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Brazilian Journal of Development

Grafoscopia e as técnicas de falsificação de documentos


Graphoscopy and document forgery techniques

DOI:10.34117/bjdv5n10-108

Recebimento dos originais: 27/09/2019


Aceitação para publicação: 09/10/2019

Miquéias de Oliveira Martins


Farmacêutico – citopatologista do Laboratório de Análises Clínicas Citoclínica
Instituição: Citoclínica / Imperatriz – Maranhão
Endereço: Rua Marechal Castelo Branco, número 939, Centro, São Pedro da Água Branca-
Ma, CEP 65920- 000
E-mail: miqueiasmartins90@hotmail.com

Suzane Meriely da Silva Duarte


Farmacêutica – docente do curso de Farmácia da Faculdade Pitágoras de Imperatriz
Instituição: Faculdade Pitágoras de Imperatriz – Maranhão
Endereço: Rua Monte Castelo, número 161, Centro, Imperatriz-Ma, CEP 65901- 580
E-mail: suzane.duarte@kroton.com.br

Felipe Venancio Faria


Discente do curso de Farmácia da Faculdade Pitágoras de Imperatriz
Instituição: Faculdade Pitágoras de Imperatriz – Maranhão
Endereço: Rua Monte Castelo, número 161, Centro, Imperatriz-Ma, CEP 65901- 580
E-mail: felippe.venancio2@gmail.com

Isaias de Menezes Gonçalves


Bacharel em Direito – consultor jurídico da área criminal
Instituição: Faculdade de Imperatriz – Facimp
Endereço: Rua Dom Pedro II, número 2125, Parque do Buriti, Imperatriz-Ma, CEP 65916-
695
E-mail: isaiasdemenezes@gmail.com

RESUMO

O presente trabalho versa sobre a grafoscopia, buscando fazer uma análise das técnicas de
falsificação. O objetivo é demonstrar as técnicas utilizadas de falsificação em documentos e a
importância da realização da perícia grafoscópica/grafotécnica em busca da veracidade, por
um olhar de acuidade das técnicas de falsificação em documentos. É de veracidade ressaltar
que, a conclusão da perícia é determinante para elucidação de fatos. O problema da pesquisa
que está sendo observado é que no Brasil cerca de 150.000 documentos são dados como falsos
segundo a Serasa Experian, e no estado do Maranhão 6,69 % de casos com fraude de acordo
com a ClearSale, sendo assim busca-se como função social desta pesquisa apresentar critérios
e conhecimentos sobre as técnicas de falsificação utilizadas em documentos, sejam públicos
ou particulares. De início será alencado questões sobre falsificações e fraudes no Brasil,
posteriormente abordado sobre a grafoscopia, por fim técnicas de falsificação e os meios de
identificação que se aplica. Através de um estudo bibliográfico e metodológico. A

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Fundamentação teórica baseia-se em autores que discutem as técnicas no Brasil tais como
Samuel Feuerharmel (2017), Silva & Feuerharmel (2013), e dados alteados da Serasa Experian
(2018) e ClearSale (2018). Conclui-se que é de suma importancia na atualidade, o qual leva –
se em consideração os índices de tentativas de falsificações no Brasil ao aprofundar os
conhecimentos sobre as formas e técnicas utilizadas.

Palavras-chave: Perícia criminal. Perícia Grafoscópica. Grafoscopia. Falsificação de


documentos. Falsificações no Brasil.

ABSTRACT

The present work deals with graphoscopy, trying to make an analysis of the falsification
techniques. The objective is to demonstrate the techniques used in document forgery and the
importance of performing graphoscopic / graphical expertise in the search for veracity, through
an accurate look of document falsification techniques. It is noteworthy that, the conclusion of
the expert is crucial for elucidation of facts. The problem of the research that is being observed
is that in Brazil about 150,000 documents are considered false according to Serasa Experian,
and in the state of Maranhão 6.69% of cases with fraud according to ClearSale. The social
function of this research is to present criteria and knowledge about the falsification techniques
used in documents, whether public or private. Initially, questions will be raised about
counterfeiting and fraud in Brazil, later covered by graphoscopy, finally counterfeiting
techniques and the means of identification that apply. Through a bibliographical and
methodological study. The theoretical foundation is based on authors who discuss techniques
in Brazil such as Samuel Feuerharmel (2017), Silva & Feuerharmel (2013), and heightened
data from Serasa Experian (2018) and ClearSale (2018). It is concluded that it is very important
today, which takes into account the rates of attempts of counterfeiting in Brazil to deepen the
knowledge about the forms and techniques used.

Keywords: Criminal expertise. Graphical expertise. Graphoscopy. Forgery of documents.


Counterfeits in Brazil

1. INTRODUÇÃO
Este trabalho conceituará e identificará a grafoscopia, ao qual busca – se fazer uma
análise das técnicas utilizadas por falsários em documentos. No Brasil é importante analisar
dados expressos no site do Serasa Experian (2018), uma seguradora financeira que faz
ativações e negativações de nomes de pessoas – Cadastros de pessoas Físicas; CPF’s – para
que as mesmas não façam dívidas á prazos no mercado de compras nacional, o qual apresentam
dados alarmantes sobre falsificações. No Brasil e estados, expecíficamente cerca de cento e
cinquenta mil documentos são dados como falsos. A ClearSale (2018) uma empresa privada
que tem ferramentas antifraude para o mercado e empresas nele inseridos no segmento
financeiro.

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A ClearSale evita que fraudadores utilizem dados de terceiros para emissão indevida de
cartões e abertura de contas, segundo ela, no estado do maranhão ocorre 6,69 % de casos com
fraude, por isso a importãncia de demonstrar as técnicas utilizadas na falsificação de
documentos e a importância da realização da perícia grafoscópica/grafotécnica em busca da
veracidade, por um olhar de acuidade das técnicas de falsificação de documentos, e a partir
destes dados serão desmiunssados os fatores que alencados poderam ser demonstrados
importantíssimos para o conduto de melhor identificação da falsidade de uma escrita.
É de veracidade ressaltar que a conclusão da perícia é determinante em casos de
idêntificação de fraudadores e de documentos fraudados, por meio dáqueles que utiliza a forma
escrita. A função social desta pesquisa é apresentar critérios e conhecimento sobre as técnicas
de falsificação de documentos utilizadas por estelionatários e falsários, públicos ou
particulares.
Isso levanta uma questão bastante pertinente sobre a falsificação de documentos por
escrita exercida pelos falsificadores atualmente: a sociedade está alheia ao processo de
idêntificação e das condições destas, sem se dar conta que a idêntificação pode não ser exata
ou certa sem o domínio da técnica de identificação, pior, a forma muitas vezes empregada faz
com que as pessoas leigas se adéquem ao que os técnicos e especialistas dizem em
idêntificação superficial no dia a dia da sociedade. Em suma, é preciso questiona-la, será que
ás técnicas períciais utilizadas em conjunto com toda a tecnológia avançada disponíveis nos
dias atuais realmente está sendo empregado, o correto é encontrar meios de fazer a ciência
através de este trabalho repassar o conhecimento e cultura sobre os hábitos da correta
identificação, e não o contrário.
Serão analisados como aporte teórico os autores que discutem as técnicas no Brasil
Samuel Feuerharmel (2017), Silva e Feuerharmel (2013). Através de um estudo bibliográfico
e metodológico, a fundamentação teórica baseia-se na análise de dados da Serasa Experian
(2018), ClearSale (2018).
Com base nessa problemática, este artigo pretende elucidar a discussão sobre a relação
entre a correta identificação de escritas falsas e a correta técnica a ser aplicada. Abordando
conceitos como falsificações no Brasil, ciência, grafoscopia, técnicas de identificação, onde
se procuram conhecer as técnicas aplicadas no Brasil e sua aplicação nas instituições de
perícias. Ao longo do manuscrito serão apresentados embasamentos e dados sobre o assunto
e sua respectiva abordagem pericial.

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Inicialmente serão alencado questões sobre falsificações e fraudes no Brasil,
posteriormente abordado sobre a origem da grafoscopia e seu contexto histórico, por fim
técnicas de falsificação e os meios de identificação que aplicam-se discussões e resultados da
pesquisa e por fim as conclusões.

2. MÉTODOLOGIA DE PESQUISA
Através de um estudo bibliográfico e metodológico, a fundamentação teórica baseia-se
na análise de dados da Serasa Experian (2018), ClearSale (2018), e em autores que discutem
as técnicas no Brasil Feuerharmel (2017), Silva e Feuerharmel (2013).
Serão tópicos dedicados a falsificações no Brasil, grafoscopia, e outro à tecnicas de
falsificações. Depois se discute os resultados levantados com a problemática. Encerra-se com
as considerações finais.
Dentro do limite de tempo imposto para elaboração desta pesquisa, foram-se
desdobrados nessa pesquisa em quatro momentos que se inter-relacionam; 1º Localização,
leitura e análise de teses, dissertações, documentos oficiais e obras bibliográficas relacionadas
com as concepções de falsificações da ecsrita, grafoscopia, além da localização e análise das
experiências que se instalam ou se autoproclamam como “falsidades”, busca-se afirmá-las
como inverídicas à fragmentação imposta pelos fraudadores para a perícia através de
identificação pelas técnicas usuais. 2º Buscas; nas leituras o intuito de verificar como
responder à sociedade atual em pleno século XX e início do século XXI como aplica-se as
técnicas de perícias de identificação de documentos falsos. 3º Fundamentações; fazer os
fichamentos e trascrição para o manuscrito dos resultados desta pesquisa, e fundamentar ao
contexto proposto. 4º Conclusão e discussões; por fim com toda fundamentação, e arcabouço
teórico e aporte finaliza-se repassar ao término do trabalho os resultados da busca
metodológica e bibliográfica, busca-se fazer uma análise dos resultados transcritos e também
sedimentares, as fundamentações teóricas de autores trabalhados neste contexto. Por
fechamento faz-se as Considerações finais ao trabalho e ao fechamento das referidas
bibliográfias citadas ao longo do trabalho.
A partir desses passos, se forma o tratado de pesquisa. Como recurso de pesquisa para
apoiar os procedimentos previstos neste capítulo ou para apoiar o procedimento previsto na
introdução será também auxiliados por professores do Instituto de Pos graduação e Graduação
- IPOG, e também não pormenorizado verificar o atual “estado da arte” sobre falsificação e as
técnicas de identificação de grafoscopia segundo Feuerharmel (2017).

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3. FALSIFICAÇÃO NO BRASIL
De acordo com a Serasa Experian (2018) existem dados de levantamento alarmantes
sobre apresentam dados sobre falsificações no Brasil e nos estados, expecíficamente cerca de
150.000 documentos são dados como falsos. Segundo a Serasa Experian (2018) o observado
é que no Brasil cerca de 150.000 documentos são dados como falsos.
A ClearSale (2018) especialista em proteção á dados, empresa privada que tem
ferramentas antifraude para o mercado e empresas nele inseridos no segmento financeiro,
apresenta também números refrentes a fraudes no Brasil. A ClearSale evita que fraudadores
utilizem dados de terceiros para emissão indevida de cartões e abertura de contas, segundo ela,
no estado do maranhão ocorre 6,69 % de casos com fraude, e no Brasil é um total de 3,62%
referntes ao mundo inteiro em sua proporção porcentual. A pesquisa foi estabelecida com base
entre dezembro 2016 a dezembro de 2017, os números de tentativas de fraudes Brasil é
tammbém preocupante;

Quadro 1. Mapa de tentativa de fraudes 2016/2017


Fonte: ClearSale (2018)

No Brasil a tentativa de fraudes ocorre nos estados na seguintev proporção, TO 9,57%;


AM 9,1%3; PA 7,46%; GO 7,33%%; AC 6,69%; MA 6,39%; CE 5,94%; RO 5,48%; BA
5,14%; RR 5,09%; PB 5,05%; AP 4,60%; RN 4,54%; AL 4,41%; ES 4,09%; SE 3,52%; PE
3,39%; DF 3,37%; SP 3,30%; MG 3,06%; PI 3,03%; RJ 2,90%; MS 2,86%; MT 2,81%; PR
2,27%; SC 2,10%; e RS 1,65% sendo que no Brasil e média é de 3,42% o número médio de
tentativas de fraudes ou falsificações. É possível ver uma redistribuição do ranking, com
Tocantis, Amazonas, Pará, Goiás é Acre entrando nos 5 estados com maiores índices de

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tentativas de fraude. Em contrapartida, quando observamos os cinco estados mais seguros do
Brasil, quatro deles se mantiveram de um ano para o outro, mas Rio Grande do Sul ocupa
agora uma dos melhores estados com menos tentativas de fraude, enquanto o Distrito Federal
aparece apenas entre os 10 mais seguros nesta pesquisa.
Conseguimos também verificar com os dados levantados pela ClearSale (2018) este
mesmo levantamento observado pelo anglo regional no Brasil, que a região sudeste do país é
mais segura no quesito antifraude pelas tentativas de falsificações apresentando 1,98% de
tentativas relacionadas a média nacional, enquanto na região Norte apresenta um alto índice
de tentativas relacionado ás outras regiões com 7,59% duas vezes a mais que a média Nacional,
e conseqentemente bem acima da margem de tentativas do País. Vejamos a Figura 2;

Quadro 2. Mapa de tentativa de fraudes por Região no Brasil 2016/2017


Fonte: ClearSale (2018)

De acordo com Sasone e Vento (2000), oq ue pode ocasionar esta elevada tentativas d
efraudes e por fim suas consequencias penais e legais, são;

Diversos tipos de documentos precisam ser assinados. Desta forma, técnicas


confiáveis para verificação de assinaturas são requisitadas. Mesmo que a maioria das
recentes pesquisas estejam focadas em assinaturas digitais de documentos
eletrônicos (isto é, um código de chave codificado associado com um documento em

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sua versão eletrônica, especialmente projetado para evitar manipulação por pessoas
não autorizadas), um grande número de documentos de papel assinados ainda é
produzido.

Conforme Xiao e Leedham (1999), retratam sobre o uso da terminologia falsificação,


é um termo legal que deve ser cuidadosamente usado nas conclusões apresentadas pelo perito
em documentos questionados. Pois devem ter um cuidado de poder verificar as assinaturas
em documentos, por consequências, as formas de assinar também não será iguais mesmo com
o responsável legal pela assinatura, terá suas pecularidades sobre assinar igual ou
identicamente, sobre isso;

Assim as falsificações podem ser bastante diferentes de assinaturas genuínas


tanto em aparência como em suas características, ou podem ser tão similares que
mesmo peritos sentem dificuldades em distingui-las corretamente (XIAO &
LEEDHAM, 1999:215),

De maneira que, dificulta as formas de fazer um levantamente e periciar uma assinatura


se é ou não da pessoa, é ou não original. Justino et al. (20003) desta forma dificultando a
aplicação de verificação legal sobre a forma de assinar, exigindo-se esquipamentos e técnicas
para tal ação de verificar os fatos.
No Brasil é importante analisar que dados da Serasa Experian (2018), uma seguradora
financeira que faz ativações e negativações de nomes de pessoas – Cadastros de pessoas
Físicas; CPF’s – para que as mesmas não façam dívidas á prazos no mercado de compras
nacional, apresentam dados alarmantes sobre falsificações no Brasil e estados,
expecíficamente cerca de 150.000 documentos são dados como falsos. A ClearSale (2018)
uma empresa privada que tem ferramentas antifraude para o mercado e empresas nele inseridos
no segmento financeiro. A ClearSale evita que fraudadores utilizem dados de terceiros para
emissão indevida de cartões e abertura de contas.
No entender do professor Gomide (2000) as fraudes documentais em escritas ocorrem
indevidamente, durante ou após a escrita, e são classificadas de acordo com o procedimento
utilizado pelo falsário. Revisaremos os processos de falsificações em escritas, evidenciando
as suas principais características.
Ao se falar enautenticidade, sobre as falsificações cita-se Silva & Feuerharmel (2013);

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Na documentoscopia, o termo auenticidade refere-se á veracxidade ou
legitimidade de um documento (autenticidade documental), ou de um lançamento
gráfico impresso ou manuscrito (autenticidade grafica). No caso de documentos e sua
autencididade documental, a aferição é realizada por meio da comparação entre alguns
documentos (que se saber ser autentico) e o documento questionado.

Percebe-se que no Brasil é de suma importanncia a perícia criminal sobre situações


adversas de documentação, pois é enorme os casos de falsificações e tentativas, um número
que vem cada vez mais crescendo, com o advento da tecnológia tende a migrar para assinaturas
digitais, essa modalidade de assinatura falsa e a utilização da grafoscopia deverá se adequar
nestas situações, porém sempre será necessário a técnica de assinatura para identificação, pois
sempre iremos realizar nossas escritas inicialmente antes mesmo de digitalizar. Aqui faz-se
necessário um comentário; não estamos levando em consideração nesta pesquisas as
assinaturas digitais emanadas por empresas que também é material de falsificações, apenas as
assinaturas que poderá ser objeto de falsários e para tal apurar as técnicasutilizadas por eles.
No próximo capitulo será aprofundado mais sobre a grafoscopia e suas técnicas de
identificação mais usuais.

4. A GRAFOSCOPIA
Grafoscopia é a parte da documentoscopia que estuda as escritas com a finalidade de
verificar se são autênticas ou não e determinar a autoria quando desconhecida. Essa
especialidade possui diversas denominações: grafoscopia, grafística, grafotécnica,
grafotécnica e perícia gráfica (MENDES, 2010 apud DOMINGUES et al., 2017:02).
Sobre isso podemos analisar;

No contexto da grafoscopia, dois objetos de análise se apresentam, os


manuscritos e as assinaturas. Mesmo possuindo características distintas, ambos
mantêm uma estreita relação entre si, possuindo a mesma raiz ou origem no processo
de aprendizado do escritor. Isto é, carregam consigo as experiências adquiridas pelo
escritor, durante o seu processo de aprendizado e posteriormente, através do
aperfeiçoamento do estilo pessoal de escrita, Santos et al. (SANTOS et al,; 2004
apud BARTOLOZZI 2005).

É de se observar, pelo exposto acima, que a forma que cada pessoa escreve pode e vai
se modificando ao passar do tempo, se melhora ou mesmo se detalha cada vez mais sobre cada

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aspecto grafológico e morfológico da escrita, criando assim um histórico da sua assinatura,
outros autores irá dizer que irá criando sua identidade de escrita, ou amadurecimento dela.
Assim sua carga histórica de assinar vários anos, durante os eu processo de crescimento irá
sendo aprimorado, e relativamento modificando a sua assinatura. Contudo essa modificação é
prevista e apurada pelos peritos vendo os históricos de assinatura e fazendo as comparações.
Conforme fala Falat (2013) a palavra grafoscopia é originária do grego (graf(o) + scop
+ ia) que se refere ao exame minucioso da grafia, ou seja, a análise que objetiva o
reconhecimento de uma grafia, utiliza-se, para isso, técnicas comparativas dos aspectos da
letra”.
Vamos analisar seu contexto histórico, neste ponto apenas como é conceituada a
grafologia, e grafoscopia, e o estudo da escrita por alguns escritores, estudioso e
pesquisadores;

A Grafoscopia tem sido conceituada como a disciplina de espírito policial


que visa esclarecer questões criminais, mas no entender de Gomide (2000) a sua
aplicação é mais ampla, abrangendo outras áreas, tais como o Direito, as Artes, a
História, a Medicina, a Administração de Empresas e a Informática. Analisando
todas essas utilizações é possível constatar que o objetivo da disciplina é averiguar
determinadas características da escrita que compõe um documento (DOMINGUES
et al., 2017:02)

A grafoscopia é o estudo pelo qual fazemos da assinatura, ou seja, escrita das pessoas.
De acordo com Justino (2002) assinatura constitui atualmente, no contexto jurídico, um dos
meios para comprovar a intenção em transações envolvendo documentos, ou seja, quando se
assina qualquer documento, este ato representa a aceitação dos fatos, indicando a sua
concordância. Esta premissa garante a utilização de assinaturas como recurso comprobatório
em contratos, escrituras e cheques bancários, entre outros, pois representa uma marca ou selo
pessoal do indivíduo (SANTOS, 2004:17).
Com intuito de desenvolver uma técnica para esclarecer sobre falsificações sobre a
escrita, surge-se a grafoscopia, em casos criminais, pois necessita a sua apuração mais técnica
e como objeto real de auxilio em situações materiais de crimes.

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A grafoscopia tradicional é o campo da Ciência Forense destinada a buscar
respostas para as questões judiciais associadas a documentos manuscritos (criminal,
cível). Distintamente da documentoscopia, a grafoscopia visa tratar unicamente dos
aspectos da escrita e sua autoria, não abordando os diferentes tipos de documentos
ou materiais de suporte onde o manuscrito foi aposto, (MORRIS, 2000 e DINES
1998; BORTOLOZZI et al.; 2005:1).

Sobre a grafoscopia, trata-se de um campo da criminalística, que está conceituada como


a área cuja finalidade é a verificação da autenticidade e da autoria de um documento, a partir
de características gráficas utilizadas na elaboração de um documento (JUSTINO, 2001:2016).

Como a escrita está sujeita a inúmeras mudanças, decorrentes de causas


variadas, ela exige conveniente interpretação técnica para o completo êxito dos
exames grafoscópicos periciais. As variações do grafismo originam-se de causas
normais, artificiais e ocasionais. As primeiras são aquelas que acompanham o
próprio desenvolvimento humano, nos períodos abrangidos pela infância e
adolescência, maturidade e velhice. Já as segundas, são transformações da escrita
causadas pelo artificialismo ocorrido nos casos de falsificações e dissimulações
gráficas. As causas ocasionais originam-se das moléstias, dos estados emocionais,
de lesões na mão e de outros fatores físicos (JUSTINO, 2001:2022).

De acordo com Feuerharmel (2017) a ecsrita não é um desenho, não é uma impressão
gráfica, ela contem habitos gráficos e elemenntos discriminadores da escrita. Como exemplo
é a repetição exaustiva, o hábito por tempos em tempos que faz a sua identificação ser única.
Entende-se por hábito um comportamento especifico que é realizado sem a necessidade de
pensar ou planejar e que é adquirido gradativamente, ao se repetir com grande frequência uma
determinada ação (FEUERHARMEL, 2017:5).
Assim a ecsrita é uma parte essencial da grafoscopia para identificar uma assinatura,
deve-se analisar também o tempo de comparação para buscar identificar alterações na ecsrita
do individuo ou não, assim os habitos em uma ação de escrever por anos a mesma coisa pode
adquirir formas variantes de um tempo a outro, assim a escrita deve sre levanda também em
consideração a diferença temporal de comparação.

A análise grafoscópica, como o termo sugere, não deve se limitar ao


confronto de duas escritas. É precisoque haja um exame profundo e abrangente de
todos materiais e informações relacionados com ocaso em questão, o que inclui o

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estudo dos habitos graficos dos possíveis escritores, e ou autores envolvidos na
pericia grafoscopia daquela ou essa assinatura. Ao ser concluida, uma analise
grafoscopica deverá revelar, entre outras informações, s eos habitos gráficos do
autor da escrita questionada são iguais (ou diferenets de) os habitos garficos do autor
da questionada escrita padrão, o que eventualmente permitirá que se conclua que as
duas escritas foram produzidas pela mesma pessoa ou não (FEUERHARMEL,
2017:7).

Logicamente que os habitos não poderá ser os mesmos caso for passado muitos anos,
porém é o estudo grafoscópico que irá revelar esta situação.
Segundo Feuerharmel (2017), os hábitos gráficos de um escritor descreve suas
características morfológicas de sua escrita e é por meio delas que se pode observar se é ou não
a autoria comparando-ás ao verdadeiro autor.
Como visto, a grafoscopia é o estudo da escrita que em sua morfologia e especto
estrutural poderá vir a demosntrar se é ou não uma assinatura original do mesmo autor.
A seguir, analisam-se as técnicas de falsificação.

5. TÉCNICAS DE FALSIFICAÇÃO
As técnicas sobre a falsificação ou assinatura que não é identificada como original deve-
se a análise grafoscópica de falsificação de identidade morfologica da escrita. Assim tem-se
que observar ao grafismo. O grafismo é individual e inconfundível. Este é o princípio
fundamental, presidindo a todos os trabalhos grafotécnicos (PICCHIA, 2005: 38).
Segundo Gomide (2000) apud Domingues et al. (2017) as fraudes documentais em
escritas ocorrem indevidamente, durante ou após a escrita, e são classificadas de acordo com
o procedimento utilizado pelo falsário.
Ao analisar um documento pericial, para observar a real assinatura do documento, o
perito analisa diversos documentos assinados pelo mesmo autor, textos, manúscritos,
cadernos, e escritas da pessoa, são feitos por uma amostragem, pois é de interesse observar e
perceber que há modificações naturais na escrita de qualquer pessoa. Assim a falsificação pode
ser combatida por analise de que a associação de várias assinaturas do autor pode ser conferida
por comparação e associação a suposta assinatura verificada, validando ou não sua escrita e
dando lhe a autoria de veracidade ou não. De acordo com Bertolozzi et al. (2005) relata sobre
amostragem;

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Durante a prova pericial, o perito utiliza-se um conjunto de amostras de texto de
autoria conhecida ( referência) Mki (i=1,2,3...n), em comparação com a amostra de
autoria desconhecida (questionada) MQ. O perito observa, tendo como base
características grafotécnicas fVki (i=1,2,3,..,n) e fVQ, diferenças de medição entre
as amostras conhecidas e a desconhecida Di (i=1,2,3,..,n) e posteriormente, toma
uma decisão Ri (i=1,2,3,…,n). O laudo pericial resultante D depende da soma dos
resultados obtidos das comparações individuais dos pares (referência / questionada)
[...]

Observem-se abaixo a Figura 1, apresenta o que foi supracitado pelos autores,


demontrada por bertolozzi et al. (2005);

Figura 1: Diagrama esquemático do procedimento de perícia grafotécnica

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Fonte: Bortolozzi et. Al.; (2005:455)

Sobre verificar as assinaturas se são genuínas ou falsificadas, de acordo com Faez et al.
(1997) as assinaturas não genuínas, ou falsificações, em se tratando de falsificações,
normalmente podem ser classificadas em duas categorias: simples ou habilidosa. A categoria
simples é quando o falsário trascreve a asisnatura do autor da assinatura apenas e faz sua
escrita, apresenta o nome por extenso sem se preocupar com a originalidade ou não da forma.
Outros falsificadores mais habilidosos com a escrita, desenvolvem a habilidade de cópia muito
parecida coma original imitando-a como se fosse a original, torando-a muito idêntica, essa
habilidosa forma de falsificar também pode se chamada de técnica de falsificação por
imitação.
Justino (2001) define uma terceira categoria, a aleatória, que é juntamente com os
demais tipos. Estas categorias são definidas como: Simples: o falsificador simplesmente
escreve o nome do autor, que pode ser semelhante ou não à original; Servil, simulada ou
habilidosa: o falsificador simula uma assinatura genuína usando um modelo como referência,
tentando chegar o mais próximo possível de seu traçado original; Aleatórias: o falsificador
inventa uma assinatura ou utiliza a sua própria, a qual não possui semelhanças com a genuína.
Vejamos mais detalhadamente elas quais são teoricamente existem cinco modos de se
falsificar a assinatura de outra pessoa; sem imitação, de memória, com modelo á vista, por
decalque e por imitação livre (exercitada). Na prática, também podem ser usadas combinações
desses métodos. Analisaremos cada uma delas (SILVA & FEUERHARMEL, 2013:210).

5.1 FALSIFICAÇÃO SEM IMITAÇÃO


A falsificação sem imitação ocorre nos casos em que a vítima perde ou tem o seu talão
de cheques furtado. Dessa forma o falsário só possui o nome da vítima contido no documento,
sem um padrão de assinatura para se basear. Desconhecendo os padrões gráficos da vítima, o
falsário escreve o nome do proprietário do documento com o seu próprio grafismo. Esse tipo
de falsificação é facilmente identificado. Com uma simples visualização será possível observar
que a peça questionada possui gênese conflitante com a da vítima (FALAT, 2003; Apud
DOMINGUES, 2017:5)

5.2 FALSIFICAÇÃO DE MEMÓRIA

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Na percepção de Mendes (2010) apud Domingues et al. (2017) a falsificação de memória
é aquela em que o falsário memoriza determinada escrita ou assinatura autêntica de sua vítima,
procurando reproduzi-la sem os padrões gráficos no momento da falsificação. No entanto a
memória só guardará os aspectos gerais do grafismo, gestos mais aparentes, como as letras
iniciais e traços ornamentais que arrematam as assinaturas, mas não o conjunto todo.
A comparação da falsificação com os padrões revela uma divergência nas características
genéticas da escrita. É necessária uma análise mais cuidadosa no confronto da peça para
evidenciar uma mistura de grafias razoavelmente bem imitada com outras totalmente
diferentes da escrita da vítima (MENDES, 2010; apud DOMINGUES et al., 2017:05)

5.3 FALSIFICAÇÃO COM MODELO A VISTA


Aos ensinamentos de Falat (2003) apud Domingues et al. (2017) a imitação servil é a
falsificação com o modelo à vista, realizada por cópia de um padrão disponível. Durante a
cópia o falsário é sujeito a pausar sua escrita para olhar o modelo novamente, o que resulta em
paradas no traçado.
A análise deste tipo de fraude pode se tornar dificultosa, quando o falsário esforçar-se á
melhorar o lançamento por meios de retoques. Todavia, um perito grafotécnico, dispondo de
seus conhecimentos, identificará os antagonismos gráficos. Por mais que a peça questionada
apresente uma semelhança formal, será evidente na escrita o traçado moroso, a gênese
conflitante e as paradas do traço (DOMINGUES et al., 2017:06)

5.4 FALSIFICAÇÃO POR DECALQUES


As falsificações por decalque, na percepção de Silva (2013) apud Domingues et al.
(2017), são bem características, e podem ser feitas de modo direto ou indireto. Essas imitações
são semelhantes às falsificações servis, onde nota-se grande semelhança formal com o modelo,
porém apresenta divergências nos elementos de natureza genética.
De acordo com D’Almeida (2005);

No decalque direto, a fraude é realizada por transparência diretamente no


papel, sem qualquer esboço prévio. No decalque indireto, a fraude é realizada
indiretamente, através de debuxo feito à ponta seca por carbono (ex.: papel-carbono),
transferindo o traçado da assinatura ao documento para depois recobrir o debuxo
com o instrumento escrevente [...]

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Ressalta que a grande semelhança formal com o modelo, não esconde o traçado lento,
os trêmulos, a parada do instrumento escrevente e a gênese conflitante. O atrativo desse
método para os falsários, é que uma vez provada á falsificação, não é possível determinar a
autoria (DOMINGUES et al., 2017:07).

5.5 FALSIFICAÇÕES EXERCITADAS


As falsificações exercitadas também são realizadas com o modelo à vista. Contudo a
falsificação só ocorrerá depois de treinar exaustivamente, até que seja possível reproduzi-lo
automaticamente, sem o modelo. O resultado final é uma escrita com aspecto formal
compatível com o modelo, sem apresentar traçado moroso e pressão excessiva da caneta.
(SILVA, 2015:19).
Embora essa técnica produza uma escrita com características do modelo, ao realizar uma
perícia grafoscópica será notada uma discrepância nos elementos genéticos. Pois a diferença
em relação à escrita modelo será mais frequentes em características pouco perceptíveis ao
falsificador (DOMINGUES et al., 2017:07).

6. DISCUSSÃO
Mendes (2010) descreve que a perícia grafotécnica utiliza-se de base de análise, a forma
igualitária de coincidências das formas genéticas usuais da escrita, as formas de ordem real e
formal que serão analisados e apurados para confrontar a realidade das analises de oposições
em uma grafia (MENDES, 2010).
Sobre á análise dos materiais coletados e informações em livros e buscas especializadas
sobre o assunto pode-se analisar primeiramente que nas buscas encontram-se materiais na
literatura que retrata sobre pesquisas ligadas a falsificações de grafia. Esta análise e resultados
de busca, é demonstrado um grande número de falsificações, de acordo com Clean Sale (2018)
os dados são alarmantes por tentativas de falsificação e fraudes no Brasil, levamos em
consideração também os dados regionais que demonstra a região norte e nordeste com grandes
índices de falsificações e tentativas, mais alto que a própria média do Brasil de 3,43%. Ficando
as regiões sul e sudeste com os mais baixos, não podendo deixar de analisar que o MT e MS
também apresentam médias baixas em relação á média Nacional.

Ao aprofundar tecnicamente no assunto sobre a grafoscopia, observa-se que,


sendo Grafoscopia é a parte da documentoscopia que estuda as escritas com a
finalidade de verificar se são autênticas ou não e determinar a autoria quando

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desconhecida. Essa especialidade possui diversas denominações: grafoscopia,
grafística, grafotécnica, grafotécnica e perícia gráfica (MENDES, 2010 apud
DOMINGUES et al., 2017:02).

A grafoscopia é um estudo ao qual, se faz necessário para sua técnica ser desenvolvida
e aprofunda cada vez mais para melhorar a forma de identificação de falsários e descobri- ló
através das técnicas de falsificação ao qual foram utilizadas para tentativa de fraude ou mesmo
desta falsificação.
Ao aprofundar sobre as questões de técnicas de falsificações, observa-se que não é tão
vasto quanto se pensa, no entanto suas variações e multifaces, podendo ser combinadas,
causam uma dificuldade de sua identificação, levando também em consideração a quantidade
de documentação sendo utilizados todos os dois, apenas aqueles levados a crivo pericial pode
ser avaliados e analisados pelas técnicas e apurado pela grafoscopia.

Como a escrita está sujeita a inúmeras mudanças, decorrentes de causas


variadas, ela exige conveniente interpretação técnica para o completo êxito dos
exames grafoscópicos periciais. As variações do grafismo originam-se de causas
normais, artificiais e ocasionais. As primeiras são aquelas que acompanham o
próprio desenvolvimento humano, nos períodos abrangidos pela infância e
adolescência, maturidade e velhice. Já as segundas, são transformações da escrita
causadas pelo artificialismo ocorrido nos casos de falsificações e dissimulações
gráficas. (SANTOS, 2014)

Observa-se que nesta discussão estamos levando em consideração todo o contexto


pesquisado, não é uma analise individual de cada elemento, isso foi realizado em cada capítulo
ao aprofundar, aqui apenas um resumo técnico sobre o assunto que foi pesquisado e levantado
com caráter bibliográfico e qualitativo sobre o objeto de estudo.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa aborda uma verificação da veracidade na aplicação do uso da
grafoscopia e as falsidades grafoscópicas realizadas a induzir erroneamente em assinaturas de
documentos. Depois de detalhada a metodologia de levantamento de dados bibliográficos
utilizada neste trabalho apresenta-se uma relevancia de cunho prática e social em desenvolver
mais sobre a cultura da grafoscopia no Brasil, leva-se em consideração o espaço e amostra
desta pesquisa sobre a falsidade de documentos no Brasil.

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Assim a grafologia, ou melhor, grafoscopia, pode auxiliar na identificação de diferentes
aspectos grafológicos para identificar erros na identificação de assinaturas em documentos ou
mesmo observar a real e verdadeira forma de estar assinado pelo autor da mesma, ou não.
A falsidade de assinar ou não um documento é demonstrada que no Brasil as
falsificações são um enorme problema e vindo a ser com grande grau de dificuldade para poder
combater diretamente, sendo necessário fazer a perícia por comparação com a verdadeira
assinatura ou dopcumento da real assinatura do autor.
Perfazendo um caminho de historiar a verdadeira assinatura e perceber, ou mesmo,
buscar atraves da morfologia da assinatura verdadeira sua modificação natural do tempo, ou
também perceber a falsidade de alguma técnica de falsificação da assinatura. Como vimos ás
técnicas são diversas, porém, basicamente apenas algumas são demonstradas neste artigo, as
demais diferem apenas na sua forma, más sua origem e sua essência é a mesma. Por isso, a
perícia deve estar atenta na sua aplicação, ao qual se busca saber idêntificar sabiamente cada
modelagem que o falsário poderá fazer para poder querer induzir ao erro e de má fé utiliza-se
um documento com assinatura falsa.
É importante observar, que também, em alguns casos a pessoa que fez a assinatura pode
querer negar a tentativa de falsidade dofato para negar sua autoria e assim não levar a
responsabilidade por ter feito algum negócio jurídico, nestes casos a perícia através da
grafologia também pode ser utilizada e com sucesso, pois a metodologia de aplicar e buscar a
veracidade são as mesmas.
Contudo, é importante analisar que no Brasil é de suma importancia entender as formas
de falsificação da escrita, e a grafoscoppia é uma ferramenta pericial de muita importância ao
perito, sendo ele policial ou particular, pois sua aplicabilidade nos dias atuais é muito utilizada
e realmente ainda ocorrem muitos crimes velados e sendo que é necessário técnicas de
identificação para tal ilicito juridico, neste caso da falsificação ideológica.
Conclui-se que a grafoscopia é de suma importancia na atualidade, levando em
consideração os indices de tentativas de falsificações no Brasil.

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