijagó Lophira lanceolata
tombonka're sosso Albizia zygia udôngul cobiana Ximenia americana
tonkin-iá nalu Ficus sur ugáha mancanha Rhizophora mangle
tonquinha nalu Ficus sur ugáha papel Rhizophora mangle
tonta nalu Ricinodendron heudelotii ugai bijagó Spondias mombin
tris-fodja crioulo Allophylus africanus uguenabó bijagó Adansonia digitata
tufissa mandinga Ximenia americana uguene bijagó Parinari excelsa
tufissa sosso Ximenia americana ugumba bijagó Anthocleista nobilis
tuguêih futa-fula Elaeis guineensis ugumba cobiana Anthocleista nobilis
tumbecrinhaque sosso Ximenia americana uiássiáss cobiana Ficus exasperata
tumbiro balanta Milicia regia úidè fula Combretum nigricans
tumbli balanta Ficus sur ukenom bijagó Parinari excelsa
tumbú-surô mandinga Milicia regia ukíssig cobiana Pouteria alnifolia
tumbuiru mandinga Antiaris toxicaria ulacomnô-dutô mandinga Cordyla pinnata
turô mandinga Ficus sur úle mancanha Avicennia germinans
uanda fula Morinda chrysorhiza ùle cobiana Avicennia germinans
uanda mandinga Morinda chrysorhiza ulei papel Pterocarpus erinaceus
uarmáua fula Albizia zygia ulélè mancanha Parkia biglobosa
uasa-fiké sosso Albizia adianthifolia ulélè papel Parkia biglobosa
uasafore sosso Samanea dinklagei úli-élô mandinga Securidaca longipedunculata
uáto bijagó Adansonia digitata uliéli mandinga Harungana madagascariensis
uáuá nalu Pentaclethra macrophylla ulielò mandinga Harungana madagascariensis

434 435
NOME LÍNGUA ESPÉCIE NOME LÍNGUA ESPÉCIE
ulófo papel Bombax costatum ungume balanta Morinda chrysorhiza
um-hálè fula Markhamia tomentosa unhando bijagó Parkia biglobosa
umbama manjaco Sterculia tragacantha unquemê papel Elaeis guineensis
umbámbete nalu Klainedoxa gabonensis unsununtu nalu Anisophyllea laurina
umbena mancanha Borassus aethiopum untágué bijagó Bridelia micrantha
umbena manjaco Borassus aethiopum untame manjaco Cassia sieberiana
umboi balanta Dialium guineense untande papel Daniellia oliveri
umbufúrè balanta Sterculia tragacantha untata papel Sorindeia juglandifolia
umburo fula Anthostema senegalense untchaintchain cobiana Albizia adianthifolia
umpátè balanta Harungana madagascariensis untchalbinass nalu Sorindeia juglandifolia
umpela mancanha Spondias mombin untchampo bijagó Albizia ferruginea
umpessa manjaco Dalbergia boehmii untene papel Ceiba pentandra
umpilo papel Spondias mombin untoncre papel Bauhinia thonningii
unchámpô bijagó Albizia adianthifolia untongue bijagó Bridelia micrantha
unchómrô bijagó Khaya senegalensis untulam papel Terminalia macroptera
unchonro bijagó Khaya senegalensis uómnhé bijagó Harungana madagascariensis
unconcom nalu Laguncularia racemosa upatocuma bijagó Combretum micranthum
uncuncre papel Ficus exasperata upôssé cobiana Spondias mombin
uncúngne papel Ficus sur uraumau felupe Treculia africana
uncungre manjaco Ficus sur ussera manjaco Guibourtia copallifera
uncungre manjaco Ficus sycomorus ussímpulo papel Faidherbia albida
undágál cobiana Gardenia ternifolia subsp. ussúmbulo papel Samanea dinklagei
jovis-tonantis
utá papel Tabernaemontana africana
undango cobiana Anthocleista nobilis
utá-leite papel Tabernaemontana africana
undêbári cobiana Sorindeia juglandifolia
utchak cobiana Bridelia micrantha
undemna-aguidig cobiana Ximenia americana
utéhia cobiana Harungana
undiano balanta Parinari excelsa madagascariensis
ungarba futa-fula Morinda chrysorhiza utime papel Khaya senegalensis

436 437
NOME LÍNGUA ESPÉCIE
QUADRO-RESUMO DAS ESPÉCIES TRATADAS
veludo crioulo Dialium guineense
vêvê-om mandinga Allophylus africanus

F. aberta

F. ripária
Sav. arb.
F. densa

Mangal
Pousios
Palmar
wáda fula Morinda chrysorhiza ESPÉCIE N S L B

FOLHAS ALTERNAS
Anisophyllea laurina X o o
Antidesma X X X o o o
membranaceum
Antidesma venosum X X X o o o
Bauhinia reticulata X o o
Bauhinia thonningii X X X o o o o
Bridelia micrantha X X X X o o o o
Chrysobalanus icaco X X o o o
Cola cordifolia X X o o o
Cola nitida X o o o o
Diospyros elliotii X X X o o o
Diospyros heudelotii X X X o o o o
Diospyros vera X o
Dodonaea viscosa X X o o
Drypetes floribunda X X o o
Drypetes gilgiana X X o o
Heisteria parvifolia X o o o o
Hexalobus crispiflorus X o
Hexalobus monopetalus X o o o
Hymenocardia acida X X o o o o
Hymenocardia heudelotii X o o
Hymenocardia lyrata X X o o o
Klainedoxa gabonensis X X o o

438 439
F. aberta

F. aberta
F. ripária

F. ripária
Sav. arb.

Sav. arb.
F. densa

F. densa
Mangal

Mangal
Pousios

Pousios
Palmar

Palmar
ESPÉCIE N S L B ESPÉCIE N S L B

Macaranga barteri X X o o FOLHAS ALTERNAS COM LÁTEX


Macaranga heterophylla X o o o o Anthostema senegalense X X o o o o
Margaritaria discoidea X X o o o Antiaris toxicaria X X X o o o o
Myrianthus serratus X o o Ficus asperifolia X o o
Neocarya macrophylla X X X o o o o Ficus cordata subsp. X o o
lecardii
Ochna membranacea X o
Ficus dicranostyla X X o o o o
Ochna multiflora X o
Ficus exasperata X X X o o o
Parinari curatellifolia X o
Ficus glumosa X X o o o
Parinari excelsa X X X o o o o
Ficus lutea X X X o o o
Pycnanthus angolensis X X X o o o o
Ficus natalensis X X X o o o o
Securidaca X X o o o o
longipedunculata Ficus ovata X X X o o o o
Strombosia pustulata X o Ficus polita X X o o o
Terminalia albida X X o o o o Ficus scott-elliotti X X o o o o
Terminalia avicennioides X X o o o Ficus sur X X o o o o
Terminalia laxiflora X X o o o Ficus sycomorus X o o
Terminalia macroptera X X X o o Milicia regia X X X o o o o
Trema orientalis X X X o o o o Mimusops andongensis X o o
Uapaca guineensis X X X o o o o Pouteria alnifolia X X X X o o o o
Uapaca heudelotii X X o o o o Treculia africana X X o o o
Uapaca togoensis X X o o o o FOLHAS OPOSTAS
Ximenia americana X X o o o o Aidia genipiflora X o
Xylopia aethiopica X X X o o o o Cassipourea congoensis X o o
Xylopia parviflora X o Combretum micranthum X X X o o o o
Ziziphus jujuba X o o Combretum molle X X o
Combretum nigricans X X o o o o
Crossopteryx febrifuga X X o o o

440 441
F. aberta

F. aberta
F. ripária

F. ripária
Sav. arb.

Sav. arb.
F. densa

F. densa
Mangal

Mangal
Pousios

Pousios
Palmar

Palmar
ESPÉCIE N S L B ESPÉCIE N S L B

Fleroya stipulosa X o o o Pandanus X o


guineabissauensis
Funtumia africana X X o o
Ricinodendron heudelotii X X o
Harungana X X X o o o o
madagascariensis Sterculia setigera X o
Holarrhena floribunda X X X o o o o Sterculia tragacantha X X X o o o o
Hunteria umbellata X X o o o Synsepalum brevipes X o o
Mitragyna inermis X o o o Synsepalum X X o o
pobeguinianum
Morelia senegalensis X X X o o
Terminalia scutifera X X o o o o
Morinda chrysorhiza X X X o o o o
FOLHAS VERTICILADAS
Morinda lucida X o
Alstonia boonei X X X o o o o
Sarcocephalus latifolius X X X o o o o
Alstonia congensis X X o o o
Sarcocephalus pobeguinii X o o
Combretum X X o o o
Schrebera arborea X X X o o o o
adenogonium
Strychnos innocua X X o
Combretum collinum X X o o o
Strychnos spinosa X X o o o
Garcinia livingstonei X X o o
Syzygium guineense X X X o o o o
Garcinia smeathmanii X X o o o o
Tabernaemontana X X o o o o
Gardenia ternifolia subsp. X X o o o
africana
jovis-tonantis
Voacanga africana X X X o o o
Ozoroa insignis X o
FOLHAS AGRUPADAS
Rauvolfia vomitoria X X o o o o
Anthocleista djalonensis X X o o o o
FOLHAS COMPOSTAS BIFOLIOLADAS e TRIFOLIOLADAS
Anthocleista nobilis X X o o o
Afraegle paniculata X X o o o
Anthocleista procera X X o o o
Allophylus africanus X X X X X o o o o
Cola laurifolia X o o
Crateva adansonii X o o
Dracaena mannii X X o o o
Cynometra vogelii X o o
Euphorbia grandifolia X X o
Erythrina senegalensis X X o o o o
Lophira lanceolata X o o o o

442 443
F. aberta

F. aberta
F. ripária

F. ripária
Sav. arb.

Sav. arb.
F. densa

F. densa
Mangal

Mangal
Pousios

Pousios
Palmar

Palmar
ESPÉCIE N S L B ESPÉCIE N S L B

Erythrina sigmoidea X o Detarium microcarpum X X o o o o


Guibourtia copallifera X X o o Detarium senegalense X X o o o o
Guibourtia leonensis X o Dialium guineense X X X X o o o o
FOLHAS COMPOSTAS DIGITADAS Ekebergia capensis X X o o o o
Adansonia digitata X o o o o Lannea acida X X o o o o
Bombax costatum X X o o o Lannea nigritana X X o o o o
Ceiba pentandra X X X o o o Lannea velutina X X o o o
Vitex bojeri X X X o o Lonchocarpus sericeus X X o o o o
Vitex doniana X X X X o o o o Markhamia tomentosa X X X o o
Vitex madiensis X X o o o Newbouldia laevis X X X o o o o
FOLHAS COMPOSTAS PARIPINADAS Pericopsis laxiflora X o o o
Afzelia africana X X o o o o Pterocarpus erinaceus X X o o o
Anthonotha crassifolia X X o o Pterocarpus santalinoides X o o o o
Blighia sapida X X o o Quassia undulata X X X o o o o
Blighia unijugata X X o Sclerocarya birrea X o
Cassia sieberiana X X X o o o o Sorindeia juglandifolia X X X o o o o
Copaifera salikounda X o Spathodea campanulata X o o
Daniellia oliveri X X o o o o Spondias mombin X X X o o o
Daniellia thurifera X o o Trichilia emetica X X o o o
Khaya senegalensis X X X o o o o Trichilia monadelpha X X o o
Lecaniodiscus cupanioides X X o o o Trichilia prieuriana X X o o o o
Lepisanthes senegalensis X X o o o Xeroderris stuhlmannii X X o o o
FOLHAS COMPOSTAS IMPARIPINADAS Zanthoxylum leprieurii X X X o o o o
Carapa procera X X X o o o o Zanthoxylum rubescens X X o o o
Cordyla pinnata X X o o o Zanthoxylum X X o o o
Dalbergia boehmii X X o o o o zanthoxyloides

444 445
F. aberta

F. aberta
F. ripária

F. ripária
Sav. arb.

Sav. arb.
F. densa

F. densa
Mangal

Mangal
Pousios

Pousios
Palmar

Palmar
ESPÉCIE N S L B ESPÉCIE N S L B

FOLHAS COMPOSTAS BIPINADAS ESPÉCIES DO MANGAL


Acacia macrostachya X X o o o Avicennia germinans X o o
Acacia sieberiana X o Conocarpus erectus X o o o
Albizia adianthifolia X X X o o o o Laguncularia racemosa X o o o
Albizia altissima X o o Rhizophora harrisonii X o o o
Albizia ferruginea X X X o o o o Rhizophora mangle X o o o
Albizia rhombifolia X o Rhizophora racemosa X
Albizia zygia X X X X o o o o
Dichrostachys cinerea X X X X o o o o
Entada africana X o o
Erythrophleum africanum X o o
Erythrophleum X X X o o o
suaveolens
Faidherbia albida X X o o o o
Parkia biglobosa X X o o o o
Pentaclethra macrophylla X X X o o o
Prosopis africana X X o o o o
Samanea dinklagei X X X X o o o o
Tetrapleura tetraptera X X o o
PALMEIRAS
Borassus aethiopum X X o o o o
Calamus deerratus X X X X o o o o
Elaeis guineensis X X X X o o o o
Phoenix reclinata X X o o o
Raphia palma-pinus X X X X o o o o

446 447
GLOSSÁRIO dentada* - margem da folha
com dentes aproximadamente
filiforme - delgado e comprido
como um fio
perpendiculares à linha da fluvissolo - tipo de solo de textura
margem fina comum nas zonas estuarinas
Significado de alguns termos usados neste Guia; assinalam-se com *
os que são ilustrados no final. digitada* - folha composta cujos e costeiras
folíolos se inserem no ápice do folíolo - cada um dos limbos
pecíolo como os dedos numa parciais da folha composta ou
acuminado - que termina em bipinada* - folha composta, com mão aberta recomposta
extremidade aguda e mais estreita eixos secundários (pínulas) ao dióica - espécie com flores
que o resto do órgão longo do eixo principal (ráquis) fuste - parte basal não ramificada
unissexuadas, as masculinas do tronco das árvores
alterna* - disposição das folhas ou que suportam os folíolos; o mesmo e as femininas ocorrendo em
outros órgãos inseridos ao longo que recomposta indivíduos diferentes globoso - com o formato
de um eixo, um em cada nó bolanha - nome local para campo aproximado de uma esfera
elipsoidal - co a forma do corpo
agrupadas* - folhas concentradas de cultura de arroz alagado sólido cujas secções longitudinais heliófila - planta que se
na parte terminal dos ramos, caducifólia - espécie de árvore são elipses e as transversais círculos desenvolve preferencialmente
formando por vezes um tufo ou arbusto que fica sem folhas exposta ao sol
elíptico* - de forma simétrica,
arcobotante - disposição das raízes durante a estação desfavorável limitada por linhas curvas, que imparipinada* - folha composta
aéreas em arco a partir da base do cálice - conjunto das peças estreita para as duas extremidades por número ímpar de folíolos,
tronco, característica de algumas externas da flor (sépalas), em geral dispostos aos pares, excepto o
epífito - planta que cresce e vive terminal
plantas, em geral de mangal ou de verdes e de consistência herbácea sobre outra, não a parasitando
substrato alagado cartácea - com a consistência de espinho - estrutura pontiaguda e inflorescência - conjunto de flores,
asas - expansões membranosas de papel grosso rígida, resultante da modificação que se inserem num mesmo
um órgão, em geral a semente de um ramo, pecíolo ou estípula pedúnculo
ciato - inflorescência das espécies
axila* - vértice do ângulo formado do género Euphorbia com flores espique - caule, geralmente infrutescência - conjunto dos
por um órgão, como a folha, com o unissexuais e nuas, circundadas cilíndrico e sem ramos, terminando frutos provenientes de uma
eixo em que se insere por um invólucro em forma num tufo de grandes folhas; típico inflorescência
de cálice, assemelhando-se o das palmeiras lala - nome local para vegetação
baloba - nome usado na Guiné-
Bissau para local reservado a conjunto a uma flor hermafrodita estame - órgão da flor onde se predominantemente herbácea das
cerimónias rituais nas etnias de composta - folha formada por duas produz o pólen, composto por zonas baixas interiores alagadas
religião tradicional africana ou mais lâminas parciais (folíolos), uma haste longa e filiforme na época das chuvas
inseridas num pecíolo comum ou (filete) e uma extremidade mais lanceolado* - em forma de ponta
bifoliolada* - folha composta que espessa (antera)
tem dois folíolos num eixo comum (ráquis) de lança, com o comprimento
contraforte - espessamento estípulas* - apêndices, geralmente cerca de três vezes a largura,
bilobada* - folha que tem dois em número de dois, de formas estreitando para ambos as
lobos, ou seja, duas partes lateral na base do tronco de
algumas árvores variadas, localizados em ambos os extremidades
separadas por uma incisão que lados da base do pecíolo das folhas
não chega ao centro copa - conjunto dos ramos e folhas
de uma árvore estriado - provido de estrias, ou
seja, sulcos finos e superficiais,
paralelos entre si

448 449
látex - secreção de aspeto obovado* - de forma ovada pinada* - folha composta, com os subopostas - folhas ou folíolos
geralmente leitoso podendo ser invertida, com a parte distal mais folíolos articulados ao longo do dispostos de forma quase oposta
branca, amarela, alaranjada ou alargada; aplica-se a estruturas eixo comum ou ráquis ao longo de um eixo
vermelha laminares pínula* - eixo secundário de uma tomentoso - coberto de pelos
lenticela - pequena saliência obovoide - de forma ovoide folha bipinada, que deriva da espessos, enrolados, cobrindo
esponjosa, circular, oval ou invertida, como um ovo, com a ráquis, onde se inserem os folíolos uniformemente uma superfície
alongada, na superfície das raízes, parte distal mais alargada; aplica-
se a estruturas tridimensionais pneumatóforos - raízes com tricoca - fruto seco constituído
caules, ramos e até frutos funções respiratórias, que crescem por três partes, cada uma com
liana - planta cujos caules, em ondulada* - margem de baixo para cima, próprias de uma semente
geral longos e delgados, crescem alternadamente deprimida plantas de solos pantanosos ou
e elevada, segundo curvas trifoliolada* - folha composta por
apoiados sobre outras plantas dos mangais três folíolos
arredondadas
limbo* - parte geralmente laminar pubescente - coberto por trilobada - dividida em três
e verde da folha oposta* - disposição da folha ou apreciável densidade de pelos
outra estrutura que se insere em lobos, ou seja, partições que não
linear* - estreito e comprido, com pequenos atingem o meio do limbo
as margens paralelas ou quase face de outra e ao mesmo nível (no
mesmo nó) pulvino - base espessada unissexuada - flor que tem um só
lobado - dividido em lobos, ou seja, e articulada do pecíolo, sexo, ou seja, só com estames ou
partições que não atingem o meio orbicular* - com o contorno responsável pelos movimentos
aproximado de um círculo só com carpelos
do limbo da folha da folha ou folíolo
ovado* - com o contorno de um vagem - fruto seco, em geral
monocotiledónea - espécie cujas raízes-escora - raízes aéreas alongado e com várias sementes,
sementes têm um só cotilédone, ovo, ou seja, arredondado e com dispostas em cone na base do
comprimento maior que a largura que são libertadas quando a
como as palmeiras e as gramíneas tronco, comuns em árvores de vagem abre longitudinalmente;
nervura central ou principal* - ovoide - com a forma de um ovo, locais com substrato instável típico de muitas Fabáceas
estrutura linear no eixo da folha, ou seja, corpo sólido mais largo na ráquis* - a parte do eixo da folha
base do que no ápice verticilado* - disposição circular
geralmente saliente na página composta onde se inserem de três ou mais elementos (folhas
inferior paripinada* - folha composta por os folíolos e que está no ou ramos) num único nó
nervura lateral ou secundária*- número par de folíolos, articulados prolongamento do pecíolo
estrutura linear que se insere na ao longo do eixo comum (ráquis) recomposta - folha composta
nervura central da folha sendo, pecíolo* - porção delgada e cujo eixo se ramifica em eixos
portanto, uma ramificação desta alongada da base da folha, que de segunda ordem (pínulas),
oblanceolado* - lanceolado, mas une o limbo ao ramo que a suporta aos quais se ligam os folíolos; o
com a maior largura um pouco pedicelo - eixo de suporte da flor mesmo que bipinada
acima do meio pedúnculo - eixo de suporte de uma sépala - cada uma das peças que
oblongo - de forma elíptica inflorescência ou infrutescência formam o cálice da flor
alongada, com o eixo maior três pétala - cada uma das peças da subgloboso - de formato
a seis vezes mais comprido que o corola de uma flor, geralmente aproximadamente globoso
menor coradas ou brancas

450 451
FORMAS DAS PARTES DAS FOLHAS
FOLHAS E FOLÍOLOS
MARGENS
DAS FOLHAS FOLHA SIMPLES FOLHA COMPOSTA
PINADA / BIPINADA

Ovada Obovada Elíptica

Lanceolada Oblanceolada Obtriangular Dentada Ondulada

TIPOS DE FOLHAS
Bilobada Orbicular Linear COMPOSTAS
1 LIMBO OU LÂMINA 1 RÁQUIS
DISPOSIÇÃO DAS 2 PECÍOLO 2 PÍNULA
FOLHAS NOS RAMOS 3 NERVURA PRINCIPAL 3 FOLÍOLO
Bifolioladas Trifolioladas 4 NERVURA SECUNDÁRIA 4 AXILA
5 AXILA 5 ESTÍPULA
6 ESTÍPULA

Alternas Opostas Digitadas Paripinadas

Bipinadas ou
Agrupadas Verticiladas Imparipinadas recompostas
452 453
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6

Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas


Dr. Alfredo Simão da Silva
5

Av. Dom Settimio Arturro Ferrazzetta


4

Bissau, Guiné-Bissau
www.ibapgbissau.org
3
2
1
0

Parceiros Técnico-Científicos Patrocínio

Você também pode gostar