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R SE

Traduções


Ordem de leitura recomendada


Addicted to You (Addicted #1)
Ricochet (Addicted #1.5)
Addicted for Now (Addicted #2) Kiss the Sky
Hothouse Flower Thrive (Addicted #2.5)
Addicted After All (Addicted #3)



{1}

LILY CALLOWAY

De todos os dias no mês, eu tenho que estar presa no trânsito no dia mais
importante para mim. Eu tento não atormentar Nola, motorista da minha família,
em nosso carro para casa que eu compartilho com Rose. Em vez disso, eu
ansiosamente me mexo no assento de couro e envio uma mensagem rapidamente
a minha irmã.
Ele já está ai? Por favor, diga não, por favor, me diga que eu não perdi sua volta
para casa. Eu deveria estar esperando enrolada em um cobertor na varanda da
nossa isolada casa em Princeton, New Jersey: muitos acres de terra exuberante,
uma piscina de água cristalina, persianas escuras. A única coisa que está faltando
é a estaca da cerca. Eu tenho que dar a ele uma excursão da acolhedora sala de
estar e cozinha de granito, levando-o no andar de cima para os quartos onde eu
durmo. Ele não vai estar em um dos dois quartos. Não, ele vai ficar no meu pela
primeira vez na história.
E talvez um constrangimento permaneça com a ideia de compartilhar a cama e
um banheiro dia e noite, de sermos companheiros além de uma cozinha. Nosso
relacionamento será cem por cento real, e não haverá nightcaps , bourbon ou
1

uísque. Eu vou ser capaz de dizer não faça isso, e ele vai ser capaz de apertar
meus pulsos, me impedindo de chegar ao clímax compulsivamente até eu
desmaiar.
Nós devemos ajudar um ao outro.
Nos últimos três meses, é o que temos planejado. E se eu não estou lá para
cumprimentá-lo, então eu temo que já errei de alguma maneira. Depois de três
meses inteiros de ser fisicamente separados, eu pensei que eu seria capaz de
ganhar o direito de celebrar seu retorno da reabilitação. No topo do desespero
querendo tocar ele, para ele me segurar em seus braços, eu sinto uma súbita onda
de culpa. Por favor, esteja atrasado como eu, é tudo que eu penso.
A notificação de mensagem toca, e eu abro a mensagem, um nó apertando meu
estômago.
Ele está desfazendo as malas - Rose
Meu rosto cai, e um nó sobe para minha garganta. Eu posso imaginar a
expressão dele quando abriu a porta do carro, me esperando para lançar meus
braços em torno dele e começar a soluçar em seu ombro na sua chegada. E eu
não estou lá.
Ele estava chateado? Eu envio uma mensagem de volta. Eu estou roendo
minhas unhas, meu mindinho começando a sangrar um pouco. O hábito fez meus
dedos parecerem medonhos estes últimos noventa dias.
Ele parecia bem. Quanto tempo mais você vai demorar? ─ Rose
Ela deve odiar ficar sozinha com ele. Eles nunca foram bons amigos desde que
eu escolhi passar meu tempo com Lo mais do que com ela. Mas ela tem sido
gentil o suficiente para permitir que ele fique com a gente.
Talvez dez minutos. Eu envio de volta, eu percorro os meus contatos eu teclo
sobre Lo. Hesito antes que eu escreva outra mensagem rápida. Sinto muito. Eu
estarei aí em breve.
Cinco lentos minutos passam sem resposta, e eu me contorço tanto no assento
que Nola pergunta se ela precisa parar em algum lugar para que eu possa usar o
banheiro. Eu recuso. Estou tão nervosa que minha bexiga provavelmente não irá
funcionar direito de qualquer maneira.
O telefone vibra na minha mão, disparando meu coração no peito. Como foi o
médico? – Lo
Rose deve ter dito a ele sobre o motivo da minha ausência. Marquei consulta
com minha ginecologista quatro meses atrás, porque ela está loucamente
reservada, e eu teria cancelado se eu achasse que eu seria capaz de conseguir
outra consulta em breve. Mas isso é incerto, e não ajuda que minha ginecologista
é perto da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, nem mesmo próximo de
Princeton, onde eu agora vivo. Ter que dirigir de volta consumiu todo o meu
tempo.
Eu tive que esperar por aproximadamente uma hora. Ela estava atrasada ─ eu
respondo.
Depois de um longo momento, uma nova mensagem pisca. Está tudo bem
apesar disso? ─ Lo
Oh, isso é o que ele estava perguntando. Eu estou tão presa no seu regresso para
casa que eu não pensei sobre ele estar preocupado. Eu escrevo de volta. Sim,
parece bem. Eu tremo, perguntando se isso seria uma resposta estranha. Eu
basicamente apenas disse que minha vagina parece ser boa, o que é meio
estranho.
Vejo você em breve ─ Lo
Ele sempre foi breve com os textos, e agora, eu o estou xingando por isso. Minha
paranoia cresce e a pressão no peito não diminui. Eu aperto a maçaneta da porta,
prestes a enfiar a cabeça para fora do veículo em movimento para vomitar.
Dramático, eu percebo, mas com a nossa situação - alcoólatra em recuperação e
uma viciada em sexo lutando, somos tudo menos normais.
Noventa dias inteiros passaram e eu permaneci fiel a Lo. Eu vi um terapeuta,
mas o sexo ainda tem uma maneira de me fazer sentir melhor, mascarando outras
emoções e preenchendo um vazio profundo. Estou tentando encontrar o tipo de
sexo, saudável e não o compulsivo — Eu tenho que transar todos os dias — Eu
ainda estou desconfortável falando sobre isso, mas pelo menos tenho feito
progressos da mesma maneira que Lo fez na reabilitação.
Minha mente gira direito até que Nola estaciona na minha garagem. Todos os
pensamentos vazios foram para outra dimensão, eu atordoada digo obrigada e
saio do carro. Hortênsias roxas enquadram três históricas casas, cadeiras de
balanço alinhadas em uma fileira na varanda, e uma bandeira americana presa
contra um poste de metal perto de um salgueiro-chorão.

Eu tento inalar a tranquilidade e enterrar minha ansiedade, mas eu acabo


tossindo no meu braço engasgada com o pólen da primavera. Porque a estação
mais bonita também tem que ser a mais desagradável?
Eu não deveria hesitar em frente ao jardim, eu deveria me apressar diretamente
para dentro e, finalmente, tocar no homem que assola minhas fantasias. Mas eu
me pergunto o quão diferente ele vai parecer de perto, em pessoa. Eu me
preocupo com o constrangimento de estar separados por tanto tempo. Será que
vamos nos encaixar da mesma maneira que costumava ser? Será que vou sentir o
mesmo em seus braços? Ou tudo será irremediavelmente diferente?
Eu reúno um pouco de coragem para andar para em frente. E pelo tempo que eu
subo na varanda, a porta foi aberta. Eu congelo no alto da escada e ouço o
barulho da porta de tela ao lado da casa. Depois ele surge, vestindo um par de
jeans escuros, uma camiseta preta e um colar de ponta de flecha, que dei a ele
em seu aniversário de 21anos.
Eu abro minha boca para dizer algo, mas eu não posso parar meus olhos
passeando por cada polegada dele. A maneira que seu cabelo castanho claro é
estiloso, cheio em cima, mais curto nos lados. A forma como as maçãs do rosto
se destacam o fazendo parecer fatal e lindo. A maneira como ele alcança e
esfrega os lábios, como se esperasse que eles irão tocar os meus.
Ele analisa meu corpo com a mesma impaciência, e, em seguida, sua cabeça se
inclina para o lado, os nossos olhos finalmente se encontrando.
— Oi — ele diz, rompendo em um sorriso de tirar o fôlego. Seu peito cai
pesadamente, quase em sincronia com o meu ritmo irregular.
— Oi —, eu sussurro. Uma grande distância nos separa, me lembrando de
quando ele saiu direto para a reabilitação.
Levantando um pé eu fecho a lacuna semelhante a inclinar em um ângulo de
noventa graus. Eu preciso dele para me ajudar chegar ao topo.

Ele dá um passo para perto de mim, tirando a tensão. Todas essas sensações
explodindo na minha barriga. Eu o amo tanto, tanto. Eu senti muito a falta dele,
durante três meses, eu senti a dor de ser separado do meu melhor amigo
enquanto tentava lutar com minhas compulsões sexuais. Eu precisava dele para
me dizer que tudo ia ficar bem.
Eu precisava dele ao meu lado, mas eu nunca iria tirar ele da reabilitação para
meu benefício, e não quando poderia ser prejudicial para a sua recuperação. E
quero que Lo seja saudável mais do que qualquer coisa. E eu quero que ele seja
feliz.
— Estou de volta —, ele murmura.
Tento conter as lágrimas, mas elas fluem a contragosto, deslizando dos cantos
dos meus olhos. Eu deveria estar aparecendo na soleira da porta para
cumprimentá-lo, e ele deveria ser o único subindo a escada da varanda.
Por que somos tão para trás o tempo todo?
— Me desculpe —, eu digo a ele, enxugando os olhos lentamente. — Eu deveria
ter estado aqui há uma hora...
Ele balança a cabeça, as sobrancelhas se enrugam juntas não gostando que me
preocupe com isso.
Eu fico olhando para o comprimento dele novamente com um aceno de cabeça
mais confiante. — Você parece bem. — Eu não posso dizer que ele está sóbrio
exatamente. Ele não perdeu aquele modo de olhar parecendo que vai beijar
minha alma e me laçar completamente. Mas ele não está abatido, murcho ou
magro. Na verdade, ele tem mais músculo em sua forma, o seu bíceps
extremamente definido. E depois de uma sessão de Skype há algum tempo atrás,
eu reconheço todo o seu corpo e braços quentes.
Eu espero que ele diga “você também”, mas seus olhos se arrastam por mim
mais uma vez, e eu assisto a maneira que seu peito desaba e seu rosto torce de
dor.
Eu pisco. — O que foi? — Eu olho para o meu corpo, estou usando jeans e uma
camiseta folgada de gola V, nada fora do comum. Eu me pergunto se eu derramei
café em meu jeans ou algo assim, mas eu não vejo o porquê ele está olhando.
Em vez de me dizer o que o preocupa, ele anda alguns centímetros para frente, a
profunda mágoa em seus olhos assustador me assustando. O que eu fiz de
errado? Eu fico confusa com a reação que eu dificilmente teria previsto para
hoje. No início tropeço ao descer as escadas, mas seu braço vem em volta da
minha cintura, me puxando para o seu peito, me salvando de cair na grama
abaixo.
Seu aconchego me prende, e eu agarro seus braços, com medo de deixar ir. Ele
olha intensamente antes de seu olhar descer para os meus braços... minhas mãos.
Ele levanta uma de minhas mãos do bíceps, os dedos deslizando sobre os meus,
roubando a respiração direito de meus pulmões. Ele levanta a mão entre nós e,
em seguida, levanta meu cotovelo, me dando uma boa visão do meu braço.
Meus peitos afundam, percebendo a fonte de sua confusão e mágoa.
— Que diabos, Lil? —, Diz ele.
Eu cocei meu braço até ficar em carne viva, durante a última sessão de terapia de
ontem, e um vergão vermelho grande vai parecer provavelmente uma ferida
amanhã. Mesmo com unhas totalmente roídas, eu consegui irritar minha pele.
Lo inspeciona as unhas, seu nariz queimando ainda mais de segurar a emoção.
— Estou bem, eu só estava... ansiosa ontem. A terapia estava difícil. Você estava
voltando para casa ... — Eu não quero falar sobre isso agora, eu quero que ele
me segure, eu quero que o nosso reencontro seja épico, digno de livros. E a
minha ansiedade estúpida e meu mau hábito está arruinando o resultado perfeito
que eu imaginava. Eu puxo minha mão e toco seu queixo, o forçando a parar de
se concentrar em meus problemas. — Estou bem. —
As palavras parecem um pouco falsas. Eu não estou cem por cento ok. Estes três
últimos meses foram um teste, no qual eu poderia facilmente ter falhado. Às
vezes, eu pensei que desistir era melhor do que lutar. Mas eu fiz isso.
Eu estou aqui. Lo está aqui.
Isso é tudo o que importa.
Seus braços de repente deslizam em torno das minhas costas, e ele cola o meu
corpo ao dele. Seus lábios escovam no alto da minha orelha, provocando
arrepios em espiral no meu pescoço. Ele sussurra: — Por favor, não minta para
mim.
Minha boca cai. — Eu não... —, mas não posso terminar porque as lágrimas
começam como uma lagoa, queimando em seu caminho para baixo. Eu aperto
seus ombros, segurando mais apertado, com medo que ele planeje se afastar e
me deixar quebrada na varanda. — Sinto muito — Eu engasgo.
— Não vá...
Ele se move, e eu me apego mais, desesperada e com medo, ele é uma tábua de
salvação. Eu não posso quantificar ou descrever. Eu dependo dele, mais do que
qualquer garota deve depender de um menino, mas ele tem sido a espinha dorsal
da minha vida. Sem ele, eu vou cair.
— Ei. — Ele segura meu rosto em suas mãos, seus olhos vidrados me trazendo
de volta à realidade. Para o fato de que ele sente minha dor, assim como eu me
sinto a dele. Esse é o problema, nós machucamos tanto um ao outro que é difícil
dizer não. É difícil tirar o vício que vai paralisar a agonia do dia. — Eu estou
aqui —, ele diz, uma lágrima silenciosa escorrendo do seu rosto. — Nós vamos
vencer isso juntos.
—Sim. — Você pode me beijar? — Eu pergunto, me questionando se isso é
permitido. Meu terapeuta me deu um envelope branco preenchido com as
minhas limitações sexuais ─ o que eu devo e não devo fazer. Ela me aconselhou
a não ler e em vez disso dar ele para Lo. Desde que eu pretendo lutar por
intimidade, não o celibato, eu preciso renunciar ao meu controle na cama com
ele. Ele vai definir as diretrizes e me dizer quando parar.
Eu dei o envelope para Rose ontem e lhe disse para entregar a Lo apenas no caso
de que eu amarelasse. Preocupada como Rose estava com o meu processo de
recuperação, tenho certeza de que foi a primeira coisa que ela fez quando Lo
entrou pela porta.
Eu não tenho ideia de quantas vezes eu posso beijá-lo, o quanto posso me excitar
ou se estou autorizada a ter sexo em qualquer lugar diferente de um quarto.
Estou tão compulsiva sobre a relação sexual e preliminares que limites tem que
ser definidos, mas segui-los será a parte mais difícil da minha jornada.
Seu polegar enxuga minhas lágrimas, e eu roço nele. Eu espero sua resposta,
meus olhos colados aos lábios que eu quero beijar até que eles estejam pinicando
e inchados. Sua testa abaixa, mergulhando ao encontrar a minha, e eu me torno
tão consciente de como seus dedos, pressionam meus quadris, da dureza de seu
corpo. Eu preciso dele para fechar essa lacuna entre nós, eu preciso dele para me
preencher completamente.
Apressadamente, eu encontro com meus lábios nos dele, esperando que ele me
levante em torno de sua cintura, mergulhando sua língua na minha boca e me
bater de volta na madeira.
Mas ele não cede aos meus desejos.
Ele se inclina para trás e quebra o beijo em questão de segundos. Meu estômago
cai. Lo raramente me diz não quando se trata de sexo. Ele joga com meus
desejos até que eu esteja molhada e querendo. Coisas, que eu percebo, estão
realmente a ponto de mudar. — Meus termos, — ele sussurra, sua voz rouca e
profunda.
Todo meu corpo já pulsa a partir da sua proximidade. — Por favor —, eu
imploro. — Eu não toquei você assim por muito tempo. — Eu quero passar
minhas mãos sobre ele, eu quero que ele entre em mim até que eu chore.
Imagino ele sobre mim – mais e mais, me torturando com esses pensamentos
carnais. Mas eu também quero ser forte e não me jogar nele como apenas um
corpo que eu perdi. Ele significa muito mais para mim, talvez ele esteja
magoado com a minha persistência de beijá-lo? Talvez ele veja isso como um
mau sinal? — Sinto muito, — Peço desculpas novamente. — Não que eu queira
você para o sexo... quero dizer, eu quero sexo, mas eu quero você, porque eu
sinto sua falta ... e eu te amo, e eu preciso... — Eu balanço a cabeça, minhas
palavras parecendo estúpidas e desesperadas.
— Lil —, diz ele lentamente. — Relaxe, está bem? — Ele enfia uma mecha de
cabelo atrás da minha orelha. — Você não acha que eu sei que é difícil para
você? Eu sabia que estávamos indo passar por esse momento. — Seus olhos
caem para meus lábios. — Eu sabia que você ia querer me beijar e querer que eu
te levasse rápido e duro, mas isso não vai acontecer hoje.
Concordo com a cabeça rapidamente, odiando essas palavras, mas tentando
absorver e aceitar. Lágrimas incontroláveis começam a fluir, porque eu tenho
medo de que eu não possa ser capaz de conter minhas compulsões. Eu pensei
que estar longe de Lo seria a parte difícil, mas aprendi que ter um
relacionamento íntimo e saudável com ele de repente parece impossível. Ele é
um homem que eu quero aproveitar cada minuto do dia, e se não estou fazendo
isso, então eu fantasio sobre isso. Como posso parar?
Sua respiração rasa, como se minhas lágrimas estivessem dando nós em seu
estômago. A minha já entrou em colapso. Eu me sinto totalmente destruída por
culpa, vergonha e desespero.
Seus dedos cavam mais firme em meus lados, como se estivesse me lembrando
de que ele está aqui, me tocando. — O que vai acontecer —, ele puxa uma
respiração, — é que eu vou levar você através dessa porta. Eu vou usar cada
momento até que você esteja esgotada, e eu estou indo para mover tão
lentamente que você vai se sentir como se três meses fosse ontem, e amanhã vai
parecer como hoje, e ninguém nessa porra de universo será capaz de dizer seu
nome sem dizer o meu.
E então ele me beija, tão urgentemente, tão apaixonadamente que meus pulmões
sufocam. Sua língua desliza suavemente em minha boca, e eu saboreio cada
movimento. Ele amassa a parte de trás da minha cabeça, segurando meu cabelo,
arrancando e enviando os meus nervos ao esgotamento.
Suas mãos saem da minha bunda, e sem esforço ele me levanta. Eu coloco
minhas pernas ao redor da sua cintura, apertando com força em seus ombros. Ele
me guia para dentro, assim como ele prometeu. Eu ligo meus braços debaixo dos
seus e minha bochecha contra seu peito duro, ouvindo a batida irregular do seu
coração. Estamos tão perto, mas eu ainda acho um jeito para estar mais perto.
Minha respiração rasa com isso.
Ele beija o topo da minha cabeça e me leva para o meu quarto no segundo andar.
Bem - nosso quarto. Meu dossel é puxado para trás, o edredom preto e branco
com folhas vermelhas. Lo me coloca de volta contra o colchão, e eu chego até
ele pegando com um punho cheio sua camisa e puxando ele em cima de mim.
Mas ele recua e balança a cabeça.
Lento, eu me lembro. Certo. Minhas pernas balançam na beira da cama, e eu
apoio em meus cotovelos enquanto ele está na minha frente.
— Eu sou seu —, ele me diz. —Eu sempre serei seu, Lily, mas agora é hora de
você dizer isso.
Sento-me e os meus olhos voam sobre ele. Em toda a nossa vida, ele nunca me
disse uma vez, eu sou seu. Ele nunca me tomou da maneira que eu tomei ele. Ele
se entregou a mim. E eu percebo, é a minha vez de fazer isso, e direito, e me dar
a ele. — Eu sou sua —, eu sussurro.
Os músculos de sua mandíbula se contraem, quase sorrindo. — Eu vou acreditar
em você quando ver isso.
Eu dou um olhar torto. — Então por que você me pede para dizer isso?
Ele se inclina para frente, os lábios tão perto dos meus. Suas palmas fixas em
ambos os lados do meu corpo, me forçando a cair para trás um pouco, eu hesito
em beijá-lo. Ele está me testando, eu acho. — Porque eu amo essas palavras.
Meus lábios se separam. Beije-me, eu imploro. — Eu sou sua, — eu exalo.
Seus olhos caem dos meus, me observando, tirando o momento. O ponto entre as
minhas pernas dói por ele. Eu quero que a pressão do seu corpo ─ se balançando
contra mim, para me encher, para dizer o meu nome mais e mais.
Beije-me. — Eu sou seu — Eu engasgo, de olhos arregalados em suspense total.
E então ele suga fundo meu lábio, provocando morde e, em seguida, afunda sua
pélvis na minha. Eu levanto meus quadris para encontrá-lo e ele deixa.
Lo agarra a bainha de sua camisa e a puxa fora de sua cabeça, jogando de lado.
Antes que eu corra as palmas das mãos sobre o peito duro e abdômen recém-
definido, ele entrelaça seus dedos com os meus. Simultaneamente, ele coloca o
seu joelho no colchão e me puxa mais para cima da cama, minha cabeça
encontrando o travesseiro.
Ele sobe minhas mãos e as mantém presas na sua. Em seguida, ele estica os
braços acima de mim, nossas mãos juntas batendo na cabeceira da cama.
Seu corpo paira sobre mim, não tocando. Eu me contorço sob o espaço muito
grande que eu odeio, meu coração batendo forte e furioso para estar ainda mais
perto. — Lo... — Eu não posso mais aguentar. Meu corpo arqueia de volta um
pouco quando eu tento encontrar seu corpo novamente, e ele inclina a cabeça,
desaprovando.
Então, eu fico. Eu tento deixar ele assumir o controle desde que eu precise ir
devagar. Seus lábios baixam, mas demoram a tocar nos meus. Ele mantém essa
distância enquanto ele desabotoa meu jeans, renunciando ao controle sobre a
minha mão. Ele usa a outra para orientar a palma da mão para o zíper, sim. Leva
apenas alguns segundos antes que ele esteja desabotoado, puxando seu jeans fora
com familiaridade. Eu me mexo para sair das minhas calças e ele levanta a
camisa fora de minha cabeça, me deixando apenas em um conjunto preto de
sutiã e calcinha, eu sabia que ele estava voltando para casa hoje.

Ele absorve a curvatura do meu corpo como se estivesse me bebendo, e então


começa a remover sua última peça de roupa. — Olhos em mim —, ele diz com
voz rouca.
Eles estão permanentemente fixos na protuberância em sua boxer. — Eles estão,
— murmuro, tecnicamente esta é uma parte dele.
— Meus olhos, amor, não o meu pau —, ele diz, com um sorriso por trás das
palavras.
Eu levanto o meu olhar enquanto ele desliza fora de suas cuecas boxer.
Observando a forma como ele olha para mim quase me envia em uma pirueta.
Eu engulo e não posso colaborar, mas olhar. Oh Deus, eu preciso dele agora. Ele
é forte como quero ser, mas ainda assim, ele se segura.
Eu não.
Ele poderia facilmente tirar proveito da minha ânsia, a maioria dos caras faria.
Mas, a fim de me ajudar, ele tenta controlar minha impaciência e minha
compulsão de ir novamente. E de novo. Porque o meu vício não é inteiramente
uma rua de sentido único, a direção é dele. Eu preciso do seu corpo, a fim de
satisfazer esses desejos não saudáveis.
Assim, ele deve dizer não em algum ponto. Eu só não quero que seja em breve.
Ele se inclina para frente novamente, e seus lábios começam a sua descida do
meu pescoço para o meu umbigo, chupando, mordiscando, provocando. Minhas
mãos apertam suas costas enquanto eu seguro um gemido profundo na garganta.
Ele beija meu osso ilíaco e gentilmente escorrega minha calcinha, o ar frio
beliscando meus lugares mais sensíveis. Espero seus lábios para aquecer o local,
mas ele desabotoa meu sutiã, deslizando as tiras em meus ombros tão, tão
lentamente. O leve toque provoca meus nervos e minha sanidade. Sua língua
corre entre os meus seios e depois mergulha de novo em minha boca. E isso é
quando seus braços vêm em volta de mim e me levantam, em um abraço
apertado, meus seios fundindo nos seus músculos, meus membros quase
emaranhado nos seus. Minhas pernas embrulham em torno de sua cintura, e eu
sofro querendo encontrar com seu pau. Mas ele mantém seus braços fechados
em torno de meu peito, me forçando para cima de seu colo.
— Sente-se em suas pernas —, ele me diz.
— Mas…
Ele me beija levemente e as lágrimas vão para longe, enquanto eu tento uma
maneira mais forte. — Sente-se em suas pernas, Lil, ou eu vou fazer isso por
você.
Isso soa melhor, ele vê o brilho nos meus olhos, e ele pega a minha perna direita
e dobra meu joelho para o meu calcanhar debaixo da minha bunda. Quando ele
vai para a esquerda, a mão desliza para cima da minha coxa e no vinco da minha
bunda. Deus…
Ok, eu estou sentada no meu calcanhar agora, tentando chegar antes que ele
entre em mim. E se o meu terapeuta escreveu que eu só posso chegar ao clímax
uma vez? Além disso soa como tortura, espero ter sexo com Lo hoje. Eu não vou
estragar isso enlouquecendo com as preliminares.
Eu ainda estou sentada em linha reta, e seu corpo não se afastou do meu. Seu
coração bate contra o meu peito, e ele segura meu rosto em sua mão.
— Respire —, ele me diz. — Basta lembrar de respirar.
E então, com um movimento medido, ele gradualmente me deita no meu
edredom e lentamente começa a escorregar para dentro de mim. A posição
permite a entrada tão profunda que eu grito e agarro seu ombro para apoio.
Sua testa descansa perto da minha, e ele levanta o queixo, me beijando com
força, apenas como eu gosto, antes que ele comece a balançar agonizantemente
lento. Cada movimento imita nossas respirações pesadas.
Meus lábios entreabertos escovam os seus enquanto ele se aprofunda. Eu
choramingo, meus dedos já ondulando, minha cabeça já voando fora do meu
corpo.
Suas mãos massageiam o meu peito, mas seus olhos nunca deixando os meus.
Lágrimas quentes descem a partir dos cantos, a intensidade e a emoção me
dirigem a um pico tão alto toda vez que eu respiro, ele respira, como se tentando
manter vivo este momento. Eu derreto em seu movimento lento, a maneira como
ele desaparece dentro de mim, e o ritmo que faz com que meu corpo venha à luz
em chamas.
— Não pare... — eu choro. — ... Lo... — eu tremo, e seus braços em volta da
mim escorregam, me segurando mais apertado.
Ele acelera um pouco, e eu sinto o topo da colina, eu nos vejo subindo juntos. E
então ele impulsiona e sustenta dentro de mim. Eu vou de encontro, grito,
arranho suas costas. Meu corpo inteiro pulsando, meu coração tamborilando ─
eu sou dele.
Eu desmorono de volta na cama, exausta demais para levantar um braço ou uma
perna, ele cuida de mim, dobrando meus joelhos e esticando as pernas a partir da
última posição. Ele descansa as mãos em meus joelhos, e se inclina à frente para
me beijar novamente. Eu gosto do sal do nosso suor, e levanto a mão para
agarrar o final de seu cabelo, minha ânsia de repente substituindo o cansaço do
nosso sexo emocional. Mas ele entrelaça os dedos no meu, me parando.
Eu enrugo a testa. — Não? — Só uma vez?
Ele balança a cabeça e, em seguida, beija minha testa. — Eu te amo —, ele
sussurra, sua respiração fazendo cócegas na minha orelha.
— Eu também te amo —, digo a ele. Mas o que eu quero é colocar minhas
pernas firmemente em torno dele, não lhe dando nenhuma escolha que não seja
endurecer e me levar novamente. Ele me examina de perto, e ele deve perceber a
minha impaciência para a segunda rodada. Seus olhos se estreitam. — Agora
não.
Eu mordo meu lábio. — Você vai me dizer o que está no envelope? — O que
meu terapeuta restringiu? A resposta está me matando agora.
— Não —, ele diz. — Você só vai querer ainda mais se você souber o que é
proibido.

Eu faço uma careta para ele. — Você está ficando muito inteligente.
Ele sorri. — Quando se trata de você, eu sou. — Ele beija o exterior dos meus
lábios, eu amo e odeio quando ele faz isso. — Só para você saber, — ele
sussurra, — Eu não gostaria de nada mais, do que me afundar em você
novamente, eu faria isso um milhão de vezes por dia, se eu pudesse.
— Eu sei —, murmuro.
Ele roça meu cabelo suado no meu rosto.
E eu puxo uma respiração profunda. — Estou feliz que você está em casa. — Eu
tenho Lo de volta, e isso é tudo o que deveria importar agora. Não um round dois
ou três, mas apenas ele presente, no caminho para ser saudável, e apaixonado por
mim. Isso é tudo o que deve ser necessário. Eu não posso esperar para chegar a
esse lugar, eu só espero que seja possível.
Ele relaxa ao meu lado, e eu descanso minha cabeça em seu peito, ouvindo seu
coração enquanto ele passa sua mão pelo meu cabelo. Isso é bom.
Eu quase adormeço lentamente, mas o toque de um celular faz meus olhos
estalarem abertos. — De quem é isso?
Ele alcança o meu criado-mudo. — Meu. — Ele pega o celular e eu ergo meu
pescoço por cima do ombro e vejo uma mensagem. Eu sei o segredo da sua
namorada. ─ Desconhecido
Eu levanto rapidamente, o medo me dando um frio. Eu li errado? Pego o telefone
de sua mão, e ele o segura de volta.
— Lil, acalme-se —, ele diz, tentando proteger a tela de mim enquanto ele digita
uma resposta.
— Quem é esse? — Eu fui tão cuidadosa, eu nunca disse a ninguém que eu tinha
um vício de sexo diferente Lo, e agora Rose, Connor, e Ryke. Deixaram meu
segredo escapar para outra pessoa?
Eu mordo minha unha, e Lo aperta minha mão ao digitar com a outra. Seus olhos
piscam para mim, estreitando em desaprovação.

Quando o som de mensagem soa novamente, eu basicamente subo em cima de
Lo para que ele não possa esconder a mensagem. Eu leio rapidamente.
Quem diabos é você? – Lo
Alguém que você odeia. - Desconhecido.
Ok, isso não faz limita quase ninguém. Os inimigos de Lo da escola preparatória
e faculdade são numerosos e vastos. Foi o resultado de quando ele retaliou
contra todas as pessoas que pensavam que poderiam intimidá-lo em sua
apresentação.
Lo tenta me empurrar, mas eu mantenho o meu braço em volta do pescoço, perto
de sufocá-lo, então ele me deixa continuar. Nós ainda estamos nus, mas estou
muito agitada para me excitar.
Foda-se - Lo
— Essa é a sua resposta? — Eu digo, com os olhos arregalados. — Você está
provocando a pessoa.
— Se você não gosta disso, então você não deveria estar lendo minhas
mensagens pessoais ou agarrada em mim como um Urso koala.
—Verdade.
E perder em todo o dinheiro que os tabloides vão me pagar quando eu lhes
disser que Lily Calloway é uma viciada em sexo? ... Nunca - Desconhecido
Eu pisco, releio o texto, e fico de boca aberta. Não.
— Lil —, Lo diz, desligando o telefone. — Está tudo bem, isso não vai
acontecer. Olhe para mim. — Ele segura meu rosto em suas mãos, forçando os
meus olhos para os dele. — Isso não vai acontecer, eu não vou deixar, vou
contratar alguém para encontrar este idiota, eu vou pagar mais do que ele
receberia a partir dos tabloides.
Ele está esquecendo de algo. — Você está sem dinheiro —, eu digo. Seu pai
levou seu fundo de fiduciário, porque ele abandonou a faculdade. Lo não tem
falado com ele desde que foi para a reabilitação. Ele está sozinho e pobre, e todo
o meu dinheiro está amarrado com a minha família. E eles não sabem sobre o
meu vício também, prefiro não dizer a eles. Nunca.
Seu rosto escurece, se lembrando. — Eu vou pensar em alguma outra coisa,
então.
A vergonha que a minha família vai se sentir se eles descobrirem, mágoa e
decepção, eu não posso suportar sequer pensar nisso. Uma mulher viciada em
sexo? A vagabunda. Um homem viciado em sexo? Um herói. Quanto eu vou
manchar a empresa do meu pai com a notícia? Claro, um monte de gente fora do
nosso círculo social não sabe meu nome ou quem eu sou, mas e o que poderia
fazer as manchetes dos tabloides? Por que não faria? Lily Calloway: filha do
fundador do Fizzle, uma viciada em sexo e uma prostituta.
É picante o suficiente para saciar colunistas sociais em todos os lugares.
— Lo —, eu digo, enquanto as lágrimas ameaçam cair. — Estou com medo.
Ele me abraça, me puxando perto. — Tudo vai ficar bem, eu não estou indo a
lugar nenhum.
Eu agarro suas palavras e as repito mais e mais, na esperança de que realmente
seja o suficiente.













{2}

LOREN HALE

Eu seguro uma garrafa de vodca barata pelo gargalo, eu não consigo pensar
direito. Minhas emoções são sombrias, meu coração além daqui. Meus largos
passos estão cheios de ódio deplorável, eu não corro, eu ando rapidamente pela
íngreme entrada de automóveis, apertando o álcool na minha mão, uma casa de
milhões de dólares olhando de volta para mim.
A porta, é tudo o que eu vejo, a porta preta e o batedor bronze.
Eu lanço meu punho contra ela, batendo. Ninguém responde, eu nem sequer
ouço passos. — Abra! — Eu grito. Eu bato de novo e novamente. Foda-se isso.
Eu pego a garrafa e giro, o vidro quebra, o conteúdo líquido escorrendo do
batedor de bronze, se arrastando pela madeira preta, correndo para baixo das
minhas solas.
— Porra —, Ryke amaldiçoa atrás de mim. — Isso era necessário?
A porta bate aberta. —Sim.
Eu disse a Ryke para esperar no carro e eu mencionei que a única maneira para
que Aaron Wells rastejasse para fora da casa de seus pais (como o rato que ele é)
era seu eu começasse a merda com suas coisas. Começando com aquela porta.
Eu estava preparado para avançar para a sua BMW- um caco de vidro para
decorar a lata, agora eu não tenho que ir tão longe.
Mas não estou surpreso que Ryke estacionou no meio-fio e me seguiu até a
colina. Ele gosta de fazer isso e ter certeza de que eu não estou prestes a me
autodestruir. Isso é geralmente o trabalho de Lily, e eu a escolheria sobre ele em
qualquer dia da semana. Mas não agora.

Não quando um velho pau da escola preparatória está a um metro de distância na
minha frente.
Ele tem cabelos loiro sujo (praticamente marrom), olhos azuis e um presunçoso
sorriso Dalton Academy que eu me lembro muito bem. Ele é o primeiro cara que
me veio à mente quando recebemos os textos, o que eu fiz para ele em vingança
na escola preparatória foi fodido, mas a nossa rivalidade nunca deveria ter
incluído Lily e ele não deveria atormentar ela agora.
Aaron avalia o vidro quebrado. — Eu não deveria estar surpreso, o mau cheiro é
exatamente como você.
Ryke está prestes a dar um passo adiante, e eu agarro seu braço para detê-lo. Nós
não estamos perfurando poços, tanto quanto eu gostaria, não esse tipo de luta.
— Eu conheço você de algum lugar —, diz Aaron, digitalizando Ryke de seu
cabelo escuro para seus músculos magros que quase coincidem com o meu. —
De onde é mesmo? — Ele finge confusão.
Ryke olha fixamente. — Eu deveria ter esmagado a porra da sua cara.
Quando eu ouvi o que aconteceu enquanto eu estava fora, eu realmente gostaria
que Ryke tivesse.
A mãe de Lily tentando empurrá-la para Aaron em uma festa da empresa, e ele
ameaçando Lily todo o tempo, basicamente lhe dizendo que ele iria ferrar com
ela para chegar até mim. (Por quê? Porque ele me odeia. Não há outra razão para
isso.) E eu só podia ouvir as notícias na reabilitação sem poder fazer uma coisa
maldita. Agora que ele mudou para o nível dois e de alguma forma ficou
sabendo sobre seu vício em sexo e pedindo dinheiro, estou aqui, pronto para
foder com ele da mesma forma que ele fez com ela.
— Oh certo —, diz Aaron sem o ritmo, — Eu estava em um encontro com Lily
para um evento Fizzle, e você apareceu como seu cavaleiro branco enquanto este
estava na reabilitação. — Ele aponta com a cabeça para mim. E eu faço uma
careta internamente com a lembrança de que Ryke estava lá para Lily nestes
últimos três meses. Eu não estava.
Mas é isso, essa é a razão, é por isso que eu sei que Aaron enviou esses textos.
Ele recentemente deixou claro que ele quer brincar comigo, passando por Lily,
mexendo até com nossa antiga rivalidade. Dois podem jogar este jogo.
— Obrigado por acompanhá-la —, digo a ele. — Ela disse que era doloroso
olhar para a sua cara feia durante toda a noite, mas acho que todos nós sabemos
que vocês não estavam lá para agradá-la. — Minhas palavras de dois gumes me
fazendo encolher, eu não gosto de pensar sobre qualquer outro cara agradando
Lily. Não antes de nos tornarmos um casal real.
E, definitivamente, não depois.
Meu coração bate tão rápido, porra. Dou um passo em direção a ele, o som de
vidro triturando.
Ele enrijece, e eu espero para ver se ele tem coragem de me empurrar de volta.
Não. Eu me arrisco e me espremo entre a moldura da porta e seu corpo
imobilizado. Ele olha diretamente para mim, olho por olho, e eu me convido
para entrar.
— Uau, este lugar não mudou —, eu digo andando mais dentro. Eu fico olhando
para os altos tetos abobadados e os pisos de mármore. Ryke me segue, e Aaron
fecha a porta atrás de nós, seu lábio numa linha reta. Eu aponto para a porta da
adega pela cozinha. — Devemos abrir uma garrafa de vinho? Seus olhos piscam
com fúria.
— Talvez não, então.
Ryke para um pouco atrás, mas se Aaron ainda levantasse um punho, ele estaria
ao meu lado. Esse tipo de apoio parece bom, eu nunca tive isso, enquanto
crescia, eu sempre levava a surra ou era encontrado fugindo. As brigas foram
sempre eu contra um milhão, ninguém estava no do meu lado. Eu não deixaria
Lily estar envolvida, e se ela estivesse, caras como Aaron que desonestamente a
puxavam, sabendo que ela era minha melhor amiga.

Eles fodiam com ela só para me atingir, e isso não está acontecendo agora.
Aaron me observa de perto.
— Quem está em casa? — pergunto
— Ninguém —, ele diz, com o rosto em branco.
Eu não acredito que nele. — Seus pais estão em Barbados para o fim de semana.
— Obrigado Connor Cobalt conhecedor de tecnologia com suas grandes
habilidades.
Aaron solta uma gargalhada seca. — O seu pai descobriu isso para você? —
Oh sim, Ryke não foi o único a deter Aaron no evento Fizzle. Enquanto Lily
estava tentando se esquivar de Aaron, a noite ela me disse que meu pai entrou e
a salvou. Deixe isso para o meu pai, injetar debilitante medo em alguém. Lily
disse que Aaron fugiu do evento depois disso, nunca mais tentou olhar para ela
novamente.
— Meu pai não me ajudou a descobrir quem está em sua casa —, eu digo, —
mas eu deveria ligar para ele e agradecer, por incomodar você com suas
palavras.
— Você é a porra de um cara doente —, Aaron diz, — você sabe disso?
Eu estou apenas começando. — Julie! —, grito. — Julie, sai, vem para fora!
Ryke hesita atrás de mim. Ele já me viu assim, eu costumava atacá-lo, eu ainda
faço. Muitas vezes. Mas esta é diferente, estou alimentado pelo ódio tão
profundo que eu mal posso respirar.
Aaron olha hesitante para a varanda acima da escadaria dupla. Sua casa era
usada para debutantes apenas por essa entrada.
JULIE! — Eu grito.
Aaron dá passos em minha direção, suas mãos levantadas como se ele viesse em
paz. — Ei, eu disse a seu pai que eu me afastei de Lily, ok? Nós fizemos um
acordo, eu preso ela. Eu não fiz nada para ela desde o evento.

— JULIE! —
A porta faz barulho no andar de cima.
Aaron fala mais rápido, — Eu estava chateado naquela noite, eu me candidatei a
um trabalho, e eles negaram a minha candidatura. Eu nem sequer consegui uma
entrevista por sua causa.
— Você vai me culpar? — Eu olho fixamente. Ele deveria. Com a ajuda do meu
pai, eu chamei seu sonho da faculdade para baixo e tinha o Dean dando uma
segunda olhada nisso. A próxima coisa que se soube, é que ele estava indo para a
sua segurança na escola, nem mesmo na lista de espera para o lugar que ele
achava que tinha bolsa. Nós reencaminhamos seu futuro. — Eu não posso
competir com os graduados Ivy, agora eu tenho que trabalhar para o meu pai.
Um par de pés de almofadas sobre a história.
— Não faça isso —, Aaron zomba, mas ele está implorando. — Eu só assustei
Lily um pouco, eu não ia forçá-la ou qualquer coisa, eu juro a você. — Ele
nunca fez sexo com ela, graças a Deus. Se eu corresse para uma de suas antigas
conexões, eu não sei qual seria a minha reação.
— Isso é o que você sempre faz, não é? —, eu digo. — Você a assustou. Bem,
pegue um cartão de membro Aaron, você está prestes a ter a foda apavorada.
Logo em seguida, uma menina com os mesmos cabelos loiro sujos aparece na
grade da varanda, se inclinando para me olhar. — Loren Hale.
— Julie, volte para o seu quarto —, Aaron diz a ela, o medo crava sua voz. — O
que eu sou, um cachorro? —, Ela devolve. Ela usa batom escuro e uma tonelada
de delineador de merda, ela é sua irmã gêmea. E uma garota que eu posso ter
fodido uma ou duas vezes quando eu tinha dezesseis anos, dependendo do dia.
A diferença entre Lily e eu é que eu realmente namorei Julie (por duas semanas
inteiras) na época, quando eu não estava em um relacionamento falso com minha
melhor amiga. Lily, no entanto, fode uma vez e depois segue em frente.

E depois de uma longa, longa luta, eu finalmente me tornei sua única exceção.
— Ei Julie —, eu digo. — Você pode vir aqui por um segundo?
— Que história é essa? — Ela olha entre Aaron e eu, ficando em postura rígida
com Aaron. — Aaron, faz muitos anos desde que eu estive com Lo. Sério,
supere isso. — Mas ela está errada, nossa luta não começou porque eu a
namorava, isso era apenas uma bala na minha arma. Uma das coisas que eu usei
para machucá-lo, foder sua irmã o que é o truque mais fácil no livro, algo que
meu pai teria feito, algo que eu odeio que eu fiz, eu mal consigo suportar a
lembrança.
Eu agradeço a Deus que Julie é tão deplorável como seu irmão e eu. Ela me usou
tanto quanto eu a usei, querendo se vingar de seu ex-namorado. Ele não se
importava tanto como ela desejava que ele fizesse.
— Julie — eu digo. — Venha aqui agora — Eu não estou de brincadeira. Bem,
eu meio que estou, mas você deveria ver o rosto de Aaron. Ele está prestes a
cagar nas calças, ele não tem ideia do que eu vou fazer. Inferno, eu não tenho
nenhuma ideia do que eu pretendo fazer, eu só sei que sua família é seu ponto
fraco da mesma forma que Lily é o meu. Ela desce as escadas, com os pés
descalços, seu olhar curioso grudado em Ryke. — Você está quente.
— Julie —, Aaron se encolhe.
— Posso ver seu telefone? —, Pergunto a Aaron. Agora que Julie está aqui, ele
vai estar mais disposto a entregar.
Ela é uma distração e um aviso.
Suas sobrancelhas enrugam. — Para que?
— Só dê para mim.
Julie suspira pesadamente como se isso fosse chato para ela.
— Basta lhe dar o telefone, Aaron;

Aaron desliza seu telefone do bolso e entrega para mim, eu percorro seus textos
anteriores, tentando encontrar meu número armazenado em algum lugar, mas a
coisa toda está em branco.
— Por que você exclui todas as suas mensagens?
— Eu sempre faço isso —, diz Aaron. — Minha mãe gosta de ver o meu
telefone.
— Você tem vinte e dois anos. — Ele não é um adolescente com necessidade de
aprovação para dormir na casa de um amigo, ele é um adulto.
— Sim? Isso não a fez deixar de ser intrometida.
Eu ainda não acredito nele. Eu não posso.
— Qual é seu nome? — Julie pergunta a Ryke, mordendo o lábio como se isso
fosse fazer ele cair de joelhos.
— Ryke —, ele diz.
— Ryke, como você conhece Loren?
— Ele é meu irmão.
Suas sobrancelhas se levantam. — Uau, eu não sabia que ele tinha um irmão.
— Nem eu —, digo empurrando o telefone de volta na palma da mão de Aaron.
— Você usou um telefone falso? Um descartável?
— Do que diabos você está falando? — Aaron diz, com os olhos arregalados. —
Eu não fiz nada para você ou Lily. Eu disse a você, seu pai.
— Eu não acredito em você —, eu digo, realmente não sei no que eu acredito.
Ele poderia estar mentindo. Fora que de todos que eu sei, ele é o mais suscetível
para ameaçar Lily. Se eu puder terminar tudo aqui, agora mesmo, é o que eu vou
fazer.
— Você está fora da porra da sua mente! — Aaron grita.
Ryke dá passos para frente à minha defesa. — Diz o cara que passou duas horas
perseguindo uma menina em torno de um salão de baile, aterrorizando- a além
do caralho de palavras.
— Uau —, diz Julie, — você é sexy quando está com raiva.
— Julie! — Aaron grita. — Saia agora, dá o fora daqui.
Julie revira os olhos e fica nas pontas de seus pés da forma que Aaron terminou
com seu entretenimento. Ela acena para mim. — É bom ver você de novo,
Loren. Sinto muito, meu irmão não pode esquecer sobre o nosso relacionamento.
— Sim, ele tem dificuldade em deixar as coisas irem. — Se eu fosse ele, eu
ainda estaria cheio de ressentimento. Eu não o culpo totalmente. Eu odeio que eu
o levei até este lugar a um ponto onde ele poderia atacar Lily enquanto eu estava
na reabilitação. Eu era a porra de um garoto tão estúpido. Eu ainda sou às vezes.
Eu poderia estar lidando com isso da maneira errada no momento. Mas é a única
forma que eu sei fazer. E isso funciona. Eu uso as minhas palavras, ameaço o
cara que está me ameaçando.
Julie caminha para a cozinha, à vista. Principalmente de uma forma que Ryke
pode vê-la se abaixar enquanto ela pega uma panela do armário. Ela olha para
trás para ter certeza que ele viu sua bunda. Ele não o fez, os olhos dele não
deixaram Aaron. Mas, como eu a vejo, Aaron está a segundos da implosão, de
cair de joelhos, e me dar o que eu quero. Eu não posso levar o crédito por isso.
Eu acho que, em parte, as ameaças anteriores do meu pai já o tem afundado.
— Onde está o seu telefone descartável? —, pergunto novamente.
Ryke põe a mão no meu braço, e ele sussurra: — Eu não acho que ele fez isso.
Eu não quero acreditar nisso, porque, então, eu vou estar à deriva. Eu não vou ter
nenhuma ideia de quem mais poderia ser.
Aaron ergue as mãos em defesa. — Eu não sei o que aconteceu, mas eu não sou
o único cara que odeia você, Loren. Então o que está acontecendo, talvez você
devesse pensar sobre quem mais você chateou todos estes anos. Eu não posso
imaginar que a faculdade era agradável para você
Sim... eu posso ser fodido.
Eu aceno para mim mesmo, mas se ele é o cara que me enviou essas mensagens,
eu não estou indo só para deixar aqui sem a segurança de que ele não vai fazer
algo de novo. Eu tenho que ter a última palavra. Então, eu me inclino e digo, —
Se você assustar a minha namorada novamente, você vai desejar que tudo o que
você tenha que se preocupar seja com estar trabalhando para a sua porra do seu
papai. — Meus olhos piscam para Julie uma vez. — E você deve começar a usar
um pouco da maquiagem da sua irmã, porque suas entranhas são horríveis.
Ele poderia facilmente dizer que não é da minha conta. Mas nada vem de sua
boca, ele está solidificado em uma mistura de ódio e medo emoções que estão
flutuando ao redor de sua casa agora.
Eu não espero ele se reanimar. Eu o deixo.
E no caminho para o carro, Ryke diz: — Você não me disse que você estava
transando com sua irmã.
— Isso importa?
Ele olha para frente, seus olhos escuros.
— Ela estava mirando você, Ryke, — eu digo a ele. — Ela estava a dois
segundos de puxar para baixo suas calças e subir em seu pau.
— Como Lily? —, ele se rebate.
— Foda-se, você. — Eu balanço ao abrir a porta do carro, não é a mesma coisa.
Lily, ela é minha melhor amiga, eu não estou em uma conquista com ela. Se isso
fosse verdade, ela não estaria mais comigo. Eu não seria capaz de satisfazê-la
por tanto tempo.
— Desculpe —, Ryke mal pede desculpas, seu tom áspero nunca amolece.
— Eu só não quero ver outra menina ser pega na porra do fogo cruzado dos seus
problemas.

— Eu não vou machucá-la, ele só tem que pensar que eu poderia.
Ryke olha para mim por um longo momento. — Será que nosso pai lhe ensinou
isso?
— Sim —, eu digo. — Ele também me ensinou a entrar em um carro e dirigir a
porra de distância.
Ryke acena. — Fico feliz em saber que você ainda é um idiota, mesmo sem a
bebida. — Deve ser genético.
Ryke sorri para isso, e ambos subimos em seu Infinity. Eu não me sinto melhor
depois disso, porque eu nem me lembro de algumas das pessoas que eu chateei.
Eu me afoguei na maioria das vezes em uma névoa de uísque e bourbon. Eles
foram embora da minha mente para sempre.
























{3}

LILY CALLOWAY

— Isso é um interrogatório ou uma reunião? — Ryke pergunta asperamente. Ele


está relaxado em nossa marinha Queen Anne cadeira com uma carranca
profunda, manchas de suor que escorre através de sua camiseta da Penn Strack.
Existem apenas três pessoas que poderiam ter eventualmente derramado o meu
segredo. E o cara no topo da minha lista de suspeitos ainda tende a desmoronar.
Embora, muito pouco é preciso para fazer ele perder a calma.
E aqui ele se senta afiado, todas as linhas duras, seus olhos perpetuamente se
estreitaram e seu comportamento arrogante e autoconfiante. Ele conseguiu se
tornar uma parte da vida de Lo. Ele se infiltrou no nosso grupo, e ele nunca fez
um movimento para sair. Ele se preocupa tanto com seu irmão que ele está
disposto a suportar quase tudo ou ele está planejando mais, algo que poderia
derrubar todo o meu mundo.
Então é verdade que eu estive martelando Ryke com perguntas, e eu estou a um
passo de deixar cair a luz que brilha ofuscante no rosto e a sério cair na real. Mas
eu tenho o direito de surtar, minha vida está a segundos de ruir.
Lo passa a Ryke uma garrafa de água.
Eu atiro Lo um olhar de olhos arregalados, ele não deveria estar lhe dando
sustento até que tenhamos respostas. Essa poderia ter sido a nossa única moeda
de troca. — Quem disse que ele recebe água? — Eu deixo escapar.
Enrugando a testa como se eu tivesse perdido algumas células do cérebro. Ok,
então eu estou sendo irracional. Qual a novidade?

Ryke levanta a mão. — Eu sinto muito, mas há qualquer um e minha defesa para
a minha segurança aqui?
Lo ignora seu irmão e aperta minha mão, me puxando para o sofá. Minha perna
toca a sua, mas a proximidade não me acalma. Desde que eu li o texto, pânico
tem dominado a minha chance de ficar composta e sã.
Eu não quero agir assim, mas minha única outra maneira de lidar com situações
de alto estresse envolve clímax e tudo o que eu não estou autorizada a fazer.
Os saltos de Rose clicam no corredor. — Connor deve estar aqui a qualquer
minuto. — Ela se senta na namoradeira amarelo pálido ao lado do sofá, cruzando
os tornozelos. Em uma saia plissada preta e uma blusa de seda de colarinho alto,
ela parece ter muito mais classe do que qualquer outra pessoa na sala.
— Ótimo, então você pode direcionar o interrogatório para alguém—, diz Ryke,
me olhando com um pouquinho de desprezo. Mas no caso de Ryke Meadows, há
provavelmente uma pitada de amor lá, pelo menos eu espero que tenhamos feito
algum progresso enquanto Lo estava na reabilitação. Claro, tivemos três meses
duros, mas Lo sempre foi a nossa área em comum.
Mas se ele estiver por trás de algum plano maior para arruinar a minha vida e,
consequentemente, a de Lo, eu nunca vou perdoá-lo.
Lo passa a mão na minha perna inquieta, tentando acalmar meus nervos. — Eu
vou cuidar dele, Lil. Ele diz suavemente.
E o meu interrogatório é deixado de lado, Ryke lhe dá um olhar escuro, furtivo.
Eu já vi isso antes. É o tipo que você compartilha com alguém quando se tem um
segredo.
Eu suspiro. — Você já fez alguma coisa sem mim?
Lo balança a cabeça. — Não — Ele não pode encontrar meus olhos.
Eu bato em seu peito. — Você é um mentiroso mentindo, o que suponho seja
verdade.
— Bem —, ele destaca a palavra, — se o cara mantém mensagens de texto, nós
podemos ou não ser capaz de tirar Aaron Wells fora nossa lista de suspeitos.
— Podemos ou não podemos? —, Diz Rose. — Isso soa como nenhum
progresso.
— Eu fiz o que fiz, e não posso voltar atrás. — Sua voz é forte.
Tudo o que ouço é Aaron Wells, e eu sinto um frio. — O que você fez? Aaron
não é alguém que eu queira ver de novo. Rose resmunga algo baixinho que soa
como VÂNDALO.
— Acabei de falar com ele —, diz Lo.
Eu olho para Ryke verificando, é evidente que ele era uma parte dessa ação, o
que só me deixa mais nervosa.
— Sim, nós apenas conversamos —, diz Ryke. — Todos as mensagens de Aaron
foram excluídas, o que era suspeito.
Lo acena com a cabeça, concordando, e, em seguida, ele se inclina mais perto e
beija minha bochecha. — Tudo bem? —, Ele sussurra para mim.
Eu não acho que essa é a palavra certa, eu fico olhando para o tapete com um
olhar distante.
— E quanto a Ryke? — Rose pergunta. Ela está apertando uma pequena xícara
de chá entre os dedos. Ela me ofereceu um copo mais cedo, mas eu não aceitei,
eu não tenho certeza de que meu corpo pode lidar com a ingestão de qualquer
outra coisa hoje, eu já estou com medo.
— Não desta vez.
— Você sabe sobre o vício em sexo de Lily, você poderia ter dito a alguém.
Ryke olha fixamente. — Você também.
— Se liga, ela é minha irmã. Eu não estou indo apunhalar ela pelas costas.
— E ela é a namorada do meu irmão —, ele rebate. — Por que você não
concentrar a sua atenção no cara que poderia facilmente derramar esta
informação pela porra de um bom preço?
— Não se atreva. — Rose aponta um dedo de advertência para ele.
— Por quê? Connor entrou em cena por volta da mesma época que eu, ele
aprendeu soube sobre seu vício de sexo, no exato mesmo tempo que nós, e ele
tem mais a ganhar do que nós, e ele tem menos a perder.
— Ele me perderia —, Rose devolve.
Eu nunca quis acreditar que Connor poderia dar uma volta em mim assim. Eu
ainda iria cogitar este pensamento por mais do que um segundo. Ele é muito
gentil (à sua maneira). Mas Ryke... Lo examina seu irmão por um longo
momento.
— Talvez Rose tenha um ponto.
— O quê? —, Ryke se inclina para frente. — Você não pode estar falando sério.
— Você pode ser meu meio-irmão, mas você também é um mentiroso, eu acho
que nós estabelecemos isso no momento em que nos conhecemos.
— Oh vamos lá.
— Vamos voltar alguns meses, você entrou na minha vida, me disse que era
algum estudante querendo fazer um projeto falso de herdeiros de empresas de
um bilhão de dólares — Lily fez aumentar a mentira —, Ryke lança.
Eu fico de boca aberta, que maneira de me jogar para baixo! Mas eu vim para Lo
com isso esclarecido, então há apenas um pouco de vergonha.
Lo revira os olhos. — Seja como for, você sabia o tempo todo que eu era seu
irmão, e ainda assim, você nunca disse uma palavra a qualquer um de nós.
— Você tem que estar brincando comigo —, diz Ryke. Eles devem ter tido esse
argumento várias vezes enquanto Lo estava na reabilitação. Eu não tinha
permissão para visitá-lo, mas sob algumas orientações estranhas, Ryke tinha. Eu
estou um pouco confusa sobre como seu relacionamento tem se desenvolvido
desde que eu estive longe de Lo, mas claramente a amargura não se deteriorou.
Lo solta uma risada enlouquecida. — Eu sou o bastardo, eu despedacei o
casamento de seu pai quando eu nasci, você deve me odiar, eu iria me odiar. —
Ele dá um pequeno suspiro. — E então eu iria construir um elaborado plano para
me derrubar, peça por peça, começando com Lily. Então me perdoe se eu estou
tendo alguma dificuldade em confiar cento e dez por cento em você.
Eu não posso dizer se Ryke está com raiva ou chateado pela declaração de Lo,
mas eu sei que isso vai além da minha acusação boba, profunda mágoa preenche
as palavras de Lo.
— Sério? Mesmo depois de tudo que eu fiz enquanto você esteve na
reabilitação? —Ryke pergunta.
— Você quer dizer manter seu pênis longe da minha namorada. Sim, obrigado.
Meus olhos se irritam, gostaria de dar um empurrão em Lo para longe se sua
mão não estivesse pressionada com tanta força ao meu quadril.
Algo está errado, eu posso sentir isso, nós lidamos com o estresse de forma
diferente. Eu fodo e ele bebe. Agora que nós não podemos fazer nenhum dos
dois, estamos tentando aprender a lidar com isso de uma forma saudável. Tentar
é a palavra-chave aqui.
— Você sabe que não é isso —, Ryke nega.
— Certo.
Esta uma palavra que faz Ryke olhar mais furioso do que o que foi dito sobre o
passado de vinte anos, e eu acho que é isso. Ryke está prestes a levantar as mãos
e sair. Lo fica tenso ao meu lado, provavelmente esperando a mesma coisa, nós
afastamos as pessoas. É nisso que somos bons.
— Se eu quisesse te ferir através da criação de alguma trama elaborada, eu já
teria ferrado Lily, e eu com certeza não me incomodaria de o passar tempo com
você.

Quero confiar em Ryke, principalmente porque ele é o único da família que
apoia Lo, mas ele é um bom mentiroso como disse Lo. Ele até já me enganou.
Lo pisca seu sorriso amargo de costume, normalmente acompanhado com o
aumento de seu Bourbon, eu não posso imaginar onde seus pensamentos se
encontram.
Antes que eu possa sussurrar em seu ouvido perguntando, a porta se abre, e o
silêncio se instala como um peso.
Os sapatos de Connor batem na madeira, o barulho aumentando a tensão.
Ele aparece a partir do hall de entrada, com o cabelo castanho ondulado grosso
na moda, perfeito, como se ele estivesse pronto para um discurso no Congresso a
qualquer momento. Ele coloca seu celular em suas calças pretas, sua camisa
branca de botão com as mangas arregaçadas. De longe, ele inspeciona a postura
rígida de Ryke na cadeira Queen Anne e o aperto de morte de Lo no apoio do
braço do sofá.
— Eu perdi alguma coisa — Connor fala. — Foi bom? — Ele olha para Rose.
— Só se você desfrutar dos murmúrios inteligíveis de Neandertais. — Seu tom é
puro gelo.
— Boa, Rose —, Lo afirma categoricamente.
Mas Connor esfrega os lábios para não sorrir ainda mais, e quando Connor sorri
para minha irmã, eu me endireito instantaneamente e inclino para frente quando
os dois orbitando como estrelas estão prestes a se tocar e beijar. Eu quero estar
presente quando o fizerem.
Lo belisca meu quadril quando Connor pega um assento ao lado de Rose,
deslizando o braço ao longo da parte de trás da almofada atrás dela.
— Você é minha namorada —, Lo sussurra com voz rouca no meu ouvido, me
provocando para tomar o seu lado das coisas. Mas em um jogo de inteligência,
devo escolher a opção inteligente e ir com minha irmã, ou Connor. Lo é um
perdedor na batalha.
— Você é meu namorado —, eu digo o óbvio. Ele chega na borda mais perto, e
meu coração bate, seus lábios diretamente aqui. Beije-me. Beije-me. Beije-me.
Ele relaxa e volta.
Droga, eu gostaria de ter o poder do Professor Xavier, mas, novamente, eu não
quero forçar Lo para me beijar. Eu quero que ele queira tanto quanto eu.
Connor gesticula uma mão entre Ryke e Lo. — Estou sentindo tensão aqui.
— Lo estava apenas me agradecendo por não estar fodendo Lily —, diz Ryke.
— Exatamente — Lo responde, sua voz igualmente seca.
Connor nem sequer pisca. — Deve ser uma coisa de irmão. — Ele casualmente
se volta para Rose, sussurra algo em seu ouvido e pressiona um leve beijo em
sua bochecha. Eu não posso acreditar que eu estou com inveja de beijo agora,
mas eu realmente estou. Eu quero aquele beijo, não de Connor! Só para ficar
claro. De Lo. Eu quero o beijo de Lo, minhas bochechas coram apenas
acidentalmente pensando a coisa errada. Eita.
Você está bem? — Lo sussurra.
Eu aceno, me contorcendo um pouco e descanso minha bochecha na curva de
seu braço, segura. Seu corpo muscular diminui o meu corpo excessivamente
magro. Eu estou trabalhando em ser saudável também, só pele e osso não é uma
boa coisa de olhar.
Rose coloca as mãos no peito de Connor, impedindo que ele chegue mais perto.
— Uma coisa de irmão? O que está acontecendo aqui não é normal entre irmãos.
Você não vê Greg Brady agradecendo Peter para não ter relações sexuais com
Marsha.
— Não, porque isso seria incesto —, diz Connor.
Ela lhe atira um olhar. — Não é incestuoso porque Marsha é apenas a meia-irmã.

— Verdade —. Seus olhos voam para seus lábios e de volta para o seu olhar
afiado. — E eu estou surpreso que você usou a palavra 'normal', pensei que
tínhamos concordado na semana passada que é arbitrária e subjetiva demais para
ter qualquer mérito real.
Ela me dá um olhar como quem diz por que estou com ele novamente?
Eu sorrio e realmente quero dizer: Porque vocês são duas estrelas lerdas,
orbitando e destinadas a se a beijar. Mas o que não vai fazer sentido para
ninguém além de mim.
Rose e Connor tiveram ímpares três meses juntos, constantemente quebrando em
longos e intelectuais litígios como este e se reunindo apenas uma semana mais
tarde. Seu relacionamento é algo que não posso quantificar ou realmente
entender, eu acho que talvez você tenha que ter um QI mais elevado ou algo
assim. Mas eu adoro observá-los como Lo e faço desenhos animados japoneses.
Não podemos compreender o que estão dizendo, mas ainda é muito divertido
para sintonizar em todas as semanas.
Rose aponta um dedo bem cuidado em seu peito. — Você não pode
desconsiderar uma palavra inteira só porque você não acha que isso tem mérito,
Richard. — Oh, ela usou seu primeiro nome verdadeiro. — Você está
basicamente dizendo que todos os estudos sociológicos de Foucault não valiam
nada.
Minha cabeça dói de tentar ouvi-los, mas eu estou estranhamente encantada.
— Ei —, Lo corta batendo palmas. Os dois olham para nós como se tivéssemos
apenas aparecido na sala.
— Vocês dois podem discutir as pessoas normais e Faulkner mais tarde.
— Foucault —, Rose corrige.
— O que?
— É Foucault. Não Faulkner.
— Seja como for, eles começam com um F — Lo rebate. — Você sabe o que
mais começa com um F?
— Foda-se — Connor rebate. Ele também diz isso tão casualmente como se
estivesse tentando responder a uma questão acadêmica. Eu não posso me conter,
mas solto um sorriso.
Lo me pega sorrindo e me dá uma olhada. Eu pressiono meus lábios para tentar
conter, mas é muito duro e eu provavelmente pareço uma pateta. O canto de sua
boca estica, meu coração palpita porque pela primeira vez em três meses, eu
posso ver essas reações.
Ele me coloca para frente e coloca um leve beijo no meu nariz. Eu nem sequer
tenho que pedir um beijo para ele para fazer. Eu mordo meu lábio inferior,
tontura substituída por pensamentos perigosos. De mim puxando Lo para o
quarto, lhe jogando sobre o colchão, montando sua cintura e deslizando os dedos
sobre cada cume em seu abdômen. E, em seguida, seu meio-sorriso se
estendendo em todo o seu rosto, sorriso suficiente para iluminar o meu corpo.
Eu poderia murmurar alguma desculpa esfarrapada e deixar a reunião, mas
minha garganta aperta e culpa aparece, apesar de eu não ter dado um passo em
direção ao meu quarto ainda. Planejar os eventos me faz sentir como um
fracasso. Por que será?
— Você parece bem a propósito — Connor diz a Lo.
— Obrigado.
Esqueci-me que não se viam desde a restrição de Lo na reabilitação. Eu dou um
olhar de soslaio para Connor e o coloco em meu pedestal de suspeitos. Talvez
Ryke esteja certo. Em troca da informação sobre o meu vício em sexo, Connor
poderia subornar seu caminho em Wharton a pós-graduação de prestígio na Penn
onde ele pretende ir para um MBA.
Connor encontra o meu olhar, e sua testa arqueia como se ele soubesse que eu
estou o incriminando ilegalmente.
Ele pode ver através de mim.

Minhas bochechas coram, e eu imediatamente derrubo meus apressados


julgamentos. Não há nenhuma maneira que faria Connor me vender. Ele
encontra fraudes facilmente, e ele tem mais moral do que 99% do círculo social
de nossa família.
Assim resta Ryke. E Rose. Mas seria mais provável Rose queimar toda a sua
forma de linha fashion Calloway Couture do que me jogar para a mídia canibal.
E ela ama sua coleção como uma mãe a um bebê.
Lo deixa Connor ir livre tão rapidamente. — Queria contar a alguém? — Ele
pergunta.
— Ninguém, — ele diz com calma.
Lo coça a parte de trás do seu pescoço. — Passamos anos sem ninguém saber o
segredo de Lily, depois ela diz a vocês, e alguns meses após, está sendo
ameaçada sobre isso. Talvez eu tenha abandonado a faculdade, mas porra eu
posso juntar essas peças.
Connor olhar mais uma vez. — Você foi expulso da faculdade, mas é bom ouvir
que você pode assumir a responsabilidade.
De alguma forma, esse insulto não parecia tão ruim. É tudo verdade.
Penn chutou Lo para fora depois que ele parou de aparecer para a aula, e ele
poderia ter frequentado outra faculdade, mas decidiu em vez disso ir para a
reabilitação e trabalhar em ficar sóbrio.
Lo suspira pesadamente, frustrado, ele só quer respostas. Eu acho que todos nós
queremos.
— Você está deixando de fora uma parte— Connor diz a ele.
Lo fica tenso, e um pouco de esperança surge através de mim. Se alguém pode
descobrir este mistério, será Connor Cobalt, e o mais provável que Rose
também.
— Lily começou há pouco tempo, ver um terapeuta sexual especializado em
vício.
— Você acha que alguém a viu ir para o consultório? — Lo pergunta.

— É provável. Por que você não tentar rastrear o número?
— É desconhecido.
— E ai?
— Me desculpe, hackear números de telefone simplesmente não está no meu
repertório. E você Lily? — Ele olha para mim, e eu balanço minha cabeça.
— Não imagino como.
— Oh, não —, diz Connor rapidamente, — Eu sei que você não pode fazer algo
tão difícil. Eu só pensei que talvez você conhecesse alguém que poderia.
Ryke corta: — Você está realmente admitindo que você não pode fazer algo,
Cobalt? — Ele parece quase pronto para pular da cadeira e chamar a imprensa.
Oh espere, ele é a imprensa, talvez ele venha a escrever um artigo sobre isso
amanhã no The Philadelphia Chronicle e o chame de: — Connor Cobalt não
sabe Tudo!
— Não seja ridículo —, Connor diz, com sua cara de poker — Eu sei como
fazer, mas não vou, é ilegal.
Ryke revira os olhos e agarra a garrafa de água com mais força. Eu acho que
esse artigo não vai acontecer.
Rose toma um gole delicado de seu chá e diz: — Ainda é ilegal se você pagar
alguém para fazer isso por você.
— E se você for esperto sobre isso, não vai ser pego.
Aquela coisa que eu disse sobre Connor ser moral? Risca isso. Ele mascara suas
emoções tanto que eu não vi seus ardilosos caminhos. Ainda assim, eu não acho
que ele iria arriscar perder Rose para um assento da Wharton. Pelo menos, eu
espero que não.
— Lo e eu já discutimos sobre rastrear o número, — eu falo. — Todos os meus
contatos conhecem a minha família, meus pais podem começar a fazer perguntas
se eu contratar um investigador particular. — E todo o objetivo é mantê-los no
escuro tanto tempo quanto possível, eu estou pensando que para sempre é uma
boa quantidade de tempo.

Lo acena com a cabeça. — Também não quero envolver terceiros não confiáveis,
eu não quero estar ligado a eles.
Eu me animo quando eu penso em um exemplo. — Como um hacker que vive
no porão da casa de seus pais.
— Sim —, Lo diz. — Eu não vejo isso indo muito bem.
— Eu tenho um Investigador particular de confiança que eu posso contratar —,
diz Connor. — Isso não é um problema. Rose sorri em seu último gole de chá.
— Eu vou te pagar de volta —, eu digo a Connor.
— Eu prefiro favores.
Ok, isso soa sexual. Quando eu penso em favores, eu imagino boquetes.
Meu rosto imediatamente se aquece, e eu tento olhar para longe, mas todo
mundo já está olhando para mim, eu estou condenada.
— Lily! — Eu ouvi três vozes diferentes me punindo. Lo coloca um braço sobre
meu ombro e eu me contenho de esconder em seu bíceps. Eu não vou me
acovardar.
Eu aponto para Connor acusando. — Ele disse isso, não eu!
— Eu não estava falando de favores sexuais, — Connor contesta calmamente.
Eu aponto para o meu peito agora. — Viciada em sexo, aqui. Meu cérebro tem
uma configuração automática, eu não vou estar pensando em favores do partido.
Trazer à tona as palavras viciado e sexo era uma má ideia, e me arrependo disso,
logo que Ryke diz, — Falando de ser um viciado em sexo. — Eu poderia socá-
lo. — Como a sua recuperação vai funcionar agora que Lo está de volta? Vocês
dois estão autorizados a ter relações sexuais?
— É complicado —, murmuro. — E eu não acho que eu deveria estar discutindo
isso com você.
— Ela pode ter um pouco de sexo, — Lo esclarece, aparentemente
descomplicando isso.

Eu quero sumir um pouco.


— O que é um pouco de sexo? — Ryke pergunta. Ok, muito, quero sumir muito,
muito.
— Eu não posso falar sobre isso —, diz Lo evasivamente. Mas realmente ele
quer dizer: eu não posso falar sobre isso na frente de Lily, porque eu não tenho
nenhuma ideia do que "um pouco" que dizer. Vai me deixar maluca.
Eu também não gosto que Lo seja tão rápido para compartilhar detalhes íntimos
de nossas vidas privadas, mas eu acho que ele está tentando ser melhor sobre se
abrir. E deve ser mais fácil focalizar o meu vício que o seu.
— O que acontece se você começar a autorizar que ela faça? — Rose pergunta,
definindo sua xícara de chá sobre a mesa.
— Eu não vou —, Lo diz acrescentando com um olhar.
Eu gostaria de poder dominar o meu vício sozinha, mas meu terapeuta já
explicou que a abstinência não é a resposta uma vez que o sexo é uma parte
natural da vida, ao contrário do álcool. Uma pessoa pode viver para sempre sem
consumir bebidas, mas quase todo mundo faz sexo quando atinge certa idade. E
o sexo envolve duas pessoas.
Então eu tenho que aprender a ter uma vida sexual saudável com Lo em vez
daquele onde ele alimenta minhas compulsões. E eu posso trabalhar em ser mais
autoconfiante sem recorrer a masturbação.
Eu suspiro. É tudo tão complicado, tudo parece tão difícil.
— Isto não é o mesmo que Lily lhe dando um copo de uísque, Loren —, diz
Rose. — Todos nós vamos ser capazes de dizer se você beber, mas nenhum de
nós terá uma ideia se você está permitindo que ela faça. — Porque isso significa
que ele vai me deixar foder com ele exatamente como eu quero, quando eu
quero. Eu vou estar tão alta e tão cheia de Loren Hale que eu nunca vou querer
deixar o quarto e enfrentar a vida real.
Parece muito melhor do que deveria.

— Você não sabia que eu era um alcoólatra durante anos, — Lo refuta. —


Acredite em mim, você não vai saber se eu cair fora do vagão uma vez, isto é o
mesmo.
— Eu vou ser capaz de dizer —, diz Ryke.
— E eu — Connor acrescenta. — Eu não tinha ideia de que Lily era viciada em
sexo, mas não demorou mais de um dia para eu descobrir que você tinha um
problema com álcool.
Ryke coça o queixo duro como pedra. — Você sabia que ele era viciado, e você
bebeu cerveja com ele? Na verdade, eu vi você lhe comprando um grande tiro
em um bar.
— Ele é um amigo de verdade —, diz Lo com um sorriso amargo, eu juro que
ele diz essas coisas só para atingir as pessoas.
Ryke parece querer se levantar e bater na parte de trás de sua cabeça.
Rose gira em Connor, e ele não se acovarda sob seu olhar penetrante. — Você
sabia e você bebeu cerveja com ele?
— Eu só o conheci, eu não estava planejando revolucionar a sua vida.
— Quer dizer que você viu o que o fazia feliz, e você de bom grado seduziu ele
para ser seu amigo.
Lo corta, — Você está agindo como se ele tivesse me dado um tiro de heroína.
— Ele pode muito bem ter —, Ryke retruca.
Certo, quando é que esta reunião se tornou uma plataforma para conspirar contra
Connor?
— Apenas deixe isso ir, — Lo estala.
Connor fica quieto, e Rose não olha como se ela estivesse pronta para perdoá-lo
tão facilmente. Tenho certeza que eles vão ter uma discussão filosófica inteira
sobre isso mais tarde.
E, infelizmente, ela lembra a fonte de nosso argumento.
— Seu vício, Lo, não é o mesmo que o de Lily —, diz ela. — Quando você não
estava aqui, apoiando Lily era simples, agora que você está de volta, eu sinto que
você é a única pessoa autorizada a estar envolvido em seu processo de
recuperação. E o quão saudável isso é? Você acabou de sair da reabilitação.
Devo estar aqui para essa conversa? Ela parece além de mim, mesmo que eles
estejam falando sobre mim.
Sua voz suaviza consideravelmente, perdendo o frio de costume. — Eu não sei o
que você quer que eu faça, eu o namorado dela. Ela é uma viciada em sexo. É
claro que eu vou ser o mais envolvido em fazê-la saudável, eu sei o que você
está dizendo completamente. — Ele olha para Ryke e Connor. — Eu não posso
dizer que você confie em mim, não quando eu tenho vinte e um anos de ser uma
pessoa de merda na minha ficha. Mas essa situação é estranha, não convencional
e muito, muito fodida, e nós vamos ter que descobrir como lidar com isso.
Eu fico olhando para as minhas mãos, um pouco desconfortável, mas também
um pouco grata que eles não estão falando por atrás das minhas costas.
— Tudo que eu quero —, Rose diz a ele, — É que você não nos deixe de fora, se
você achar que está fazendo algo errado ou você não pode lidar com isso, não
apenas ignore. Você tem que dizer a alguém, e esse alguém não tem que ser eu.
Se você se sentir mais confortável falando com Ryke ou Connor ou até mesmo o
terapeuta, seja quem for, eu apenas não quero que Lily sofra porque você não
está conseguindo lidar.
Eu entendo seus medos, nos isolando por tanto tempo seria uma regressão
natural, eu nunca realmente pensei sobre isso abertamente.
— Eu prometo.
Ela parece um pouco surpresa com a facilidade com que ele cedeu.
— Nós dois queremos a mesma coisa, — Lo lembra ela.
Pela primeira vez Lo e Rose parecem concordar com alguma coisa, mas isso só
coloca uma quantidade insana de pressão sobre mim. Eles podem pensar que Lo
vai me permitir. Mas eu temo que eu vou estragar tudo por minha conta.




























{4}

LILY CALLOWAY

Ryke e Connor nos deixam depois de estabelecer um plano para rastrear a


mensagem. Connor vai chamar o seu investigador particular e, em seguida, o
resto de nós vai começar a fazer uma lista dos inimigos de Lo. Eu só espero que
eu não tenha que me ver na capa da People amanhã.
Lo já está na cama quando eu fecho a porta do banheiro. A lâmpada banha ele
em uma luz quente, e ele olha o conteúdo enquanto rabisca um diário. A
cabeceira parece tão nua sem seu copo de uísque.
Nós dois estamos passando por uma mudança monumental, e nós ainda não
discutimos nosso futuro ou nada de grave desde que ele está de volta. A
mensagem nos enviou imediatamente em uma pirueta.
Seu olhar se levanta do diário, e ele me estuda enquanto eu fico no meio da sala,
sem saber o que fazer. De volta à Penn, depois que nos tornamos um casal
oficial, eu dormia em sua cama quase todas as noites, mas nós não abraçamos.
Ele não sussurrava nada doce na minha orelha até que eu dormisse. Nós
fodíamos até que eu desmaiava, e depois ele terminava sua bebida e seguia o
exemplo.
Eu durei três meses sem sexo, mas eu também não o tinha aqui, na cama comigo.
O equivalente para Lo seria se aconchegar com uma garrafa de Jack Daniel's.
Abraçar o meu próprio vicio parece perigoso, mas eu não posso ser abstinente
para sempre. Eu tenho que descobrir como fazer isso da maneira certa.

— O que há de errado? —, Ele pergunta e fecha seu diário, a caneta marcando as
páginas.
— Nós não estamos fazendo sexo hoje à noite? — Eu pergunto pela terceira vez
hoje.
— Não, amor, não esta noite. — Eu tento deixar as palavras caírem de novo, mas
elas machucam e em troca meu peito aperta. Parece rejeição, mesmo que não
devesse. — Talvez eu deva dormir no sofá —, eu digo em voz baixa. — Até que
eu me acostume com você estando de volta. — Até que eu possa parar de pensar
em você dentro de mim.
— Eu posso lidar com você, Lil, eu não vou deixar você quebrar seus votos.
Meus votos. As quatro regras pessoais que eu estabeleci para mim mesma, ao
contrário da lista negra que meu terapeuta definiu para mim.
Sem pornô.
Sem masturbação.
Menos compulsividade durante o sexo. E nunca, nunca trair Loren Hale.
Como pode quatro tarefas simples podem me fazer sentir tão fora do meu
controle? Especialmente a terceira. Eu ouço ele dizendo, e eu faço. Mas em
algum lugar entre os lábios e os meus ouvidos, tudo distorce e minhas
inseguranças vencem.
— Eu posso ser muito persuasiva —, murmuro.
Seus lábios se elevam. — Eu acho que eu vou sobreviver.
— Você é um cara —, eu o lembro, como se isso mudasse tudo. Ele dá um
grande sorriso. — Isso, eu estou ciente.
Minhas ansiedades em picos, incapaz até mesmo de se deliciar com seu sorriso
sexy. — Mas se eu estiver no sofá, eu não vou ser tentada. E... e quando eu estou
na cama com você, eu sei que eu vou tentar fazer sexo, mesmo quando eu sei
que não deveria.
— Lily.

— E eu não quero ser fraca e implorar, mas é inevitável, certo? Você é como
meu crack.
— Lily.
— Isso sou eu: a menina patética, com tesão que pula em seu namorado e
continua a fazer quando ele diz não. — Eu suspiro. — Meu Deus, eu sou como
um estuprador, vou tentar estuprá-lo todas as noites.
Ele toca meu rosto e eu recuo para trás instantaneamente.
— Uau! Quando você chegou aqui? — Meu coração bate tão forte quanto um
tambor nas minhas orelhas.
Ele não se afasta, com as mãos em concha no meu rosto com ternura, os olhos
cheios de crua preocupação.
— Você conseguiu uma superpotência na reabilitação? —, Pergunto em voz
baixa, já sabendo a verdade, eu me assustei em um novo grau, nem mesmo
notando sair da cama.
— Sim —, ele sussurra, tão perto de mim agora. — Só não o que você pensa. —
Ele escova o meu rosto com o polegar. — Você está doente.
Eu puxo uma respiração tensa. As palavras de seus lábios são esmagamento da
alma, mesmo que elas sejam verdadeiras. Eu tento empurrar para longe, mas a
mão desliza para baixo na parte de trás do meu pescoço. A outra no meu ombro
mantém me enraizada aqui.
— Eu estou doente também —, ele diz, — e haverá momentos em que seremos
fracos, quando pediremos às coisas que não podemos ter. Mas, você não pode ter
medo Lil. Você não pode viver sua vida dormindo em um sofá por causa disto,
você só tem que acreditar que vai ser forte o suficiente no final. Mesmo se o
meio for todo fodido.
Nenhuma distorção das suas palavras neste momento. Eu entendo ele, eu fecho a
distância entre nós e enterro minha cabeça em seu peito.
Ele me agarra e beija o topo da minha cabeça. — E você não é um estuprador. —
Eu posso senti-lo sorrindo. — Você é minha namorada que não consegue
controlar suas compulsões.
— Eu gosto mais disso —, murmuro. Nós ainda ficamos um pouco abraçados, e
eu o deixo esfregar a parte de trás da minha cabeça até meu pulso baixar a um
ritmo moderado. Por que algo tão pequeno, como dormir em uma cama, tem que
ser tal desafio?
Me separo de seu corpo quente e subo na cama, deslizando por baixo dos lençóis
macios.
Ele me olha enquanto eu construo uma barricada de travesseiro entre meu lado e
o seu. Eu tenho certeza que vou destruí-la mais tarde. Eu olho para cima quando
eu termino. — Pare de sorrir —, digo a ele.
— Sem abraços?
— Não essa noite.
— Essa é a minha fala.
Me sento na metade do caminho quando ele guarda seu diário na gaveta do
criado mudo. — Você aprendeu muito na reabilitação, hein? — Uma parte de
mim pensa que eu perdi um segredo para vencer o vício. Lo parece saber mais
do que eu ou pelo menos seu nível de confiança é maior do que o meu. Mas eu
não poderia ir para a reabilitação, não sem expor o meu segredo para minha
família, e de qualquer maneira, terapia de grupo não soa como a via certa para
mim.
Agora que estamos em casa, Lo decidiu não participar das reuniões do AA.
Mesmo Ryke disse que ele não deveria ir para elas. Eu não entendo por que isso
acontece, e Lo não compartilha muito sobre sua recuperação, mas ele disse que
ainda vai ver seu terapeuta regularmente, um que vive em Nova York. Alguns
dias eu tenho que me beliscar para acreditar que ele foi para a reabilitação
apenas uma hora de Princeton. Eu estou feliz que eu não sabia, eu
provavelmente teria encontrado uma maneira de o ver quando eu não era
permitida.
— Aprendi bastante lá —, ele me diz deslizando as pernas debaixo das cobertas.
— E eu pretendo te ensinar tudo o que sei.
Eu sorrio, isso soa agradável. Eu deito de volta para baixo quando ele se inclina
e puxa o fio da lâmpada, cobrindo o quarto na escuridão.
Há algo revigorante sobre a calada da noite. Como que logo antes de ir dormir, a
sua mente pula acordada. Meus pensamentos inundam de uma vez. Entre as
mensagens ameaçadoras e eu mal passando com minhas notas em Princeton,
estou transbordando de ansiedade. Sem mencionar que com Lo de volta, seus
problemas parecem se tornar os meus. Ele está quebrado, desempregado e parou
a faculdade. Seu relacionamento com seu pai já era complicado, agora eu nem
sei se ele vai ter um algum.
Eu tenho mais problemas do que posso resolver em uma noite. Fechei os olhos,
disposta a ter o sono, mas ele permanece longe. Ótimo, eu consegui ir para a
cama, mas agora não consigo nem dormir.
Eu rolo para o meu lado e puxo para baixo o topo da pilha da minha barricada de
travesseiro. É o suficiente para ver o rosto de Lo, ele vira uma fração, e quando
os meus olhos se adaptaram à escuridão, eu posso vê-lo muito claramente. —
Você aprendeu algum truque para adormecer? —, eu sussurro.
— Não pense em nada.
— Isso é impossível.
— Em seguida, tente imaginar uma televisão distorcida.
— Você não se lembra do “O Chamado”? Se eu tentar isso, em seguida, uma
menina vai se arrastar para fora da TV imaginária e abater meu subconsciente.
Eu espero ele rir, mas sua voz fica séria. — Como é que você caía no sono
quando eu não estava aqui?
Eu ficava quieta. Ele mudou minha noite. Algumas foram gastas chorando
sozinha até dormir, outros eu me masturbava até que eu desmaiava. Quando eu
desisti da masturbação, eu levava horas para cochilar de forma adequada, e no
final eu me resignei a fantasiar para me distrair em um sono leve.
— Normalmente — eu acabo dizendo, mesmo que a palavra me faz lembrar do
argumento de Connor e Rose antes.
— Ele só me leva algum tempo, vou tentar o truque da televisão distorcida,
talvez não seja tão assustador.
Nós rolamos longe um do outro novamente, e eu fecho meus olhos. Eu não
posso imaginar a TV tempo suficiente para parar meus pensamentos, me lembro
de como é fácil adormecer depois de algum amor próprio. É a melhor pílula
natural no mundo.
Minha mão repousa sobre meu estômago, e eu abaixo meus dedos até que eu
tocar a borda do meu short de pijama.
O impulso me morde e se contorce na minha barriga, eu ouço aquela voz me
dizendo que tudo ficará bem. Que eu posso fazer desta vez e Lo não vai nem
saber. Eu furtivamente vou escorregar meus dedos em minha calcinha e apenas
esfregar meu clitóris até que tudo se pareça melhor. Vou gozar e depois
adormecer.
Os passos preparados por mim são tão fáceis de seguir, meus dedos deslizam
debaixo dos meus shorts de algodão e até o topo da minha calcinha. Eu deslizo
meus dedos para cima e para baixo fora deles, tentando ganhar coragem de ir
mais longe ou parar. Mas de alguma forma eu sempre permaneço no purgatório,
lutando por um lado ou o outro.
Isso está errado, eu sei que isso é errado.
— Lo —, eu digo baixinho, pensando que talvez ele ainda estará dormindo,
talvez seja o destino.
— Lil, você disse alguma coisa? —, ele sussurra de volta.
Não movo minha mão, inferno, eu nem sequer pisco, palavras caem na minha
cabeça como uma máquina de Bingo e eu não consigo conectar elas juntas para
formar frases.
Eu devo hesitar muito tempo porque ele liga as luzes, e meus olhos se fecham
rapidamente. Eu congelo, esperando que ele não vá notar nada debaixo das
cobertas. Ele não pode ver minha mão em meus shorts, afinal. Assim que ele
voltar a dormir, eu vou me impedir de ir mais longe, eu vou fazer isso direito. Eu
só não quero que ele ache que eu não conquistei nada enquanto ele estava fora,
eu era forte, caramba. Eu parei de olhar pornô, eu parei de me masturbar, e eu
nunca o trai. Mas ele só vai ver isso, e eu não posso corrigir as suposições de
imediato. Que eu não estou melhor do que eu era quando ele saiu.
Silêncio sangra em minha cabeça, e eu quase acho que conseguiu. E, em
seguida, o ar frio pinica minha pele, o cobertor deixando meu corpo, ah merda.
Meus olhos disparam abertos. Lo invadiu meu território, derrubando a barricada
de travesseiros e segurando meu cobertor. Seus olhos miram na minha metade
inferior, onde minha mão desaparece na minha bermuda. Isso não é bom.



















{5}

LOREN HALE

Aqui está a coisa sobre Lily Calloway. Ela está obcecada com masturbação. Não
é que eu não me masturbo para o sono vir ou me masturbo uma vez no chuveiro
para um tipo de auto prazer. Ela fode para chegar, e se isso significa a porra de
cada minuto do dia, em seguida, ela vai fazer.
Infelizmente, eu ainda facilitei seu hábito. Eu pensei que cada vídeo que eu
comprei fosse um pau a menos que ela iria montar. Menos risco de doença e
culpa, eu era tão estúpido.
Eu aperto seu pulso com força. Quando ela me disse que ela parou de se
masturbar por um mês inteiro, era difícil de acreditar. Eu a assisti se esconder em
um quarto por horas a fio só para agradar a si mesma.
Deixar de fumar parece ser a maior realização que ela já teve. Agora, eu não
tenho tanta certeza que é verdade, mesmo que Rose desse o aval para o seu
progresso.
Eu desloco lentamente a bainha de seu short de pijama. Meus ombros caem em
alivio. A palma da mão repousa sobre suas calcinhas. Talvez Rose estivesse
certa, talvez ela tenha parado de se masturbar, mas, obviamente, é mais difícil
para Lily quando eu estou aqui.
Eu sou sua droga, seu meio para ficar alta. Mas eu vejo a vida que ela vai levar
se eu estiver indo realmente e nunca voltando. Ela vai voltar para estranhos, para
o sexo com homens aleatórios. Ela pode até se aventurar no lado perigoso das
salas de bate-papo e viciados em sexo anônimo. Eu não posso deixar ela ir por
esse caminho.
Eu recupero sua mão e entrelaço seus dedos com os meus, não suavemente.
Minha mão espreme a dela como se ela estivesse balançando de um penhasco,
ela poderia muito bem estar.
— Eu não fiz nada —, ela se defende.
— Você ia, Lil. — Eu não sei se isso é verdade, mas é um medo que balança
meu coração tanto como a dela.
Ela puxa uma respiração. — Isto é muito difícil —, ela diz. — Eu sinto que eu
não posso escapar do meu vício, se eu estou com você, eu quero ter sexo com
você. Se eu estou sozinha, eu quero me foder. Nenhum lugar é seguro.
Cristo.
Minhas mãos deslizam para seus pulsos, e eu a puxo em meus braços. Nosso
abraço não é suave. Eu não sou um ursinho de pelúcia que as meninas podem
agarrar. Eu sou forte e duro, a coisa que suspende uma menina para a cama,
aquele que agarra fortemente e sussurra com voz rouca. Eu sou tão áspero do
lado de fora como eu sou sombrio por dentro.
Segurar Lily normalmente resolve os nossos problemas, mas ela luta comigo
neste momento. Batendo seus punhos minúsculos em meu peito com força,
tentando me afastar. — Você não me ouviu? —, ela diz, empurrando meu bíceps.
— Eu não consigo dormir ao seu lado.
Eu a mantenho em meus braços facilmente, meus músculos flexionando
enquanto eu envolvo em torno dela. — Lil, shh—, eu digo, meus lábios
encontrando seu ouvido.
— Eu não posso! —, ela grita, as lágrimas começando a transbordar.
— Lil, você pode —, eu sussurro profundamente. — Shh. — Eu bloqueio seus
braços juntos por um minuto, seu corpo preso entre as minhas pernas. Hoje à
noite será a mais difícil, eu me lembro, é confuso para ela. Ela quer estar
comigo, mas a minha simples presença tenta ela, eu não quero nunca que ela
acredite que estar sozinha, estar separados, é a solução.
Não é.
Ela precisa de mim tanto quanto eu preciso dela, nós apenas temos que encontrar
nosso equilíbrio nessa relação. E essa demora.
Ela fica inquieta, então eu rolo em cima dela, prendendo as pernas para baixo
com as minhas, como uma pequena armadilha. Ela parece sossegar, mas o peito
sobe e desce pesadamente, o medo nadando em seus olhos.
— Em quem você confia mais, em mim ou você? —, Pergunto.
— Você. — Ela nem sequer hesita.
— Então é assim que vai dormir.
Ela franze a testa. — Eu não tenho certeza se posso aguentar o seu peso.
Eu sorrio. É por isso que eu a amo, por isso que eu gosto do fato de que eu vou
acordar ao lado dela, meus braços em volta de seu corpo delicado, ela está
malditamente adorável. — Não, assim...
Eu escorrego Lily e facilmente reajusto. Eu a puxo para mais perto, e meu braço
mantém sua pequena cintura contra mim.
Nós estamos encaixados de costas para o meu peito. Agora, onde é que coloco a
porra mão? Acho que a mão direita enrolada debaixo de seu peito, e eu a levo no
meu. Então eu entrelaço os dedos com os dela, prendendo com determinada
força. Não vai mais se masturbar, Lil.
Estou prestes a instaurar oficialmente a nossa nova posição de dormir, mas sua
bunda pressiona com mais força contra o meu pau.
Ela está empurrando de volta, seja de propósito ou inconscientemente, eu não
tenho ideia. Ela ainda é bonitinha, mas não ajuda.
Eu me inclino para trás e agarro um pequeno travesseiro, e então eu o encosto
entre o meu pau e sua bunda. — Melhor?
— Depende de para quem você está perguntando Lily tesão ou Boa Lily?
Eu amo os dois, eu pressiono meus lábios em sua orelha. — Eu te amo.

—... Eu não tenho muito amor para mim no momento, — ela murmura em voz
baixa. Posso ver ela se encolhendo internamente, sua autoestima caindo mais e
mais com a culpa.
— Ei, eu estaria desmaiado já se eu tivesse que dormir na mesma cama com uma
garrafa de bebida, você está fazendo tudo certo. E isso é novo para nós dois, Lil,
vai haver muita tentativa e erro. Agora nós sabemos que temos que dormir
assim. Ok?
— Será que vamos ter relações sexuais na parte da manhã?—
A questão não me irrita. Ainda assim, eu não estou acostumado a dizer que não,
geralmente eu sou o primeiro a provocá-la até que ela esteja quente e
incomodada. Mas eu não posso fazer uma coisa maldita. Porque isso seria
propício.
Então eu digo: — Vamos ver.
Ela afunda de volta para mim, e aquele maldito travesseiro enquanto eu a vejo
cair no sono. Quando eu sei que ela está de forma segura nos braços de sono, eu
me permito o mesmo luxo.













{6}

LOREN HALE

Meu coração bate descontroladamente, meus músculos queimam e minhas


pernas pulsam, eu corro. Ao redor e ao redor. Não há fim.
Se eu parar, logo eu vou começar a gritar. Os tendões em minhas panturrilhas
tensos com cada passo na pista de cimento. E eu me concentro na minha
respiração, dentro e fora. Inalar, exalar. Um dois três…
Eu sempre fui bom em correr. Mesmo quando eu estraguei tudo, porra, eu fiz um
trabalho decente ao correr de imediato da polícia, de caras na escola preparatória
querendo esmagar o meu rosto, do meu pai e meus problemas.
A corrida me manteve vivo.
E se eu aprendi alguma coisa na reabilitação, são formas para se manter
ocupado. Mas meus pensamentos em conflito só me fazem querer beber. Mesmo
trazendo meu pai, faculdade, as mensagens de texto que ameaçam Lily porra,
meu peito entra em colapso, e eu apenas sei qual a solução que vai resolver tudo.
Uísque, Bourbon um vidro âmbar vai derreter toda a dor para longe.
Ontem, eu quase entrei num bar.
Eu perco o meu ritmo constante na pista, minha respiração vacilando. Um,
dois… sinto cada pé mais pesado do que antes. Eu quero ser leve como uma
pluma. Eu quero flutuar diretamente fora daqui. Mas eu fico pensando sobre
isso.
Um bar esfumaçado estava do outro lado da rua enquanto eu esperava Ryke me
pegar na terapia. Trânsito, táxis buzinando e mensageiros de bicicleta nunca me
impediram antes. Por que deveriam, então?
O pôster de Jack Daniel na janela da frente me chamou como uma sirene
apitando sua serenata na borda de uma doca.
E eu quase me afoguei no mar de Bourbon.
Estúpido, pequena foda.
Eu expirei profundamente, o que só aumentou meu ritmo novamente. Ryke corre
ao meu lado, e seus olhos piscam brevemente para mim. Ele propositalmente
diminui seu rápido passo. Agora, ele poderia correr voltas ao meu redor. Mas ele
escolhe estar aqui. Eu deveria estar feliz que ele quer trabalhar comigo, mas eu
odeio que ele não vai correr o mais longe que puder. Eu odeio que eu o estou
segurando de volta.
Eu quero gritar.
Então eu empurro com mais força, e eu corro à frente dele.
Não muito tempo depois, Ryke me alcança e em seguida, ele bate no meu ombro
e vira fora da pista do colegiado para as arquibancadas. Eu o sigo, tentando
evitar os outros atletas com camisas da Penn enquanto eles saltam para baixo das
pistas.
Eu provavelmente não deveria ter conduzido todo o caminho para Penn, para
correr a porra de um círculo com Ryke, vendo como eu fui expulso e ele não é a
minha pessoa favorita no momento. Eu não acredito que ele é o cara ameaçando
revelar o segredo de Lily para os tabloides. Há desconfiança em nosso
relacionamento com certeza, mas ele gasta muito tempo me levando à terapia e
saindo comigo sem ter algum motivo. Ele poderia me deixar andar sozinho em
Nova York e me dar folga apenas o suficiente para me enforcar.
Ele podia ser indiferente.
Mas Ryke Meadows é indiferente a muitas coisas, definitivamente eu não sou
uma delas.
Eu lhe dei um tempo duro sobre as mensagens de texto porque eu sou um idiota,
e uma grande parte de mim se ressente por coisas que eu mal posso processar.
Cada vez que eu tento entender sua infância onde ele sabia sobre mim e teve
contato com meu pai, minhas mãos tremem para um gole de algo forte.
Eu abro minha garrafa de água, e duas meninas nos abordam uma morena, a
outra loira. Ambos usam camisas de cross-country. Eu estou cercado por atletas
sendo Ryke agora um deles.
— Ei, Ryke —, diz a loira. — Quem é seu amigo? — Ela me olha de cima a
baixo.
Eu tento usar o desinteresse, bebendo minha água, mexendo minha bolsa de
ginástica, nada.
— Meu irmão —, diz Ryke tão facilmente. Eu mal posso admitir que ele é
metade meu irmão para Lily. Dizer que estamos relacionados é tão fácil para ele,
mas eu tenho que me lembrar que ele sabia sobre mim durante anos, e apenas
nunca expressou a verdade até três meses atrás.
— Oh sim, eu vejo a semelhança —, ela diz, seus olhos azuis cintilando entre
nós.
— Sim, nós ambos temos cabelo castanho —, eu digo. —Chocante, não é? Ela
poderia até mesmo ser nossa irmã pelo que eu sei. — Eu faço um gesto para a
morena pendurado ao lado da loira. Meu tom não está nem perto ser amigável.
E eu não posso parar, isto é como eu falo oi para as pessoas. Minhas maneiras
morreram em algum lugar ao redor do meu décimo primeiro aniversário.
A loira deixa escapar uma pequena risada, tentando explodir a minha grosseria.
Ryke coloca uma mão no meu ombro, e sussurra: — Me faça um favor e não
fale.
Se ele quer ficar com uma delas, por todos os meios, que fique. Eu não estou
2
indo para ser seu Wingman neste momento. Eu tenho uma garota me esperando
em casa. Eu verifico o meu relógio, sim, ela deve estar de volta da aula agora. Eu
prefiro estar lá do que aqui, eu prefiro estar segurando-a nos braços, mesmo que
eu tenha que lhe dizer não até o final do mesmo.
Ela é a única coisa boa na minha vida.

— Esta é Laura —, diz a loira, trazendo sua amiga em direção a Ryke. — Ela é
uma caloura, eu pensei em introduzir ela para o capitão da equipe de atletismo.
Ryke a verifica com um lento olhar. A menina é quase tão fina quanto Lily, mas
ela tem músculos em suas pernas e braços, eles são apenas magros como a
maioria dos corredores. — O que você está achando de Penn até agora? Ryke
pergunta.
A menina dá de ombros, deslocando seu peso de uma perna para outro. — Oh...
você sabe.
Ryke faz isso com as mulheres, eu tenho notado, ele as entorpece com o seu
domínio ou elas começam a cuspir linhas tortas que não fazem sentido.
Eu ainda tenho que ver uma garota que realmente pode se manter com ele.
— Que bom, hein? —, Diz Ryke, tentando ser legal, mas isso só faz com que seu
rosto fique vermelho.
— Tem sido bom. — Laura concorda.
Isto é apenas um pouco estranho e doloroso. Eu não posso ver a menina ser
debilitada nervosa por constrangimento. Ryke está lentamente descascando um
Band-Aid, eu vou arrancar a maldita coisa para ela.
3
— Ei, Laura, — eu digo. — Você e sua amiga estão na equipe de cross-country ,
certo?
Laura balança a cabeça novamente.
— Eu sou Maggie, — a loira diz, se animando agora que eu mostrei um
pouquinho de interesse.
— Oh grande —, eu digo. — Então, você e Laura não terão nenhum problema
em corridas desse jeito. — Eu aponto para o outro lado da pista.
O rosto de Maggie cai.
Eu pisco um sorriso. — Tchau.
— Babaca —, ela amaldiçoa. — Vamos Laura. — Ela pega a mão dela e dispara
a Ryke um olhar culpado por associação. Quando elas desaparecem, Ryke se vira
para mim com um olhar fixo.
— Desculpe —, eu digo secamente. — Eu não conseguia me lembrar quanto
tempo você me disse para manter minha boca fechada, isto a fez se abrir, eu não
poderia parar.
Ryke joga a toalha suada para a minha cara. Eu agarro e a arremesso de volta. —
Ei, a morena estava a dois segundos de desmaiar, eu fiz a você um favor.
Ryke balança a cabeça. — Você fez um favor a si, não finja que a insultar foi por
mim, eu sei seus motivos agora.
— Sim, e o que é isso?
— Isolar o máximo de pessoas possível, mande todos embora. — Ele fecha a
bolsa de ginástica. — Não vai acontecer comigo, nem mesmo se você for
diretamente para cada garota com que eu entre em contato.
Eu toco meu peito. — Você iria se abster de sexo apenas para ser meu irmão?
Uau, isso é generoso Ryke. — Meu humor seco mal escurece os olhos, estou à
procura de uma reação diferente, que venha com um soco no rosto, mas Ryke
nunca vai lá, mesmo se ele quiser.
— Eu sou seu irmão mais velho, não importa a maneira — ele refuta. — Veja
isso através de sua maldita cabeça e talvez eu não tenha que repetir todo o
maldito tempo.
— Você pode dizer isso de novo? Eu não conseguia ouvir você —, eu observo
sarcasticamente.
Ele revira os olhos, e então nós dois realmente compartilhamos um sorriso. Eu
verifico meu relógio inconscientemente.
— Ela está bem, — Ryke me assegura.
— Olha, você pode fingir que sabe tudo sobre mim, mas você não consegue
entender Lily da maneira como eu faço.
Eu a assisti chorar e tremer no banheiro porque ela ansiava por sexo, e ela não
poderia tê-lo.
E ela não se voltaria para me pedir ajuda naquela época, agora que estamos
juntos, eu deveria ter o poder de levá-la da dor, mas eu não tenho. Porque ela
está tentando controlar esses impulsos, e então eu estou de volta onde eu
comecei observando a agitação, observando seus olhos aumentarem grandes e
arregalados, implorando por algo mais, e eu tenho que lhe negar esse prazer. De
novo, e de novo.
—Você esquece que eu estava aqui, enquanto você estava na reabilitação —, diz
Ryke. — Eu a vi em uma recaída
Não, eu nunca me esqueço disso. — Ótimo.
— Você preferia estar lá com ela, eu sei disso, mas Rose não disse a você —
— Eu entendo— eu devolvo. Nosso relacionamento precisa de espaço para
respirar como Rose tão incisivamente colocou outro dia. Estou tentando dar Lily
mais espaço, eu estou fazendo um esforço consciente para mudar a nossa relação
co-dependente.
Isso não significa que não me suga caralho.
Mas eu não tenho nenhum outro lugar para ir, só aqui mesmo. Não há outros
convites de amigos (eu não tenho nenhum) ou família (meu pai praticamente me
deserdou), sem emprego, nenhuma escola. Eu sou um inútil pedaço de merda, eu
faço uma careta e transformo isso em um meio sorriso, balançando a cabeça. Eu
engulo metade da minha água para afogar estes estúpidos pensamentos.
4
— Você já começou a tomar Antabuse ? — Ryke pergunta.
Os médicos da reabilitação me receitaram um medicamento para a minha
recuperação, e eu esqueci que disse Ryke sobre isso. Se eu beber com os
remédios, eu vou ter dores de estômago e náuseas. É suposto impedir alcoólatras
de cair fora do vagão. E mesmo que eu tenha decidido não participar das
reuniões do AA, eu ainda preciso seguir os passos certos para ficar saudável.
Eu não contei isso a Lily, por que eu não estou indo para o AA. A razão vai fazer
ela pensar que eu sou ainda mais fodido, eu sou uma pessoa difícil de se estar ao
redor, e quando eu estava na reabilitação, eu empurrei dois viciados em
recuperação para beber e quebrar sua curta sobriedade.
Eu sempre digo as coisas erradas.
E a com docilidade a administração me proibiu de ir a reuniões de grupo, porque
eu estava "adversamente afetando meus colegas." Eles também altamente
recomendaram que eu não assistisse às reuniões do AA com medo de que eu
seria o mesmo idiota lá.
Ryke concordou com eles. Então aqui estou.
— Eu não tomei ainda — Eu digo a Ryke. — Acho que vou começar amanhã. —
As histórias de horror que eu ouvi sobre as pessoas se tornando violentamente
doentes a partir de um só gole de cerveja. Eu queria ter um par de dias sem
sufocar no medo antes de começar.
— Você deve tomar agora, você tem isso com você? — Ryke pergunta. Ele é
uma porra de um empurrador.
— Não —, eu rebato. Ele não me escuta, já abrindo minha bolsa e remexendo
— O que é este, TSA? Deixe minha merda sozinha, Ryke. — Ele encontra o
zíper no interior facilmente e segura uma garrafa laranja, suas sobrancelhas
sobem acusadoras.
Meus dentes doem quando eu mordo apertando. — Uau, você achou meu frasco
de comprimido. Parabéns. Agora coloque de volta.
Espero ele gritar comigo por ter mentido, me preparo para o ataque verbal com
os olhos apertados, pronto para combater ou esbravejar a distância.
Mas ele não fala nada, em vez disso, ele abre a garrafa e tira um comprimido na
palma da mão. — Pegue — ele diz mais ou menos. — Se você está esperando
que você mesmo vá foder isso, então você pode muito bem estragar enquanto
está com ele, tenho certeza que vomitar a noite toda depois de uma dose de
uísque vai te fazer bem.
Ele tem razão.

Eu odeio que ele esteja certo.
Eu tomo a pílula dele e a tomo com um pouco de água, isso parece oficial, como
é, sem álcool, para sempre.
Para sempre. Deus.
Eu tenho um súbito impulso de correr para o banheiro e enfiar o meu dedo na
minha garganta. De alguma forma, meus Nikes pesam para baixo na grama
aparada, e eu aperto minha garrafa de água enquanto eu tomo outro grande gole.
Ryke começa a alongar, puxando seu braço sobre o peito. —Você falou com
Jonathan?
— Não—. Eu deixo por isso mesmo, não querendo ser sondado sobre o meu pai,
ninguém entende o meu relacionamento com ele, não Lily e definitivamente não
Ryke.
E é mais complicado do que apenas ódio e antipatia. É o que impulsiona minha
mente selvagem, é o que me faz querer seriamente chutar a porra da
arquibancada e tomar uma cerveja. Mas eu me lembro de Lily, e imediatamente
me digo não. Sem álcool, sempre. Uma memória tem me mantido de castigo,
surdo por um tempo, para quaisquer argumentos convincentes do diabo em meu
ombro, é o que me impediu de ir para o bar ontem.
Na minha memória nebulosa, eu acordo, vidrado e meio delirante com as
pessoas na minha cozinha. Rose, Connor e Ryke acampados na minha sala como
a gangue do Scooby. E os três me contando os eventos da noite como se eu nem
estivesse lá. Meu corpo estava, mas minha cabeça estava flutuando em outra
dimensão.
E Ryke era o único que poderia digerir as palavras. — Você desmaiou porra,
enquanto um cara atacava Lily.
E "ataque" era um eufemismo, algo poderia ter acontecido naquela noite, mas
isso não aconteceu.
Ryke e Connor pararam o cara, quando deveria ter sido eu. Toda a minha vida,
eu tinha uma porra de emprego, proteger Lily. Certifique-se de seu vício não
obtenha o melhor dela, certifique-se de que ela não conseguirá ser ferida. Ela fez
o mesmo para mim, e eu falhei com ela, em algum lugar abaixo da linha, eu fodi
tudo.
Nunca mais.
Ryke alonga os braços, enquanto como no inferno, e eu me lembro o que ele me
perguntou. Você falou com Jonathan?
— Eu disse que não — eu digo mais uma vez, como se a resposta não estivesse
registrando em sua cabeça.
—Não, é isso? — Ryke quer mais, todo mundo quer mais. Mas eu sinto que eu
estou dando tudo que tenho.
— Eu pensei que era uma pergunta, sim ou não, o que mais além disso? — Uma
grande quantidade, mas nada que eu possa suportar dizer em voz alta. Meu pai
deixou algumas mensagens no meu telefone na semana passada.
Eu quero almoçar com você, Loren.
Nós precisamos conversar.
Não me empurre para fora de sua vida por algo estúpido.
Me ligue de volta.
Eu o ignorei até agora, mas eu não posso para sempre. Haverá um momento em
que eu vou ter que enfrentar meu pai, isto não será por dinheiro, mas a sedução
de um folheto estará sempre lá, porque isso é tão fodidamente fácil.
Beber, isso é fácil, tomar o seu dinheiro, isso é mais fácil.
As coisas difíceis são as coisas certas, eu aprendi, mas eu não sou Connor Cobalt
- construído com a capacidade infalível para ir a uma milha extra, para fazer um
trabalho extra. Eu sou o tipo de cara sempre para a curto prazo.
Mas eu tenho um plano para algum dinheiro, o único problema é que envolve
uma conversa com Rose Calloway.
— Ele vai tentar comprar você de volta —, Ryke me diz. — Isso é a merda que
ele faz, e você vai ter que dizer não, ele é a porra do seu gatilho, Lo. Você não
deve ficar perto dele enquanto você está se recuperando.
— Eu vou manter isso em mente —, eu digo, carregando minha bolsa por cima
do meu ombro. A maioria dos dias, eu me arrependo de ter pedindo a Ryke para
ser meu padrinho. Mesmo que ele seja muito bom nisso. Desencadeando ou não,
Jonathan Hale é o meu pai. Ryke não o entende do jeito que eu faço.
Ele não é de todo ruim.























{7}

LILY CALLOWAY

Minha nota do meu segundo teste voltou na semana passada, e foi um grande e
5
gordo F, eu sabia que a transferência de uma Ivy League para outra Ivy League,
não era a cura para as minhas notas ruins, mas eu não esperava que Princeton iria
chutar a minha bunda preguiçosa no processo. Rose se levantou e correu ao
redor do mesmo campus que eu, e eu deveria estar mais motivada. Além disso,
minhas horas já não são desperdiçadas em pornô e masturbação. Mas eu não
previ que meu tempo seria consumido pela terapia em Nova York e tentando
reconstruir meu relacionamento com minhas irmãs. Ficar saudável e fazer
reparações rouba quase tanto tempo quanto chafurdar no meu próprio vício.
Eu tenho tantos problemas para lidar que a escola é a última coisa em minha
mente, enquanto deveria provavelmente ser a primeira. Lo pode estar de volta,
mas o tempo não estaciona para nós, e não posso deixar minhas aulas em
Princeton também. Eu já estou muito atrasada nisso.
Que é o porquê de um tutor estar sentado ao meu lado, embora ele não está
fazendo muita "tutoria".
Durante os últimos trinta minutos, eu o assisti navegar no Instagram na página
do Rich Kids e em um site que eu boicoto e acho revoltante. Eu o cutuco para
me ajudar duas vezes, e ele aponta para o meu livro. "Faça outro problema ", ele
diz sem tirar os olhos de seu telefone.
Tenho saudades dos dias em que Connor Cobalt me dava cento e dez por cento
6
de sua atenção na tutoria, mesmo indo tão longe como me fazendo flashcards .
Sebastian Ross pode apenas ser o pior tutor vivo.
Ele invade o meu espaço pessoal, e por um segundo eu acho que ele pode
realmente estar me mostrando como fazer um problema de estatística. Ele mete o
telefone debaixo do meu nariz. — De qual relógio você gosta mais? — Ele
estende o pulso e prendê-lo pela tela, a banda de ouro e as engenhocas tão
complexas que meus olhos doem. O da imagem não é simples, um adolescente
está fora de sua mansão de tijolos cinza, exibindo o pulso enquanto ele se
prepara para guardar.
—Nenhum.
—Me divirta.
Diverti-lo? Que tal me divertir! Eu sou a única que deveria estar sendo divertida
por números e palavras.
Connor saberia como fazer estudo com divertimento. Eu tento não olhar. — Eu
gosto do meu relógio.
Uma sobrancelha de Sebastian se arqueia, tão bajulador e estilista que eu tenho
que lhe dar adereços para dominar a técnica. Ele agarra meu pulso para
inspecionar o relógio, ele bufa. — Você está usando um brinquedo. — Ele bate
na tampa de plástico, quase fazendo com que os ponteiros do relógio parem. —
Ei—, eu digo, retraindo o meu braço e agarrando meu pulso para o meu peito. —
Isso é Wolverine, você sabe. — A banda amarela e azul das fivelas no meu
pulso, e o herói dos X-Men impresso no interior do relógio.
Ele parece levemente interessado agora. — É um item de colecionador?
—…talvez.
Ele restringe a vontade de revirar os olhos. — Onde você conseguiu isso? —, ele
pergunta. —Em uma seção da Target?
Minhas bochechas coram mesmo que não devessem. — Não —, eu respondo.
— Lo ganhou de uma máquina de venda automática, você sabe, aquelas em que
você coloca vinte e cinco centavos e ele deixa cair a pequena coisa como um
ovo. — Tivemos setenta e cinco por cento de chance de conseguir qualquer
Superman ou Batman, então quando Wolverine bateu para fora, parecia destino.
Fomos facilmente entretidos.
Sebastian faz uma careta, ele tem uma boa cara de nojo também. — Você tocou
nessas coisas? — Ele retorna para seu telefone. —Às vezes eu me pergunto
como você está ligada com a sua irmã.
Às vezes me pergunto por que ela tem amigos como você
Eu trocaria Sebastian por um modelo melhor, mas não quando Rose perguntou a
ele, seu melhor amigo para ser meu tutor. Antes de Connor entrar em cena,
Sebastian acompanhou Rose para cada função social docemente de braços
dados.
Ele se inclina para trás na cadeira, vestindo calça cáqui, um blazer e óculos com
armação de largura fina. Eu tenho uma suspeita de que ele só usa óculos para
mostrar, não porque precisa. E seu cabelo loiro mel é penteado ordenadamente e
dividido de lado, bem cuidado e com estilo.
Mesmo se ele não tomar seu tempo para se arrumar, Sebastian é o tipo de pessoa
que nasceu para ser bonita.
Normalmente eu seria tentada, mas eu tenho Loren Hale. E Sebastian é gay.
Portanto.
Quando ele bufa em voz alta, eu pego um vislumbre de sua tela. Há a imagem de
um cara sentado em uma banheira de água quente em um iate de milhões de
dólares, cercado por garrafas de champanhe caro.
Agora eu rolo meus olhos, eu realmente quero pegar o telefone de sua mão e
jogar pela sala.
— Você ainda tem aulas de Estat? —, pergunto.
— Estatística.
— O que?

— É chamado estatísssstica—, diz ele, sibilando o "s" para mais ênfase. — Não
Estat. — Seu olhar permanece firme no seu telefone estúpido.
— Você já teve estatísssstica, — Eu assobio para trás.
— Sim, é uma exigência de nível para grau de negócios em Princeton—, ele diz
bruscamente.
— Obviamente Penn tem padrões diferentes.
Ser insultada por meu tutor não é uma coisa nova para mim, mas eu não estou
tomando seus golpes facilmente. Talvez porque ele parece mais interessado em
fotos de garotos ricos mostrando suas Ferrari e beberrões de champanhe.
—Sabe, Rose afirmou que você é uma espécie de tutor figurão, tutor do campus
e que você ainda tem uma lista de espera, — eu rebato.
—Eu sou, e eu tenho.
—As pessoas realmente te pagam para ignorá-los? — Eu fecho meu livro.
Conheço Sebastian desde que eu tinha dez anos, mas eu passei mais tempo na
residência Hale do que na minha própria, por isso sei que ele é realmente motivo
de debate. Ele sempre está em aparições, especialmente de roupas (como um
designer de moda, Rose valorizando a um amigo), e sua ostentação não é nada
novo.
Mas eu não sabia que ele era um babaca raivoso.
Ele está realmente olhando para mim neste momento. — Eles me pagam por
outras coisas.
Como coisas sexuais? Eu franzo a testa. Não, isso não pode estar certo. Pode?
Ele vê minhas sobrancelhas franzidas em confusão.
— Eu tenho uma lista de espera —, ele diz, — mas não para a tutoria.
O que esclarece nada, um Sebastian nu aparece na minha cabeça, propondo sexo
como um gigolô. Eu retenho o impulso de perguntar se ele é um garoto de
programa. Embora ele esteja lá, ameaçando deixar escapar.
— Então ... o quê? — Murmuro. Uau tive um monte de autocontrole.
Sua perna cai e ele se inclina para pegar sua pasta de couro. E se ele vende
brinquedos sexuais? Ok, duvidoso, mas ele iria pular dez pontos em simpatia
para mim.
Ele puxa algo pesado para fora e põe no meu livro antes de fechar sua pasta.
Estes não são dildos ou vibradores ou bolas Ben Wa.
É papel, pilhas de papel grampeado com marcas vermelhas ao longo da margem.
Eles são exames antigos.
Este é um daqueles momentos em que alguém lhe entrega um conjunto e você
tem que fazer uma escolha se quer passar ou tomar um ar.
— Isso não é um engano? — Eu pergunto, não tocando os papéis sobre meu
colo, pegar apenas pode me corromper.
Sebastian desliza um maço de cigarros do bolso e dá um tapa na embalagem
exterior na palma da mão. — Não rabisque as respostas em sua mão —, diz ele.
— Memorize, isso não pode ser muito difícil para você, é?
Ele gira um cigarro entre dois dedos.
— Rose não vai gostar se você fumar aqui.
Sebastian arqueia uma sobrancelha novamente e me dá um olhar de — Eu
conheço Rose melhor do que você — e acende o cigarro.
Bem. Rose vai fazer um trabalho melhor em repreendê-lo de qualquer maneira.
Eu folheio os exames antigos, a maioria marcado com um A. — E se as
perguntas forem diferentes?
— Você tem o Dr. Harris —, diz Sebastian. — Ele sempre recicla as perguntas
dos testes, apenas se certifique de memorizar todas elas.
Eu passo meu polegar através da pilha. — Deve haver cinquenta exames aqui.
— Como posso memorizar todos eles?
—Eles datam de dez anos. Então sim, há um monte.
Eu hesitaria em usá-los como uma ferramenta de estudo, mesmo que não seja um
engano total. — E você não pode realmente me ensinar? —
Ele sopra uma linha de fumaça em direção ao teto. —Você não deixou apenas de
pontuar nos seus dois primeiros exames, Lily, você bombou. A maioria dos
alunos estaria chorando em um canto, e se eles me tivessem como um recurso,
eles estariam montando meu...
— Ok —, eu o interrompi. E, em seguida, percebi que soava como se eu
realmente quisesse montar ... — Quero dizer, não importa. — Eu balancei minha
cabeça, minha testa ardendo para baixo.
Ele veste um sorriso torto enquanto coloca o cigarro aos lábios. — Para passar a
classe, você tem que tirar um A nos dois últimos testes e na final, eu não sou um
fazedor de milagres.
— Connor Cobalt é, — murmuro sob a minha respiração.
Ele deve ter ouvido, porque diz, — Connor pensa que ele mija um arco-íris, mas
ele não é tão bom, e ele definitivamente não é melhor do que eu. — Ele se
inclina para frente e bate cinzas no meu copo plástico cheio de Fizz Life, uma
nova soda, zero calorias e sem açúcar. Eu fico olhando para a bebida suja por um
longo tempo, tentando processar o que ele fez.
Mas quando eu volto o olhar, eu o vejo batendo mais cinzas no vaso de
porcelana que um amigo trouxe de Praga para Rose.
— Rose vai esfolar você vivo.
Ele sorri aquele sorriso bajulador novamente. — Ela só rosna.
Eu não tenho tanta certeza sobre isso, quando éramos crianças em um resort na
praia, ela viu um menino sardento mexendo com uma menina perto de uma
lâmina de água. Ele chamava a jovem menina apontando para ela. Rose interveio
e escolheu usar uma linguagem que faria crianças de oito anos corar. Quando o
menino gorducho não respondeu como ela esperava, ela agarrou suas boias de
nadar e as puxou até os tornozelos.
Depois disso, eu estava feliz por ter a minha irmã ao meu lado, eu nunca quis
contrariá-la. E assim enquanto eu penso sobre essa história, eu percebo que ela
me mataria se ela soubesse que eu estava no mesmo tipo de trapaça.
Mas o que é pior, ouvir sua ira depois que eu usar os testes ou ver sua decepção
por estar fora de Princeton? Decepção pode me prejudicar. Assim, o primeiro é
definitivamente mais atraente.
— Olha, Lily —, diz Sebastian. — A faculdade é tudo sobre bater o sistema, e as
pessoas mais inteligentes são os que descobrem isso, você quer ser inteligente,
não é?
Pela primeira vez em muito tempo, eu tenho uma chance de lutar para fazer bem.
— Ok.
— Então você mantenha aqueles testes e os memorize, tenho cópias deles, é
claro. — Ele se levanta e abotoa seu blazer azul marinho, vagueando ao redor da
sala, entediado. — E isso não deve ser mencionado para Rose, eu a amo, mas ela
é totalmente moral para uma falha. É uma espécie irritante, na verdade.
Eu ignoro sua última declaração, eu não posso acreditar que eu tenha que mentir
para Rose, mas este parece ser o caminho certo. Eu não posso falhar em mais
matérias, ou vou estar na faculdade até que eu tenha quarenta.
Eu coloco os exames antigos ao lado de uma pilha alta de revistas sobre a mesa
de café. Saí esta manhã e comprei cada revista de fofocas no posto de gasolina.
Eu procurei pela minha imagem, qualquer artigo, qualquer breve menção do meu
vício. Rose ainda procurou através dos posts de jornais e on-line, mas ambos
vieram em branco. Ou o chantagista parou ou ele está esperando por um outro
momento oportuno para atacar.
Nós nem sequer sabemos o que ele quer ainda. Ele simplesmente continua
ameaçando.
— Então... — Eu paro, enquanto eu assisto Sebastian pegar a bailarina de
porcelana sobre a lareira, verificando a parte inferior para o designer ou a
autenticidade. — Se Rose acredita que você é na verdade meu tutor, o que eu
digo a ela quando você não estiver aqui na quinta-feira?
— Eu vou estar aqui, fingindo, posso até trazer exames mais velhos para as suas
outras matérias. — Ele coloca a estatueta para baixo. —Você os copia, ou eu vou
fazer da sua vida um inferno. — Sua voz blasé faz o aviso pior, de alguma
forma.
Meus telefones apitam e eu buscá-lo para verificar a mensagem, o som é
suficiente para atrair o interesse de Sebastian e trazê-lo ao meu lado novamente.
Rose está em casa? - Connor
Ainda não. Eu escrevo de volta.
Sebastian pega a conversa sobre o meu ombro, ele coloca o cigarro nos lábios, à
espera da resposta, mas não há nenhuma. Estou prestes a colocar meu telefone
no meu bolso, mas Sebastian diz, — Me dê aqui — E ele rouba o celular da
minha mão.
Eu deveria protestar e entrar em uma luta, mas seu eu vou tornar sua vida um
inferno, está vivo tocando na minha cabeça. Ele é meio assustador.
Sebastian rapidamente envia, Por que você quer saber? Ele é muito curioso,
intrometido e entediado.
Eu deixei algo no portão, eu queria apenas saber se ela já viu. – Connor
Sebastian bufa. — Isso é apenas triste.
Eu franzo a testa. — Por quê? Ele lhe comprou algo — Os presentes são doces,
não triste.
— Ele está tentando reconquistá-la —, diz Sebastian. — Eles tiveram uma briga,
e ele quer ver se seu presente a tinha animado.
— Seja pelo o que for que eles estão brigando, ela vai perdoá-lo ao longo do
tempo —, eu digo com um aceno de cabeça.
Sebastian joga meu telefone de volta. — Não, ela não vai.
— Você não pode saber disso —, eu digo defendendo um casal que eu acho
destinados e bonito. Eles se pertencem, um conjunto como a forma, como os
livros se encaixam em uma biblioteca. Quando eu precisei de ajuda, ambos
dedicaram horas à pesquisa sobre vício em sexo. Connor mesmo, escoltou Rose
para terapeutas, e eles fingiram que eram Lo e eu, para me encontrar um
perfeito. Quem faria isso, a não ser as pessoas que me amam e pessoas que se
amam?
Ele está de pé. — Ela ouve o meu conselho desde que éramos crianças, ela vai
perceber que estou certo sobre Connor, e ela vai jogá-lo de lado como se faz com
todos a curto prazo.
Eu olho. — Isso é o namorado dela. — Connor não é uma aventura. Este é o
primeiro relacionamento real de Rose. Sebastian deveria querer que ela fosse
feliz.
— E eu não gosto dele —, ele simplesmente diz. Sebastian é egocêntrico e
egoísta. Eu suponho que Connor tomou o seu lugar na vida de Rose, Sebastian
não consegue ir a todas as pródigas festas promovidas pelos Calloways e
colegas. Ela traz Connor agora.
— O relacionamento deles não é sobre o que você quer —, eu digo.
Sebastian abandona o cigarro em uma revista. — Rose é minha melhor amiga,
eu só a estou salvando do desgosto.
Ele acende outro, mas suas palavras soam incrivelmente falsas, eu não acredito
nem um pouco.
— Por que você está me contando isso? — Eu pergunto, cruzando os braços, eu
quero avisar a Connor sobre a determinação de Sebastian para separá-los.
Inferno, eu vou dizer a Rose que amigo horrível ela tem, e ela acreditaria em
mim, eu sou sua irmã.
— Você não pode dizer uma palavra —, ele diz com naturalidade.
— Sim eu posso.

Ele balança a cabeça, batendo as cinzas no tapete. — Não, você não pode. — Ele
acena para a pilha de artigos sobre o meu livro. — Rose não tolerará suas novas
táticas de estudo, e Connor Cobalt ficaria ainda mais descontente. — Ele traga o
cigarro.
Ah Merda.
Ele está me prendendo tão rapidamente, eu caio para trás, sem fôlego, como se
ele me girasse através de uma lavagem de máquina.
Eu não posso dizer a minha irmã que seu amigo está pensando em arruinar sua
vida, eu deveria fazer a coisa certa e vir limpa, não ser um ser humano horrível.
Mas eu preciso desses testes.
E Rose pode cuidar de si mesma, ela é a garota mais forte que conheço.
Mas, enquanto Sebastian segura a estatueta de bailarina em sua mão, eu me
pergunto como ela tem sido cega por alguém como ele durante todos esses anos,
e isso pode acontecer novamente.
Minha única esperança reside em Connor.
Ele vai ter que frustrar os planos de Sebastian, ele vai ter que provar a Rose que
ele é o melhor homem para ela. Eu não posso avisá-lo, mas se eu tivesse que
colocar dinheiro em um jogo entre estes dois, eu sempre vou apostar em Connor
Cobalt.







{8}

LOREN HALE
Depois de passar o almoço com o meu irmão, eu acabo no Escalade de Rose
Calloway. Ela convenientemente apareceu no café, eles agiram todos surpresos
sobre isso, como se só aconteceu dela estar no nosso local, passando dirigindo
pelo Roco’s Deli em seu caminho de casa.
Mas eu descobri rapidamente que Ryke a chamou para me dar carona para a
nossa casa, enquanto ele voltava para Philly, para a faculdade, porque eu tenho
que estar equipado com uma babá 24-7, enquanto eu não puder ser confiável em
um táxi ou em um breve passeio pela calçada sozinho. Eu sou o equivalente a
uma senhora de noventa anos de idade precisando de uma pessoa como uma
muleta para atravessar a rua.
Isso é ridículo, e mesmo que eu queira falar com Rose sobre o meu plano para
ganhar algum dinheiro, eu nunca iria me voluntariar para ficar sozinho com a
menina, ela me odeia. E Lily não pode ver assim, mas Rose e eu temos uma
compreensão de que nós nunca vamos ser melhores amigos. Nós suportamos um
ao outro por Lily, e tem que ser o suficiente. Ao crescer, Lily teria me escolhido
como homem, sobre Rose sua irmã, e esse tipo de ciúmes se acumula ao longo
dos anos em algo profundo e cru. Não tem explicação
E eu entendo, eu estaria ressentido também. Eu nunca quis que Rose me desse
folga, deve ser por isso que eu atiço as brasas, mexendo as chamas e provocando
seu temperamento. Eu mereço cada olhar frio, cada comentário mordaz. Eu
mereço essa porra de dor. Eu entendo
—Você parece muito divertida hoje, Rose —, eu digo enquanto ela aperta o
volante, coluna reta e olhos voltados para a rua. Eu deveria ser uma boa pessoa e
perguntar o que a está incomodando, mas eu não posso formar as palavras. Se
importar, isso é coisa de Ryke.
— Olhe no espelho —, ela diz friamente.
Eu faço, só para ceder à vontade dela. E o que olha de volta para mim é uma
carranca que poderia quebrar o reflexo. Afiada mandíbula e círculos escuros sob
meus olhos cor de âmbar, mostrando a todos o quão porra de cansado eu
realmente estou. Não há nenhum sono para os malvados.
— Eu fiquei mais bonito com a idade, — Eu digo sem expressão. — Deve ser o
álcool.
— Isso não é nem um pouco divertido.
— Talvez porque você perdeu seu osso engraçado em sua bolsa Gucci. Ela me
dá um olhar fixo e, em seguida, se dirige para o nosso portão.
O meu telefone vibra, e eu verifico o texto com uma palma da mão sobre a tela
para que Rose não pegar um vislumbre.
Sua namorada é uma puta. - Desconhecido
Eu travo os dentes, minhas entranhas queimam, eu quero encontrar esse bastardo
mais do que qualquer coisa, mas estou ficando sem opções. Eu não posso bater
na porta de cada inimigo que eu me lembrar, existem muitos.
E eu queimei um suspeito que pode ter sido fogo brando para baixo. Desde que
eu ameacei Aaron Wells poderia estar revigorado para vir para mim ainda mais,
ou ele poderia estar pronto para enterrar sua cabeça em um buraco. Essa é a
chance que eu tomei ao visitar sua casa e assumindo que era ele quem enviava os
textos. (Ele ainda poderia ser para tudo que eu sei.)
Mas eu não tenho certeza se é sábio fazer a mesma coisa para aqueles com quem
não falei em anos.
Acompanhar as mensagens, essa é a melhor chance que eu tenho, mas eu odeio
que isso está fora das minhas mãos, eu me pergunto quanto tempo vai demorar
antes que eu me torne completamente desequilibrado.
Estou prestes a deslizar o telefone de volta no bolso, mas uma outra mensagem
chega.
Quantos caras foderam sua namorada? Você acha que a reportagem vai nos
dizer o número? – Desconhecido
— Tudo bem? — Rose pergunta enquanto o carro desacelera pelo portão.
— Sim —, eu minto, digitando rapidamente.
O que você quer? Eu envio de volta.
Se é dinheiro, eu vou encontrar uma maneira de pagar, eu posso pedir ao meu pai
um empréstimo. Eu vou dobrar a quantidade que os tabloides estão oferecendo a
ele. Eu só não quero que o segredo de Lily chegue aos ouvidos de sua família.
Uma vez que seus pais ficarem sabendo que ela é uma viciada em sexo, não
estou certo de que Lily será capaz de lidar com essa vergonha, eu não acho que
ela está pronta para isso.
Satisfação - Desconhecido.
Que porra é que isso significa? De quê? Eu digito.
Minha perna pula enquanto espero pela resposta. Eu percebo que Rose estaciona
seu Escalade, para digitar no teclado do portão. Ela rola para baixo da janela,
mas me observa atentamente antes digitar o código.
— Não —, eu digo a ela. Eu realmente não quero ouvir suas ideias ou
pensamentos sobre o assunto, provavelmente ela tem toneladas de opiniões sobre
como eu deveria estar respondendo a esse cara, e eu tenho certeza de que ela
faria lidar com isso de forma diferente.
— Você não deveria provocá-lo.
— Eu não faria isso. — Sim, eu meio que faria, isso é o que eu faço, mesmo
involuntariamente.
Seus lábios se esticam. — Por favor, eu conheço você.
O meu telefone vibra na minha perna.
Eu quero a satisfação de lhe ferir da mesma maneira que você me machucou.
- Desconhecido
O meu estômago cai. Isto não é sobre o dinheiro, este é o retorno para algo que
eu fiz. Eu sou não um santo, e eu não iria começar a me defender, eu só não
quero acreditar que Lily seria mais uma a ser destruída por minha causa, então
envio a mensagem para ficar comigo e não ir atrás dela.
Você pode fazer o que diabos você quer para mim. Basta deixá-la fora disto.
E eu hesito antes de pressionar enviar.
Eu estou choramingando, eu estou dando esse cara exatamente o que ele precisa,
munição para usar contra mim. Meu pai nunca mostraria uma fraqueza como
esta. E o que o cara vai dizer em resposta? Oh, eu entendo me desculpe, Lo, eu
não sabia que ela significa muito para você. Não, ele vai me dizer para comer
merda e ver a minha namorada queimar.
Esta não é a maneira de ganhar uma luta.
Então eu apago e reescrevo o texto:
Eu vou encontrá-lo, seu filho da puta. Nunca duvide disso. Enviar.
Eu coloco meu telefone no bolso e encontro o olhar temperamental de Rose.
— O que foi? —, eu digo.
— Você fez exatamente o que eu lhe disse para não fazer, não é?
— Sim.
Ela murmura baixinho, sacudindo a cabeça, e quando ela se inclina para fora da
janela digitando o código-chave, seus olhos caem para algo abaixo. Estou feliz
pela distração, o telefone parece menos pesado no meu jeans, eu começo a
arquivar os textos na parte de trás da minha mente, em um dia normal, eu teria
acabado indo agarrar uma garrafa de Macallan e fazer uma chamada para noite.
— Deixou cair uma pulseira? —, pergunto. Seus lábios se apertam.
7
— Pior do que uma pulseira? Porra, estamos num DEFCON1 então, melhor se
preparar para a guerra nuclear.
Ela realmente parece impressionada. — Você sabe o que significa DEFCON?
— Sim, eu também sei como se escreve 'duh' e apressar a boca. — Eu não
acrescento que X-Men usa a mesma versão para uma crise iminente mutante,
como eu aprendi os fatos, não importa de qualquer maneira.
Ela me lança a assinatura Rose Calloway, um olhar penetrante como se ela
estivesse a dois segundos de comer sua alma. Eu dou o mesmo olhar de volta,
mas internamente, eu quero correr a uma porra de distância. Eu não sei como
Connor sorri quando ela olha para ele assim, ela não está blefando, aposto que
ela come o coração de cada mulherengo para o inferno dele.
Ela bate à porta aberta. — Espere aqui.
Sim, aonde mais eu iria?
Ela remexe fora da vista por um minuto, e a curiosidade leva a melhor sobre
mim. Eu tiro o cinto e me estico sobre o assento do motorista, olhando para
baixo através da janela.
Rose está agachada no chão ao lado de hortênsias roxas, hera se alongando pelo
portão de ferro ao lado das flores robustas. Pétalas brancas vibram ao seu lado,
mas seu bloqueio o que está na frente dela.
— O que você está fazendo? —, Eu pergunto enquanto ela está enlouquecida. Eu
acho que pode haver um parafuso solto em todas as Meninas Calloway. Bem,
talvez exceto Daisy, ela parece bastante normal.
— Ele não pode simplesmente me enviar coisas e esperar ser perdoado —, diz
ela num acesso de raiva. — Isso não funciona assim. — Ela resmunga um
pouco, e mais as pétalas estouram.
E então ela se levanta e se transforma, ela agarra as hastes do que era um buquê
de rosas brancas, mas elas parecem patéticas em seu punho apertado. Cada
pétala foi dilacerada e derrubada na grama abaixo.
—Você apenas atacou uma planta —, eu digo sem rodeios, há algo inquietante
sobre isso, e ainda assim, eu não posso deixar de rir.
Ela olha para mim com mais força. — Segure isso. — Ela empurra um vaso de
vidro através da janela.
—Você não está indo quebrá-lo? —, Pergunto. — Tudo em nome do amor? Para
o seu coração partido?
—Meu coração não está quebrado.
—Eu esqueci, você é feita de aço. A insensível mulher biônica. Connor deve
amar te afagar com suas porcas e parafusos. — Eu escorrego de volta para o meu
lugar.
Ela bate à porta do carro, nem mesmo desperdiça um outro olhar para mim. Ela
ainda tem o pior olhar — Eu vou castrá-lo —. Eu acho que ela deve estar
guardando por Connor. Estou tão feliz que eu não sou ele.
—O que ele fez? —, Pergunto. — Escreveu errado a sua palavra favorita?
8
Derrotou você em um jogo de Scrabble ?
Ela não diz nada. Ela só digita o código e coloca o carro em marcha com os
gemidos do portão aberto, quando o carro rola ao longo da calçada em direção à
casa colonial, isso me bate.
—Você não pode estar falando sério —, eu digo. — Você ainda está com raiva
dele porque ele me deu cerveja alguns meses atrás, quando eu nem estava
pensando em estar sóbrio? — Eu não quero estragar a relação de ninguém.
É por isso que Lily e eu nos fechamos das pessoas, para que ninguém mais tenha
que se machucar por causa de nossos erros.
Ela entra para a garagem e desliga a ignição. —Você não entenderia. — Ela está
prestes a sair do carro, mas eu me inclino sobre ela e aperto o bloqueio, nos
prendendo nos confins do Escalade.
Connor me disse para não defendê-lo, logo depois que eles tiveram uma briga
em nossa sala de estar, ele me puxou de lado e disse para ficar de fora, mas eu
não posso deixar ele ser atacado por isso. Ele estava apenas sendo um amigo em
uma época em que eu não iria deixar ninguém na minha vida.
— Dê ao indivíduo uma pausa —, eu digo. — Ele se curva em adoração por
você.
Rose olha para mim por um longo momento, parece que está mordendo suas
gengivas. E então ela tenta desbloquear o carro novamente, mas eu a venço para
o botão, apertando mais rápido do que ela.
—Loren —, avisa.
— Apenas diga, — Eu respondo. — Diga o que você quer dizer. — Ela não acha
que eu posso lidar com isso, mas eu posso.
—Você não entende —, ela se rebate. — Connor sabia que você estava viciado, e
ele lhe deu cerveja, e você ainda acha que está tudo bem. Você está sentado lá,
me dizendo que está tudo bem quando não está. Você vê como isso é errado?
—Rose, ele não fez nada de errado. — Eu faço uma careta assim que eu me
ouço. E eu entendo imediatamente porque Connor me pediu para não dizer uma
palavra em sua defesa, porque eu estou fazendo um grande caso do por que ele
não deveria ter me dado uma onça de licor. Eu sou o alcoólatra, o único que
acreditava que poderia viver uma vida bebendo a cada minuto de cada dia do
caralho. Falar por Connor o faz parecer culpado.
E talvez ele seja de alguma forma.
— O que ele fez foi horrível —, ela diz, — e eu não me importo se era apenas
um meio para ser seu amigo.
Eu corro uma mão trêmula pelo meu cabelo, e quando eu olho para ela, ela
empalidece um pouco. — Não, eu estou bem —, eu digo. — Honestamente, eu
não estou indo para correr para uma loja de bebidas após essa conversa, ok?
Ela balança a cabeça, rígida e imóvel.
— Rose, — eu digo. — Não estou tentando defender o cara, mas...— Isso é
difícil para mim dizer, eu clareio a minha garganta, as palavras se segurando por
um segundo. —.... Eu não sei se eu estaria aqui se ele não encontrasse uma
maneira de entrar na minha vida e na de Lily. Ele foi a primeira pessoa que não
me julgou para que eu pudesse resistir a sair por aí. Ele nunca olhou para mim
como se eu estivesse fodido, mesmo que ele provavelmente estava pensando
isso, eu gostei tê-lo como amigo. Eu ainda gosto.
Eu entrego o vaso, e ela já não parece disposta a lançá-lo na parede.
— Ele é humano, — eu a lembro. — Ele não é perfeito. Ninguém é.
Seus lábios se contorcem. — Palavras sábias do Loren Hale, você deve ter
plagiado de um biscoito da sorte.
Deixo escapar uma risada fraca, realmente sorrindo para isso, ela é boa. Eu
desbloqueio o carro, indo por trás pela porta da garagem, entramos na casa, pela
cozinha em granito.
Lily deve ter ouvido a garagem porque ela aparece através do arco com uma
mochila fechada. Ela a coloca em uma cadeira e espera os braços ao redor,
pacientemente por mim para se aproximar-me dela pelo banco do bar, ela está
indo bem, e então eu noto a maneira como ela brinca com os dedos, o jeito que
ela pressiona as coxas bem juntas.
Eu fecho o espaço entre nós e deslizo seus ombros. Ela descansa a bochecha no
meu peito, mas seu corpo não cede. Não, ele aperta na ânsia, Lily não abraça, ela
fode até que ela desmaie.
E eu quero tanto consertar ela, mas eu só posso ajudar. O verdadeiro conserto,
tem que ser seu trabalho, sua luta, sua batalha. Eu não posso ganhar um presente
para ela, assim como ela não pode derrotar meus demônios.
Barulho de sapatos ao longo da madeira, e eu espero ver Connor Cobalt
coroando o arco. Ao invés, disso estou vendo Sebastian Ross.
Ele ainda está aqui após a tutoria de Lily? Eu gemo internamente. Sua arrogância
autoconfiante me deixa irado.
Sempre há, ele usa um sorriso maroto noventa e nove por cento do tempo, e ele
faz parecer certo de que ele sabe o que está acontecendo na vida de todos.
Sebastian e eu nunca nos vimos olhos nos olhos. Talvez porque significasse mais
comentários agradáveis de Rose. Ele acha que eu sou um idiota.
Eu sou.
E ele tem pleno direito de não gostar de mim, eu vou dar isso a ele.
Eu guio Lily até uma pequena mesa de café da manhã e me sento na cadeira,
colocando-a no meu colo. Ela abre sua boca, provavelmente, para perguntar
quando vamos ter relações sexuais, mas ela fecha os lábios e cora.
Antes da reabilitação, isto é, quando eu a provocava, colocaria minha mão para
baixo de sua coxa e observaria sua respiração.
É preciso toda a força para tirar isso da minha cabeça, seus olhos se alargam em
ligeiro horror, mas eu pressiono um beijo na sua têmpora.
Eu quero distraí-la do sexo, então eu pergunto: — Alguma coisa boa na TV?
9
— Eu gravei Avengers Assemble enquanto você estava na reabilitação —, ela
diz suavemente. — É muito bom, eles trazerem o Capitão América, mas esse
parece mais fraco.
Eu sorrio. — Alerta de spoiler?
— Não, ele se acovarda no primeiro episódio. — Ela parece relaxar, o que me
faz relaxar.
— Como foi o encontro? — Sebastian pergunta a Rose, um cigarro aceso
queimando entre dois dedos.
— A reunião foi muito bem —, ela diz. — A coleção masculina enviada, por
todos foi animado. — Quando ela se vira para ele, ela olha o cigarro entre os
dedos, os olhos se estreitando. Com o vaso de Connor ainda apertado em sua
mão, ela arranca o cigarro de Sebastian. — Somente lá fora. — Ela joga na pia e
não faz outra observação sobre isso.
Ele fica afastado com mais merda do que qualquer outro indivíduo na vida de
Rose.
Lily se insinua no meu colo, me montando na cadeira de repente. Porra.
É meio do dia, não devemos ter relações sexuais, não está nas normas. Me
lembro de todas as razões por que isso não pode acontecer, sem mencionar que
Rose e Sebastian estão próximos do outro lado da cozinha.
— Como está indo à tutoria? — Rose se vira para Lily. Ela está tentando atrasar
o que eu acho que é inevitável, meu pau em Lily, seu corpo e mente apaziguada,
vindo com um altamente feliz.
Lily aponta para o peito, corando. — Oh comigo?
Rose dá-lhe um olhar, um que diz a ela para mudar seu bom senso. Lily enfia o
cabelo atrás de sua orelha e se senta um pouco mais longe do meu peito.
Progresso, sim, mas eu não posso mover minhas mãos de suas coxas.
Eu tenho medo que ela vá pirar com a falta de toque.
— Agora eu sei por que as pessoas chamam as estatísticas de aula e não Estat.—
Ela abre um sorriso tenso, esperando que seja o suficiente para Rose.
— Ela está indo muito bem —, Sebastian diz indiferente. Mas seu olhar desce
para o vaso entre os dedos de Rose, ele pega o vidro transparente. — Isso é
cristal?
— Sim —, diz Rose, cansada. Ela puxa seu cabelo castanho brilhante em um
coque elegante.
Sebastian faz uma pausa por um segundo, e eu percebo que Lily está presa com a
cena, observando com mais interesse do que ela normalmente teria.
Eu aperto sua perna e inclino para a frente sussurrando em seu ouvido: — O que
está acontecendo?
Mas Sebastian fala, cortando qualquer possibilidade de Lily responder. — Onde
estão as flores?
— Mortas.
Sebastian abre um armário e coloca o vaso para fora no lixo.
— O que você está fazendo? —, Pergunta Rose, ela dá um passo em direção a
ele.
— Ele realmente espera te ganhar de volta com flores, vamos Rose. — Hum, eu
estou surpreso que Rose se sentiu confortável o suficiente para compartilhar
detalhes íntimos de sua briga com Sebastian. Eu não achava que ela abrisse as
suas portas gélidas para ninguém.
Rose olha interrogativamente para o vaso nas mãos de
Sebastian, considerando destruir o presente de Connor.
Oh foda-se. — É cristal —, eu a lembro.
— Sim, — Lily acrescenta.
Sebastian parece imperturbável pelas vozes divergentes e descansa um cotovelo
no balcão, ele passa o vaso a Rose, mas ela hesita pela lixeira.
10
— É Lalique —, ela diz baixinho, correndo os dedos sobre o vidro liso. O vaso
é cortado como um quadrado, e no fundo tem um design intrincado.
— O que significa isso? — Lily pergunta.
— Que ele tem bom gosto —, diz Rose. Sebastian faz um show revirando os
olhos.
Rose segura o vaso em seu peito. — É a minha marca favorita.
Apenas Rose teria um tipo favorito de cristal aos vinte e dois anos. Mas mais do
que isso, Connor sabia exatamente o que ela gostava, esse detalhe tem de contar
para alguma coisa. Eu nem tenho uma perceptiva.
Sebastian se encosta do balcão, observando Rose de perto. —Você pode mantê-
lo —, ele diz, — mas que tipo de mensagem isso realmente vai enviar? Cada
briga, ele vai tentar comprá-la de volta. Pessoalmente, eu estaria bem com esse
tipo de relacionamento, eu tenho um par de sapatos de couro de crocodilo de
Max no meu armário, mas eu sei que você, Rose, após a quinto peça de joia, vai
ficar doente dele.
Rose se parece em conflito.
—Connor está tentando dizer que está arrependido, — Lily murmura.
Sebastian parece incomodado pela interferência de Lily. Ele inclina a cabeça,
seus olhos piscando para a mochila dela. Eu estou deixando escapar alguma
coisa importante. Não é preciso ser um gênio como Connor para descobrir isso.
Lily hesita, e recua no meu peito. Eu envolvo meus braços em torno dela e
fuzilando Sebastian com o meu olhar furioso. Isso é do que a vida no mundo de
primeira classe é composta, por uma série de olhares, sorrisos e meias - caretas.
Cada uma letal como uma porra de navalha. E eu aprendi todas elas com os
melhores.
Não Rose Calloway. Meu pai poderia destruí-la com seu afiado olhar fixo de
— Vá para o maldito inferno.
Inferno, ele quase me destruiu com ele.
Rose coloca o vaso sobre o balcão próximo a jarra de café, incerta. —Eu tenho
uma caixa que preciso pegar no carro, eu já volto—. Em parte, acho que ela está
saindo para esconder o quão nervosa ela está. Quando ela sai pela porta dos
fundos, Sebastian se endireita e pega o vaso fora do balcão.
A espinha de Lily fica rígida como um gato surpreendido. —O que você está
fazendo?
—O que Rose não consegue, ela vai me agradecer mais tarde. — Ele atira o vaso
no lixo.
—Não! — Lily pula do meu colo, eu a sigo, só porque eu não gosto desse olhar
de Sebastian. É o tipo que eu já vi em muitas crianças ricas, quando elas pensam
que são invencíveis. Que ninguém pode tocá-las. Eu provavelmente usei ele na
ocasião.
Sebastian chuta o lixo fechado e estende os braços sobre o balcão atrás dele,
bloqueando Lily a partir do lixo, ela agacha para ir através de suas pernas para
alcançar, mas Sebastian coloca o pé para fora.
— Lembre-se do que está em jogo, Little Calloway —, ele diz casualmente, uma
voz tão suave que eu quero rasgar ele em pedaços, ele não é nada disso. Eu me
desloco áspero e severo.
Lily congela e levanta lentamente. Eu coloco minhas mãos em seus ombros,
confuso como sempre.
—Você a está chantageando? —, pergunto.
Lily balança a cabeça primeiro. —Está tudo bem —, ela diz para mim. Coloca as
mãos no meu peito e começa a me empurrar para longe do balcão e para a mesa
do café novamente, não está bem, o que diabos está acontecendo?!
11
A porta se abre. Rose entra com uma caixa de Paisley escrito Coleção
Primavera / Verão homens.
—Então você está realmente fazendo moda masculina? — Lily pergunta, sua
mão escorregando na minha. Ela aperta uma vez, um sinal de que ela vai
explicar as coisas sobre Sebastian mais tarde. Eu tenho que confiar nela.
Rose acena com a cabeça e tira um casaco esporte masculino azul e passa para
Sebastian.
—Eu gosto do bolso—, ele diz e inspeciona o forro de seda. — Estou feliz que
você ficou com este modelo.
— Eu também, as estampas de minidramas foram demais. — Ela se vira para
Lily. — Sebastian está me ajudando com a coleção.
Lily me disse que Rose estava nervosa para expandir a Calloway Couture desde
que ela tem sido estritamente só para as mulheres.
—Eu sei que você está realmente ocupada—, Rose diz a Lily, pegando o casaco
de Sebastian e dobrando precisamente, —mas eu poderia usar a sua ajuda no
escritório, você se importaria de trabalhar mais horas?
Desde a minha estadia na reabilitação, Lily tem ocupado seu tempo como
assistente de Rose, mesmo que outras duas meninas trabalhem em Calloway
Couture para mídia social, vendas on-line e qualquer que seja o inferno que Rose
precise dela para isso.
Lily me disse que ela é a braço direito de Rose e ela disse tudo com um floreio
de orgulho, que eu achei bastante adorável.
—Claro —, Lily concorda com um aceno de cabeça sólida. Mas ela aperta a
minha mão com mais força, e então ela deixa escapar: — Mas o que acontece
com os modelos masculinos? — E então seus olhos se desviam para Sebastian e
ela empalidece, esquecendo sua presença.
— Ah, sim —, diz Sebastian, — eles são lindos, talvez Rose, você pudesse
encontrar alguém melhor para o evento do que aquele ali —. Ele aponta para
mim.
—E talvez ela vá encontrar alguém para substituí-lo.— Eu ironicamente pauso.
— Oh, espere, ela já tem.
Onde está Connor Cobalt quando você porra precisa dele? O canto da boca de
Sebastian enruga. Boa.
Rose coloca o casaco de volta na caixa. —Sebastian, eu acho que é hora de você
ir, eu ligo para você amanhã.
—Claro. — Ele beija a bochecha dela, e então ele acena para Lily. — Estude
muito.
—Eu vou —, ela diz, tensa.
Com isso, ele se afasta, e quando a porta bate, Rose define as mãos nos quadris e
enfrenta Lily. —Eu nunca vou agendar a troca dos modelos masculinos quando
você estiver no escritório, eu prometo.
—Eu só estou com medo —, Lily admite, ela não pode se quer olhar para mim.
Eu tento me segurar de me encolher. Eu deveria ter mais fé nela, que ela não vai
me enganar, mas eu passei anos ouvindo ela foder com outros caras através das
paredes. Ser monogâmica não é natural para ela, e eu estou sinceramente
chocado que ela fez isso por tanto tempo apenas comigo. Eu espero pelo dia em
que eu não seja o suficiente, especialmente agora que eu não posso alimentar
seus desejos. Eu não posso dar o que ela pode facilmente receber de algum outro
babaca.
— Eu não estou indo colocar você nessa posição —, Rose diz a ela. — Eu
prometo.
E se o meu plano funcionar, então Lily não deveria estar totalmente preocupada.
Mas logo quando eu crio a coragem de pedir Rose, a porta se abre e todos nós
endurecemos.
Sebastian está de volta.
Mas os sapatos no piso soam diferente, mais confiante, mais rápido e
determinado.
Connor dá uma volta através do balcão com uma pilha de pizzas de pão francês.
Ele as desliza no balcão apenas enquanto a tensão diminui. Bem, tecnicamente
apenas eu e Lily somos os únicos a relaxar. Ombros de Rose travam como se ela
estivesse se preparando para esmagar alguém debaixo de seu calcanhar. —Quem
você pensou que era? —, Ele nos pergunta, ele deve ter notado a mudança no
ambiente.
—Sebastian —, diz Lily.
—Nós estávamos falando sobre sexo — esclareço.
Ele balança a cabeça, entendendo agora. — Como a tutoria está indo? —, Ele
pergunta, ao se aproximar de Rose e beijá-la, mas ela olha para a parede, não
para ele. Vamos, Rose, deixe o cara.
Connor a estuda, mais determinado a ganhar o seu afeto. Ele se inclina contra o
balcão e em seguida, dá a Lily toda a sua atenção.
—Foi tudo bem. Eu acho que Sebastian vai ajudar muito.
Sério? Eu sempre disse que eu iria mudar de uísque para alvejante se eu tivesse
que falar com ele por mais de dez minutos. Obviamente, há algo acontecendo
entre Sebastian e Lily, mas eu não quero trazer isso agora.
—Isso é bom —, diz Connor. —Me desculpe, que eu não possa ensinar você, se
eu tivesse mais tempo neste semestre, você sabe que eu faria.
—Está tudo bem, realmente. — Ela continua dizendo isso, e eu acho que todos
nós sabemos que não é bom.
Connor vira uma das caixas aberta, e Rose espia sobre seu ombro, arriscando o
toque no seu braço.
—Alcachofra e cogumelos? —, Ela pergunta.
Ele pega a segunda caixa e a coloca na frente dela. Mas ele se agarra a pizza.
12
— É feta .
Lily gesticula com a boca para mim, seu favorito.
Ele é tranquilo, e Lily está sorrindo tão duramente, observando sua irmã e
Connor se reunir. Seu rosto inteiro brilha. Foda-se. Eu deslizo meus braços ao
redor da cintura dela, e eu puxo-a para o meu peito, seu corpo quente faz meu
pau pulsar. Ela solta um suspiro audível, mas Connor e Rose estão perdidos em
seu próprio mundo intelectual.
Rose espera por Connor para pegar a caixa, mas ele não vai deixá-la ter a pizza
tão facilmente. Eu às vezes esqueço que ele está disposto a testá-la tanto quanto
ela faz com ele.
—Você quebrou o vaso, não é? — Ele deve ter visto as rosas brancas amassadas
pelo portão. Se ele está magoado com a verdade, eu não posso dizer. Rose e
outros tipos de gênio devem ser os únicos capazes de ler ele.
—O que? Não, eu ... — Ela olha por cima do ombro, a pia- onde ela tinha
colocado previamente o vaso. Mas ele não está mais lá graças ao seu "melhor"
amigo. O olhar dela deriva para o armário deslizando a lixeira.
Connor segue seus olhos, e ele abre a lixeira e levanta o caro cristal, uma fissura
que atravessa o lado. Rachado, quebrado. Ele o coloca na pia e, em seguida, lhe
passa a pizza.
—Eu não fiz isso—, Rose diz imediatamente. Seus olhos brilham com fogo.
—Eu vou matá-lo—. Eu tenho que ouvi dizer isso sobre Sebastian muitas vezes
para levar a sério a ameaça.
—Sebastian? — Connor pergunta.
Rose acena laconicamente, ela coloca a pizza para baixo, não está mais
interessada em comer, e ela inspeciona o vaso com mãos delicadas. Seus ombros
cedem. Ele vem atrás dela e sussurra em seu ouvido, quando sua voz cresce, eu
pego as sílabas, mas não entendo as palavras.
Ele está falando com ela em francês.
Ela responde de volta na língua estrangeira, fluente. Ele beija a cabeça, e então
ela gira em torno dele e beija seus lábios, de pé sobre as pontas dos dedos.
Lily se vira para mim com isso, e seus olhos se arregalam e ansiosos. Eu quero,
Lil. Deus, eu quero.
Agora é o melhor momento para falar com Rose, mesmo que isso vá quebrar o
seu momento com o namorado, vai me salvar de rejeitar Lily novamente.
—Rose, — eu digo.
Ela deixa cair a seus pés, mas Connor mantém sua mão emaranhadas em seus
cabelos, intoxicado pelos movimentos dominantes de Rose. Ela o possui, mas ele
é igualmente tão possessivo com ela, o que eu continuo a achar estranho. Eu
tinha certeza de que Rose iria devorar qualquer homem que ela tocasse, mas eles
têm esse simbiótico relacionamento em vez do parado que eu compartilho com
Lily.
—Sim? —, Ela pergunta.
Minha garganta incha com a ideia de pedir ajuda. Mesmo que as palavras
descansem em minha língua dizendo: isso é tão difícil. Então, eu me volto para
Connor. —Você já ouviu alguma notícia do investigador particular?
—Ele está trabalhando em rastrear as mensagens, vamos ver se podemos
encontrar alguma pista. — Depois da onda de mensagens no carro, não é
exatamente a notícia que eu queria ouvir. Eu não gosto de ficar esperando. Eu só
tenho paciência, quando Lily está em envolvida. Esperando que ela me
escolhesse era difícil, mas eu suportei. Esperar esse cara para rasgar nossas
vidas, eu não estou tomando tão bem.
—Lo —, Rose rebate. Sua mão voa de volta para seu quadril. Ela poderia dizer
que eu estava me esquivando. — Derrame.
Eu inalo. —Como você sabe ...— Eu esfrego a parte de trás do meu pescoço,
calor ruborizando meu corpo de repente. Eu não estou acostumado com isso.
—... Eu não tenho um diploma universitário, assim começar um trabalho que
pague melhor do que o salário mínimo vai ser um desafio.
O silêncio perdura, esperando por mim para continuar, três pares de olhos me
perfurando com curiosidade e hesitação. Eles acham que eu estou à beira de
desistir, de jogar minhas mãos no ar e dizer que eu não posso fazer o trabalho
duro, físico. Eu não posso virar hambúrgueres, eu não posso ser a porra de um
cara de classe baixa normal, que tem de trabalhar para ter o seu dinheiro. Eu
nunca tive que fazer isso, mas não significa que eu não iria tentar. Eles pensam
menos de mim, e eu não lhes dei motivo para acreditar no contrário.
— Eu não tenho nenhum problema de virar hambúrgueres, — eu explico, — mas
devo a Ryke quarenta mil pela reabilitação que eu gostaria de pagar em um
período de tempo razoável... mais, você sabe, o aluguel. — Faço uma pausa
novamente, meio que esperando Rose me socorrer e dizer, você não tem que
pagar aluguel Lo, você é praticamente da família. Mas eu esqueço quem ela é
por um breve segundo, talvez seu pequeno colapso durante o vaso me enganou,
mas ela está decidida, forte, disposta a me deixar tomar o caminho fácil.
Boa.
Ainda assim, eu fixo meu olhar, por hábito. —Você vai me fazer pedir, não é?
—, Eu digo.
Ela sorri friamente. —No ano passado nas Ilhas Cayman, você disse que nem
mesmo o abominável boneco de neve iria querer me foder.
Lily suspira: —Você não fez.
—Eu fiz.
Ela dá um soco no meu braço, eu finjo estremecer. Sim, eu merecia isso.
Connor fica completamente impassível, mas ele mantém Rose mais perto, como
se silenciosamente dizendo que eu estou errado. Claramente insanamente caras
com alto QI querem transar com ela.
Deixei escapar um suspiro profundo, aqui vai. —Eu já fui sondado por agências
de modelos antes, — Eu explico. —Você seria uma idiota para não me usar em
sua campanha de moda masculina. — Muito bem, Loren, chame-a um idiota,
isso é definitivamente o caminho para conseguir um emprego. Jesus Cristo, não
é de se admirar que você nunca teve um. —Eu lembro-me disso, — Rose diz
com firmeza.
— Como é que você nunca modelou se você estava sendo sondado? — Connor
perguntou.
—Eu posso ter entrado diretamente na entrevista bebendo de uma garrafa de
Jack Daniel. — Eu estava fodendo com a agência, desperdiçando seu tempo e o
meu. Eu realmente não desejava modelar. Eu ainda não sei, mas vai ser dinheiro
rápido, e esta é uma oportunidade para me refazer meus erros do passado, eu
posso fazer as coisas direito.
Connor solta um silvo longo. —Impressionante.
—Eu também acho.
Rose parece pronta para reacender seu velho argumento, mas Connor se inclina e
sussurra em seu ouvido mais uma vez. Francês. Não é possível entender uma
maldita palavra, ela relaxa consideravelmente.
—Preciso de um tradutor, — Lily sussurra para mim.
—Ou um intérprete. — De preferência, não um intérprete masculino. Eu posso
apenas imaginar Lily ficar excitada e corar com um cara francês. Mesmo que a
fantasia proposta me faça estremecer. O ciúme é uma coisa e eu não quero nunca
mais nos separar. Mas ele está lá, como uma ferida.
Rose finalmente coloca seus olhos de volta em mim. —A modelagem é difícil
—, ela diz, com a voz muito mais suave. —Não é apenas sobre ter um bom
corpo ou um rosto bonito, pergunte a Daisy.
—Eu sei, — eu digo. —Mas Rose, isso não vai ser uma carreira para mim, eu só
preciso fazer dinheiro suficiente para pagar minhas dívidas e me fixar, é isso aí.
— Eu olho para Lily por um segundo. — E você não terá que atrapalhar sua
agenda por Lil, eu estarei lá, enquanto os outros modelos estiverem, vai ser
melhor.
Lily agarra o cós da minha calça jeans, e ela diz: —E o que você vai fazer depois
da modelagem?
Eu não faço ideia, a névoa do meu futuro é muito grossa para limpar. —Um
passo de cada vez—, eu digo. Ela balança a cabeça, compreendendo.
Rose pondera sobre a minha proposta para um minuto. E então ela diz: — Tudo
bem.
Eu quebro em um sorriso largo.
E ela acrescenta: — Mas só para termos as coisas claras, eu estou fazendo isso
por pena.
Meu sorriso desaparece. —Você poderia ter parado no tudo bem. É a sua vez de
sorrir. — Eu sei.










{9}

LILY CALLOWAY

Dois dias passam e eu ainda não tive relações sexuais. E em cima disso, eu
ludibriei em dizer a Lo sobre os testes, mas eu pretendo. Eu só preciso... da frase
correta para que ele se junte a meu lado imoral das coisas. E Connor ainda tem
que encontrar qualquer evidência sobre o chamado chantagista (ou como o
temos considerado ele ainda não pediu nada em troca).
—E sobre Patrick Bomer? —, eu me sento com as pernas cruzadas sobre a cama,
um velho álbum azul-marinho da Dalton Academy no meu colo. Círculos pretos
grandes ao redor de certas faces e em outras eu desenhei X...e bigodes.
Eu ergo minha cabeça e pego cara a feia de Lo através do espelho circular
montado acima da nossa cômoda. Ele passou uns bons vinte minutos se vestindo
esta manhã e mais dez minutos em seu cabelo. É a seu primeiro trabalho em
Calloway Couture. Inferno, é seu primeiro trabalho em sempre, e ele está
pirando sobre isso.
—Por que Patrick me odeia? —, Pergunta ele, desalinhando os pedaços mais
grossos de seu cabelo de propósito.
—Você ganhou o primeiro lugar nos projetos da nossa classe de arte de fim de
ano. — Lo levou um vídeo de cinco minutos de um saco de plástico soprando no
vento, o que estava além de chato e sem originalidade, desde que Beleza
Americana fez isso primeiro.
Ele se vira para olhar para mim. — O quê? Isso não é culpa minha, meu projeto
era muito bom.
—A classe inteira caiu no sono, — eu o lembro. E Patrick fez uma escultura de
bronze de Apolo, mas quase não foi apreciado pelo Sr. Adams.
—Então ele deve estar chateado com o professor, não comigo.
Eu não discuto, porque ele está certo. Os professores deram mesmo um
tratamento especial a Lo com a concessão do maior prêmio ao seu vídeo de
baixa qualidade porque ele é um Hale. Porque seu pai é um multibilionário com
conexões tão intrincadas que uma aranha teria ciúmes da web que Jonathan Hale
tece.
Eu olho para a tela do computador na cama. —Talvez ele não esteja mais com
raiva—, acrescento. —Ele entrou em Carnegie Mellon para a arte agora.
— Como você sabe disso?
— Facebook.
Lo geme. —Por favor, me diga que você não se inscreveu. — Tivemos uma
regra anti-mídia social desde a escola. Nós gostamos de privacidade demais para
desperdiçar no ciberespaço.
—Eu não fiz. Eu assinei. Seus olhos escurecem.
—A forma como eu vejo isso—, eu digo rapidamente, —é que se alguém odeia
você, eles provavelmente vão começar a caluniar você aqui. — Eu aponto para a
tela. —É como uma armadilha de mosca para os suspeitos.
Surpreendentemente, ele arrisca sua calça cáqui passada livre de rugas para se
sentar na cama ao meu lado.
Nossos dosséis emaranhados em sua perna, e ele amaldiçoa em voz baixa,
golpeando o tecido a distância. —Eu juro, eu vou cortar essa coisa estúpida para
baixo.
—Eu gosto disso. — Mesmo que eu fui pega na rede como um louva-deus na
noite passada, eu rolo às vezes quando eu durmo. Acontece.
—Nós não estamos em uma selva tentando afastar para longe bichos.
—Rose projetou o quarto —, eu o lembro. Ela decorou enquanto Lo estava fora,
na reabilitação. —Ela ficará chateada se eu mudá-lo por sua causa.
—Melhor ainda —, diz ele. Duvido que ela acredita nisso.
—Eu vou esquecer o que você disse, — Eu murmuro e giro a tela do computador
para ele.
Lo me olha. —Você tinha que usar essa foto como a minha imagem do perfil?
Eu quebro em um largo sorriso, e eu não posso parar de olhar para a foto. Ele
está sem camisa, exceto por um par de Calças de pijama do Homem-Aranha. Ele
olha sexy e quente.
O site consome sua atenção, e ele percorre os perfis dos alunos antigos. —
Casado, casado, grávida, morta, contratado, ou casado —, enumera. —Será que
alguém permaneceu em seus vinte anos depois do ensino médio ou que todo
mundo apenas passou a pesar 400 kg e recolher fraldas?
—Talvez eles estejam no amor, — eu defendo.
—Estamos apaixonados, você não nos vê casar ou ter bebês.
Eu franzo a testa, não sei por que isso me dói um pouco. O casamento não é
realmente um plano meu, pelo menos não até que eu esteja mais velha e passado
por esta fase estranha, confusa da vida. Mas a maneira que Lo disse essas
palavras: bem, elas fazem o casamento parecer inexistente. Como se talvez,
provavelmente ele nunca estará dizendo.
—Você não quer se casar? —, Pergunto baixinho. Eu mal posso encontrar seu
olhar. Eu tenho vinte anos, apenas saindo da minha adolescência, eu não deveria
me preocupar com casamento e filhos, especialmente não quando estamos
lutando com nós mesmos para sermos saudáveis.
Ele hesita. —Eu não sei, eu não estou fechando a porta, eu apenas não posso
pensar nisso. — Ele faz uma pausa. —O que... você acha sobre isso? — Ele
franze a testa profundamente, preocupado que não estamos na mesma pista. Nós
geralmente estamos, e é uma espécie de terror vê-lo virar sem mim.
—Não muito —, eu digo. —Antes de estar com você, eu nunca pensei que eu
estaria casada. —Eu dormia com pessoas aleatórias, eu pensei que a monogamia
era um estilo de vida que eu jamais poderia aceitar. Agora que eu estou
começando a encontrar um bom rumo, estou começando a fantasiar sobre
normalidade.
—Mas agora você quer? —, Ele pergunta.
Eu dou de ombros. —Eu acho que sim, mas definitivamente não tão cedo, eu
quero passar os terríveis vinte anos primeiro. — Eu aceno minha mão. —Não
vamos falar sobre o casamento ou ter bebês, é estúpido de qualquer maneira,
temos coisas mais importantes para lidar.
Eu não achava que fosse possível, mas o seu rosto se contorce mais, ainda mais
grave do que antes. —Você quer crianças?
Oh ... Eu posso dizer apenas pelo modo como ele diz que ele não os quer. Um
nódulo sobe para minha garganta, e eu sinto que esta vai ser uma pergunta
capciosa. Eu olho por cima do meu ombro para a resposta certa, mas não está
escondida lá. —Umm... — murmuro. —Eu não sei.
Ele pisca, me observando. As respostas parecem derramar fora do nosso silêncio.
—Talvez—, eu deixo escapar, não sendo capaz de segurar por mais tempo.
—Quando eu estiver mais velha, mas não muito velha, eu acho, os meus óvulos
têm validade. — Eu aceno a cabeça e, em seguida, faço uma careta. — Quero
dizer, você sabe ...— Eu estou a dois segundos de entrar debaixo do edredom e
nunca mais sair. Se esconda, Lily, se esconda! Meu rosto está em chamas. Eu
realmente gostaria que meus sentimentos não fossem tão visíveis.
—Lil, — Lo respira, os olhos suavizando consideravelmente. Eu sou um
daqueles navios balançando no oceano antes de serem atingidos por uma onda.
—Você ... e eu ...— Aqui está. —Nós provavelmente não devemos ter crianças.

Eu fico olhando fixamente para o edredom preto e branco, recolhendo meus
pensamentos. Eu nunca tinha me permitido sonhar muito à frente para a
construção de uma realidade onde Lo e eu começaríamos uma família juntos.
Talvez porque no fundo do meu coração, eu sabia que ela não existe.
Suas palavras pintam a escuridão do meu futuro em uma imagem mais clara. E é
uma imagem que eu quero devolver à loja. Uma vida em que não temos filhos.
Onde a nossa família é composta por mim e ele. E é isso aí.
Eu entendo de onde ele está vindo, nós dois somos viciados, e mesmo que
pudéssemos criar uma criança, alcoolismo ainda é hereditário. Lo não gostaria
de ter seus problemas em qualquer um, especialmente em seu próprio filho.
—Eu sei, — eu digo com um aceno de cabeça triste. —Eu só não quero pensar
sobre isso.
Ele distrai meu mau humor, apontando para uma foto no anuário. —Você deu a
Jacqueline Kinney um bigode, isso é apenas mal.
Meus lábios sobem lentamente, e eu olho para a cabeça, seu cabelo está grudado
em diferentes direções. E eu tenho certeza de que ele acha que é como o cabelo
de uma supermodelo parece, mas Rose não vai ficar satisfeita.
Eu chego mais perto, empurrando o laptop a distância, eu corro meus dedos
através de seus cabelos, penteando o grosso cabelo marrom na parte superior, ele
empurra de volta quase que instantaneamente.
—Passei um tempo valioso sobre isso. — Ele agarra meu pulso.
—Eu acho que todo esse tempo foi gasto admirando a si mesmo— Eu rebato.
—Deixe-me corrigi-lo—. Mas meu olhar deriva do cabelo dele, aterrissando em
seus lábios cor de rosa que pairam muito perto dos meus. Eu imagino como eles
vão parecer macios, e eu quero pressionar contra eles.

Seus lábios começam a se mover, mas eu não ouço as palavras dele. Eu estou
paralisada, e quando eles ainda assim não vêm, um magnetismo me empurra à
sua boca.
Eu toco seus lábios com os meus, e ele beija de volta no início, suave e doce.
Um gemido estridente faz cócegas na minha garganta, e eu rastejo em sua
cintura, em cima dele, pronta para algo mais. Eu só preciso dele... eu amasso
meus dedos através de seu cabelo, e eu aperto minhas coxas.
Ele puxa para trás.
Não, eu respiro profundamente como eu estivesse correndo atualmente uma
meia-maratona. Eu estou apenas começando a correr até um declive íngreme, e
ele me parou no meio do caminho.
—Lily…—
Minhas mãos mergulham embaixo de sua camisa, e eu traço os gomos de seu
abdômen, deslizando cada dedo ao longo de seu peito nu. Eu inconscientemente
cavo minha pélvis, balançando um pouco, precisando dele mais e mais.
Um gemido escapa de seus lábios desta vez, e ele tem que pegar meus pulsos.
Eu não quero parar, parece que eu não toquei nele há tanto tempo, parece tão
insuportável. Eu me lembro da alegria e explosão ao gozar. Eu quero essa
sensação a ondulação através de mim. Eu quero o meu corpo vibrando até que eu
não consiga ver direito. Eu sinto tanta falta.
Mas quando eu encontro seus olhos duros, vejo a resposta. Não. Não. Não. Mas
eu quero ouvir sim apenas uma vez, eu quero suspirar de alívio com a palavra.
—Eu não tive relações sexuais em dias—, eu digo como se fosse uma realização.
—Eu pensei que eu seria recompensada por bom comportamento.
Sua boca se curva em um sorriso genuíno. Eu ganhei, eu acho. É isso. Eu aperto
minhas pernas em volta de sua cintura novamente, sua dureza me dirigindo a
novos níveis de ansiedade.
—Calma—, ele protesta, me levantando por debaixo dos meus braços. Ele me
coloca em seus joelhos. Não tem graça. —Como se sente sobre eu fazer um
acordo com você?
—Eu gosto de acordos —, eu digo, o meu olhar derivando para o seu pênis.
—Olhos em mim, Lil.
Eu tento, estou tentando, eu estou. —Mas acordos não são contra as regras?
—Esse não.
Agora estou curiosa. Ele esfrega minhas pernas, semi espalhadas em seu colo.
Eu acho que isso é melhor do que ser jogada fora dele inteiramente. O
movimento agarra a minha atenção, e eu desejo desesperadamente que seus
dedos subissem mais alto, para o local que palpita tão desesperadamente por seu
toque.
—Você pode escolher uma coisa para fazer no momento, eu posso te beijar até
que você esteja sem fôlego. — Ele se inclina para a frente e coloca um pequeno
beijo, fugaz em meus lábios antes de sua respiração fazer cócegas meu ouvido.
—Ou eu posso colocar os meus dedos dentro de você e fazer você se sentir
completa — Sim. —Ou ...— Não há outra opção? Oh caramba. Eu pressiono
para a frente, mesmo contra a sua vontade, e aperto a camiseta entre meus dedos.
Eu posso praticamente sentir ele pulsando embaixo de mim. Ou talvez seja
apenas a minha necessidade de crescimento fora de controle. —... Eu posso
colocar minha mão dentro de suas calças e fazer você vir. — Duplo sim. —
Mas…—
Meus ombros caem na percepção de que há uma estipulação, eu acho que é por
isso que é chamado de acordo e não estou livre para tudo ... ou um livre para
Lily. —Eu não gosto de mas ...— Eu paro porque eu percebo que eu gosto de
extremidades, apenas o tipo inteiro.
—Você está ficando vermelha, — Lo observa. —Você está pensando sobre a
minha bunda?
Eu bebo em seus ricos olhos cor de âmbar. — Mais como minha bunda e seu...
Ele cobre a minha boca com a mão e sussurra em meu ouvido novamente, —
Meu pau não vai a lugar nenhum perto da sua bunda, Lily Calloway, mas estou
feliz de colocá-lo em outro lugar. — Ele sussurra um par de lugares, e eu
percebo que eu estou travada em seu colo como um macaco, me segurando tão
duro que eu já estou molhada e pronta.
— Mas? — Eu digo, lembrando ele que havia um grande e gordo obstáculo que
ele construiu.
— Você só pode escolher uma opção, ou você pode abrir mão de todos eles e
optar por esperar até hoje à noite, e vamos ter relações sexuais. Cabe a você. —
Tudo que eu ouço é que vamos ter relações sexuais. Mas eu tenho que esperar
por ele, e agora, esperando oito minutos é uma tortura que eu não consigo
aguentar. Como posso esperar oito horas?
— Eu não gosto desse acordo.
— Nem eu, mas nós temos que praticar o autocontrole, todos nós. — Oh.
Eu pondero as opções e percebo que se eu escolher alguma coisa agora, ele não
vai estar recebendo qualquer tipo de prazer. —Eu escolho a cabeça. Lhe dar a
cabeça, eu quero dizer —, eu digo uma das frases mais grosseiras que eu já usei,
mas a última coisa que me interessa agora é sofisticação. E por um breve
momento, eu me pergunto se quando Connor e Rose estão na cama falam
abertamente das partes anatômicas ou falam em bela prosa? Eu tinha que
perguntar a Rose, mas ela é fechada sobre essas coisas. E eu tenho certeza de que
sua vida sexual é inexistente desde que ela tem problemas de intimidade, e eu
espero que ela teria me dito se ela perdeu a virgindade.
—Deixe meu pinto fora disso —, Lo diz, igualmente elegante.
—Por quê? — Eu enrugo a testa e então meus olhos se arregalam. —Isso é uma
tarefa na lista negra? — Nós ainda não participamos de terapia juntos, mas
imagino que vou estar implorando ao meu terapeuta para os detalhes dessa lista
assim que o ver.
Ele cobre minha boca novamente. —Pare de falar...—, ele diz com firmeza. Ele
muda um pouco debaixo de mim, e estou prestes a olhar para baixo, mas ele
levanta meu queixo antes de pegar um vislumbre de sua dureza.
Obviamente eu não sou a única com hormônios em fúria. Eu poderia sorrir, mas
eu também me sinto culpada que ele tenha que sofrer por causa do meu vício.
Meus olhos piscam em seus lábios, e há uma parte de mim que quer ceder e
escolher beijar. Mas beijar sempre leva a mais comigo, e sendo negado, será
mais difícil do que não ter Lo em tudo.
Eu pego seu pulso e puxo a mão da minha boca. Ele me dá um olhar de
advertência para não trazer as partes do seu corpo. Mas isso é precisamente a
razão pela qual eu estou escolhendo esta noite, a única opção que oferece
qualquer tipo de prazer a ele também.
—Podemos esperar—, eu digo em voz baixa e lentamente. A contragosto, eu
deslizo fora de seu colo e da cama. Eu fecho meu laptop e vou endireitar minha
camisa na frente do espelho. A pior parte, eu não serei capaz de liberar a minha
frustração reprimida no momento. A pulsação entre as minhas pernas terá que
esperar. Porque eu tenho o compromisso de não masturbação. Uma vez que eu
começar por esse caminho, não há nenhuma parada. Eu vou voltar a ser a besta
compulsiva, e eu não quero que Lo me veja assim.
—Você tem certeza? — Lo pergunta da cama.
Ele está tão surpreso quanto eu. Normalmente eu pegaria uma das gratificações
imediatas, mesmo que fosse fugaz. Eu vou me arrepender da minha decisão em
um par de horas, mas pelo menos eu estou fazendo a escolha mais inteligente
agora.
Eu encontro seus olhos, e eu juro que eles clareiam, com o quanto ele está
orgulhoso de mim.
— Positivo.

Em retrospecto, eu deveria ter ido para um pouco de carícias sobre as roupas. Eu


teria vindo e todos estariam bem. Mesmo depois de um banho, eu me sento atrás
da minha mesa nos escritórios Calloway Couture com um tesão tão louco que eu
reflexivamente esfrego a minha metade inferior contra a minha cadeira. Meu
rosto em chamas quando eu percebo o que estou fazendo, e olho para cima,
querendo saber se Trish e Katie também viram.
Mas ambas as loiras estão a distância, atrás de suas mesas brancas, o local de
trabalho é mais parecido com um loft, com cubículos.
Racks de roupas f as paredes. Rose tem um escritório de vidro com vista para o
resto de nós, e agora, eu sinto falta dela espreitando constantemente em toda a
sala, seu olhar de censura pulando da tela do seu computador para minha mesa.
Sua cadeira está vazia, e eu continuo olhando para seu escritório, querendo que
ela me lembre por que eu não deveria me deslocar para o banheiro e fazer algo
impertinente e simplesmente errado.
Mas ele vai me fazer sentir tão bem.
Eu estou a dois segundos de bater minha testa sobre a mesa. Mas eu me
concentro no meu computador e Planilha do Excel. Eu tento não imaginar Lo nu,
que já apareceu em minhas cabeça três vezes. Eu fantasio sobre ele muito, mas
eu sou grata que há outros caras se infiltrando em meus pensamentos. Saudades
dele por três meses me curou temporariamente. Era como se meu cérebro só
pudesse processar uma imagem: Loren Hale. Durante todo o dia, todos os dias.
Mas por estar sozinha, rodeada por roupas e duas assistentes ocupadas com seus
olhos colados aos computadores. Eu não posso parar as imagens pecaminosas
escorrendo diretamente sobre mim.
Eles começam com Lo andando em minha direção, ainda no escritório. Ele joga
tudo fora de cima da minha mesa branca me levanta, nenhum de seus
movimentos suaves e lentos. E, nesta fantasia particular, eu estou usando um
vestido.
E tudo o que ele precisa fazer é mudar minha calcinha um pouco, e então ele
puxa minhas pernas para que elas enrolem apertado em torno dele, minhas costas
contra a mesa fria, me arranhando totalmente. Ele derruba o topo do meu
vestido, seus lábios encontrando meu peito, sugando, e, em seguida, ele
empurra...
Ok, eu preciso parar.
Eu me contorço no meu lugar, o ponto entre as minhas pernas pulsando agora de
verdade. Não há nenhuma dúvida sobre isso. Talvez eu possa só entrar em um
site pornô e uma vez que eu olhar para as fotos, tudo vai ficar bem. Eu vou rolar
através de fotos impertinentes do Tumblr, e ninguém vai saber. Eu vou bater tão
alto o que eu desejo, e ele vai ficar bem mais uma vez.
É uma coceira, um pulso subconsciente. Desta vez, eu bato minha testa no
teclado, martelando a minha frustração até que meu computador deixa escapar
um grito. Merda.
Eu levanto um pouco, expiro profundamente. E depois uma campainha vibra.
Trish está, em suas botas de camurça cinza fazendo uma curta caminhada até a
porta.
Rose está provavelmente aqui. Minha ansiedade começa a diminuir. Sua
presença certamente irá me manter na linha. Eu olho minha planilha do Excel
que detalha estoque atual da coleção, temos que enviar mais algumas peças para
H & M porque eu errei a ordem. Eu acidentalmente coloquei um vestido maxi na
coleção de primavera, e Rose me repreendeu porque a maioria de suas roupas
são as mais lisonjeiras sobre as meninas de hoje em dia.
Meu telefone apita uma mensagem assim que Trish abre a porta. Eu verifico o
texto.
Prostituta - Desconhecido.
Meu coração explode.
Ele tem meu número, ele já não está passando por Lo. E se não for a mesma
pessoa que mandou a mensagem para ele? Eu nunca pensei que fosse possível
haver várias pessoas envolvidas nas mensagens-ameaça.
Eu rapidamente entro no site de busca e digito meu nome, me perguntando se o
meu segredo já foi derramado. Meus dedos tremem enquanto eu percorro uma
lista de Lily Calloways. A maioria dos artigos sobre mim discutem o meu
envolvimento com Fizzle. Alguns até me chamam de "herdeira da soda" que é
um título mais frio do que eu acho que mereço. Não há notícias baixas
aparecendo. Nada sobre vício em sexo.
Deixo escapar um pequeno suspiro de alívio, mesmo que a palavra "prostituta"
ainda esteja no meu celular. Responder de volta pode apenas alimentar ele para
fazer algo drástico como chamar os tabloides então eu abandono a busca.
—Venha —, diz Trish. —Basta estar ao longo da parede perto da janela. É
matizado, para que você não precise se preocupar. Eu vou trazer a roupa dos
homens dos nossos bastidores. Sirva-se de café e água em cima da mesa.
O que? Eu pensei que os modelos masculinos estavam vindo mais tarde hoje.
Como em duas horas. Eu verifico o meu relógio no telefone. Oh... o tempo
realmente voa quando você está presa dentro da sua cabeça.
Os caras entram em fila. Um por um. Cada um tão impressionante como o
próximo. É difícil não olhar já que é o que está aqui. Tento me lembrar de Daisy.
Eu não quero que ninguém se embasbacando com a minha irmã como eu sou
fazendo com esses caras, mas ainda assim, eu não posso parar.
Eu conto os modelos na minha cabeça. Um, dois, três... e quando eu chego a
nove, a porta se fecha. Pera aí, onde está Lo? E Rose? Rose e Lo. Eu preciso
tanto deles aqui. E Lo deve ser o décimo modelo.
Rose estava vindo trazer ele ao escritório desde que ela tinha que fazer algumas
coisas, estaria aqui durante a montagem. Mas, ainda assim, ela não está aqui.
Trish parte para os bastidores, e Katie está arrumando os caras na direção da
minha mesa onde eles vão demorar. Me sento ao lado da janela com vista para a
cidade e diretamente na minha direção está uma mesa com muffins recém
13
assados, café e garrafas de Evian .
Eu surto.
Eu não sei mais do que chamá-lo. Assim quando Katie começa a olhar em minha
direção, eu ajo como se eu tivesse deixado cair uma caneta, e agacho para pegar.
Então eu afundo debaixo da minha mesa, me escondendo, e eu rapidamente
discar o número de Lo. Felizmente ninguém pode me ver, mas tenho certeza de
que todos estão se perguntando onde desapareceu a maluca da assistente.
Talvez eles pensem que eu simplesmente me tele transportei. Eu tento me
convencer do ridículo e da noção do impossível. Mas pelo menos eu não posso
vê-los. Suas vozes profundas e risadas baixas me fazem mais paranoica do que
excitada. Eu só não quero olhar para eles por muito tempo e começar a fantasiar.
Porque às vezes eu vou tentar transformar essas fantasias em realidade, e eu não
vou trair Loren Hale.
Não é por qualquer coisa.
Eu pressiono o meu telefone no ouvido, o toque incessante. "Pick up, pick up,"
murmuro sob a minha respiração. Eu abraço meus joelhos no peito, praticamente
em uma bola, com medo.
—Ei, é Lo.
—LO...
—Deixe uma mensagem e eu posso retornar à ligação. Mas realmente, você deve
apenas tentar ligar mais uma vez. E se não for importante, então não se preocupe
de me ligar novamente. —BEEP.
—Eu odeio que você não mudou sua estúpida secretária eletrônica —, eu
sussurro, com raiva. —Isso me engana sempre, e não é bom.
Um par de calças de brim param perto da minha mesa. Eu abro meus olhos
arregalados. Eles estão se despindo. Um deles está sem calças. Oh. Meu. Deus…
Desligo o telefone e faço uma rediscagem. Secretária eletrônica. Eu engulo em
seco e digo sob a minha respiração, —Hum, Lo, onde está você? Tchau. — Eu
desligo rapidamente, e eu ligo para minha irmã sensata. Os toques da linha duas
vezes antes que ela atenda.
—Você está bem? — Rose pergunta.
—Por que Lo não atende? — Pergunto roendo minhas unhas.
—Ele deixou seu telefone em casa. — Sua voz abafa quando ela puxa o receptor
de seus lábios. —Ok, tudo bem, Lo, eu entendo, se acalme. — Ela bufa e diz
mais alto: —os modelos já estão aí?
—Sim —, eu digo, um vislumbre de um par de tornozelos e pernas nuas, o que
significa que ele pode me ver enrolada aqui. Mas não me atrevo a olhar.
—Todos os nove Capitão América chegaram para o serviço. Onde está você?
— Não é de Rose se atrasar.
—Presa no trânsito —, Rose me diz. —Eu disse a Connor que iria pegar sua
roupa na lavanderia, e acabei me atrasando.
—Você poderia ter dito a Harold para fazer isso —, eu digo em voz baixa. Os
tornozelos nus estão se movendo mais perto! Eu fecho meus olhos. Vá embora.
Vá embora.
—Eu prefiro não usar o mordomo de nossa mãe, obrigado. — Sim, eu suponho
que venha com algum tipo de condição. Como passar um par de jantares extras
em Villanova, e Rose já se comprometeu com as confraternizações de domingo.
—Mmm-hmm. — Eu paro as pernas muito perto agora.
—Lily ...— Rose fala. —Se você está desconfortável, você pode ir esperar no
meu escritório, certo? Você não tem que fazer parte em torno desses modelos.
Eu acho que é tarde demais para isso.
O modelo masculino se agacha, e eu estou de frente com lindos olhos castanhos,
pele bronzeada e cabelos escuros penteados de uma forma perfeita. Ele tem o
charme italiano em seu sorriso ofuscante. Ele inclina a cabeça. —O que você é
fazendo aí embaixo?
—Eu trabalho aqui —, eu deixo escapar. Eu estou vermelha da cabeça aos pés.
Ele ri uma risada rouca.
—Lily. — Eu recuo ao ouvir o som da voz de Lo, e eu olho por cima do meu
ombro, o restante reunido na parte de trás da mesa branca. Certo, eu tenho o
telefone pressionado no meu ouvido.
—Eu sou Julian—, o modelo diz, estendendo a mão.
A palma da minha mão está muito suada. Ele vai pensar que eu sou estranha se
ele apertar a mão escorregadia, então eu aponto para o meu telefone e lhe dou
um sorriso nervoso. —Assunto de trabalho —, eu digo.
—O que está acontecendo? — Lo pergunta através do receptor. —Você está
bem, Lil? — Seu tom preocupado impulsiona nós no meu estômago, eu não
quero que ele esteja preocupado que eu vou trair ele. Eu sei que é um medo
válido, mas eu gostaria que ele pudesse confiar em mim cem por cento. Mas ele
só pode fazer isso quando eu começar a confiar em mim mesma.
Julian diz: —Quando você terminar, você deve sair daí debaixo. Seu escritório
tem uma grande vista.
Eu sei que ele está apenas tentando ser legal desde que eu estou parecendo um
monstro anti social no esconderijo sob a mesa. Ele não está dando em cima de
mim, mas eu não posso parar de olhar seus belos cílios.
Ele se levanta, e eu tento focar meus pensamentos sobre o telefonema. — Lo? —
Eu questiono se ele desligou.
— Lil—, diz ele lentamente, — foda, você está me assustando.
— Desculpe, eu estou bem.
— Onde está você?
—Na minha mesa. — Isso não é uma mentira, certo? Tecnicamente estou bem
aqui. —Eu só... pensei que você ia estar na sala também. — Eu não quero me
enganar sobre ele. Eu não quero mesmo dar minha mente a capacidade de
contemplar o pensamento para passear e fantasiar, isso vai me matar. Mantê-los
fora de vista é melhor, mesmo que ele não seja saudável para evitar o sexo
oposto quando Lo não está por perto.
Assim que eu tiver uma pouco de controle das coisas que me seduzem, vai ser
melhor. Hoje apenas não é um bom dia. Estou extremamente excitada.
—Você não tem que falar com eles—, ele me lembra.
Muito tarde.
—Eu pensei que você disse que estava em sua mesa.
—Eu estou.
—Então como é que eu não vejo você?
Ele está aqui? Eu não posso nem rastejar para fora debaixo da minha mesa, nem
mesmo para cumprimentar Lo e Rose. Porque todo mundo que está na mesa dos
muffins vai rir e olhar estranho por estar aqui, eu apenas quero ficar escondida
até que todos eles saiam.
—Talvez—, eu digo, —porque sua superpotência é me transformar em invisível.
Ele faz uma pausa. —Isso é um poder terrível. Leve de volta.
—Certo, tudo bem, eu posso estar aqui. Mas eu não estou aqui na minha cadeira
— eu sussurro.
E então eu vejo um par de Ratted Vans*. Ele se curva diante de mim da mesma
forma que Julian fez, mas seu rosto não é o tipo cheio de diversão. Seus olhos
escurecem e as sobrancelhas enrugam em preocupação.
—Vá modelar ou experimentar roupas ou, você sabe, fazer o que você tem que
fazer—, digo a ele. —Não se preocupe comigo eu estou trabalhando em algo
aqui embaixo.
—Como o quê?
Uhhh ... —Uma coisa ... um relatório.
—Ok —, ele diz, e eu relaxo, contente que ele está me deixando fora do gancho.
—Posso ter um abraço antes de ir?
Eu rastejo para a frente um pouco, ainda bloqueada pelos lados da mesa, e eu
envolvo meus braços em torno dele, ele cheira bem. Como hortelã sabão e uma
pitada de perfume cítrico. Pouco antes de eu deixar ele ir, os braços de Lo
apertam em volta da minha cintura, e ele começa a me puxar para fora do meu
santuário.
—Lo —, eu sussurro ferozmente. Me enfio em seu peito, tentando escapar e
rastejar de volta ao meu esconderijo.
Mas ele me traz para a luz, e eu enterro meu rosto na curva de seu braço, sem
vontade de atender aos olhares dos outros modelos zombando. Eu não quero que
as pessoas olhem para mim como eu fosse, uma menina anormal estranha.
Lo acaricia a parte de trás da minha cabeça, e seus lábios escovam meu ouvido.
—Ei, você está bem. Lil, ninguém se importa.
—Eu me importo —, murmuro.
E então ele aperta meu rosto e antes que eu possa fazer algo, os lábios tocam os
meus. Ele me beija profundamente, sua língua entrando em minha boca. Os
meus pensamentos, minhas inseguranças, eles voam da minha cabeça e toda a
minha tensão acumulada começa a apertar novamente.
A distração funciona muito bem, porque quando ele recua, alguns dos modelos
batem palmas e assoviam em tom de brincadeira. Lo balança a cabeça para mim
enquanto eu coro até os meus cotovelos.
—Não dê ouvidos a eles. — Ele rola para fora minha cadeira e me guia até que
eu estou sentada atrás da minha mesa mais uma vez. E ele está pendurado na
parte de trás, a cabeça mergulhando baixa quanto ele fala no meu ouvido.
—Basta pensar neste beijo como acompanhamento para esta noite.
Viro a cabeça uma fração para ver suas feições nitidamente congeladas. —E se
eu não puder esperar?
—Você pode, — ele me garante, mas seus músculos flexionam, preocupado com
a minha reivindicação súbita.
—Você está certo —, eu digo. —Eu posso. — Eu aceno, sabendo que eu preciso.
Eu tenho que esperar nesta cadeira, com dez modelos masculinos nas minhas
costas, e eu tenho que terminar o duplo controle da minha planilha. Concordo
com a cabeça novamente, tentando construir confiança.
Ele beija minha têmpora uma última vez, me deixando completamente dolorida.
E de vez em quando, a minha excitação se volta para o embaraço e vergonha.
Gostaria de saber se qualquer um desses modelos pode ler meus pensamentos
pecaminosos, ou se eles só pensam que eu sou uma garota estranha. Eu não
deveria me preocupar com o último, mas ser lembrada de que não sou normal,
me faz sentir ... errada e suja.
Depois que Rose atribui os modelos de roupas, ela para na minha mesa. — Você
está liberada.
Eu dou de ombros timidamente. O que mais há a dizer sobre isso?
—Você não tem que estar aqui, Lily—, ela diz. —Você pode ir para casa mais
cedo.
—Eu preciso terminar isso. — Eu bato em minha tela. —E eu quero voltar para
casa com Lo.
—Você está desconfortável—, ela diz.
Eu estou, mas também estou desesperadamente tentando fazer a coisa certa aqui,
estou tentando ser melhor. —Está tudo bem.
Ela dá um tapinha no meu ombro. —Se você mudar de ideia, me deixe saber, eu
não vou ficar chateada com isso. — Ela retorna aos modelos, e ela verifica Katie
e Trish, se certificando que eles estão fazendo bem o seu trabalho.
Depois de dez minutos, lamento beber dois mochas esta manhã, tenho a pior
vontade de fazer xixi, e que significa passar um tempo sozinha no banheiro. E
olá, eu estou excitada demais, e o fascínio de me masturbar é avassalador como
uma droga.
Eu não posso me contorcer por mais tempo no meu lugar. Eu não quero atrair
mais atenção desnecessária para mim mesma. Então eu levanto e ando
timidamente para o banheiro passando tanto por Trish como por Katie em suas
estações de trabalho. Olho pelo meu ombro apenas uma vez, e eu visualizo todos
os modelos se movendo em casacos esportivos, camisas de botão, camisas polos
e calções de golfe, todas as roupas sob medida e chique.
Lo encontra o meu olhar. Ele está cheio de questionamento. Eu murmuro
banheiro com a boca, ele balança a cabeça, mas ele deve ver a necessidade
rastejando sobre mim como um câncer, porque sua preocupação nunca
desaparece. Mas eu posso esperar para ter relações sexuais. Eu vou ficar bem, eu
tento me convencer.
Eu fecho a porta atrás de mim, e depois que eu termino no banheiro, eu toco
minha calcinha, prestes a subir elas em torno de minhas coxas. Mas eu hesito por
um longo segundo. Porque o lugar entre as minhas pernas está pulsando tão
forte, e eu me lembro da sensação feliz que eu terei se eu tocar apenas uma vez.
Eu estarei flutuando, eu quero aquilo.
Fecho os olhos e passo uma grande parte do tempo em uma batalha mental. Eu
acabo puxando minha calcinha, mas meus jeans ficam em torno dos meus
tornozelos. Eu fecho a tampa do vaso e me sento sobre a cobertura marrom de
camurça. O banheiro cheira a pinho e Cranberries, um vaso de vidro espirra o
aroma.
O que deixa parecer dez vezes mais difícil.
E, em seguida, a porta se abre. Me esqueci de trancar! Eu grito internamente,
lutando com meu jeans.
—Tem gente aqui! — Eu grito, mas o corpo desliza para dentro de qualquer
maneira.
De costas para mim, Lo tranca a porta e então se vira, me pegando congelada
com meu jeans a meio caminho das minhas pernas, e com o assento do vaso
fechado.
—Eu não ...— Eu começo. Será que ele acredita em mim? Eu não faria isso, eu
fui pega com as calças abaixadas.
Parece que eu nem sequer tentei esperar, parece que eu desisti.

{10}

LOREN HALE

Eu esfrego os lábios, sem saber o que fazer sobre Lily sentada na tampa do vaso
com seu jeans até a metade de seus tornozelos. Eu me preocupo com a sua
respiração pesada e o tremor de suas mãos. Ela é uma viciada que precisa da sua
próxima dose.
—Lo, eu não fiz—, ela diz novamente.
E eu acredito nela neste momento, lágrimas ameaçam derramar pelo seu rosto, e
eu corro para ela antes que ela tenha um colapso maior. Eu agacho para coincidir
com sua altura, e coloco minhas mãos sobre os joelhos. —Ei, Shh. — Eu seguro
minhas mãos em concha no seu rosto e esfrego uma lágrima que caiu com o meu
polegar. —Você está bem.
Ela balança a cabeça.
—Você pode esperar? — Eu pergunto—. Você tem ainda mais de cinco horas.
Ela estremece.
Eu não posso ver ela desmoronar assim, meus pulmões se contraem, apertando
meu peito.
—Você deve voltar—, ela diz. —Você está trabalhando.
Eu tirei a roupa de Calloway Couture, e eu estou usando minha camisa preta
regular e jeans.
—Eles estão escrevendo as alterações para os outros modelos, eu tenho tempo.
— Eu deveria estar colocando minha segunda troca, mas Rose está preocupada
com as medições e fotografias de teste. Ela não vai me perder por muito tempo.
Lily olha para as mãos no colo, mal encontrando meus olhos. —Eu posso
esperar—, ela diz baixinho, tão manso que eu não acredito nela por um segundo.
—Você pode? —, Pergunto.
Ela balança a cabeça e limpa o nariz com as costas da mão. Enfio seu cabelo
atrás da orelha, querendo tanto puxá-la em meus braços e fazer tudo melhor, mas
não é assim que este novo capítulo das nossas vidas é suposto ser, não é?
—Eu não tive relações sexuais por três meses inteiros—, ela diz suavemente.
—O que há com cinco horas?
—Isso é diferente.
—Por quê? —, Ela pergunta, com o queixo tremendo, ela quer tanto me pegar.
Eu posso ver isso na forma como seus olhos deslizam sobre meu corpo por um
breve momento. Ela percebe a si mesma e olha de volta para o chão.
— Porque eu não estava lá—, eu digo a ela. —Você não tinha a oportunidade de
me tocar, era mais fácil. — Eu imagino que três meses sem mim era como estar
preso em uma casa sem bebida. Se não há nada para beber, então você não vai
ficar bêbado. Mas sempre há lojas de bebidas, da mesma forma que existem
sempre outros caras para foder. Ela também tinha a opção de tocar a si mesma,
mas ela está eliminando isso completamente. Ela está fiel a seus votos.
E eu sei que se eu a deixar assim, ela vai quebrar um por se masturbar. Ela não
pode durar cinco horas, e ela não vai me pedir para fazer sexo com ela. Então ela
vai ser atraída para a próxima melhor coisa, pensando que se masturbar é a
solução certa. Ela não vai me trair. Ela só vai enganar a si mesma.
Assim, enquanto ela funga e enxuga as lágrimas, eu coloco minha mente
atormentada para a maldita lista negra do terapeuta com as regras. Minha cabeça
está distorcida, distraída pelo tremor constante de Lily e a forma como seus
joelhos começam a girar para dentro.
—Lo—, ela chora. —Eu acho que você deveria sair. Meu peito cai. —Eu não
estou indo a lugar nenhum.
E antes que ela possa rebater, eu a beijo. Eu separo os lábios com a língua, e ela
aperta a minha camisa, seus gemidos suaves como se me agradecesse. Cada um
me deixa com mais força, e meus movimentos se tornam tão famintos quanto os
dela.
Eu a levanto em meus braços, e as pernas instintivamente se envolvem em torno
da minha cintura. E eu empurro de volta contra a parede. Sua voz se perde na
base do meu pescoço, testa pressionando ao meu ombro.
—Eu preciso de você—, ela sussurra, em pânico. —Por favor ...— O medo em
sua voz corta uma nova cicatriz.
—Shh, amor. — Eu esfrego a mão na parte de trás de seu cabelo, e eu mordo sua
orelha com os dentes. Ela estremece contra mim. Eu quero liberar ela, mas eu
sinto que não há vencedor com isto. Se eu a deixar ir, ela vai se masturbar. Se eu
transar com ela, ela vai odiar a si mesma. Se eu a fizer gozar, ela ainda vai ser
preenchida com vergonha e culpa por não conseguir duração de cinco horas.
Não há resposta certa, sem um caralho de ruptura. E assim cada golpe contra sua
carne está cauterizado com tensão e uma dor forte, meu coração batendo como
uma britadeira para consolidar.
E eu a beijo novamente, meus lábios inchados debaixo de sua ânsia, a sua
insistência para empurrar mais profundo, para ir mais. Ela passa as unhas roídas
nas minhas costas, não afiadas o suficiente para tirar sangue, nem mesmo longas
o suficiente para arranhar realmente, mas ela cava os dedos em minha pele. Ela
agarra tão ferozmente, como se eu estivesse a dois segundos de soltar ela, e de
dizer não.
Meu cérebro encaixa e, a lista negra não é nebulosa mais. Nós não podemos
fazer isso, eu retraio os lábios dos dela, não conseguindo encontrar seus olhos.
Eu estou fodido agora.

Eu quero dar um soco na parede, eu quero gritar. Mais do que tudo, eu quero ir e
sentar em um bar e esquecer a estrada que eu estava prestes a puxar para baixo
de Lily. O que diabos está errado comigo?
—Lo...
Eu a coloco em seus pés, e ela oscila vacilante. Eu mantenho uma mão na
cintura, mas não há quantidade considerável de distância entre nós.
—O que eu fiz ...? — Sua voz aguda balança meu estômago.
—Nada —, eu digo, enfiando outro pedaço de cabelo atrás da orelha.
—Então nós podemos fazer alguma coisa... — Ela agarra minha camisa de novo,
apertando o tecido entre os punhos em pânico.
Eu ergo seus dedos de mim. —Nós não podemos fazer sexo aqui, e eu não posso
te tocar aqui também. — Mas ela não pode esperar até hoje à noite.
Ela balança a cabeça rapidamente, e quando a notícia bate nela, ela puxa os
ombros para trás da forma que eu já vi Rose costuma fazer. Ela levanta o queixo,
tentando ser forte. Cristo, eu quero beijá-la e me desculpar por tenta- lá ainda
mais. Eu deveria ter a levado para a nossa casa, onde poderíamos ter relações
sexuais. Na verdade, isso é o que vamos fazer agora.
—Pegue suas coisas, — eu digo a ela. —Nós estamos indo para casa, e eu vou
fazer você vir. — Meu tom não é sexy. É clínico. Eu só quero que ela seja capaz
de esperar até chegarmos ao nosso quarto.
Eu encontro seu jeans no chão, e ajudo-a colocar as pernas em cada buraco da
calça. —Espere —, ela diz.
Eu não quero dar a ela a chance de me convencer a fazer sexo com ela no
banheiro. Não está acontecendo. Eu já estraguei tudo, despertando ela ainda
mais. Eu não preciso quebrar mais nada da lista negra.
Sexo em lugar público, não é do caralho permitido.

Eu fecho a parte cima suas calças jeans e pego o botão completamente, me
elevando sobre ela com o domínio que faz com que ela se contorça. Eu quero
beijá-la. Deus, eu só quero abraçá-la. Mas em vez de ir em direção a Lily, eu
tenho que recuar.
—Espere —, ela diz de novo, mais forte desta vez. Ela agarra meu pulso para me
impedir. —Você não está indo para casa.
—Eu não vou deixar você —, eu digo. Eu não acrescento que eu não confio nela,
seus dedos podem deslizar em sua calcinha, ela pode se dar o que eu tenho
negado.
—Você está trabalhando —, ela me lembra, lágrimas construindo novamente.
—Eu não estou estragando o seu primeiro emprego. — Ela inala uma respiração
forte e acrescenta: — Eu vou ficar na minha mesa, e quando você terminar de
trabalhar, nós podemos ir.
Eu hesito.
—Você deve ter apenas mais uma hora. Eu posso esperar esse tempo.
—Além disso, o tempo da volta para casa —, eu a lembro. Ela balança a cabeça
rapidamente. — Sim, sim.
Eu gosto dessa opção, principalmente porque Lily veio com a ideia, e isso vai
ajudar a diminuir qualquer culpa que ela venha a sentir por não ser capaz de
esperar esta noite. — Ok. — Eu beijo sua bochecha. E ela suspira, mas enquanto
ela caminha para a porta, a tensão se torna evidente na maneira como as coxas se
pressionam juntas.
Eu a levo para fora do banheiro, entramos no espaço do loft onde Trish e Katie
arremessam roupas fixando os vestuários dos modelos rapidamente. Eu olho em
volta para Rose, mas ela não está em nenhum lugar à vista.
Lily mantém os olhos preso à mesa e em nenhum outro lugar. — Eu vou ficar
bem —, ela diz, mais para si mesma do para mim.
— Eu sei que você vai.
Eu a vejo fazer uma pequena viagem até sua mesa. Ela desliza em sua cadeira e
estuda seu computador focada e concentrada na tela. Talvez seja tudo uma
fachada. Mas eu sei que ela está tentando muito duro.
Eu preciso encontrar Rose para lhe dizer que eu estou saindo logo depois que eu
terminar com o material. Não há muitos lugares que ela poderia estar. Além de
seu escritório de vidro, só há os bastidores. Eu passeio pelo curto corredor, meus
ombros rígidos. Enfio meus punhos em meus bolsos para que eles parem de
tremer. Eu me sinto no alto de medo e preocupação, minha adrenalina a mil. Eu
só preciso de uma bebida.
Sua voz gelada ecoa de uma porta aberta. Eu descanso meu braço sobre a
moldura, os olhos correndo ao redor da área que está cheia de caixas marcadas,
estantes de roupas, e banheiras de plástico transparente com luz baixa. Rose está
de costas para mim, um telefone pressionado para sua orelha.
— Eu não quero ter essa conversa com você agora, nós temos uma sessão de
fotos na próxima semana e um desfile em dois meses.
— É precisamente por isso que eu liguei. — Eu reconheceria a voz cortante de
Samantha Calloway da porra da lua. Eu não estou surpreso que ela ligou para
sua filha. Ela está envolvida com a empresa de Rose desde o seu nascimento.
—Não comece —, Rose avisa a ela. — Isso não vai acabar bem, mãe.
—Você está certa. Isso não vai acabar bem para você, eu ajudei seu pai com
Fizzle no mercado durante vinte anos. O que você está fazendo vai arruinar
Calloway Couture.
—Ele é apenas um modelo! — Rose grita. —Ele não é o cara da empresa. Eu
congelo.
—Ele é um alcoólatra, — Samantha retruca. —E o seu rosto vai ser estampado
em revistas e anúncios próximos à sua marca. Sua empresa irá sofrer por isso.
De repente, parece quente aqui. Eu puxo o colarinho da minha camisa. Por que é
tão quente?
—E quem vê Loren Hale e imediatamente pensa que ele é alcoólatra? Seus
amigos? Porque eu tenho certeza como no inferno que ele não conhece mais
ninguém neste país do caralho que daria a mínima. —o veneno de Rose em suas
palavras.
—Não fale assim comigo, eu sou sua mãe, e é o meu trabalho lhe dar conselhos.
— Eu ouvi —, diz Rose. — Seu conselho, pelo que eu sei é bem crítico e frio.
Loren será um modelo na campanha, ele vai estar em fotos, desfiles e
comerciais, por isso, se você tem um problema com isso, desligue a televisão,
desvie os olhos, mas não me repreenda.
Samantha Calloway suspira. —Existe alguma coisa que pode mudar sua ideia,
Rose? Você está cometendo um erro muito grande.
—Nada —, ela diz.
—Bem, então, eu vou te ver domingo. — Ela faz uma pausa. —Me desculpe, se
eu gritei.
Rose suspira pesadamente. — Eu também. — Ambas desligam, e quando Rose
se vira, ela pula para trás, com a mão no peito, surpresa. —Lo, eu...
—Não —, eu digo com um sorriso amargo que se transforma em uma careta.
— Olha, eu não sabia que o meu papel na sua empresa teria impacto você
negativa.
—Não —, ela exclama. —Ela é apenas muito dramática.
Todos estes sentimentos queimam em meu interior, e se eu não falar o que está
em minha mente agora, eu vou ser conduzido da rua para um lugar que eu não
deveria ir. —Sua mãe está certa, — eu digo a ela, as palavras afundando baixo.
—E eu não vou ferrar com a sua carreira só porque eu preciso de algum
dinheiro. Eu vou encontrar uma outra maneira.
— Não —, Rose me diz. Ela segura um dedo com uma manicure perfeita
diretamente no meu rosto. —Você vai ficar.
—Eu não vou. — Eu não posso ficar. Eu não posso ferrar a vida de outra
Calloway com os meus problemas. Lily é tanto uma parte de mim que não há
nenhuma maneira de me desembaraçar dela agora, mas Rose, não estou indo
para prendê-la dentro do meu vício. Eu não vou levar ela por este caminho
escuro que eu caminho.
Me viro para sair, e Rose agarra meu braço. —Você precisa deste trabalho.
Eu me empurro fora de seu aperto. —Eu aprecio sua ajuda, realmente, mas você
tem que me deixar ir.
—Eu não posso —, ela diz com tanta determinação. —Eu lhe prometi este
trabalho, e você ainda estaria aqui se não fosse por aquele telefonema.
Eu dou de ombros. — Sim? Merda acontece, Rose. Um dia, eu era apenas uma
criança, e no próximo, eu tenho um irmão e uma conta bancária vazia, que eu
aprendi a lidar. — Estou prestes a atravessar a porta, mas ela desliza na minha
frente, bloqueando a minha saída.
—Eu não vou te pedir para ficar —, ela me diz.
—Bom —, eu rebato. —Então nós temos um entendimento. — Eu vou passar,
mas ela estende o braço, me prendendo. — Rose.
—Você nem sequer tentou, Loren. Você está desistindo.
Sinto as veias pulsando em meu pescoço, e eu me inclino para baixo. — Rose,
— Eu zombo. — Para uma menina que não pode tolerar um choro de bebê, que
não seria capaz de criar empatia com uma criança se ela puxasse sua maldita
manga, você realmente deveria parar de tentar compreender a raça humana. —
Minhas palavras cortam profundo. Rose tem sido incrivelmente aberta desde que
ela aprendeu sobre o vício de Lily, ela está lá para ela os minutos do dia, e eu sei
que ela iria deixar toda a sua programação, se eu pedisse a ela.
Mas eu só preciso que ela me deixe ir e perceba que ela perdeu esta batalha. Para
uma menina que ganha sempre, é uma coisa difícil de engolir.
Rose franze os lábios e, em seguida, ela cede saindo da porta. —Se mudar de
ideia
—Eu não vou. — Eu não posso nem mesmo lhe dizer obrigado. Eu percebo que
eu estou de volta para um quadrado, sem emprego e sem um plano real.
—Vou fazer um cheque para o seu dia de hoje.
Eu concordo. — Só não me pague a mais. Eu vou ser capaz de perceber. — Se
alguém está indo para colocar acidentalmente mais dinheiro, estes serão Rose e
Connor. Mas eu não quero aceitar sua caridade. Não é porque eu sou muito
orgulhoso, eu só quero provar a mim mesmo que eu posso fazer isso por mim.
Seus olhos escurecem, então eu sei que isso é exatamente o que ela planejava
fazer. Eu bato levemente em seu ombro arqueado, e volto para a sala principal. A
testa de Lily está quase pressionada em seu computador. Vou até ela, notando
que seu nariz toca a tela.
Eu sorrio. Deus, eu não posso acreditar que eu estou sorrindo depois de tudo o
que aconteceu, o fato de que esta menina pode tomar os meus lábios depois de
um dia tão ruim me faz nunca querer deixá-la ir. —Você está pensando em
comer sua planilha? — Eu pergunto-lhe. — Ou você está tentando desaparecer
no ciberespaço?
Suas bochechas ficam rosas, e ela se inclina para trás. —Eu estava tendo certeza
de que meus números estavam certos. — Seus olhos passam pelo meu corpo. —
Você não deveria estar em uma camisa de colarinho?
—Nah —, eu digo. —Não é o meu estilo. —Eu estendo a mão e seguro a mão
dela. — Venha, vamos.
Ela franze a testa. — Mas, você não terminou o trabalho ainda.
—Eu desisti —, eu digo a ela.

Sua face fica em volta de tantas emoções. — Não ... não por mim, certo? Lo,
você não pode. — Ela aponta para a muffins. —Volte.
—Lil —, eu digo baixinho, colocando ela de pé, minhas mãos em sua cintura.
— Eu vou explicar tudo no carro, mas você tem que confiar em mim que nada
disso é por causa de você, ok? É a minha escolha.
— Será que Rose ...? — Ela olha por cima do ombro, pronta para arremessar em
direção a sua irmã e convencê-la de que eu deveria ficar. Mas ela para um
momento.
— Rose me quer aqui. Eu não quero estar.
Lily processa as palavras. — Ok ... ok, então nós estamos indo? Eu concordo.
—Você promete que vai me dizer por quê? E você não vai mentir para mim?
—Não vou mentir —, eu lhe asseguro. Temos que ser honestos. É a única coisa
que precisa ser bom.
Ela se inclina sobre seu teclado, fecha o Excel, e desliga seu computador.
Enquanto Lily dá passos para a frente, ela chicoteia a cabeça de um lado para o
outro, paranoica que alguém pode ver em linha reta através dela, que eles podem
dizer o quão excitada ela está. Eles não podem, mas eu com certeza posso.
Eu ando por trás dela, minhas mãos plantadas em sua cintura, e os meus lábios
escovando em seu ouvido. — Quer uma carona?
Ela se ilumina quase imediatamente, eu não espero ela para dizer sim. Eu agacho
um pouco na frente dela, e eu a levanto nas minhas costas. Ela se prende ao
redor do meu pescoço, e eu mantenho meus braços debaixo de suas pernas,
disposto a levá-la até onde ela precisa ir como quando éramos crianças.
Algumas coisas nunca mudam.


Eu termino dizendo a Lily sobre o telefonema entre Rose e sua mãe ao mesmo
tempo em que nós alcançamos a plataforma de estacionamento. Lil ainda está
agarrada nas minhas costas como um urso coala a uma árvore, e eu desejo que
não tivesse que colocá-la para baixo. Mas eu a deixo cair em seus pés enquanto
eu procuro nos meus bolsos pelas as chaves de seu carro.
—Estou feliz que você me contou —, ela diz, sem nenhum julgamento em seus
olhos, apenas compreensão completa. Estou prestes a beijá-la, mas eu me lembro
que ela despertou, com os olhos vidrados por algo mais do que apenas um
beijinho na bochecha.
Ela agarra meu cinto com dois dedos, em silêncio, me puxando em direção a seu
corpo. Eu nem sequer acho que ela percebe que está fazendo isso. Rapidamente
eu pesco as chaves para fora e desbloqueio as portas, ela deixa escapar um
profundo suspiro e pula atrás das minhas costas.
—Me esconda —, ela sussurra, agarrando a barra da minha camisa e usando o
meu corpo como um escudo.
—O quê? — Eu franzo a testa e examino em volta da plataforma de
estacionamento escuro.
—Será que é Lily Calloway? — Um cara diz, nem mesmo 1 metro de nós. Ele
abriu a porta do jipe e saiu, um par de espaços à direita do veículo de Lily. Ele
caminha para nós, e eu vejo o símbolo de time de futebol no seu boné.
O cara parece vagamente familiar, ele tem a pele bronzeada, mais do que um
espanhol tão quanto um italiano e sua estrutura corresponde a de jogadores de
futebol. Mas eu não posso reconhecer ele, ainda não, ele está nebuloso.
Lily se revela agora que ela foi avistada. — Oi…

—Você se lembra de mim? —, Ele pergunta, seus olhos piscando rapidamente


para mim e, em seguida, de volta para Lil. Eu sei apenas pela maneira que ele
está a olhando, que eles tiveram relações sexuais.
Se eu estava tenso antes, eu estou por um fio agora, meus músculos apertando
em fios tensos. Eu estou acostumado a ser aquele que bate na porta de Lily na
parte da manhã e o acompanha depois de uma noite, para fora de nosso
apartamento.
Eu mesmo dava ao pobre rapaz uma xícara de café. Mas ele não é um cara que
eu me lembre de estar necessitado de caridade. Eu acho que ele nunca pôs os pés
em nosso antigo apartamento.
—Sim —, diz Lily, alcançando minha mão. Ela segura apertado, e eu faço
melhor, envolvendo meu braço em volta dos seus ombros. Ela relaxa só um
pouco, e o cara, bem, ele age alheio a minha reinvindicação sobre ela. Eu
realmente preciso acenar uma bandeira gigante que diz NAMORADO em sua
maldita cara?
Ele balança a cabeça. —Eu só estava pensando em você no outro dia. — Seus
olhos passam pelo seu corpo. Ele está falando sério? Eu estou bem aqui. Eu o
olho com tanta força que meus olhos começam a arder.
—Lo — Lily diz, — este é Mason Nix, lembra daquela festa de fraternidade que
fomos em nosso primeiro ano? — Nós fomos a muitas festas quando tínhamos
dezoito anos. Eu sinto que arquivei esta memória tão fundo que vai levar uma
hora para encontrar.
—Certo, — digo vagamente, ainda fazendo buracos em Mason. Ele encontra o
meu olhar, mas parece completamente não afetado por minha advertência. Qual
é a desse cara?
— De qualquer forma, é engraçado que eu esteja em sua frente agora, Lily. Eu ia
ligar para você ontem.
—Você tem o número dela? — Eu questiono.

—Sim —, ele diz, os lábios subindo. — E eu tenho o seu. Loren Hale, certo? Ela
me deu o seu número também disse algo sobre como ela sempre perde seu
telefone.
Ela devia estar bêbada. Lil não costuma dar seu número ou o meu. Ela disse que
"estimula perseguição " o que claramente parece ser o caso.
Meu sangue gela, e minha mão no ombro de Lily de repente parece como um
peso. Então, ele tem seu número, e o meu. Ele tem a capacidade de nos enviar
mensagens, mas ele não parece vingativo em relação a mim, definitivamente não
o suficiente para ameaçar Lily.
Ele lambe os lábios e acena para ela. — Então, eu estava pensando se você quer
se juntar a mim mais tarde. — O quê? — Talvez amanhã, por volta das oito, na
casa da fraternidade, no mesmo lugar. Se você quiser ser fodida com força, eu
sou o cara.
Lily recua. —EU…—
—Não —, eu zombo. — Ela é minha namorada, seu imbecil.
Mason solta uma risada curta. — Isso é engraçado. — Ele olha para Lily,
esperando por sua resposta. Eu sou invisível? Eu não estou falando claramente?
Eu não estou me fazendo entender porra?! Eu passo na frente de Lily,
bloqueando ela e segurando sua mão. —Ela é a minha namorada, você nunca vai
transar com ela.
—Eu já fiz isso —, ele retruca.
Minha mandíbula aperta, e eu fecho meus dedos em um punho.
—Então o que você diz, Lily? Se eu não sou o suficiente para você, eu posso
chamar alguns dos meus amigos, eu sei que você gosta disso.
A memória me bate de uma só vez, o que eu tentei reprimir. E eu tenho a súbita
vontade de vomitar até eu desmaiar. Eu não posso mesmo falar sobre isso. Eu
não posso falar o que aconteceu, ou então eu acho que posso explodir.

Eu posso bater nele, até que ele não possa ficar sobre suas pernas. E não é sua
culpa pelo que aconteceu. Na verdade, não.
É minha por não parar Lily.
Por não a ter segurado em meus braços, e dizer que eu a amava de verdade. Que
eu seria o suficiente, e que eu pararia de beber, para que ela parasse de foder
outros caras, isso é tudo que eu tinha que fazer. Escolher ela antes do álcool.
E eu escolhi errado por tantos anos.
Ele tenta dar um passo em direção a ela, e eu coloco a mão em seu peito,
empurrando-o de volta. As coisas mudaram.
—Ela está comigo, e ela não vai te foder. Se você não consegue entender isso,
então vá ler um maldito livro para entender o idioma Inglês.
—E ela era sua namorada há dois anos, isso não a impediu antes. Na verdade,
você acenou em minha direção.
Quero estrangular meu pescoço bêbado do passado. Nosso relacionamento falso
está voltando para me assombrar. — Isso era diferente. Ela não está saindo com
ninguém mais além de mim agora. Então foda-se.
Mason solta outra risada. —Não há maneira alguma que a menina esteja apenas
com você. — Ele sabe. Ele sabe que ela tem um problema, e eu me pergunto se
ele enviou essas mensagens. Ele estava pensando sobre ela recentemente, não foi
isso que ele disse?
— Você estava realmente pensando sobre Lily no outro dia, ou você estava
apenas falando por falar?
Ele sorri como se eu tivesse lhe dado permissão para prosseguir. Sobre a porra
do meu cadáver. — Eu mencionei sobre ela para meus amigos há algumas
semanas. Nós estávamos falando sobre as meninas na Penn que dão o melhor
boquete. Todos concordaram que ela era a melhor boqueteira no campus
E eu não para isso.

Eu dou um soco nele diretamente no rosto.


Isso não fez eu me sentir bem. Meus dedos estão pegando fogo, e Mason toca o
lábio cortado, chocado. Lily vem atrás de mim e começa a puxar meu braço,
tentando me levar para o nosso carro.
Eu a sigo, andando de costas para que ele não quebrar o meu olhar afiado. E
então ele diz: — Eu sabia.
Eu paro. Meu rosto cai porque o olhar que ele usa está cheio de raiva, mas é o
tipo de ódio que tem estado lá por um tempo, acumulado ao longo dos anos. Ele
não deve estar chateado com aquele soco na mandíbula, mas algo mais profundo.
—Você foi o único que cortou nossos pneus porque nós transamos com sua
namorada. — Nós. Eu tremo, não querendo ouvir isso de novo. Nós. Não eu.
Não comigo. Vários rapazes.
E eu posso ter estourado um pneu ou dois, eu estava bêbado, eu tinha dezoito
anos. E eu estava chateado e ressentido, mais comigo do que com qualquer outra
pessoa. Mas eu atirei sobre esse cara. E eu enterrei a memória.
—Você foi que me enviou a mensagem? — Eu olho. Mason range os dentes.
Lily tenta me arrastar de novo, mas eu paro meus passos.
—Você?! —, eu grito. Isso que eu fiz foi a mais de dois anos. Mas há algumas
coisas que nenhum indivíduo pode deixar ir. Isto é provavelmente uma delas.
—Tchau, Lily —, Mason diz, seus olhos somente plantados em mim. — Nós
vamos nos encontrar em breve, sim? E talvez eu não vá contar a ninguém um
pouco da boa puta que você é.
Eu me solto de Lily, e eu fico louco. Eu o agarro pelo rosto, apertando suas
bochechas juntas com uma mão furiosa, e eu bato suas costas sobre o capô do
carro de Lil.
Ele se esforça para se levantar da minha força, mas eu o fixo para baixo, meu
joelho pressionando em seu pau.
— Se você tocá-la, ou mesmo se você pensar sobre ela, eu vou ter você no chão
antes que você possa dizer obrigado Loren Hale. Você vai para a mídia, a
imprensa, e eu vou arruiná-lo, começando com a sua carreira de futebol. Você
nem sequer sabe quem eu sou, filho da puta.
Ele cospe na minha cara, e eu o jogo fora do carro e para o cimento.
Acho que ele está prestes a voltar e para me atacar, mas ele cambaleia em seus
pés.
Eu não lhe dou minha última palavra. Lily me empurra fisicamente no banco do
passageiro, sabendo que eu estou muito louco para dirigir agora. E ela fecha a
janela enquanto Mason começa a gritar novamente. Nós não podemos ouvir ele
no carro, mas ele bate em nosso capo com dois punhos enquanto nós saímos.
E então dirigimos para fora, o dedo médio no espelho retrovisor. Minhas mãos
tremem, e meu coração bombeia a mil por hora.
Lily não diz nada, ela olha distante na estrada, o silêncio cobrindo o carro.
Preciso de uma bebida, eu preciso de uma maldita bebida agora. Passo a mão
pelo meu cabelo, e então eu olho para trás para ela, verificando seu estado de
espírito ... e corpo.
Seus olhos vidrados, mas seus joelhos e pernas estão travados juntos. Porra.
Esqueci. Nós estávamos em nosso caminho de casa para ter relações sexuais. Eu
me inclino para trás, atingindo o encosto de cabeça com um suspiro exasperado.
Tudo está tão longe, fora do meu controle.
Quando estamos presos no trânsito, para choque com para choque, Lily
finalmente quebra o silêncio. —Você cortou seus pneus?
Eu esfrego minha boca. —Eu posso ter ...— Foi há muito tempo. Tínhamos
acabado de entrar na faculdade, havia mais caras para ela foder. Ela tinha saído
quase todas as noites, e eu me preocupava se ela não acordaria chorando, ou se
eu ia encontrá-la machucada e indisposta. Foi horrível.
Ela balança a cabeça para si mesma, afundando em seguida. —E se ele não era o
cara que mandou as mensagens para nós? —, Ela pergunta. —Você apenas o
deixou mais irritado.
—Sim ... Eu percebo isso. — Eu não achei que correr de seus encontros de uma
noite seria tão difícil, eu também não acho que eles pediriam para dormir com
ela enquanto eu estava presente. Aquilo sugou. Lily suspira pesadamente.
—Ei — eu digo, inclinando-me para ela. Eu deslizo minha mão em sua perna.
—Está tudo bem, nós vamos ficar bem.
Ela balança a cabeça, tentando acreditar, tanto quanto eu. Se eu não encontrar
esse cara em breve, eu vou perder minha mente, eu acho que estou prestes...
Ela liga o rádio, e nós ouvimos música todo o caminho de casa, nossa respiração
desacelerando juntos. Algum tempo depois, finalmente chegamos a casa e
estacionamos na garagem. Lily tira seu cinto e se vira para a mim.
— Eu não preciso mais ter relações sexuais, eu estou bem agora. — Suas
palavras soam ensaiadas, como se ela tivesse repetido em sua cabeça durante a
última hora.
—Eu não acredito em você —, eu digo a ela.
Seu rosto empalidece. — Não, realmente Lo, eu estou bem.
Meus olhos caem para suas pernas, suas coxas pressionadas firmemente juntas.
—Então, se nós não estamos fazendo sexo mais, o que você está indo fazer?
Ela encolhe os ombros, tensos e travados. Ela está tão excitada, porra. Apenas
admita, Lily.
— Talvez ... tomar um banho.
— E se masturbar?
Seus olhos se arregalam.
— Na-não—, ela gagueja. — Não, apenas chuveiro.
Eu me inclino para a frente, o dedo no botão em seus jeans.

— O que ... o que você está fazendo? —, Ela pergunta. Seu peito desmorona
com uma respiração inebriante, algo constrói minha necessidade.
—Estou checando.
—Por quê? —, Ela pergunta em voz baixa.
Eu abro sua calça, e vejo plantar olhos na minha mão à medida que ela desce em
suas calças e por baixo a calcinha. Ela agarra meu pulso quando eu deslizo meus
dedos dentro dela, e ela contrai em torno deles, molhada, ansiosa e tão pronta.
—Você não está excitada? —, Pergunto novamente.
Sua cabeça se inclina para trás, os olhos fechados, sua mão segurando meu
pulso, então eu não me movo. — Não — ela respira.
— Você é uma mentirosa.
—Eu não sou. — Ela engasgou enquanto eu empurro mais profundo, dentro e
fora. —Lo —, ela chora. Suas costas começando a arquear, tentando para colocar
os meus dedos mais para dentro.
Precisamos avançar para estar lá em cima. Eu saio de sua calça apertada e
deslizo os dedos para fora. —Vá para o andar de cima, — eu digo a ela. — Tire
todas as suas roupas, minta ainda na cama, e eu vou fazer você se sentir melhor.
Ela balança a cabeça violentamente, querendo nada mais do que eu para tirar sua
mente fora do que acabou de acontecer. Ela abre a porta e, em seguida, hesita. —
Você não vem comigo?
—Eu estarei lá em um segundo.
— Lo
— Eu só preciso de um minuto.
Ela olha para a pele crua em meus dedos, e, em seguida, ela balança a cabeça
novamente e se dirige para a casa. Quando a porta se fecha atrás dela, eu pego
meu telefone e disco um número.
A linha chama após o terceiro toque. —Ei, como foi o primeiro dia de trabalho?
Eu não posso falar. Eu não deveria tê-lo chamado, estou prestes a desligar.
—Lo? — A voz de Ryke fica séria. — Ei, fale comigo.
Deixei escapar um suspiro. —Me diga por que eu não deveria. — Eu aperto
meus olhos, eu quero que isso acabe, esse tormento, estes sentimentos. Eu quero
ajudar Lily sem precisar de algo para afogar meus próprios pensamentos.
— Porque uma bebida não vale a pena, pelo o que você vai se sentir na parte da
manhã
— Isso não é bom o suficiente.
—Você vai vomitar —, ele me lembra. Isso é verdade, eu estou em uso de
Antabuse. Um gole de álcool e eu vou estar doente.
Faço uma pausa, perguntando se eu ainda poderia testá-lo. Talvez eu pudesse. Eu
faço uma careta. Talvez eu não possa.
—Porque você ama Lily mais do que isso.
E ele me bate. Estou aqui, na porra do carro, debatendo sobre um copo de álcool
estúpido enquanto Lily está esperando por mim lá em cima, lutando contra suas
compulsões, provavelmente a segundos de se tocar. E eu sou deveria estar lá
para ajudá-la a dizer não, para detê-la. Eu sou o cara que olha para ela no
caminho, e Ryke está lá para mim.
Rose confiou que eu seria capaz de permanecer sóbrio e ajudar Lily. E esta é a
única coisa que eu quero fazer certo.
—Eu tenho que ir —, eu digo.
—Espere. — Sua voz aumenta. — Eu preciso ir ai? Você está bem?
—Sim, não venha.
—Você tem certeza?
—Ryke, a menos que você queira chegar e me ver fodendo a minha namorada,
você precisa ficar em casa.
Há uma longa pausa, e então, —Vejo você amanhã?
—Sim. — Ambos desligamos. E eu saio do carro.
Pronto para ajudar Lily, pronto para estar lá.
Pronto para mudar.


































{11}

LILY CALLOWAY

Eu caminho e vou para trás na cozinha. Eu sou um rolo de barbante que precisa
ser desenrolado, uma confusão ansiosa e uma aberração compulsiva. Eu não
segui as ordens de Lo de subir para o andar superior em nosso quarto e tirar
minhas roupas.
Eu fico ao lado da porta de trás, pressionando meu ouvido ocasionalmente na
madeira, esperando por ele, esperando e rezando para que ele não esteja fazendo
algo ruim e perigoso. Eu mordo minhas unhas, escutando cuidadosamente o som
embaralhado de passos.
No carro, parecia que ele queria afundar e se afogar na parte inferior de um
escuro e frio oceano. E eu não posso deixar ele fazer isso, eu não posso deixá-lo
ir.
A porta do carro bate.
Eu tiro minha orelha da porta e me movo para trás, não rápido o suficiente. A
porta se abre e Lo me pega aqui na cozinha, desobedecendo suas ordens. A parte
horrível, louca me pergunta se ele vai odiar que eu me preocupe com ele, se ele
vai me repreender por isso.
Eu digo: —Eu sinto muito, eu só estava preocupada, e você parecia chateado...
— Eu paro, enquanto ele permanece estacionado perto da parede, as maçãs do
rosto saltadas. E eu imagino o que poderia ter acontecido se ele bebesse, se ele
fez algo pior naquela garagem. Se ele me deixasse.
Por realmente todo este tempo.
A parte mais verdadeira mais profunda de mim de repente fala.
— Eu não sei como viver sem você. — E eu balanço minha cabeça rapidamente
com uma piscina de lágrimas. — E eu não quero saber como. Eu não quero
saber.
Ele é a minha respiração. Minha alma. Minha força de vida. Eu tenho estado
para sempre com ele. Estar separados não é a sensação mais natural no mundo.
Três meses, eu poderia lidar com isso como uma coceira ruim. Mas estar para
sempre sem ele?
Apenas me mate agora.
Ele caminha lentamente para mim, e sua mão desliza em meu rosto, seus olhos
nunca amaciando, seu comportamento afiado nunca muda. Ele é Loren Hale.
Gelo e uísque. Poderoso e inebriante.
Ele é mesmo o meu melhor amigo.
Sua testa pressiona a minha, seus lábios tão pertos. Em um sussurro baixo, ele
diz: —Você nunca vai ter que descobrir, Lil.
Eu sofro por beijá-lo, para solidificar essas palavras como verdade.
Seus lábios quase escovam os meus, mas ele brinca, uma lasca de espaço me
tentando e fazendo com que a tensão se construa entre nós. Seus olhos de cor de
âmbar piscam para mim. — Eu nunca vou aprender a viver sem você, eu não
poderia suportar, porra.
Eu aperto os braços, mantendo-o próximo. Isso me faz sentir como imaginei,
como uma parte de minhas fantasias. Mas eu estou tocando ele, seus músculos
duros, suas pernas contra as minhas pernas. Deixo escapar um suspiro. — E se
todo mundo diz que não deveríamos estar juntos, que não é certo? — Cada
pessoa tem que aprender a viver sozinho em algum momento de sua vida.
Por que nós? Eu sempre me pergunto. Porque é certo, diz a minha consciência.
Mas eu amo ele. Mas você é co-dependente. Mas eu amo ele. Mas não está tudo
bem.
Quero que o nosso amor seja certo.
Por que não pode estar certo?
—Não—, ele imediatamente diz, segurando meu rosto em suas duas mãos
grandes. —Se o mundo inteiro diz que estar sem o outro é o que devemos fazer,
então esta será a última coisa errada que eu faço.
Sim.
Nós conectamos um ao outro totalmente, seus lábios tocando o meu em
desespero apaixonado, como se duas pessoas estivessem literalmente tentando
nos separar, como se nós estivéssemos lhes dando o dedo do meio, dizendo a
eles para irem se foder.
Foda-se. Eu amo Loren Hale. Eu não posso viver sem ele. No entanto por mais
bobo que possa ser, é a eterna verdade. Mesmo que ele estivesse com outra
garota, mesmo que eu nunca pudesse tocar. Eu não poderia viver sem Lo. Ele é
uma parte de mim como o sol é uma parte do céu, como a terra é para o
universo.
Eu preciso dele, a fim de acordar de manhã. Eu preciso dele para sentir o todo.
Ele agarra meu cabelo, um longo beijo roubando minha respiração. E sem aviso,
ele me pega e me joga por cima do ombro. Oh Deus. Suas mãos apertando a
minha bunda enquanto ele me leva para fora da cozinha e sobe as escadas.
Meu coração já viajou para minha garganta.
No segundo nível, ele abre a porta do quarto e, mais ou menos me joga no
colchão.
Eu me esforço para pegar o ar que escapa dos meus pulmões, e quando eu faço,
eu sustento meu corpo em meus cotovelos e vejo ele me observando.
Ele abre o zíper de seu jeans, nunca quebrando o olhar. Sua camisa cai ao lado,
descobrindo seus músculos definidos que me convidam para tocar. Eu me dispo
dominada com a mesma eficiência, respirando tão fortemente que minhas
costelas aparecem com rápida sucessão.
Neste momento, eu não tenho vontade de me tocar. Eu quero que ele toque em
mim, em mim. Eu posso esperar por suas mãos, por seu corpo, por sua
respiração.
Então, eu assinto enquanto ele caminha até a mesa de cabeceira, com apenas em
uma boxer preta, enquanto eu fico completamente nua. Ele abre a gaveta.
Sento em meus joelhos, os olhos arregalados de encantada antecipação.
Quando ele fecha, minha boca cai um pouco. — Eu pensei ...— que você estava
apenas pegando um preservativo. — Estamos indo...? — Eu estou imaginando,
isto tem de ser uma fantasia. — Onde você encontrou isso? — Eu teria visto
algemas prateadas em nosso quarto! Eu teria pulado de alegria e desfilado em
torno delas como se fossem um saco de tesouro.
Ele sobe em cima da cama, de joelhos diante de mim, se elevando sobre minha
pequena figura. Seus lábios se levantam em um sorriso diabólico. — Uma
pequena caixa preta —, ele me diz.
— Eu preciso começar a abrir mais caixas —, eu digo em um sussurro ofegante.
—Você vai me algemar a você?
Seu sorriso ilumina todo o rosto. — Não, amor. — E então ele me levanta pela
cintura e me coloca mais perto dos nossos travesseiros. Ele fecha uma algema ao
redor do meu pulso e, em seguida, a outro para, na cabeceira da cama.
Ohhh ... meu ...
— Não se mova —, ele instrui enquanto ele desliza fora de suas cuecas boxer.
Quando ele abaixa seu corpo contra o meu, eu instintivamente corro a minha
mão livre em seu ombro, seu bíceps, deslizando os dedos ao longo de seu
abdômen no sentido de seu pênis.
Ele pega a minha mão antes de chegar ao melhor lugar. Ele balança a cabeça
para mim em desaprovação, mas seus lábios o traem, levantando enquanto ele
absorve meu olhar ansioso.
— Não toque —, diz ele com a voz forte. Ele sai da cama, me deixando fria e
sozinha no colchão.
— Espere, eu não vou, eu prometo. — Volte.
Ele desaparece no armário, e eu me pergunto se isso é um teste que meu
terapeuta inventou. Ele deveria me deixar querendo e desejosa? Eu deveria
dominar esse demônio compulsivo enquanto eu estou na necessidade
desesperada?
Eu vou falhar. Eu já sei isso.
Eu mordo meu lábio, o peso batendo em mim. Eu fico completamente imóvel,
esperando que Lo saia completamente vestido, acene um adeus e vá ao encontro
de Ryke em algum lugar. Isso tudo foi um jogo para mim chegar a este ponto,
presa na minha cama com só uma mão para usar.
E então ele sai.
Mas ele está nu, como antes.
Ele segura um lenço, e eu mal posso processar o que isso significa. Minha
cabeça flutua para longe enquanto a cama range, enquanto ele chega perto de
mim, levanta a outra mão e amarra meu pulso livre para a cabeceira da cama.
Eu não estou tão animada como antes, principalmente porque eu me apavorei.
Quando Lo olha para trás para mim, seu sorriso se desvanece em escura
preocupação. — Ei, Lil ...— Seu polegar passa pela minha bochecha. — Você
está bem. — Ele deve reconhecer o medo em meus olhos. —Eu nunca vou
abandonar você, amor, nem por um maldito momento, você é minha para cuidar,
você entende?
Suas palavras instantaneamente enchem meu coração. Concordo com a cabeça
rapidamente. —Sim.
— Eu vou cuidar de você agora, vou enchê-la tão profundo que você vai estar
desejando que pudesse me tocar, mas você não pode.
Sim.
—Você está indo para gozar a cada vez que eu escorregar em você. — Sim.
—Você vai me pedir para parar, para recuperar o fôlego. — Sim. — Eu não vou.
Por favor.
Sua mão desce até o ponto entre as minhas pernas, molhado e pronto. Ele
espalha minhas pernas abertas com os seus joelhos e os dedos pulsam dentro de
mim. Eu me contorço animada para tentar encontrá-lo. Mas ele me contém no
colchão, ele amolece meus movimentos irregulares, impaciente com a mão para
o meu quadril.
Eu tento chegar mais à frente e correr os dedos pelo cabelo, mas o lenço de seda
me para, e o disco da algema escava em meu outro pulso. Ele determina a
posição, a velocidade, o ritmo do nosso amor.
Ele substitui o dedo por seu pau longo, grosso, tão grande para mim e eu grito,
empurrando contra as amarras. Ele mantém as minhas pernas abertas e dobra os
joelhos. Quando ele se inclina para frente para me beijar, todo o seu pau
mergulha lentamente em mim, não há espaço para respirar.
Deixo escapar um gemido que roda em curvas fechadas e necessitadas. Seus
lábios pairam diretamente sobre os meus entreabertos, e ele esfrega o cabelo
suado do meu rosto.
Em voz baixa e rouca, ele sussurra: —Cada polegada de mim está dentro de
você.
—Lo —, eu gemo. Eu quero tocá-lo. Eu quero envolver meus braços ao redor de
seus ombros e nunca deixar ir.
Ele não sai ou se move ainda. Ele permanece profundo, minha necessidade
construindo ferozmente, ele respira apenas pesadamente como eu, quase me
beijando, quase mudando, mas ele permanece nesta posição única, provocando
meus nervos a cantar.
— Me diga a primeira coisa que vem à sua cabeça —, ele fala. Em um sussurro
dolorido, eu digo: — Eu te amo.
Seus olhos me encaram com pura necessidade. — O quanto você me ama?
—Muito.
—Quão mal você me quer?
—Tão mal —, eu digo com um curto suspiro. — Por favor.
—Como você me sente dentro de você?
Eu me esforço para formar palavras, meus dedos começando a enrolar, meus
músculos alongando.
—Lily? —, ele fala com força.
—... Bom. — Eu gerencio a gaguejar.
— Quanto bom?
Eu balanço minha cabeça. Eu não posso descrever. —Você é diferente de
qualquer pessoa...— Ele é meu melhor amigo, é todo o caminho dentro de mim.
Eu acho que se pudesse voltar anos atrás, quando eu não me permitiria até
mesmo fantasiar sobre esse momento, eu teria morrido e vindo direito para cá.
Ele lentamente desliza para trás e, em seguida, lentamente desliza de volta. Eu
tremo assim que ele me enche novamente. — Como era antes? — Ele pergunta
com um sorriso crescendo. Ele sabe exatamente como isso era.
—Eu não posso...
—Você não pode o quê?
— Respirar. — Eu posso respirar, é claro, estou falando. Mas parece que meus
pulmões estão prestes a explodir.
—Eu não vou parar —, ele me lembra. Por favor, não pare para sempre. Ele
desliza para fora da mesma forma, volta em um segundo, quando ele se alivia
completamente dentro de mim, meus gritos devem romper as paredes do nosso
quarto.
—Lo, Lo, Lo! — Repito em sucessão apressada, eu contraio em torno dele uma
vez e depois duas vezes.
Ele deixa escapar um gemido profundo, sua boca se soltando da minha boca,
incapaz de me provocar com um beijo qualquer mais longo. —Lil —, diz ele, se
sentando fora de meu corpo para ver a maneira como ele desaparece entre as
minhas pernas. Eu quero ver isso também, mas Lo se desloca ainda mais para a
frente, e eu contraio novamente. Deus…
Eu arqueio de volta, e eu puxo contra a algema e o lenço, o metal cavando em
minha pele, a sensação me lembrando de Lo, acendendo algo intenso dentro de
mim.
Mesmo quando eu venho, eu me preparo para ele puxar para fora e dizer basta.
Um pico é tudo que você vai ter, Lily.
Mas ele continua zombando fazendo a mesma coisa. Saindo de forma muito
lenta. Deslizando muito lentamente.
Parando, esperando, me observando. E eu venho de novo.
Ele está estourando todos os nervos do meu corpo, ele está fazendo o meu
mundo girar.
E eu posso ver o quanto ele está esperando por sua libertação, como o seu
próprio pico se aproxima, e como ele se restringe de vir, de acabar com isso.
Cada vez que eu aperto em torno de seu pênis, ele geme e encontra uma maneira
de manter a sanidade, de ficar para trás, a fim de me ajudar. A fim de me permitir
chegar ao clímax muitas e muitas vezes.
Ele está enchendo cada necessidade minha. Ele está cuidando de mim.
Apenas Lo pode satisfazer todas as partes da minha alma que tudo consome. Ele
é verdadeiramente o meu tudo.














{12}

LOREN HALE

O consultório do terapeuta repousa no coração de Nova York, e no caminho até
aqui, Lily não consegue impedir suas pernas de balançar. Eu passei três meses
derramando minhas tripas para médicos e psicólogos, um terapeuta de sexo não
vai me assustar. Eu só desejo que eu pudesse acalmar os nervos de Lily. Eu disse
a ela que não será estranho, que esta senhora provavelmente já ouviu falar
algumas coisas mais selvagens, mas não foi suficiente para fazer sua cabeça
parar de chicotear em direção à porta como se estivesse pronta para saltar.
Eu pego a mão dela, entrelaçando os dedos com os meus. Seus ombros afrouxam
e ela vira para me olhar, soltando uma grande respiração ao mesmo tempo. Eu
não posso deixar de sorrir. Ela é bonita, mesmo quando ela não quer ser.
Depois de pagar o táxi, um tenso passeio de elevador, e uma curta caminhada
pelo corredor, temos que esperar em uma pequena área que mais parece uma
moderna sala de estar: estantes de vidro e luz que flui através de longas janelas.
A porta do escritório aberta, e lá dentro os movimentos da terapeuta. Um sofá de
couro descansa ao longo da parede cor de café. E uma cadeira de couro preto
robusta se encontra em frente.
Quando ela toma um assento com um caderninho na mão, eu firmo seu olhar em
minha mente. Eu não sei como imaginei a terapeuta sexual de Lily, mas ela
definitivamente não era de meia-idade com um curto cabelo preto. A mulher é
ainda menor do que Lily, provavelmente não mais alto do que 1,50 m.
—Você deve ser Loren. — Ela estende a mão antes que eu sente no sofá. — Eu
ouvi muito sobre você.
Eu aperto a mão dela e, em seguida, ao lado de Lily decido curvar meu braço em
torno de sua cintura. E eu olho a terapeuta, vendo se ela percebe o toque e se ela
vai me criticar por isso. Ela não diz uma palavra, mas seus olhos pegam o nosso
abraço.
— É somente Lo, — Eu a corrijo. — Obviamente Lily não lhe contou tudo. —
Minhas palavras tem um gosto desagradável na minha boca, e soam ainda pior.
E, no entanto, o terapeuta sorri com bom humor.
Eu não sei por que isso me irrita. Gostaria que ela rebatesse para mim como
Rose faz por ter sido rude e insolente.
Eu olho para fora da janela. Sua grande vista da cidade, provavelmente, custa
uma tonelada de merda especialmente estacionar diretamente nessa vista.
Claro Rose escolheu o terapeuta mais caro em um raio de cem milhas. Não que o
dinheiro significa alguma coisa para Lily. Mas eu não seria capaz de arcar um
biscoito com ... Eu li seu nome na placa da mesa de carvalho. Dra. Allison
Banning.
Lily nunca menciona ela pelo primeiro nome, sempre se referindo a ela como
"Dra. Banning", mas se eu tiver que expor meus sentimentos pessoais para
alguém, eu não quero agir como se ela fosse uma completa estranha.
—Então, Allison ... — Eu assisto ela cruzar seus tornozelos e concentrar toda a
sua atenção em mim. Não admira Rose que goste dela. —Você recebe muitos
casais viciado em sexo, e alcoólatras?
—Vocês são o meu primeiro.
—Chocante.
Lily me dá uma cotovelada na lateral, e eu não posso dizer se é por causa do meu
sarcasmo ou porque eu chamei ela de Allison. A terapeuta permanece sem piscar,
já dominando seu rosto complacente e exterior frio. Ela poderia dar a Connor
Cobalt uma corrida por seu dinheiro.
—Por que você não me diz como tem sido desde que voltou para casa? —
Allison me pede.
—A respeito de sexo ou em geral?
Lily se transforma num tom claro de vermelho e despenca em seu assento. Estou
mais confortável falando sobre essa porra, não porque eu tenho um pau ou
porque ela é tímida, mesmo que ela seja desse tipo, mas porque eu sou viciado
em sexo. Eu não sinto vergonha sobre sexo. Ela sente.
Eu levanto meu braço sobre os ombros, e ela encosta em meu corpo um pouco,
relaxando mais.
— Qualquer um, — Allison me diz seus olhos piscam entre Lily e eu com muita
atenção agora.
Ela está indo definitivamente para avaliar a distância de cada movimento que
fazemos. —Você decide.
Lily abre a boca, mas eu a corto de propósito. Eu não quero que ela se esquive
do assunto. —Nós tivemos sexo alguns dias atrás —, eu confesso. Explicando
minha incapacidade de estar com Lily sem a despertar – bem parece como andar
em areia movediça. E assim eu propositadamente mantenho curto, direto ao
ponto. Ela não precisa conhecer os detalhes complicados.
Gosto de como ela não podia esperar até a noite. Como, depois de uma hora, eu
tive que me forçar a tirar fora para ela parar.
Ela estava satisfeita, mas com Lily, é uma satisfação momentânea. Isso a deixa
segundos de desejar sentir um clímax novamente. Eu queria transar com ela
tanto quanto ela queria ser fodida, mas eu tive que assistir seu rosto desmoronar
quando ela percebeu que era isso.
Pela primeira vez, eu estou olhando para o maior retrato do futuro, mas Cristo,
ninguém jamais mencionou como eu teria que suportar a dor preliminar para
chegar lá.
—Você teve relações sexuais há poucos dias —, Allison repete. —O que
aconteceu exatamente?
—Eu coloquei meu pênis em sua vagina. — Constrangimento e remorso nadam
com o alcatrão preto no meu peito.

Meu filtro é permanentemente quebrado. Eu acho que meu pai deve ter pegado
ele uma noite. Mas não com os punhos. Ele é muito civilizado para isso.
Lily solta uma gargalhada, o que me faz sentir um pouco melhor.
—Não anatomicamente, — Allison esclarece. —Vocês só fizeram a posição
missionário? Quanto tempo durou? a que hora do dia? E como é que terminou?
Quais foram os seus sentimentos depois?
Tantas perguntas de merda, mas eu as levo uma de cada vez. —Só missionário,
foi por volta de sete horas.
Lily avermelha imediatamente quando eu digo o horário.
Meus olhos estreitam, sabendo muito bem que só fomos pegos pela capacidade
de Lil se transformar em uma cereja.
—É melhor quando vocês não mentem, — Allison me diz.
—Foi em torno de três horas —, eu digo com um encolher de ombros. — Ela
não podia esperar até mais tarde, mas ela aguentou até chegarmos em casa.
Allison acena. —Isso é muito bom, Lily.
Ela se anima um pouco com o elogio, e eu aperto seu ombro, percebendo que
minhas palavras não podem manter o mesmo poder que as da sua terapeuta, —
Você está indo bem, — ouvir uma palavra profissional deve ser um alívio.
Eu não saberia, realmente. Mesmo que tenha aprendido muito, a maioria das
pessoas na reabilitação me queria fora de lá. E o meu terapeuta me olhava como
se eu fosse de uma classe mundial de foda-se. E Ryke bem, elogios dele não
valem muito. Ele está tentando fazer as pazes por estar ausente na minha vida,
por me deixar sozinho com um pai que sabia ser classificado o mais baixo no
gráfico de o melhor pai do mundo.
—E o que aconteceu depois? — Allison pergunta.
—Eu me afastei dela, — eu digo, — mas ela tentou continuar. Eu terminei
apenas segurando ela nos meus braços até que ela adormecesse.
A breve felicidade nos olhos de Lily começa a extinguir-se, substituída por
humilhação em silêncio mais uma vez.
—Você não dormiu com ela?
Eu franzo a testa. — O que importa se eu fiz ou não fiz? — Eu não entendo
como isso diz respeito a Lily. Eu me mudo no meu assento, e Lily volta a sua
atenção para mim. Eu não gosto disso.
—Você tem um problema também—, diz Allison, — e seu vício vai afetá-la.
Isso já está afetando.
Eu a cortei. — Entendi, eu deveria ficar longe dela, eu deveria dizer adeus e
deixá-la ter uma chance de lutar.
Os olhos de Lily ampliam, e ela aperta a minha camisa entre os dedos pálidos.
Mesmo pensar em deixá-la ir coloca uma dor tão profunda em meu intestino.
Ninguém me conhece como Lily Calloway, ela é minha melhor amiga, e sem ela
por Deus, qual é o objetivo?
—Não —, Allison afirma categoricamente. — Eu ia dizer que eu estou aqui para
você também, Lo. Sua recuperação é paralela com a de Lily. Para que ela seja
saudável, você precisa estar bem. — Ela faz uma pausa, olhando apenas uma vez
no seu bloco de anotações. — Eu não acho que a separação é a ação correta aqui.
Sem uma monogâmica relação, Lily pode cair de volta para sua velha rotina, e é
melhor fortalecer o que já está no lugar, não destruí- lo.
Eu aceno, suas palavras afundando lentamente. Eu espero o alívio, mas ele mal
me bate. Eu acho que toda a minha felicidade está enterrada sob o tormento do
que está por vir.
—Então, — ela começa novamente, — Por que você não adormece com ela?
Eu lambo meus lábios, mais dispostos a limpar meus pensamentos agora que eu
sei que ela está do nosso lado. —O sono tem sido realmente difícil para mim
ultimamente. Isso leva mais tempo do que para Lily. — Minha perna pula um
pouco, e Lily é a primeira pressionar a mão no meu joelho, para me dar conforto
muito necessário, embora eu prefiro ser sua pedra agora. — Todas as noites há
anos —, eu digo, — Eu bebia até que eu desmaiasse. O álcool era minha pílula
do sono. — Foi a mesma coisa que parou meus pensamentos inquietos e me
enfiou na cama. Sem ele, eu estou constantemente esgotado.
Allison me pergunta o porquê, e eu explico a minha dependência do álcool.
Apesar de lhe dar uma breve informação, não querendo concentrar toda a sessão
em mim. Então, eu estou feliz quando Allison dirige a sua próxima pergunta a
Lil.
—Como você se sentiu quando ele lhe disse para parar? Uma longa pausa,
tensão no ar.
Lily está pesando na verdade com uma mentira. É o que fazemos. Construímos
uma história agradável para mascarar o dor, para amenizar a dor. Nós dois somos
tão bons nisso que às vezes nós mesmos começamos a acreditar nas mentiras. Eu
estou aterrorizado de viajar por esse caminho novamente, mas é o mais fácil de
tomar.
Ela abre a boca e depois a fecha sem perceber.
— Está tudo bem — eu estimulo. Mesmo que a verdade seja feia e fria, eu quero
ouvir. Eu estou pronto para colocarmos tudo para fora até que estejamos
completamente nus e expostos. Eu não sei outra maneira de fazer este trabalho.
Allison reformula a questão, suavizando sua existência. — Não vai ser a
primeira ou a última vez que ele vai lhe dizer para parar. Agora é um bom
momento para falar sobre sua reação à situação. Então, como isso fez você se
sentir, Lily?
Ela hesita só por um segundo. — Não é legal. — Seus olhos vão para a região de
seus joelhos, e seus ombros se curvam para a frente. Ela parece pequena e triste
e muito, muito de coração partido.
Uma onda de emoções vem em mim, e eu tenho problemas para escolher cada
um separadamente.
— E eu só...— ela gagueja. —... Eu não quero ser a garota, aquela que implora
por algo que ela sabe que não pode começar. É como se eu estivesse pedindo um
encontro a um menino que eu gosto e ele diz que não, mas eu não ouvi, e eu
apenas me mantenho perguntando e perguntando como se a resposta viesse a ser
diferente. Eu me sinto ... patética.
Eu não quero nunca mais fazer ela se sentir assim.
—Você não é patética Lil —, eu consegui dizer, minha garganta fechada. Eu a
puxo em meus braços e beijo o topo de sua cabeça. Eu quero levar sua dor
embora, mas a ironia é que fui eu quem causou.
—Eu acho que, Lily —, diz Allison, — você vai ter que começar a compreender
que quando Lo lhe diz para parar, não é rejeição. É uma forma de amor. Eu sei
que é difícil de entender, especialmente desde que ambos têm feito coisas
totalmente opostas.
Lily solta um aceno curto. Não vai ser fácil para ela acreditar apenas no conselho
da Dra. Banning. Eu tenho o mesmo problema. Nossos cérebros estão
conectados um pouco diferente do que todos os outros. Mas eu estou disposto a
ir no passeio para fora desta montanha-russa com ela, até que nós dois estejamos
livres da miséria.
— Agora vamos falar sobre suas restrições e da carta que enviei para casa com
você —, diz Allison.
—Nós a chamamos de lista negra, —Lily diz a ela. — Mas eu não a li. Eu dei a
minha irmã para dar a Lo, e nós concordamos que é melhor que eu não saiba o
que está nela. Agora ... eu estou tipo começando a me arrepender disso. — Ela se
vira para a mim. —Você acha que eu deveria ler?
Allison me salva sobre isso. — Na verdade, Lily, eu acho que é uma ótima ideia
que você não leu. Isto mostra seu apoio e confiança de Lo em você. Ela também
lhe dá uma chance de relaxar sobre as limitações.
— Como é que eu vou relaxar quando tudo o que posso pensar é o que está na
lista negra?
—Se você a ler, você ainda não estará pensando sobre as atividades sexuais que
foram banidas?
O rosto de Lily cai. — Eu acho.

—Por que você não tenta desta forma por um tempo, — Allison sugere. Ela olha
para seu relógio. —A última coisa que eu quero discutir são medos. Este
relacionamento é um tanto novo para vocês, e eu acho que seria útil se vocês
disserem entre si um dos seus medos para o outro
Os lábios de Lily se encaixam fechados, então eu tenho a oportunidade de ir
primeiro. Por ela.
— Bem ...— Eu digo e rapidamente percebendo que eu não pensei sobre isso.
Meus medos? Eu tenho muitos. Lily me traindo. Eu bebendo. Nós dois transando
até que não possamos enxergar direito. — Eu tenho medo que ...
Lily se vira para mim, e eu estou perdido por um minuto em seus olhos. De
repente eu percebo que eu tenho medo de tudo. De perder a única garota que eu
já amei. De ter seu segredo divulgado para o mundo inteiro e observar ela se
desintegrar com as repercussões. Ela já é tão pequena e frágil, algo como isso vai
matá-la, eu acho.
Mas Lily e eu fizemos a decisão de não dizer a Allison sobre as mensagens
ameaçadoras. É muito perigoso quando não sabemos quem está enviando. E, em
parte, a situação parece nova e crua, e falando sobre ele é como pressionar sobre
uma ferida infectada.
—Lo —, Allison insiste com o meu silêncio.
—Estou com medo, — eu começo de novo, — que chegue um ponto em que
você se torne irritada, amarga e ressentida cada vez que eu lhe disser para parar,
e você perceba que alguém pode lhe dar o que você quer.
A cabeça de Lily chicoteia de lado a lado, como se eu sou estivesse errado. Esse
tipo de reação me faz sentir bem.
— Mais ninguém poderia me dar o que eu quero — ela suspira. — Eu só quero
você.
Eu me agarro as palavras, mesmo que nós dois saibamos que elas não são
completamente verdadeiras. Ela quer foder. Ela quer que a alta de um clímax do
mesmo jeito que eu quero me afogar em uma garrafa de Bourbon. Eu quero a
pressa, o completo passeio para o purgatório e para trás. Nós não somos os
primeiros desejos e necessidades um do outro. Eu sou segundo dela. E ela é a
segunda para mim.
Eu quero que isso mude.
Eu pego a mão dela e beijo os nós dos dedos, mas ela não sorri, porque ela sabe
que é a sua vez.
—Lily? — Allison pede.
Lil mantém os olhos em mim, e eu lhe dou um sorriso encorajador. —Estou com
medo —, ela diz, — que você venha a odiar estar em algum tipo de cronograma
de sexo e odiar ser barrado de seu próprio prazer. Isso não é justo com você, e
você vai encontrar alguém que vai fazer você se sentir melhor do que eu.
Minha boca está aberta em surpresa. Eu não acho que ela já esteve preocupada
com isso. Eu nem sequer acreditava que poderia ser uma opção. Eu a amo além
do grande sexo. —Lil
Ela interrompe rapidamente, jogando as mãos para cima. —E se eu não puder
lhe dar sempre um bom trato? —, Ela pergunta, um pouco histérica agora. —
Quero dizer, e se isso estiver na lista negra? Isso não está certo, Lo! Você tem
necessidades também!
Eu estou sorrindo e tentando tão difícil não rir. É provavelmente uma merda que
o meu sorriso se espalhou para novas proporções, mas não posso conter. Não
quando ela está enlouquecendo por causa disso.
—Isso não é engraçado! —, Ela grita, mas seus lábios começam a subir,
imitando os meus. —Pare. Estou falando sério.
—Eu sinto muito. — Eu não posso nem fingir um som apoplético, nem posso
parar de sorrir. — É apenas bonito. — Ela cora, e isso só me faz querer puxa- lá
em meus braços e prender ela contra o sofá. Pegar ela ali mesmo. Ela adoraria
isso.
— Ok, bem ... Eu estou te dando bom trato após isso, então, — ela exige.

Isso quase me deixa duro. Eu tenho que pensar em outra coisa. Como o fato de
que Allison está sentada aqui mesmo. — Que tal eu deixar você saber quando eu
quiser um, — eu respondo. Eu li a lista negra, e ao mesmo tempo em que não
exclui trabalhos com a boca, ele tem certas estipulações. Na verdade, eu acho
que Lily seria genuinamente surpreendida por aquilo que a lista realmente diz.
Lil estreita os olhos. —Você está indo só para segurar me dizendo mais tarde até
que mais tarde torna-se um ano.
— Dentro de uma semana —, eu digo, meus olhos brilhando. Só com a minha
namorada eu tenho que basicamente negociar para ela não me dar um boquete.
Sua testa enruga, como ela faz quando está pensando muito. Depois de um
momento, ela olha para mim e acena. — Combinado.
Allison assovia. — Isso é bom, muito bom. Vocês dois estão se comunicando
muito bem um com o outro e deixam que suas vozes sejam ouvidas. O que eu
quero que vocês tentem trabalhar é obter a sua vida sexual a um ponto em que
ela não interfira com as amizades, escola, postos de trabalho, ou até mesmo com
as atividades diárias. Eu sei que no passado, vocês tinham uma rotina sexual
muito ativa.
Ativo não descreve o que estávamos fazendo. Quando ambos estavam no mais
baixo do baixo, nós raramente nem mesmo saiamos do quarto. Foi um caso que
tudo consome. Acordar. Beber. Foder. Adormecer.
Comer ocasionalmente. Era tanto o melhor e o pior momento da minha vida.
— Eu acho que vocês estão prontos para fazer uma mudança —, Allison
continua. —E isso começa agora.



{13}

LILY CALLOWAY

Após o meu exame de estatística, eu recebo uma outra mensagem incendiaria.
Desta vez o desconhecido se tornou um pouco mais criativo e me chamou de
vagabunda e uma filha da chupadora de pau. É um pouco irônico que eu apenas
implorei para Lo em terapia para que ele me deixasse lhe dar um boquete. Mas
tirando isso, estes textos estão começando a me desfazer. Quem disse que paus e
pedras podem quebrar ossos, mas palavras nunca fizeram mal, obviamente nunca
foi alvo de chacotas ou insultado.
Vamos nos encontrar com Connor hoje para falar sobre as descobertas do
investigador particular. Eu planejei falar sobre as novas mensagens com Lo e
Connor, mas após o incidente com Mason na plataforma de estacionamento, eu
não acho que revelar essas mensagens vai fazer nada além de enfurecer Lo. E eu
não quero que ele vire o Hulk esmagando qualquer coisa ou levar ele a beber.
Esperemos que Connor tenha uma vantagem melhor sobre o cara e nós possamos
descobrir o que ele quer.
Eu coloco minha mochila na minha cama e corro para o banheiro, a necessidade
de pelo menos, arrumar meu cabelo antes de nós sairmos. Quando eu bato a
porta aberta, acho Lo na pia, torcendo a tampa sobre um frasco de comprimido.
Deve ser Antabuse. Ele me disse que estava tomando remédios que vai deixar
enjoado se ele beber álcool. Eu estou mais orgulhosa dele do que ele imagina.
—Você está pronto? — Eu pergunto, tentando não fazer das pílulas um grande
negócio. Eu olho para o espelho e quase morro com meu cabelo. Eu o puxei a
noite toda memorizando aquelas velhas questões do exame. Tomar um banho
caiu em minha lista de prioridades. Meu cabelo está oleoso e plano, parecendo
grosso.
— Quase. — Lo abre o armário de remédios e pega o tubo de desodorizante. Eu
faço uma ousada decisão e ligo a torneira da pia. Então eu me inclino sobre a
borda de mármore, tentando o meu melhor para manter minha cabeça na pia e
por baixo da onda de água.
—O que diabos você está fazendo? — Lo pergunta simultaneamente enquanto
ele rola o desodorante sob as axilas.
Ele está sem camisa, e eu realmente não posso olhar por muito tempo.
—Lavando meu cabelo, — eu digo a ele. Eu puxo alguns fios molhados pelos
meus dedos, e eu estou prestes a fazer jorrar um pouco de sabão na palma da
minha mão.
—Isso não é shampoo—, Lo diz rapidamente.
—O que você é, a polícia de sabão? Ele vai funcionar. —Estendo a mão para a
garrafa novamente.
—Espere —, ele fala. Eu ergo minha cabeça um pouco e tiro alguns fios
encharcados da minha cara. Ele se atrapalha em torno do chuveiro e, em seguida,
fecha a porta de vidro em seu caminho para fora, uma garrafa de Herbal Essence
em sua mão. Eu estendo a minha mão torcendo o pescoço para evitar
gotejamento por todo o banheiro.
—Você está indo para criar um tsunami por aqui —, ele diz, me empurrando de
volta para a pia. Meu estômago atinge a borda do balcão, e eu dobro novamente,
perdendo a vista pela minha parede de cabelo. Então eu sinto as mãos na minha
cabeça, esfregando o shampoo no meu couro cabeludo. Oh.
Isso é tão bom.
Seus dedos amassam de dentro para fora, correndo para cima e para baixo, e até
mesmo pressionando contra a parte de trás do meu pescoço.
Eu nunca pensei que uma massagem na cabeça podia fazer você se sentir tão
bem.
Eu abafo um gemido, mas o ruído prazeroso escapa assim que ele fecha o espaço
entre nós. Seu corpo funde contra a minha bunda. Nós não fizemos nada,
exceto sexo na posição missionário desde que ele voltou da
reabilitação, e eu estou começando a ficar paranoica que anal esteja nessa lista
negra. Eu quero isso. Agora, eu acho. Eu sou provavelmente a minoria das
meninas que gostam dessa posição. Mas eu gosto do aperto. É um diferente tipo
de clímax, e eu não posso negar o quanto eu quero que isso aconteça.
—Lo. — Minha voz sai rouca e querendo.
Ele foge de volta a mim, o ar substituindo seu corpo. A rejeição dói, mas eu
tento lembrar o que falamos em terapia. Eu tenho que começar o controle.
— Como foi o seu exame? — Lo pergunta, provavelmente tentando me distrair.
—Não foi ruim. — Eu ainda tenho que falar sobre Sebastian me abastecer com
exames antigos. Eu não acredito que Lo se importaria que eu estivesse meio
enganando, mas não acho que ele iria aprovar que Sebastian está tentando me
encaixar em seus caminhos ardilosos. É melhor evitar essa conversa.
—Então, Sebastian está realmente ajudando? —, Ele pergunta, incrédulo. Ele
retorna seu corpo diretamente atrás de mim novamente, e a pressão sobre a
minha bunda inflama pensamentos selvagens.
—Sim —, eu murmuro. Eu não posso lhe pedir sexo. Ele vai dizer não. Eu tenho
que tentar e relaxar para que ele não se mova a distância, para que eu possa me
deleitar com o fato dele estar atrás de mim, me faz sentir tão bem como as
palavras. Eu tenho que acreditar que isto é o suficiente ... que eu não preciso de
mais.
— Então você acha que passou?
— Ummm ...— Foco. — Eu acho que tirei um A.
Ele para de massagear minha cabeça, mas ele não se move o seu corpo fora meu.
— Você quis enganar
— O quê? — Eu chio. Estou prestes a levantar a minha cabeça, mas ele coloca a
mão nas minhas costas e me empurra para baixo então eu não escorro água por
todo o chão.
—Você fez, você me traiu. — Seu choque supera todos os outros sentimentos.
—Eu não fiz! — Me defendo.
—Espere. — Lo pega um copo e o enche com água. —Feche os olhos.
Eu os fechos apertados quando ele começa a lavagem para retirar a espuma de
xampu, a tensão cheia, espessa entre nós. Não ajuda o fato de que a sua área
frontal está agora moendo contra a minha bunda.
—Então o que ele queria em troca de ajudar você a trapacear? — Lo pergunta.
Eu mal processo esta pergunta. Eu estou em um terrível multitarefas, e agora eu
equilibro meus nefastos pensamentos com esfregar sabão dos meus olhos. Não
há espaço para respondê-lo corretamente. — Hmm? — Eu espalho minhas
pernas, não o suficiente para que ele note.
Pelo menos, eu não acho que ele faria.
Ele conecta meu tornozelo com o pé e empurra minhas pernas de volta juntas
como se fosse nada, como se esta fosse a nossa nova rotina. — Sebastian iria
querer algo em troca. — Lo diz, sua voz irritada enquanto ele tem imagens de
um negócio não tão inocente.
— Ele não está me ajudando a trapacear—, eu digo novamente. Ele derrama
mais água sobre a minha cabeça, e eu cuspo um bocado de sabão.
— Desculpe, amor. — Sua doçura dura apenas um segundo quando eu abro
minhas pernas novamente e ele as empurra juntas. — Se ele não a está ajudando
a trapacear, o que ele fez? — Lo faz uma pausa enquanto ele torce para fora meu
cabelo. —Você percebe que ter alguém fazendo o exame para você constitui
como trapaça.
— Eu sei —, eu rebato. Ele pega uma toalha e começa a massagear meu couro
cabeludo novamente. Eu fecho meus olhos para sentir o calor disso. Urgh, eu
não posso nem mesmo odiá-lo enquanto ele faz isso.
Ele tira a toalha, e eu finalmente fico em pé, meu cabelo desarrumado e molhado
em volta do meu rosto. Mas pelo menos está limpo. Lo ainda está pressionado
contra mim, e as mãos descansam ao longo de meus quadris. Nossos olhos se
encontram através do espelho, e eu vejo a força neles. — Nós não podemos —,
ele diz. — Eu realmente adoraria te foder agora, mas temos que sair logo para a
reunião.
Eu concordo. Não é um tempo saudável, pelo menos não para mim.
Eu giro para o encarar totalmente, e ele se afasta de mim. O suficiente para que
meus olhos caem para suas calças.
— Como você não está tendo um momento difícil agora? —, Pergunto em tom
acusador.
—Eu estava apenas lavando o cabelo —, ele diz, como se eu estivesse sendo
boba, como se a simples tarefa não era sexual em tudo. Eu franzo a testa. Não
foi? Ou a coisa era toda da minha mente pervertida?
Ele inclina meu queixo com o dedo, e eu olho para trás em seus olhos. — Passei
três anos como seu falso namorado —, ele fala. — Eu tive prática resistir a você.
Ohhhhh. Eu gosto disso, essa resposta é melhor. Acho que ele sabe disso
também. Lo se inclina e me beija profundamente, enchendo meus pulmões com
sua respiração. Eu agarro a parte de trás do seu pescoço e retribuo plenamente.
Nós ficamos assim, por pelo menos um minuto, mas ele se retrai antes que
possamos ir mais longe.
Meus olhos estão colados aos seus lábios cor de rosa molhados. Meu cérebro só
está computando uma coisa: Beijo. Beijo. Beijo.
—Como você conseguiu um A? Ou acha que conseguiu uma A? —, Pergunta
ele, dissipando meus pensamentos felizes.
—Huh? — Posso jogar mudo? Deveria ser mais fácil para mim, considerando
que eu sou relativamente média na escala inteligente. Lo não compra isso. Ele
me dá um olhar e eu desmorono sob seu olhar penetrante. — Você não pode
dizer a Rose.
— Então, você está trapaceando. — Ele percebe que Rose não se importa em
como eu passei no exame, a menos que eu tenha me aventurado para o lado
escuro da academia.
—Tecnicamente não...
Suas sobrancelhas levantam. —Então, como que você ... meio trapaceou? Afinal,
o que isso quer dizer? Você traiu a primeira página, mas não a última?
Eu ergo minhas mãos. —Calma, eu posso explicar?
—Por favor.
—Sebastian me deu exames antigos, e eu só memorizei todas as respostas. Eu
não trouxe os testes para classe ou copiei as respostas na minha mão. Eu só estou
burlando o sistema. Não há nenhum mal nisso.
Lo leva um momento para processar isso, e apenas quando eu acho que ele vai
gritar comigo, ele pergunta: — Quanto você fazia nos outros exames antes que
você fizesse isso?
— 44 e 29 — Duas notas horríveis que eu não acho que seja humanamente
possível. Na verdade, isso é uma mentira, eu já fiz um 7 em um teste antes e eu
acho que o professor Penn estava apenas sendo gentil sobre isso também. Reli
meu exame e soava como se um alienígena tivesse feito o teste e escreveu em
um idioma diferente.
Honestamente, o professor me perguntou se eu era disléxica. Eu realmente não
podia lhe contar a verdade. Eu estava tão exausta de todo o sexo louco, que eu
acreditava que eu mal podia formar frases com as palavras sozinha.
Tiver sorte que eu sequer apareci para esta classe, senhor.
Lo ainda está pensando, então eu acrescento, — eu tenho recebido C em minhas
outras classes. A estatística é o mais difícil para mim.
—Você está certa, não é realmente trapacear —, ele diz. Eu não posso parar o
meu sorriso, meu rosto enchendo de alegria.
—Mas ...— Eu não gosto de mas, ... Eu risco isso, eu me lembro que gosto de
palavras com duplo sentido. Tal como o meu bumbum.
E o seu pênis.
Lo balança uma mão na frente do meu rosto. —Você me ouviu?
—Eu perdi você, sem mas.
—Jesus, você realmente quer sexo anal —, ele fala com um sorriso. Eu abro
minha boca para lhe perguntar, e ele rapidamente diz: —Não, amor. Não agora.
— Buuu
Lo continua sem perder o ritmo, —Então Sebastian lhe deu exames antigos, o
que você deu a ele?
—Nada —, eu digo com um encolher de ombros. —Ele disse que estava fazendo
isso porque sou irmã de Rose ...— Eu limpo minha garganta, sabendo que este é
o momento onde Lo vai ficar chateado.
—E ...— Lo cutuca.
—E ele me disse que ele não gosta de Connor e Rose juntos, e eu acho que ele
pode tentar quebrar seu relacionamento. De qualquer forma ... — Eu limpo
minha garganta. —Eu não posso avisar a ela sobre Sebastian, ou ...
—Ele vai parar com os exames, — Lo termina e então concorda.
Vergonha quente e vermelha me enche, e este nem sequer tem nada a ver com
sexo.
Lo não diz nada mais. Ele leva um longo tempo para processar tudo
internamente.
Meus nervos se reúnem em seu silêncio. — Eu preciso desses exames, Lo. Você
sabe que eu preciso deles. O que eu deveria fazer?
— Eu não sei, — Lo murmura. Ele esfrega a parte de trás do seu pescoço.
Eu me mexo inquieta. — Connor é o primeiro amigo de verdade que eu já tive, e
eu estou aqui de pé sobre a Equipe Sebastian ... contra minha vontade.
—Nós vamos ter que pensar sobre isso. — Ele olha para o chão duro, pensando.
— Por agora, basta manter isso entre nós.
—Você tem certeza?
Lo encontra o meu olhar, reconhecendo o brilho de culpa nos meus olhos. Ele
me puxa para mais perto de seu peito e passa a mão atrás da minha cabeça em
conforto. — Sua prioridade é passar essa matéria. Tente não pensar sobre
qualquer outra coisa
— Connor.
— Ele vai ficar bem por agora. Ele é o cara mais confiante autossuficiente no
mundo. Ele pode lidar com Sebastian sem qualquer um de nós.
Eu acho que ele está certo, mas nós dois também sabemos que não é o caminho
moral que bons amigos devem tomar.
Estar sóbrio não é o nosso único desafio. Se tornar humano, funcionando como
pessoas neste grande e vasto mundo significa fazer amizades e manter os poucos
que já temos.
Não existe um curso universitário para "ser um amigo melhor" ou "ser menos
um ser humano de merda." Ou então eu estaria inscrita para ambos.
Nós somos egoístas, em todos os sentidos da palavra.
Eu só não quero quebrar nossas amizades por causa disso.









{14}

LILY CALLOWAY

A parte mais difícil de estar em um relacionamento comedido com Lo não é estar


perdendo o sexo com estranhos.
Isto é perder aquele momento em que eu me torno outra pessoa. Quando a
tímida, insegura Lily se transforma em uma megera confiante. Onde eu estou
completamente e totalmente no controle e quando a minha conquista olha para
mim com um olhar de pálpebras pesadas, ele sabe disso também. Eu era outra
pessoa durante aqueles momentos. Alguém melhor talvez.
Quanto mais tempo eu sou monogâmica, mais eu esqueço o que a confiante e
descarada Lily sente.
É como se despedir do seu melhor amigo por tanto tempo que seu rosto se torna
uma névoa embaçada. Eu não sinto falta dela o suficiente para enganar Lo. Eu só
quero saber se eu nunca vou vê-la novamente.
Mas eu sei que eu nunca a quis conhecer. Sadie.
O malvado e alaranjado gato malhado de Connor olha para mim do outro lado
sua sala de estar no apartamento. Todas aquelas vaquinhas mal-humoradas no
Tumblr não são apenas photoshop. Sadie é a prova de que os felinos podem
contorcer seu rosto com malícia de temperamento quente.
Lo e eu nos sentamos no sofá de couro verde e escuro de Connor, seu
apartamento é decorado como um apartamento de solteiro.
Em vez de copos Solo vermelhas alinhadas no bar, ele tem uma variedade de
licores caros trancado em armário de vidro. Lo olhou para eles uma ou duas
vezes, e Connor os levou para um lugar onde ficássemos de costas para o álcool.
Isso chateou Lo um pouco. Ele não quer ser mimado.
A luz da tarde escoa através de janelas que preenchem toda a parede traseira e a
adjacente. Do chão ao teto, Connor tem uma vista perfeita da antiga arquitetura
do Philly. Como a maioria das caras almofadas soltas, Connor tem uma
decoração de arte que faz muito pouco sentido para mim.
Há apenas uma esfera de porcelana estacionada onde uma cadeira deve estar. Eu
não posso dizer se é uma panela vazia ou um vaso de flor. Não há nenhum
buraco para lírios ok isso saiu errado. Mas, realmente, parece bobagem ter uma
bola apenas ocupando o espaço. Eu acho que é por isso que eles chamam de arte
não funcional.
Os pisos são de concreto, mas na sala de estar, ele tem um belo tapete creme que
Sadie aparentemente ama.
Porque ela ainda tem que pisar fora dele, ela passeia na frente do sofá, e para
trás, o rabo branco abanando maliciosamente.
Eu tenho meu olho em você, eu digo com um olhar estreito.
Apesar de me sentir violada por Sadie, eu estou relativamente esperançosa hoje.
Eu quero tudo resolvido com este chantagista, mensageiro do mal, ou seja, lá o
que ele é. Eu quero seguir em frente e me concentrar em ser saudável.
A campainha toca, e Connor abre a porta. —Você está atrasado —, ele diz sem
rodeios, esse é Connor Cobalt, se ele não gosta de você, ele usa um tom que
muito raramente se apresenta.
A mandíbula de Ryke endurece. — Eu sou o capitão da equipe de atletismo, —
diz ele. — Eu não posso deixar a prática em primeiro lugar.
— Não, eu não esperaria que você faça nada em primeiro lugar, — Connor
retruca. Lo e eu trocamos hesitação. Algo me diz que Ryke Meadows não é o
‘fã’ número de Connor. E, normalmente, eu ficaria desconfiado de que talvez
Connor saiba que Ryke está por trás de tudo isso que Lo deve ser cauteloso com
o irmão. Mas seus pequenos olhares aquecidos começaram por volta do tempo
Ryke humilhou Connor em público. Não foi um acontecimento único, foram
muitas coisas. Como Ryke chamando Connor de um beijador de bunda na frente
de seus companheiros de pista. Ryke pode dizer essas coisas em privado, na
nossa frente, e Connor apenas dá de ombros, mas prejudicar sua reputação em
público cruza uma linha.
Ryke parece prestes a sair pela porta.
Mas Connor o leva antes de que a coisa com o irmão de Lo se torne física.
Connor fica em uma cadeira de couro em frente a nós, mas Ryke se estatela
diretamente próximo a Lo no sofá. E eu me lembro que minha irmã não está aqui
para estar no meu time. Sua agenda é muito agitada para tomar um caminho para
Philly, então infelizmente, eu vou ter que continuar sem ela.
Eu não percebi o quanto eu confiei em seu apoio até que eu senti o pavor
desconfortável quando ela me disse que não poderia vir.
Sadie circunda a mesa de café, mas seu olhar severo não me impede. — Connor,
— eu digo, — Eu acho que seu gato me odeia.
Connor a pega em seus braços. — Ela não te odeia. Oh bom. Essa é uma inimiga
a menos.
— Ela simplesmente odeia as mulheres. Ou talvez não.
Ryke solta um bufo indignado. — Eu pensei que Rose estava fazendo essa
merda, porra.
— Quando você desencadeia uma maldição de palavras, eu fico um pouco surdo
da minha orelha direita, — Connor diz ele. — O que foi que você disse?
Lo está duramente tentando realmente não rir, e eu mordo o lábio para conter um
sorriso. É muito fácil pegar Ryke, especialmente desde que o cara leva muito
pouco a sério.
Ryke vira, e murmura mais palavrões baixinho, e se mexe em sua cadeira. —
Vamos terminar com isso.
Connor afaga Sadie, e mesmo que esteja ela ronronando, ela ainda usa uma
máscara de maldade- dirigida diretamente para mim.
—Tenho más notícias —, diz Connor, confirmando que ele está de fato
acariciando o gato-vilão neste cenário. — Meu investigador particular rastreou o
número de telefone. Era um descartável, então não temos nenhuma maneira de
conhecer a identidade da pessoa na outra linha.
Lo geme em suas mãos, se curvando para a frente com os cotovelos sobre suas
pernas.
Eu vou pelo caminho oposto, me recostando no sofá como se um maremoto
apenas golpeou meu peito. O que vamos fazer agora? — Então devo me preparar
para estar nos tabloides em breve? — Minha voz sai muito macia. Até o
pensamento envia o meu coração em um padrão de mergulho. Eu não posso
pensar sobre isso sem lágrimas a transbordar. A vergonha que eu vou trazer a
minha família ...
Lo se endireita e entrelaça seus dedos com os meus. —Tem que haver algo mais
que possamos fazer.
—Claro —, diz Connor. — Mas eu preciso muito que vocês se abram sobre
coisas que não estão dispostos a compartilhar. Eu preciso dos principais
suspeitos que você acredita que poderiam estar ameaçando você. Eu posso dar
eles ao meu investigador, e ele vai vê-los.
— Isso não pode ser muito difícil —, diz Ryke.
Lo encara o tapete. Sim, ele levou horas apenas para passar através de nosso
álbum de escola e circular as faces apenas para decidir que mais da metade do
corpo discente odiava Lo. E isso foi apenas escola preparatória. Nós não temos
incluído nem mesmo a faculdade em conta na equação.
— Sério? — As sobrancelhas de Ryke sobem. —Quantas pessoas de merda você
mijou fora, Lo?
— Eu não era muito querido —, ele retruca. — Nem todos podemos ser o
capitão das equipes de esportes.
Ryke revira os olhos.
—Você não pode estar tão surpreso —, eu grito. —Você e eu nos conhecemos
quando Lo estava sendo encurralado por quatro rapazes querendo bater em sua
bunda.
— As pessoas ficam chateado com as coisas mais estúpidas—, diz Lo, se
defendendo.
Connor inclina a cabeça. —Será que você não roubou uma garrafa de álcool que
custa quarenta mil?
—Eu não roubei —, Lo fala. —Eu bebi da garrafa e a coloquei de volta. E era o
meu aniversário.
—Como o seu aniversário fortalece seu argumento? — Connor pergunta. —A
menos que eles sabiam que era seu aniversário. Será que eles sabiam? — Ele
sabe que não.
Lo olha fixamente. —Cale a boca. — Suas palavras saem ligeiramente e elas
realmente fazem Connor dar um sorriso.
—E quanto a esses caras na festa de Halloween? —, Pergunta Ryke. —Você
acha que eles ainda poderiam estar bravos com Lo?
—Sim, qual é o nome do cara que estava realmente chateado? — Lo pede.
—Matt—, diz Ryke. Nós todos ficamos em silêncio, recordando o momento em
que Matt ordenou que seus primos na limusine perseguissem Connor pela rua
enquanto nós fugimos. Ele também está na equipe de atletismo com Ryke. — Eu
não sei se ele ainda está com raiva ou não.
—Como você pode não saber? — Lo rebate. —Você é o capitão. Você os vê
quase todos os dias. Porra, você apenas correu pequenas maratonas com eles.
Connor tenta duramente não sorrir, mas se ele quisesse esconder o sorriso
totalmente, eu tenho certeza que ele poderia. Ele está definitivamente
regozijando na miséria de Ryke. Eu meio que gosto disso.
— Você corre pequenas maratonas comigo —, retruca Ryke, se esquivando da
acusação.
— Só a seu pedido. Se dependesse de mim, eu estaria correndo pela rua,
sozinho. — Mas há bares ao longo da calçada, e Ryke teme que ele vá ser
tentado a correr para dentro.
O olhar estreito de Lo perfura Ryke, e ambos falam através de seus traços duros.
Lo está incitando Ryke a dizer as piores coisas para ele, para trazer o seu vício.
Mas Ryke não está disposto a ir para lá.
—Olha —, Ryke diz: — os caras do time não vão me dizer se eles desprezam o
meu meio-irmão que apenas passou três meses numa clínica de reabilitação.
Oh. Ele tem um ponto.
—Devo colocá-lo na lista? — Connor pergunta, percorrendo seu tablet
eletrônico. Sadie tenta sentar sobre ele, não gostando de sua atenção dividida,
mas ele move o tablet para o apoio de braço e ela enrola de volta para seu colo.
Lo ergue o olhar de Ryke. — Sim, claro. — Eu acho que ele quer que alguém o
culpe novamente pelo erro, gritando e fazendo sentir a dor, como se ele
merecesse o golpe. Seu pai faria isso. Mas Lo tem de compreender que não é a
maneira correta de lidar com as coisas. Ele não deve ser punido todos os dias por
algo que aconteceu meses atrás. Ninguém morreu. Ninguém se machucou.
—Vamos começar com as pessoas que têm o maior rancor contra você e
começar por aí, — Connor aconselha.
Lo está olhando para o chão novamente, sua mente vagando em mil lugares
diferentes. Eu sou a única que falou sobre o álbum escolar, então eu sei que
estou melhor que ele neste momento.
— Aaron Wells, — eu começo falando. Ambos Ryke e Lo endurecem. Eles
fizeram algo para Aaron, claramente, mas eu tento não pensar sobre isso. — E
talvez Mason Nix ...— Depois do fiasco no estacionamento, eu acho que há um
monte maior de ressentimento do que imaginávamos.
— Eu tenho que dar motivos para colocar os nomes para o investigador
particular, então você vai ter que me dar alguns detalhes.
Lo suspira pesadamente. E então ele se vira para mim, sua mão subindo na
minha coxa. É um pouco perturbador, e eu posso dizer que o movimento é um
reflexo subconsciente. Ele não percebe o quão obcecado estou no caminho de
que ele pressione os dedos no meu jeans, apenas uma respiração a partir do
ponto entre as minhas pernas.
—Você quer contar as histórias? — Lo me pergunta. —Eu posso, se você não
quiser ir até lá. — Mas pela sua mandíbula apertada, eu posso dizer que ele quer
compartilhar tanto quanto eu.
—Vamos sobre a igualdade de oportunidades —, eu digo. —Eu falo sobre Wells.
Lo perdeu um pouco de cor em suas bochechas. Ele balança a cabeça
novamente, e agora eu me arrependo da minha escolha.
—Não importa, eu posso falar sobre Mason.
—Não, você fala sobre Wells.
Faço uma pausa. —Ok —, eu digo em voz baixa. Eu me sinto mal. Como eu se
eu pudesse entra no sofá e não sair mais.
— Aaron Wells — Connor disse, com os olhos brilhando em reconhecimento do
nome. —Ele participou do evento da Fizzle em janeiro?
—Sim —, eu digo. —Sem Lo a me acompanhar minha mãe chamou a Aaron
Wells para ser meu acompanhante (não o tipo prostituta). Ela não sabia que ele
odiava Lo, ou que ele era quem planejava em fazer o meu tempo durante o
marketing miserável. — Lo vira pedra ao meu lado, não mais abraçando. Ele
está chateado porque não estava lá para mim, mas eu nunca iria querer que ele
deixasse a reabilitação por minha causa.
Eu começo a história o melhor que posso.
Aaron Wells. Alto, de cabelos castanhos (quase louro), o deus de olhos azuis da
equipe de lacrosse da Dalton Academy. Ele sangrava a merda de ouro azul.
Mesmo na nona série, ele foi mantido em alta estima, um atleta natural que
enfeitaria a nossa escola com o seu primeiro Campeonato Estadual de Lacrosse.
Caras queriam ser ele e as meninas queriam transar com ele. Mas Lo foi o único
cara que não se importava em estar a volta de Aaron no círculo de popularidade.
Na nona série, Lo e eu negávamos nossos problemas para nós mesmos e aos
outros. Mesmo depois que fizemos sexo juntos pela primeira vez, nós apenas
fingimos que nunca aconteceu. Estávamos com quatorze anos e perdidos,
tentando nos fazer sentir melhor.
Me lembro do dia após muito bem. Enfiei meus livros em meu armário, e a
proximidade de Lo fazendo meu peito apertar. Essa parte foi normal. Ele iria
esperar por mim com um braço forte contra a escuridão do armário azul,
afrouxando o laço da gola de sua branca camisa de botão. Ele odiava o uniforme
daquela escola preparatória, mesmo que ele parecesse sexy nele. Ele iria ficar ao
meu lado, querendo me levar para a aula. Ele cheirava bourbon, e usava óculos
de sol dentro de casa, para ajudar com seus olhos que ficavam sensíveis.
Naquela época, antes da faculdade, ele sentia mais os efeitos de uma noite de
bebedeira.
—Você fez a atribuição para poesia para Lit? —, Perguntou Lo.
—O quê? — Meus olhos se arregalaram. Eu devo ter esquecido. Não é
incomum. Embora, os professores normalmente tiveram pena de mim. Depois
de serem agraciados com o cérebro supremo de Rose, eles achavam que eu era a
estúpida Menina Calloway.
— Está tudo bem, eu tenho você coberta —, disse Lo. Apertei os olhos para ele,
cética. De jeito nenhum. —Rosas são vermelhos. Violetas são azuis ... —
Eu vou falhar. —... E se um atleta perguntar, não deixe ele foder você. — Ele
acabou com o poema enquanto seus olhos vagavam para a frente. Um grupo de
jogadores de lacrosse passou por nós, Aaron levando o bando.
—Aconselhamento em um poema? — Eu disse com um sorriso. —Você está
superando mesmo, Loren Hale. — Minha diversão foi de curta duração, no
entanto. Aaron se separou de seu bando e se aproximou de nós. Lo endureceu e
eu tentei ignorar o cara enquanto ele se elevava sobre mim.
—Você deve ser Loren, — disse Aaron. — Nós não nos conhecemos, mas eu
ouvi sobre você.
—É Lo —, esclareceu ele.
Aaron mal piscou e continuou falando como se Lo não tivesse dito uma palavra.
— Eu estou promovendo uma festa pré-temporada na minha casa. —
—Isso é bonito, —Lo disse com um sorriso irônico, —não são muitas pessoas
que dão festas para celebrar a primavera.
—A temporada de lacrosse, — Aaron brincou, olhos frios.
—Os meteorologistas estão inventando novas temporadas agora? Isso é
impressionante.
Eu deveria ter visto isso chegando, considerando que Lo não estava no melhor
humor. Não depois que fizemos sexo e ignoramos o evento. Não depois que ele
bebeu uísque direto da garrafa no caminho até aqui.
Aaron tinha mantido a compostura. —Você pode trazer sua namorada, se você
quiser.
— Ela não é minha namorada—, disse Lo.
Na admissão, eu me virei do meu armário, livros em meus braços. Aaron
tamanho "UP", não grosseiramente, e quando seus olhos pousaram no meu, ele
me olhou com pena intensa. Como se ele sentisse que eu tinha que aguentar Lo.
Aaron não nos entendia. Ninguém entendia.
—Você está definitivamente convidada, — disse Aaron diretamente a mim.
—E eu posso apresentá-la a algumas pessoas legais.
—Sim, ela não está procurando por um cara legal —, disse Lo. Ele estava certo.
Se eu quisesse alguém que me levasse para um encontro, me tratasse bem, e
ligasse na próxima manhã eu sairia com alguém de Dalton. Mas eu queria o
leigo. O tipo de cara que poderia dormir comigo e me esquecer logo que
deixássemos o quarto. Eu queria fácil. Bons caras eram complicados.
Falei que antes Aaron pudesse. — Está tudo bem. Eu não vou a festas. Quero
dizer, encontros de Dalton. — Regra número um: Não faça sexo com garotos de
Dalton. Caso contrário, todo mundo teria descoberto que eu dormia
aleatoriamente.
Aaron fez uma careta. — Isso é meio estranho.
—Obrigada? — Eu disse antes de virar para Lo, pronto para sair.
— Ambos percebem que isso vai ser a festa do ano —, disse Aaron em
confusão, seu orgulho finalmente começando a se irritar. Sim, Aaron, eu tinha
falado sério sobre não querer ir. Embora, eu estava certa de que seria um inferno
de festa. Poncheiras gigantes. Luzes de néon. Boas drogas. Talvez até mesmo um
famoso DJ. Mas eu iria escolher perder tudo isso só para evitar ser fofoca na
manhã seguinte.
Lo encontrou meu olhar, e eu podia vê-lo rachar. Provavelmente sob a suposição
de que haveria boas bebidas também. Eu lhe dei um olhar. Festas de Dalton eram
minha perdição. Os rebanhos inteiros da população estudantil para eles, e assim
eu teria que gastar meu tempo no canto, tentando evitar olhares e ter certeza de
fazer Lo não desmaiar.
Ele me deu esse olhar de grandes olhos suplicantes, e eu percebi que ele estava
indo para a festa comigo ou sem mim. Então, eu só assenti com a cabeça.
Lo se virou para Aaron e deu um sorriso falso. —Vamos ver você sexta-feira.
Aaron mergulhou em sua própria felicidade fingida. — Perfeito.
Só que não tinha sido perfeito. Foi uma das piores partes da história de festas.
Tão ruim, de fato, que virou o evento na lista negra de qualquer função social
relacionadas com Dalton. E eu nem sequer assistir o arroubo estúpido de Aaron.
Eu era o único que abriu todas as bebidas caras dos Wells. Eu não peguei um
taco de lacrosse e tropecei com ele, de alguma forma terminando na adega. Eu
atirei toda a minha frustração em duzentas garrafas de vinho envelhecido que
caíram e quebraram. Eu não afoguei a adega e minha dor em uma piscina de
vermelho.
Mas Lo com certeza fez.
E eu deveria ter estado lá. Às vezes me pergunto se isso teria mudado o
resultado. Eu poderia ter parado Lo, e então talvez Aaron e seus amigos não o
teriam odiado tanto.
O desastre da adega começou sua rivalidade.
Em seguida, eles multiplicaram a partir daí. Primeiro com coisas bobas, como
bater os livros didáticos de Lo de suas mãos. Mas, em seguida, três deles
encurralaram Lo, prestes a agarrar seus braços e pernas e enfiar ele em um
armário. Lo correu antes que pudessem o pegar. Ele era bom nisso. Fugindo.
Lo admitiu para mim, e só para mim, que era culpa de toda a rixa que começou
com ele em primeiro lugar, mas ele simplesmente não sabia como acabar com
ela, uma vez que começou. Como dominós que manteve caindo para baixo e
para baixo e para baixo. Ele não era grande o suficiente para se afastar, para
deixar para trás. Ele tinha tomado muita merda em casa para deixar alguém
correr sobre ele.
Durante os próximos quatro anos na escola, eles passivamente se odiavam e por
vezes a passividade se virou para os punhos, mas Lo foi rápido para se esquivar
de todos os ataques. Não foi até nosso último ano que tudo mudou. Eu acho que,
em parte, Aaron tinha se cansado de como os professores bajulavam Lo e como
parecia que ele tinha tratamento especial que se estendeu além dos atletas.
Eu tinha dezessete anos e estava em um relacionamento falso com Lo. Pela
primeira vez, Aaron percebeu que havia uma maneira de chegar a Lo sem ele
fugir.
Ele poderia mexer comigo.
Aaron começou a me seguir para a aula, e, em seguida, uma semana depois, ele
me bloqueou contra uma parede, sempre tão casualmente, com seus amigos
jogadores de lacrosse no reboque. Para todos os outros, provavelmente parecia
que eles estavam ali para uma conversa rápida, mas sempre que eu encontrei os
olhos de Aaron, só vi o ódio.
A quarta vez que ele me encurralou, eu estava na biblioteca, tentando
desesperadamente encontrar um livro sobre Arte Renascentista. Isolada na parte
de trás, entre duas caixas de livro, eu escolhi uma coluna vermelha e fui pronta
para comer o almoço. Quando olhei para cima, minha saída tinha sido obstruída
por um rapaz de 1,80 de altura atlético com músculos e sobrancelhas endurecida.
O ódio é um animal que você alimenta, e eu imaginava que depois de quatro
anos, o de Aaron se tornou gordo e grande. O cara aparentemente bom, que tinha
me convidado para uma festa no meu primeiro ano da escola preparatória, virou
frio e mau. Pelo menos para mim.
Seus olhos estavam escuros, e ele deu um passo adiante. Meu coração bateu
contra o meu peito enquanto eu tropeçava de costas. Ele continuou seu passo e
minhas costas bateram na parede.
—Eu tenho que sai para o almoço —, eu disse em voz baixa. Eu não sabia o que
ele ia fazer. Ele já tinha colocado um punho em Lo. (Ele teve suspensão de uma
semana e Lo teve uma detenção de sexta-feira), então eu pensei que talvez ele
estava se preparando para me bater ... ou pelo menos me assustar.
Missão cumprida. Eu estava apavorada.
Ele chegou mais perto, sem dizer uma palavra. Acho que foi a pior parte, o sem
falar, totalmente sem sentimentos dele.
Ele levantou os braços, colocando as mãos em um cartaz de eleição de estudante
ao lado da minha cabeça, me aprisionando. Seu hálito quente queimou meu
pescoço, e foi então que, naquele momento, que eu tive o impulso. Eu queria
sair. Fora. Ir. Eu mergulhei para baixo, pequena e rápida o suficiente para
escorregar por baixo de seu braço. Eu corri para fora da biblioteca e, em seguida,
para a direita fora da escola.
Eu não queria contar a Lo o que tinha acontecido, mas os avanços de Aaron só
se tornaram piores. Um dia quando eu estava dirigindo para casa, ele me cercou
com seus amigos lacrosse. Eu dirigi direto para Lo, e eles saíram em disparada.
Eu mantive a minha boca fechada, mas passei a maior parte do dia na escola
permanecendo ao lado de Lo. Ninguém me assediava quando ele estava por
perto.
Eu costumava tentar levantar junto com ele. Mas um dia, anormal na verdade, eu
dormi na minha própria casa, e ele não me disse que ia se atrasar.
Tentei me concentrar na tarefa em minhas mãos. Pegue seus livros. Vá para a
aula. Feito. Eu puxei meu livro de História do Mundo do armário e a coluna de
capa dura inclinou o espelho para dentro.
E então eu senti duas mãos na minha cintura.
Eu pulei: meus pés e coração. Então eu me virei e os olhos de Lo estavam
arregalados.
—Ei namorada —, enfatizou, vendo como nós estávamos em nosso
relacionamento de mentira.
Eu queria sorrir, mas eu mal conseguia recuperar o fôlego.
Seu rosto caiu em uma onda de preocupação, e ele colocou as mãos no meu
rosto. —Ei, ei, ei —, ele disse rapidamente. — Respire, Lil.
Lágrimas ardendo nos meus olhos. Eu não sabia que Aaron tinha me desalinhado
até esse ponto. Jogo. Partida. Match, pensei. Ele ganhou.
Mas eu tinha esquecido que meu namorado de "mentira" estava ali.
—Lil, o que há de errado? — Sua voz era pesada e grave.
Eu enterrei minha cabeça em sua camisa e ele me segurou lá por um longo
momento. Não fomos a aula para que eu pudesse lhe contar a verdade, e ela
derramou de mim como uma inundação.
—Eu vou consertar isso —, disse Lo.
Eu acreditava também. Ele chamou a Aaron e ameaçou sua carreira universitária,
se ele não parasse de me assediar.
Com o nome Hale, Lo tinha muitos contatos, um telefonema dele ou de seu pai,
e a carreira de Aaron no colegial estaria terminado.
Aaron chamou seu blefe. E então Lo chamou a faculdade.
Então Aaron Wells foi reduzido a sua escola de segurança, perdendo o estrelato
da lacrosse.
Ele parou de me seguir depois disso ...

Bem, até que o evento Fizzle muito recentemente (em que ele tentou me assustar
de novo). E não logo depois, recebemos essas mensagens. Talvez apenas um par
de meses separa os dois eventos.
A plácida expressão normal de Connor foi ligeiramente ultrapassada por uma
testa enrugada e uma mão que cobria a boca. Eu nunca pensei que eu poderia
chocar Connor Cobalt, ou que ele me deixaria ver a sua surpresa.
—Em defesa, — Lo diz: —Aaron Wells e eu temos odiado um ao outro desde a
nona série. Isso é como uma era de ódio. Nenhum dos outros são assim.
—Nós podemos apenas esperar —, diz Connor.
—E o nosso pai ajudou a rasgar o futuro deste garoto? — Ryke pergunta.
—O que posso dizer —, Lo fala com um sorriso amargo, — é como nós somos
ligados.















{15}

LOREN HALE

Eu não podia falar sobre Mason. Nem Lily poderia. Eu acho que isso estava
muito fresco para nós. Eu mencionei o que aconteceu brevemente para Ryke por
telefone um dia, sobre o estacionamento coberto e um pouco sobre o passado,
então eu lhe disse que isso era suficiente para preencher a Connor, e foi isso.
Minha cabeça pesa uma tonelada de merda e eu poderia usar um copo de uísque.
Inferno, eu me contentaria com uma cerveja neste ponto.
Mas nós dirigimos diretamente de volta para Princeton depois. Algumas vezes,
eu encostei em um posto de gasolina, dizendo a Lily que eu tinha que fazer xixi.
Eu evito pegar quaisquer pacotes de seis nos nevoeiros dos frigoríficos de vidro,
mas a segunda vez que estacionei o carro, Lily pega e me segue para a loja de
conveniência. Ela me encontra olhando questionável para um case de Samuel
14
Adams . Lily fala baixinho comigo por uns bons dez minutos, me dizendo que
cerveja tem um gosto nojento, que quebrar minha sobriedade não vale a pena o
pequeno zumbido insignificante. Ela está certa, mas eu só quero esquecer tudo
por um momento prolongado.
Eu quero que todas as memórias sumam para que eu possa dormir. Mas tudo que
eu fiz, cada erro, cada fodida palavra que saiu de meus lábios volta se repetindo.
E eu não posso pegar elas de volta. Mas o que eu faço tem o poder para abafar
tudo.
Nós dirigimos novamente. Rumo a casa. E eu esqueço a bebida. Eu tento me
concentrar nas coisas que eu posso fazer e que não envolvem álcool. — Talvez
eu devesse ligar para Aaron, — eu digo a Lily. Minhas mãos apertam no volante.
— Pedir desculpas ou algo assim—. E se ele não fez nada? E se eu fiz isso pior
por ir na casa dele e o ameaçar? A maneira do meu pai de fazer as coisas pode
estar errada. É tudo o que eu conheço. E é o que me colocou neste lugar para
começar.
Eu tenho tantos arrependimentos. Eu não acredito que qualquer um diga que não
os tem. Como você pode viver uma vida construída de erros e não desejar que
você pudesse voltar atrás?
Eu destruí a adega do cara. Se uma pessoa fizesse isso comigo, eu não estaria
somente um pouco incomodado. Eu iria desprezá-lo. E eu não tenho uma grande
desculpa. Eu só estava ... eu estava sofrendo, e eu senti como se estivesse
gritando e ninguém podia me ouvir. Eu estava errado, eu entendo, mas as minhas
ações nunca lhe deram permissão para aterrorizar Lily. Por isso, eu não posso
perdoá-lo.
Lily passa os dedos sobre a minha mão que segura a alavanca de câmbio. — Eu
não tenho certeza de que vai ajudar. Ele pode não aceitar.
Se Aaron é o cara que nos ameaça, pode estar fodido.
Nós manobramos até o nosso portão, e eu bato o número de segurança no
teclado. Nós dirigimos diretamente para estacionar na garagem vazia. Rose está
atrasada, não é de se surpreender com o quanto ela manipula. Quando andamos
na casa, eu tapo as luzes, meio que esperando Lily virar e me perguntar se
podemos foder.
Ela normalmente faz.
Esta noite é diferente. Talvez porque eu confessei abertamente pensar sobre uma
bebida. Talvez ela não queira me colocar em uma posição onde eu tenho que lhe
dizer não.
Lily estatela-se no sofá como se fosse normal para ela estar mais interessada na
televisão do que o quarto. — Eu acho que eles estão exibindo Thor na HBO —,
ela diz, se inclinando para pegar o controle remoto. Meus olhos caem em seus
joelhos, apertados juntos. Sim, ela está lutando.
Após o vazamento completo de todas essas memórias, acho que ambos
merecemos uma liberação. Eu procuro mentalmente através da lista negra do
terapeuta. Eu a reli muitas vezes, cada palavra está enraizada na minha cabeça.
Sem masturbação. Sem pornô.
Sem sexo em público.
Pare quando o seu parceiro parar. Dicas úteis: Comece cronometrando as
sessões e tenha fixado uma hora dedicada ao sexo. Para os primeiros meses
respeite as posições que não provocam aumento da excitação depois de um
clímax. (Isto é subjetivo e você terá que experimentar para descobrir o que você
a aciona a continuar.)
Apenas se envolver em relações sexuais quando você e seu parceiro querem.
Dica útil: Deixe o seu parceiro escolher o tempo.
Quantidades saudáveis - o sexo não pode interferir com rotinas diárias. Dica
útil: Mantenha a manhã e os horários noturnos.
Eu sei que Lily pensa que há estipulações como a proibição de anal e boquete.
Eu tive uma longa conversa ao telefone com Allison, discutindo o quão longe eu
deveria tomar Lily. Nós ainda temos que ver as posições sexuais proibir as que
não vão ajudar. Então, Allison e eu concordamos que o objetivo é levar Lily a
um ponto em que ela não espera o sexo.
Não me pedir para ter sexo é um bom primeiro passo, e eu quero recompensá-la
por isso. Mas eu também temo que ela vá se apegar a isto. Com o tempo ela
pode fingir estar desinteressada então ela vai ter um retorno meu. O ponto é
fazer ela parar de pensar e não querer elaborar estratégias sexuais para obtê-lo.
Considerando que a minha mente circula em torno da caça por uma garrafa de
algo alcoólico, eu entendo que não é uma tarefa simples.
— Ah, sim! — Lily diz entusiasmada. — Nós não podemos perder a parte com
15
Sif . — Seus olhos piscam para mim brevemente antes de voltar para a TV.
16
—Você acha que devemos ir para a Comic-Com este ano? Podemos nos vestir
como Thor e Sif. — Me sento ao lado dela no sofá, lhe dando a distância de uma
almofada. Eu pego o instante em que ela franzi a testa e seus olhos, mas
desaparece quando ela se concentra no filme.
— Eu não acho que eu ficaria bem como um loiro, — digo a ela.
Ela avalia o meu cabelo e, em seguida, seus olhos caem, persistente quando ela
os leva aos meus outros recursos. Ela olhou para mim tão difícil nas duas últimas
semanas que eu estou bastante certo, que em um ano ela poderá se recordar de
cada sarda pela memória. Sua garganta se eleva conforme ela engole. — Eu ...
Sim, um ... loiro ... não, — ela gagueja antes de voltar para o filme.
— Que tal irmos como Loki e Sif? — Eu sugiro.
Ela hesita um momento antes de balançar a cabeça. Seus olhos encontraram os
meus novamente, e desta vez eles ficam ali. — Como cerca de Hellion e X-
17
23 ? — Ela nunca quer se vestir com o traje X-23. É de couro preto apertado
que expõe totalmente sua barriga, e eu praticamente tenho que implorar-lhe para
18
cosplay do meu casal mutante favorito. Ela está oferecendo isto para mim, e
por algum motivo eu tenho a súbita vontade de levá-la aqui.
Então eu faço.
Eu cruzo o caminho na distância entre nós e os meus lábios encontram os dela.
Em surpresa, ela enrijece os ombros e congela os braços, e eu me desloco com a
boca aberta, deslizando minha língua dentro. Ela acorda, suas mãos se lançando
em volta do meu pescoço. Eu sorrio contra seus lábios macios.
Minha namorada é como uma atrevida Bela Adormecida, reanimando a partir de
um beijo do fundo da garganta.
Eu corro minha língua ao longo da base do pescoço dela, e ela começa a se
contorcer debaixo de mim. Ela é o contrário de qualquer menina com quem eu já
estive. Pequenas coisas a definem, como se seu corpo que é feito de mil nervos.
Ela responde a cada toque e lambida como se eles desejassem que ela alcance
cada pico de desejo.
Suas mãos voam em direção a minha calça, e eu tenho que agarrar elas antes que
ela faça algo. Um gemido escapa de seus lábios, e sua coluna se curva, seu corpo
arqueando para mim. Eu a levanto por debaixo de seus braços, e as pernas
embrulham instantaneamente em volta da minha cintura. Eu pressiono um beijo
forte nos lábios, inalando o perfume de vanilla dos seus cabelos.
Mesmo a meio caminho no ar, ela começa a moer contra mim. Ela tem que sentir
que eu estou duro, mas eu preciso dela mantendo as mãos de mim. Eu tenho
autocontrole, mas ele sai voando sempre que ela começa a esfregar contra o meu
pau.
Eu a coloco no chão no tapete, o sofá à nossa esquerda. Meus lábios escovam
lentamente o topo de sua orelha, meus dentes quase roçando a ternura de sua
pele. Ela solta um suspiro afiado.
— Calma, amor, — eu respiro. Ela se instala de novo e eu começo, muito
lentamente, a despi-la. O toque do tecido a acende enquanto a camisa passa até
sua barriga e sobre sua cabeça. Quando eu vou para suas calças jeans, ela tenta
se sentar e me tocar, mas eu coloco minha mão em seu ombro, obrigando ela a
voltar para o chão novamente e lhe dou um olhar de desaprovação.
Ela respira pesadamente, e eu espero para desabotoar até que ela acena com a
cabeça, aceitando que deve ficar parada.
Quando ela faz, eu pesco o botão através do buraco e, lentamente, tiro. Enquanto
eu deslizo seu jeans abaixo dos quadris dela, suas coxas, eu bebo em seu corpo e
a forma como ela me responde. Os gritinhos, as contrações musculares das
pernas e até a curva de seus dedos do pé. Cada movimento é cheio de beleza que
ela nunca vai compreender. Me faz ciente de como ela está viva.
Depois de lançar seu jeans para o lado, eu beijo o topo de seus seios, e ela
estremece contra mim. Eu corro meus dentes, brincando sobre suas alças do
sutiã, e seu peito aumenta e cai em rápida sucessão, ansioso e querendo.
—Lo —, ela geme.
Eu abafo um gemido na minha garganta, e solto o sutiã, liberando-a da roupa. E
então eu deslizo gentilmente a calcinha para baixo e fora de seus tornozelos.
Enquanto isso, eu levemente escovo meus dedos pela mancha molhada entre as
pernas, de modo breve e poderoso, a sensação imediatamente sacode seu corpo.
Eu tenho que lembrá-la novamente para se acalmar.
—Lo, por favor —, ela diz, com a voz rouca e crua.
Eu beijo aqueles lábios avermelhados, e depois me levanto deixando-a
descoberta e nua no chão da sala de estar. Seus olhos se arregalaram em horror,
pensando que eu não vou transar com ela.
—Eu já volto, amor —, eu digo rapidamente, querendo que aquele olhar
desapareça de seu rosto. — Eu tenho que pegar um preservativo... e
lubrificante. — Eu sorrio com isso, e eu espero um segundo para ver sua
expressão irreverente.
Todo o seu rosto se ilumina com prazer. — Mas ... eu pensei ...— ela começa.
Eu já estou recuando em direção ao quarto. Meu pau parece que pode explodir a
qualquer minuto, e eu não posso prolongar esperando por muito mais tempo para
obter a minha própria libertação do caralho. O medo me cruza por um breve
segundo, percebendo que eu só estou deixando-a nua, com tesão.
No meio da escada, ela ainda está me observando, mas as mãos dela se
aproximaram mais e mais perto do interior das coxas. — Não se toque —, eu
digo asperamente. — Ou então eu não vou transar com você. — É uma ameaça
que eu não gosto de dar, considerando minha própria excitação que quase atingiu
o pico. Eu quero enfiar meu pênis dentro dela agora mesmo.
Ela balança a cabeça ansiosamente, e eu aceito isso, tentando desesperadamente
colocar fé nela. Eu só preciso que ela seja forte, mas eu sei que a masturbação é
uma de suas compulsões.
Depois de alcançar o segundo andar, eu entro no quarto escuro e rapidamente
tateio em torno gaveta da mesa, pegando um pacote de camisinhas e lubrificante.
Eu não usei um em se quer duas semanas, o que deve ser um recorde para nós.
Quando eu volto para a sala de estar, acho que Lily ainda deitado no tapete, mas
ela cobre o rosto com ela mãos. Ela está se concentrando muito duro para me
ouvir entrar, e eu tomo meu tempo para lançar fora minhas calças e tirar minha
camisa. Me deito ao lado dela e esfrego o topo de sua cabeça facilmente. Suas
mãos deslizam para baixo, expondo seu rosto e os olhos e o olhar que diz, me
foda agora.
— Lo, eu quase me toquei.
Eu beijo sua testa e pego uma de suas mãos nas minhas. — Mas você não fez.
Ela balança a cabeça. — Mas eu quero ... tanto —, ela admite. — Eu não me
lembro o que eu sinto quando eu faço. Não é estranho? Isso é estranho, certo?
Quero dizer, é o meu corpo, mas eu não estou autorizada a tocar realmente, e eu
...eu…
Jesus Cristo. Eu a pego em meus braços, e ela enterra a cabeça no meu peito, à
beira das lágrimas. Isso não está indo como planejado, e eu sinto que é em parte
minha culpa. Eu não deveria ter deixado ela sozinha e dado a oportunidade de se
rastejar dentro de sua cabeça. Talvez eu possa corrigir isso.
— Está tudo bem, Lil —, eu sussurro. — Se você quer se tocar, basta me
perguntar.
Com sua mão na minha, eu a guio para baixo em seu estômago, passando seu
umbigo e entre as pernas.
Ela engasga quando eu esfrego os dedos sobre o clitóris e, em seguida, para
baixo mais longe, deixando ela sentir o quão molhada ela está.
— Melhor? — Eu pergunto, puxando sua mão e dedos brilhando de volta até seu
peito.
Ela balança a cabeça, os ombros relaxando, e eu beijo a base de seu pescoço.
Eu a coloco em seu lado direito e fico contra suas costas. Eu quase posso vê-la
começar a sorrir.
Eu rasgo o pacote do preservativo.
—Posso colocá-lo em você? —, Ela pergunta esperançosamente, ouvindo o
rasgar do papel.
—Se você puder fazer rapidamente, — eu digo a ela, querendo estar dentro dela
mais do que ela provavelmente sabe. Ela vira o rosto para mim, e eu lhe entrego
o preservativo. Seus olhos caem para meu pau e eu assisto toda a sua expressão
praticamente brilhar. Sua felicidade é fácil de provocar, o que suponho que seja o
problema, mas eu gosto de enviar seu corpo em ondas de choque e ver seu rosto
se iluminar como a cidade.
Não me ouvindo, ela rola o preservativo suave e lentamente no meu pau. Deixo
escapar uma respiração pesada e depois gemo. Meu Deus. —Mais rápido, Lil, —
Eu exijo.
Seus olhos piscam, surpresa, mais uma vez ela leva um grande esforço para
olhar em qualquer lugar, menos para meu pau. Ela me dá um olhar com olhos de
corça e eu não posso deixar de sorrir, mas eu não desisto. — Rápido—, repito,
esticando as sílabas.
Ela acaba de rolar o preservativo até meu eixo e, em seguida, pega o lubrificante.
Eu pego seu pulso e o movimento para ela se virar. Eu sei que ela quer estar no
controle. Eu sei que ela sente falta dele. Mas ela tem que me fazer acreditar que
ela pode estar no topo e não se empolgar. Agora, ela não está nem perto de ser
capaz de lidar com esse tipo de posição sem enlouquecer.
Antes de virar, ela se abaixa e coloca um beijo suave na cabeça do meu pau.
Então ela rola para o lado dela, virando a bunda para mim.
Eu esfrego um pouco de lubrificante, e ela se contorce um pouco, mas eu a
seguro firme. Meu pau pulsa e eu sei que eu não poderei resistir em ir agradável
e lento. Então, quando eu a tenho pronta, eu empurro para dentro dela o mais
rápido e profundo que eu posso sem machucá-la.
Ela solta um gemido longo agradável e começa a se contorcer novamente. Mas
eu a seguro apertado, um braço em volta do pescoço e o outro em volta da
cintura, agarrando seu peito quando eu começo a bombear dentro dela.
Cada impulso envia ondas de êxtase colidindo através do meu pau e parece bom
demais para sequer parar por um segundo. Eu acelero o meu ritmo, seus gemidos
e gritos meio estridentes perpetuando com minha velocidade.
Dentro de alguns minutos, eu posso senti-la chegar a sua borda. Eu movo mais
rápido e mais duro, fechando os meus olhos enquanto eu tento não liberar. E
depois quando a minha mão desce entre as pernas dela, o corpo dela convulsiona
em ondas de prazer. Ela sacode com cada tremor intenso, e, em seguida, a
respiração sai pesada e entrecortada.
Eu retiro, ainda duro e dolorido, e saco o preservativo fora. Seus olhos estão
pesados, mas ela estende a mão para mim. Rapidamente, eu a rolo de costas e
agarro sua perna, trazendo-a por cima do meu ombro. A nova posição revigora a
sua energia e seus olhos encontram os meus. Com um movimento rápido, eu
estou dentro de sua buceta encharcada e ela está empurrando com seus quadris.
Eu começo a empurrar mais duro, enchendo ela profundamente. Meu pau dói
pela liberação, mas eu continuo pulsando, me mantendo alimentando suas
necessidades. Minha mão livre pega o queixo e eu me inclino para baixo, nossos
lábios se conectando. Eu a beijo enquanto eu movo dentro e fora, dentro e fora.
Eu bato em alguma coisa e ela rompe com a minha boca, sorrindo. Eu sorrio de
volta e em seguida, pressiono o meu nariz contra sua bochecha enquanto eu
empurrar mais forte, meus lábios separando uma vez captando os ruídos. Minha
respiração quente em seu pescoço, a minha mão sobre em seus lábios, abafando
seus sons e elevando sua excitação.
Tudo o que eu sempre quis está aqui nos meus braços. Eu gostaria de poder ficar
assim para sempre, mas eventualmente, nos reunimos em uma onda de êxtase e
saudade.

Nós estamos no chão, enrolados em duas mantas e um par de travesseiros. Lily


caiu adormecida em meus braços, suas respirações firmes aquecem meu peito
nu.
Ela nunca me perguntou por que eu posso foder melhor do que antes, quando era
desleixado e com quatorze anos. Reconheço que a nossa primeira vez juntos foi
realmente a minha primeira. Mas eu sempre soube que eventualmente, eu ia
levá-la de volta em meus braços. Jurei ser melhor do que todas as suas outras
conquistas. A fim de manter Lily Calloway, significava que eu teria que ser
capaz de saciar cada necessidade sua.
Então eu praticava. Eu namorei meninas por uma semana ou algo assim, nada
muito sério, mas tinha a certeza que o sexo era sempre sobre seus desejos, seu
prazer, nunca o meu. Isso ajudou a descobrir como eu iria funcionar para Lil,
qual jogo deixa as mulheres mais ligadas. E eu acho que eu só me tornei bom
nisso. Assim, na maioria das vezes, eu tive sucesso.
Quero dizer, Cristo, finalmente posso satisfazer minha namorada de vinte anos
de idade, viciada em sexo.
O que eu não consigo fazer é cair no sono, mas, pelo menos, segurando ela leva
minha mente longe de encontrar uma bebida.
Mais ou menos.
De repente, ouço a porta traseira ser aberta, e os movimentos leves na cozinha
diante. Merda. Merda. Merda.
Esqueci que Rose vive aqui. Como diabos eu esqueci isso?

Olho para Lily, completamente nua como eu. Oh sim. Sua mama esquerda está
exposta, o mamilo vermelho e inchado de todas as vezes que eu chupei ele. Eu a
cubro com o cobertor e conto o barulho dos Saltos de Rose sobre o mármore da
cozinha, à espera da bomba explodir.
Talvez ela não nos veja.
—Loren —, diz ela friamente, em sua oitava normal.
Eu ergo minha cabeça. Rose me dá um olhar mortal, o qual eu tenho certeza que
enviou crianças às lágrimas. Suas mãos descansando arrogantemente nos
quadris, e sua boca está para baixo em um olhar severo sem fim. Ela está prestes
a colocar a cadela para fora, mas eu coloco meu dedo em meus lábios e aceno
em direção a Lily.
Ela está dormindo, finalmente. Horas geralmente se passam antes que ela relaxe,
mas depois que ela gozou a segunda vez, ela cochilou diretamente. Eu poderia
ter corrido ao redor da sala e socado meus punhos no ar. Claro, sexo seu vício
ajudou no sono. Não é exatamente uma vitória triunfante. Mas é uma pequena
vitória, no entanto.
Os olhos de Rose piscam entre nós. Ela aponta para mim e depois mostra o dedo
para a cozinha. Eu gesticulo com a boca, tudo bem e, em seguida manobro
cuidadosamente para fora de Lily sem acordá-la. Ela mal se agita, e eu reajusto o
cobertor para que ela esteja completamente coberta.
—Loren! — Rose assobia para mim.
Eu franzo a testa e olho para cima e a vejo cobrindo os olhos. Oh, bem, eu estou
nu. Eu tento não sorrir enquanto eu pego minhas cuecas boxer. Não, não posso
encontrar elas. Eu puxo uma manta do sofá e amarro ao redor da minha cintura.
Eu entro na cozinha e ela imediatamente me bate com sua bolsa de couro.
—Ok, ok, — eu sussurro, bloqueando os ataques com os braços. —Eu esqueci
que você vive aqui, as minhas desculpas.
Ela abaixa a porra de sua arma e usa seu olhar mortal novamente. — Você não
pode ter sexo na sala de estar, Loren. Você quebrou uma regra. —

—O quê? — De jeito nenhum. Eu sei a lista de trás para frente ... mas o mesmo
acontece com Rose.
—Não fazer sexo em público—, ela me lembra.
—A sala não é pública.
—É, agora que você vive comigo. É um espaço público. — Ela se movimenta
em torno dela. —Como a cozinha, e a garagem, e tudo o que não é
compartilhado apenas por você e Lily. Eu não achei que eu tinha que explicar
isso para você — A dor dispara no meu peito e eu afundo no banco do bar mais
próximo. — Eu não ... eu ...— Eu enrugo a testa.
Puta merda. Eu sou um maldito idiota. E a vontade de vomitar aumenta.
— Loren, — Rose diz, com a voz de alguma forma suave. Eu encontro seus
olhos que me olham chocantemente simpáticos. —Foi um erro. Isso não vai
acontecer novamente. — A voz dela é fria, mas seu otimismo dá uma pequena
ajuda.
—Isso não vai.
Ela solta um pequeno suspiro. —Como ela foi esta noite?
Isso é Lily, ela tinha um teste que ela precisava passar, e eu acho que em parte é
isso como o sexo vai ser para ela a partir de agora, um teste para ver se ela
escolhe alimentar as compulsões ou não.
— Melhor do que o habitual, — eu digo. —Ela me escutou mais, e ela
adormeceu logo após. Mas eu acho que pode ser porque eu finalmente a tomei
por trás.
Rose fala de sexo como se estivéssemos em uma aula de psicologia, nada mais
do que a ciência, a saúde e anatomia humana, o que torna assustadoramente fácil
discutir. — Vocês dois faziam muitas vezes sexo anal?
Deixo escapar uma risada baixa. — Todo dia.
Eu ouço a porta da garagem bater aberta ou fechada, e eu imediatamente me
levanto.
Rose levanta a mão. — É apenas Connor.

—Ele vai dormir aqui? — Eu digo com incredulidade e então meus lábios
sobem. —Você está finalmente estourando a cereja, Miss Rose Calloway?
Ela parece prestes a arrancar minhas cordas vocais. Meu sorriso só cresce.
—Ele tem uma reunião cedo em Nova York—, ela fala. Deve ser na Cobalt Inc.
Tintas, de sua família e empresa ímã, que é quase tão rentável como Hale Co
produtos para bebes, mas não inteiramente. — Isso foi passado para ele no
último minuto, então eu disse que poderia ser mais fácil se ele dormisse aqui ...
no sofá. — Oh. Porra.
Eu faço uma careta, não sendo capaz de visualizar o sofá daqui. Mas através do
arco da cozinha, imagino travesseiros perdidos no chão e uma das almofadas
pendurada perigosamente sobre a borda. Basicamente eu deixei a sala um
desastre com Lily enrolada em um cobertor. Um observador diria que nós
transamos no sofá, mesmo que eu estava preocupado o suficiente para movê-la
para o tapete.
—Há dois quartos, — eu digo. — Por que o sofá?
— Ele não queria causar uma confusão depois que ele saísse—, diz Rose. Sua
personalidade neurótica teria que reorganizar todos os travesseiros sobre a cama,
lavar os lençóis, e provavelmente, passar as cortinas só para ter certeza que ele
não tocou também.
Connor entra pela porta, uma pequena bolsa pendurada no ombro e sua mão
ocupada por mensagens de texto em seu celular.
Quando ele olha para cima, seus olhos encontram os meus e depois vão direto
para baixo, para o meu corpo quase nu, parando em meu cobertor, e depois
voltando para cima.
—Ei lindo—, eu digo com um sorriso.
Ele mal pisca. — Calças devem ter sido inventadas ainda neste século. — Ele
anda mais para dentro da cozinha até Rose para dar um leve beijo na bochecha.
Ele deve adicionar o fato de que eu estou vestindo uma manta da sala de estar
porque ele diz: — Eu pensei que vocês não estavam autorizados a ter sexo em
público.
É claro que Rose disse a ele sobre a lista. Ela vai tomar todos os cuidados para se
certificar que Lily permanece no caminho em sua recuperação.
— Ninguém estava aqui. Parecia privado suficiente para mim.
Eu não posso ler a expressão calma de Connor, mas ele olha para Rose. Ela já
balança a cabeça como se embora ela saiba exatamente o que ele está prestes a
dizer. — Eu lhe disse que você deveria ter esclarecido para eles— Connor diz a
ela.
—Eu te disse? O que você é, um? — Rose rebate, mas está apenas chateada que
ela estava errada e ele certo.
—A maioria das crianças de um ano mal podem falar, muito menos proferir uma
expressão inteira assim como eu lhe disse.
Parece que ela quer dar um tapa nele. — Por que estamos namorando?
—Porque eu te convidei para sair e você disse sim—, ele diz a ela com um
sorriso crescente. —E você é loucamente apaixonada por mim.
—Eu nunca disse tal coisa.
Ele responde em francês, e eu não posso nem mesmo processar as palavras.
Ela cheira seu braço, e ele sussurra em seu ouvido mais profundo, alongando o
braço em volta da cintura enquanto ele a chama para seu peito. Eu não acho que
eu já vi Rose tão corada antes.
Ela coloca a mão em sua camisa de botão preta, se certificando de que há espaço
entre eles. Ele a beija na cabeça e mantém seu braço ao redor dela, mas ele se
vira para mim. — O sofá não está vago então — Seus olhos caem para Rose,
esperando por ela para oferecer outra solução. Como sua cama, mas ela está
congelada como pedra.
Ela não está cem por cento pronto para compartilhar uma cama com um cara, o
que não é uma coisa ruim, eu pego orgulho ativo de Rose, mas fazendo com que
ela tenha esse tipo de medo, mesmo sem querer-me faz sentir horrível.
Rose diz: — O quarto no porão está livre. Eu coloquei lençóis limpos na cama
outro dia.
Connor balança a cabeça, aceitando a oferta, e se ele está desapontado, eu não
posso dizer nada. Deixo Connor e Rose para falar calmamente entre si, e levanto
cuidadosamente Lily em meus braços. Eu com sucesso a levo de volta para a
cama sem acordá-la. Ela suspira, sonhando pacificamente enquanto eu a coloco
sobre o colchão e dobra o edredom em volta dela.
—Lo —, ela diz com uma voz sonolenta e rola sobre um travesseiro, abraçando-
o com força em seus braços. Eu nunca fui tão ciumento de um travesseiro
maldição.
Mas eu me deixo sorrir.
Um ano atrás, teria sido outro homem em seus braços. Oh, quão longe nós
viemos.

{16}

LOREN HALE

Nós fizemos um acordo para não nos colocar em situações estressantes. Como o
almoço de domingo com os de Lily. Como qualquer comunicação com o meu
pai.
Hoje eu estou quebrando esse acordo.
Lily está ocupada com Sebastian, fingindo ser tutelada. Eu disse a ela que eu
estava indo para o trabalho com Ryke no ginásio Penn, mas quando eu dirijo
para a Filadélfia, eu faço a volta em Villanova. Algumas das casas tem acres e
acres de gramados aparados, fontes decorativas jorrando no jardim da frente e
brilhantes Lamborghinis estacionados na garagem, um lugar mais adequado para
Beverly Hills do que os subúrbios de Philly. Meus nervos chicoteiam a cada
milha abaixo da estrada.
Antes de conversar com Connor ontem à noite, eu não tinha nenhuma intenção
de ver o meu pai. Mas eu perguntei a ele a probabilidade de encontrar o
chantagista antes de que a informação vazasse. Ele me disse que eu tinha a
mesma chance que o sol explodindo em menos de um bilhão de anos. Eu olhei
para cima, e, aparentemente, o sol não vai explodir durante mais quatro a cinco
bilhões, assim, de acordo com as palavras de Connor Cobalt, estou fodido.
Em seguida, o telefone de Lily vibrou na mesa de cabeceira. Ela estava no
chuveiro, então eu atendi. Um número desconhecido mandou uma mensagem a
ela. A palavra batendo na minha cabeça. Vagabunda. Parecia que alguém me deu
um soco nas costelas, e pouco antes de ir para o banheiro falar com ela, eu tive
um súbito impulso de verificar seus outros textos.
Setenta e cinco deles.

Isso é quantas vezes ela recebeu as mensagens com insultos, algumas mais
coloridos do que outras. Eu não estou chateado que ela não me contou sobre
eles. Mas agora ela não pode ficar chateada quando eu falar com o meu pai. Isto
já foi longe demais. E eu estou sem opções. Meu pai, ele tem mais poder em seu
dedo mindinho direito do que eu em todo o meu corpo. E se isto é o que é
preciso para garantir a segurança de Lily, então que assim seja.
Eu passo os portões e estaciono o carro na garagem circular. Leva um momento
para eu reunir a coragem de tocar a campainha. Eu posso ouvir a harmonia dos
sons ecoando em toda a casa.
Depois de alguns minutos, a porta se abre, e eu espero que um funcionário esteja
do outro lado, providenciando para que eu veja meu pai. Talvez o assistente de
Jonathan. Talvez o jardineiro, que às vezes encontra o seu caminho dentro da
casa.
Mas meu pai faz o impossível e atende à sua própria porta. Sua postura enérgica
enche o batente, quase me levando a dar um passo para baixo as escadas de
pedra e plantar os pés na calçada em derrota. De alguma forma, eu aguento o
tranco.
Ele usa uma expressão silenciosa, olhos escurecidos pela bebida e alma
enegrecida pelo ódio. Eu me concentro nas rugas nos cantos de seus olhos,
resistido desde a última vez que o vi. Eu acho que neste momento, eu deveria ter
um ressentimento inegável súbito em direção a este homem. Ele cuspiu em mim
quando eu pedi ajuda.
Ele tirou meu fundo fiduciário quando eu lhe disse que estava indo para a
reabilitação. Ele mentiu para mim por vinte e um anos. Minhas emoções estão
emaranhadas, e ainda, a amargura é tão distante do que eu sinto. Piedade está
mais perto da superfície. Eu percebo que eu poderia me tornar como ele. Inferno,
eu ainda poderia ir nessa direção e estar sozinho em uma mansão, beber
afastando meus problemas e desejando à distância os "poderia ter sido" com o
"agora". Tanto quanto eu odeio acreditar nisso, ser ele é estar sem Lily. Sem
Ryke ou Connor. Ele é o meu futuro se eu beber de novo.
Eu não disse nada, em parte porque ele deve me levar para dentro sem perguntar.
Ele não pode fingir que nunca me mandou todas essas mensagens sobre o desejo
de me encontrar ou almoçar. Ele quer me ver, mesmo que ele negue, mesmo que
ele tenha se movido apenas uma polegada da porta.
—Você está na porra minha porta —, ele finalmente diz. —Gostaria de explicar
por que, ou você está à espera de um convite?
Eu prendo a respiração tensa. —Eu queria conversar.
Eu acho que talvez ele vá dizer algo mordaz como “me ligar de volta teria
bastado”. Mas ele empurra a porta mais aberta e entra na casa, elegante em seu
terno carvão. Eu o sigo, fechando a porta atrás de mim, e caminho através do
longo corredor em direção ao pátio exterior.
A casa parece diferente. Eu cresci aqui. Percorrendo os corredores e deslizando
sobre o encerado piso de madeira, quase quebrando meu braço. No entanto, estar
aqui sóbrio, mais seguro, faz com que todas essas memórias pareçam escuras e
nebulosas.
No pátio de pedra, eu tomo um assento na mesa de ferro preto, com vista para o
pequeno lago que repousa sobre os acres de terra. Dois patos nadam nas águas
turvas, evitando as almofadas de lírio que flutuam ao lado deles. Meu pai
mistura de uma bebida no bar de granito preto, vidros clicando juntos em uma
familiar afinação.
Eu fecho meus olhos, ouvindo os sons reverentes: os gorjeios de pássaros, o
pingar da fonte, o tilintar dos sinos de vento. Às vezes eu acho que uma parte de
mim foi quebrada. Eu sei que não sou completamente a mesma pessoa sóbria
como eu era quando eu estava bebendo. Mas e se a parte de mim que mudou era
um pedaço bom da minha alma? Ou talvez eu só estou criando desculpas para
beber novamente.
Esse é o problema, não é? Decidir o que é certo e o que é errado na minha
cabeça. Eu me sinto tão confuso o tempo todo.
Abro os olhos, assim que meu pai passeia ao longo com dois vidros vazios e uma
garrafa de líquido escuro.
Ele coloca o copo de cristal na minha frente e me concentro em seus
movimentos lentos.
Num impulso, eu coloco a minha mão direita sobre a parte superior do vidro
antes que ele possa derramar qualquer coisa dentro dele. Meu coração bate alto
no meu peito.
Seus olhos escurecem. —Então você não pode ter a porra de uma bebida comigo
agora?
Minha garganta se parece como chumbo, mas eu consigo encontrar minhas
palavras muito bem. —Ela vai me fazer passar mal, estou tomando remédios. —
Graças a Deus eu tomei a minha pílula esta manhã.
Sua mandíbula aperta, e ele cede se servindo de um copo e afundando na cadeira
em frente à minha. Eu tiro minha mão fora do cristal e o viro.
—Você está aqui pelo dinheiro? —, Pergunta ele, indo direto ao ponto.
Eu fico olhando para a mesa reunindo meus pensamentos. Por que estou aqui?
Por duas coisas, nenhuma das quais giram em torno de finanças ou a falta dela.
Ele prolonga o meu silêncio de qualquer maneira, e eu permito. —Eu sei o que
eu disse antes que fosse embora.
—E você? — Eu rebato.
—Sim, Loren, e talvez se você me desse algum tempo para processar tudo, as
coisas teriam acabado na porra de uma forma diferente. — Eu não tenho certeza
de que tipo de diferente que ele quer dizer. Não ir para a reabilitação?
Ter um relacionamento com ele? Que ele acabou me tirando o fundo fiduciário
por impulso? Mas se isso fosse verdade, ele teria me dado dinheiro quando voltei
para Philly. Ele teria feito um melhor esforço para consertar as coisas.
Meus olhos se limitam à mesa em uma profunda reflexão. Ele tentou me ligar.
Ele estava me alcançando. Eu era o único fechado com ele, porque Ryke me
disse para fazer. Ele disse que eu não deveria abrir a porta novamente, mas
talvez ele estivesse errado. Talvez meu pai tenha sido certo o tempo todo.
Ele mexe sua bebida antes de virar em um gole. Minha garganta fica seca.
—Você é meu filho —, diz ele concluindo, — e eu não vou deixar de lutar por
você, porque você toma más decisões.
—Reabilitação não foi uma decisão ruim.
—Foi uma porra de desperdício de tempo —, ele rebate. —Beber não é um
problema, e você vai fazê-lo novamente. Porra, não engane a si mesmo — Antes
de eu abrir minha boca para retrucar, ele diz, — Mas isso não vem ao caso.
Ele pega seu talão de cheques. —Eu quero ajudá-lo a se levantar novamente.
—Eu não quero o seu dinheiro —, eu digo, mesmo que eu saiba que é uma
escolha estúpida. Porque realmente, o que é que eu vou fazer? Eu não posso
continuar vivendo da herança de Lily. Mais cedo ou mais tarde, eu vou ter que
descobrir no que eu sou bom e fazer uma vida sem rastejar de volta para a renda
do meu pai.
—Este não é o momento para começar a ser humilde —, ele me diz. —Você não
pode tentar ser sóbrio e ter um emprego ao mesmo tempo.
—O que você acha que as pessoas normais fazem? Nem todo mundo tem pais
ricos para voltar a cair.
—Você tem — ele diz. —E por que diabos você acha que eu trabalho pra
caralho?
—Você não tem nada melhor para fazer.
Ele olha. —Eu faço isso para que você não tenha que lutar com isto, então pare
de ser um idiota e pegue o maldito dinheiro.
Eu acredito nele, apesar de Ryke provavelmente me dizer que eu não deveria,
Jonathan Hale passa horas em seu escritório porque ele é miserável, sozinho e
gosta de todas as riquezas que ele pode pagar e comprar. Há uma clausula que eu
devo anexar a essa verificação também. Eu vou ser grato a ele de alguma forma.
É por isso que em primeiro lugar ele tirou meu fundo fiduciário. É mais do que
apenas ele querer me matricular na faculdade mais uma vez. Ele quer que o
poder sobre minha vida, para me dizer o que fazer, para me moldar como o filho
que ele sempre sonhou que seria. Mas eu sou apenas uma grande decepção do
caralho.
—Isso não é o porquê eu estou aqui— eu digo, um peso rolando no meu peito.
Ele suspira e fecha seu talão de cheques. Ele derrama um copo. —O que é
então? — Ele está mais intrigado do que deixa transparecer. A curiosidade
cintilando em seus olhos escuros.
Eu respiro, olhando para o copo vazio que ele vira na minha frente. A bebida iria
ajudar, mas tenho que fazer isso sozinho. — Eu quero o nome dela.
— Quem? — A voz dele é feia me dizendo que ele sabe exatamente ao que eu
estou me referindo.
— Minha mãe de verdade. — A mulher com quem ele teve um caso. A razão
pela qual ele se separou de Sara Hale, A mãe de Ryke.
—Ela não quer vê-lo — diz ele com frieza.
—E eu não acredito em você.
Ele solta uma risada baixa e dá um tapa na mesa com seu isqueiro sua caixa de
charutos não muito longe. —Eu sabia que você ia querer respostas. Onde ela
morava, como ela era, mas isso só vai te chatear e eu não gostaria de ver seu
rosto torcido.
—Do que você está falando?
—Ela não queria você, Loren. Eu estou lhe dizendo para não desperdiçar a porra
do seu tempo;
Como posso acreditar nele depois de todos esses anos mentindo para mim? Mas,
uma parte digere essa informação como verdade.
—Aqui está. — Ele traz o copo aos lábios. Eu percebo que meu rosto contorcido
tem em uma infinidade de emoções. Ferir, a mais forte delas.
—Você está errado — eu digo baixinho, apenas para que eu possa voltar a ser
tão duro e frio como ele. — Eu quero o seu nome. Depois de todos esses anos
em que você me disse que Sara era a minha mãe, eu, pelo menos, mereço ter a
porra de uma imagem de verdade.
Ele revira os olhos dramaticamente, e para minha surpresa, arranca um cheque e
vira ao contrário. Eu o vejo rabiscar no papel e, em seguida, ele desliza para
mim. —Eu não sou o cara mau aqui — ele fala. —Eu estou apenas protegendo
você de sentir mais dor. É isso aí.
Eu fico olhando para o cheque.
Emily Moore.
—Você a ama? — Não, onde ela está? Ou, por que ela me deu? Eu tenho que
perguntar a mais estúpida, pergunta sem sentido que existe, porque o meu pai
não acredita no amor.
—Para todos os quinze minutos, com certeza — ele diz secamente. —Agora que
você tem o que você quer, podemos seguir em frente de toda essa merda? — Ele
quer voltar para o modo como as coisas eram, mas eu nem tenho certeza de que
é possível.
—Eu preciso de algo mais — eu digo a ele enquanto eu coloco o cheque no meu
bolso. —E exige discrição.
Ele ri ironicamente e se levanta para encher seu copo. —Por que não estou
surpreso? Que porra é essa que você fez desta vez?
Eu ignoro a desfeita. —Não é inteiramente sobre mim. Trata-se de Lily. —
Ele se senta novamente, colocando na mão um copo cheio de uísque. Eu tento
não focar muito nisso. —Eu jogo golfe com Greg e almoço com ele todos os
dias, de modo que este é o tipo de discrição que exige eu mentindo para seu pai?
Oh sim. — Isso vai arruinar os Calloways.

Meu pai se endireita, suas características endurecendo. Na verdade, ele parece


um pouco com Ryke. —O que diabos está acontecendo?
—Você tem que prometer, e eu quero isso por escrito. Ele me dá uma olhada. —
Não seja um merdinha.
Eu olho. —Eu não estou sendo uma merdinha. Você diz que você fez tudo isso
... —eu giro em torno de mim. —… mentindo sobre o meu irmão e a porra da
minha mãe verdadeira, porque você estava tentando me proteger. Então entenda
que eu estou tentando proteger a garota que eu amo. E eu faria qualquer coisa
para conseguir. Então, se você não der um fodido sinal com algo que diz que
você não vai abrir a maldita boca, então eu vou embora. — Eu estou de pé, meu
peito subindo e descendo com raiva súbita.
—Sente-se nessa porra.
Eu não.
—Sente-se — meu pai zomba. —Eu vou pegar um pedaço de papel. Eu não acho
que eu posso escrever um contrato no verso do cheque.
Eu afundo na minha cadeira e vejo o meu pai sair do pátio, murmurando
palavrões em voz baixa. Mas eu ganhei. Desta vez.

Ele acaba digitando-o em seu laptop. Depois de uma hora, temos um contrato
escrito e assinado, não permitindo a ele direta ou indiretamente dizer nada aos
Calloways. Se ele fizer, ele perde Hale Co para Ryke. Primeiro tínhamos
combinado que eu iria adquirir a empresa, mas ele parecia muito contente com a
ideia de que eu estivesse herdando o seu negócio. Agora linhas de estresse
vincam seus lábios apenas no pensamento do garoto que ele despreza poderia
obter o seu legado. Pelo menos eu sei que ele me ama mais, mas realmente, isso
não é uma realização muito grande.
Meu pai tem um copo recém abastecido de scotch e estamos sentados no pátio
novamente. Seu contrato em seu escritório, minha cópia sobre a mesa.
—Agora, o que é tão grave que eu não posso nem mesmo dizer meu melhor
amigo? —, Ele pergunta.
—Quando voltei da reabilitação, recebi uma mensagem de um número
desconhecido —, digo a ele. —Ele disse que me odiava e basicamente ameaçou
expor o segredo de Lily por vingança. Então eu não acho que ele queira nos
chantagear, ele não está pedindo dinheiro, mas ele o mencionou uma vez. Ele
disse que poderia ser pago muito bem pelos tabloides se ele contasse o segredo
de Lily — As palavras saem antes que eu tenha tempo de parar e avaliar cada
uma. Estou com medo, e se meu pai não viu isso antes, ele o faz agora. Eu me
sinto como uma criança chorando sobre um valentão na escola.
—Devagar, porra — ele diz com firmeza. —Nós vamos levar isso parte por
parte.
Repito tudo de novo, sendo vago sobre o envolvimento de Lily e até mesmo de
entrar em mais detalhes sobre o número desconhecido e como o investigador
particular de Connor chegou a um telefone descartável. Meu pai escuta com
atenção, e no momento que eu termino eu posso ver ele maquinando sobre a
peça do quebra-cabeça que eu tenho evitado falar propositadamente.
—A menos que Lily seja a líder do círculo de um cartel de drogas, eu duvido que
qualquer coisa na terra colocasse Fizzle em uma crise financeira. Realmente, os
tabloides têm coisas melhores para fazer do que fofocas sobre herdeiros e
herdeiras. Veja você que foi para a reabilitação, e você nem sequer apareceu no
The Enquirer.
Meu vício e dela não são proporcionais. Não por uma possibilidade remota. Eu
sou mais uma nota não crianças ricas falando sobre a história dos que ficam
viciada em álcool ou drogas. Lily, é uma menina, é viciada em sexo. Mesmo que
ele fizesse algo acontecer, para as pessoas não falarem sobre isso, desta vez eles
vão.
—Vamos dizer que as pessoas iam achar interessante, e não de uma boa maneira.
Então? Você acha que poderia encontrar esse cara?
—Eu poderia tentar — ele fala, os olhos brilhando de interesse. —O que é esse
segredo?
E eu falo diretamente. —Ela é uma viciada em sexo.
Eu vejo ele franzir a testa e então rapidamente a descrença se transforma em
humor. Ele ri com tanta força que seu punho subconscientemente bate na mesa,
um vidro de pimenta caindo e tinindo no ferro. Eu acho que é difícil acreditar
que a garota que ele conhece, tímida e um pouco estranha, teria esse tipo de
vício.
—Você me pegou. Eu vou te dar isso — ele fala, se encostando na cadeira com
um sorriso.
Minha expressão nunca falha. Eu não posso rir com ele ou fazer piada sobre o
problema de Lily. Não quando eu sei o quão perigoso tem sido. Antes de
19
estarmos juntos, eu a peguei procurando alguém na Craigslist para ligar. Há
níveis de vício em sexo que assustam a merda fora de mim.
Meu pai observa minhas características firmes, e seu sorriso desaparece. — Você
está falando sério?
—Ela está viciada em sexo. Ela tem estado assim desde ... Eu não sei, desde que
ela perdeu a virgindade. — Eu tremo, não querendo falar com meu pai sobre
isso.
Ele esfrega a boca, juntando as peças. —Oh ...—Seus olhos crescem. —Oh
... foda. — Ele olha para o meu contrato como se ele estivesse à segundo de
pegar o papel e colocar fogo.
Eu guardo o contrato no bolso, e seus olhos se levantam para os meus. — Temos
um acordo — Eu o lembro.
—Vicio em sexo, você tem certeza? — Ele pergunta. —Essa é uma acusação
séria, algo que seria preciso ter provas.
—Ela está vendo um terapeuta sexual —eu digo a ele — e não que isso seja da
sua conta, mas ela costumava contratar prostitutos, então sim, ela tinha uma
porra de um problema.
— Ter? Passado?
— Nós estamos trabalhando nisso. Ele solta uma risada baixa que arrepia meus
ossos.
— Você tem deixado sua namorada foder outros homens?
Ele balança a cabeça, e eu posso praticamente ouvir os seus pensamentos, isso
não pode ser a buceta do meu filho. Ele está prestes a se servir de outra bebida.
Eu geralmente não percebo quantas vezes ele recarrega, mas isso tem que ser a
terceira ou quarta vez, um número que teria a maioria das pessoas engatinhando.
Mas ele funciona com álcool. Vinte e quatro horas por dia bêbado. Ninguém
pode realmente dizer. E lá está em seus olhos duros, prontos para atacar
maldosamente a qualquer momento. Ele só está montando essa onda, a borda de
sua vida de lixo para baixo.
E eu sei que se eu tivesse um gole, eu estaria exatamente da mesma maneira.
Talvez não seria tão ruim. Eu não estou agressivo, mas às vezes eu sou
agressivo. Eu posso ter certeza de que não vai acontecer. Vou ter calma.
Eu tenho a súbita vontade de virar o meu copo e pedir pelo álcool. Eu vou ficar
doente, eu me lembro. Esse é literalmente o único argumento que eu posso
pensar agora.
Eu tento me concentrar nos olhos de meu pai e não no copo na mão. —Eu não
quis deixar ela foder ninguém quando nós estávamos juntos. Nós só começamos
a namorar há sete meses. — Eu explico rapidamente sobre o nosso falso
relacionamento, xingando a mim mesmo que tudo se tornou tão complicado que
eu tenho que revelar isso também.
Meu pai não se sentou ainda. — Você agiu como se estivessem juntos apenas
para que eu não o mandasse para uma academia militar?
—Sim — eu digo. —Você estava pronto para me mandar embora, não estava? —
Eu tinha fodido e vandalizado a casa de um cara por mexer com Lily. Ele lhe
enviou um coelho morto depois que sua namorada descobriu que ele tinha fodido
outra garota, e ele culpou a Lily, mesmo sendo ele o bastardo traidor.
Eu retaliei, encharcando sua porta com sangue de porco. Esse foi um dos meus
esforços mais criativos. E eu apaguei bêbado. Eu honestamente me lembro muito
pouco de todo o calvário. Mas eu me lembro de tudo depois quando meu pai me
agarrou pelo pescoço e gritou na minha cara. Como você vai sair desta, Loren?
Será que isso faz você se sentir melhor? Você gosta de ser como um doente de
merda?
Meu pai estava disposto a me chutar para fora depois que seu nome foi arrastado
pela lama. Eu era o degenerado, o bad boy residente que iria para outro distrito
escolar só para mexer com alguém. Eu fui suspenso. Eu era um garoto estúpido
que queria fazer Lily se sentir melhor que queria mudar a cada porra de coisa
horrível. Mas eu simplesmente não sabia como.
Meu pai queria estar orgulhoso de mim, mas eu não lhe dei nada do que se
orgulhar.
—Talvez eu o teria enviado para outro lugar — diz ele, balançando seu gelo em
seu uísque. —Eu estava louco como inferno naquela época. Seu relacionamento
com ela era a única coisa que restava. Então talvez.
Eu concordo. Sim, é por isso que ele me deixou ficar. Talvez ele teria me perdido
também. Mas ele nunca vai admitir isso.
—Então, se vocês dois não estavam realmente juntos, o que diabos eram aqueles
ruídos vindos de seu quarto?
Eu franzo a testa e, em seguida a lembrança me vem. Eu enterro meu rosto em
minhas mãos, mortificado. —Você ouviu?
—Você não era o único vivendo aqui — ele se rebate — e vocês dois eram
barulhentos — Não. Ela era barulhenta.
—Não é como se eu estivesse tentando ouvir. Acredite em mim.
Isto é tão fodido. Eu esfrego a ponta do meu nariz, querendo tanto acordar.
Acorde porra.

Ele finalmente se senta em sua cadeira. —Não me diga que você deixaria ela
foder alguém em sua cama.
Eu deixo cair a minha mão e faço uma cara feia. —Vamos esclarecer uma coisa:
você não tem permissão para falar sobre ela para a porra de ninguém. Nem para
mim, nem outra pessoa, nem ninguém. Entendeu?
Ele revira os olhos. —Você acabou de me dizer que ela é uma viciada em sexo
—Eu não dou a mínima — eu digo friamente. —Ela ainda é minha namorada.
Ela ainda é Lily. E eu não estou próximo de estar à vontade para falar sobre isso
com você.
—Talvez ela seja apenas uma puta — meu pai diz, claramente me ignorando.
—Já pensou nisso?
Eu poderia socá-lo. Eu acho que eu poderia. Mas não, eu uso as palavras, assim
como ele me ensinou. —Eu estou indo dizer isso uma vez, e então você nunca
mais vai chamá-la dessa porra de novo, e nem vamos ter esta discussão — Eu
estou de pé agora. — Ela tem um problema. Ela chora para dormir, porque ela
não pode parar de pensar nisso. Eu a seguro em meus malditos braços, tentando
levá-la a passar sobre isso. O sexo é sua droga — Eu aponto para o meu peito,
meus braços tremendo. — Eu entendi isso, porra, eu consegui entender, e você
também deve conseguir, se você pensar por um minuto maldito o quanto você
confia nisso — eu gesticulo mostrando sua bebida e ele endurece. — E se
alguém é uma puta aqui, esse alguém é você. — Ele desfilou um número
suficiente de mulheres dentro e fora da casa que eu poderia facilmente ter obtido
algum complexo. Meu peito sobe e desce fortemente quando eu termino de falar.
Sua voz suaviza consideravelmente. —Isso ainda não explica o que eu ouvi em
seu quarto. Se você dois não estavam juntos — Eu faço uma careta. Ele ainda
quer saber sobre isso?
— Eu costumava deixar ela se masturbar na minha cama.
Seus olhos se arregalaram e ele abre a boca para falar. Eu o interrompo. —De
jeito nenhum — eu rebato. —Você não está indo fazer qualquer pergunta sobre
isso. Como fodemos em nossa relação é totalmente entre nós. Não tem nada a
ver com esta situação. —Isso é uma mentira, mas eu não estou discutindo essa
merda com o meu pai, não importa se a nossa própria relação seja muito
complicada.
Ele mantém os lábios apertados agora e, em seguida, toma um gole do seu copo.
—Se os tabloides divulgarem isso — Eu começo, mas é a sua vez de me
interromper.
— Lily estaria nos tabloides, sendo chamada de nomes que você não gosta.
— E quanto a Fizzle?
— A empresa iria sofrer, e porque você está ligado com ela, isso aconteceria
também com Hale Co. — Ele se levanta de sua cadeira.
—Vamos encontrar o filho da puta.















{17}

LILY CALLOWAY

Eu odeio voar.
Não gosto de Superman voando. Mas viajar em um avião, um tubo de metal
preso no ar, somado ao meu medo das alturas e da perspectiva de estar em um
pequeno espaço, confinada por um longo período de tempo, eu começo a surtar
um pouco. Eu preciso da opção de correr em uma sala e me enterrar debaixo de
uma cobertura, para me esconder de todos e fugir para o meu santuário.
Privacidade, esse é o meu pão com manteiga (além do pornô).
E agora que eu estou no caminho para a recuperação, eu não posso mesmo me
20
juntar ao mile-high club . Eu já deveria estar no prestigiado clã do sexo no voo.
Sendo negada pela enésima vez me agrava a mania e minha frustração sexual já
intolerável.
Lo não se sai muito melhor. Ele adorava voar por causa das minigarrafas de
vodka. Agora ele apenas parece como se alguém tivesse roubado seu brinquedo
favorito.
A única vantagem é que nós estamos voando para algum lugar divertido para
Spring Break. Inicialmente, eu não queria ir para qualquer lugar. Viajar para um
local durante a semana das festas mais loucas do ano parecia uma zona de
desastre para um alcoólatra em recuperação, mas Lo basicamente me forçou a
concordar. Ele disse que quer testar a si mesmo, e não há lugar melhor do que
Cancun com a marcação de Ryke. Porque todos nós sabemos que o seu meio
irmão iria ficar na frente de um ônibus antes de deixar Lo beber.
Eu também iria. Mas eu não fui colocada nesse tipo de situação ainda.
O jato privado de meu pai se assemelha mais a uma sala de estar presidencial do
que a um avião comercial. Eu descanso no longo sofá azul com almofadas de
pelúcia. Uma televisão está montada na parede e mostra o filme de suspense
mais recente com Nicholas Cage.
Lo está esparramado ao longo do sofá, a cabeça em meu colo enquanto eu lhe
dou uma medíocre massagem na cabeça. Ele lê uma história em quadrinhos no
seu tablet, virando as páginas com o dedo a todo momento.
Sobre as poltronas de couro, Rose desliza sua torre através de um tabuleiro de
xadrez. Connor se inclina para frente com o punho nos lábios em concentração,
antes que ele faça um movimento com seu mísero peão preto. A pequeno recanto
é bom para quatro pessoas. E há um outro conjunto de cadeiras e uma mesa à
nossa direita. Meus olhos derivam do filme para o banheiro, escondido atrás da
mesma parede que a televisão ocupa. — Ela está lá há muito tempo — eu digo a
Lo com uma voz suave. Estou com inveja de todos que vão ao banheiro. Eu só
quero arrastar Lo pelo braço e deixá-lo fazer o que ele quiser comigo lá dentro.
De preferência algo que me faça arquear de volta.
Lo aumenta um painel de seus quadrinhos, sua atenção absorvida por mutantes
perseguidos. Eu paro de esfregar sua têmpora, e, em seguida, ele segue o meu
olhar. —Talvez ela realmente precise usar o banheiro.
—Verdade. — Uma parte insensível de mim pensava que jogadoras de voleibol
atléticas e altas estão imunes as catástrofes naturais das funções corporais.
Faço uma pausa e olho por cima do meu ombro, esperando encontrar Ryke no
conjunto certo de cadeiras. Mas a sala está vazia, apenas um par de garrafas de
água e revistas espalhados. Meus olhos se arregalam em realização.
Eu suspiro. — Ryke não está aqui. — Eu aponto para a porta do banheiro. —
Eles estão trepando.
Lo se senta, e levanta do meu colo. Eu percebo que eu terminei com a terrível
massagem na cabeça que eu estava lhe dando. Estou surpresa que ele não me
dispensou antes.
— Eles estão namorando — Lo me lembra, desligando seu tablet e o jogando
sobre a almofada.
Ryke trouxe a sua "mais ou menos" namorada de férias com a gente. Na verdade,
Ryke não tem namoradas de verdade. Ele apenas tem "encontros", que é um
termo vago para ver alguém e ter relações sexuais por um curto período de
tempo. Pelo menos, é assim que ele me explicou quando ele estava com Melissa
no aeroporto e rolando sua mala a tiracolo.
Se eu realmente pensar sobre isso, é o que Lo costumava fazer antes de nos
tornarmos um casal oficialmente.
Eu olho para a porta do banheiro, me perguntando quando minha visão de raio-X
vai funcionar.
Isso não acontece.
—Por que eu tenho a súbita vontade de colocar meu ouvido naquela porta?
— Meus olhos aumentam, acabei de dizer isso alto?
—Você vai ficar no sofá. — Lo me puxa para o seu colo e me beija de leve no
pescoço, eu sorrio em nosso próximo beijo, sua boca se encontrando com a
minha, mas ele recua antes que eu possa aprofundar. Droga.
Meus olhos piscar de volta para o banheiro. —Nós podemos? Mais tarde? —
Ele balança a cabeça. — Sinto muito, amor. — Ele coloca um pequeno beijo na
ponta dos meus lábios.
A porta do banheiro se abre, e eu vejo quando Melissa sai primeiro com toda
pompa, penteando os dedos através do comprimento de seu cabelo loiro mel até
o ombro. Eu pulo dos braços de Lo e corro para o banheiro, como se eu tivesse
que fazer xixi. Eu não tenho.
Eu realmente quero pegar Ryke em flagrante. Eu acho que ambos Lo e eu
podemos concordar que é excessivamente divertido tentar deixar seu irmão
desconfortável. Tenho ainda que ser bem-sucedida. Mas um dia, eu vou
descobrir o que faz Ryke Meadows se contorcer.
Quando eu olho através do batente da porta, eu acho Ryke na pia, lavando as
mãos. Ele nem sequer recua de surpresa.
—Você foi pego — eu digo. — Acabei de ver Melissa sair daqui. — Eu balanço
minhas sobrancelhas para dar mais efeito, mas ele permanece sem piscar.
Apanhar alguém em um ato incriminador não é tão divertido quando eles não
agem como se tivessem sido apanhados. Minha missão: fazer Ryke recuar pela
primeira vez.
— Então? — Ele seca as mãos em uma toalha de algodão. Ser um policial não
pode tão chato quanto isso.
Ele diz: — Eu tenho certeza que você já gastou muito tempo no banheiro de um
avião com outra pessoa — Eu tenho tentado. Nenhuma vez fui bem-sucedida.
Mas isso não é assunto aqui ... certo?
—Temos uma política de não sexo neste voo.
—Para você — Ele me dá um olhar severo, e então seus olhos flutuam sobre
meu ombro.
—Você está fazendo ela ficar paranoica — diz Lo do sofá. —Espere até nós
pousarmos.
Minhas bochechas coram. Talvez confrontar Ryke não foi a ideia mais
inteligente. Mas, pelo menos Melissa está com seus fones de ouvido e folheando
uma revista, sentada em sua cadeira entre a sala vazia.
Eu balanço minha cabeça para os caras. — Não, está bem. Ryke, você pode
foder Melissa e fazer tudo o que você quiser. Faça no banheiro. No sofá, bem,
não no sofá, eu estou sentada lá. O ponto é... — Eu respiro.
— Não me deixe impedi-lo.— Porque realmente, é a minha única distração
agora. Ou talvez eu realmente queira ouvir ele ou algo assim. Não, eu não quero.
Ok, eu sinto demais falta do pornô.
Ryke olha por um longo momento para mim, e me pergunto se ele sente o desejo
por pornografia também. Então Lo diz: —A menos que você queira começar a
fazer parte de suas fantasias.
Ryke faz uma careta. — Isso não vai acontecer novamente.
Ele desliza para fora do banheiro, e eu volto para o sofá, e bato de leve no braço
de Lo. Jamais de nenhuma forma Ryke iria encher as minhas fantasias,
desesperada ou não.
Só quando o meu olhar vagueia, eu percebo que o sofá é mais baixo do que as
cadeiras que Ryke, Melissa, Connor, e Rose se sentaram. Eu posso ver
claramente as pernas debaixo da mesa. E enquanto os joelhos de Connor bater
com Rose, seus tornozelos estão modestamente cruzados.
Melissa e Ryke são uma história diferente. É como os anjos no meu lado
esquerdo e os demônios no direito. Eu deveria assistir de Connor e Rose no
torneio de xadrez. Connor ganhou dois jogos e Rose ganhou três. Pelos lábios
franzidos de Rose, eu posso dizer que ela está perdendo a rodada atual.
Mas eu não posso me negar ao apelo do mal.
Melissa pode pensar que ela é discreta, mas sua mão sobe pela perna de Ryke e
para o interior de sua coxa. Eu posso até ver ela abrindo o zíper do seu jeans.
Eles se sentam lado a lado, e eu tenho uma visão pior de Ryke, mas suas mãos
não estão sobre a mesa, se é que você sabe o que quero dizer.
Uma súbita explosão de ciúme me infiltra. Porque ela pode ter o sexo no avião.
Duas vezes. Ou três vezes. Ela pode até mesmo apalpar um pouco seu namorado,
e ele pode executar as bases com ela.
—Tente não pensar sobre isso — diz Lo. — E isso provavelmente começa com
não olhar para eles.
Me viro para encontrá-lo, e ele me dá um sorriso simpático. Mas ele parece tão
torcido quanto eu. — Como você está se sentindo? —, pergunto.
— Eu me sentiria melhor se eu soubesse que você está bem.
— Quando pousarmos você acha que pode ...?
Ele não me responde. Ele só me puxa para seu peito e acaricia a partesde trás da
minha cabeça, os dedos perdido no meu cabelo. Ele encontra o controle remoto e
aumento o volume da televisão. Eu levo o seu silêncio como uma forma de
resposta de qualquer maneira.
Eu vou ter que esperar.

O lobby ornamentado de ouro tem pisos escuros verdes e grandes estátuas maias
ao longo das paredes de azulejos. Coberto por quatro piscinas, e mais de uma
dúzia de restaurantes, e até mesmo clubes, o resort é muito mais acolhedor do
que eu sinto.
Melissa espera comigo em totem de fonte enquanto os outros se juntam em fila
no balcão, esperando para verificar nossos razoáveis quartos. A quase namorada
de Ryke corre os dedos pelo seu cabelo loiro de novo. Ela está sem maquiagem,
o que me lembra um pouco da minha irmã mais nova. Daisy pode ter esse fresco
olhar, mas ainda ser bonita o suficiente para posar para uma revista. Melissa tem
a aparência de estar preparada para a capa da Sports Illustrated braços
perfeitamente tonificados e tez clara. Beleza e músculos.
Eu ainda estou tentando pregar um pouco de beleza, e com minhas pernas de
galinha, eu não acho que eu iria ter uma chance de alcançar a parte músculos.
—Você tem uma escova? — Ela pergunta. — Meu cabelo sempre fica
emaranhado na umidade — Ela me dá um sorriso extrovertido, e de repente eu
me sinto mal por nunca tentar uma única conversa antes de agora.
Lo e eu ficamos juntos no avião. Eu fiz um elogio sobre Rose em um ponto antes
que ela perdesse o torneio de xadrez e derrubasse o rei de Connor em frustração.
Connor tentou não tripudiar, mas até mesmo a aparência de um sorriso irritou
Rose. Ela chamou uma revanche no Scrabble, que ela ganhou. Assim, em como
nas épicas palavras finais de Harry Potter, "Tudo estava bem."
Mas mesmo em um espaço apertado, Lo e eu bloqueamos o resto do mundo e
sussurramos entre nós. Temos que trabalhar nisso. Assim, a partir deste
momento, eu faço como meu objetivo ser uma amiga melhor... ou pessoa ... o
que quer que você chame alguém que precisa trabalhar em suas habilidades
sociais.
E isso começa com uma escova que eu não tenho. Eu tremo. — Desculpe, eu não
empacotei uma. — Ela já viu meu cabelo? —Tenho certeza que Rose tem.
Melissa dá de ombros. — Eu posso esperar — Ela tira uma faixa azul do pulso e
amarra o cabelo em um pequeno coque na base de seu pescoço.
—Então ... como você conheceu Ryke?
—Na Academia. Uma das máquinas não estava funcionando, e ele me ajudou.
—Soa como Ryke — eu digo com um aceno de cabeça. Ele é um consertador.
—Será que ele socou demais a máquina em sua apresentação?
Ela franze a testa, e lamento imediatamente as minhas palavras. Meu Deus. Eu
sou uma idiota. — Quero dizer, porque ele é um tipo agressivo ... — Eu tremo
novamente. O que está errado comigo?
—Não como DM uma maneira de bater em mulher. Eu não acho que ele jamais
faria isso. Ele só, você sabe, bate primeiro e faz perguntas depois. — Lily, cale a
boca!
Ela olha ligeiramente assustada o que não é muito ruim. Ela poderia estar
horrorizada ao ponto sair correndo. —Nós não estamos saindo a tanto tempo,
mas eu nunca o vi bater em ninguém.
—Oh sim, eu também — eu minto, tentando encontrar uma saída desta situação.
Ela franze a testa novamente, porque eu estou obviamente, não fazendo qualquer
sentido. Mas é melhor agora que ela me ache louca, e não Ryke.
Eu tenho visto Ryke dar uns socos. Primeiro para me proteger quando um cara
não entendeu a palavra não, e, em seguida, para proteger Daisy em uma festa
fora do controle na véspera de Ano Novo. Na verdade, as únicas vezes que eu
tenho visto ele ser agressivo é quando as mulheres são maltratadas. Mas eu não
digo isso a Melissa. Eu já cavei um buraco grande o suficiente para mim.
—O que está acontecendo ali? — Melissa acena com a cabeça para a recepção.
Uma longa fila em todo o hall de entrada, o lugar abarrotado das festividades da
primavera. Três funcionários do hotel de camisa e colarinho verde deixaram os
seus postos para falar com o nosso grupo, e as mãos de Rose estão se movendo
freneticamente no ar.
Algo definitivamente está errado.
Eu pago um dos carregadores para olhar a nossa bagagem, Melissa e eu fazemos
o nosso caminho para a recepção, desviando de olhares furiosos que pensam que
estamos cortando a fila.
—Desculpe, — Peço desculpas a algumas pessoas.
Não me atrevo a ir perto de Rose, que está tendo algum tipo de batalha verbal
com a equipe do hotel, Connor diretamente ao seu lado com um olhar estreito.
Em vez disso, eu deslizo ao lado Lo e Ryke que ficam de lado.
—O que está acontecendo? —, Pergunto a Lo.
Ele passa as mãos pelo seu cabelo como se estivesse arrumando, mas eu acho
que ele está mais ansioso do que qualquer coisa.
—Há um problema com o quarto — ele diz casualmente. —Ele deve ser
resolvido em breve, ou assim eles dizem.
—Que tipo de problema? — Melissa pergunta.
—Eles fizeram duplas reservas— diz Ryke, se inclinando com um cotovelo no
balcão.
—Existe um outro quarto? — Pergunto.
—Isso é o que Connor e Rose estão tentando descobrir.
Assim que ele diz isso, Rose pega o telefone e vai em direção à saída. Eu franzo
a testa. Onde os diabos ela está indo?
Connor desliza por um mar de turistas que querem apenas suas chaves, e ele para
na nossa frente. Ele parece cerca de dez vezes menos estressado do que a minha
irmã. —Então, uma má notícia. A suíte de três quartos que tínhamos reservado
não está disponível devido a problemas de reserva. Rose vai ligar para outros
resorts, mas a probabilidade de obter uma suíte de última hora durante Spring
21
Break da faculdade é quase nula. Este resort, no entanto, tem um quarto
disponível. Duas camas de casal e um sofá cama, por isso dormem seis.
Seus olhos vacilam para Lo e eu quando ele fala a última frase.
O fundo do meu estômago cai para baixo e para baixo e para baixo. Eu não
posso ter relações sexuais.
Eu odeio, odeio, odeio que eu estou mais preocupada com isso. Eu odeio que
Connor e, provavelmente, minha irmã estão preocupados com os meus desejos
sexuais. Eu não quero fazer disso um grande negócio.
—Isso é bom — eu digo rapidamente, adicionando um aceno seguro. Mesmo
que eu mexa com meus dedos e foque em não roer as unhas.
Os lábios de Melissa se contraem, aposto que ela está irritada com a mudança de
planos. Ela diz: — Bem, isso é uma merda.
Sim, eu sabia disso.
As feições de Ryke endurecem. —Você percebe que se estivesse indo com o seu
time de vôlei para a Cidade do Panamá, você estaria dormindo em cima uns dos
outros em algum quarto de motel sujo de qualquer maneira.
—Eu só me classifiquei para os Jogos Olímpicos — ela lembra ele. —Eu tenho
certeza que eu posso me dar ao luxo de alugar um apartamento na Flórida.
Ryke a puxa nos braços e, em seguida, sussurra algo macio (e imagino sexy) em
seu ouvido.
Ela suspira exasperada, mas seus ombros relaxam.

Connor segura Lo e eu, nos afastando deles e até a fonte totem. Sua voz diminui.
— Rose está tentando o seu melhor, mas sério, podemos ir em qualquer outro
lugar. Os Alpes. Canadá. Bermudas. Nós não temos que ficar aqui se isso vai
deixar você tão desconfortável.
Fugir dessa situação soa atraente. Eu nunca estive em um acampamento de
verão. E como uma menina que gosta de sua privacidade e evita a interação
social, eu não tenho prazer na ideia de dormir em um quarto com outras cinco
pessoas por uma semana inteira. Adicione em meu status de viciada em sexo e
tudo se torna uma grande pilha indo para explodir.
Lo alcança e pega a minha mão trêmula na sua. Seu olhar me diz para ser forte.
—Você decide.
Eu não quero correr. Eu não quero expor outras pessoas por causa do meu vício
estúpido. Está na hora para trabalhar com isso em vez de correr para longe como
um esquilo preso no trânsito. — Devemos ficar.
—Você tem certeza? — Lo põe a mão no meu pescoço e minha respiração
engata em meus pulmões. Talvez possamos ter relações sexuais no banheiro ou
... na praia à noite. Podemos encontrar um lugar para fazer certamente. Não vai
ser tão ruim assim. Eu apenas aceno mais e mais enquanto eu tento me
convencer.
—Lily — Connor corta, — onde você deixou a sua bagagem?
—Com o carregador ...— Dirijo meu olhar para o lugar onde eu estava. Qual
seria aqui, próximo ao Sr. Fonte totem.
—O mensageiro?
—Um ... o que eu paguei para olhar. — Meu coração afunda e minhas palmas
ficam úmidas.
—Você quer dizer que o cara que você pagou para roubar. Ah não.


{18}

LILY CALLOWAY

Depois de duas horas e um relatório da polícia mais tarde, chegamos à conclusão
de que as nossas bagagens foram oficialmente perdidas ou melhor, roubadas.
Lo, Ryke, Melissa e eu temos que passar um dos nossos dias de férias na
Embaixada dos EUA para substituir os nossos passaportes antes de podermos
voltar para casa. Não é por sorte que as duas únicas pessoas responsáveis o
suficiente para manter seus passaportes foram Rose e Connor.
Perder nossa bagagem é apenas mais uma dor de cabeça, e eu me desculpei tanto
que minha garganta está dolorida. Rose é a principal chateada porque que ela
não tem mais todas as suas roupas e seus produtos e tudo o que faz com que ela
se sinta confortável longe de casa. Para piorar a situação, o nosso quarto não tem
nem mesmo um sofá-cama com uma cama embaixo.
É um sofá normal.
E para corrigir a situação, Connor chamou o serviço de quarto para abrir uma
cama de solteiro. Ryke se ofereceu para dormir nela com Melissa no sofá. Mas
ela usava a "eu odeio isso" expressão que ela tinha no lobby.
Ela não queria ser voluntária para o sofá e cama. Ela planejava abraçar com seu
mais ou menos namorado, e isso é inatingível se eles estiverem em pedaços de
mobiliário separados.
Sou capaz de compreender totalmente a sua frustração no momento. Mesmo que
eu tive sorte o suficiente para conseguir uma cama, A Queen de Connor e Rose
fica nem mesmo a um metro da nossa. Não é como se eu pudesse ter uma
rapidinha sem que eles percebam. E Melissa iria nos pegar também. O sofá fica
de frente para as camas, e de alguma forma Ryke colocou a cama de solteiro
entre ambos.
É como se Ryke Meadows estivesse dormindo no pé do nosso colchão. Tal
pensamento é inquietante.
O lado brilhante da situação são Rose e Connor. Durante situações de desastre,
eles são as duas pessoas quer você quer ter do seu lado como poder de fogo
esquadrão. Ambos foram para a loja de presentes e compraram o essencial, como
creme dental e escovas de dente. Para pijamas, Rose escolheu camisas
extragrandes de cor neon que diziam EU TE AMO CANCUN.
Quando ela me mostrou estas, me lembrei imediatamente como esta semana era
para ser um grande passo em seu relacionamento com Connor. Ele lhe pediu para
dormir na mesma cama que ela, e quando pedimos a suíte de três quartos, seu
plano não parecia tão assustador. Mas agora que o regime de dormir foi alterado
drasticamente, e todo mundo vai estar em clara visão de sua cama, ela está mais
nervosa. Enfrentar este nível da sua relação na frente de outras pessoas não é
algo que ela tinha imaginado.
Mesmo nos meus vinte anos, eu já me encontrava dormindo em uma cama com
um garoto em uma espécie de caso íntimo. Talvez porque geralmente coincide
com o sexo para mim, mas eu acho que Rose pode concordar que o ato não é tão
amigável.
Escuridão cobre o quarto, mas eu ainda posso distinguir o contorno dos corpos.
Rose e Connor dormem debaixo de seu edredom marrom, de frente para o outro,
mas não se tocam. Eles estavam sussurrando baixinho antes, mas suas vozes se
acalmaram, deixando a sala em um silêncio desconfortável.
Eu viro e giro para Lo, com o braço em volta da minha cintura.
Seus olhos já estão abertos, e seus pés deslizam contra a nudez do meu
tornozelo. O silêncio nos envolve e me faz hiper consciente de cada pequeno
ruído, minha respiração muito alta na tranquilidade. Eu tenho certeza que Ryke
acredita que todos os meus movimentos pequenos coincidem com tentar trepar
com Lo.
Mas eu só ... não consigo dormir.
Ansiedade rasteja sob minha pele como um bicho na cama. Eu começar a pensar,
cenários na minha cabeça de que está sendo negado sexo mais e mais. Onde eu
não posso fazer nada por uma semana inteira. Onde eu não posso escapar de um
quarto e desaparecer longe de outras pessoas durante cinco minutos. Eu estou
cercada. Sufocada.
—Lo — eu sussurro, tentando ser a mais silenciosa possível. Mas minha voz soa
como um megafone na tranquilidade.
Ele me puxa para mais perto, e suas mãos vão mais para baixo para os meus
quadris e, em seguida, mais baixo. Ele segura minha bunda com uma palma e
esfrega minhas costas em um movimento circular com a outra.
Ele tenta me deixar tranquila, mesmo enquanto ele beija meus lábios
suavemente, me encorajando a relaxar com cada um. Mas seus beijos carinhosos
fazem o oposto, construindo precisamente para dentro de mim. E uma parte
horrível do meu cérebro obscurece o lado razoável. Eu arremesso minha perna
por cima de sua cintura, e, em seguida, seus lábios saem imediatamente do meu.
Eu me pergunto se eu nunca vou ser capaz de tocá-los novamente.
Depois de alguns minutos de Lo acariciar meu cabelo e assistir minha respiração
começar a acalmar, meus olhos ficam pesados e eu acho que estou finalmente
prestes a adormecer lentamente.
E então meu telefone brilha e vibra no travesseiro que eu abandonei para estar
mais perto de Lo, eu rolo longe dele, e ele se ergue em um cotovelo no colchão,
preocupado comigo.
—Eu estou bem — eu sussurro e pego meu telefone com as duas mãos em
pânico. Eu tiro o bloqueio no meu celular, e me vejo de frente com um novo
texto.
Divirta-se chupando um pau em Cancun. - Desconhecido
Eu pisco algumas vezes, o brilho da tela ferindo meus olhos. Bile sobe para
minha garganta enquanto eu releio as palavras. Estou menos afetada pela parte "
chupando o pau" do que como eu estou pela parte "Cancun".
Ele sabe onde estou ...
Rapidamente, eu desligo o telefone e balanço as pernas para fora da cama. Meu
coração bate no meu peito, e eu realmente só preciso pensar por um segundo. Eu
tentar andar pelo quarto no escuro, mas eu acabo tropeçando no final da cama de
solteiro e caio de joelhos.
—Porra — gemidos de Ryke. — Esse foi o meu pé.
—D-es-culpe — Minha voz treme e eu me levanto de volta, tropeçando para ao
banheiro. Eu sinto uma mão na parte inferior das minhas costas, logo que eu
entro.
Lo fecha a porta atrás de nós, e eu acendo as luzes. Ele aperta os olhos meio
cego da luz, e eu espirro um pouco de água no meu rosto. O Cancun em azul
néon brilhante da camisola para em minhas coxas e se parece tão quente no meu
corpo agora.
—O que há de errado? — A preocupação atada em sua voz. Eu não disse a ele
sobre as mensagens. Eu queria, mas cada vez que eu estava a ponto de falar
outra coisa vem à tona.
Lágrimas ardem nos meus olhos, e eu consigo lhe entregar o meu telefone de
qualquer maneira. Eu volto na direção do espelho e da pia, não querendo ver seu
rosto enquanto ele os lê. Isto já parece tão fora do meu controle.
Cada respiração cai pesada contra o meu peito. Eu só quero sair desta ansiedade.
Será que isso é totalmente possível?
Sim, é o que a parte ruim de mim diz.
Eu não estou vestindo nenhuma calça ou shorts, e minha mão parece apenas
naturalmente se dirigir à minha calcinha. Eu deslizo meus dedos abaixo da borda
enquanto eu tenho um cotovelo apoiado no balcão, curvada com a minha testa
enterrada no meu braço. Tudo parece tão, tão, tão errado e fora do meu controle
e eu só quero me sentir bem novamente.
—Lil — Lo fala atrás de mim. Ele deixa cair meu telefone, o barulho do celular
no chão. Ele instintivamente agarra meu braço e pressiona seu peito duro contra
as minhas costas. — Shh, você está bem, amor.
Eu quero ouvir a sua voz, mas estou mais focada em como me sinto, a minha
bunda esfregando contra ele.
Ele tira os dedos de minha calcinha, e eu o deixei trazer ambas as mãos debaixo
do jato de água. Ele a lava em voz baixa.
Eu fungo um pouco, emoções borbulhando, coisas que eu realmente esperava
que eu não iria totalmente sentir nesta viagem. Culpa, vergonha, fracasso, ele
limpa as lágrimas do meu rosto, e eu finalmente ouço sua voz.
— Nós estamos caminhando para encontrar esse cara. Você não precisa se
preocupar com isso, Lil.
—Ele sabe que estamos em Cancun ...— Minha voz sai em um sussurro.
Lo me gira de volta depois que seca minhas mãos. Ele segura minhas bochechas
com as duas mãos e inclina a cabeça um pouco para encontrar seus olhos. —
Ninguém vai te machucar. Eu prometo.
Eu o amo mais do que qualquer coisa. Ele não traz o fato de que eu só acabei de
me tocar. Que eu estou fodida de uma maneira imensurável. Ele varre isso e se
move, e me faz sentir tal como eu deveria.










{19}

LOREN HALE

— Apenas beba mais água.
O que passa a ser o brilhante conselho de Ryke sempre que eu digo a ele que eu
me sinto como se um carro passou por cima de mim.
Esta manhã não é diferente. Eu estou no pátio, as praias de um azul cristal no
horizonte, mas à direita e abaixo encontra-se a piscina congestionada. Estudantes
universitários batem nas águas claras respingando para a batida de algum rap
techno remixado. Amplificadores estão sob um dossel branco esticado, à sombra
do sol perigosamente quente.
Às vezes, um DJ chega para abastecer a embriaguez da multidão, mas agora, a
estação permanece vazia. O DJ embriagado está abaixo tomando shots de tequila
no bar toten com duas meninas em biquínis de amarrar.
É definitivamente Spring Break.
Eu engulo mais água, mas não cura a dor de cabeça latejante ou à exaustão que
dói nos meus músculos. No momento em que Lily e eu voltamos para a cama, o
que foi perto das três da manhã, e eu não conseguia parar de pensar sobre a
mensagem e ligar para o meu pai. Eu repassei uma conversa inteira sobre o que
eu gostaria de pedir a ele. Como eu iria enquadrar minhas palavras ... só para
verificar sobre o andamento de tudo.
—Você está bem? — Ryke pergunta.
Se eu disser que sim, ele vai saber que eu estou mentindo. Então, eu não sei por
que ele me pergunta. —Eu tive ressacas que me fizeram sentir melhor do isto —
Eu estico meus braços e pernas, soltando minhas articulações.
Ryke senta na cadeira do pátio e enchendo de cream cheese o bagel que ele
pediu pelo serviço de quarto. — Mas este tipo de dor não é acompanhado por
memórias horríveis bêbadas. Considere-se com a porra da sorte.
—Sim, eu estou me sentindo com esmagadora sorte agora, — eu respondo com
amargura.
—Nós vamos encontrar esse cara, — Ryke me diz. Eu mostrei as mensagens
para ele esta manhã antes de Lily acordar.
— E então eu vou colocar meu punho em sua cara de merda.
— EI! TERCEIRO ANDAR!!
Eu me inclino em um braço na grade da varanda e localizo duas meninas
americanas em biquínis, seus seios dificilmente contidos. Como os moradores,
elas tentaram adotar o visual da parte de baixo escassa, sua bunda totalmente
exposta.
Ambas as meninas seguram brilhantes e coloridos copos de plástico, seu cabelo
trançado em seus ombros. Ryke se levanta e coloca seus braços no corrimão,
ficando à vista. Ele morde seu bagel despreocupadamente, observando enquanto
a menina de biquíni verde nos acena para baixo.
—Vamos nadar com a gente!!— ela grita com um sorriso.
—Lembre-me porque eu vim aqui com uma menina —, diz Ryke com um olhar
de saudade. Ele verifica sua bunda, e a menina só sorri mais amplo.
—Porque você não quis ser o quinto na roda. — Eu sorrio para sua angústia.
Um grito ecoa da sala, e ambos rapidamente saímos longe da varanda e correndo
para dentro. Sem muito espaço, eu esbarro diretamente em Connor. Ele quase
tropeça na cama dobrada no corredor, mas ele agarra a cômoda antes de cair.
—O que está acontecendo? — Eu pergunto, tentando manobrar em torno da
cama dobrável.
Ryke está tão irritado que ele chuta a coisa toda. Ele bate na parede e de alguma
forma eficiente abre espaço entre nós dois.
— Daisy está aqui — diz Connor.

—O quê? — Ryke fica rígido. Provavelmente pensando o mesmo que eu, isso
foi um grito feliz?
Eu enrugo a testa e procuro pela sala com um olhar hesitante. Mas eu só vejo
Melissa no sofá, comendo um bagel e digitando em seu telefone celular. Seus
lábios estão em um bico, não se divertindo tanto como ela provavelmente
imaginou.
—Elas estão no banheiro — Connor explica. — Rose quer colocar maquiagem e
usar a prancha de Daisy. Ela está realmente animada, mas o luxo do cabelo e
produtos de marca provavelmente vai sair de moda quando ela perceber que sua
irmã de dezesseis anos de idade, acaba de chegar a Cancun durante as férias de
Primavera da faculdade.
—Então, ninguém sabia que ela estava vindo? — Pergunto. Connor balança a
cabeça. — Ela queria surpreender suas irmãs.
—Ela não pode ficar— diz Ryke se aproximando. —Eu quase morri tentando
acompanhar seus doces dezesseis anos em Acapulco.
Ouvi a história de Lily, que também acompanhou o aniversário de Daisy.
Aparentemente, a destemida Calloway pulou de um penhasco no oceano e Ryke
sentiu a necessidade de pular atrás dela.
—Eu não vou deixá-la saltar de nada — digo a ele. —Acontece que eu sou um
maldito bom acompanhante.
Ele olha. —Você não poderia acompanha-la na porra de uma preguiça. E isso
requer habilidades corretivas como sentar e assistir.
Eu lhe dou um olhar duro. Eu honestamente não me importo se Daisy fica ou
não. Mais uma pessoa em uma sala já lotada não vai mudar nada. —Daisy se
mistura. Você nem vai perceber que ela está aqui.

Suas sobrancelhas endurecem e juntamente com sua mandíbula igualmente


firme. — Quando foi a porra da última vez que você viu ela?
Eu quero dizer na semana passada, mas tenho certeza de que isso está errado. Eu
puxo em minha mente. Eu acho que eu não a vi desde que eu estive de volta da
reabilitação. Na verdade, eu não acho que eu a encontrei no Charity Gala de
Natal do ano passado. Com certeza eu não fiquei muito tempo. A última vez que
a vi deve ter sido durante a viagem de iate a Bahamas, quando Lily e eu nos
tornamos um casal de verdade. Jesus.
Isso foi há muito tempo atrás.
—Daisy não se mistura — diz Connor.
—Quando você a viu? — Eu devolvo acusador. Eu não gosto de que esses dois
caras tenham passado mais tempo com a irmã da minha namorada que eu. Eu
estive em torno dos Calloways a mais tempo. Conheço Daisy desde que ela era
uma criança. Eu tenho que ser a figura provisória "grande irmão". Embora, eu fiz
um bonito trabalho de merda até agora.
—Eu vou para os almoços de domingo dos Calloway com Rose — Connor me
diz. Oh. Merda.
Se eu casar com Lily, eu facilmente vou ser o pior genro. E então eu fico lívido
com a ideia de Connor e Rose.
Connor Cobalt não pode se casar com a irmã de Lily. Ele vai estabelecer padrões
inatingíveis que eu nunca vou ser capaz de atender.
Barulhentos, gritos felizes ressoam do banheiro. Eu relaxo, com o simples
pensamento de que Lily está sorrindo.
Ontem à noite ela estava à beira das lágrimas, e qualquer coisa que pode mudar o
seu humor é algo que eu sinceramente aprovo. — Eu estou indo verificar — eu
digo.
Ryke toma um assento na borda da cama, franzindo o cenho para o tapete. Ele
parece perdido em pensamentos. A cerca de que, eu não tenho ideia. Poderia ser
Daisy. Poderia ser Melissa. Poderia ser eu.
Quando passo, eu aponto para ele: — Você sabe o que faria você se sentir
melhor? Eu abro minha boca para terminar, mas ele me corta.
—Eu estou bem — E então ele cruza os braços.
—Claro — lhe ofereço mais uma vez. Ele provavelmente está chateado que está
preso com Melissa. A menina veste impaciência como se fosse seu trabalho. —
Uma cerveja.
— Uma o quê?
— Uma cerveja faria você se sentir melhor. Ele olha. — Isso não é engraçado.
—Não foi uma piada.
—É melhor você ir ao banheiro antes de esmurrar você, o que vai realmente me
fazer sentir melhor.
Eu zombo suspirando. —Mas eu pensei que você estivesse bem.
Ele realmente sai da cama. Eu não o atormento mais. Mas Cristo, seu
aborrecimento me fez sentir melhor. Cerveja e tudo. Com um largo sorriso, eu
ando até o banheiro. Os risos crescem mais altos, e eu bato meus dedos contra a
porta.
—Quem é? — Rose pergunta de dentro.
—Lo — Eu olho para cima do meu ombro. Ryke e Connor me assistem com
curiosidade pelas portas da varanda, não tentando se infiltrar no clube exclusivo
que as meninas Calloway têm. Pela primeira vez, eu estou um pouco nervoso
que as meninas não vão me convidar para entrar. Eu sempre fui autorizado a
estar com elas. Eu sou a outra metade de Lily.
Mas as coisas mudaram, eu percebo. Rose tem um namorado. Eu tenho um
irmão. Mais dois caras foram adicionados à nossa dinâmica, e eu poderia
facilmente ser agrupado para fora com eles.
Então, quando a porta se abre e Lily agarra a minha camisa, me puxando para
dentro, eu não posso deixar de sorrir. Eu me sinto o tipo de merda especial. Eu a
beijo quase que imediatamente e enquanto a minha língua desliza em sua boca,
ela empurra a porta com o pé.
Rose limpa a garganta, e eu paro, passando os braços ao redor da cintura de Lily.
Ela se inclina para trás em mim com uma respiração profunda, e eu finalmente
olho em volta. Produtos de cabelo e maquiagem explodiram do outro lado do
balcão. Rose se senta na borda da banheira com uma prancha em uma mão e um
tubo de brilho labial na outro.
22
—Será que Sacks da quinta avenida vomitou no banheiro? — Pergunto.
Todas elas riem, e Rose está ainda muito feliz em responder com seu gelo
habitual. Ela parece como se alguém a salvou de uma ilha deserta. Quando Lily
se solta dos meus braços e se ajoelha ao longo de uma enorme mala, eu vejo
Daisy pela primeira vez.
Ela se senta do outro lado da mala onde as roupas estão por cima em uma pilha
alta, ameaçada de tombar. Sacos de compras estão esmagados em cantos
disponíveis da bagagem.
—Ei Lo — Daisy cumprimenta com um sorriso caloroso.
E enquanto eu realmente olho para ela, meu rosto lentamente cai. Tudo que eu
consigo dizer é isso: —Você está... loira... — Um milhão de outros pensamentos
cruzam minha mente. A maioria deles circulam em torno de uma coisa: Eu,
avisando Daisy para ficar longe de todos os caras da porra do planeta. E eu tenho
um pensamento de ter que bater a merda em alguém nessa viagem apenas para
proteger uma menina que facilmente se parece tão mais velha quanto suas duas
irmãs. Ela pode se encaixar entre o nosso grupo de jovens com idade de
universitários, e ela não deveria. Ela tem dezesseis anos, apesar de ser uma
grande modelo de moda.
Ótimo. Agora eu sei exatamente por que Ryke estava carrancudo. Ele sabia que
ela estava indo para ser problema. Não por causa de sua personalidade. Mas por
que... ela é linda e jovem demais para estar aqui.
Daisy corre os dedos pelo insanamente longo cabelo. — A agência de modelos
me queria loira.
Ela deixa cair os fios, e eles afunilam passando seus seios. Porra. Eu odeio que
eu estou sequer olhando lá. Eu paro meu olhar sobre Lily em seu lugar.
Ela joga artigos de banho do saco de compras. Parece que ela está cavando para
a China através das roupas. É tipo adorável.
—Então o que você está fazendo aqui, Dais? — Eu pergunto, meus olhos
ficando em Lily. Isso ajuda a manter minha mente fora de Daisy e a arrastando
para o aeroporto mais próximo. Eu só quero ter certeza de que ela está segura.
Três anos atrás, eu não tenho certeza de que eu teria me importado. Estando
sóbrio passa definitivamente a ser minha prioridade.
—Bem — ela fala, se inclinando contra o balcão da pia. —Eu sempre perco
Spring Break com Lily e Rose. Vendo como esta é a última pausa de primavera
da faculdade oficial de Rose, eu pensei que seria apenas uma espécie de marco.
Mas não se preocupe, você não vai sequer saber que estou aqui. Promessa.
Eu devo ser gritante porque ela sorri novamente com sinceridade. Eu acredito
nela. Isso não é com o que eu estou preocupado.
—E quanto à escola? — Pergunto.
—Os professores me deram extensões em todas as matérias como eles fazem
quando eu tenho uma sessão de fotos fora do país. — Antes que eu possa
protestar, ela acrescenta, — E Rose me mandou uma mensagem ontem à noite
sobre o roubo da bagagem, então eu tive tempo para parar no shopping e pegar
algumas roupas para todos. — Ela pega uma sacola da Macy’s e entrega para
mim. —Peguei algumas roupas de banho para Connor, Ryke e você. Eu não acho
que vocês gostariam de sofrer através de compras em seu primeiro dia na praia.
—Sim! — Lily aplaude do chão.
Todo mundo se vira para ver ela levantar o maiô de uma peça como se fosse o
bebê Simba do Rei leão.
—Eu pensei que você gostaria disso— diz Daisy. — É Billabong.

—Você precisa de sol — Rose diz categoricamente. Ela bate sua prancha em
Lily. — Solta. O. Traje.
Lily agarra a peça negra em seu peito, metade do terno colorido com camadas de
diamante padrão, como uma impressão psicodélica do emblema americano. —
Eu tenho Daisy do meu lado — Lily lembra ela.
—Ela vai atacar você.
Daisy acena com confiança. —Eu irei.
Rose está em um humor tão bom que ela admite. —Tudo bem — Seus olhos
piscam para a peça que Lily cobiça. — É bonito em um traseiro de praia, 'Eu vou
surfar porque eu não posso ler’ tipo esse sentido.
Eu procuro através de saco da Macy’s que Dayse me deu, e eu paro. Existem
cinco trajes de banho, todas as cores diferentes de néon brilhantes, mas o mesmo
23
estilo. Mankini .
—Uh ... Daisy — Eu levanto minhas sobrancelhas. Eu ergo o pedaço de pano no
final de um dedo.
Daisy tenta não sorrir muito, mas ela está gostando disso. — O balconista disse
que estes eram os mais populares.
—Para as crianças talvez. Eu não tenho certeza se meu pau pode caber nisto —
E eu me encolho imediatamente em minha escolha de palavra. — Quero dizer,
minhas coisas.
Lily é distraída o suficiente para que ela deixe cair o seu traje de banho, com os
olhos brilhando entre minha virilha e o traje. Sua imaginação é simplesmente
muito grande fodendo. Eu não consigo acompanhar.
Daisy olha para mim como se eu fosse estranho. — Está tudo bem para
amaldiçoar na minha frente. Eu não vou tagarelar sobre você.
Sim, ela definitivamente me faz sentir estúpido por tentar não deformar sua
frágil e jovem mente. Mas ela é uma modelo. Eu não posso nem começar a
compreender o que se passa antes, durante ou depois de uma sessão de fotos. Eu
tenho certeza que elas falam sobre paus e seios e um monte de outras merdas que
seria facilmente inadequado falar ao redor de crianças.
Ela não tem doze, Lo, eu me lembro. Ela tem dezesseis anos. Há uma diferença.
Ela está na escola.
Inferno, ela provavelmente já fez sexo.
Eu me paro. Há algumas coisas que eu simplesmente não quero saber.
Eu rodo o traje em volta e me concentro em Lily. Eu o arremesso para ela e ela
pega o mankini em suas mãos.
—Sim — ela diz, muito longe com seus pensamentos impertinentes que eu
definitivamente gostaria de poder ouvir. — Eu não acho que ele vai caber. — Ela
libera assim o que ela não quer dizer em voz alta. Eu só quero beijá-la.
—Informações desnecessárias — diz Rose.
—Na verdade o que era necessário — eu digo. — Se eu não posso caber, então
eu preciso de outro traje de banho.
Daisy se abaixa e começa a cavar através da mala ao lado de Lily. Enquanto ela
vasculha ao redor, eu me lembro que ela não deveria estar aqui em primeiro
lugar.
—Então ela vai ficar? — Eu olho entre Rose e Lily, esperando que uma delas
faça o papel de irmã mais velha e madura e defina diretrizes, regras, o que quer
vá enviar Daisy de volta para casa.
Mas a mais responsável menina, talvez em todo o universo dá o pior tipo de
olhar fixo e diz: — Ela pode ficar.
Eu acho que a esperança se foi. Elas, obviamente não entende o que Daisy
parece ou realizam sua idade e o fato de que apenas fora da porra da nossa janela
existem centenas de caras com tesão. — Posso falar com você e você— eu
aponto para Lily e Rose — em particular. Obrigado.
Perto da mala, Daisy olha para mim. — Sinto muito sobre os trajes de banho.
Era só uma piada, honestamente. Aqui — Ela joga uma nova sacola de compras
para mim, e eu hesito, principalmente porque eu vejo o quanto Daisy quer que eu
esteja bem com ela aqui. Ela não quer colocar ninguém fora já que ela
essencialmente bateu em nossa Spring Break. E eu acho que se eu dissesse que
ela não é bem-vinda, ela estaria no próximo voo sem argumento.
Antes que olhe na sacola, eu mantenho o meu olhar treinado em Rose quem tem
mais influência ou não, se Daisy permanece em Cancun. — O que acontece
quando um cara lhe oferecer uma bebida?
—Eu vou entornar para baixo — Daisy responde. Ela balança sobre seus pés,
preparada para responder mais perguntas.
—Você vai beber? — Eu pergunto.
—Se isso perturba você, então não.
Meus músculos se contraem. Eu não gosto da ideia de pessoas estando sóbrias só
porque eu estou. Isso é ridículo. — Isso não me chateia, mas você é menor de
idade, Daisy, mesmo no México.
—Desde que eu tinha quatorze anos, minha mãe sempre me deixa beber durante
as férias. Pergunte a Rose.
Rose desliga sua chapinha e escova seu cabelo brilhante. — Apenas as bebidas
frutadas — diz ela. —E por causa da mãe eu confiei que você não vai
enlouquecer.
— Eu não vou — diz Daisy. — E se isso faz você se sentir melhor, eu não bebo.
Eu balanço minha cabeça e uso uma cara fechada. Eu não tenho certeza do que é
chamado certo. Eu sei que a maioria das crianças bebem aos dezesseis anos. E eu
não acho ruim ver ela beber só porque eu sou um alcoólatra. Mas é vinte e um a
idade segura mágica ou algo assim? Eu não sei.
Eu internamente gemo. Ela não pode ficar no final então isso não importa
mesmo. — O que acontece se ela se perder do nosso grupo, Rose?
— Ela não vai — Rose rebate. — Eu não vou deixar Daisy sozinha em um país
estrangeiro. Embora o serviço de grande irmão é lisonjeiro, Loren, ela tem duas
irmãs em Cancun que cuidam dela, assim como muito, se não extremamente. Ela
está segura com a gente.
Eu assisto Lily olhar entre mim e Daisy, e vejo a preocupação tão evidente em
seu rosto. Ela quer sua irmãzinha aqui tanto quanto Rose quer. Talvez elas
queiram passar um tempo com ela, para se reconectar juntas de uma forma que
elas não têm feito em um longo, longo tempo. E se Daisy pode colocar um
sorriso no rosto de Lily, então talvez o incômodo vai valer a pena.
—Ok — Eu aceno.
—Você tem certeza? — Daisy fala. —Se você estiver chateado, então eu posso
ir...
—Não — Rose corta.
Eu olho fixamente para ela. —Eu fico feliz em saber que você considera meus
sentimentos, Rose. Sabemos agora quem é a irmã mais simpática.
—Eu pensei que era eu — Lily sussurra com um sorriso tímido.
—Você é a melhor de tudo amor, é silenciosa e verdadeira — Ela morde o lábio,
e eu posso ouvir ela cantando praticamente para mim ir até lá e beijar ela. Eu
faria, mas Rose está queimando buracos na minha testa.
—E sobre Connor e Ryke? — Daisy pergunta hesitante.
—Connor não vai se importar — Rose diz a ela.
Ryke vai. Eu lhe dou um sorriso reconfortante que parece um pouco falso para
mim. Eu só espero que eu não esteja fazendo uma careta.
—Se Ryke não for bom para você, então eu cuido dele — Eu realmente olho
para Rose por aprovação, não sei por que isso dela significa muito para mim.
Mas ela assente em apreciação, ou o mais próximo do sentimento como aquela
garota pode vir.
— Obrigada, Lo — diz Daisy.
Lily se levanta e anda timidamente para mim. Eu envolvo um braço frouxamente
ao redor de seus ombros, enquanto ela se afunda no meu corpo. Este é um abraço
que deve se transformar em algo mais. Eu posso sentir a sua dor quando seus
dedos cavam mais fundo em minha cintura. Mas ela não pode. Eu só espero que
ela possa suportar uma semana sem sexo. Ela vai precisar se satisfazer com
beijos. Considerando que as pessoas normais tomam um beijo como real afeição,
Lily vê como nada mais do que provocação, é o meio para uma boa transa.
Eu esfrego suas costas enquanto eu procuro através da sacola com uma mão.
Acho três apropriados trajes masculinos de banho em preto, azul e marinho.
— São estes os únicos trajes de homem que você comprou? — Pergunto a Daisy,
um pensamento perverso cruzando minha mente.
—Sim. Eles são ruins? — Ela vem para o meu lado e espreita no saco. — Estes
queridos Ralph Lauren devem se encaixar.
— Eu sei. Eu só estou pensando que você só comprou dois deles ... para mim e
Connor. — Elas todas capturam sobre o meu plano.
Rose balança a cabeça várias vezes, mas Lily está acenando ferozmente. Os
lábios de Daisy puxam para um tortuoso sorriso, definitivamente para um pouco
de diversão inofensiva.
Se Ryke e eu vamos ser irmãos, eu poderia muito bem começar a colher os
benefícios. E isso começa com uma brincadeira.









{20}

LOREN HALE

Nós pegamos a direção para a praia, e eu pensei que meus olhos estavam
queimando fora da órbita. O sol era inevitável, quente demais para sequer
respirar corretamente. E todas as cabanas da praia são de quem chegar primeiro,
por isso temos de acordar mais cedo para reivindicar um amanhã. Nós acabamos
encontrando sete cadeiras ao redor da piscina cheia. Durante a descida no
elevador, Daisy me perguntou novamente se estava tudo bem se ela bebesse
perto de mim. Pessoalmente, me sinto pior se as pessoas deixam de ter um bom
tempo por minha causa. Eu tenho forçado Connor a escolher pedir vinho em
numerosas ocasiões.
Mas eu pensei que se eu fosse ser um pouco mais criativo na minha resposta à
Daisy já que ela tem dezesseis anos e eu ainda estou tentando entender o que é
apropriado para adolescentes. Eu disse a ela que eu não me importo se ela beber,
mas ela não deve beber mais do que Rose. Na verdade, ela deve tentar soltar
Rose esta semana. Se há alguma coisa a qual eu pagaria um bom dinheiro para
ver, isto seria Rose Calloway bêbada.
Daisy facilmente concordou. Ela parece querer agradar os outros, e eu me
pergunto o quanto de sua vida foi dedicada a apaziguar a mãe.
Ambas Daisy e Rose caminham na piscina com piña coladas em suas mãos. Uma
fonte de rocha submersa inunda um recanto circular, onde se encontra um bar ao
lado da piscina, mas nós estamos a uma boa distância da área cercada.
Ryke sai da piscina e acena para o resto de nós que ficamos de braços cruzados
na água. Lily é a única em terra seca.
Ela está sozinha em uma cadeira de praia, não querendo se juntar a nós. Entendi.
Ela se tocou na primeira noite, e eu venho dizendo repetidamente que ela não vai
ter relações sexuais nesta semana. Agora estamos em uma associação com
rapazes seminus, e comigo seminu.
Eu posso detectar vários casais tateando embaixo das cabanas, e até mesmo uns
poucos se pegando um ao outro na água, colocando a língua do cara lá no fundo
da garganta da garota. Não há nenhuma vergonha. E eu acho que ela está
provavelmente tão ciumenta disso também.
Ela está duramente desejando sexo, e eu entendo que ela queira cair com música
e tirar uma soneca no sol.
Então eu a deixo ter seu espaço e tento falar com os nossos amigos.
—Eu estou indo comprar alguns tacos — diz Ryke. —Se você quiser comer um,
é melhor você vir comigo.
Ele está confiante em seu mankini rosa quente. Quando eu lhe disse que era o
único traje que sobrou, ele literalmente deu de ombros e o colocou. Sua pele
bronzeada, abdômen sarado e estiloso, ele instantaneamente ficou bem mesmo
usando aquela maldita coisa. E as meninas jogando vôlei na água, ficam mesmo
de boca aberta na sua bunda.
Isso não é exatamente a reação que eu estava procurando.
Melissa nada até a borda e sobe para fora, sempre ligada a Ryke de alguma
forma. E sempre que ela é forçada a se separar dele, seu humor muda. Uma parte
de mim se pergunta se é assim que Lily e eu olhamos quando estamos na
companhia de alguma outra pessoa entediado e chateado. Provavelmente. Eu
acho que é algo que estamos trabalhando.
—Pronto? — Ela pergunta, enganchando seu dedo mindinho com os outros
dedos.
Ele solta a mão dela e acena com a cabeça para a piscina novamente.
"Calloway", ele chama. Todas as três meninas viram para olhá-lo, mesmo Lily
na cadeira. Ele revira os olhos e aponta para a loira alta. — Daisy. Você vem?
Ela balança a cabeça e chupa o canudo de sua piña colada. Para o almoço, todos
nós comemos pizza caseira, mas Daisy ao invés disso pegou uma salada. Eu
acho que é um êxito que ela esteja mesmo tomando uma bebida frutada que
contém uma merda de tonelada de calorias, mas conhecendo Ryke, ele sem
dúvida acredita que o álcool é o equivalente a uma pele em uma pirâmide
alimentar.
—Vamos — ele estimula, apontando para ela segui-lo. —Você vai gostar do
taco, eu prometo.
—Eu provavelmente vou — ela fala, —mas isso ainda não significa que eu
deveria comê-lo.
A mão de Melissa enroscada na de Ryke começa a puxá-lo para a grade exterior
atrás de um conjunto de árvores de palma. — Ela não quer um taco — ela diz,
puxando-o como um pai faria com uma criança. —Vamos lá.
A mandíbula de Ryke trava, e acho que ele iria tentar convencer Daisy até que
ela cedesse, mas não com Melissa puxando seu braço. Assim, ele sai com esse
fracasso. Ryke se inserindo nos problemas de outras pessoas não é nada novo.
Eu não estou surpreso que ele iria ter interesse na dieta de Daisy, que ela mantém
só para agradar sua mãe o que eu sei que acontece desde que ela começou a
modelar.
Connor segura um mojito na mão e observa Melissa desaparecer por trás das
palmeiras com Ryke. —Ele vai se arrepender de trazê-la.
— Ele já está — eu digo. Eu não achei que ficar em torno de álcool iria me
afetar tanto. Minhas área de atenção no copo de plástico, e é preciso uma grande
quantidade de energia para se concentrar em outras coisas.
Como a vida sexual de meu irmão, não que eu particularmente me preocupe com
isso.
— O que você fez no ano passado durante Spring Break? — Connor pergunta.
Eu procuro na minha mente e balanço a cabeça. — Eu não me lembro — Eu
tenho certeza que eu passei minhas noites em um bar enquanto Lily fodia outros
caras. A nossa velha rotina. É tudo tão nebuloso, mesmo tentando rastejar de
volta através das memórias é como caminhar através de uma névoa. —
Provavelmente algo estúpido — murmuro sob a minha respiração.
Connor leva a dica e não estimula. — Se isso faz você se sentir melhor, nos
meus últimos três Spring Break eu estava no Japão tentando convencer
investidores anjos para capitalizar em Cobalt Inc.
Deixo escapar uma risada curta. —Agora eu me sinto como um perdedor
insuficientes.
—Eu tentei — diz ele com um sorriso casual.
Rose nada até nós e me dá uma cotovelada nas costelas.
—Olá, Rose — eu digo com uma careta.
Ela aponta para nossas espreguiçadeiras onde Lily se encontra.
—Você vê o que ela está lendo? — Rose me pergunta, nem um pouco
censurando.
Eu franzo a testa e estudo Lily. Com certeza, em suas mãos está uma revista
Cosmo. — De onde ela tirou isso?
— Daisy provavelmente comprou no aeroporto.
— Será que ela tem permissão para ler revistas inúteis? — Connor pergunta.
Rose inclina a cabeça como se ele tivesse feito uma pergunta estúpida. —Não
aquelas que descrevem posições sexuais e têm histórias de romance na parte de
trás.
Eu levanto os meus olhos para ele. — Você nunca leu Cosmo antes?
— Eu nunca precisei saber as cinquenta maiores formas de prazer para um
homem.
Eu bato na água, e ele solta uma gargalhada, e eu realmente sorrio. Eu nado até a
borda, sabendo muito bem que se eu tivesse uísque hoje, nada teria me impedido
de proferir uma resposta mordaz. E por uma vez, eu realmente sinto como se
tivesse conseguido algo.
Eu pulo para fora da piscina. Lily nem sequer me vê chegando, muito imersa em
uma revista suja.

{21}

LILY CALLOWAY

5 brinquedos sexuais perfeitos para levar na viagem. Meu pequeno vibrador


bala sobreviveu ao carregador ladrão desde que eu o guardei na minha bolsa,
mas há uma pequena chance de que eu vá usá-lo a qualquer momento esta
semana.
Calcinhas vibratórias ainda faltam na minha lista. Eu tenho os demais (em casa),
mas eu nunca realmente tentei trazer eles em uma viagem. Eu viro a página e a
matéria sobre as dicas de sexo de caras. Algumas me fazem rir, enquanto outras
são realmente úteis. Eu toco a lista e sorrio para o conselho de Brett, 24 anos.
"Molhe seus lábios. Então me diga que você não pode esperar para me provar."
Obrigado, Brett por fazer parecer que as meninas têm que dar boquetes para
agradar um cara. Não é verdade. Na verdade, se eu não gostasse de chupar Lo,
eu não iria fazê-lo.
—Ei — Eu pulo um pouco com a voz e pressiono a revista para o meu peito,
corando em um tom rosado. Relaxo quando eu vejo que é Lo, pingando em seu
traje de banho. Eu tento me concentrar em seu rosto e não em seu corpo, mas
mesmo o maxilar marcante e o cabelo escuro molhado parece extremamente
sexy agora.
Eu passo a língua no meu lábio inferior e digo: — Eu não posso esperar para te
provar.
Ele aperta os olhos, não achando graça, e pega a revista de mim. Meus ombros
caem quando seus olhos voam sobre a página. Eles rolam dramaticamente
quando ele lê o conselho de Brett. Lo dobra a revista em sua mão e se senta no
pé da espreguiçadeira. Eu percebo que eu provavelmente não vou estar
recebendo a Cosmo de volta.
—Não é pornografia — eu me defendo imediatamente.

—Você ainda não deve ler, você está tentando passar um dia sem pensar em
sexo, e passar através de uma revista que destaca as dez melhores maneiras de ir
para baixo em alguém não vai ajudar.
Eu apenas aceno, e então meus olhos se movem para Ryke que caminha de volta
para a nossa área com um taco envolto em uma folha de alumínio. Ele lambe os
dedos, por isso suponho que ele já comeu um a caminho daqui. Melissa diz algo,
e ela sai do seu lado, voltando para o quarto de hotel. É estranho que ela iria
abandonar ele quando ela deixou claro que ele é a única razão porque ela está
suportando o resto de nós.
Meu olhar vagueia pelo mankini rosa brilhante que não deixa nada para a
imaginação. Ele o preencheu muito bem. Um movimento errado e tudo pode
apenas aparecer. — Esse é um tipo de tiro que saiu pela culatra, não é? — Eu
digo a Lo com um sorriso.
Lo coloca a mão na minha perna nua, o que envia arrepios na espinha. Eu cobiço
mesmo o mais simples toque agora. — Como eu poderia saber que ele estava tão
confortável em mankini? — Lo diz alto o suficiente para Ryke ouvir enquanto
ele se aproxima. — Temos sido irmãos por apenas quatro meses.
— Nós estivemos sendo irmãos por vinte e um anos — Ryke rebate. Ele se senta
na borda da espreguiçadeira ao lado da nossa cadeira, enfiando os pés na água.
—Você só soube de mim há quatro meses.
— E isso é suposto me fazer gostar mais de você?
Ryke abre um sorriso seco e acena para a revista na mão de Lo. — Lendo na
praia?
Lo joga a revista no cimento molhado ao lado Ryke. — Aqui, talvez você possa
aprender a chupar Melissa. Ela parece incrivelmente desgostosa com você.
— Eu posso chupar ela muito bem, não é por isso que ela está louca.
Eu rasgo meus olhos fora da mão de Lo que continua firme no meu tornozelo.
Gostaria muito que os dedos corressem até minha coxa. Especialmente depois de
toda essa conversa sobre sexo — Por que ela está chateada?
— Pela mesma razão que você está.
— Ela é uma viciada em sexo também? — Eu digo brilhantemente. Eu não sou a
única lá fora. Puxa eu me sinto bem.
— Não, ela é apenas uma garota com tesão normal. Oh, maldito. Meus ombros
caem.
Lo começa a esfregar minha panturrilha. O que parece ainda melhor. Eu afundo
contra o encosto da cadeira, relaxando. Lo percorre seu telefone celular por um
momento, e eu vejo quando Ryke faz um movimento para Daisy na piscina
chamando seu nome.
Ela nada até seu local pela parede da piscina, e uma vez que ela fica fora da
água, ele se eleva acima dela e abaixa ligeiramente para olhar para Daisy. Ele
segura o taco para ela.
Ela coloca seu copo vazio ao lado da revista encharcada. — Eu achei que você
disse que eu só poderia ter um taco se eu fosse com você.
— Eu estou fazendo uma exceção.
Seus olhos piscam entre o taco e Ryke, e eu não gosto de onde isso está indo.
Isso me lembra do tempo em que ele a tentava com um pedaço de bolo de
chocolate. Ela comeu, mas só depois de uma sequência de eventos inadequado.
Lo não viu isso. E ele está muito focado procurando em seu telefone para assistir
Daisy e Ryke.
Mas talvez ... talvez é tudo na minha cabeça. Quero dizer, meus pensamentos
circulam e navegam em sexo o tempo todo.
Talvez estes últimos três meses sem Lo, e seu tempo juntos foi inocente e não
tão ruim quanto eu acredito. E eu quero que Daisy coma o taco.
— O que você vai fazer por mim se eu comer isso? — Pergunta Daisy, um
intrigante sorriso erguendo nos lábios.
—Estamos em negociação agora?
Ela nada um pouco mais perto dele, seus ombros na mesma altura que seus
joelhos. —É justo, você quer que eu faça alguma coisa. Então, eu acho que
deveria receber algo em troca.
—Você obtém os nutrientes dessa porra de taco — ele diz a ela. —Isso é um
ganha-ganha.
Ela tenta dificilmente não sorrir e apenas balança a cabeça. Oh, ela aprendeu
como jogar seus jogos desde a última vez. Eu deveria parar isso, eu acho. Mas
eu estou hipnotizada por suas brincadeiras fácil.
—O que você quer? — Pergunta ele.
Eu cutuco Lo com o pé. Ele precisa ver isso! Eles estão prestes a ir sobre algum
acordo que não vai ser bonito. Eu tento encontrar Rose e Connor também, mas
eles já saíram para o bar à beira da piscina.
Lo relutantemente olha longe de seu telefone e segue o meu olhar, vendo minha
irmã e seu irmão.
E então o sorriso malicioso de Daisy vacila. — Eu não sei o que eu quero — ela
percebe.
—Bem, isso é um problema.
Lo me dá um olhar de sobre o que você está surtando? Sério? Está tudo na
minha cabeça, não é isto?
—E eu não tenho tempo para você descobrir isso — Ryke diz a ela. —O taco
estará frio até lá.
Ele descasca a folha de alumínio e estende o final para ela. —Vamos lá, apenas
uma mordida — Seu tom não é dócil ou suave. É áspero e convincente, algo que
Daisy não está acostumada, eu acho. Seus olhos cintilam de curiosidade.
Daisy olha para Ryke por um longo momento. —Por que você quer tanto que eu
coma isso?
—Porque seu corpo precisa de algo mais do que a porra de rum, gelo e mistura
de piña colada.
—Minha agência discordaria.
—A sua agência uma merda — ele fala.
—Você iria tentar fazer com que cada modelo comesse o bolo, não é? Ele não
nega isso.
Ela sorri. —Você sabe que eles acabariam indo vomitar depois.
—É melhor não.
—Eu não sou bulímica — ela diz. — Eu não estou nem anoréxica. Eu só sei o
que deve e não se deve comer. E confiem em mim, quando eu não estou
contando os dias para uma sessão de fotos, eu vou como um porco para fora.
Mas eu tenho uma sessão em três semanas. Todo mundo vai estar beliscando
minha gordura, e você não vai estar lá para ver seus olhares decepcionado e
descontentes. Eu irei.
—Eu acho — diz Ryke lentamente, tentando processar as palavras — que é
preciso perceber que este taco não vai adicionar uma polegada na sua cintura. Se
você tem a força de vontade tão grande como você diz, então comer isso não fará
com que você beba amanhã.
Eu meio que quero bater palmas. Ele realmente faz todo o sentido, e Daisy
contempla toda a sua declaração com alta consideração. E então ela acena com a
cabeça em aceitação.
—Tudo bem — ela diz. —Mas apenas uma mordida.
—A menos que você o ame.
—Como eu disse.
—Você gosta de muitas coisas, isso não significa que você deve comer— ele
finaliza. —Eu te ouvi.
—Você escuta — ela diz ironicamente. — Que tipo de pessoa é você?
—O tipo raro.
Meus ombros estão tensos. Eles estão flertando? Será que Lo viu isso? Ele está
assistindo, mas eu não posso ler sua expressão totalmente. Seus músculos, no
entanto, estão tensos.

—Ok — diz Daisy, de olho no taco. —Eu vou comer.
— Pare de falar sobre isso e faça— ele fala.
Ela coloca uma mão em sua perna e a outra no pulso enquanto ele segura o taco.
Ela se inclina para a frente pegando uma mordida, e eu juro, que seus olhos se
conectam o tempo todo. Há algo incrivelmente sujo sobre isso ao meu ver,
alguém mais?
Lo não diz nada.
Quando ela dá uma mordida, seus olhos se fecham e ela solta um gemido
audível. — Oh meu Deus — ela murmura, mastigando.
Ryke veste um sorriso satisfeito, como se ele tivesse ganhado o melhor prêmio,
vê-la feliz (ou fazer um barulho de orgasmo, eu não tenho ideia). O molho que
vaza em seu queixo, mas a cabeça está inclinada para trás, muito absorvida no
êxtase do alimento para notar. Ele usa seu polegar para limpar o molho logo
abaixo do lábio.
—Bom, certo?
Ela engole. — O melhor.
Ok, talvez eu seja a única processando o evento de uma forma erótica. Ryke e
Daisy atuando completamente inocente sobre todo o calvário. Talvez eles nem
sequer percebam como tudo era sexual. (Ao menos não era um cachorro-quente.)
—Aqui — Ele estende o resto do taco.
Surpreendentemente, Daisy aceita a comida, pegando a folha de suas mãos.
— Obrigada — ela diz em genuína apreciação. E então ela nada em direção a
Connor e Rose.
Lo abre a boca, e me pergunto se ele está prestes a castigar Ryke. Mas como
pode ele quando Daisy comeu algo saudável pela primeira vez? Isso tem que ser
uma vitória, certo? Antes que Lo diga uma coisa, Melissa retorna e todos nós
ficamos tranquilos. Bem, tecnicamente Lo e eu já estávamos tranquilos, mais o
ar em torno estava de uma maneira desconfortável.
Melissa se senta ao lado Ryke no cimento, e ela se inclina um ombro para ele.
Ele envolve o braço ao redor dela.
—As arrumadeiras já terminaram o nosso quarto — ela diz a ele, praticamente
batendo os cílios.
É aí que ela foi para verificar o estado do nosso quarto? Se eu não estou
autorizada a fazer sexo lá, então por que ela pode? Eu olho para Lo por
respostas, mas seu olhar se fixa permanente em Ryke.
—Eu já falei com você sobre isso — diz Ryke calmamente.
—Sim, mas os banheiros públicos são tão nojentos — Ela olha para mim e Lo.
— Vocês não se importam se nós brincarmos por alguns minutos lá no quarto,
certo? Vamos ficar com a cama dobrável.
— Daisy está dormindo na cama dobrável, esta noite — Eu a lembro. Daisy se
ofereceu para dormir no chão, não querendo arruinar nossa divisão com a sua
chegada imprevista, mas Ryke se recusou a deixar ela sobre o chão. Ele foi bom
o suficiente para ficar com o pior local.
— Então vamos usar o sofá — ela diz com um encolher de ombros. —Vocês
dois estão livres para voltar e se divertir sempre que quiserem, realmente, não
me incomoda — A esperança surge através de mim. Esta é a minha oportunidade
de ter relações sexuais ainda esta semana. Só quando eu estou prestes a lhe dizer
para ir diretamente para o quarto e se divertir, Ryke tem que falar.
— Incomoda Rose e Connor. Seu rosto cai. — Oh
Um silêncio constrangedor absorve o ar, e Daisy nada cortando diretamente o
silencio. — Rose e Connor estão brigando — ela exclama. Ela levanta a corpo
para fora da piscina e se senta na cadeira ao meu lado. — É tipo assustador. Eu
não entendo metade das palavras que saem de suas bocas — Seu cabelo parece
quase marrom agora que está molhado. Ela o torce em suas mãos.
Eu olho para o bar da piscina. Com certeza, Rose e Connor estão completamente
fora, suas bocas se movendo em tão rápida sucessão que eles parecem como se
estivessem em uma equipe de debate. As pessoas que os cercam e assistem vão
de diversão e até mesmo temor.
—Alguém quer um reabastecer? — Melissa pergunta. Ela se levanta e acena seu
copo vazio.
—Eu poderia tomar um daiquiri — diz Daisy.
—Sem álcool, certo?
Daisy nem sequer pisca. — Não, eu estou bebendo rum.
—Eu realmente não tolero menores bebendo. Você tem o que, dezessete? —
—Dezesseis — diz ela, ainda não afetada pelas palavras nervosas de Melissa.
—Em alguns países, eu sou velha o suficiente para me casar e ser vendida para a
prostituição, por isso, ei, eu acho que um par de bebidas não vai necessariamente
me matar.
—Bem, a vida é diferente aqui. Estamos na América.
—Estamos no México, na verdade.
A garganta de Melissa faz um movimento, mas ela tenta varrer sua confusão com
um encolher de ombros. — Sim, tanto faz
Ryke dificilmente suprime seu sorriso, e quando ele encontra o olhar de Daisy,
ela lhe dá um olhar de você vai ficar em apuros.
Ryke não se importa com o que ninguém pensa dele, até a sua meio- namorada.
Melissa coloca a mão em seu quadril. — Quer alguma coisa, querido? — Ela
pergunta a Ryke com um pouco de força.
Ele não bebe. Nós todos sabemos, e é por isso que sua mudança de energia é
completamente óbvia.
—Não, eu estou bem — ele fala. Quando ela sai altiva em seu biquíni preto,
Daisy inclina a cabeça, observando a bunda de Melissa saltar todo o caminho
para a cabana bar. — Ela tem uma bela bunda.
—Sim? — Ryke diz casualmente, olhando Daisy enquanto ela observa Melissa.
—Oh sim — diz Daisy. — Mas eu colocaria minha bunda na disputa também —
Eu acho que ela está testando Ryke.
Lo enrijece ao meu lado, e ele espera para ver como o seu irmão vai responder.
Deixe isso para lá Ryke, eu posso ouvir Lo recitar em sua cabeça. Ou eu gostaria
de pensar que eu posso ouvi-lo. Eu ainda não desenvolvi uma superpotência.
— Sua bunda é melhor, desculpe — ele fala, mas nunca olhando para Melissa.
Daisy roubou sua atenção.
Ela encolhe os ombros. —Você provavelmente está certo, mas se eu tivesse que
classificar bundas, Rose seria a número um. Ela tem o melhor cabelo também.
—Seu cabelo é bonito — Lo diz a ela.
—Não — Ryke avisa com o aceno de cabeça. Se Daisy é insegura sobre
qualquer coisa isso é o cabelo que ela não pode cortar ou colorir, por regras de
sua agência.
O rosto de Lo se irrita, ressentido que Ryke sabe mais do que ele. Estar fora do
circuito por três meses tem sido uma desvantagem. Ryke viu exatamente o que
aconteceu quando Lo estava na reabilitação. Lo não o fez.
Eu fujo para o pé da cadeira e descanso minha cabeça na curva de seu ombro.
Ele me chama em seus braços. Mas a minha presença não é suficiente. Eu não
posso lhe dar de volta todos esses dias, ele perdeu.
—Meu cabelo está bom — diz Daisy. Mas ela amarra isso inconscientemente.
Em seguida, ela se levanta e coloca os dedos dos pés na borda da piscina. Ela
espirra água, e, surpreendentemente, Ryke se junta a ela, se deixando mergulhar.
Ele volta a superfície e passa a mão pelo cabelo molhado. Ambos eles se
agarram à parede, de frente para nós.
— Ela é boa de cama? — Daisy pergunta a ele. Meus olhos se arregalam como
pires.
—Por que, você quer transar com ela? — Pergunta ele.
—Claro, por que não — diz Daisy. Eu mal posso dizer que ela é sarcástica, e Lo
range os dentes um pouco. Ryke, no entanto, considera que é demasiado
divertido.
—Então, vá para ela Daisy. Ela é toda sua.
—Você iria apenas abandonar sua namorada assim — diz Daisy com o cacarejar
de sua língua.
—Ela não é minha namorada. Estou apenas de passagem
— Uau — Daisy diz categoricamente. — Eu espero por ela, que ela saiba disso.
—Ela sabe, mas eu posso ter prometido a ela uma semana de alucinante sexo em
troca de sua vaga na Equipe de voleibol — Não é de admirar que ela é tão
egoísta.
— É melhor você encontrar uma maneira de fazer melhor no fim do seu negócio
— diz Daisy, seu olhar passando pelas cadeiras. Viro a cabeça e observo Melissa
vindo com duas bebidas.
—Por que isso? — Ryke pergunta.
—Se ela olha assim agora que você irritou ela, imagino o que ela vai parecer no
sétimo dia de abstinência. — Por alguma razão, eu só vejo a minha maníaca e
angustiada cara olhando para mim. —Eu estou feliz que eu sou não você —
Daisy diz a ele com uma risada.
Ele lhe dá um sorriso amargo e, em seguida, coloca a mão em sua cabeça,
submergindo ela debaixo da água.
Ela espirra por baixo, tentando emergir. Lo balança a cabeça para ele.
—O que? — ele diz.
—Você está andando na porra de uma linha fina,
—Eu sempre estou, irmãozinho — E então ele libera Daisy para que ela possa
subir para o ar. Quando a cabeça dela rompe a superfície, ela cospe um bocado
de água diretamente no rosto de Ryke.
Ele empurra ela de volta, e debaixo da água, Daisy deve ligar seu tornozelo ao
dele porque ele quase desliza para trás. Em vez disso, ele segura a parede ao seu
redor permanecendo acima da água.
—Ei — diz Melissa. Pequenos guarda-chuvas são arrancados de ambas os copos
de piña colada. Ela examina Ryke e Daisy, a maneira como Ryke está,
basicamente, abraçando ela na água, mas é realmente acidental. Ou assim eu
continuo dizendo a mim mesmo. Isso me faz sentir melhor sobre a situação.
Ryke flutua de Daisy, e ela nada para a borda, onde nos sentamos. Ambos
parecem completamente inocentes de novo, como se um flerte não acabou de
ocorrer. Talvez isso não aconteceu. Talvez eu seja apenas a pervertida, pensando
demais com minhas partes baixas.
Sim, isso tem que ser isso
Daisy estende a mão para a bebida.
—É um daiquiri sem álcool — diz Melissa, lhe passando a mistura branca
semelhante a lama.
—Oh — Daisy mantém o copo de plástico transparente. — Por quê ?
—Eles não entenderam quando eu fiz meu pedido. Nós estamos em um país
estrangeiro — Eu não posso dizer se isso é uma estratégia para manter Daisy
sóbria, mas eu não vejo o que ela iria ganhar com isso.
Daisy caminha com seu corpo fora da água e fica a partir da borda, ensopada.
Ela está pingando água sobre o pé da minha cadeira, e ela olha para Ryke. —
Como se diz em espanhol, não quero bebida sem álcool?
Melissa franze a testa. — Como é que ele sabe?
—Ele é fluente — diz Daisy. Ela descobriu isso durante seus doces dezesseis
anos em Acapulco. Ryke tem proficiência em espanhol devido à sua educação na
escola preparatória.
Ele sobe fora da piscina e pega o copo dela. — Eu vou pedir para você a porra
de uma bebida. Espere aqui.
Ele sai, e tudo o que Melissa estava esperando acontecer, não acontece. Ela faz
um beicinho com olhar fixo, o que é uma combinação assustadora.
Enquanto eu amo que eu não sou a única que vai estar frustrada sexualmente,
esta semana, Melissa é como uma tempestade esperando para quebrar. E com Lo
sendo cercado por bebidas intermináveis e a ameaça do chantagista ainda
persistente, esta viagem oscila à beira do caos.
Minha única esperança é que Rose e Connor, as duas pessoas sensatas do nosso
grupo, pode nos manter à tona. Meu olhar atinge a piscina novamente. Eles ainda
estão brigando.
Deus nos ajude.






















{22}

LILY CALLOWAY

O sono odeia os viciados. Pelo menos essa é a minha teoria sobre o assunto.
Enquanto todo mundo está bem descansado e saindo para explorar o México, Lo
e eu temos que nos arrastar para fora da cama.
Meus músculos congelados mal se agitam mesmo quando uma explosão de água
me encharca no chuveiro morno. Eu levanto os braços semi- adormecidos para
esfregar o shampoo no meu cabelo, e eu me encontro inclinando em um quadril
contra a frieza da parede de azulejos como apoio extra.
Ser os últimos a levantar significa ter o quarto todo para nós. Nós não tivemos
sexo (e não foi planejado), mas a privacidade é um pouco agradável.
Enquanto eu enxaguo o xampu, a porta do banheiro range aberta. Mesmo que eu
saiba que Lo é o único ainda no hotel, me agarro à parede de azulejos,
perguntando se o nevoeiro do chuveiro vai magicamente esconder o meu corpo
nu.
Eu observo Lo através da porta de vidro do chuveiro, não há névoa suficiente
para me esconder. E se eu posso vê-lo, certamente ele pode me ver. Eu até tenho
um vislumbre de suas maçãs do rosto fortes e sorriso diabólico, seus olhos
passando até os meus por um breve momento. Em seguida, ele se volta para a
pia.
Minha mente muda para o modo imaginação. Pensando em todas as maneiras
que ele pode me fazer vir.
—Bom dia, amor — ele diz, me olhando através do espelho. Ele passa duas
mãos pelo seu cabelo castanho despenteado.
Isso está tão não me ajudando.

—Você poderia ter batido — eu digo a ele enquanto ele tira sua camiseta. Seus
músculos ondulando para baixo de seu peito, e ele ainda tem aqueles cumes
definidos que levam em direção a seu pênis. — Ou, você sabe, anunciado sua
24
entrada como eles fazem em Downton Abbey .
Ele dá um passo para fora da calça de pijama, agora completamente nu. Ele
caminha em direção a porta de vidro do chuveiro e para. E então ele bate nela.
Estou petrificada junto a parede de azulejos.
—É Loren Hale — ele diz, com um sorriso se espalhando por todo os lábios.
—Posso entrar?
—Nós não podemos ...— Eu hesito. Não. Eu não quero terminar essa frase.
—Nós não podemos tomar banho juntos? —, ele fala, incrédulo. — Quem disse?
— Ninguém. Definitivamente não me disse.
— Você pode entrar, mas eu tenho que avisá-lo que a água está sendo teimosa.
Há momentos em que ela prefere estar fria apesar das minhas exigências.
Ele abre a porta de vidro. Não olhe, Lily. Meus olhos despencam ao contrário da
ordem, e uma vez que eu estou olhando, eu não posso parar. Lugares sensíveis
cheio de pulso quando eu o imagino dentro de mim. Seus dedos imprensam
contra o meu queixo, levantando meu olhar.
— Se for preciso eu posso tomar um banho com meu traje de praia— ele me diz.
Eu balanço minha cabeça ferozmente. —Está tudo bem. Eu não vou olhar. —
Mas mesmo quando eu digo as palavras, eu impulsivamente olho para baixo.
Merda. A força magnética puxa e meus olhos me traem por uma fração de
segundo. Eu olho para cima, e jogo minhas mãos no ar. — Essa é a última vez!
Eu juro!
Seus lábios sobem em diversão, antes que ele dê um passo para o lado para pegar
a toalha e sabão fora da porta. Eu agora tenho uma visão perfeita de seu
bumbum.
— O mesmo vale para a minha bunda — ele fala com uma pequena risada, ainda
de costas para mim. A leveza e o humor em sua voz relaxa meus ombros.
— Eu gosto de sua bunda — digo enquanto ele gira para me enfrentar com uma
toalha na mão.
— Eu sei que você gosta — ele murmura. Ele entrelaça seus dedos com os meus
e me puxa para o seu corpo. Minha coxa roça no seu pênis, e uma respiração fica
presa na minha garganta. — Você está bem, Lil — sussurra. Isso não é o que
parece.
Ele corre o pano ao longo de meus braços e em entre os meus dedos, ensaboando
minha pele. Estou hipnotizada pelos movimentos vagarosamente lentos. E, em
seguida, o pano mergulha para minha barriga e sobe para os meus seios,
circulando cada um com cuidado meticuloso. Eu cambaleio um pouco para
frente e aperto em seu braço.
— Calma — ele respira. — Pense nisso como um teste.
— Tomar banho com você? — Meus olhos se arregalam.
— Tomar banho comigo — ele confirma com um aceno de cabeça, — sem sexo
no final. Eu vou te lavar e então você pode me lavar, ok?
Eu não sei o que acontece comigo. Eu só... não acho que isso seja real. Então eu
alcanço seu braço e belisco.
Ele recua. — Que diabos? — E ele retrai as mãos. Não, volte!
— E-eu estava tendo certeza de que isso não era um sonho — eu explico. —
Sinto muito! — Eu me inclino para baixo e planto dois suaves beijos na pele
avermelhada.
Seu peito sobe e desce com grandes risadas. — Você deveria se beliscar, boneca
— ele me fala.
Oh, certo. Eu aperto a pele acima do meu cotovelo. Ai, isso dói.
Ele me puxa de volta para o peito e as mãos lentamente roçam meus braços,
acendendo cada parte de mim. Seus olhos tremem nos meus. — Sou suficiente
real para você?
Querido Deus, sim.
Ele fala com facilidade quando retorna a ensaboar meu corpo, como se ele não
estivesse me cobrindo com a Loren Sedução Hale. — Hoje nós podemos fazer
coisas de turistas sozinhos. O que você quiser.
São a nossas primeiras férias onde Lo está sóbrio e eu estou em recuperação. A
última viagem que fizemos, passamos o fim de semana em Praga. Nós nunca
sequer chegamos a um museu ou Castelo de Praga. Lo não me deixaria vaguear
pelas ruas sozinha, então o nosso tempo foi gasto no bar do hotel onde eu
poderia pegar um cara e ele podia beber sem sermos mortos no processo. Agora,
a memória só parece triste. Nós perdemos todos os bons aspectos de viajar.
—Devemos ver as ruínas maias — eu digo, emoção borbulhando no meu
estômago. — Ah, e tartarugas! Eu quero ver tartarugas.
—Soa como um encontro.
Um encontro. Um encontro em um país estrangeiro com o meu namorado. Um
encontro em um país estrangeiro com o meu sóbrio e melhor amigo. Parece
incrível.
E então o pano desce e todos os meus pensamentos diretamente saem correndo
do cérebro. Eu agarro os braços de Lo enquanto ele esfrega o pano no local entre
as minhas pernas. Dói pedindo um toque mais profundo, para o meu corpo para
estourar na euforia familiar. Mas me lembro de uma coisa: Isso. É. Um teste.
E eu pretendo passar. Não importa o quão difícil é. Me concentro em seus olhos
e não suas mãos. — Ei namorado — Eu digo facilmente, testando a palavra. Eu
raramente digo em voz alta para seu rosto. Talvez isso vai me distrair.
— Ei namorada — ele responde. — Você está bem? — Suas sobrancelhas
sobem, um pouco provocante. Às vezes eu acho que ele entende meu estado
físico melhor do que eu faço.
O pano sobe, deixando minha carne tenra, e eu aceno em resposta, as palavras
escapando da minha cabeça. As gotas de água caindo em nossa pele e nos
acariciando em seu calor, me provocando para levá-lo de todas as maneiras. Mas
eu não vou. Minha vida sexual está em suas mãos. Eu não vou pular em cima
dele. Eu não vou levantar uma perna ao redor de sua cintura. Eu estou me
restringindo. De bom grado.
Eu me sinto um pouco bem com esse fato.
E, em seguida, o chuveiro escolhe ter um episódio maníaco, jorrando camadas
de água de gelada.
Puta merda!
Eu grito e salto no corpo de Lo para evitar o spray frio. Tanta coisa para não
saltar nele.
Seus pés deslizam contra os ladrilhos molhados, e ele quase cai. Mas ele
consegue se equilibrar e endireitar a si mesmo, seus braços envolvendo em torno
meus quadris para me impedir de cair.
Acabo de perceber que meus braços estão arremessados ao redor de seus ombros
e minha perna está definitivamente a mais de meio caminho para cima sua
cintura. A posição não é tão inocente. Mas qualquer excitação é sufocada por Lo.
Ele está rindo com a bunda de fora, e sua voz ecoando no box do chuveiro.
Ele não pode parar. Sério.
—Isso não é engraçado. Este chuveiro é um demônio — digo a ele.
Ele tenta esconder seu sorriso, mas não consegue. — Se você está com medo de
um pouco de água fria, como você está indo acariciar as tartarugas lagartos?
—Eu não estou acariciando tartarugas lagarto — eu digo, abaixando minha
perna para o chão. — Eu só quero acariciar as bonitinhas.
Ele me passa um frasco de xampu que está na prateleira. —Ah, então os feios
não têm qualquer amor seu? Eles são deixados de fora sozinho, no frio, sem
carinho?
Eu franzo a testa profundamente. Ele tem razão. Eu deveria acariciar todos eles.
Mesmo os mais assustadores. — Ok, eu vou acariciar as tartarugas lagarto, mas
só se alguém segurar seu focinho. — Antes de correr meus dedos por seu cabelo,
eu passo sabão pelo seu abdômen com o pano e sigo os cumes tensos através de
seu corpo, sendo metódica, mas não muito focada em onde isso poderia levar
que é a lugar nenhum. Em vez disso eu entro em sintonia com a nossa conversa.
—Eu não acho que as tartarugas têm focinhos — ele diz com outra risada.
—Focinhos? — Eu pergunto, comum pouco de confusão agora. Como você
chama o nariz de uma tartaruga?
—Isso é do porco. — Nós debatamos a existência de um nariz de tartaruga e a
diferença entre as ruínas Maia e Astecas, enquanto nós terminamos de nos lavar,
e, em seguida, nós damos um passo lateral para sair e secar. Após um longo
momento, eu percebo que eu estou bem. Que eu estou mais animada sobre
passar o dia com ele do sobre fazer sexo.
Eu não sei se eu vou me sentir assim amanhã. Mas hoje ... parece bom.












{23}

LOREN HALE

As solas do meu Nike afundam na areia, cavando com força na superfície
irregular enquanto eu corro. O sol bate contra meu peito nu, e eu espero que eu
tenha passado protetor suficiente para evitar uma queimadura desagradável.
Mesmo no calor fervente, Ryke corre ao meu lado, mantendo-se passos largos.
Eu tento correr toda manhã. Isso ajuda com os meus desejos, especialmente em
Cancun. Eu não posso dar um passo fora do nosso quarto de hotel sem ver um
estudante universitário bêbado ou uma garrafa de cerveja. Dezessete bares estão
somente neste resort. Eu sabia que vindo aqui me testaria ao limite, mas eu
nunca imaginei como eu me sentiria.
Ontem com Lily foi literalmente o único dia em que o álcool nunca passou pela
minha mente. Nem uma vez. Nós mergulhamos com as tartarugas e subimos ao
topo de uma ruína Maia. Ela nunca me pediu para fazer sexo, e eu nunca ansiei
por uma gota de uísque. Mas isso foi um bom dia de muitos dias de merda. Eu
quero melhorar nossas estatísticas, diminuindo todos os dias maus, até que não
passe de um sonho.
Eu me impulsiono com mais força, o ar úmido apertando os meus pulmões.
Gotas de suor na minha pele, e a dor que ondula pelos meus músculos me faz
sentir melhor do que meus pensamentos irritantes. Então eu continuo correndo
mais distante. Eu mantenho o ângulo dos meus joelhos e o impulsiono para a
frente. E Ryke nunca quebra seu olhar penetrante ao lado.
Eu sei que se eu não me importasse tanto com Lily ou de ter Ryke aqui para me
encarar. Eu já teria quebrado minha sobriedade. E então Connor vem me fazendo
querer ser uma pessoa melhor, no entanto isso soa bem.
Mas hoje todos nós nos separamos.
Lily está comprando com Rose e Connor, o que lhe dá uma pausa da obsessão
por sexo.
Estar cercada de outras pessoas ainda é novo para nós, e meio cansativo, mas
estamos fazendo funcionar.
Eu olho por cima do meu ombro, e nós desaceleramos para uma caminhada
quase que imediatamente. Melissa e Daisy estão apenas a um pontinho na
distância. Elas eram as únicas duas que quiseram se juntar a nós em uma corrida.
Nada surpreendente, uma vez que Lily parece com o grande Lobo Mal xingando
e soprando após um minuto de corrida, e eu nunca vi Rose usar tênis em sua
vida. Connor teria vindo junto, mas ele não queria deixar Rose e Lily fazer
compras sozinhas no México.
Nossos pés caminham lentos até parar completamente.
— O investigador de Connor ainda não surgiu com algo novo?
Ryke pergunta, enxugando a testa com as costas da mão, sem camisa como eu.
—Connor diz que ele está olhando isso o mais rápido que pode — E se os seus
contatos não cavaram nada, espero que o meu pai tenha melhor sorte. Mas eu
não diria a Ryke que eu estou falando com Jonathan Hale. Nenhuma coisa boa
pode vir disso.
—Vamos dizer, que no pior cenário, vaze que Lily é uma viciada em sexo — diz
Ryke, bebendo de sua garrafa de água enquanto esperamos para as meninas
chegar até nós. — O que acontece em seguida?
Meu estômago se agita com o pensamento. —Eu não quero nem pensar na ideia
— Tudo o que eu imagino é Lily soluçando e incapaz de ser consolada. Ao
observá-la nesse tipo de agonia iria me matar, mas se nós formos por esse
caminho, eu não posso recorrer a bebida. Pela primeira vez, eu tenho que estar lá
para ela. Ela é a porra da minha melhor amiga. E ela merece o tipo de cara que
pode fazer ela se sentir melhor, não pior.
Se eu não puder fazer isso, então nós realmente não deveríamos estar juntos.
Ryke me estuda. —Você ainda está tomando Antabuse?
Dou-lhe um sorriso amargo. — Um comprimido por dia mantém os demônios
guardados.
—Você não me respondeu.
—Sim, papai— Eu alongo meus músculos, puxando meu braço sobre meu peito,
tentando aliviar essa pressão se construindo. Se o frasco de comprimidos não
estivesse no meu bolso e eu tivesse deixado na minha mala junto com a bagagem
roubada eu teria mais tentações para beber. Eu tive sorte desta vez.
Eu também odeio falar sobre medicação. Falar me faz pensar e pensar, me faz
querer a porra da bebida.
—Eu queria que você tivesse me dito sobre Mason Nix mais cedo — admite
Ryke, mudando de assunto mais uma vez, desta vez para um dos nossos
principais suspeitos. Ryke é bom nisso, de falar e ir em torno de diferentes
assuntos. Me encontro cercado por algo, estando imerso por suas discussões que
rodam como um redemoinho.
—Por que isso?
—Nós compartilhamos a porra do ginásio em Penn. Eu o vejo quase todos os
dias. Se eu soubesse o que ele fez, eu não faria ... Teria tolerado ele.
—Então, porque parece que você não está tolerando ele? — Eu pergunto com
sobrancelhas franzidas. Eu o imagino batendo com o punho na cara pretensiosa
de Mason Nix. Permitido, o eu já fiz isso.
—Podemos ter trocado palavras — diz Ryke. Eu ainda imagino uma briga.
—Você sabe — murmuro, olhando para minha garrafa de água, — por algum
tempo depois do nosso primeiro ano, eu ficava pensando que eu estava errado.
Eu não posso mesmo dizer quantos pneus eu cortei. E Lily me disse que ela não
esperava o que aconteceu naquela noite, mas ela não se importava com o que
fosse — Eu balanço minha cabeça, pensando de volta ao nosso primeiro ano na
Penn. Nós dois fomos para uma festa da fraternidade, toda a equipe de futebol no
presente. Mais que isso ainda é um borrão gigante. Mas eu me lembro de ouvir
caras perto da cozinha discutindo sobre alguma garota no segundo andar.
Alguém chamado Mason convenceu uma caloura para trepar com cada cara do
time de futebol.
Um após o outro.
Eu não tinha que ouvir par saber que era ela. Eu só sabia.
Peguei uma garrafa de Jim Beam, tirei minha faca de caça serrilhada, e fui como
um maníaco para o estacionamento. Procurei por qualquer carro com a porra de
um adesivo de futebol, emblema, identificação, seja o que fosse. Eles teriam que
encontrar outra carona para casa.
Naquela manhã, ela estava atordoada e de ressaca, mas de alguma forma eu tirei
a verdade dela. Mason Nix perguntou se ela queria ter a noite de sua vida, e ela
concordou, desde que ninguém assistisse. Enquanto cada indivíduo entrou e saiu
dela como uma linha de fábrica.
Foi uma de suas fantasias, ela me disse. E isso se tornou realidade, mas eu vi
quanta vergonha ela teve depois disso. Ela se encolheu dentro de si mesma e
esperou por mim olhar para ela como se ela fosse vulgar e suja.
Mas eu só queria a abraçar e dizer que ela valia muito mais do que qualquer
coisa pelo que ela estava procurando.
Mas eu era um idiota egoísta naquela época. Eu não estava disposto a mudar a
nossa dinâmica ainda. Eu pensei que se ela superasse seu vício, então ela me
faria superar o meu.
E agora isso é tudo que eu quero para nós.
—Eu me lembro de como explicou isso — diz Ryke. —Mas, foda-se, Lo. Eu não
sabia de Lily antes de você dois se tornaram um casal, mas não me importo se
ela queria ou não. Nenhum homem que se preze iria oferecer algo parecido para
uma garota, especialmente um que está bêbado. Você tinha todo o direito de estar
chateado e ir atrás o idiota.
—Sim... talvez. — Mas agora Mason Nix poderia ser o único aterrorizando Lily.
Melissa salta ao longo de uma corrida constante, não sem fôlego, nem o mínimo.
Ela está mais perto de nós, mas Daisy não corre ao lado dela. Meu estômago dá
nós, e eu faço a varredura da praia rapidamente. Eu não poderia já ter perdido a
irmã de Lily. Mal faz uma hora.
— Ryke ... — Eu bato no braço e faço um gesto para Melissa que está sozinha.
Ryke procura na praia com um olhar duro, em alerta. Mas nós não mostramos
pânico. Nós dois olhamos como se estivéssemos prestes a entrar uma partida
UFC, Músculo flexionados, espinha ereta. Deve ser uma coisa Hale.
Ele bate no meu ombro e aponta para um ponto da praia onde as ondas batem na
areia, eu posso mal posso ver a cabeça de uma loira alta, conversando com dois
rapazes locais que carregam cordas de joias enrolada em seus braços.
Merda.
Antes que eu possa até mesmo mover um pé, Ryke decolou. Eu o sigo de perto,
esperando que ele não vá hostilizar os moradores locais. Essa imagem que eu
tinha de proteger Daisy, sim, eu pensei que a luta seria entre caras estúpidos e
bêbados. Mas estes dois provavelmente não se importariam de sacar uma faca, se
as coisas ficassem aquecidas. Eu não quero ser jogado na cadeia em um país
estrangeiro sem a porra de um passaporte.
Felizmente, Ryke diminui uma vez que os alcança, seus olhos fixos em Daisy,
não nos caras. Me junto a eles enquanto Daisy segura dois colares com moedas
de prata Maia nas extremidades. — Estes são supostamente feitos à mão. Eu não
posso dizer embora — Ela encolhe os ombros. — Eu acho que eu vou acreditar
na palavra de Pablo para isto.
Meu olhar deriva para os dois rapazes mexicanos, estando passivamente de volta
com suas mochilas e cordas de joias, pele escura e encharcada de andar para
cima e para baixo na praia. Eles parecem inofensivos, e eu tenho uma suspeita de
que Daisy se aproximou deles em primeiro lugar. Ela é um pouco mais selvagem
do que eu me lembro. Louca, mesmo.
Eu perdi muito desde a reabilitação, ou talvez ela sempre foi assim e eu estava
muito bêbado para realmente notar.
—Você não pode fugir e falar com estranhos — eu digo a ela. Parece estúpido e
paternal nada que eu faria normalmente dizem. Quando eu me tornei uma
pessoa que se dedique repreender alguém sobre responsabilidade? Porra, estou
me transformando em Rose.
—Nós não somos estranhos — diz Daisy rapidamente. — Esse é Pablo e ...—
Ela aperta os olhos pensando. — Ernesto ... eu acho.
O cara maior acena para mim e estende um saco plástico para Daisy, cheio de
pingentes e mais pedras — Ônix. Rubis. Safiras.
Eu estreito meu olhar. — Você tem um tijolo de ouro na sua mochila também?
Ryke pega o pulso de Daisy e a puxa para o seu lado. Ela encolhe os ombros na
atitude de Ryke, e seus olhos piscam atrás dela. — Melissa está olhando para
você.
Ryke nem sequer verifica sobre seu ombro. —Não se preocupe com ela—
Melissa está cerca de 2 metros de distância, os braços cruzados sobre o peito, à
espera de Ryke para se juntar a ela. Mas ele abandonou sua namorada para me
ajudar com esta situação. Eu não vou admitir isso em voz alta, mas estou muito
grato.
—Eu só estou tentando não ficar em apuros — Daisy diz a ele.
—Eu posso cuidar de mim — Seus olhos perfuraram os dela. Eu interrompo, —
Daisy, vamos embora.
—Espere — ela fala, levantando a mão para mostrar os dois colares. —Qual
deles você acha que Lily gostaria? — E agora eu sinto como um burro. Ela só
queria comprar joias para sua irmã.
Lily não usa colares muitas vezes, e o fato de que eu sei sobre isso e Daisy não
me faz sentir meio bem. Mas um mal-estar gira no meu estômago, porque isso
significa que o nosso isolamento vem abalando seu relacionamento com suas
irmãs. E eu tenho que me lembrar que esta viagem é sobre a reconstrução de
todos os que nós ignoramos.
Acho que Lil gostaria de qualquer coisa que viesse de Daisy. Eu inspeciono
ambos os colares, um preto de corda e o outro com uma corrente.
Daisy escova seu dedo ao longo da corda do colar. — Este pingente tem um cara
mostrando a língua. Eu pensei que ela receberia um chute com isso.
—Definitivamente — eu digo.
Daisy gira de volta para Ernesto e lhe entrega o colar de corrente. — Só este —
Ela levanta a colar de corda para comprar. — Quanto?
— Duzentos e sessenta —, ele fala com um forte sotaque. Ela engasga. — O
que?
— Pesos. Pesos. Pesos — ele fala rapidamente, com medo de perder uma venda.
—Vinte dólares. Duzentos e sessenta pesos.
— Ohhh — Os olhos de Daisy acendem. Ela ri como se ela não soubesse de
nada, mas ela gastou toda manhã ajudando Lily entender a conversão peso dólar
antes que ela fosse às compras. Daisy disse que ela se tornou uma especialista
em cálculos de moeda na Europa durante fotos e Fashion Week.
—Daisy — eu aviso. E aqui eu pensando que Ryke ia causar problemas.
Ryke inclina a cabeça para mim, as sobrancelhas levantadas como que diz eu te
disse. Sim, ele me disse que ela pulou de um penhasco, eu não acho que isso se
equipare a enganar um local na praia.
Daisy acena para mim. — Um minuto, querido.
Ryke endurece e eu apenas franzo a testa. O que diabos está acontecendo?
— Eu só tenho ...— Ela pega um maço de dinheiro da parte superior de seu
biquíni como se fosse nada, como se os olhos de Ernesto apenas não estivessem
diretamente na região dos seus seios. Ela conta as notas, uma por uma,
realmente muito lentamente. —...Duzentos pesos. — Seus grandes olhos verdes
sobem inocentemente para Ernesto, mas ele ainda está olhando para as mamas
dela.
Eu passo para frente, irritado além da crença. — Ei — Eu estalo os dedos para
ele. — duzentos pesos?
Ernesto finalmente olha para mim e começa a sacudir a cabeça.
— Oh, não — Daisy diz rapidamente. Ela envolve o braço em volta da minha
cintura e pressiona a cabeça no meu peito. Eu fico imóvel. — Nós estamos em
nossa lua de mel, você vê, e eu prometi a minha irmã que eu a levaria algo na
volta, ela simplesmente vai amar, eu sei disso. Você poderia fazer uma exceção
apenas uma vez, por favor?
Meus olhos se arregalam em Ryke, mas ele está apenas com um olhar raivoso, e
quando eu digo raivoso, quero dizer que ele parece totalmente incorporar o
monstro de Frankenstein. Mandíbula dura travada, os punhos cerrados, ombros
tensos, e os lábios apertados. Ele parece quase pronto para uma luta. Mas eu não
tenho certeza de quem ele quer golpear.
—Não. Duzentos e sessenta, — Ernesto repete.
Os ombros de Daisy caem e ela se vira para mim, com as mãos no meu peito.
—Você tem pesos com você, querido?
—Não, talvez por isso devemos deixar de comprar, querida.
—Me dê seu dinheiro — diz Ryke, estendendo a mão para ela.
Seu rosto se ilumina e ela felizmente dá alguns passos de distância e retorna para
Ryke, fora do alcance da voz dos moradores. Eu sigo de perto. —Você vai me
resgatar em espanhol? — Pergunta ela, deslizando o dinheiro em sua palma.
—Claro — ele fala. — Mas primeiro me dê o resto do seu dinheiro.
—Está tudo na sua mão.
—O que está nos seus peitos.

Eu faço uma cara feia, não querendo que ele diga nenhuma coisa sobre seus
peitos. Nunca. Ela é Daisy Calloway.
Daisy olha para os seios de cara feia, e meu rosto para o céu. Eu estou culpando
você por esta situação, Deus. Por permitir que irmãzinhas tenham seios.
—Eu não vejo nada lá dentro.
—Eu iria verificar, mas eu estou aqui com uma garota — Ryke diz secamente.
Ok. Não. Se há uma coisa, eu vou falar merdas que estão em minha mente.
—Há realmente a merda de um milhão de outras razões por que você não deve,
— eu digo friamente, meu sangue virando gelo.
Daisy só me ignora e diz: — Melissa saiu três minutos atrás, quando você se
recusou a ficar ao seu lado. Qual é a sua desculpa agora?
Ela o desafia.
E ele é o tipo de cara disposto a levar um desafio.
Eu estou entre eles antes Ryke pode responder a ela. Eu levanto minhas
sobrancelhas para Ryke em descrença. Eu seriamente pensei que eu estava
sonhando o que aconteceu na piscina. Ele não estava fodendo com qualquer
coisa, eu disse a mim mesmo.
Ele estava sendo agradável, estimulando ela a comer um taco, mesmo que ele
deveria ter dado a ela, em vez de deixar ela morder de sua mão. Ele não deveria
ter tirado o molho do queixo. Ele não deveria estar brincando sobre foder com
ela estando com Melissa. Há tantas coisas que ele não deve fazer. Mas eu me
deixei acreditar que ele é apenas um idiota. Ele não entende fronteiras. Esse é o
maior problema de Ryke.
Mas agora, como posso explicar isso.
—O quê? — Ryke rosna em defesa para mim. —Eu estou tentando nos tirar
dessa porra de situação — Ele bloqueou os olhos com Daisy novamente e dá
passos em frente para tentar alcançá-la. Eu coloco minha mão em seu peito para
parar ele, e então eu rapidamente olho de volta para Daisy.
—Dê-me o resto do seu dinheiro.
—Eu não.
—Agora — Eu não posso nem ouvir minha própria voz ou como ela se parece.
Tudo o que ouço é o meu meio-irmão se oferecendo para sentir um pouco a irmã
da minha namorada. Eu nem sequer me importo se era uma piada ou sarcasmo
ou porra de nada. Eu acho que estou indo para matá-lo mais tarde.
O sorriso de Daisy desaparece instantaneamente e ela atinge o top do biquíni
novamente. Eu olho para a areia, o céu, em qualquer lugar, e não nos seus seios
até que ela coloca o dinheiro na minha mão. Eu pego o resto das mãos de Ryke e
começo a contar a duzentos e sessenta pesos.
—Eu estava apenas tentando ser divertida — ela suavemente fala, sua voz em
camadas com culpa. — Me desculpe.
Ela pediu desculpas, e eu sei que eu deveria deixá-lo passar. Mas eu estou
furioso. — Há outras maneiras de ser divertida — Eu entrego a Ernesto o
dinheiro. Ambos os rapazes acenam em agradecimento e eles caminham em
direção ao resort perto da sequência de cabanas de palha e cabanas brancas. Eu
olho para trás para Daisy, e meus nervos ainda não estabelecidos.
— Você é a porra da filha de um magnata do dólar multibilionário, barganhando
com um homem que faz umas mil vezes menos do que é o equivalente a roubar.
Seus olhos ficam grandes e redondos e um pouco vidrados, e dói saber que eu
estou causando sua aflição.
A dor em meu peito só irá se intensificar porque eu não posso parar de falar. Eu
não sei como. — Da próxima vez alugue um jet ski porra.
—Eu só queria fazer alguma coisa normal.
—Você não é normal. Nenhum de nós é.
—Lo — diz Ryke, advertência em seu tom. Mas sua voz envia laminas pelas
minhas costas.
—Você nem mesmo porra fale comigo — eu estalo. Eu o odeio agora. Eu me
odeio, mais do que tudo, eu odeio que eu apenas briguei com Daisy, que
realmente não fez nada de errado. Pelo menos, nada que justifique as minhas
duras palavras. O remorso tem um gosto ácido, e eu costumo afogar ele com o
uísque.
Minha próxima respiração sai irregular e Ryke se concentra em mim por um
longo momento. Mas quando Daisy funga fortemente, olhando para a areia com
lágrimas transbordando, tentando segurar suas emoções, ele vira seu olhar sobre
ela. Eu vejo seu rosto mudar. Se ele estava preocupado comigo eu não sei nem
mesmo do que chamar a expressão que ele tem para ela.
O que diabos eu perdi quando eu estava na reabilitação?
—Eu tenho que sair daqui — Eu tremo quando eu percebo que eu disse isso em
voz alta. Eu começo a andar.
Ryke desperta e me segue. — Onde diabos você está indo?
Sua raiva me dá combustível e eu paro de repente. Ele quase bate no meu peito.
—O que diabos está errado com você? — Eu rosno. — Ela tem dezesseis anos
— Eu vejo Daisy na minha visão periférica, de pé ao lado, olhando para nós,
mas não querendo interromper.
— Eu não estou fazendo nada — Ryke rebate.
Minha testa dói de tanto que eu a enrugo. Ele não pode estar falando sério, mas
acho que ele acredita que ele está. Isso é a porra de aterrorizante. — Não seja
estúpido.
Ryke coloca as mãos na cabeça por um segundo. Eu nunca o vi enrolando, e
posso dizer que ele está tentando não fazer. — Eu sou brusco e abrasivo — diz
ele. Mas ele sabe que não é a resposta que eu quero ouvir. — Eu não posso
desligar isso.
—Você vai desligar quando estiver ao redor dela — Eu falo com sarcasmo. — E
você sabe o quê, eu te convidei para Cancun, e eu posso desconvidar você.
—Você está me desconvidando?
—Não, mas eu não quero falar com você ou estar perto de você agora. Ele agarra
meu braço antes que eu me vire. — Espera.
—O que? Você está indo para culpar tudo no fato de que você é brusco? Quando
Connor quer ser, ele é tão honesto como você, e ele nunca diria as coisas que
você disse.
—Porque eu sou um babaca — diz Ryke.
—Isso não é bom o suficiente.
As narinas de Ryke se alargam e ele aponta para o peito. — Fui criado por uma
mãe solteira, Lo.
—Assim como Connor — eu respondo. Eu dou a Ryke um momento tão difícil.
Eu o faço com muros e obstáculo mais altos, e ele tomou cada teste sem
reclamar, mas posso dizer que este está se rasgando por dentro. E uma pequena
parte de mim gosta que ele finalmente está quebrando. A outra parte odeia que
eu tenha prazer com a dor de outra pessoa.
— Pare de me comparar a ele — Ryke zomba. — Sua mãe era a chefe de uma
corporação. Minha mãe se sentou no mesmo lugar todo dia pensando maneiras
de foder meu pai. Passei anos sendo dividido entre os dois deles, tendo que
escolher um dos lados, e eu escolhi ela — Ele aponta para o peito novamente,
seus olhos brilhando com calor. —Eu fui feito para acreditar que ela era uma
santa e ele era o pecador, quando ambos são culpados de coisas que meu
estômago mal pode aguentar. Sabe o que é isso, para defender alguém tão
veementemente por amor e, em seguida, perceber que eles não eram mais
inocentes do que o homem que odiava? É do caralho, é uma merda.
Meu peito está tão apertado que cada respiração leva força.
Ryke dá um passo à frente. — Eu amo as mulheres e me preocupo com elas mais
do que você mesmo porra possa perceber, Lo. Mas eu vi minha mãe virar
insensível por causa do divórcio. Eu digo coisas que eu não deveria porque eu
parei de dar a mínima para o que as pessoas pensavam de mim. Eu parei de
tentar jogar de filho amoroso o papel que aquela garota está passando agora. E
isso está fodidamente me matando ver acontecer.
Eu sou assaltado com tantas emoções que eu quase não consigo ver direito. Eu
continuo balançando a cabeça, tentando entender seu ponto de vista, tentando
alcançar. — Eu preciso de algum espaço ...— para pensar.
—Eu não posso deixá-lo sozinho com isto — Ryke respira pesadamente, e ele
hesita em colocar a mão no meu ombro. Se ele colocar um dedo no meu corpo,
eu estou indo para me afastar. Eu estou tão cheio de ódio, ressentimento e
escuridão, tudo o que normalmente me envia diretamente a um bar.
—Eu vou voltar para o quarto com Daisy — eu digo. — Você vai encontrar
Melissa. Você sabe, aquela garota com quem você veio aqui. — Eu não quero
pisotear mais ele, mas é tão fácil cortar as pessoas, especialmente o meu irmão.
Ryke leva o golpe, sem se mover uma polegada. — Você quase fez Daisy sair
gritando, você realmente quer gastar um tempo a sós com ela?
— Isso vai me dar a chance para me desculpar — eu digo. — Ou você toma esse
cenário ou eu estou saindo daqui sozinho. — Minhas mãos tremem, e eu aperto
os punhos. Ryke nunca iria me deixar sozinho nesse momento. Eu quero relaxar.
Me sentar em um bar e apenas flutuar afastado.
Rayke faz um movimento para Daisy e ela corre rapidamente. Quando ela está
ao seu lado, ele diz: — Não deixe que ele beba.
— Ok.
Ele hesita antes de ir mais longe da praia. Caminhamos em direção ao resort em
um pesado silêncio que pesa sobre meu peito.
—Me desculpe — eu acabo resmungando, enquanto esperamos o elevador.
—Não, não peça — diz Daisy. — Você estava certo, o que eu fiz, era errado. Às
vezes eu simplesmente esqueço sobre dinheiro. Vou tentar ser melhor sobre isso.
—Sim, mas eu faço isso às vezes também, e eu não sou o seu pai. Eu não deveria
estar censurando você — ou alguém. Ela sorri, — é bom saber que você se
importa.
Nós paramos em nosso andar e ela anda na minha frente, me deixando pensar
sobre isso. Eu me importo. E isso é porque eu estou sóbrio ou é apenas porque as
coisas mudaram? Eu gostaria de saber.
Daisy espera junto à porta, e de repente ela empalidece com preocupação. —
Você vai dizer a Lily?
Ela vai me perguntar o que há de errado assim que eu entrar. Nós estivemos em
torno um do outro o suficiente para ler a linguagem do corpo, e o meu diz que eu
estou perdendo minha merda. Eu não tinha a intenção de mentir para ela. — Sim
— eu digo, — mas eu não acho que ela vai ficar furiosa.
—Sério? Porque eu não acho que eu já vi Lily no modo besta, como o eterno
cenário de Rose, e eu sempre tive um pouco de medo de ver isso.
Eu sorrio enquanto eu tento me recordar de uma Lily zangada. Ela tem um olhar
tipo de um pequeno monstro, mas acho que é mais adorável do que assustador.
— Você vai ficar bem.
Eu não sei se Daisy se culpa pensando que eu estou realmente chateado apenas
por causa da barganha, ou se ela percebe que eu peguei ela flertando com Ryke,
o que é igualmente errado acredito. Mas eu nunca vou ter essa conversa com ela.
Lily pode lidar com sua irmã, e eu vou lidar com o meu irmão.
Daisy deixa escapar um suspiro de alívio antes de continuar o caminho. Eu
deslizo o cartão-chave, e entramos no quarto. Rose dobra as roupas sobre a cama
mais próxima, enquanto Connor organiza vários sacos que cercam o quarto.
Entre o que Daisy trouxe e agora o que Rose comprou, eu acho que nós estamos
vestindo oficialmente sete pessoas para a semana.
—Como foi a corrida? — Connor perguntou.
—Quente — diz Daisy.
Eu faço a varredura do quarto procurando Lily, incapaz de encontrá-la, e então
eu olho através da porta de vidro para o pátio.
Ela está enrolada em uma cadeira, com as pernas contra o peito, observando os
pássaros ou algo assim.
Eu me movo em direção à porta, e Connor, de repente bloqueia minha saída
como se ele quisesse ter uma conversa. Tudo o que eu realmente quero fazer é
falar com Lily. Eu preciso saber se ela sabia sobre Ryke e Dayse ... Jesus, eu
nem sei como chamar.
—O quê? — Eu digo.
Daisy se concentra em nós, cheia de curiosidade, e isso faz com que Rose afague
ao seu lado no colchão. — Daisy, venha me ajudar a dobrar — ela insiste.
Daisy responde ao convite de sua irmã me lembrando do que Ryke falou sobre
ela. E eu me encolho um pouco, Daisy não querendo ser afetada por sua mãe.
Todas essas meninas têm complexos, e eu posso ver como a maioria das pessoas
iria ficar para ter um pouco de liberdade com nosso estilo de vida e a pressão
para mantê-lo, eu sinto como se estivéssemos todos um pouco fodidos em nosso
próprio direito.
Connor me leva até a parede mais distante das meninas. E eu entendo
instantaneamente o que está acontecendo.
Ele está me afastando de Daisy para que ela não possa ouvir. Seja o que for o
que Connor quer me dizer isso é sobre Lily.
O pior pensamento passa pela minha cabeça. Ela trapaceou.
25
Ela dormiu com algum caixa da Bloomingdales . Ela fodeu outro cara.
Eu sinto a cor fugir do meu rosto. Eu sinto meu estômago em nós.
Meu mundo começa lentamente a desabar. Eu deveria ter estado com ela. Eu
tento me mover passando por Connor e chegar ao pátio, querendo falar com ela,
querendo fazer isso direito, querendo ficar sozinhos novamente.
Connor dá passos em minha frente mais uma vez e coloca a mão no meu ombro.
Ele lê o pânico no meu rosto, e diz: — Não aconteceu nada, não assim — Eu não
conheço Connor bem o suficiente para saber o que isso quer dizer e por isso só
aumenta os meus nervos.
—O que aconteceu? — Eu pergunto silenciosamente.
Ele permanece firme, calmo, e por alguma estranha razão isso me alimenta. Sua
atitude me faz ocasionalmente acreditar que não é tão ruim assim, e eu me
pergunto se isto é uma dádiva de Connor Cobalt. Pacificar as pessoas com seu
comportamento, em vez de palavras.
—Olha — ele diz facilmente, — Rose não queria te dizer, mas eu a convenci, eu
acho — Ele dá um sorriso de satisfação. — Ela quer que Lily consiga lidar com
essas coisas por conta própria. Em uma perspectiva feminista, eu acho que
parece que quando você ajuda Lily, você não dá a ela uma chance de ser forte
sozinha.
Parece que ele me esfaqueou, mesmo que essas sejam palavras de Rose. — Eu
não sou a porra da sua, eu sei disso — eu digo tentando imitar o tom fácil de
Connor, mas minha voz sai tensa e afiada. Deixei Lily ter sucesso por conta
própria, mas eu sou a pessoa a ter relações sexuais com ela. Tudo o que posso
fazer é dizer para parar, guiá-la. Ela é a única ativamente fazendo a escolha de
me perguntar sobre ter relações sexuais, a querer ter relações sexuais, para dar
em ânsias suficiente, para deixa-la controlar seus pensamentos. Isso é sobre ela.
—Eu sei, e Lily nunca estará completamente sozinha. Isso é o que eu disse a
Rose. Você está dormindo com ela, e o vício em sexo é um processo de
recuperação de duas pessoas. Ela ficar ao seu lado é um presente. — Eu acho
que ele continua hesitando tentando adiar a notícia.
— Connor. Apenas me diga.
Ele balança a cabeça. — Eu notei que Lily às vezes pode sair do ar —ele diz, —
e eu realmente achava que ela era apenas um pouco lenta. Mas então eu descobri
que ela era uma viciada em sexo, e eu sei que fantasias podem ser um enorme
problema para o vício.
Eu sei onde isso está indo, e eu não deveria estar aliviado. Mas uma pressão sai
do meu peito. — E?
—E ela estava bem. Ela saiu do ar um par de vezes e Rose a chamava de volta
com conversas. Então Rose teve que experimentar praticamente cada par de
sapato do seu tamanho, e que ambos nos esquecemos de Lily... até que nós a
ouvimos.
O quê? Ela não iria se masturbar em público. Isso é além do que ela já fez. Meu
peito começa a pesar novamente. — Ouviram ela? Ela estava se masturbando?
—Não — diz Connor rapidamente. — Não. De modo nenhum.
Bom.
— Mas nós ouvimos o seu orgasmo.
O quê?
— Eu não entendo. Como isso é possível?
— Tem havido numerosos estudos sobre o orgasmo feminino. Não é totalmente
compreendido, mas muitos cientistas têm mostrado que pode ser causado apenas
pelo pensamento.
Ela fantasiou e teve um orgasmo, alto, em uma maldita loja. Eu sei como
embaraçada, ela deve sentir e me transborda, tirando minha capacidade de até
mesmo formar palavras agora.
Connor toma meu silêncio como uma oportunidade para continuar a falar. —
Rose a fez ligar para a terapeuta.
Eu aceno, mas meus pés estão colados ao chão. Eu quero ir para fora e ficar com
ela, mas as palavras de Rose... ou a lembrança das de Connor me assombram. Eu
quero que Lily seja forte por conta própria. Posso vê-la através das cortinas, se
escondendo em seu corpo, e não parece que ela está olhando para as aves mais.
Ela está à procura de uma saída.
Me viro para Connor, de repente, tão aliviado que ele está aqui. Que eu tenho
alguém para quem eu posso perguntar isso.
—Devo ir lá fora? — Eu quero alguém para me dizer o que é certo. Para me
colocar no caminho correto. Eu não quero continuar a tomar más decisões.
—Ela precisa de você — ele me diz em uma única respiração. —Só não faça
sexo com ela. Fácil o suficiente, certo?
—Sim, ele provavelmente iria ser difícil naquela cadeira — eu digo, tentando
sorrir, tentando diminuir o quanto eu simpatizo com sua dor.
—Não é para vocês dois — Ele bate no meu ombro, me descongelando do meu
estado e eu me encontro em movimento a diante. Em direção à porta. Em sua
direção.






















{24}

LILY CALLOWAY

A porta se abre e eu não me mexo, não respiro, não falo. Eu quero desaparecer a
partir desta cadeira, deste país, deste planeta.
Lo anda na frente do meu ponto de vista na beirada da varanda, onde eu tinha
literalmente considerado testar minha capacidade de voar. Ele está sem camisa,
mas nem mesmo a curva de seu abdômen poderia me seduzir agora. Ele
permanece alguns metros longe de mim, não fechando a distância que chama a
tensão como um buraco negro.
Eu finalmente olho para cima para encontrar seu olhar, meu corpo entorpecente.
Seus olhos se tornaram vidrados, e ele agarra a grade atrás dele para apoio.
Numa ocasião normal, antes da reabilitação e antes da recuperação, ele estaria
me varrendo em seus braços. Eu colocaria minhas pernas ao redor de sua cintura
e o desejo para o sexo iria me tirar a humilhação, me lembrar que eu sou boa em
algo. Eu não sou inútil ou sozinha. Com cada impulso e cada clímax, eu iria
embora.
Mas agora, o pensamento de fazer isso impulsiona um martelo em meu coração.
Sei com certeza que é errado. Eu me pergunto se ele está mantendo distância,
com medo de qual caminho que eu poderia escolher para nós.
Eu não quero isso.
Então eu digo: — Eu não quero sexo — Lágrimas se reúnem em meus olhos.
— Eu só quero que você me segure. Elas são palavras mágicas.
Em um movimento rápido, ele está na minha frente e então eu estou em seus
braços e em seu colo. Ele me cobre com seu corpo, envolvendo os braços em
volta da minha pequena figura. Eu enterro minha cabeça em seu peito, as
lágrimas derramando enquanto ele esfrega a parte de trás da minha cabeça. Me
sinto segura aqui.
Nós sentamos por um bom tempo, até que seus batimentos do coração e minha
respiração fiquem nivelados. O que aconteceu se parece como um fracasso da
minha parte. Eu estraguei tudo e deixei o meu vício vencer.
—Sinto muito — eu digo suavemente, quebrando o silêncio pacífico.
—Você não precisa me pedir desculpas Lil.
—Eu sinto como se eu deixasse você para baixo... nos deixasse para baixo— eu
admito. —Nós deveríamos estar ficando melhor.
—E haverá obstáculos e contratempos— ele me diz, —só porque você bateu em
um não significa você me decepcionou. Se você fez qualquer coisa, foi me
deixar orgulhoso de você tratar isso dessa forma.
—Porque a alternativa é atacar seu corpo.
Ele sorri. —Algo assim, sim — Ele enfia um pedaço de cabelo que escapou atrás
da minha orelha. —O que sua terapeuta disse?
Connor deve ter dito a ele mais do que eu pensava. Estou feliz. Ele me poupa de
repetir o momento mais embaraçoso da minha vida.
—Ela disse que eu preciso começar a trabalhar com maneiras de parar de
fantasiar, como me concentrando na lição de casa ou em presidentes norte-
americanos.
—Basicamente o que todo adolescente faz para evitar uma ereção.
Eu franzo a testa. Eu não pensei sobre isso assim. —Eu acho que ...— Então eu
balanço minha cabeça. — Mas isso não soa tão simples. Eu entendo como me
impedir de olhar para pornografia e de me masturbar, mas como é que eu posso
parar de pensar, como é que alguém controla isso?
—Praticando — diz Lo, — eu estou tentando também, acredite em mim.
Concordo com a cabeça, sabendo que não pode ser muito mais fácil para ele.
Pelo menos pensar em bebida não conduz a um orgasmo involuntário. Eu coro
com a lembrança e gemo em minhas mãos.
—Talvez eu só me lembre do olhar no rosto de Connor e Rose, eu acho isso vai
me impedir de fantasiar sobre qualquer coisa para os próximos sólidos duzentos
anos.
Ele me puxa para mais perto, esfregando minhas costas suavemente, e então ele
beija meus lábios em um segundo rápido, testando.
Estamos juntos no pior quando as coisas estão fora de controle, e durante estes
momentos temos de ser cuidadosos. Seria tão fácil voltar para cada um deles só
para nos fazer sentir melhor novamente, mas ser um casal também significa ser
íntimo. Consolar alguém normalmente envolve toque, um abraço, um beijo, uma
mão na perna, coisas que me enviam ao fundo do poço. Nós apenas temos que
encontrar um equilíbrio.
—Como foi isso? — Ele pergunta. Parecia simples e certo. —Bom.
—Eu tenho uma pergunta, e eu quero que você saiba que eu não vou ficar
ofendido se a resposta não é o que eu quero que seja. Eu só ... Eu gostaria da
verdade.
—Ok — Ele puxa uma pequena respiração e, em seguida, seus olhos caem para
meus lábios novamente. Ele planta outro beijo mais suave desta vez. Eu não
mexo ou o forço para outra coisa. Eu o deixo assumir a liderança, e eu não
desejo mais nada que isso. O que ele me dá é suficiente.
Ele recua e olha do meu corpo aos meus lábios nos meus olhos, tendo cada um
em detalhe. —Você está bem?
Concordo com a cabeça novamente. —Apenas esperando pela sua pergunta.
—Certo — Ele toma outro fôlego se preparando. —Suas fantasias o que estavam
nelas?
—Eu — eu digo. — E você.
—Você respondeu tão rapidamente — ele fala com preocupação.
—Isso não significa que eu menti, eu não tenho fantasiado sobre ninguém além
de você desde que você partiu para a reabilitação. Você é como... o melhor que
eu já tive.
Seu rosto parece brilhar com a última linha, tomando ela como verdade e
realidade. Como isso é, sua mão desliza para o meu pescoço, me acariciando.
Pela primeira vez, eu me sinto em um estado de espírito diferente quando ele me
toca. Parte disso tem a ver com a minha conversa com Dra. Banning. Perguntei a
ela o que devo esperar quando eu vejo Lo, e ela me disse que ele gostaria de me
tocar, para me confortar. E é isso que eu tenho que aceitar. Nem todos os toques
levam ao prazer.
Um abraço é apenas um abraço, e não o caminho para o sexo.
Este tipo, é novo para mim, porque eu nunca me permiti ser tocada dessa
maneira, não, pelo menos, sem o desejo progredindo para outras coisas.
Eu acho que eu gosto.
Seus lábios pressionam contra a pele macia abaixo da minha orelha, e eu posso
sentir a hesitação do seu corpo quando ele se afasta. — Como foi isso?
—Bom.
—Você não quer mais alguma coisa?
—Não — eu digo sinceramente, — a não ser que você queira.
Ele beija meus lábios novamente, mas desta vez juntando mais com os seus. Eu
não aprofundo, eu espero, e ele se aprofunda, sua língua deslizando suavemente.
Seu polegar acaricia a parte de trás do meu pescoço. Quando ele quebra o beijo,
ele esfrega lentamente meu lábio inferior com o dedo molhado. Eu nem sequer
estremeço.
Eu vou deixar ele me confortar sem fazer sexo, sem o medo do que é permitindo.
Nós estamos tentando ser um par melhor, e eu acho que isso é o que se parece
como progresso.
Seus olhos brilham com possibilidades. — É esta sua nova superpotência, Lily
Calloway?, — Ele pergunta docemente. — Eu posso tocar em você agora sem
me sentir culpado?
—Ela pode não durar para sempre.
—Então eu vou apreciar por agora.
Para agora.
Eu gosto disso também






















{25}

LILY CALLOWAY

Continuamos no pátio para ver o pôr do sol. A única vez que alguém nos
perturba é quando Rose vem perguntar se queremos algo do serviço de quarto
para o jantar. Eu temo que eles estão comendo aqui, só porque estão nervosos de
nos deixar sozinhos, mas eu não a questiono sobre isso. Ao invés disso eu digo a
ela para nós fazer um pedido de hambúrgueres duplo, e, em seguida, ela desliza
para dentro.
Lo ainda tem seus braços em volta de mim enquanto eu estou sentada no colo
dele. O sol desbota em diferentes tons de laranjas e amarelos. A opulência deve
despertar minha memória. — Eu esqueci de perguntar como foi sua corrida —
Eu digo.
—Oh ... isso — Seu tom é seco e afiado, não o que eu estava esperando.
Eu viro um pouco para que eu possa ver seu rosto. Ele está olhando para o céu.
O bonito céu. Isso não pode ser bom.
—O que aconteceu?
Ele faz uma careta. —Eu sinto como que se eu disser isso em voz alta se tornará
realidade. Você pode tentar herdar alguma telepatia nos próximos cinco minutos?
—Eu posso tentar adivinhar.
—Isso não soa como um jogo divertido também.
Eu estreito meus olhos para ele e tento juntar as peças. Ele estava em uma
corrida, uma corrida perfeitamente normal, com Ryke, Melissa, e ... oh merda.
—Daisy, o que ela fez? — Minha irmã mais nova tem o hábito de buscar o
perigo. Eu sei que eu pousei diretamente na resposta porque minúsculas rugas de
stress vincam sua testa. Ele demora um rápido minuto para me contar sobre a
pechincha na praia, mas quando ele termina, ele não parece aliviado.
—Há algo mais, não é?
—Sim, e essa é a parte que me faz querer pular desta varanda — Ele para antes
de entregar a notícia, o que só me deixa curiosa e nervosa.
—Você vai me dizer?
Ele deixa escapar um longo suspiro e esfrega os olhos em ligeira angústia. — Eu
nem sei como chamar isso, Lil. Há tantas palavras para isso, mas nenhuma delas
realmente descrevem a situação. Embora inadequado e fodido são os meus
favoritos.
Eu enrugo a testa. —Ainda estamos falando de Daisy?
— E Ryke.
Seus olhos vacilam nos meus, verificando minha reação enquanto ele me fala
isso.
—Espere, o quê? — Isso não pode ser o que eu penso. Isso era tudo da minha
mente, não foi?
—Daisy tinha dinheiro em sua parte superior do biquíni — diz Lo. — Ryke fez
um comentário espontâneo sobre ela e levou a... outros comentários — Sua
mandíbula aperta com a memória e, em seguida, seus olhos pousam de volta em
mim. — Por que porra você está sorrindo? Eu apenas lhe disse que o meu meio
irmão estava flertando com sua irmã mais nova.
Eu pressiono meus lábios, para tentar esconder, mas logo me rendo ao fato de
que eu estou feliz. — Você sabe por quanto tempo eu pensei que era tudo da
minha cabeça?
Isso não o diverte, na verdade, ele se endireita como estivesse pronto para ir em
uma luta com seu irmão. — Desde quando?
Eu coloco minha mão em seu peito para acalmá-lo. — Janeiro ... mas eu não
queria preocupar você se não fosse verdade.
Ele deixa escapar um suspiro irritado.
—Você sabe quantas vezes Ryke me chamou de pervertida? — Eu continuo. —
Eu pensei que isso era apenas outra ilusão da minha mente suja, como se eu
estivesse interpretando algo do nada e fazendo tudo parecer maior.
—Você não é. Agora deixe esta conquista no passado e venha para o presente no
meu nível — Ele vira o corpo um pouco mais, de modo que nós estamos olhando
um de frente para o outro — Meu irmão de vinte e dois anos de idade, está
flertando aparentemente não intencionalmente não estou mesmo certo de como
essa porra acontece com a sua irmã mais nova de dezesseis anos de idade — Ele
espera a informação assentar.
—Merda.
—Sim, merda. Então o que nós vamos fazer? Estou preocupado que sua irmã vá
gostar dele por causa do mau caminho. Quero dizer, a maioria das meninas são
tolas ao redor de Ryke balbuciando. O fato de que ela não é... eu não posso
ainda.
Ele passa a mão pelo cabelo. —Tudo o que eu estou dizendo é que Ryke é
inteligente o suficiente para não fazer um movimento com ela, mas Daisy
provavelmente não conhece nada melhor.
—Eu já falei com ela — Em numerosas ocasiões, mas ela continua dizendo a
mesma coisa para mim.
—Ela sabe que não pode fazer nada com ele. E... — Eu estalo os dedos na
realização. — Ryke trouxe Melissa aqui, então ele está claramente mostrando a
ela os sinais certos — Se mostrando em férias com uma menina grita "tenho
dona" e deve deixar Daisy não sabendo como agir em seus sentimentos, se ela
tem qualquer um que se estenda além de uma amizade.
Eu meio que espero que nós estejamos fundindo isso tudo fora de proporção e
que nenhuma química realmente exista lá.
Porque eles têm que saber que nada pode acontecer.
Nossa mãe seria mais do que apenas furiosa se ela imaginasse que Daisy tenha
mesmo uma queda por Ryke Meadows. Por um lado, a sua idade. E em segundo,
ele é a semente de Sara Hale. Após a separação entre Jonathan e Sara, meus pais
escolheram um lado diretamente a equipe de Jonathan. E com a nossa mãe de
incrível altos padrões, eu posso vê-la querendo algo mais para Daisy. Algo
melhor.
Alguém tão rico como Connor Cobalt ou Loren Hale. Alguém que tenha mais a
oferecer do que uma relação de confiança fundo herdado de um divórcio
tranquilo e sentimentos feridos.
Lo inclina meu queixo para que eu me encontre com seus olhos e volte ao
presente, me puxando direto dos meus pensamentos.
—Então Ryke precisa parar de dispensar Melissa pela Daisy — Lo me diz.
—Eu vou ter outra conversa com ele ... quando eu não estiver pensando em
arrancar a cabeça de seus ombros. — Sua mandíbula aperta com outro
pensamento. — Ele é mais velho, ele tem que ser o único a assumir a
responsabilidade. .
—Embora você pode culpá-lo? — As palavras caem fora da minha boca antes
que eu possa pegá-las. Não estou tão inclinada para defender Ryke Meadows,
mas estar em sua companhia por três meses talvez me abriu os seus caminhos.
Meus olhos se arregalam, e Lo parece igualmente chocado com as palavras.
—Explique — diz ele.
—Bem, é só ...— Eu tropeço. — Daisy é uma modelo de alta moda. Ela está
sempre em torno de pessoas mais velhas, e ela não parece ter dezesseis anos. Ela
tem uma carreira, ela ganha dinheiro e viaja pelo mundo. Às vezes ela age de
acordo com a sua idade com certeza, mas na maioria das vezes ela é basicamente
vinte — Há momentos em que eu mesmo me senti mais jovem do que ela. Sou
menos mundana, menos culta, e menos experiente (não sexualmente, mas para
todo o resto, claro). — Eu posso entender como isso pode ser confuso para
alguém que está atraído por dela.
Lo pressiona as mãos no rosto, mais angustiado do que eu o vi em muito tempo,
pelo menos em momentos que não envolvem o desejo pela bebida. — Essa
palavra, não diga essa palavra.
—O que?
—Atraídos.
Oh. — Eu acho que o meu medo é que quanto mais nós continuamos dizendo a
eles para parar, mais eles vão fazer apenas para nos irritar, e que se nada estiver
lá, mas só amizade nós involuntariamente, vamos empurrá-los juntos. Como dois
adolescentes rebeldes ou algo assim.
Ele geme. — Ela é uma adolescente — Ele deixa cair as mãos e solta outro
fôlego. — Isso é tão fodido.
Eu sorrio para ele e cutuco seu lado. — Não se sente bem por não sermos os
únicos?
Ele encontra o meu olhar com uma inclinação de sua cabeça, e seus lábios se
esforçam para não subir. — Não, eu gosto de estar sozinho na ilha fodida com
você. — Ele fuça seu nariz na dobra do meu pescoço. Eu dou risada, um som
que eu não achei ser possível a uma hora atrás, e ele responde com dois beijos
leves em minha clavícula.
—Então o que vamos fazer? —, ele me pergunta, entrelaçando os dedos com os
meus. Eu fico olhando nossas mãos por um momento, tentando chegar a um
plano.
—Talvez ... talvez nós apenas os mantemos separados para o resto das férias. Ou
tentamos.
—Mas o que acontece quando formos para casa? O que vamos fazer a respeito
deles, então?
—Quantas vezes eles estão realmente ao redor do outro? — Daisy tem escola, e
a modelagem ocupa a maior parte do tempo. Sem ela sabendo sobre o meu vício
em sexo, ela é convidada cada vez menos para passeios com o nosso grupo. Às
vezes eu me imagino dizendo a ela, mas eu não acho que vai melhorar a nossa
relação.
E é isso que eu estou tentando reparar.
—Então nós temos um plano.

Ele estende a mão como se estivéssemos fechando um negócio. Quando eu vou
para balançar elas, ele deixa cair sua mão e planta um beijo surpresa em meus
lábios. Me pega de surpresa, mas ele envia pequenas vibrações felizes no meu
estômago. O beijo dura mais tempo do que os outros enquanto ele segura a parte
de trás da minha cabeça e gentilmente abre a minha boca com a sua. Eu sinto o
toque de sua língua bater mais e agitando minha barriga.
Ele se move de volta depois de um momento e eu me enrolo em seus braços.
Uma coisa é certa.
Beijos surpresas são os melhores.



















{26}

LOREN HALE

Quatro dias de piscina e praia me deixaram um pouco queimado de sol,
bronzeado e cansado. Lily e eu fomos bem-sucedidos na separação de Ryke e
Daisy durante a maior parte da viagem, pelo menos o suficiente onde eles não
tiveram qualquer oportunidade de realmente falar.
Hoje à noite estamos todos comendo em um autêntico restaurante mexicano na
cidade. A mesa transbordando de Batatas fritas e o barulho no palco que fica
perto do bar. Eu penso sobre a ameaça de Daisy de fazer todos nós cantarmos no
karaokê mais tarde esta noite. Não vai acontecer, mesmo que a mais jovem
menina Calloway possa ser altamente persuasiva. Ela se parece com um
morcego batendo aqueles cílios, nos mostrando aqueles grandes olhos verdes de
cachorrinho e todo mundo cai sob seu feitiço. A parte assustadora, eu acho que
ela também sabe que tem esse poder.
Se eu fosse Greg Calloway, eu teria sua bunda no próximo voo para casa. Mas
eu sei quem é seu pai: a workaholic que derrama o seu tempo no negócio, que
acredita que o amor equivale a dinheiro e o luxo que pode fornecer a sua família.
Eu assisti Lily aceitar esse tipo de amor e seguir em frente, como eu compreendi.
Meu pai não estava sempre por perto. Você não atinge este estilo de vida sem
sacrificar alguma coisa.
Eu pergunto a Daisy o que sua mãe pensa dela estar em Cancun. Lily confirmou
que ela tem permissão, mas eu gostaria de ouvir isso da boca de Daisy.
Ela não tocou em uma única batata. As mãos dela se ocupam com dobrar um
guardanapo de papel em flor. A única desvantagem para separar Daisy e Ryke, é
que ela parece menos inclinada mastigar um pouco de alimento sem a pressão
dele. Sua persistência é útil às vezes. E eu tentei fazer o mesmo "comer um
pouco disso ", mas ela me dá um olhar como eu fosse louco por sugerir um
abacate, e então ela se esquiva com jogos de palavras que giram minha cabeça.
Ryke pode se manter. Eu não posso. Minha linguagem é claramente significativa
para viciadas em sexo, não viciados em adrenalina.
—Bem, você sabe ...— Daisy começa e desvia como se eu não tivesse feito uma
pergunta. Ela olha em volta e bate em um garçom na parte traseira. — Ei, nós
podemos conseguir um jarro de margarita?
Ele olha para ela sem expressão, e com Ryke no banheiro, Connor assume a
liderança e traduz o que ela disse. Aparentemente, eu sou o único cara que
dormiu na aula de espanhol.
—Daisy — eu digo. — Você não respondeu à pergunta.
Nós nos sentamos em uma mesa circular, por isso não é preciso muito esforço
para Daisy virar para mim. — Oh, desculpe, o que foi? —, ela pergunta
inocentemente.
—Samantha, sua mãe — eu digo secamente, já sabendo onde isso está indo.
—Ela não se importa de você estar aqui a semana toda? —, as maneiras de
Samantha sempre me iludiram. Ela escava suas unhas nas suas filhas populares
Rose com a linha de moda e a carreira de modelo de Daisy, mas deixa Lily
sozinha. Isso é estranho e algo que eu não conseguia compreender antes da
reabilitação. Estando ao redor delas, eu estou começando a entendê-las um
pouco mais.
Daisy está prestes a responder quando Ryke e Melissa voltam do banheiro.
Nenhuma vergonha em seus rostos. Um jeito menos culpado do que Lily e eu
nunca fomos quando fugíamos durante uma refeição. Melissa se estatela em sua
cadeira e pega um guardanapo, enxugando os lábios.
Daisy fica entre suas irmãs, e ela, basicamente, olha diretamente para Melissa e
Ryke em todo a mesa circular. Eu tento ler a expressão dela, mas ela continua
cautelosa e cutuca seu arroz com o garfo.
Ryke faz um movimento para a mesa de repente em silêncio enquanto ele toma
um assento ao meu lado. — Não vamos interromper você, — ele toma um
assento ao meu lado. Seus olhos fixados em Daisy, que olha fixamente para seu
arroz, muito interessada em uma ervilha que ela cutuca. É a primeira vez Ryke
tem mostrado interesse em Melissa com Daisy presente. Geralmente Melissa se
pendura em cima dele.
—Daisy — eu digo, pedindo a ela novamente para responder à pergunta. Meu
braço desliza em volta dos ombros de Lily ao meu lado, e ela
surpreendentemente mantém suas mãos para si mesma. Normalmente, ela teria
aberto meu zíper agora. Sim, até mesmo em um restaurante. Sua contenção é
admirável, mas não posso negar que uma horrível (principalmente a parte com
tesão) de mim deseja ela.
Daisy pisca algumas vezes. — Certo. E não, minha mãe não se importa. Ela
estava realmente feliz que eu poderia ter uma semana inteira me relacionando
com as minhas irmãs. Eu só tenho que cumprir as minhas regras normais. — Ela
encolhe os ombros com o ultimo pedaço e bate palmas. — Devemos começar o
karaokê cedo? — Ela começa a levantar de sua cadeira, mas ambas Lily e Rose
colocaram suas mãos sobre ela para detê-la. Rose a empurra de volta.
—Sobre o que estamos conversando? Quais são as regras? — Melissa pergunta,
pescando na cesta de batatas fritas.
Lily se encolhe ao meu lado, e eu posso ver o comportamento frio de Rose se
transformar em gelo o assunto.
Daisy olha as batatas com saudade antes de colocar outro sorriso. — Não é nada.
Ryke é se levanta, recostando-se em apenas duas pernas na sua cadeira. Ele se
parece com um idiota. — Você provocou — lembra ela. — Então, claramente,
você quer falar sobre isso.
Melissa esfrega sua coxa, sorrindo agora que ele mudou ficando ao seu lado. Eu
deveria me sentir bem sobre isso também, mas por algum motivo, eu me sinto
realmente muito terrível.
—Eu provoquei — ela acena com a cabeça para si mesma. E então ela dá de
ombros. — Eu acho que as regras são simples, não engordar, sem estragar o seu
cabelo, sem ficar muito bronzeada, e não há tatuagens — Seus lábios se
contorcem. — Assim a boa notícia é que estou livre para contrair uma doença
sexualmente transmissível.
—Jesus Cristo — diz Ryke sob sua respiração, apenas alto o suficiente para eu e
Melissa possamos ouvir.
—Isso não é engraçado — Rose diz a ela, — e nossa mãe não pode matá-la, mas
eu faria.
—Só brincando — diz Daisy, que ostenta uma cara de pateta antes se virar para
Lily. — Como está a Faculdade?
Trazendo Lily em qualquer conversa normalmente desvia a atenção, e é um
pouco como ver um mentor trabalhando. Daisy é boa e eu me pergunto quem
percebeu seu truque.
É por isso que eu olho para Connor.
Ele observa calmamente, observando tudo como um analista pronto para digitar
a dinâmica social em uma folha de cálculo. Ele provavelmente sabe mais do que
deixa transparecer. Eu me pergunto se ele previu o resultado de tudo, se as
nossas vidas são nitidamente traçadas em sua cabeça com probabilidades e
estatísticas. Então de novo, ele não descobriu que Lily era uma viciada em sexo.
Independentemente disso, eu acho que estar dentro da cabeça de Connor Cobalt
seria um tanto assustador e estranho, e, no entanto, a viagem divertida mais cara
que existe.
Lily começa a falar alguma história sobre um professor com uma gravata
borboleta e língua presa, tentando evitar qualquer tópico sobre Estatísticas e suas
notas de exame.
—... Então ele era velho.
—Isso não é uma história — Rose diz a ela incisivamente.
—Isto é. Apenas não uma boa.
—Como você está indo nas aulas, suas notas? — Connor agita o tópico. —
Sebastian ainda está tutorando você — Ele não fala mais como confirmando o
que todo mundo já sabe.
Os olhos de Lily se desviam para um homem carregando uma enorme garrafa de
licor. — Tequila! — Ela exclama.
Ele se volta para a mesa.
—Você não bebe— Ryke lembra ela, quase rosnando, mesmo que o álcool era,
obviamente, uma distração. Eu não acho que ela quer, mas eu estou me sentindo
um pouco na defensiva hoje.
Eu lhe atiro um olhar. —Ela pode beber alguma se ela quer — Eu não quero ela
pensando que tem que estar sóbria por minha causa. Eu não iria pedir a ela para
fazer isso.
—Não — ela diz, com os olhos arregalados. O garçom se aproxima e ela
empurra fisicamente para ir embora.
Eu pego os braços. — Mantenha suas mãos para si mesmo —Eu digo a ela
facilmente, não querendo que ela fique em apuros.
—Você está no Antabuse, certo? — Melissa me pergunta. — Minha madrasta
tomou por um tempo. Ela não podia sequer beijar o meu pai quando ele tinha um
copo de vinho. Isso a fazia passar tão mal — Ela faz um gesto para Lily.
— É por isso que você não bebe?
—O que?, não —, Lily diz aproximadamente, ofendida. — Eu nunca gostei de
beber, realmente. Mas se eu gostasse, eu não me faria se eu não pudesse beijá-lo
— Ela se encolhe. — Quero dizer, beijar não importa para mim. Em geral. Não
só com Lo. Então sim. Eu poderia continuar beijando.
—Eu acho que ela entendeu — eu digo a ela com um sorriso. Ela fica vermelha
e leva minha mão na dela. Eu me inclino mais e sussurro, — Eu estou feliz que
eu posso te beijar — Eu coloco outro beijo suave em seu templo. Desde que ela
teve um clímax involuntário em público, ela está me permitindo a tocar sem
desejar mais. Nós temos até mesmo dormido na cama sem travesseiro encravado
entre meu pau e sua bunda. Ela não se esfregou em mim ou pediu algo mais. É
só dormir. De certa forma, algo incrível saiu de algo terrível.
O garçom começa a receber pedidos de todos, e enquanto estou fazendo o meu
de tacos de peixe, eu mal pego as palavras de Daisy.
—Eu acho que o beijo é superestimado.
Ah não.
Ryke fica tenso ao meu lado, e eu espero que ele esteja ouvindo a porra da minha
voz furiosa em sua cabeça agora.
—Como assim? — Melissa morde a isca.
Rose engasga com uma mordida de arroz. Ela limpa a garganta e coloca uma
mão no peito. —Isto não é uma conversa apropriada para o jantar — Rose não é
uma puritana completa. Ela xinga e fala sujo como o resto de nós. Eu já ouvi ela
xingando alguém de conservador batedor de bundas. A linguagem era vulgar e
do tipo hilariante. Rose apenas sabe que isso está indo para um lugar ruim.
Melissa revira os olhos, não sendo a maior fã de Rose considerando que Ryke
culpou ela e Connor pelo fato do quarto estar fechado para o sexo. — Eu, por
exemplo, adoraria a perspectiva de um garoto de dezesseis anos de idade —
Melissa diz, virando diretamente de volta para Daisy. — Eu quero saber como a
geração mais jovem se sente.
—Totalmente — diz Daisy com um aceno de cabeça. — Assim, a minha teoria
sobre beijar.
—Há uma teoria?
—Oh sim. E a minha teoria é que beijar não é mais sexy do que estar realmente
se tocando — Ela ergue as mãos. — Basta ir comigo sobre isso.
Digamos que você está com um cara e você pode dizer que ele está interessado.
Há algumas carícias sob o sutiã.
—Nós entendemos — eu estalo.
—E então — ela continua sem perder o ritmo, — ele vai para o beijo. Você puxa
de volta, se recusando a lhe dar mais intimidade. Tensão aumenta, e todos os
outros toques, pele contra pele, parecendo ilícito e inebriante.
—Então vocês ficam se provocando — diz Ryke.
Estou prestes a xingar ele, mas Daisy me corta. — Não, nós acabamos fazendo
sexo.
Ryke nem sequer pestanejou. — Se eu não estiver fodidamente enganado — ele
fala, — você mencionou o sexo como sendo muito superestimado — Quando?!
Reabilitação. Eu odeio a reabilitação. Eu perdi tudo.
—Isso foi até seguir o seu conselho.
Este é um trem que eu não posso parar, e eu egoisticamente quero mais a
informação que eu perdi do que tentar detê-lo.
—Que conselho? — Pergunto, minha voz afiada.
Lily bate na minha perna repetidamente com medo. Ela sabe, mas eu não quero
esperar até mais tarde para ouvir.
Daisy abre a boca e Ryke interrompe, vendo minha raiva começar a ferver.
—Nós não temos que falar sobre isso.
Isso é ruim. Seja lá o que for que ele disse para Daisy envolvendo sexo, e minha
mente já está se recuperando. — Não, eu gostaria de ouvir, — eu digo,
apontando para Daisy para continuar.
—Eu também— acrescenta Melissa, atirando um olhar para Ryke ao lado.
Lily enterra a cabeça em suas mãos. Ela é a única pessoa que sabe o que eles
disseram um ao outro. Ela foi a única que foi para Acapulco, além dos amigos de
Daisy.
Daisy hesita agora, e ela tenta recuar. — Só para vocês todos saberem, a minha
experiência sexual antes era menos do que estrelar, e eu tinha planejado me
afastar da espécie masculina inteiramente antes de Ryke falar comigo.
—Isso é reconfortante — Connor afirma categoricamente. Ele tem um dedo em
sua bochecha em contemplação, mas o seu olhar é dirigido a Ryke, não a Daisy.
Me viro para o meu meio-irmão. — Graças a Deus por sua assessoria, Ryke —
Eu uso um sorriso amargo e dou um forte tapa na parte traseira.
Ele pula para a frente e quase derruba o copo de água, mas ele agarra antes que
derrame.
—Honestamente, o seu conselho funcionou — continua Daisy, tentando tirar ele
de um buraco, mas ele está enterrado muito fundo. — Então, realmente, você
não pode culpar ele por dizer algo que me ajudou no final.
—Sério — eu digo entre os dentes cerrados, — se você não me disser que porra
ele te disse, eu estou indo virar a mesa.
Ryke estremece e faz um gesto para Daisy. — Basta dizer isso.
Ele lhe deu permissão, mas ela ainda está cautelosa. Lenta e cautelosamente, diz
ela, —Você não deve deixar qualquer cara te foder até que ele faça você gozar,
pelo menos, duas vezes.
A mesa praticamente silencia com Rose dando a Ryke um olhar mortal
incomparável.
Ryke e Daisy estão ambos errados. Eu sei disso, mas eu estou colocando toda a
minha frustração em Ryke. Eu nem sequer sei o que fazer ou dizer, mas se eu
olhar para ele, eu acho que eu posso perder minha mente.
Melissa rompe o silêncio. — Que grande conselho para alguém com dezesseis
anos de idade — Ela cruza os braços sobre o peito.
Ryke solta um suspiro. — O que posso dizer? Eu dou bons conselhos.
Melissa dá um tapa em seu rosto, mais como o som de um tiro, e o restaurante
fica quieto.
Ryke tira suas pernas da cadeira para o chão, o rosto vermelho. Que deve arder
como o inferno.
—Eu preciso falar com você — diz Ryke. No começo eu acho que ele está
falando com Melissa. — Lo
Eu balanço minha cabeça, incapaz de encontrar seus olhos.
Melissa deixa escapar uma risada baixa. — Sério? — Ela se levanta e joga para
baixo o guardanapo. — Eu vou voltar ao hotel, não que você se importe.

—Espera ...— Ryke se levanta, mas ele olha para mim e vacila.
—Eu vou falar com ela — diz Daisy, se levantando da mesa. Melissa odeia
Rose. Ela não é tão apaixonada por Lily, mas eu tenho certeza que Daisy é quem
ela despreza. E eu não posso dizer uma palavra. Me sento na minha cadeira,
repetindo o conselho de Ryke para Daisy. Eu não me importo se ele a ajudou ou
se era bom, há uma linha lá que eu acho que ele sabe que cruzou. Como ele me
disse antes, ele simplesmente não dá a mínima.
—Você não vai conseguir — Ryke diz ela. — Basta deixá-la ir. Eu vou falar com
ela quando voltar para o hotel.
Daisy balança a cabeça, não aceitando isso como uma resposta. Ela sai em
velocidade logo após Melissa.
—Porra — Ryke amaldiçoa, passando as mãos pelos cabelos. Ele se vira para
mim. — Por favor, me dê a porra de um minuto, Lo.
Estou prestes a xingar ele quando Lily diz, —Vá em frente — Ela cutuca meu
lado, e eu me vejo levantando fora do assento e seguindo Ryke para o banheiro.
Quando a porta se fecha, ele se vira para mim e abre a boca. Mas por alguma
razão, eu tenho que ser a pica quem tem a primeira palavra.
—Você poderia ter me contado essa história sobre o seu conselho estúpido na
praia quando estávamos tendo a porra de um coração para coração, — eu me
irrito.
—É evidente que não era estúpido se ele a ajudou, e eu não acho que você ia
aceitar bem, obviamente.
—Estou tão perto de socar você, e eu posso prometer que ele vai doer um
inferno de muito mais do que a bofetada de Melissa.
Ele levanta as mãos em paz, o que não facilita o meu temperamento.

—Vamos ouvir o seu pedido de desculpas — eu digo. Ele olha. —Eu não ia
pedir desculpas.
Eu faço meu movimento em direção à porta, foda-se essa merda, e ele pisa na
minha frente. —Você não pode estar com tanta raiva de mim. Não a respeito
disso — ele diz friamente. —Ela não é sua irmã mais nova, você não poderia
nem mesmo me dizer dez coisas sobre Daisy se você tentasse.
—Foda-se — eu rebato. — Ela é irmã de Lily, eu me lembro dela em fraldas, por
isso, não tente se defender com base em uma árvore de família maldita.
Ryke teve o suficiente, cerrando os punhos e ele parece pronto para lutar
comigo. Em vez disso, ele realmente usa suas palavras.
—Não me faça de vilão, porque você está chateado por ter perdido tempo da
porra de um relacionamento humano com ela — Ryke quase grita, apontando
para a porta. — Culpe as bebidas, culpe o nosso pai, mas você nunca porra me
culpe.
Eu defendo a minha região, fervendo. Ele tem razão. Eu estou parte chateado
com tudo que perdi por beber, e talvez eu esteja sendo muito duro com ele. Mas
eu não posso parar o que falo em seguida.
—Você quer transar com ela?
Ele não hesita, e seu tom suaviza, menos defensivo. — Não. Eu não quero — ele
fala. — Ela é a última pessoa ... nunca. Eu prometo, Lo.
Este é onde eu tenho que confiar nele.
—Posso pelo menos explicar? — Ryke pergunta. —Há uma razão pela qual eu
disse aquelas coisas para ela.
Eu corro minha língua sobre o fundo dos meus dentes e balanço a cabeça, uma
risada fica presa na minha garganta. —Desde quando você tem que ter uma
razão?
—Normalmente porra, eu não — ele concorda. —Mas nesse tempo, eu fiz.
Então eu posso falar agora ou eu estou indo para ter mais um interrogatório?
Eu movimento para ele continuar.
— Foi no aniversário de dezesseis de Daisy e nós estávamos no barco. Seus
amigos estavam discutindo o sexo, e eu não era uma parte da conversa, pode
acreditar. Eles amarraram Lily na conversa, e ela parecia pronta para pular fora
do iate. Quero dizer, ela é uma porra de uma contradição: uma viciada em sexo
que é desconfortável falando sobre sexo.
—Ela está trabalhando nisso.
—Isso é o que eu pensei também, mas ela fugiu das meninas. E quando Daisy
confrontou-a para falar sobre sexo, ela estava perturbada novamente. Eu estava
apenas tentando mostrar a ela que estava tudo bem, que as pessoas podem ser
confortáveis sobre isso. Eu sabia que eu estava indo cruzar uma linha, mas eu
pensei que ia ser do caralho apenas isto, para Lily ... e um pouco para Daisy
também— Ele faz uma pausa. —Simplesmente acabou acontecendo, Lo. Eu não
posso voltar atrás e eu sinceramente não iria.
Eu acho que deve ser o lema de Ryke. Isto acabou acontecendo. Ou melhor
ainda, jogar com sua palavra favorita. Isto só porra acabou acontecendo.
Eu estou estranhamente mais calmo principalmente porque eu posso imaginar
Lily virar um tom de vermelho, se rastejando com todas as discussões sobre
sexo. Mesmo com sua irmã.
—Nós estamos bem? — Ele pergunta, hesitante.
Dizer sim parece como uma derrota completa, então eu apenas aceno.

Quando volto para a mesa, todo mundo se foi. As mesas estão limpas e as
cadeiras estão vazias.
Nós saímos do restaurante e Rose e Lily esperam no local por uma van táxi que
encosta no meio-fio. Eles têm caixas para viagem esperando por nós. Connor
tem a porta do passageiro aberta, falando com o motorista sobre os lugares.
Daisy sai do táxi, seus olhos postos em nós. Ela corre para chegar ao nosso lado.
— Então, Connor não podia conseguir que o serviço de limusine viesse nos
pegar cedo — diz ela, recuperando o fôlego. —Eles estavam todos reservado,
mas chamamos um táxi.
—Por que todo mundo está indo embora? — Ryke pergunta.
Daisy lhe dá um olhar firme. —Nós não vamos deixar Melissa ir para casa
sozinha. Estamos no México.
Eu não posso parar o que eu digo. Estou muito chateado com tudo e todos. —
Isso é engraçado, na última vez que você esteve no México, não tinha problema
em deixar Lily e seus amigos para ir pular da porra de um penhasco.
Ryke me lança um olhar para deixar isso para lá.
—Isso foi diferente — ela diz para mim. —Eu não estava irritada como uma
tempestade. E eu já pediu desculpas ... Eu não quis chatear ninguém.
—Está tudo bem — Ryke diz a ela. — Onde está Melissa?
—Na parte de trás do táxi, esperando por você — diz Daisy, —Eu a acalmei um
pouco. Ela não está mais olhando voos para ir para casa, e eu acho que se você
falar com ela, ela vai te perdoar.
Ryke revira os olhos. —Você está falando sério?
—Ela quer ver que você se importa.
—Eu me importo! — Ele grita frustrado.
—Você não age dessa forma — diz Daisy. —As meninas querem ser o único
foco de sua atenção. Elas querem ser tudo o que você pensa, tudo que você olha
e vê. Você é mais preocupado com tacos de frango do que com Melissa.
Ela faz uma pausa. —Mas se você está doente dela, você sabe, você não tem que
fazer nada. Ela só vai sair ...
Ryke olha para Daisy por um longo momento, seus traços endurecendo.
Eu acho que ele quer que Melissa vá, mas isso vai dar a impressão errada para
Daisy que é ele dizer adeus a Melissa pela mais jovem menina Calloway. E eu
não acho que é só isso, eu acho que Melissa é irritante como o inferno, e ele
prefere ficar sozinho do que lidar com ela por mais tempo.
Ele encontra o meu violento olhar. Ele só tem uma escolha, e o fato de que ele
está considerando fazer o que Daisy sugeriu me faz querer voltar para o banheiro
e estrangulá-lo.
—Fodidamente fantástico — ele diz em voz baixa e passa por nós dois em
direção ao taxi.
Daisy balança a cabeça várias vezes, mas ela olha para as costas de Ryke, seus
olhos presos ao mesmo local depois que ele sobe para o taxi. Talvez Lily esteja
com a razão quanto mais distante você empurra duas pessoas mais eles vão se
unir.
Quando chegamos ao táxi, eu beijo Lily na bochecha e pego a caixa dela.
—Eu salvei seus tacos de peixe — ela fala.
Estou feliz desde que eu não tinha nada para comer. Eu estava muito
concentrado sobre o drama desnecessário do que com o meu alimento.
Ela mantém as mãos em concha na frente dela, mas eu gostaria nada mais do que
envolvê-la em meus braços e beijá-la por um longo e extenso momento.
Ela morde o lábio inferior, o que agita minha respiração e faz meu coração bater.
Toda a minha raiva de repente se esvazia quando eu imagino o que posso fazer
com ela. Como eu poderia levá-la tão forte e tão rápido que ela iria chorar com
tal prazer abrasador.
Eu estou acostumado a ter relações sexuais com ela todos os dias. E eu sei que
ela teme que eu vou me ressentir por estar negando sexo, mas a nova frequência
só faz a próxima vez que fodemos ser mais intenso.
Eu atraio ela para o meu peito e inclino a cabeça para baixo, os meus lábios
escovando seu ouvido. Eu quero sussurrar como ela me faz sentir e como eu
pretendo levá-la de tantas maneiras diferentes. Mas eu não posso lhe prometer
coisas que não vão acontecer. Eu não posso nem trazê-la para trepar na praia,
porque isso seria considerado sexo em público.
Então, eu só falo a verdade, — Eu te amo — eu sussurro.
Ela fica na ponta dos dedos dos pés e me beija docemente nos lábios. Passo a
mão pelos cabelos e, em seguida, mordo o ombro de brincadeira antes de colocar
um beijo igualmente casto em seu pescoço. Ela treme em meus braços, e eu não
a provoco mais. Temo que um beijo pode levá-la a querer mais. Não tem
acontecido desde a sua humilhação pública, mas eu sei que pode ser muito fácil
para voltar para lá.
Subimos para o taxi, Lily e eu no assento do meio, e Daisy se espremendo ao
lado da irmã. Rose e Connor sentam na frente, e Ryke e Melissa estão
alegremente confortáveis na parte de trás.
Ryke tem Melissa presa contra a parte traseira do assento. Eu mal posso vê-la
atrás de seus amplos ombros. Sentado, as pernas se enroscam em torno de sua
cintura, e seu corpo se funde na dela. A mão dele desaparece debaixo de sua
camisa, e os lábios dela o devoram vorazmente. Ela não pode sufocar uma
respiração afiada quando ele suga seu pescoço.
Ela agarra de volta, se perdendo para suas mãos e sua língua. Lily vai ficar com
ciúmes. Porra, eu estou com ciúmes.
Enquanto Melissa tem os olhos fechados, os de Ryke estão abertos, e ele
encontra o meu olhar enquanto ele morde fundo o lábio. E ele olha pra mim,
basicamente dizendo, eu odeio que eu tenho que fazer isso. Mas é a coisa certa a
fazer.
E, francamente, eu não me importo se ele está chateado com isso. Seduzindo
Melissa tudo bem (tudo que ela quer é sexo de qualquer maneira). Seduzindo
Daisy não está tudo bem.
Eu viro de costas para ele, assim que Daisy se inclina para deslizar a porta
fechada. Se ela percebe a sessão pegação de Ryke e Melissa, ela não diz uma
palavra sobre isso.
O balançar do táxi ao longo da rua irregular, a faixa iluminada na escuridão,
sinais do clube piscando e piscando. Constantemente me chamando.
Eu abro a embalagem de viagem e puxo um taco de peixe, dando uma mordida
enquanto Lily repousa a cabeça no meu ombro.
Connor gira ao redor de seu assento para ficar em frente a nós. —Você
conseguiu marcar sua prova de recuperação? — Pergunta ele a Lily.
Ela senta imediatamente. E eu amaldiçoo ele por fazer com que ela se afaste de
mim. Mesmo que Lily seja tecnicamente a trapaceira aqui, estudando exames
antigos. — Eu estou indo bem — ela diz vagamente.
—Isso realmente não é o que eu perguntei.
Suas bochechas coram. — Sim, eu marquei a prova de recuperação.
—Tão ruim assim, hein? — Ele se vira para Rose. —Eu lhe disse que Sebastian
não é tão inteligente. Ele comprou sua formação em Princeton. Você deveria ter
deixado Joseph Kim ensiná-la.
—Sebastian é inteligente — Rose rebate. —Você não o conhece como eu.
Connor tem um rosto em branco, mas se ele fosse mostrar emoção verdadeira, eu
acho que ele estaria chateado por isso.
—Eu realmente estou bem —, diz Lily.
Connor não pode esconder sua cara feia. — O que é estar bem? A 75? — Eu o
corto odiando bater em torno deste arbusto, mas Lily está muito nervosa para ir e
dizer isso. —Ela fez um 95 em seu exame de Estatística — Antes que Connor
abra a boca, eu acrescento — Ela não queria prejudicar os seus sentimentos de
tutor.
Rose sorri e inclina a cabeça para Connor. — O que você estava dizendo sobre
Sebastian?
—Espera ...— Connor segura a mão em seu rosto. Os olhos de Rose crescem,
enfurecidos com a mão. Acho que ela vai arrancar os dedos fora. — Houve um
desvio?
—Não — diz Lily.
Rose agarra a mão de Connor. —Por que você não pode acreditar que Sebastian
é um bom professor? — ela pergunta.
Ele cobre a boca com a palma da outra mão, não parando de atormentar Lily.
—Será que você tomou Adderall?
Rose beija a bolsa e olha para o peito de Connor, batendo nele com a clouth e
amaldiçoando até que ele deixa cair sua mão de sua boca. — Isso foi
desnecessário — Ela aponta o dedo para ele.
E eu juro, ele tenta não sorrir. Eu acho que ele gostaria nada mais do para ficar
cara a cara com ela no banco e fazer com ela tanto quanto Ryke está fazendo
com Melissa. — Rose, querida — ele sussurra. —Não vamos tirar conclusões
por causa de preconceitos pessoais. Eu não conheço Sebastian como você o faz.
—Exatamente — ela diz como se tivesse ganho.
Ele ignora isso e acena com a cabeça para trás, para Lily. Eu acho que ele pode
ser um pouquinho mais esperto do que Rose. Se eu dissesse isso, ela
provavelmente iria arrancar meus pulmões.
—Lily, você tomou Adderall? — Connor pergunta novamente.
Ela balança a cabeça rapidamente. —Nãaaao — ela censura junto. —Eu estudei,
Connor. Normalmente de forma natural como você me ensinou.
—E Sebastian claramente ajudou — Rose acrescenta. Connor balança a cabeça.
— Não ... algo não está certo.
Rose bate em seu braço. — Você não pode admitir que você está errado. Esse é o
problema.
—Eu sei quando estou errado, Rose, e eu não acho que eu estou aqui.
—Quantas vezes mesmo você falou com Sebastian?
—Algumas — diz Connor. —Ele corre porta a fora na hora em que eu entro, e
ele mal me olha nos olhos. Somente os mentirosos e trapaceiros não pode
encontrar o meu olhar.
Lily afunda mais em seu assento.
—Lily não trapaceia — Rose rebate, seu olhar fixo escurecendo.
Eu me intrometo com medo que de repente, estar promovendo uma rachadura
em seu relacionamento, — Lily não é tão estúpida quanto você pensa, isso é
realmente tão difícil de acreditar?
—Sim — diz Connor. — Passei meses tutoreando Lily, e ela nunca fez melhor
do que um C.
—Talvez eu apenas seja boa em estatística — Lily dá de ombros.
—Você bombou nos seus dois primeiros exames.
Rose levanta a mão para cortar o que estamos discutindo. — Ou talvez — ela
diz, jogando sua voz fria de volta para Connor, —Sebastian é apenas um tutor
melhor do que você.
Connor inclina a cabeça para ela como se ela estivesse sendo tola. — Não, não
pode ser isso.
Ela solta um grunhido exasperado. —Você é impossível.
—Você me ama— ele fala no assunto com naturalidade.
Ela engasga. —Eu nunca disse uma coisa tão estúpida— Essa é a sua resposta.
Mas ela fica de um brilhante rosa.
Connor levanta as sobrancelhas para ela e, em seguida, fixa sua atenção de volta
para Lily. —Você quis trapacear?
Ah Merda.
Em vez de interromper, Rose espera por Lily responder neste momento. Lily
precisa ficar forte aqui.
Mesmo que estamos inadvertidamente nos aliando com Sebastian, em vez de
Connor, esses testes são importantes para o futuro dela em Princeton. Passamos
anos mentindo para as pessoas sobre nossos vícios. Nós estamos transando bem
no que fazemos, mas me lembro de todas as vezes em que eu tive que acalmá-la,
para aplacar a ansiedade sobre estar mentindo na frente de Rose e seus pais.
Mentira come ela por dentro mais do que a mim.
Lily agarra minha mão com força, e com uma voz firme, ela diz: — Eu estou
sendo honesta, Connor. Não trapaceei, sem drogas, sem nada. — Ela balança a
cabeça para si mesma. —As coisas mudaram. Eu estou apenas mais focada agora
— Seu tom é sincero, algo difícil de rejeitar.
Eu coloco meu braço em torno do seu ombro e assisto Connor ficar tranquilo.
Mas ele não parece cem por cento satisfeito. Eu diria que ele é, pelo menos,
quarenta por cento, o que é bom o suficiente para agora.
Antes que ele diga algo mais, Rose beija Connor no braço, e os dois começam a
discutir em Francês. Eu não posso entender nada disto, mas eu tenho certeza de
que eles estão trocando palavrões.
Lily se encolhe, observando os olhos de Rose furando Connor, suas palavras
soando desagradável. E ele é rápido para retrucar de volta. Lil se inclina para o
meu lado e sussurra: — Eu não gosto de mentir para ela.
Eu aperto o seu braço. — Nós vamos fazer isso direito — Eventualmente.
E então o táxi bate em um buraco e meu estômago começa a torcer sobre si
mesmo, o envio de uma dor através de mim. Eu toco meu abdômen quando se
intensifica. Eu tiro o braço de Lily e seguro a porta do taxi. Que diabos está
acontecendo?
—Lo?
Abro a boca para falar, mas uma onda de náusea bate em mim.
—Lo ?!— Sua voz estridente acalma o carro.
—Encoste — Eu ouço meu irmão dizer. —Encoste agora— Minha cabeça está
um borrão. Eu planto a minha mão sobre meus lábios, e logo que o táxi para eu
arremesso a porta aberta, estou vomitando na estrada. Minha garganta arde e
meus músculos queimam.
Tudo começa a vir. Mas para cada jato, minha cabeça martela, meu corpo dói, e
eu acho que alguns animais querem rastejar para fora do meu estômago. Ele tem
garras arranhando e rasgando minhas entranhas.
—Será que ele bebeu? — A voz fria de Rose no fundo, arde em meus ouvidos.
—Que merda que você bebeu ?!— Ryke grita comigo, com a voz mais alta.
Eu balanço minha cabeça e vomito novamente, os carros zunindo e buzinando
como se eu fosse um outro estudante bêbado universitário em férias da
primavera. Mas eu não tomei nenhuma porra de cerveja. Nem mesmo uma gota
de uísque. Eu não entendo. Eu não o fiz. Eu não fiz nada de errado.
Lil agarra meu braço, e eu encontro brevemente os olhos, e a inundação de
decepção parece pior do que essa dor.
Eu não fiz nada de errado.
Mas eu não tenho voz para dizer isso. Estou muito ocupado vomitando.
















{27}

LILY CALLOWAY
Passei a noite inteira com Lo no banheiro do hotel, enxugando a testa suada com
uma toalha morna e tendo certeza de que ele não está doente o suficiente para ter
que ir a um hospital.
Acho que todos nós exageramos no taxi, mas ficou claro que sua doença não era
intoxicação alimentar.
Ele literalmente apenas deu uma mordida em seu taco de peixe. A intoxicação
alimentar não funciona tão rápido. Portanto, todos nós calculamos que Antabuse
era o culpado o que significava uma coisa.
Ele recebeu álcool.
Ryke gritou com Lo enquanto ele vomitava as tripas ao lado da estrada, mas eu
não acreditava que Lo poderia ter secretamente tomado doses de uísque ou
alguma outra mistura. Nem quando estávamos todos sentado à mesa. Ele não é
tão estúpido.
Mas havia uma incerteza suspeita rastejante. O que atraiu meu processo mental.
Viciados mentiam. Eu nunca pensei que Lo iria começar a mentir para mim
também. Temos sido uma unidade por tanto tempo que eu não percebi que eu
poderia ter deixado isso de fora tão facilmente e sem aviso prévio. Eu me
perguntei, por um breve momento, que se ele podia mentir todo este tempo sobre
estar sóbrio, então ele pode estar escondendo outros segredos de mim. E eu nem
sequer percebi isso.
Connor foi o único a fazer calar as dúvidas de todos, inclusive a minha. Ele disse
que havia uma alta probabilidade de que o peixe era passado na cerveja, um
detalhe que Lo pode ter negligenciado antes de encomendar. Assim Rose ligou
para o restaurante, e com certeza, os peixes não só foram fritos com cerveja, mas
tequila também.
Lo se move com preguiça esta manhã, escovando os dentes, praticamente
debruçado sobre a pia. Ele parece um pouco como ele costumava parecer antes
de sua sobriedade como ele acabava acordando após uma noite de bebedeira.
—Você está bem? — Pergunto baixinho. —Podemos ficar aqui, se quiser.
Um palco foi montado na praia para um de show Spring Break ao ar livre, e
todos nós estamos supostamente indo para lá em breve. Eu não posso imaginar o
caos e o barulho serem agradáveis para ele.
Enquanto espero por sua resposta, eu sento na banheira para começar a raspar
minhas pernas, normalmente eu acabaria fazendo uma rápida depilação na pia,
mas nós a compartilhamos com outras cinco pessoas.
Ele cospe na pia. —Não— ele diz e limpa a boca em uma toalha. —Eu quero ir,
e honestamente eu me sinto melhor do que estava ontem à noite. .
A porta do banheiro se abre, e Ryke desliza dentro, já vestido em um mankini
azul neon. Lo confessou sobre os trajes de banho há alguns dias atrás, e
estranhamente Ryke prefere usar a escassa tira de pano sobre os troncos do que
Connor e Lo escolheram. Ele afirma que recebe um melhor bronzeado, mas eu
acho que ele gosta da forma como todas as meninas olham para sua bunda.
Eu pego uma gilete, e com foco em minhas panturrilhas espinhosas, em vez de
sua ....área.
—Como está se sentindo? — Ryke pergunta enquanto Lo começa a aplicar
protetor solar ao longo de seu abdômen.
—Como merda. Deve ter sido aquela garrafa de uísque que eu me empanturrei
enquanto vocês estavam todos sentados em volta de mim, — ele se cutuca. —Oh
não, espere foi disso que você me acusou.
—Eu já pedi desculpas — Sua voz continua a áspera e ele olha para mim,
distraído. —Lily, o que os diabos você está fazendo?
Lo segue seu olhar e revira os olhos. —Ela está só raspando as pernas.

—O que ele disse — eu digo, tentando me concentrar e então não assassinar meu
joelho ou tornozelo. Esses são os pontos mais complicados. E desde que eu estou
ensaboando minhas pernas só com uma barra de sabão, eu tenho menos espuma
para trabalhar.
—Por que você não toma um banho?
Deixo escapar um suspiro exasperado. — Isso dá muito mais trabalho.
— Você é tão preguiçosa como Lo.
Eu dou de ombros, não negando. Ryke coloca sua atenção de volta para seu
irmão. —Você já tomou sua pílula?
—Sim — Ele segura a garrafa de protetor solar para mim. —Você pode passar
nas minhas costas quando tiver terminado de se depilar?
—Eu vou fazer isso agora. Eu só terminei com esta perna — Eu enxaguo a
minha perna e giro à direita na borda de porcelana. Ele se senta ao meu lado para
que eu não tenha que me levantar para chegar à sua altura. Eu derramo um pouco
de loção em minha mão e começo a esfregá-la suas costas nuas.
Um pensamento pecaminoso se arrasta em minha cabeça de Lo virar e me levar
aqui na borda. Eu escarranchando o ponto entre as minhas pernas contra a frieza
da banheira. Isso é apenas ruim, eu tento sufocar o meu desejo e qualquer
atração rapidamente. Sem sexo, hoje não, não esta semana. As palavras não me
devastam tanto quanto eles teriam antes.
Ryke mantém seu olhar sobre Lo, o ceticismo rastejando em seus olhos. — Onde
está o frasco de comprimido?
Seus ombros tensos. — em cima do armário da pia.
Eu suavizo as faixas brancas ao longo da pele Lo, meus dedos dançando ao
longo das costas. Eu queria poder tocá-lo em outros lugares, o que eu percebo é
o meu problema. Eu não deveria querer ter relações sexuais quando eu estou
apenas esfregando loção nas costas. Certo? Talvez não seja tão estranho, mas eu
sei que minha persistência para ir mais longe e mais longe é errado.
No entanto eu não deveria ir. O que apenas me suga.
E não é uma boa sucção se você mente.
Não, isso é um mal chupar, o que eu não acho que poderia existir. Mas ele existe,
este é definitivamente um tipo ruim de chupar.
Ryke alcança o armário e um segundo mais tarde, com o recipiente laranja em
sua mão, e então ele mostra aberto, derramando os comprimidos sobre o balcão.
—O que diabos você está fazendo? — Lo pergunta.
Ryke os move para fora em pequenas pilhas, e de repente eu percebo —o que
diabos ele está fazendo — contando.
Lo fica rígido quando o mesmo pensamento o golpeia. Mas ele não deve ter nada
a temer. A menos que...
Ryke começa balançando a cabeça e colocando as pílulas de volta na garrafa.
—Por que você mente para mim?
—Quando você começou a contar os meus comprimidos? — Lo pergunta, as
sobrancelhas franzidas.
—Quando você começou a tomar.
—Você não tinha o direito.
—Eu tenho todo o direito, você é um viciado, Lo. Você mente, você trapaceia,
você fode ao redor das regras para obter o que você quer. Eu vou atrás de você,
porque eu me importo, não porque eu estou tentando minar a sua privacidade.
—Me diga algo que eu já não tenha ouvido! — Lo grita. —Eu sou uma fraude,
eu sou um mentiroso. Entendi, e se isso incomoda pra caramba, há a porra da
porta.
Uh-oh. Eu deveria voltar para raspar minha perna. Mas eu não posso parar de
assistir.
O rosto de Ryke vira pedra. Ele pega uma garrafa de água da pia e entrega para
Lo, juntamente com uma pílula. — Pegue.
—Você não me ouviu? — Lo zomba. Ele empurra a mão de Ryke de volta. —
Eu não quero isso.
Dói ver ele negar algo que o ajuda. —Lo— eu digo em voz baixa. —Apenas
pegue isso.
Ele salta fora da borda da banheira como se eu o tivesse eletrocutado, e, em
seguida, ele olha para mim e Ryke como se nós fossemos os inimigos agora.
—Vocês dois não entendem.
Me levanto, não me importando em raspar minha perna esquerda neste
momento. —O que eu não entendo? — Eu pergunto, asfixiada, me sentindo
ferida.
—Na noite passada, eu vomitei as tripas com tacos de peixe medíocres. Eu não
poderia mesmo perceber a tequila ou cerveja na massa ou o que diabos estava
sobre eles! Como no inferno vou saber que não vai acidentalmente acontecer
novamente.
—Então leia a porra do menu da próxima vez— Ryke diz a ele. —Pergunte ao
garçom, peça a porra do chef. Não arranje desculpas.
—Eu não estou dando desculpas, mas ficar sóbrio não deveria ser todo este
trabalho maldito. Eu não deveria ter que colocar um despertador para me
lembrar de tomar a pílula. Eu não deveria ter que passar cinco horas por semana
em terapia — O peito de Lo sobe e desce pesadamente. —E você ... não é justo
que seja assim tão fácil para você. Beber água todos os dias, fazendo com que
pareça que não é nada.
—Eu não sou você, Lo. Não tente nos comparar.
—Como eu posso não comparar? — Lo fala, levando as duas mãos trêmulas
pelo cabelo. —Você fica lá me dizendo o que fazer, o que é melhor para mim
como se tivesse passado por tudo isso antes. Você nunca sequer tomou Antabuse,
Ryke. Você não sabe como isso é porra!
Eu não tenho certeza do que dizer ou fazer agora.
—Eu só estou tentando ajudar — diz Ryke. — Pare de me afastar. Lo agarra a
pia com força.
Eu concordo com Lo, ficar sóbrio dá mais trabalho do que qualquer um de nós
pensou ser possível, e, obviamente, Lo e eu somos o tipo de pessoas que só dão
dez por cento de nossa energia. Eu não sei se é porque sempre fomos
preguiçosos, ou se estamos apenas apáticos. Mas agora, neste momento, eu me
importo. Eu só espero que Lo também se importe.
—Ele nem sequer faz os desejos parar — Lo fala, apontando para a pílula nas
mãos de Ryke.
—Não, não — ele concorda, — mas quando você está nele, só sente o que ele
faz quando bebe, e eu tenho certeza de que é o suficiente para motivá-lo a evitar
a bebida.
Lo hesita. —Foda-se — ele amaldiçoa, esfregando os olhos.
—Você deve tomar — eu digo a ele. —Se eu tivesse uma pílula mágica que me
fizesse vomitar toda vez que eu olhasse pornô, ela provavelmente iria ajudar.
Eu não sei se ele me ouve, ou a Ryke, ou sua própria consciência guerreando,
mas algo vence. Ele se vira e aceita a pílula de seu irmão.


A canção de rap remixada sangra na área lotada, estudantes universitários
vestidos de maiô jogando seus punhos no ar e dando grandes goles em vodka
direto das garrafas de água. Eu tenho o melhor assento na praia.
Direito sobre os ombros de Lo.
A altura me dá uma vantagem a partir do calor sufocante e odor de corpo suado.
Eu também tenho vista privilegiada do palco, onde o rapper em tons brilhantes
anda ao redor e salta em uníssono com a multidão agitada.
Lo não saiu do meu lado durante todo o show. Não para comprar uma cerveja, ir
a um bar ou para encontrar sua maneira de beber.
Eu não fiz uma tentativa sobre ele ou pedi sexo. Nós estamos tendo puro
divertimento.
A canção termina e eu coloco os meus dedos na minha boca, deixando escapar
um assobio alto enquanto todos aplaudem e gritam. Em baixo de mim, o resto do
nosso grupo tenta permanecer junto e não ser empurrado longe demais.
Rose veste um maiô preto completamente coberto e está rigidamente entre a
multidão, petrificada pela proximidade de tantos corpos. Connor não podia ser
mais composto. Ele é como um camaleão, se adaptando a atmosfera festa e
bebida com facilidade. Ele a mantém próxima, com as mãos em seus quadris, e,
normalmente, ela provavelmente o empurraria. Mas eu acho que o medo de bater
em alguém e cerveja ser derramada em todo o seu maiô e peito supera seu medo
de intimidade com Connor.
Melissa tem tudo totalmente perdoado com Ryke. A sessão de amassos mais ele
tateando embaixo de sua calcinha solidificou seus planos para ficar em Cancun.
Eu teria ficado mais ciumenta na noite passada se Lo não estivesse doente. Mas
sua pele pegajosa e pálida literalmente reencaminhou toda a minha mente.
Mesmo que eu tenha ouvido risadinhas de Melissa embaixo da coberta no
escuro, eu não me importava tanto assim. Eu só queria que Lo se sentisse
melhor.
Melissa está de bom humor agora. Ela se senta sobre os ombros de Ryke,
batendo ao meu lado quando a próxima música é iniciada.
Uma rajada de fumaça flutua pelo meu nariz, e eu cheiro o ar salgado. O
conjunto está iluminado por toda esta praia, o cheiro avassalador, mas este está
tão perto que eu olho para baixo. Daisy está bem na frente de Ryke e Lo,
segurando um cigarro entre dois dedos. Pelo menos não é maconha, pelo menos
isso. Ela sem esforço mantém o cigarro de alguém muito próximo queimando, e
ela levanta a cabeça soprando a fumaça para o ar longe de outras pessoas. Exceto
de mim, é claro.
Deixei Daisy fumar em inúmeras ocasiões. Eu não achava que era meu dever
dizer às outras pessoas parar quando eu mal consigo me conter. Eu odeio o
pensamento de ser uma hipócrita. Mas tenho a impressão de que Daisy é a única
que fuma para fins recreativos. Eu imagino que se a recreação pode se
transformar em um hábito, que se transforma em um vício. Eu simplesmente não
posso suportar que Daisy passe pelo que eu passo.
Antes que eu possa dizer qualquer coisa, Ryke arranca o cigarro direito de seus
dedos e o joga na areia.
Eu não vejo a reação dela porque o rapper parou de cantar e começa a falar, a
música ainda tocando atrás dele. — Agora eu quero ver mais moças no ar! Sobre
os ombros agora! Vamos! — Meninas começam a subir nos ombros dos homens
aleatórios, sendo levantadas no ar como Melissa e eu.
Connor nem sequer pergunta a Rose, provavelmente sabendo que ela prefere
manter os pés firmemente plantados no chão. Daisy bate em um cara vestindo
bandana na frente dela. Ele lhe dá um longo e descarado olhar da cabeça aos
seios, ele se foca principalmente nos seios que se encaixam em um biquíni verde
neon, a franja acentuando os peitos dela de uma pequena taça tamanho B para C.
—Eu sou a luz — ela diz a ele. E então ela sussurra em seu ouvido.
Melissa está observando Ryke com maior escrutínio, mas ele não disse uma
palavra. O cara quebra em um grande sorriso estúpido, que não é bom. Estou
pensando em coisas sexuais que Daisy lhe sussurrou e que ela vai devolver o
favor de se sentar em seus ombros. Favores sexuais, é claro.
Mas talvez seja apenas a minha mente suja pregando peças em mim novamente.
Eu coloco minhas mãos sobre a cabeça de Lo e olho para baixo para ele. Ele está
olhando para o cara. Então talvez todo mundo está tão sujo como eu. Eu sorrio
com a ideia.
O cara da bandana se abaixa para deixá-la em seus ombros.
Quando ela está na minha altura, ela se vira um pouco e me dá um toque de mão,
alheia aos caras super protetores abaixo de mim.
—Garotas! Digam Sim! — O rapper canta.

—Sim! —, isso é um tipo de diversão. Meu sorriso toma conta do meu rosto.
—Rapaziada Diga Sim!
—Sim!
Ele continua uma parte de sua música, o ritmo bombando e minha visão
oficialmente indo com a quantidade de meninas nos ombros.
—Agora, senhoras! — Ele volta à sua fala. —É Spring Break! Vamos ver
aqueles peitos!
Espera. O que?
Eu ainda estou tentando entender enquanto as meninas ao meu redor me
respondem e arremessam fora seus biquínis, como se o rapper tivesse dito uma
palavra mágica.
Tudo o que eu ouvi foi peitos, que tem o efeito oposto sobre minha vontade de
mostrar os seios. Todo mundo com entusiasmo bêbado, olhos arregalados com a
visão dos mamilos e partes flexíveis.
Peitos de todos os tamanhos balançam e saltam em torno de mim. Eu estou
batendo no rosto de Lo, nariz, bochecha para me abaixar. Me abaixe, eu preciso
descer. Agora.
Ao meu lado, Melissa já puxou a corda do seu top. O que é legal. Ela tem seios
bonitos.
Ela deixa cair sua parte superior sobre a cabeça de Ryke. Ele agarra e olha para
cima, exatamente o que ela queria.
Eu não tenho muito a mostrar, e eu estou facilmente envergonhada. Claramente.
Eu vejo algumas outras garotas descendo dos ombros, não querendo tomar parte
nisso também.
—Daisy! — Rose grita a partir do chão.
Assim que Lo me define em meus pés, eu levanto meu pescoço e vejo onde
Daisy está dedilhando o fecho nas costas.
—Daisy! — Eu grito com os olhos arregalados, igualmente tão mortificada
como Rose. Eu não quero que ninguém veja os peitos da minha irmã de
dezesseis anos de idade. Se ela quiser arrancar o top do biquíni em dois anos,
então que assim seja, mas agora não.
Lo coloca as mãos sobre meus ombros. — Jesus Cristo — ele amaldiçoa,
tentando desviar os olhos.
Daisy apenas olha para mim, sorrindo de orelha a orelha.
Rose está prestes a engolir sua ansiedade e empurrar através de todos estes
corpos para alcançar Daisy e torcer seu pescoço. Mas, então, Daisy deixa cair a
mão dela com uma risada.
—Assustei? — Ela pergunta, balançando as sobrancelhas.
Sim. Ela me assustou, mas pelo menos ela não tinha a intenção de fazer isso, tem
que contar para alguma coisa.
Seus olhos piscam ao meu lado. Não em Lo, mas para Ryke. Suas feições duras
normalmente estão ligeiramente escurecidas. E eu acho que ele está realmente
tentando, com dificuldade não chamar Daisy a uma provocação, só para irritá-la
e começar algo.
É o que ele faz.
Quanto mais tempo ela olha para Ryke, mais seu sorriso desaparece. Ela se vira
de costas para nós, inclinando para a frente e diz algo para o cara da bandana.
Ele a coloca no chão, com segurança na Terra, e antes que ela retorne para o
nosso grupo, ela continua falando com ele, mesmo com a música alta.
Ela balança a cabeça muito. Ele sorri ainda mais. Eu não gosto disso. Porque ele
deve ter por volta de seus vinte e tantos anos e ela é apenas uma adolescente.
E, em seguida, sua mão descansa em seu quadril e começa a viajar para a bunda
dela.
—Eu estou a trinta segundos — Lo fala sob sua respiração, seus olhos cintilando
para Ryke.
—Eu estou a quinze.

Eu franzo a testa. Para quê? Intervir?
Connor parece entre eles. —Vocês dois não pode estar falando sério. Ryke olha
para o relógio. — Cinco…
—Ela é uma garota inteligente — Connor os lembra.
—Ela tem dezesseis anos — diz Lo.
—Três…
E então o cara dá um tapa em sua bunda e Ryke está prestes a colocar Melissa no
chão. Mas Daisy apenas sorri e acena um adeus para o cara e vem até nós.
Quando ela observa nossos rostos, seu sorriso contorce em uma cara fechada,
confusa como eu. Agora eu estou muito positiva, há muita testosterona
bombeando nesta área.
—O que há com todos vocês? — Daisy pergunta. —Lo, você olha como se
estivesse indo estourar um vaso sanguíneo.
Ele está quase. Mas ela tenta minimizar. — Esse cara me disse de um bom lugar
para nadar com tubarões. Qualquer interessado nisso?
Todo mundo fica quieto.
E ela fala novamente. —O que foi? O que eu fiz?
—Aquele cara praticamente enfiou a mão por baixo do seu biquíni — Ryke diz a
ela, — e você não se importou.
Melissa tem os braços cruzados sobre o peito. Seu humor está lentamente
mudando.
Rose me lança um olhar duro e gesticula com a boca momento de meninas. Sim.
Definitivamente.
Eu pego a mão de Daisy, querendo ar também, mas principalmente querendo
Daisy fora de seus olhares de julgamento por um segundo.
—Espere, eu não fiz nada de errado — ela fala. —Ele estava apenas sendo
gentil.
—Você é realmente tão ingênua? — Lo pergunta. —Porque se você for,
devemos considerar enviar você para casa antes que alguma merda terrível
aconteça.
—Eu não sou ingênua — ela fala. —Ele estava feliz.

Ryke se encolhe. —Você deixou que ele batesse na sua bunda porque o fazia
feliz? — Sim, isso não soa certo.
—Ok — Eu digo. — Nós estamos saindo. Certo Rose?
—Sim — Ela dá um olhar fulminante a cada um dos rapazes. Connor levanta as
mãos.
—Eu não disse uma palavra.
Seus olhos suavizam para ele. — Você está isento,
—Daisy — Ryke diz o nome com tanta emoção que calafrios percorrem meu
braço. E os seus fodidamente quente aqui fora. Eu acho que ele quer dizer um
monte de coisas para ela lhe dar algum tipo de conversa animada sobre como ela
não tem que agradar a outras pessoas a fazer se sentirem melhor com isso vai
doer nela no final. Mas Melissa inclina a cabeça para baixo e começa a sussurrar
em seu ouvido, impedindo ele de falar o que pensa.
Então Daisy diz: —Eu te vejo por aí — E ela realmente me arrasta fora para um
tiki bar que fica na praia. Rose corre atrás de nós, querendo sair da confusão de
pessoas também.
Descansamos nossos cotovelos no balcão, e eu compro uma garrafa de água
enquanto Rose e Daisy aguardam a bartender misturar suas margaritas.
Rose bate as unhas em cima do balcão, inquieta como sempre. — Daisy — ela
fala. — Tem algo que você precisa nos dizer?
Daisy fica entre Rose e eu, e ela balança sob seus pés. —Eu não vou dormir com
aquele cara, — ela diz — Eu não faria isso. Eu só disse a ele que achei ele
bonito, e em seguida, depois, lhe perguntei sobre os tubarões.
Eu enrugo a testa. —Sério? — Era essa a “conversa proibida”? Talvez todas nós
estamos muito focadas em sexo. Somos as únicas a ser vulgar.
— Quero dizer, ele disse algumas coisas sugestivas, mas honestamente eu não
estava tentando flertar de volta — Ela encolhe os ombros como se não fosse
nada. — Estou acostumada a isso.
—Qual parte? — Rose pergunta friamente. —O toque ou o flerte? Porque se
você estiver indo tirar fotos onde a equipe está colocando a mão em você...
—Nanananão — ela fala, pronunciando a palavra como eu quando estou
tentando encobrir uma mentira. — Isso nunca aconteceu, mamãe vem comigo.
Ela não deixaria ninguém me tocar de forma inadequada.
Rose acredita nela, ela balança a cabeça, mas eu olho para Daisy por um longo
tempo, não tão confiante. Talvez porque eu tenha mentido durante tanto tempo
que eu posso ver através dela.
Daisy encontra o meu olhar preocupado e ela envolve um braço em volta do meu
ombro. — Eu estou bem, Lily.
Eu não sinto como ela estivesse.
Me lembro de ser jovem, tentando navegar entre o certo e o errado em um lugar
onde as linhas se misturavam de um modo muito frequente. Mas, eu tinha Lo
para me pegar ao cair se certificando de que não eu não iria me afogar no fundo
do poço.
Daisy foi atirada para este mundo de modelagem sem nenhuma de nós estarmos
lá para pegá-la. Ela está sozinha e confusa. E eu não sei como consertar isso sem
dizer a ela para sair. Mas ela nunca iria deixar isso não por causa do dinheiro,
mas porque sua carreira está relacionada com a felicidade da nossa mãe. E
manter nossa mãe feliz faz Daisy feliz.
O meu telefone vibra, e eu verifico o identificador de chamadas. Poppy.
Eu clico em desligar o telefone e deslizo ele de volta no bolso dos meus shorts
jeans.
—Quem era? — Daisy pergunta, falando acima do barulho alto do liquidificador.
—Poppy — Rose olha para o bartender por ser tão lento, e a testa de Daisy
enruga em confusão. — Por que você recusou a ligação dela?
—Eu só não sinto vontade de falar — É a verdade. E de qualquer maneira, a
minha relação com Poppy está no seu melhor distante. Ela é seis anos mais
velha, então quando entrei na nona série, ela estava a dois anos na faculdade e
noiva.
O telefone de Rose toca, e ela responde a chamada no primeiro toque. —Olá
Poppy — Ela me dá um olhar afiado, mas quase nada chateado como o de Daisy
agora.
—É por isso que você não responde às minhas chamadas? — Daisy pergunta.
—Você apenas não sente vontade de falar?
A acusação dói quando eu me lembro que Daisy é quatro anos mais nova do que
eu, cinco anos, em agosto quando faço vinte e um. Quase a mesma diferença de
idade entre Poppy e eu.
Mas qualquer capacidade de curar um relacionamento com minha irmã mais
velha navegou há muito tempo. Ela é casada. Ela tem um bebê e começou sua
própria família. Eu tenho uma chance de ser uma irmã para Daisy, e eu estou
tentando não me condenar tão duramente.
—Não, não é isso, Daisy.
—Sim, Poppy, estamos nos divertindo. Os mojitos são fracos, mas as margaritas
são geralmente boas.
Os olhos de Rose ainda estão plantados no bartender lento espremendo o limão
na massa congelada. — Sim, Lily está conosco. Ela não poderia ouvir seu celular
por causa de todo o barulho.
Daisy cutuca o meu braço. —Então o que é? — Ela pergunta, à espera de uma
desculpa viável. É isso, eu acho.
Este é o momento onde eu deveria ser eu honesta e lhe dizer que tenho um vício
em sexo e que, no passado, eu preferia sexo sobre qualquer outra coisa, até
mesmo falar com ela.
Minha garganta aperta por um minuto, e então eu digo: —Eu apenas sou
desajeitada no telefone, eu acho que prefiro mensagens de texto — A mentira
tem gosto um amargo e revira meu estômago.
Daisy olha para o bar, calada, o que eu não tenho certeza que se é um bom ou
mau sinal.
—O quê? — Rose fala pelo telefone, perplexa. —Tem certeza que foi
endereçada a Lily?
—O que está acontecendo? — Pergunto.
—Espere, me deixe perguntar — Rose segura o telefone com uma mão e me
puxa para longe do bar, nos separando um pouco de Daisy, mas ela se junta a
nós, curiosa. Eu também estaria se eu fosse ela. —Será que você enviou uma
encomenda para a casa de Villanova? — Rose pergunta. Villanova ... casa dos
meus pais? Por quê…
—Porque eu faria isso?
Os ossudos ombros de Rose se enrijecem duramente.
—Que encomenda? — Daisy pergunta.
—Aqui fale com ela — Rose me dá o telefone.
Eu pressionar o celular no meu ouvido, meus nervos pulando. —Ei, Poppy, o
que está acontecendo?
—Lily, eu estou na casa de Villanova para a festa de aniversário de Maria— ela
explica em um tom abafado, como se ela tivesse medo que alguém vá ouvir. —
Harold trouxe a correspondência e, e há um pacote endereçado a você, é de um
site chamado Kinkyme.net. Há literalmente a letra X em toda a caixa. Ele estava
indo entregar para a mãe, mas eu o parei antes que ele pudesse.
—Eu não pedi isso — eu digo rapidamente, meu coração batendo no meu peito.
—Está tudo bem se você fez — Poppy diz suavemente: —Eu só estou querendo
saber por que você iria enviar algo como isso para cá, mamãe arrancaria sua
cabeça.
—Honestamente, eu realmente não pedi.
Rose parece um pouco cética, e eu me pergunto se ela acha que eu enviei o
pacote lá para esconder dela e de Lo ou algo assim. Ela confia em mim tanto
quanto Ryke confia Lo.
Eu tomo uma decisão repentina. —Poppy, você pode abrir e ver o que é?
Os olhos de Rose ficam feroz, mas agora ela não pode acreditar que enviei a
encomenda.
—Sim, espere — ela fala. Eu ouço ela desajeitada em seguida, o rasgo e o
barulho da fita. A voz dela reduz a um sussurro. — É um vibrador.
Eu faço uma careta.
—Espere, há uma carta — Ela faz uma pausa e o silêncio é angustiante. — Meu
Deus.
—O que-O que diz? — Eu gaguejo.
Rose bate o pé, irritada que ela não pode ouvir. Daisy repousa a mão no meu
ombro, me confortando mesmo que ela seja cega sobre a origem da minha
angústia. A culpa começa a rastejar quase imediatamente. Eu deveria ter dito a
ela. Talvez não. Sim. Não ... eu não sei. Minha cabeça dói.
Poppy lê em voz baixa: —Querida Lily, aqui está algo para cuidar de você à
noite — Ela faz uma pausa — Não há nenhuma assinatura. É de Loren?
—Por que Lo me compraria um vibrador? — Eu digo em voz alta, sem pensar.
—Vibrador? — A boca de Daisy cai aberta, juntando alguns dos pontos.
—Quem mais poderia enviar algo como isso para você? — Poppy pergunta.
—Deve ser uma brincadeira estúpida — eu digo. Da parte do chantagista. —
Você pode jogar fora antes que alguém veja isso? E você pode pedir a Harold
para não falar nada?
—É claro — diz Poppy. —Se você estiver tendo problemas para fazer amigos na
escola.
—Não é a escola preparatória, Poppy. É a faculdade. Ninguém está roubando
meu dinheiro do almoço.
—Então por que alguém faria isso?
—Eles devem pensar que é engraçado. Eu não sei, — eu digo rapidamente.
Minha garganta está começando a se fechar com um caroço e minha voz ameaça
tremer. —Ei, você quer falar com Rose?
—Claro
Eu entrego o celular a Rose, e ela se envolve em uma conversa cordial.
—Ei — Daisy aperta meu ombro em um abraço de lado. —É provavelmente
apenas algum perdedor bêbado de Penn que com quem você nunca falou ou algo
assim.
Lágrimas ardem nos meus olhos. Ela não poderia estar mais longe da verdade.
—Ah, não, por favor, não chore — Daisy me vira e pega minhas mãos,
balançando os braços como se ela fosse dançar comigo a qualquer momento.
— Estamos em Cancun. Férias de primavera. A melhor semana do ano. Não
deixe que algumas pessoas estúpidas consigam o melhor de você.
Ela está certa, então eu fungo e enxugo os olhos. Ela me puxa para um abraço de
verdade, e seus dedos passam por meu cabelo. Ela suspira com inveja. — Então,
curto e bonito — ela diz com um sorriso.
Eu esfregar meu nariz quando nos separamos um pouco. — É oleoso.
Ela me acena para fora e seus olhos vagam em direção ao palco. Eu segui seu
olhar e identifico os caras mais Melissa se afastando da enorme multidão. Eu
vou ter que dizer a Lo o que aconteceu. Não só o chantagista sabe que estou em
Cancun, mas ele sabe o endereço do meu pai.
Ele está tentando me enervar. Meio que está funcionando.





{28}

LOREN HALE

Na varanda, a música explode na piscina abaixo, mas pelo menos é mais privado
do que o quarto.
Todo mundo colocou roupas bonitas para o clube esta noite, nossa última
excursão em Cancun antes de viajar de volta para o mundo real, com
responsabilidades e compromissos.
Eu fico olhando para a tela do meu telefone. Cinco chamadas não atendidas do
meu terapeuta. Eu deveria ligar de volta, mas conversar com Brian me faz sentir
como um fracasso. Ele tem esse tom de voz supersensível equivalente a: eu
fodidamente acredito em você, e eu não posso ouvir isso. Eu não quero ouvir ele
tentar me acalmar ou me dizer que eu devo ficar seguro em minha cama em casa
onde o álcool não existe, onde o meu vício não está me olhando na cara.
Lily fez um melhor esforço para ficar em contato com sua terapeuta. Quando eu
vejo ela no telefone, Allison geralmente está na outra extremidade.
Me sento na cadeira de plástico e abro uma mensagem de texto que o meu pai
enviou recentemente.
Emily Moore
789 Huntington Unidade
Caribou, Maine 04736
Se ele estava se sentindo particularmente generoso, uma espécie de gentil ele me
deu espontaneamente o endereço da minha mãe de nascimento. Pedi a ele apenas
uma vez. Quando ele negou o meu pedido, eu não estava prestes a bajular ele.
Agora que eu sei onde ela mora, eu não sei o que fazer. Vê-la abrirá novos
portões que podem me fazer ruir.
Eu não tenho certeza que estou pronto para lidar com isso.

Minhas mãos tremem, e eu olho por cima do meu ombro. Ninguém me vê, mas
se eu ligar um número, eles vão acreditar que é meu terapeuta do outro lado da
linha. Ninguém vai me incomodar. Essa é a minha esperança, pelo menos.
Eu disco um número familiar, e quando a linha chama, ele fala antes de que eu
tenha uma chance. — Grandes chamadas de longa distância não são fodidamente
barato. Como você espera pagar por isso?
As palavras do meu pai me furam, trazendo insegurança com tanta facilidade.
—Isso não é realmente da sua conta.
—Greg Calloway dá suas filhas uma mesada. Lily não pode se dar ao luxo de
apoiar seu desinteresse para sempre.
Eu aperto o meu telefone na minha mão com força, tentando dificilmente me
concentrar. Eu tinha uma razão para chamá-lo apesar de tudo.
—Bem, desde que eu estou pagando por minuto, você pode parar de falar sobre
dinheiro e me deixar falar?
—Faça isso rápido, eu tenho que voltar para uma reunião. Ele saiu de sua
reunião para responder à minha chamada?
Isso é tudo o que processo. Greg nunca teria parado um encontro para uma de
suas filhas. E se Lily precisasse de seu pai, ele mandaria um assistente e, em
seguida, a encontraria depois que seu trabalho fosse concluído. Meu pai largou
tudo para me ver crescendo. Se eu ligasse para ele na escola, ele era o único que
iria ao gabinete do diretor. Mas eu só precisava dele quando eu estava em
apuros, e ele gritaria comigo por causá-lo.
—Você já encontrou o cara?
—Essas coisas levam tempo Loren — ele fala secamente. —As respostas não
apenas caem do maldito céu.
Eu aperto a ponta do meu nariz e puxo uma respiração forte. —Olha, aconteceu
outra coisa — eu digo rapidamente.
— Ele enviou um pacote para a casa dos Calloway.
Eu o ouço sussurrando no fundo como se estivesse à procura de papel e caneta.
— Ok, me dê os detalhes.
Eu explico sobre vibrador e a nota, tentando ser o mais específico, mesmo que
tudo o que eu quero fazer é encontrar esse cara e tornar sua vida um inferno. Ele
está a torturando.
—Ele não pediu nada? Nem um centavo?
—Não.
—Este merda doente está deixando claro que não se importa ou quer ser
encontrado, mas eu vou tentar o meu melhor — Ele faz uma pausa. —Como ela
está?
Eu sorrio amargamente. —Desde quando você se importa? — Ele não gostava
de Lily quando éramos adolescentes. Ele acreditava que ter uma mulher como
amiga era como um repelente para as meninas, e se ela não estivesse me
namorando logo, eu deveria chutá-la para o meio fio. Mas eu sabia que uma vez
começando um relacionamento falso com Lily, ele estaria satisfeito.
E ele era. Só porquê de repente ela se tornou útil para mim.
Eu nunca a vi assim um objeto que eu poderia foder ou jogar fora. A Percepção
de meu pai com as mulheres é demente.
—Por favor, ela é praticamente a minha nora — ele diz defensivamente. —E se
Greg e Samantha Calloway alguma vez descobrirem que ela é uma viciada em
sexo, não acho que eles vão reagir de acordo.
—O que isto quer dizer?
—Isso significa que quando vocês estiverem fodidamente quebrados e sem-teto,
eu vou estar aqui para pegar as peças. Somente como eu sempre fiz com vocês
dois. Limpando suas malditas bagunças.

Eu estreito meus olhos para o chão. Essa é a sua fodida maneira de dizer que ele
vai estar lá para mim quando tudo der merda.
—Basta encontrar esse cara — eu devolvo.
—Claro — Vozes surgem do outro lado e então ele diz: —Eu tenho que ir. Os
sócios estão ficando inquietos e impacientes, fodidos. Vejo você na próxima
semana?
Eu não sei por que, mas eu simplesmente acabo dizendo sim. Nós desligamos, e
eu me sinto tão paranoico e ansioso como eu estava antes. Obviamente, isso não
ajudou. Nenhuma conversa com meu pai nunca realmente o fez.



















{29}

LOREN HALE

A discoteca se transforma em um show ao vivo, com imitadores, dançarinos e
artistas de trapézio voador. Um enorme bar em forma de quadrado vai do chão
do centro, onde as meninas dançam e tomam doses no corpo. Nunca desde que
eu estive doente com os tacos de peixe, eu nem sequer pestanejei quando uma
bebida passa. Eu não tenho nenhum desejo de ficar doente de novo.
As meninas Calloway fizeram um objetivo de beber e dançar hoje à noite, o que
eu traduzo como: Estamos ficando bêbadas.
Connor, Ryke, e eu prometemos que elas poderiam ficar loucas e nós seríamos
os únicos responsáveis a cuidar delas. Por uma vez, eu estou do outro lado das
coisas. E me sinto muito bem.
Gosto de saber que eu tenho o poder de manter Lily segura. Antes de tudo, eu
estaria afastado com cada whisky que eu pudesse beber. Então, sim, isso é novo.
Mas é um novo bom.
As multidões não são tão grandes como no Show de ontem, e Connor comprou
uma mesa na sacada para que possamos manter um olho sobre as meninas.
Estamos sentados no mais alto nível, e as luzes psicodélicas e estroboscópicas
bem perto ao redor de Connor e eu. Ryke ainda está no banheiro.
Eu tenho uma visão clara das três meninas Calloway, todas elas pairam em torno
do bar quadrado. Rose carrega dois copos de alguma mistura rosa, distribuindo
um para Daisy.
—Você já viu Rose bêbada? —, pergunto a Connor. O evento tem que ser como
um eclipse lunar ou algo do tipo.
—Eu não acho que ela iria se permitir ultrapassar seus limites.

Concordo balançando a cabeça. Eu nunca a vi um pouco embriagada. —Ela
provavelmente tem muito medo de esbanjar e perder a virgindade com um cara
com QI menor que o dela.
Connor quebra sua expressão plácida de costume, sua boca abrindo em ligeira
surpresa.
Ah Merda. —O que foi que eu disse?
Ele toma um gole de seu vinho e seu rosto retoma seu regime de compostura
normal. —Eu não sabia que ela era virgem.
Merda. Porra. Merda. Lily vai me matar. Inferno, Rose vai ter minhas bolas em
primeiro lugar, eu deveria ter pensado melhor antes de abrir a maldita boca.
—Sinto muito — eu digo lentamente. — Eu pensei que você soubesse— Eu
arranho a parte de trás do meu pescoço.
Ele olha para o copo e balança a cabeça. Eu não posso nem começar a adivinhar
o que ele está pensando. Então eu tenho que perguntar. —Isso é uma coisa ruim?
— Meu coração esmaga instantaneamente com o pensamento. Por mais que
Rose e eu brigamos e lutamos, eu nunca iria querer arruinar seu relacionamento.
Especialmente com Connor, um cara que é malditamente encantador e perfeito
para a menina.
Ele não disse nada, e toda a minha culpa, de repente se transforma em raiva.
—Ei, ela é virgem, não a porra de uma leprosa — Eu aponto o dedo para ele.
—E se você largá-la por causa disso, então você é um maldito idiota. Há um
milhão de caras que de bom grado estariam com Rose. Por alguma razão, você
se encaixou em seu incrivelmente alto padrão, e se você machucá-la porque ela
não é experiente, eu juro por Deus, Connor, você vai desejar nunca ter me
conhecido — Eu termino o meu discurso retórico, me surpreendendo tanto
quanto Connor.
Eu aprendi muito sobre mim mesmo ao estar sóbrio.
Eu acho que eu sou o tipo de protetor de Lily, Daisy, e até mesmo Rose.
—Lo — ele diz o meu nome como se eu tivesse cinco anos e só fiz uma birra.
—Eu não me importo que ela é uma virgem. Eu me importo que estamos
namorando há seis meses e ela não me disse. Obviamente, eu tenho
superestimado o progresso no nosso relacionamento — Seus olhos piscam para
baixo para Rose enquanto ela balança com a música ao lado de Lily, e então ele
olha para trás e para mim. —E enquanto eu aprecio os sentimentos por trás dessa
ameaça, é realmente desnecessário. Eu não tenho nenhuma intenção de ferir
Rose.
Ele me acalma com algumas frases como se suas palavras fossem morfina
líquida, mas eu ainda me sinto obrigado a defender Rose desde que eu divulguei
seu segredo. — Ela gosta de você — eu digo rapidamente. —Ela é só ...— Ela é
Rose.
Eu não sei de que outra forma explicar isso.
—Eu sei —
Claro que ele faz. Ele sabe tudo.
—Quando ela tinha vinte anos, eu tinha uma suspeita de que ela tivesse perdido
a virgindade com alguém da sua equipe universitária de boliche, — ele abre,
partilhando informações que ele normalmente mantém a si mesmo.
—Ela geralmente deslizava para fora de abraços, mas ela deixou ele descansar
um braço em torno do seu ombro. Eu mesmo vi ele beijá-la em um corredor. Ela
não recuou — Ele balança a cabeça, olhando para Rose a distância. —Acontece
que ela estava jogando comigo.
—O que você quer dizer?
—Ela sabia que eu estava assistindo. Ela sabia que eu poderia dizer se ela era
inexperiente, então ela tolerou qualquer que seja a repulsa que ela tinha de
contato com homens apenas para que eu formasse a ideia de que ela não era mais
virgem — Ele bebe seu vinho. —Eu não deveria estar surpreso. Ela nunca tinha
vergonha disso como uma adolescente, mas sempre que a sua virgindade foi
trazida em frente a mim, ela ficava na defensiva. Eu acredito que ela achava que
eu poderia usar isso contra ela.
Ele soa mais verdadeiro do que o habitual. Gostaria de saber se este é o
verdadeiro Connor Cobalt, aquele cara salvador em frente aos investidores ou
contatos futuros. Somente ele. —Você conhecia Rose desde quando ela era uma
adolescente? — Pergunto.
Connor coloca o seu copo de vinho vazio. —Desde que ela tinha quatorze anos.
Ambos participamos do circuito de conferências acadêmicas com nossas escolas,
Modelo das Nações Unidas, Clube Beta, Sociedade de Honra Nacional — Eu
sinto como se eu mal o conheço. Nós somos amigos há meses. Como eu não
poderia saber isso? — Eu sou um ano mais velho que ela, por sinal.
—Espere, o quê? — Eu franzo a testa. —Eu pensei que você tivesse vinte e dois.
—Vinte e três.
—Você ficou retido quando criança ou algo assim?
— Ano sênior — ele fala — Eu me formei em três cursos, então eu tinha que
ficar mais um ano na Penn para terminar meus cursos. — Ele mantém seu olhar
sobre Rose.
—Por que você não me disse isso antes?
—Você nunca perguntou. E realmente, porque que é importante? — Eu estou
começando a pensar que Connor Cobalt só permite que as pessoas entrem mais
ou menos em sua vida. Talvez ele seja mais como nós do que eu acreditava.
Nós deixamos o assunto quando Ryke retorna do banheiro. Melissa reencontra as
meninas no andar da dança, o que ela não estava disposta a fazer quando
chegamos pela primeira vez. Ela estava agarrada a Ryke muito ferozmente,
assim eu suponho que Ryke foi para baixo nela na tenda de sanitários. Ela parece
apaziguada pelo menos.
Eu quero mudar o tópico para fora da vida sexual de Rose, por isso eu digo a
primeira coisa que me vem à mente. — Que tipo de nome é Ryke?
Ele afunda na cadeira ao lado da minha, uma lata de Fizz Life na mão o que eu
acho muito positivo não ter qualquer álcool.
—É um nome do meio — ele fala como se eu não soubesse. Mas no ano passado
no Charity Gala de Natal, quando ele admitiu ser meu irmão, eu fiz ele me
mostrar sua carteira de motorista. Jonathan Ryke Meadows.
—Que tipo de nome do meio é Ryke? — Eu esclareço.
Ele solta um barulho grave. —Que merda Jonathan lhe deu como um nome do
meio?
—Eu não tenho um. Eu acho que ele percebeu que me marcar com Loren foi
tortura suficiente — Meu nome era a meta para provocação na escola primária,
apesar de a ortografia ser unissex.
—Ryke — Connor medita. —A partir de Inglês Médio, uma variante da palavra
significaria poder ou império. Embora, a ortografia é um pouco diferente.
—Sim, meu pai é um babaca egoísta — diz ele asperamente. —Meu nome
significa literalmente império de Jonathan.
Eu não posso deixar de rir no meu próximo gole de água. Pela primeira vez, o
meu não parece tão ruim. — Eu não sei por que você está fodidamente rindo.
Você tem um nome de menina e nenhum nome do meio.
Eu lhe dou uma sacudida.
—Falando de nomes — Connor diz casualmente, e ainda assim, eu sinto sua
malícia com os olhos postos em Ryke.
—Você percebe que, se você alguma vez se casasse com uma das Calloways, ela
teria um nome de estrela pornô.
—E que Calloway que seria essa? — Eu rebato. — Poppy é casada, eu estou
namorando Lily, você está namorando Rose, e Daisy tem dezesseis anos.
—Hipoteticamente.
Eu não gosto de hipoteticamente, mas talvez isso irá impedir Ryke de sequer
26
pensar em um possível futuro. Então eu jogo nele. — Daisy Meadows* — eu
digo, me encolhendo interiormente com a ideia. —Parece que alguém tem sua
fama em torno da..

—Nem mesmo termine a frase— Ryke me dá um olhar.
—Eu ia dizer câmera. Por quê? O que você estava pensando? —Minha voz
continua afiada e gelada.
As luzes piscam quando o show começa e que ambos nos sentamos, tentando
nos acalmar. Nós sabemos como apertar os botões de cada um, e me pergunto se
isso é uma coisa de irmão ou apenas porque nós dois somos produtos de
Jonathan Hale.
O lugar escurece, exceto pelo o palco e os garçons o último dos quais andam por
aí com lanternas para pegar os pedidos de bebida. Um imitador de Elvis sobe no
palco e começa a cantar com dançarinos girando ao seu lado. A canção é oldies
remixada por isso bate com a atmosfera hipnótica.
Me sento um pouco mais reto, observando Lily que dança em um espaço
pequeno com suas irmãs e Melissa. As luzes piscam brilhantemente, iluminando
a pista de dança em uma onda de cores.
Não demora muito para um cara se aproximar de Lily por trás. Eu endureço, mas
fico no meu lugar, confiando nela como eu deveria. Suas mãos deslizam ao
longo de seus quadris, e todas essas lembranças de ver sua dança com caras
estranhos me inundam com um frio. Eu iria me instalar no bar, mantendo um
olho treinado em Lil para que ela não se machucasse, observando enquanto ela
levava algum homem imbecil ao banheiro. E eu afogaria minha miséria em um
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Maker’s Mark .
Assim que suas mãos plantam nela, seus dedos deslizando por baixo da barra da
blusa e na borda de sua saia, ela se recua e se vai direto no peito de Daisy. Eu
não posso deixar de sorrir. Alguns meses atrás, ela teria jogado em seus avanços.
Finalmente, ela me escolheu.
Mas minha felicidade estoura quando o cara se aproxima dela, sem pegar a dica
clara. Seu olhar de sedução dirigido meio baixo me dá uma ansiedade em minha
barriga.
Ele está bêbado e definitivamente preparado para dançar diretamente na Bunda
de Lily novamente.
Estou prestes a levantar e descer para a pista de dança, mas Daisy empurra seu
braço com força e aponta um dedo em sua cara uma jogada de Rose o que eu não
pensaria ser possível a partir da mais nova Calloway.
Eu olho para Ryke, e ele esfrega os lábios, a curiosidade nadando em seus olhos.
Ela o intriga tanto que suas ações lhe chamam atenção. A mistura não é boa, e eu
não preciso lembrar ele disso. Ele ouviu me gritar em um aviso brutal.
Lily sai furtivamente ficando atrás do corpo de Daisy e, em seguida, gira ao
redor, olhando para cima e encontrando o meu olhar. Ela dá me um pequeno
aceno e, em seguida, se volta para a irmã. Daisy o move fisicamente fora de sua
área. Ele tem as mãos para cima em paz, mas ele está olhando para os seios que
estão empurrados para cima em um vestido sem alças.
Ele lambe o lábio inferior.
—Isso está me matando — diz Ryke sob sua respiração.
—Você não pode dar uma de herói para ela — eu o lembro. —Se ela estivesse
em apuros, eu iria lá em baixo. Você não pode.
Ele passa as mãos pelo seu cabelo e se senta mais para a frente com as mãos em
suas pernas, observando cuidadosamente.
Daisy empurra o cara de volta, e então ela aponta para um grupo de meninas em
vestidos justos a alguns metros de distância. Ela aproveita a oportunidade e sai
do lado de Rose e Lily, para levar ele até as meninas que saltam para cima e para
baixo. Ele está muito apagado para protestar, antes que perceba está hipnotizado
por mais quatro conjuntos de mamas.
Ele se esquece de Daisy, e ela o deixa voltando para suas irmãs facilmente.
Lily abraça Daisy em agradecimento e sussurra algo em seu ouvido. Ambas as
meninas abrem um sorriso largo antes que de começarem a rir.
—Você confia nela? — Connor me pergunta. Eu tenho certeza que eu tenho um
brilho no olhar pronto para saltar lá em baixo e bater em qualquer cara que tente
algo com Lily. Mas eu não quero ser aquele cara, aquele que é tão insanamente
super protetor que ele sufoca uma mulher. Não, há um meio feliz em algum
lugar. E ele vem com a confiança nela.
—Ela é uma viciada em sexo — eu o lembro.
—Seria justificativa de causa nesse caso? — Connor pergunta.
—Em inglês.
—Será que ser um viciado em sexo automaticamente faz você ser indigno de
confiança?
—Eu não sei — eu digo, — mas eu passei mais tempo vendo ela com outros
caras do que estando com ela, de modo que acho que posso entender como
poderia ser natural para ela apenas voltar para isso.
—Para trair — Ryke esclarece.
Eu lhe dou um olhar. — Sim — eu rebato, — mas, se isso acontecer, aconteceu,
certo? — Até mesmo o pensamento, porém, me devasta.
—Eu não acho que ele vá fazer isso, — Ryke fala.
Eu me empurro para trás em estado de choque. Ele nunca foi um defensor para
Lily. —E por que isso?
—Porque eu acho que ela te ama mais do que ama sexo. E você a ama mais do
que você ama álcool, mas vocês dois apenas não se deixaram acreditar nisso
ainda.
Talvez ele esteja certo, mas me permitindo processar é mais difícil do que
parece.
Garçonetes começam a servir garrafas azul brilhante na pista de dança, lanternas
colocadas por baixo da parte inferior para adicionar o efeito de luminosidade.
Eles oferecem a rapazes e meninas dispostas em tomar doses em linha reta.
Uma das garçonetes está na frente de Rose e Daisy.
—Elas não estão indo...— Eu digo com as sobrancelhas franzidas. Será que elas
sabem o que estão prestes a beber? Eu pensei que elas quisessem ficar selvagens
não se perder. — Puta merda, o que é que elas — estão consumindo. Mas eles
têm de saber o que eles estão bebendo. Rose provavelmente tem o QI mais alto
do clube não contando Connor. Se eu reconheço as bebidas, ela faria também.
Eu vejo Daisy acenar animadamente, e meu estômago caiu quando ela se inclina
para trás contra o bar. Este vai ser o nosso trabalho duro esta noite ...
A garçonete derrama o líquido em sua boca, e Daisy não derrama uma gota. Ela
lambe os lábios e faz um movimento para Rose. Ela vai ao lado, sem muita
insistência de Daisy. Talvez todas as luzes e música tenham entortado sua mente.
Ela termina a primeira dose, e surpreendentemente, ela se inclina para trás para
outra.
Um dos meus objetivos de curto prazo está se tornando realidade. Rose
Calloway definitivamente vai ficar bêbada esta noite.
Eu não estou tão feliz com isso como eu pensei que estaria.
—Que tipo de bebida é essa — Connor pergunta. Todo o meu rosto cai. Espere,
se Connor não pode dizer ...
—Olha quem não sabe algo — Ryke comemora, tirando proveito sobre a
pergunta de Connor.
—Os tipos de bebidas alcoólicas que não estão no topo da minha lista de
prioridades. Mas isso é doce vindo de você, Ryke, pensar que eu sei tudo no
mundo.
—Absinto — digo a Connor. — É absinto azul — Como ele poderia não saber?
Se ele não sabe, então o que é a probabilidade de que Rose saiba?
Assim que as palavras deixam minha boca, Connor está de pé, e ele não pode
esconder a sua preocupação em enfrentar este momento.
—Você preocupado, Cobalt? — Ryke fala, mas eu posso dizer que a súbita
compostura irritada de Connor está fazendo Ryke igualmente alarmado. Porque
Daisy é a outra garota bebendo o licor e ela não tem um namorado aqui para
olhar para ela. Mas ela tem a mim.
Mesmo assim, meus olhos trancam mais em Lily, esperando que ela não se junte
a suas irmãs, ela não sabe no que ela está se metendo.
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—O absinto contém tujona , — Connor diz.
—Então, você não sabe como ele é, mas você sabe que produtos químicos estão
nele — diz Ryke.
—É geralmente verde, e também é proibido nos Estados Unidos, porque tujona
tem propriedades alucinógenas.
—Sim — eu digo, me levantando para agarrar o braço e detê-lo. Rose tem que
saber, eu continuo dizendo a mim mesmo. Ela não iria beber algo estranho para
ela. —Tenho certeza que Rose sabe o que tem nele.
Sua preocupação não vacila. — A garrafa não está escrita.
O quê? Eu olho para trás e para baixo para as meninas, onde Daisy está a tomar
outra dose de absinto. A garrafa brilha na luz por baixo dela, e com certeza, não
há nenhuma etiqueta no vidro delicado.
Elas não sabem o que é o absinto. Merda.












{30}

LILY CALLOWAY

Daisy dá passos em frente para uma outra dose, e ela tropeça um pouco. Eu não
quero que ela esteja doente esta noite. Eu coloco minha mão em seu ombro e
aceno não para o garçom. — Nós estamos satisfeitas aqui.
Daisy não luta comigo sobre a decisão. Quando o garçom vai para longe, eu
puxo o braço de Rose, e ela oscila em seus saltos de quatro polegadas.
Meus olhos crescem.
Eu só vi Rose vacilar seu passo uma vez. Seu calcanhar preso em uma grade de
metal em Nova York, e ela queimou os sapatos depois de se livrar do malvado
joojoo. Eu acho que se Connor soubesse que ela é verdadeiramente
supersticiosa, ele iria provocá-la por um sólido século.
Melissa anda de lado perto de mim, e eu devo estar emitindo um olhar
angustiado porque ela diz, — Suas irmãs estão bêbadas. —Anunciando o óbvio
não ajuda.
A música muda para a música tema do Superman e me desorienta totalmente. Eu
giro ao redor, e imitadores no palco estão agora vestidas como vários super-
heróis. Superman e Capitão América ficam na sacada alta, um projetor que
brilha sobre eles.
As pessoas começam a tentar ficar mais perto do palco, e alguém me bate por
trás, me fazendo quase perder o meu agarre sobre Rose. — Cuidado, amigo —
eu estalo para ele, mas realmente perde o seu efeito quando meu foco está nos
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super-heróis. Isso é o meu catnip .
O tempo começa a passar, e quando a música aumenta Superman e Capitão
América saltam da varanda e voam para o bar principal a apenas alguns metros
de nós.
Besteira.
Cap não pode voar.
Estou com tanta raiva que eles fizeram Capitão América ter uma superpotência
que ele realmente não possui que eu não vejo o corpo entrando da minha direita.
Seu braço força o meu lado com tanta força que eu oscilo, e Rose em seus saltos
desliza para fora e debaixo dela. Ela cai completamente, me arrastando com ela.
Nós duas estamos no chão antes que eu possa fazer sentido ou qualquer outra
coisa.
Meu osso do quadril escava o chão de concreto duro, e minha saia fica embebida
em álcool pegajoso. Eu nem sequer quero pensar sobre o que mais poderia
existir por aqui. Me sento e perco Rose de vista. Será que ela levantou? Mas isso
é improvável, considerando que ela mal conseguia ficar em seus calcanhares.
Meu coração bate forte. — Rose! — Eu chamo. Os corpos em volta me
prendendo no lugar, e de repente eu temo ser pisada e esmagada como um
pequeno bicho. Mas mais do que isso, eu temo a mesma coisa acontecendo com
a minha irmã embriagada.
Antes de fazer um movimento, um par de mãos deslizam debaixo de minhas
axilas e me levantam diretamente fora do chão como se eu pesasse tanto quanto
um saco de maçãs.
Tem que ser um cara. Um cara está me tocando.
Abortar. Abortar. Minha mente tem sinais piscando, imaginando algum flerte da
sua parte, logo que eu virar. Ele me ajudou a levantar, depois de tudo. Tenho
certeza que ele vai esperar que a donzela em perigo o beije por sua gentileza.
Eu pondero correr, mas ele me vira e coloca suas mãos nas minhas bochechas.
Eu empurro me afastando por impulso.
—Lil
—Lo — Eu respiro aliviada e de boa vontade deslizo em seus braços, meu
coração batendo praticamente fora de meu peito. Quando meus pensamentos
realinham, eu me afasto rapidamente. — Onde está Rose?
Assim que eu digo as palavras, rajadas de confetes dos canhões, bloqueiam a
minha visão revestindo o piso em papel liso. Dou um passo e escorrego
novamente, Lo estende a mão e me pega antes que eu caia no chão.
Seus braços estão dobrados nas minhas costas, e as bombas de música e flâmulas
voam. Eu sinto como se fosse meia-noite na véspera de Ano Novo. Ele olha no
fundo dos meus olhos, e diz: —Você quis beber alguma coisa?
Eu balanço minha cabeça. Eu não faria isso. Porque então eu não seria capaz de
fazer isso. Eu me inclino para a frente e o beijo nos lábios. Ele me puxa para o
seu corpo e levanta minhas costas completamente em linha reta, me varrendo no
caminho nossas línguas dançando juntas. Mas eu me retraio primeiro.
Mesmo que eu ame Lo, mesmo que eu gostaria de nada mais do que beijá-lo as
minhas irmãs estão perdidas em algum lugar. E eu preciso encontrá-las.
Lo vê o pânico em meus olhos novamente, e ele me dá um olhar como quem diz
eu não vou deixar nada acontecer com elas. Eu acredito nele. Agora, mais do
que nunca, acredito que ele está aqui para mim.
Ele pega a minha mão e me conduz, através da área congestionada de corpos
jovens. — Elas estão muito bêbadas — digo a Lo através da música.
Suas maçãs do rosto afiam.
—O quê? — Meu pulso acelera. —O que foi?
Ele me puxa para a frente dele, com as mãos sobre meus ombros enquanto nós
nos movemos, e ele abaixa a cabeça para que os lábios escovem meu ouvido. —
Elas estavam bebendo absinto.
O quê?! Eu não acho que o cara que estava servindo mencionou o que estava nas
garrafas brilhantes. Rose nunca seria louca o suficiente para beber absinto, algo
que é muito louco para a América.
No Dia das Bruxas, décimo oitavo aniversário de Lo, nós pegamos um avião
para Amsterdã apenas para comprar uma garrafa. Ele alegou que queria ficar
bêbado com uma fada verde, pensando que ele teria alucinações. Ele acabou
ficando fora do ar dentro de uma hora, me deixando para vigiá-lo em nosso
quarto de hotel.
Eu entro em modo de irmã e ando mais rápido, os olhos abertos e em alerta para
qualquer sinal de minha efervescente irmã loira e minha única elegante morena.
Nós encontramos Rose primeiro.
Perto de uma mesa alta repleta de copos e garrafas vazias, Connor a segura
apertado em volta da cintura, enquanto ela pressiona as duas mãos firmes sobre
seus ombros, instável em seus calcanhares. Ele sussurra em seu ouvido,
provavelmente tentando convencê-la a tirar os sapatos.
Mas é mais fácil um bebê lama nascer de um tigre do que Rose ficar descalça em
um clube sujo.
Nós nos aproximamos neles, e eu me agarro em Lo como uma criança segurando
a parede em um rinque de patinação. — Ela está ok? —, pergunto.
— Eu estou bem, obrigado — diz Rose. — Mas nós precisamos entrar em
contato com a equipe e ter essa bagunça limpa acima. O chão está sujo. — Ela
faz um gesto para o chão que está coberto de licor pegajoso e agora pequenas
tiras de confete. Seu nariz enruga em direção à mesa mais próxima dela. A
equipe já começa a recolher as flâmulas para que as pessoas não escorreguem.
— Ah, na hora certa — Ela balança com um sorriso débil, e, em seguida, ela
tropeça sem nem mesmo dar um passo. Connor está em suas costas a segurando.
Lo não pode parar de sorrir.
—O que é tão engraçado? — Pergunto.
—Pela primeira vez, isso não está acontecendo comigo. Eu não posso deixar de
sorrir também.

—Não ... subestime, Loren! — Rose aponta o dedo para ele. —Eu estou
chamando meus advogados, para prender você por... —Ela soluça. —...
Indecência pública.
—Estou bastante decente agora, na verdade— diz Lo, ainda sorrindo.
—Que tal nós finalizarmos esta noite mais cedo? — Connor pede, com as mãos
segurando firmemente nos quadris. Ela nem mesmo parece se importar. Na
verdade, ela se inclina para trás nele. Isto é provavelmente o mais próximo que
já esteve, e ainda parece tão natural.
—Sim, nós temos que colocá-lo na cama— ela diz a ele.
—Não, querida, eu vou estar colocando você na cama.
Ela bufa. —Eu estou perfeitamente bem. Olhe. — Ela estende uma mão e ela
treme como se ela estivesse usando crack. — Firme como uma rocha.
Connor olha para nós. — Vou levá-la para o carro.
—Connor Cobalt — Rose diz com um cacarejo de sua língua. —Isso é um nome
inventado?
Ele varre o braço por baixo de suas costas e, em seguida, em um movimento, a
levanta sem esforço em seus braços.
Ela planta a mão em seu peito, seus olhos arregalando. — Uau. Nós precisamos
dizer ao gerente para reduzir a velocidade do carrossel.
Seus lábios sobem enquanto ela balança as pernas e inspeciona o estilo de seus
botões. Eu o vejo carregá-la através da saída, só para ter certeza que ela está em
segurança lá fora.
Quando ela sai, eu giro ao redor de novo, digitalizando todas as meninas, mas
nenhum é loira ou alta o suficiente para ser minha irmã mais nova. — Onde está
Daisy? — Pergunto a Lo. A última vez que eu me lembro de a ter visto era antes
dos super-heróis subirem ao palco e me hipnotizar.
Ele procura o clube com um olhar estreito. — Eu não a vejo.
Eu ando até Ryke no bar, discutindo algo com Melissa.
E desta vez, eu desejo que Melissa não estivesse aqui para distrair Ryke de
Daisy. Porque ele teria mantido um olho em minha irmã durante aquela loucura
de confete, e a corrida de pessoas indo para o palco.
Mas em vez disso, ele estava ocupado aplacando um pouco a sua namorada.
Assim como nós dissemos a ele para fazer.
Isto é nossa culpa.
Estou desesperada com sentimentos horríveis. Eu avanço o meu caminho em
frente para Ryke, e Lo me segura com uma mão em minha cintura para que eu
não escorregue novamente.
—Ei — Ryke fala, virando para nós quando chegamos. Seus olhos passando
rapidamente em torno de nós. — Onde está a Daisy?
—Nós estávamos indo perguntar se você a viu — eu digo, mais assustada agora.
Ele nem sequer foi a procura de Daisy logo que ele desceu da varanda. Isso seria
uma coisa que Ryke faria. Será que nós realmente o assustamos tanto? Eu mordo
minhas unhas. Fizemos uma pessoa que é tão profundamente solidária se tornar
indiferente. Como isso é possível?! Eu estou pirando. Só um pouco. —Eu
pensei que você saberia onde ela estava.
Minha voz estridente faz com que seu rosto quebre.
E então ele volta sua atenção para Lo. —Você disse que estava indo até Daisy.
Lo esfrega a parte de trás de sua cabeça. —Lil caiu no chão. Ficou tudo tão
louco...
— Porra — Ryke amaldiçoa, a palavra dura em seus lábios. Seus músculos se
contraem.
Lo se mantém esfregando o pescoço de ansiedade.
—Está tudo bem —, digo a Lo antes que ele seja assaltado por culpa. —
Ninguém tem culpa — Nós vamos encontrá-la. Esperamos.
Ele balança a cabeça.

E antes que possamos ir procurar Daisy, Melissa entra na conversa, sua
expressão azeda. —Ela provavelmente está correndo por aqui em algum lugar.
Tenho certeza que você e Lo podem encontrá-la sozinhos.
Não, precisamos de Ryke. Lo vai estar tão preocupado com medo que eu caia de
bunda que sua atenção será dividida. Preciso de alguém que esteja focado
exclusivamente em encontrá-la. E eu sou muito baixa para qualquer coisa no
meio da multidão.
—Vamos lá — diz Melissa, puxando Ryke em direção ao palco para dançar.
Ele fecha a cara sombriamente. — Se você não está indo ajudar, você pode ir
para o carro.
Melissa deixa cair as mãos. —Você está falando sério?
—Eu não estou deixando uma garota bêbada de dezesseis anos de idade, em um
clube de merda! — Ele grita para ela como se ela não escutasse.
—Eles podem cuidar dela! Ela não é sua irmã ou sua responsabilidade, Ryke!
—Você não me conhece— ele zomba. —Você nunca conseguiria porra. Ela dá
um passo em seu rosto. —Eu não vim aqui para ser babá!
—Então saia!
—Foda-se você — ela rosna. Então ela voa embora, empurrando através da
massa de pessoas com facilidade.
Meu coração está prestes a saltar do meu peito a cada segundo que nós
perdemos. —Vamos lá.
—Espere — Ryke olha entre Lo e eu. —Se eu ajudar, é dessa forma. Vocês dois
não podem ficar me perseguindo sobre ela mais, você não pode ter as duas
maneiras de merda. Ou eu estou ignorando ela ou eu sou seu amigo. É isso aí.
—Você é seu amigo! — Exclamo, praticamente jogando minhas mãos para cima
no ar. Eu não quero desperdiçar mais tempo. — Ok, vamos, por favor!
Ryke não se move. Seus olhos saltam para Lo, esperando por sua resposta. Estou
jogando punhais em seus olhos.
Eu não tenho tempo para isso. Daisy pode não ter tempo para isso. Eu a imagino
bêbada no banheiro sendo estuprada por outras pessoas altas no verde (ou, neste
caso, azul) de fadas. Eu não deveria tê-la perdido. Eu deveria ter mantido ela
presa ao meu braço.
—Lo! — Eu grito.
—Tudo bem —, diz ele. — Tudo bem.
Ryke revive como se alguém o golpeasse com uma tocha quente. Ele se move
mais rápido do que eu jamais poderia ter imaginado. Ele bate corpos fora do seu
caminho, em uma missão do inferno. Obrigada, obrigada, obrigada, eu canto
cada vez que ele faz um novo caminho para nós.
—Não deixe soltar da minha mão! — Lo grita sobre a música, seus dedos
entrelaçados no meu.
Nós voamos através das pessoas, no rastro de Ryke para os banheiros, onde está
uma longa fila. Ele caminha para o banheiro dos homens e ignora os olhares
furiosos quando ele passa da fila.
—Ei! — Grita um sujeito. —Eu estive esperando por quinze minutos!
Ryke lhe dá um olhar penetrante. —Eu não estou mijando, eu estou procurando
por alguém — Ele alcança a porta, e o cara o agarra pelo braço. Ryke
literalmente lança seu peso corporal para ele, só para empurrá-lo. O cara cai para
trás, dando a Ryke tempo suficiente para abrir a porta e desaparecer dentro.
—Eu vou olhar no banheiro das meninas, — eu digo a Lo, deixando ele no
corredor. As garotas vibram com raiva quente, seus lábios se erguendo
desdenhosamente. Minha explicação sai quase tão facilmente quanto a de Ryke,
mas ninguém me agride fisicamente.
Quando entro, a fila se estende aqui, as meninas amontoadas em uma fila, à
espera de um banheiro aberto.
—Daisy! — Eu grito, verificando cada rosto. Não, não, não. Eu espreito debaixo
das portas, em busca de suas sandálias ouro.
Saltos vermelhos. Sapatilhas pretas. Plataformas brilhante. Não, não, não.
Eu corro de volta para fora, ao mesmo tempo que Ryke sai do banheiro, sem
Daisy em seu braço. Ele não hesita ou para. Ele nos guia para um longo corredor
estreito que parece reservado para o pessoal.
—Nós devemos verificar lá fora — diz Lo a ele. —Ela pode ter encontrado a
saída.
—Eu quero ter certeza de que ela não está aqui — diz Ryke.
A porta termina em um corredor. E está literalmente marcado funcionários. Lo
segura o braço de Ryke antes ele corra para dentro.
—Nós estamos indo para ser jogados fora do clube, e então nós nunca vamos
encontrá-la.
Eu fico pálida.
E eles dois olham para mim. Eu percebo que deixei um ruído alto escapar.
—Vocês dois ficam aqui fora, então — diz Ryke. —Eu vou entrar. Se alguém me
jogar para fora, então você atropelar a porra do corredor e desaparecer no meio
da multidão
—Tudo bem — Mas eu ouço Lo murmurar, — Eu vou ter que tirar meu irmão da
cadeia mexicana.
Ryke gira a maçaneta, e ele espia para dentro um pouco. Seu peito sobe em uma
inspiração forte, e ele gesticula para nós entrarmos com ele.
Nós confiamos em Ryke o suficiente para ouvir, indo até porta e entrando. E,
então, paramos.
O clique da porta atrás de nós.
Devemos estar em algum tipo de sala de descanso. Sofás vermelhos preenchem
o espaço grande, uma televisão e máquinas de fliperama de um lado. Graffiti de
uma realmente nauseante cor neon é pulverizado nas paredes.
A sala está vazia exceto por uma menina loira que tem os pés nas almofadas do
sofá. Ela levanta um pouco e dá um tapa na imagem de graffiti de uma janela na
parede.
Estou muito, muito feliz por não ter ninguém nesta sala. E que todas as suas
roupas estão no lugar.
Ryke se aproxima minha irmã. — Daisy — diz ele lentamente.
Ela olha por cima do ombro e sorri fracamente. — Oi, Ryke — Ela aponta para a
janela pintada.
—Você sabia que esta janela não funciona? — Ela tenta pegar a foto. —Ela não
vai abrir.
—Como está se sentindo? — Ele pergunta.
Ela se estatela no sofá e toca a cabeça como se estivesse girando. —Bem ...—
Ela engole em seco. — Eu Aprendi que o material azul era absinto... então ... eu
acho que eu poderia estar alta.
—Não merda.
—Sim ...— Ela pisca algumas vezes, tentando forçar os olhos pesados a abrir.
—E que aquela porta... porta não era a saída — Um aumento de medo viola sua
voz. Ela sabe que não estava completamente coerente e ela estava sozinha.
Minha destemida e ousada irmã tem medo. Porque esta não era a sua escolha.
Estou prestes a ir para ela, mas eu paro. Ryke já atingiu o sofá, e quando seu
olhar chega plenamente nele, seu rosto começa a quebrar lentamente em alivio
libertador.
—Ei — diz ele, avaliando seu estado.
—Ei — Seus olhos se enchem de lágrimas.
—Dais, está tudo bem. Você está bem — Ele a coloca de pé e suas pernas
tremem.
Ela balança a cabeça várias vezes, tentando acreditar nela mesma. Lo se permite
uma respiração. — É estranho — diz ele em voz baixa.
— Eu pensei que Rose estaria assim.
Eu enrugo a testa. — O que você quer dizer?
— Apavorada — ele esclarece, — de não estar no controle.
Daisy é naturalmente selvagem, mas eu não acho que ela estava esperando ficar
bêbada dessa forma. Eu não acho que ela queria, e que foi um tipo diferente de
desconhecido do que saltar de um penhasco de estar em casa ou um avião.
Ryke põe as duas mãos em seu rosto. —Ei, você está segura, Dais.
Ela balança a cabeça novamente, mordendo o lábio inferior para impedi-lo de
tremer.
E então Ryke se desloca inquieto. —Você não pediu ajuda a ninguém antes de
você chegar aqui, não é? — Oh meu Deus, ele não acha que... ninguém a tocou,
não é? Eu estou indo me jogar com preocupação.
Ela balança a cabeça, um par de lágrimas caindo. — Eu não sei — Ela esfrega o
rosto antes de mais lágrimas deslizarem para baixo.
Ryke está mais preocupado do que eu já vi em um tempo, e isso inclui quando
Lo estava vomitando ao lado da estrada.
Daisy olha para sua mão como se conduzisse a um portal mágico. — Eu acho ...
Eu acho que eu estou alta — ela repete o que já foi dito.
—Porra — Ryke amaldiçoa em voz baixa. Ele gentilmente a leva para onde
estamos. Ela olha para cima, e seu rosto se ilumina um pouco quando me vê.
— Lily. Lo.
Eu a abraço instantaneamente, e ela se agarra em mim, sua mão desaparecendo
no meu cabelo. — Whoa! — Ela grita e empurra apoiando no peito de Ryke.
—O quê? — Meus olhos se arregalam.
—O que há de errado com o seu rosto? — Daisy pergunta, em pânico.
— Ryke, algo está errado com seu rosto.
—Você está alta —, lembro a ela.
—Oh sim.
—Quanto mais cedo sairmos daqui melhor—, diz Lo.
Daisy respira pesadamente. —Eu não consigo sentir meus pés.
—Ótimo — diz Lo, uma mão nervosa penteando através de seu cabelo.
—Qualquer outra coisa que você não consegue sentir? — Ryke pergunta.
Ela corre a língua lentamente sobre seu lábio superior, antes de dizer: —Meu
rosto.
Ryke descansa a mão na espinha de Daisy. —Daisy, olhe para mim.
Ela não consegue encontrar a fonte de sua voz. — Ryke? — Ele está bem na
frente dela.
Ele aperta o queixo e vira o rosto para que ela atenda seus olhos. —Eu vou
carregar você, ok?
—Ok.
Ele levanta nos braços e um nas costas, o outro embaixo dos joelhos.
E ela agarra sua camisa. —Não me deixe — ela sussurra. —Eu não posso
encontrar a saída ...
—Eu tenho você — garante a ela.
Nós navegamos o nosso caminho para fora do clube, e eu olho para trás
constantemente para Daisy, me certificando de que está tudo bem com ela e não
mal. Ela esconde o rosto no peito de Ryke, e quando passamos o limiar do clube,
sobre a calçada e fora da atmosfera nebulosa, podemos falar mais livremente.
—Daisy — diz Lo. Nós olhamos diretamente para o deck de estacionamento, e
Lo tem seu braço apertado ao redor dos meus ombros.
Sua cabeça se eleva para olhar Lo. Seus olhos estão vermelhos e a camisa de
Ryke está molhada com suas lágrimas. Ela está chateada, e eu me pergunto o
quanto ela vai se lembrar de manhã.
Provavelmente nada. Talvez isso seja bom.
Lo hesita em lhe perguntar algo.
—O quê? — Ela murmura.
Ele cede. —O que você achava que estava bebendo, se você não sabia que era o
absinto?
—Curaçao.
Ryke reajusta seu domínio sobre ela, e ela descansa sua bochecha em seu braço.
— Como diabos você sabe o que é isso? —, ele pergunta.
—Um modelo brasileiro — Suas pálpebras vibram um pouco, espero apenas que
por causa do sono.
Ryke solta um suspiro baixo. —Ele soa como um vencedor.
—Ele era muito legal — Daisy diz com tristeza. E então as lágrimas mais
silenciosas começam a fluir, seu olhar distante, como se ela estivesse perdida em
uma viagem muito ruim.
O rosto de Lo se contorce em culpa e mágoa. Eu aperto a sua mão, preocupada
que ele vá ser possuído para beber agora. O álcool não é a resposta para corrigir
a sua dor de não encontrar Daisy mais cedo, mas eu tenho certeza que ele está
lutando contra a tentação.
Ryke olha entre seu irmão e minha irmã, e então seus olhos caem para mim, e eu
acho que ele me vê como a garota que pode, eventualmente, ajudar seu irmão,
em vez de enviá-lo por esse caminho escuro.
Eu não vou deixar que Lo beba.
Estou aqui para ele, assim como ele para mim. Então, eu me viro para Lo e
cutuco seu braço. —Você viu o capitão América? — Pergunto.
E seu rosto se ilumina. Ele olha para mim enquanto caminhamos, e a culpa
começa a ir embora.
—Sim, quem achou diabos que ele que poderia voar? Eu sorrio. Eu o amo. Mais
do que sexo.
Mais do que qualquer coisa.

{31}

LILY CALLOWAY

Sete dias de abstinência, sendo cercado por estudantes universitários bêbados e


bebidas, e nós conseguimos sobreviver. Nosso jato particular voa nos levando de
volta para Philly. Meu pânico e preocupação diminuindo em uma poça.
Depois de suportar Spring Break em Cancun, os maiores obstáculos se parecem
como pequenos obstáculos.
Nem todo mundo teve uma experiência agradável.
Melissa quebrou oficialmente a parceria com Ryke. Eu secretamente acho que
ela vai fazer um santuário de ódio dele uma vez que voltarmos para casa. Em
parte, eu tenho certeza que é porque ele a ludibriou em seu acordo de dar sexo
alucinante.
Mas a noite passada no clube foi o que realmente cimentou o seu estatuto anti
Ryke. Ela lhe deu o clássico ultimato. Eu ou ela. E ele escolheu proteger minha
irmã.
Então, ela se isolou em uma cadeira de canto, folheando uma revista e usando
fones de ouvido, destoando do resto de nós. Eu suspeito que ela vai chamar um
táxi quando nós aterrissarmos, pondo uma distância considerável entre ela e
Ryke.
A fonte de sua agitação está sentada ao lado da janela. Ryke joga pôquer com
Daisy. Ela acordou esta manhã sem lembrar de nada do clube, e ninguém tinha
coragem de dizer a ela que Ryke teve que levá-la para casa, e que ela estava
chorando. Eu acho que a verdade teria quebrado o seu espírito mais do que
qualquer um de nós poderia suportar.
E depois de ontem à noite, Lo e eu não temos nenhuma palavra a dizer na
separação Ryke e Daisy sem nos transformar em monstros hipócritas. Tudo o
que podemos fazer é confiar neles neste ponto da mesma maneira que tentamos
confiar em nós com nossos vícios.
Rose está desmaiada sobre a cama na cabine, trabalhando fora de sua ressaca
assassina. Connor desliza na sala de vez em quando para ver como ela está, mas
agora, ele digita afastado em seu laptop na mesa e sentado em um assento de
pelúcia. Ele está trabalhando em sua tese de pós-graduação com honras.
Sua diligência me lembra que eu tenho que começar a memorizar velhas
questões do exame para o meu próximo teste de estatística.
Uma tarefa que tenho evitado. Enquanto memorização não é tão duro como
estudar (ou escrever uma tese), ainda leva um grande pedágio em meu pobre
cérebro. Último exame, eu pensei que poderia explodir estando empanturrada
com números.
Eu mudo sem rumo através dos canais na televisão, esparramada no sofá com
Lo. Minha cabeça repousa sobre seu peito e um lento contentamento me banha.
Eu nunca pensei que eu seria capaz de me sentir assim ... ainda. Ele enfia um
pedaço do meu cabelo atrás da minha orelha, e eu sinto seu hálito quente na
minha testa. — Nós faremos isso, — ele murmura.
Eu sorrio quando ele coloca um beijo na minha testa. Hoje à noite, estaremos em
casa. Sozinhos de novo. Livre para ter relações sexuais.
Eu não quero que Lo pense que eu tenho obsessão sobre isso, então eu não disse
uma palavra sobre o sexo. Ainda que o pensamento passou pela minha cabeça.
Eu fantasiava um pouco no chuveiro esta manhã, mas eu tentei realmente
duramente apenas me lavar e sair. Sem a masturbação. E essa realização me fez
sentir uma espécie de bem, mas eu sei que sexo teria me feito sentir ainda
melhor.
—Você sabe o que significa esta noite? Ele está trazendo isso?
—Lil

—Hum? — Eu viro minha cabeça, meus olhos arregalados de antecipação. Se


ele instigou essa conversa, então eu vou alegremente tomar parte nela.
—Hoje à noite — ele diz novamente. Seus olhos ficam nos meus, nunca me
deixando. Eu não quebro o nosso olhar, cheio de sete dias de necessidade, querer
e tensão. Me recuso a olhar para os lábios ou seu abdômen ou qualquer outra
parte dele. Eu quero Loren Hale. O homem, o amante, o cara que me enche de
felicidade e bem-aventurança. Não só o corpo.
Sua mão alcança e segura minha bochecha, seu polegar deslizando lentamente ao
longo de meus lábios. Eu me pergunto se ele está me testando. Eu quero passar.
Seu polegar puxa suavemente sobre meu lábio inferior, e eu deixo escapar uma
curta, respiração irregular. Sua mão desliza para baixo na parte de trás do meu
pescoço antes dele sussurrar: — Eu vou te foder — Oh. Deus.
Agora? Não, isso não pode estar certo.
Ele deve sentir minha confusão, porque os lábios fazem uma observação
sarcástica. — Hoje à noite, amor.
—Certo — Eu aceno com a cabeça, rubor da presunção tola. Eu não acho que
seria ir mais além com todo mundo se ele me levasse diretamente aqui no sofá.
Mesmo a imagem de Lo em cima de mim, de sua dureza pressionando tão
profundo dentro de mim rouba direito o ar dos meus pulmões.
Ele me mantém apertada em seus braços e abaixa a cabeça para murmurar coisas
sujas no meu ouvido. Minha excitação cresce, e ele deve acreditar que eu tenho
força para durar toda a viagem de avião e o caminho para a casa.
Então ele está me tentando pouco a pouco. Meu pico hoje à noite vai ser tão
malditamente intenso que quando finalmente fizer sexo, as paredes não serão
capazes de silenciar os meus gritos.
Eu me contorço um pouco, a tensão, um bom tipo de tensão, o tipo que eu sei
que eu posso esperar para liberar.
Meses atrás, eu não acho que eu poderia conseguir. Mas eu estou aprendendo a
me conter.
Eu percorro os canais enquanto Lo me segura em seu colo. Eu tento encontrar
um filme que não vai me deixar com sono ou um programa de televisão que não
vai chamar minha atenção para o pênis de Lo ou meus pensamentos nefastos.
Lo esfrega meu ombro, e seu olhar vagueia para seu meio irmão. — Você está
perdendo? — Lo pergunta, um sorriso com a ideia. Eu me animo um pouco com
igual diversão.
Ryke olha para as suas cartas com as sobrancelhas comprimidas. Em cima da
mesa está uma pilha de notas de cem dólares, e o que se parece com seu Rolex e
uma pulseira de cânhamo.
—Não — ele se rebate.
Lo ri baixinho. — Ei, brow, você esqueceu a matemática? Esse relógio vale
cinco vezes mais do que a pulseira.
—A galeria do amendoim por favor pode calar a boca? — Diz Ryke. — Estou
tentando me concentrar aqui — Ele acidentalmente mostra suas cartas perto de
Daisy.
Ela cobre os olhos rapidamente. — Eu não vi nada.
—Foda-se — ele amaldiçoa, nos atirando um outro olhar como se nós o fizemos
se atrapalhar. Ele volta para se concentrar muito forte. O poder do cérebro deve
doer em Ryke da forma como ele me faz.
Daisy coloca suas cartas nos lábios, tentando não sorrir muito. Ela olha para nós.
— Há um diamante ao longo do meu bracelete.
—Bem, então, eu o pegaria de volta — diz Lo. — Ryke é apenas metade do
idiota que eu achava que ele era.
Ryke bate nele levemente.
Daisy diz: — Você deve desistir.
Ele olha para ela por um longo momento. —Você está blefando.
— Eu não estou. Eu vi suas cartas, lembra?

—Você disse que não viu uma coisa do caralho.
—Eu menti — Oh, ela é boa. Eu não posso dizer se ela está blefando.
—Foda-se — Ryke desliza para fora um anel de ouro de seu dedo médio e o joga
na pilha. — Isso é vale dois mil.
Daisy empalidece um pouco. Ela tem que corresponder ou dobrar e, em seguida,
ele vai levar o que está no pote.
—Me deixe ver ... espere um segundo — Ela procura em sua bolsa que está
próxima.
E Ryke parece um pouco preocupado. Ele pensou que ela ia desistir.
Mas seu rosto cai. —Eu não tenho nada que vale dois mil, mas...— Ela arrebata
seu diário e rabisca algo em um pedaço de papel. Ela joga isso na pilha.
—Lo — Connor chama da parte de trás do avião, ainda olhando para seu laptop.
—Você pode vir aqui?
—Em um segundo — diz Lo, entretido, como eu, no jogo de pôquer.
—Agora, seria melhor — Connor arremessa com sua voz, seu tom mais firme
que o habitual.
Lo suspira e desliza para fora debaixo de mim. — Me atualize quando eu voltar?
Eu aceno, e ele me beija ternamente nos lábios. Quando ele se retrai, ele tem que
brilho nos olhos como mais tarde.
Sim.
Quando ele sai, eu me sustento em meus joelhos para tentar e ver o papel na
pilha do pôquer. — Leia-o alto — Eu digo a Ryke.
—Ela está jogando suas duas Ducati — Ele levanta suas sobrancelhas. — Eu já
tenho uma moto, Dais.
— Esta são mais rápidas do que a sua Honda — É evidente que eles falaram
"motocicletas" até então ela deve saber o que fica fora de seu apartamento.
—Espere — Eu digo. Ryke disse duas motos. Isso significa que ela já tem. —
Quando você comprou uma motocicleta? E por que você comprou duas?
—Um cliente em uma sessão as comprou para decoração do set, e ele deu a
mim.
—Ele apenas deu-lhes para você?
Os dedos de Ryke pegam o pedaço de papel. —Foi o que eu disse.
—Foi um muito obrigado por fazer um bom trabalho é tudo. Isso não acontece
muitas vezes, mas ele fez. E agora eu tenho duas motocicletas implorando para
serem montadas. Eu tenho levado apenas a vermelha para fora na estrada, então
eu coloquei alguns quilômetros sobre ela.
—Você não tem uma carta de motocicleta ainda — ele diz a ela sem rodeios.
—Sim, eu sei. Mas, para obter a carta, eu tenho que praticar.
Ele se permite pegar o papel, e eu vejo uma espécie de anseio por aquelas motos
em seu olhar. Elas devem ser realmente boas. —Você percebe que isso vale
muito mais do que o meu anel?
—Você não tem que me corresponder. Eu não estou tentando ser o maior lance,
mas é realmente tudo o que tenho que você poderia querer.
Olho para a parte traseira do avião. Lo está de costas para mim, mas ele está
curvado, a mão nos olhos.
Alguma coisa... alguma coisa está realmente errada. O que aconteceu? É seu pai?
Eu vou levantar, mas Connor encontra o meu olhar e balança a cabeça, como se
eu devesse me sentar.
Eu faço. Ele tem algum tipo de poder em sua certeza. É como controle da mente
Jedi.
Mas eu quero ir para o conforto de Lo. Meu peito dói só de assistir a parte de
trás dele. Eu mordo minhas unhas, percebendo o que estou fazendo e soltando
minha mão.
—Que diabos, vamos fazer com isso — diz Ryke.

Me dirijo de volta para o jogo de poker. Talvez ele vá manter minha mente fora
de algo horrível. Mas eu estou tão impaciente que eu começo a coçar meu braço.
Eu me pego fazendo isso também.
—Assim, as motos são justas, então?
—Certo. Só não vai chorar quando eu levar elas de você. Ela sorri. — Ok.
Vamos ver sua mão.
Ele vira duas cartas e compara com as colocadas em cima da mesa.
Minha atenção é dividida entre o jogo e Lo, e eu não quero focar nele mais. Eu
estou a ponto de ir para a parte de trás do avião contra os desejos e olhares de
Connor. A fim de parar a mim mesma, eu mudo os canais de televisão para
encontrar um programa que pode ocupar minha mente.
—Então você tem dois oitos — diz Daisy, um sorriso com as palavras.
—Você me bateu, não é?
Dois jacks — diz ela.
Como você tirou dois malditos jacks?
—Você embaralhou. Ele geme.
—Você pode ter o anel de volta, se quiser.
O rapaz conhece o mundo? Não Sabrina a bruxa adolescente
Não. Futebol? Definitivamente não.
—Não, você ganhou. Isso é seu.
— Eu vou me sentir estranha se for uma herança de família ou algo assim. Ela
tenta empurrar o anel na mão dele. Ele segura no ar.
—É de uma loja de joias, e eu estava indo aposentar a coisa de qualquer
maneira.
—Por quê.
—É feio.

—Então, você me deu um pedaço feio de joia.
—Vale a pena dois mil dólares porra.
Ela sorri ironicamente. —Oh sim.
Ryke amassa o papel com o arranjo da Ducati nele. Ele perdeu aquelas
motocicletas, e há um pouco de decepção nos seus olhos de não ser capaz de
conseguir uma. Eu me pergunto se elas são raras.
—Que tal ...— Daisy dobra o dinheiro e enfia em sua carteira. —... Eu vou
deixar você manter a Ducati preta se você me ensinar a andar.
Law & Order? Não. X-Men, desenhos animados? Possivelmente. Eu passo o
mouse sobre este canal um pouco, observando Wolverine em seu original
spandex amarelo e azul.
Ryke coloca o papel em cima da mesa. —Eu não vou ensiná-la a se matar.
—Isso é dramático.
Ele olha. — Conhecendo você, você ia correr a moto na porra de um penhasco
maldito para o inferno dele.
Ela espalha seus braços. —Então me ensine a ficar na estrada.
Ele balança a cabeça. —Não, se eu lhe mostrar como andar de moto, você vai
fazer algo estúpido na interestadual.
Ela toca seu peito. —Eu nunca.
Ele joga uma nota de cem dólares no rosto dela, que vibra em seu colo antes de
bater seu nariz, não foi o efeito que ele estava procurando.
X-Men não está ajudando tirar a minha mente de Lo. Eu olho para ele
novamente. A mesma posição encurvada. Mesma tristeza. O que está
acontecendo? Eu suspiro e mudo de canal rapidamente.
—Eu não vou te matar — Ryke repete.
Seu sorriso desaparece. — Ryke — ela diz: — Eu estou indo descobrir como
andar de moto com ou sem você. Eu estava apenas lhe dando a oportunidade de
ter uma das motos, eu sei que você quer.
Ele olha para fora, em profundo pensamento, e, em seguida, ele balança a cabeça
repetidamente, se encolhendo. — Porra
—O que?
Ele cobre o rosto com a mão. —Eu não consigo parar de imaginar você virando
a moto e caindo.
—Eu não caí ainda — ela lembra ele.
—Você já tentou fazer um cavalinho?
Ela fica quieta. —Não — ela murmura.
—Jesus Cristo — diz ele, não acreditando nela nem um pouco. —Você vai se
matar.
—Você continua dizendo isso.
—E não é o processamento em sua cabeça ou você simplesmente não dá a
mínima?
Ela desenrola o pedaço de papel amassado lentamente. —Eu acho... que eu vou
ficar bem — ela evita sua questão com mais confiança do que eu poderia até
mesmo possuir. — Mas se você mudar de ideia sobre a moto, aqui está o meu
número — Ela escreve seu telefone no papel.
Gostaria de saber se algum canal premium está passando um filme da Marvel.
Antes que eu clique na programação especial, eu paro em um programa de
notícia.
Eu vejo a palavra sexo. Hum.
É como uma luz piscando grande nos meus olhos. Eu fico no canal em
curiosidade. Talvez algum senador tenha um escândalo sexual.
—Lily, espere! — Lo grita.
Meu coração para enquanto minha mente roda, tentando digerir o programa e
Lo. Espere, espere, espere. Lágrimas transbordando. Lo estava chateado.
E isso não é um senador.

Ele estava chateado por causa disso. Sou eu na tela.
Eu me encolho em uma bola no sofá, meus joelhos dobrando para o meu peito.
Minhas mãos estão fixas na minha boca, meus olhos grandes demais para fechar.
Eu acho... Eu acho... Eu não sei o que eu penso.
As estações de notícias estão reunidas do lado de fora de Penn, e na parte
inferior da tela dizendo: Herdeira Fizzle tem mais de cinquenta parceiros
sexuais ou mais. Rumores de vicio em sexo.
Este é o noticiário nacional? Como isso é uma questão nacional? O que diabos
está acontecendo?
Eu não ouço Lo chamar meu nome novamente. Eu me volto para a televisão, e
eu estou tremendo tanto que eu tenho que segurar o controle remoto com as duas
mãos.
A âncora de notícias é uma pequena mulher loira com batom vermelho brilhante.
—Nós apenas confirmamos a partir de uma fonte que Lily Calloway, filha do
fundador do Fizzle, é uma viciada em sexo. Bem como é conhecido que ela
dormiu com cinquenta ou mais homens, ela também é conhecida por contratar
prostitutas do sexo masculino.
Minha garganta se fecha, mas eu consegui respirar uma palavra. Uma palavra. —
Lo.
Ele não vem para mim, e eu não posso tirar meus olhos da televisão.
—Lily, o que está acontecendo? — Daisy pergunta, com a voz firme.
Daisy, meus pais- Oh meu Deus, o meu pai? Sua companhia... a culpa vem
através de mim. Eles estão vendo isso. Todo mundo está vendo isso.
Melissa desperta de seu canto, puxando seus fones de ouvido para fora e olhando
para a tela. Oxigênio me falta. Eu balanço a cabeça novamente e novamente
como se isso fosse um sonho. Eu quero acordar. Isso não pode ser real. Mas as
palavras na TV passam pela minha cabeça mais e mais e mais. Sexo viciada.
Sexo viciada. Sexo viciada.
Isso não pode estar acontecendo.
Quanta vergonha que eu trouxe a minha família?
—Lo — eu digo um pouco mais alto, fixada na TV enquanto as lágrimas
começam a queimar minhas bochechas. —Lo! — Eu grito, aterrorizada com o
que isso significa, enquanto eu processo o quão ruim é que isto vai doer em
todos.
O meu telefone vibra ao meu lado e o primeiro texto envia uma faca nas minhas
entranhas.
Prostituta - Desconhecido.
Isso faz começar a explodir em uma onda rápida de fogo mensagens
inflamatórias. Meus olhos ardem, e eu engasgo com quer seja uma respiração ou
um soluço. —Lo!
—Eu estou bem aqui, Lil — Há quanto tempo ele estava no sofá? Ele me vira de
uma forma que eu o encaro, já não absorvida pelo noticiário.
Suas mãos tocam o meu rosto, e ele tenta enxugar as lágrimas, mas eu não
consigo parar de chorar. Meu peito contrai, e eu soluço em minhas palmas. Ele
me atrai para o seu peito.
—Você está bem — ele diz, me balançando um pouco, mas não há dor em sua
voz.
O avião parece muito pequeno. Eu não tenho ar o suficiente ou espaço ou
pulmões para combater este tipo de aflição.
Eu arruinei minha família. É tudo que eu posso pensar. É tudo o que eu sinto. Eu
passei anos mantendo meu vício em segredo para que eles não precisassem
suportar a humilhação e desgraça. Sua filha é nojenta. Eu sou nojenta…
Minha mãe ... como ela vai olhar para mim depois disso? Como Daisy?
—Lo, dói — Eu tento puxar respirações completas, mas elas são esporádicas e
preenchidas com tanto desespero. Eu só quero que isso acabe. Eu quero fazer o
avião voar de volta e começar de novo. Estávamos indo para casa em triunfo.
Nós vencemos Spring Break sem ceder aos nossos vícios.
Esta noite era para ser sobre Lo e eu juntos. E agora... isto ... eu quero me
desintegrar, voar embora e nunca mais acordar.
—Você está bem —, diz Lo, me puxando para o seu colo. Seu braço enrosca em
volta da minha cintura quando ele me segura apertado contra o peito. Eu não
posso olhar em qualquer lugar, mas em minhas mãos. Elas parecem tão vazias de
repente. E em seguida, ele as agarra e aperta forte. — Eu tenho você.
Mas eu estou caindo tão rapidamente. Eu estou me afogando, Lo.
Eu não acho que eu quero subir para pegar ar neste momento. Não tenho a
certeza que posso.
—Temos um ex-capitão do time de futebol Penn, Mason Nix, aqui para dar uma
declaração sobre Lily Calloway.
Isso não pode estar acontecendo.
—Desligue! — Lo grita.
Mas, enquanto Lo e Ryke lutam para encontrar o controle remoto que se perdeu
nas profundezas das almofadas, ouço o passado sangrar em meus ouvidos.
—Eu dormi com ela quando ela tinha dezoito anos. Toda a minha equipe fez. Ela
não era apenas disposta, ela queria isso. — Essa é a sua vingança. Ele foi o
vazamento? Nós ainda não sabemos. Esta declaração poderia ser apenas
vingança a ser jogada sobre o capô do meu carro.
Eu mal posso me mover. Uma única lágrima desliza ao longo da bochecha de
Lo. Ele a limpa rapidamente quando ele me pega assistindo. —Ei — ele
sussurra. — Está tudo bem, Lil.
Mas minhas lágrimas vem a borda e queimam. —Você não pode ficar triste se
isso é verdade — eu sussurro de volta. Ele permanece forte e estende a mão para
tocar meu rosto. Ele beija meus lábios, mas eu não sinto o poder nisso como
costumo fazer. Meu coração não vibra. Eu apenas estou afundando.
—E ela estava namorando Loren Hale na época, o herdeiro de Hale Co?— O
âncora de notícias pergunta.
—Lily, vamos lá, amor, —Lo defende, beijando-me mais forte. —Eu estou bem
aqui.
—Sim — diz Mason. —Ela o traiu esse tempo todo— A âncora de notícias usa
um olhar como pobre bastardo, eu me sinto tão triste por ele.
Eu viro a cabeça chorando deixando Lo, meus lábios se separando dele enquanto
eu enterro minha cabeça em meus joelhos.
—Lily — Sua voz quebra.
O que foi que eu fiz? Eu não percebi que meu vício iria machucá-lo se ele se
tornasse público. Ele agora é a seiva triste que estava sendo fodido pela
vagabunda. Por mim. Como posso fazer isso direito? Não há nenhuma maneira
de mudar isso. Como faço para apagar anos e anos de erros?
Eu quero voltar no tempo. Eu quero dizer a mim mesma que eu não preciso
dormir com objetivo de satisfazer este vazio em mim. Que o cara que eu amo
está logo ali na frente dos meus olhos. Que ele pode ser mais do que um amigo.
Que eu não preciso de mais ninguém em todo o universo, mas de Loren Hale.
E se eu tivesse acabado fazendo isso, tudo teria saído bem.
Eu não estaria aqui sentada ouvindo os meus erros do passado. Gostaria de ter
passado quatro anos com Lo como eu estou fazendo agora. Comprometida.
Realizada.
Feliz.
Minha voz é roubada, e as palavras ficam na parte de trás da minha garganta.
Mas eu consigo dizer algo. —Eu sinto muito — lhe digo, abafada em meus
joelhos e incoerente com os meus soluços. Eu sinto tão malditamente, Lo.
Ele esfrega minhas costas. — Lil, está tudo bem.
Não está bem.
Alguém encontra o controle remoto porque as vozes silenciam. O meu telefone
vibra com o maníaco no chão, e eu tapo os ouvidos com os meus braços agora,
uma bola que não pode ser desfeita. O barulho me penetra, cada ronco é outra
vadia ou puta que eu ainda tenho que ler.
Eu realmente quero desaparecer. Eu quero meus superpoderes para chutar, agora.
Eu quero nunca, nunca mais existir. Eu quero que Lo viva em um mundo onde
eu não o machuque. Por favor, alguém, faça com que se torne realidade.
Lo me desembaraça um pouco. Ele beija a minha testa e tenta me deixar
agarrando as costas dele e não as minhas pernas ossudas. Eu lentamente rastejo
para o seu colo e pressiono o meu rosto no seu peito, escutando sua instável
batida do coração. Eu permaneço escondida, não saindo da segurança da camisa
de Lo e evitando o olhar de mágoa e traição no rosto de Daisy que eu tenho
certeza que existe dez vezes maior.
Eu apenas deveria ter dito a ela na praia.
E eu não sei o que me impulsiona a fazer, talvez pensando que uma coisa
simples, talvez sentindo o arrependimento, mas eu levanto minha cabeça da
minha toca. —Daisy? — Eu olho em volta e a encontro de pé perto da cadeira.
Ela está chorando.
E eu não tenho certeza se é por causa do que eu sou ou porque ela está com raiva
por mim.
—Sinto muito — eu digo a ela. — Eu queria te dizer.
—É verdade? —, ela pergunta, enxugando o rosto rapidamente, como Lo fez,
não querendo que eu veja. É como se eles não pudessem chorar, porque sou eu.
Eu odeio isso. Não faz sentido, e isso me deixa para repensar no meu sistema
hidráulico mais cedo ou mais tarde.
—Eu sou...— Eu não posso dizer isso. Por que não posso apenas dizer isso?
Minha irmã merece mais do que eu chorando e me escondendo. Eu limpo meu
nariz com as costas do meu braço e me sento de frente. Eu deslizo do colo de Lo,
mas ele entrelaça os dedos com os dele. Ajuda. Isso me faz não querer afogar
tanto.
—Está tudo bem — Daisy diz o que Lo vem repetindo. Ela esfrega todas as suas
lágrimas. —Está tudo bem, você sabe que não tem que explicar. — Daisy odeia
ver as pessoas chateadas. Me esqueci disso sobre ela. Ela só quer que todos
sejam felizes.
Mas toda a dor que vai levar para admitir isso para minha irmã Eu preciso sentir.
Dizer a Rose foi a coisa mais difícil que eu já fiz, mas isso é pior.
Porque eu disse a Rose por minha própria vontade, mas neste exemplo, alguém
jogou na minha mão, me forçando a fazer.
Não há nenhuma compaixão em dizer a ela o meu segredo. É só que ... é
necessário.
Muito suavemente, eu digo: —Eu sou uma viciada em sexo.
Suas lágrimas secaram. E ela concorda. Minha irmã forte, destemida.
—E a mãe ... ela sabe?
Eu balanço minha cabeça uma vez.
—O Pai?
—Não.
Daisy olha para Ryke. —Você sabia.
—É complicado.
Daisy acena novamente, tentando entender, eu acho. Seus olhos vão para Connor
—E você sabia.
—E Rose. É isso aí, — diz Connor.
Rose. Meus olhos piscam para a porta da cabine de volta onde a cama se
encontra. Eu gostaria que ela estivesse aqui. Ela é como uma espinhosa cadeira
de ferro que vai resistir a qualquer batalha.
—Mas Poppy não? — Daisy me pede.
— Poppy não — eu digo, — e eu só disse para Rose seis meses atrás. Eu teria
lhe dito mais cedo, mas eu estou... estou, estou envergonhada. —Lágrimas
começam novamente. —Você é minha irmã mais nova. Eu não quero que você
me veja como isto — Eu sou a porra de uma confusão. A quebrada, patética
agora. Eu já não posso distribuir conselhos fraternais, esperar a mesma
admiração em troca. Tudo irá mudar.
Suas sobrancelhas escuras fazem em conjunto, uma expressão tão feia para
alguém tão bonita. —Você é ainda a mesma pessoa, Lily. Eu só... Eu tenho que
colocar minha cabeça em torno disso — Seus olhos piscam para Lo. — Desde
quando você sabe?
Nós encontramos o olhar do outro. Há quanto tempo ele sabe? A quanto tempo
eu o conheço? Definir uma data parece que estamos tentando fixar quando um
crescimento começa e termina. Tempo imensurável.
Pensando nisso me faz lembrar de todos os momentos que nós compartilhamos.
Desde a infância até a adolescência para idade adulta. Temos vivido juntos,
amado juntos, e fodido juntos. Eu não tenho certeza que muitas pessoas podem
verdadeiramente dizer isso a respeito de alguém.
Seus olhos amolecem e ele se vira para Daisy. — Um tempo. Um tempo. Isso
parece certo.
Daisy abre a boca para fazer outra pergunta, mas uma canção de Bob Dylan
começa a tocar dentro do bolso dela. Ela pega o telefone ao mesmo tempo que
algo vibra perto da minha perna. Lo pega seu próprio celular.
Um barulho e outra vibração acontecem e tanto Connor como Ryke olham o
deles. Devemos ter batido em uma área no céu onde o celular tem boa recepção.
Quem sabe a quanto tempo as pessoas estavam ligando?
—É a mãe — diz Daisy.
—Meu terapeuta — Lo me diz.
—Minha mãe — Ryke acrescenta.
Nós todos olhamos para Connor. Seus olhos voam até Lo. —O investigador
particular. Eu tenho que atender isso — Ele se retira para a cabine onde Rose
dorme. Nós ainda não sabemos quem vazou a informação, mas talvez nós
saibamos agora, não que isso vá importar. O que está feito está feito.
O telefone de Daisy continua tocando "Shelter from the Storm" e todo mundo se
senta na extensa borda enquanto todo mundo ignora suas chamadas.
—Vá falar com eles — eu digo.
Daisy funga e olha para o seu telefone. —Eu apenas gosto dessa música.
Ryke coloca a mão em seu ombro. — Rose deve conversar com seus pais
primeiro de qualquer maneira.
Ela balança a cabeça. —Não, está tudo bem — Ela clica no botão verde e coloca
o receptor de seu ouvido.
Daisy se arrisca na sala ocupada por Melissa desde que ela estava isolada na sala
mais privada de todo o avião. (Além do banheiro, claro.) Melissa fica congelada
em seu assento, desconfortável e atordoada com tudo.
—Eu tenho que ir fazer xixi — murmuro, prestes a me levantar. Eu posso
imaginar o horror no rosto do meu pai, e minha mãe. Eu não acho que jamais
possa enfrentá-los.
Lo agarra meu pulso antes que eu levante do sofá. — Você não deve ficar
sozinha agora.
—Eu só tenho que fazer xixi — eu digo novamente, puxando a mão de cima de
mim.
Ele me dá um olhar como você realmente precisa?
Não, eu não preciso. Eu quero chorar na solidão. Eu acho que ele sabe disso, e
eu entendo seu medo de que eu vá evitar minhas emoções com a masturbação
como eu fiz no passado.
É tentador.
Eu fico e enfio meu rosto em um travesseiro. Os replays da notícia em minha
cabeça de novo, e eu estou na iminência de lágrimas mais uma vez.
—Ei, Lily — Ryke vem e cutuca meu lado. —Eu não quero falar com a minha
mãe, então vamos jogar cartas? — Ele olha para Lo. —E você precisa falar com
seu terapeuta.
—Eu posso ficar aqui
Ryke dá-lhe um olhar firme.
Ele suspira, resignando com mais facilidade do que o normal. Devo ter drenado
de energia. Lo sobe e desaparece no banheiro.
—Lily? Cartas? — Ele puxa o baralho para fora do bolso e embaralha.
Eu abaixo meu travesseiro, sentindo suas táticas para me distrair. —Que tipo de
jogo de cartas?
—O que você quiser.
30
— Go Fish .
Ele olha como se eu tivesse quase esfaqueado sua alma.
—Você disse o que eu quiser — eu o lembro, tentando limpar as lágrimas
silenciosas que continuam caindo contra a minha vontade. Eu preciso de tecidos
permanentes colados aos meus canais lacrimais. Como quando você estanca o
nariz sangrando. Será que dá muito trabalho?
—Isso nem mesmo é um jogo de duas pessoas — Ryke me diz.
—Mas ainda é possível jogar com duas pessoas — Eu quero a distração sem ter
que prender meu cérebro a aprender um jogo novo.
—Tudo bem — diz ele, cedendo enquanto eu sento no chão uma vez que não há
nenhuma mesa de café. Ele dá as cartas no tapete, e eu não tento não molhar elas
com minhas lágrimas.
—Estamos voando sobre a Geórgia agora, —eu ouço Daisy dizer. —Não deve
ser longo— Sua voz se agita de uma maneira realmente ruim. Eu não gosto do
modo como ela está falando com nossos pais pela primeira vez.
Ryke fixa seu olhar preocupado entre Daisy e suas cartas. — Você tem um rei?
—Go Fish.
—Lily está tirando uma soneca — diz Daisy.
Ryke pega uma carta e, em seguida, chuta o meu joelho. —Sua vez — Certo.
—Você tem um ...— Eu olho para minhas cartas. — Um oito? — Eu olho para a
porta do banheiro, não ouvindo um pio de Lo. Mas ele deixa uma fenda da porta
aberta por isso sabemos que ele não está fazendo algo precipitado, como
bebendo álcool ou... pior. Meu peito dói, como se alguém tivesse decidido ficar
no meu diafragma.
Ryke tem em suas mãos o oito e resmunga baixinho sobre como este é o mais
estúpido jogo do caralho. Mas ele está parcialmente concentrado em minha irmã
no canto.
—Eu não posso acordá-la — diz Daisy, sua voz cada vez mais frenética e baixa.
—Espere, por favor .... Eu não quer ... Mamãe.
Ryke se levanta antes que eu possa encontrar a força para colocar o peso em
minhas pernas de gelatina. Ele vai até a sala de quatro cadeiras. Ele tem que se
inclinar sobre uma Melissa carrancuda para chegar a Daisy. — Me dê o telefone
— ele sussurra, mas eu ainda posso ouvir a sua voz hostil.
—Mamãe — diz Daisy. — Eu tenho que ir ... Mas ... eu ... Espere ... eu ...—
Ryke pega o telefone antes que ela tenha um colapso. E, ao mesmo tempo, Rose
aparece no corredor do outro lado do avião, seus olhos mortos em mim com
tanta confiança e poder que eu imediatamente desejo que eu fosse ela. Forte e
construída como uma fortaleza capaz de resistir a qualquer coisa que é lançada
em mim.
Eu encontro o seu olhar, mas aponto para Ryke que agora agarra minha mãe ou o
telefone que contém minha mãe. Rose entende. Ela pega o celular de Daisy dele
e imediatamente entra na modalidade de gestão de crise.
— Mãe, acalme-se. Não, — ela se rebate. —Não— E isso é tudo que eu ouço
quando ela caminha de volta à cabine para falar em privado. Ela disse a única
palavra que Daisy não podia falar.
Eu não tenho certeza de que eu poderia também.
Daisy olha fixamente para fora da janela. Ryke sussurra algo para ela, e ela
apenas balança a cabeça e faz gestos para a mim.
Ryke volta para o chão, recolhendo suas cartas e abanando elas em suas mãos.
—É a minha vez, eu acredito — diz ele. —Você tem um dez?
—Ryke?
—Sim?
—Aconteça o que acontecer, você vai cuidar dele, certo? Ele fica rígido. —Eu
não sei o que isso significa porra.
—Isso significa o que significa — eu respiro. —Ele não tem ninguém além de
você e eu. Eu só preciso saber que você vai estar lá.
—E você também— ele se rebate.
—Não se meus pais vão me forçar para a reabilitação ou para o outro lado do
país — Minha mãe vai querer enterrar longe este problema, levar ele para um
fuso horário diferente.
—Você tem quase vinte e um. Você é a porra de um adulto. Seus pais não podem
fazer merda com você, Lily.
—Eu devo a eles.
—Por manchar o nome Fizzle? Por trazê-lo com dinheiro e luxo? — Ele
continua balançando a cabeça. — Você e Lo veem isso tão deformado. Você
acha que está em dívida com seus pais porque eles deram tudo o que você tem.
Mas eles não dão a você a porra do que importava. Eles lhe devem. Eles devem
por não perguntar por que sua filha não está em casa. Por que ela parece distante
e triste. Por que ela tem que se bloquear em uma porra de um apartamento com o
namorado. Eles falharam, e se eles disserem para você entrar em uma porra de
um avião ou ir para a reabilitação, onde todos nós sabemos que você não deve
estar, então você precisa dizer a eles para irem para o inferno. E se você não fizer
isso, Lo e eu vamos. Eu prometo isso a você.
As palavras certas ficam na parte de trás da minha garganta, obrigada Ryke. É
uma frase difícil de falar, especialmente quando ele entrega suas opiniões com
tal fervor e força.
Eu desembarco em algo embora.
—Go Fish.
Ele solta uma risada curta enquanto ele chega para o deck. — Você vai ficar
bem, Calloway.
Pelo menos um de nós acredita nisso.

























{32}

LOREN HALE

Eu me inclino contra a parede do banheiro, olhando para o meu rosto pálido e


olhos fundos. Eu pareço como uma merda total, eu me sinto ainda pior. Minha
mão esquerda se mantém tremendo, e eu tenho que apertar meus dedos em um
punho apenas para fazer ela parar. Meu pai me esgotando como uma cadela na
outra linha por ignorar seus apelos anteriores.
—Eu estou no maldito ar — eu lembro ele de maneira cortante, mantendo minha
voz baixa para Ryke não ouvir.
—A menos que você gostaria magicamente de inventar a recepção para
funcionar sobre o oceano.
—Ei, eu estou apenas como uma porra de lívido como você está.
—Eu não acho que isso é possível — eu digo, minha voz um pouco fraca. Eu
não quero estar falando com ele enquanto Lily parece a um segundo de abrir a
escotilha e saltar do avião sem paraquedas.
E cada vez que eu a imagino chorando assim maldição, eu não posso me parar.
Eu esfrego os olhos para empurrar para trás as emoções. Eu quero chutar a
parede tão forte, e eu engulo um grito que precisa sair.
—Quem é este filho da puta — meu pai diz: — Eu, pessoalmente, vou rasga esse
imbecil, Loren. Você me ouve? Ele não está fugindo com esta merda.
Eu tenho que perguntar. —Você fez isso? Queria vazar isso? — Uma semana
depois que eu disse a ele, a notícia explodiu em todo o globo. É realmente tudo
uma coincidência?
Há uma longa pausa. E então isso: —Você tem que estar brincando comigo.
Você não ouviu o que eu disse? Tenho presa minha bunda tentando encontrar
esse filho da puta. — Ele rosna um pouco. Sim, não é ele.
—Então, quem? — Pergunto. — Quem faria isso? O que eles possivelmente têm
a ganhar?
—Dinheiro — meu pai diz, sem rodeios. —Nós ainda estamos trabalhando em
algumas pistas.
Eu trago o telefone longe da boca e luto entre não gritar e gritar com minha
cabeça lá fora.
Não há um som escapando, mas eu me pego no espelho, e eu olho como eu estou
lutando uma batalha invisível contra um inimigo sombrio. Eu olho louco e
torturado.
—Eu tenho que ir — meu pai diz rapidamente. —Greg está na outra linha. Eu
vou falar com você em breve. Mantenha seu cabeça erguida. — Palavras de
incentivo do meu pai. Aquelas que não vêm muitas vezes. Então eu as considero.
Nós desligamos ao mesmo tempo. Eu me inclino sobre a pia e espirro um pouco
de água no meu rosto. Tentando colocar minha cabeça no lugar.
Eu deveria chamar Brian, o terapeuta que Ryke e Lily acreditam que eu estou
falando sobre o meu profundo pensamento interior. Mas eu não posso discutir
álcool. Mesmo o pensamento faz meu estômago revirar. Porque Lily não deve
estar preocupada se eu vou para a recaída. O mundo está a desabar sobre seus
ombros, e eu não quero adicionar esse peso.
Deixo escapar um longo suspiro, tendo a dor que se sente muito uma parte de
mim. Temos nos tornado enredados, anos e anos de mentiras e memórias de
infância e histórias, tudo embrulhado em um. Eu a conheço melhor que suas
irmãs. Eu sei que como ela é às vezes melhor do que ela mesma. Eu sei o quanto
isso a está matando por dentro.
E então um pensamento me perfura. Estou aqui.
Eu poderia estar em um bar. Passando frio. Eu poderia estar na reabilitação.
Longe dela.
Eu tenho a oportunidade de estar ao lado dela durante tudo isso.
Então vá você, estúpido bastardo.
Isso é o que é preciso. Eu estou fora da porta.




























{33}

LOREN HALE

Ninguém fala no carro, desde que saímos da pista de pouso para a nossa casa em
Princeton, New Jersey. Melissa chama um táxi para trazê-la de volta para Penn,
desta forma, pelo menos não temos que lidar com isso.
A limusine preta de Connor nos dá muito espaço. Lily descansa a cabeça no meu
31
colo, tentando brincar de play cat’s cradle com meu cadarço. Ela parou de
chorar em algum momento entre o nosso quinto jogo de Go Fish e quando o
avião aterrissou.
Eu quero que ela ligue para Allison, mas ela continua dizendo que não quer falar
com ninguém. E eu acho que eu não tenho direito de forçá-la a falar com seu
terapeuta quando eu tenho evitado o meu. Independentemente disso, eu planejo
ligar com Allison esta noite se Lily o fizer ou não. Eu tenho que perguntar sobre
a medicação para Lil.
Ninguém entende os baixos como um viciado. E temo o que ela esteja prestes a
bater quando ela confrontar os pais dela.
Ela segura o cadarço entrelaçado em seus dedos. —Sua vez— ela me diz. — Vá
por cima da minha mão e o pegue.
— Eu vou estragar tudo.
—Não, não vai — diz ela. —Apenas certifique-se de pegar as pontas certas. O
problema é que eu não sei quais são os corretos.
Rose senta tensa ao lado de Connor, ela está segurando seu celular em seu aperto
de aço.
Lily me disse que Rose tem estado toda em "modo controle de danos", ela ainda
gritou com uma produtora de notícias respeitável uma hora antes de Connor
retirar o telefone de seus dedos. Ela respondeu mensagens de texto e e-mail de
revistas de fofocas e advogados desde que pousamos.
Rose não está lidando com o vazamento muito bem. Ela se mantém ajeitando o
cabelo e alisando seu vestido. Connor tem que agarrar as mãos para impedi- lá. E
enquanto eu olho entre as três meninas Calloway Rose em um estado
desgastado, Daisy longe à deriva, e Lil com uma triste e suave voz eu entendi.
Eu tenho sentido o que Ryke sente. Eu tenho esse desejo insano de apenas fazer
as coisas bem novamente, de consertar todas as rachaduras na nossa vida apenas
por uma pequena lasca de esperança, de que estas meninas serão capazes de se
levantar por conta própria por mais um dia.
Eu acho que nós seis somos todos fortes. Somos apenas cada um em tipos
diferentes de forte. Mas todos nós temos diferentes tipos de fraqueza também. E
eu estou tentando descobrir como engarrafar minha fraqueza para ajudar a todos.
Eu não estou indo para ser o vilão da minha própria história. Essa merda está
decidida.
O telefone de Rose vibra. Ela olha para a tela, Connor lê o texto também. — Nós
temos uma má noticia, — diz ela.
As mãos de Lily caem em seu colo, enredando o cadarço a si mesma. — O que?
— Sua preocupação rachando sua voz. Eu esfrego o braço dela, e ela se agarra
no meu bíceps para o apoio.
—Nossos pais estão em nossa casa — diz Rose. —Eles estão esperando por
você.
Lily rapidamente se levanta, balançando a cabeça ferozmente. —Eu não posso,
Rose. Eu preciso de mais um dia.
Gilligan, o motorista de Connor, permanece quieto atrás do volante, nos
conduzindo para a nossa rua. Apenas a poucas quadras de distância, vans de
notícias estacionadas no meio-fio, a maior parte acampada junto ao portão.
Daisy pressiona o nariz na janela. — Puta merda. Os olhos de Lily ampliam com
a cena.
Ela não pode lidar com isso agora. Isso é certo. Eu olho para Ryke e ele balança
a cabeça apenas uma vez.
—Gilligan — Eu vou mais para frente chamando e toco na tela de privacidade.
Ele abaixa para que eu possa ver a sua cabeça careca. — Planos alterados, nós
estamos indo para Philly.


O flat de Ryke fora do campus tem paredes de tijolos e pisos de madeira, um
cartaz Philadelphia 76ers pendurado na sala escura, se encaixam com pufes de
couro, uma televisão de tela grande, e um decente sistema de som. Estive aqui
apenas algumas vezes antes, e é difícil lembrar que este não é apenas um
apartamento de um cara aleatório. É do meu irmão.
Depois de uma rápida ligação para Allison, eu obtenho aprovação para dar a Lily
um comprimido para dormir. Ela adormece no quarto vago, mais rápido do que
eu pensei que faria. Chorar deve ter esgotado ela.
Quando eu volto para a sala de estar, eu dou uma olhada rápida no exterior. Não
há vans de notícias ou equipes de filmagem. Muitas pessoas não sabem que Ryke
Meadows está relacionado a mim, e, neste caso, vem a calhar.
Connor e Rose falam em sussurros no sofá, às vezes até mesmo mudando para o
francês. Ele me disse que o investigador particular ainda está trabalhando para
encontrar o vazamento, a mesma coisa que meu pai disse sobre suas conexões.
Uma parte de mim se sente desesperada com a notícia como se talvez a gente
nunca virá a saber quem foi, outra parte de mim acha que talvez eu não deva
saber. Porque eu tenho uma propensão de ferir as pessoas que machucam Lily ou
a mim, e eu não quero mais ser o cara que ameaça o futuro de alguém, eu não
quero me tornar meu pai.
—Acabei de falar ao telefone com um amigo — diz Connor.
—Você tem outros amigos? — Pergunto com uma careta. Por que, com tudo o
que está acontecendo agora, isso me incomoda? Talvez eu esteja muito
fodidamente emocional agora. Eu esfrego os olhos, tentando me recompor.
—Um conhecido é o contato — Connor me diz: — ou do que você quiser
chamá-lo.
Ryke se aproxima e me entrega um copo de algo de cor âmbar. Eu fico rígido e
lhe dou um olhar.
—Você está louco?
— É chá.
Eu mal relaxo, mas pego o vidro de qualquer maneira.
Connor continua: — Meu contato disse que há câmeras do lado de fora do meu
apartamento, eu só queria que você soubesse que eles estão buscando todas as
vias para obter informações — Nem mesmo o namorado da irmã de Lily está
fora dessa porra de busca.
Daisy está sentada no piso de madeira, o controle remoto nas mãos enquanto ela
olha para o espaço em branco da televisão. Eu posso ver a sua curiosidade. Ela é
a única ainda a meio caminho no escuro, e todas as respostas estão guardadas.
Ela se ofereceu ir de volta para a casa dela, mas Lily e Rose se recusaram. Seus
pais são tão sanguinários para obter informações como a mídia, e todos nós
sabemos que eles afundariam suas garras em Daisy se ela estivesse lá.
Então, ela permanece conosco por enquanto.
Eu fico olhando para o chão, tentando juntar uma semelhante a um plano. As
primeiras coisas primeiro. Me dirijo a Connor que relaxa contra o sofá. Seu
braço fica em torno dos ombros de Rose, e eu percebo que ele está sutilmente
massageando seu pescoço para que ela fique mais à vontade.
Eu não queria arrastá-lo por tudo isso, e com sua expressão impassível de
costume, eu não posso dizer se que lhe incomoda que os paparazzi invadiram seu
prédio.
—Você não está relacionado com Lily ou comigo, se você quiser sair, você
provavelmente deve ir agora antes que as coisas piorem.
Eu espero que Rose vá cuspir em mim por carregar seu próprio namorado com
esta questão complicada.
Porque ela iria dizer que Connor teria que deixá-la também. Mas ela está
ocupada com mensagens de texto em seu celular, inalando respirações afiadas
tantas vezes que o som parece como facas que cortam seus pulmões. Eu mesmo
a vi tomando algum tipo de medicação.
—Rose já me mostrou onde a porta fica — diz Connor. — Eu sou muito capaz
de saber quando e como sair dela.
—A mídia pode piorar — eu o lembro, mas eu esqueço que Connor
provavelmente tem pesado toda a possibilidade em sua cabeça, e talvez até criou
uma planilha mental dos prós e contras da situação.
—Sim, e você vai precisar de alguém que não amaldiçoe a cada cinco palavras
para lidar com a imprensa.
Ryke revira os olhos, a provocação se referindo claramente a ele. — O major do
jornalismo — Ryke diz, apontando para seu peito. —Eu sei lidar com a imprensa
melhor do que você, Cobalt.
—E você realmente planeja fazer qualquer coisa com que diploma? Ryke não diz
nada.
—Exatamente.
—E quanto a companhia da sua mãe? — Eu pergunto a Connor.
—Cobalt Inc. não é um nome familiar. As pessoas não nos associam com nossos
produtos como fazem Hale Co o seu nome está na etiqueta de cada xampu e
pacote de fraldas. Nós lidamos com fabricantes e filiais — Como a MagNetic, eu
me lembro. — A minha ligação com você ou Lily não vai prejudicar a empresa,
e além disso, minha mãe não vai se importar. E mais, se ela está fora do
escândalo ela procura, ela goza o drama de tempos em tempos. Ele mantém seus
dias interessante.
Eu me pergunto se é assim que ele nos vê, às vezes. Interessante.
Entretenimento. Algo para fazer com que cada dia imprevisível.
Eu também não posso imaginar a mulher que gerou alguém como Connor. Ela
parece fabricada, como um personagem em um dos meus quadrinhos.
—Como eu disse, Lo, — Connor termina — Eu sei como usar a porta.
Ryke acena para mim. —Você vai me dar um fora também?
—Não, se eu estou indo para baixo, você está queimando comigo.
—Será que isso se qualifica como uma obrigação fraternal?
—Para mim, sim.
Daisy se atrapalha com o controle remoto e ele cai com força na madeira. —
Desculpe — ela murmura e continua a olhar para a televisão em preto.
Eu quero ver as notícias e descobrir o quanto a mídia já sabe. Encontrar o
vazamento se torna uma segunda prioridade. Nossa primeira tarefa é limpar todo
o efeito colateral que estamos prestes a receber. Eu suspeito que Greg Calloway
e possivelmente meu pai, já estejam trabalhando com uma equipe de advogados
para amenizar a crise. Uma das muitas razões que eles querem conversar com a
gente.
Eu não confio neles. Mas eu confio nas pessoas nesta sala, e isso é o suficiente
para me colocar à vontade para o momento atual.
Eu percebo que Daisy ainda está no escuro sobre um monte de coisas. Não é
justo com ela, especialmente porque nós vamos falar livremente agora. — Você
tem alguma dúvida, Daisy? — Eu pergunto, indo até o sofá.
Ela coloca o controle remoto cuidadosamente na mesa de café e senta-se de
pernas cruzadas no chão.
—Eu tenho uma almofada — Ryke fala.
—Eu vejo isso — Mas ela abraça os joelhos levemente, não fazendo nenhum
movimento. Seus olhos voam para mim. —Eu tenho centenas de perguntas, mas
eu posso esperar para perguntar a Lily. Eu não quero que ela fique chateada se
você revelar algo que ela queira manter em segredo.
—Você vai ouvir isso na televisão ou nos tabloides de qualquer maneira — eu
digo a ela. —Ela prefere que você sabia a verdade de mim.
Ela hesita. — Eu posso perguntar qualquer coisa?
Qualquer coisa é uma palavra forte, mas estou confiante na minha capacidade
para desviar das perguntas muito pessoais. Eu concordo com um aceno de
cabeça.
—Se isso vai ser um perguntas e respostas, então eu tenho algumas perguntas
também — diz Ryke.
Eu sorrio amargamente. — Claro que você tem.
Daisy joga o travesseiro mais próximo para ele. — Este é o meu perguntas e
respostas.
Ele pega o travesseiro. —Agora você está jogando minhas coisas, mas você não
vai se sentar na maldita almofada?
—Você é insistente, alguém já te disse isso?
—Eu faço o tempo todo, — eu digo. —Ele nunca ouve.
Ryke levanta as mãos como que porra. —Me desculpe se eu posso dizer que há
uma menina desconfortável sobre a porra do meu piso, e eu sei como resolver o
problema.
—Não — eu aviso. Nós não estamos abrindo essas comportas, nunca
novamente. Eu posso suportar ele sendo amigável com Daisy em doses
microscópicas minúsculas, mas quando ele começa a falar sobre as meninas em
pisos e fixado merda, isso me deixa nervoso.
Daisy faz a primeira pergunta, o que não necessariamente diminui qualquer
tensão na sala, eu não estou certo de que possa responder após o vazamento.
— Você e Lily tiveram um relacionamento aberto?
Eu gosto de me referir ao que tínhamos como uma relação de "mentira", mas
quando nos tornamos um casal de mentira, nós éramos um casal. Eu tinha tudo
com ela que um namorado teria. Exceto o sexo. Mas quando eu penso em
relacionamentos abertos, eu imagino swings e pessoas que têm múltiplos
parceiros. Tenho certeza de que o termo é vago suficiente para abranger uma
variedade de situações. Apenas não a nossa.
Eu não tenho uma resposta sim ou não para Daisy, então eu tenho que para
explicar o que nós fizemos. Como nós mentimos para ela e todos ao nosso redor.
Como nossa amizade se transformou em algo mais, mas ainda permanecia algo
menos.
—Uau — diz Daisy quando eu termino. — Tudo para ocultar seus vícios? Você
não poderia ter, sei lá, se mudado para a Europa?
—Pensamos nisso.
Seu rosto cai. — Eu estava brincando.
Eu dou de ombros, indiferente sobre tudo. — Lily e eu nunca ignoramos você,
porque você é mais jovem. As chamadas de telefone nós não atendemos, os
almoços nós cancelamos, tudo isso foi porque preferiríamos beber e ter sexo do
que estar perto das pessoas. Especialmente aquelas para as que teríamos que
mentir.
—Está tudo errado — Daisy me fala.
—Então, foi o que eu disse.
—Na verdade, eu lhe disse que estava fodido — Ryke esclarece.
Daisy ignora. —Por que ela é uma viciada em sexo? Existe algo que causou
isso?
Minha garganta fica seca e meus olhos piscam para a porta do quarto.
Lily e eu não temos discutido a causa de seu vício, mas eu sei que ela está
tentando pouco ir através do passado com Allison.
Lily é desligada quando se trata de sua infância, se recusando a olhar para seu
relacionamento com sua família como o que ele realmente é. Eu posso tocar suas
memórias dolorosas sem ser aterrorizado pela mágoa, e por sua vez, ela pode se
concentrar nas minhas sem ter de suportar a culpa. É uma simbiose que eu tenho
vindo a reconhecer depois de horas e horas de terapia.
Se nos permitirmos abrir para nossos próprios sentimentos, bem isso é algo que
nós dois estamos trabalhando em fazer.
Meu silêncio paira no ar enquanto eu tento me concentrar em uma resposta
adequada.
Ryke fica inquieto pela tranquilidade. — Eu li que oitenta por cento dos viciados
em sexo são abusados quando criança. Lily foi?
—Não — eu o interrompo, meu tom defensivo e afiado. Meus olhos têm o
mesmo calor, e eu me pergunto se é por isso que Ryke nunca me fez essa
pergunta antes.
— Eu não sou o único que vai perguntar que porra — ele se encaixa. —Você vai
ter que começar a ser menos sensível.
Eu olho ameaçadoramente para a palavra... sensível. Isso me faz parecer fraco e
frágil. É uma daquelas palavras do arsenal do meu pai. Eu não estava vivendo
até o meu potencial quando eu falhei em um sexto teste de matemática, quando
eu tinha que fazer um projeto de grupo sozinho depois que ninguém me
escolheu, quando eu perdi um jogo Little League. Ele me disse que eu não valia
nada, e como uma criança, eu não sabia como parar essas lágrimas. Não seja tão
sensível, Loren. Você está sendo muito sensível, Loren. Por que você está assim
tão sensível, Loren? Então eu parei de chorar. Agora eu fico furioso.
Meus olhos estão sobre Ryke e minha boca se move antes que eu possa parar.
—Eu não sou sensível — Eu falo sem expressão.
—Você é o único que se encolheu toda vez que eu chamei sua mãe de puta —
Com certeza, isso foi antes de saber que Sara Hale era sua mãe. Eu apenas
pensei que ela era minha, e que me abandonou.
Na sugestão, Ryke se encolhe literalmente o único palavrão que ele não pode
levar. Eu vejo a maneira como seu rosto passa através das emoções, e em um
segundo rápido ele se instala em um: Culpa.
Eu esperava raiva, uma batalha de palavras, algo para perpetuar a o tumulto no
meu estômago.
Não, os olhos com uma nuvem de remorso, como se ele fosse o único maldoso
que caluniou sua mãe.
Ele me conhece. Ele sabe o que eu estava pensando, porque eu digo as coisas
que faço. Entre a atitude agressiva e a linguagem chula, eu muitas vezes esqueço
que Ryke tem um cérebro, provavelmente um que funciona melhor do que o
meu.
—Não sensível — ele fala em voz baixa, quase hesitante. —Eu acho que
cauteloso e defensivo são palavras melhores.
Seus olhos se enchem de desculpas, não querendo me machucar como o meu pai
faz. Não. Ryke não tem o mesmo medo que eu, aquele em que eu me transformo
em Jonathan Hale. Mas, por um momento, Ryke deve ter provado o que era para
ele ser. Eu, pessoalmente, sei que não é agradável.
Depois de uma respiração profunda, eu digo —Eu não posso me parar, eu
sempre vou ficar na defensiva quando se trata de Lily.
—Somos suas irmãs — Rose lança. —Todo mundo nesta sala ama Lily e você,
nós somos as últimas pessoas com quem você deve ser cauteloso.
Algo queima dentro de mim, as palavras querendo ser liberadas. Eu nunca falei
com qualquer uma das irmãs de Lily sobre sua infância. Eu só sei que eu vi e o
que Lily me disse. Se alguém pode preencher os espaços em branco e me ajudar
a responder à pergunta de Daisy, é Rose.
—Por que foi autorizado a Lily passar noites em minha casa? — Pergunto.
—Você era seu amigo.
—Rose, que amigos em doze, treze, quatorze, quinze, dezesseis, dezessete anos
de idade passam a maioria das noites na casa de outra pessoa?
Ela estreita os olhos. — Geralmente foi no fim de semana.
Puta merda. Alguém bateu uma marreta para o meu estômago.
Pela expressão de seu rosto, ela não tem ideia de quantas noites Lily dormiu na
minha casa quando éramos crianças. Mas com quantas atividades a mãe de Rose
a bombardeava? Ballet, passeios a cavalo, piano, francês.
Desligado em meu choque, Rose começa balançando a cabeça ferozmente.
— Eu saberia, eu teria visto ela caminhar através da porta da frente nas
manhãs... — Seu rosto cai, e Connor pega sua mão enquanto ela olha para fora
atordoada.
—Você nunca a viu pela manhã — eu digo o que Rose está pensando. — O
motorista do meu pai sempre nos levou da minha casa para a escola.
—Eu tinha reuniões do clube na parte da manhã. Saia cedo o tempo todo, então
eu pensei que ela estava dormindo — E não era dever de Rose cuidar de Lily, ela
é apenas dois anos mais velha. — Quantas noites Lily dormiu na sua casa?
— No ensino médio, cerca de quatro dias por semana, e, em seguida, ela apenas
ia se divertir ao longo de mais e mais até que no ensino médio ... — Eu balancei
minha cabeça e encolho. É minha culpa. Uma grande parte do que aconteceu, eu
sei, eu causei. —... Na escola, ela dormiu sobre quase todas as noites.
—Eu não sabia qualquer coisa disso — Daisy admite. Eu não estou surpreso.
Daisy é muito mais jovem, e quando ela chegou aos onze anos, sua mãe
começou a atuar e procurar agências de modelos para ela. E na maioria dos dias
de pré-adolescência de Daisy, eu me lembro como ela sempre parecia exausta, os
olhos com pálpebras pesadas e bocejando mais do que falando.
—Nossos pais não podiam ter conhecimento sobre suas noites fora — diz Rose.
— Eles nunca teriam permitido.
—Tem certeza? — Pergunto.
Este é o lugar onde meu peito aperta, onde os maus ressentimentos começam a
bater na minha cabeça. Eu não tinha esses sentimentos em relação a Samantha e
Greg Calloway até que eu fui para a reabilitação. Antes disso, eu pensei que eles
eram os pais mais legais para deixar sua filha, minha melhor amiga, gastar uma
quantia exorbitante de tempo comigo. Sentado na terapia por três meses e me
tornando sóbrio removeu o cisco dos meus olhos, estou começando a entender o
que aconteceu.
A boca de Connor lentamente abre na realização, me deixando saber que ele
colocou os pedaços juntos. Por que Lily é da forma como ela é.
Rose é cega por seu próprio relacionamento com os pais. Ela vê uma mãe que se
insere na vida de suas filhas para o ponto de se transformar em compaixão
sufocante. Ela vê um pai que ama seus filhos, comprando-lhes coisas
extravagantes e os enviando para lugares exóticos para mostrar a sua afeição.
—Loren — Rose fala —termine o que você tem a dizer.
—A cada dia, que Lily perguntou a sua mãe se ela poderia passar a noite na
minha casa. A resposta foi sempre a mesma. E então, quando Lily tinha quatorze
ou quinze anos, Samantha finalmente nos disse para parar de perguntar que ela
aprovava não importava o que.
Me lembro de Lily chorando no meu travesseiro na mesma noite. Ela nunca me
disse o porquê, mas eu sabia que a única razão pela qual ela ainda perguntou a
sua mãe em primeiro lugar era porque ela queria ouvir a palavra não. Um sinal
único de que sua mãe se preocupava com ela da mesma forma que ela fez com
Poppy, Rose e Daisy. Que ela não era indigna do tempo e atenção da mãe. Sua
mãe adorava suas outras irmãs.
Ela colocou toda a sua energia em excesso para elas, pulando diretamente sobre
Lily como se ela não valesse nenhuma dessa afeição.
E então ela tentou encontrá-la na rua. Comigo. E quando isso não foi suficiente,
ela tentou preencher com outros homens. Com o sexo. Com uma alta e uma
intensa explosão de emoção.
—Você sabe por que era permitido a Lily ficar na minha casa à noite? — Faço a
pergunta do início a Rose, mais uma vez.
Suas bochechas cavadas e as costas ficam rígidas, e um frio familiarizado enche
os olhos. — Porque você é um Hale.
Isso foi o que eu pensei.
—O que isso porra quer dizer? — Ryke pergunta.
—Lily não precisa ser boa em alguma coisa — eu digo a ele. —Sua mãe passou
sobre ela porque ela era minha amiga, eu era o seu futuro — O herdeiro de um
império do dólar multi-milhões. Sua mãe concentrada em Daisy e Rose, que
poderiam ser mais bem-sucedidas em outras facetas. Mas Lily teria seu valor se
concentrando em um cara. Eu. E acho que em algum lugar em sua cabeça, ela
acreditava nisso mesmo, que ela nunca atingiria nada mais do que agradar aos
outros homens. Que estava destinada a uma vida menor do que o das irmãs.
Daisy faz uma careta. —Eu achei que Lily apenas recebia um passe porque ela
era uma espécie de média em tudo. Eu sempre tive ciúmes da liberdade que ela
recebia.
Eu concordo. —Lily acha que ela deveria ser grata pela liberdade também — É
por isso que ela tem problemas em admitir para si mesma que ela foi ferida por
sua mãe. Ela poderia ter sido sufocada como as irmãs. E ela não era. Mas deveria
ter havido um meio termo duradouro entre o que Lily tinha e o que Daisy tem
agora.
Faço uma pausa por um segundo, estas palavras algumas das mais difíceis de
produzir. —Sua mãe aparentemente amou você Daisy e você Rose — eu digo
olhando para cada uma das meninas. — Mesmo Poppy foi regada com este tipo
de afeto materno arrogante. E Lily ... a ela foi negado tudo isso, era como se ela
fosse a menor da ninhada.
Os olhos de Rose estão vidrados como se ela fosse chorar. Eu nunca testemunhei
lágrimas dela. Eu sempre imaginei que se isso teria que ser superior ao gelo. Sua
voz, porém, é estranhamente estoica. —Eu não sabia que... — Ela balança a
cabeça. — Minha mãe queria que vocês dois se tornassem um casal. Eu sabia
disso, mas eu culpei mais a você por ter minha irmã longe de mim. Eu não
percebi que ela realmente não tinha outro lugar para ir.
Bem o tipo que me faz sentir como merda. Ela faz parecer que eu era a única
opção de Lily. —Ela poderia ter ficado em casa.
—Ela teria ficado sozinha, Loren. Ela mal ficava ao redor por causa da escola e
ballet.
E então uma onda de culpa apenas me aniquila. — Sim, bem, talvez ela deveria
ter ficado sozinha, olha que bem fez a ela estar perto de mim — Eu balanço
minha cabeça, passando minhas mãos repetidamente pelo meu cabelo. Minha
perna começa a se mexer em ansiedade.
—Você não fez isso — Rose me diz. —Nossa mãe deveria ter dito a ela que a
amava por algo mais do que estar com você, ela poderia ter encontrado algo para
ela fazer, algo para realizar — Um sonho, uma paixão, um hobby, uma porra de
um esporte. Sexo se tornou todas essas coisas para Lily. E eu nunca reparei nela.
Nem uma vez. Eu estava tão consumido com o meu vício que eu não me
importava com o que diabos ela fazia, contanto que ela estivesse respirando no
final da noite. Enquanto ela estava ao meu lado como a porra da minha melhor
amiga.
—Você não entende — murmuro. Eu a levei até aqui, sem saber, eu a trouxe a
este lugar em sua vida. Se eu nunca tivesse existido, ela teria recebido o amor de
sua mãe que ela ansiava.
—Então me diga.
—Você não entenderia.
—Loren.
—Ela dormiu na minha cama! — Grito, meus olhos enchendo de água. Eles
queimam tanto. —Eu deixei ela dormir na mesma cama que eu. Ok, isso não era
Dawson Creek, eu nunca a chutei para fora depois que ela atingiu a puberdade.
Rose sussurra para Connor, — Eu não entendo a correlação.
—Dawson e Joey pararam de dormir juntos na mesma cama no primeiro
episódio. Ela disse que ele era velho o suficiente para ter uma ereção.
Rose olha para trás para mim. — Você não teve relações sexuais com ela todas
as noites, não é?
—Não mais.
—Você não pode comparar a sua vida a um programa de televisão — O fato de
que Rose está me defendendo não inteiramente ajuda. Estou acostumado com ela
me derrubando, não me edificando. Eu continuo esperando alguém me bater com
suas palavras, com seus sentimentos. Com ódio. Eu mereço essa dor. É a porra
da minha culpa.
—Você não entende — Eu estou em alguma forma. — Eu poderia ter parado ela,
eu deveria ter orientado ela a voltar para casa todas as noites. Eu deveria ter feito
algo. — Em vez disso dei uma cama para dormir, local para preencher seu vício.
—Loren — Rose começa.
—Pare — eu digo, colocando minhas mãos em minha cabeça, esses
pensamentos que pulam em uma onda, a culpa tão insuportável no meu peito.
—Você deve me odiar — digo a ela. — Eu mereço isso — Eu aceno. — Eu
quebrei a sua irmã — Meu rosto se contorce de dor, uma lágrima quente escapa.
Eu quero dar um soco em algo. Para ir até o meu coração parar, até que a
respiração apenas me deixe frio e seco.
Ninguém diz nada. Eles esperam por mim para me recompor.
Minha respiração fica mais lenta, e eu esfrego meu rosto. Quando eu solto
minhas mãos, eu digo baixinho, — Eu gostaria de poder levar tudo de volta —
Eu quero reverter o tempo. Para levar Lily diretamente para fora da minha casa,
na rua e para sua própria porta do quarto. Gostaria de lhe dizer que está tudo
bem se sua mãe não a ama porque suas irmãs fazem.
E que ela não precisa evitar sua casa para estar na minha, que ela não deveria
continuar procurando por amor em sexo, porque só vai deixá-la vazia e
miserável.
Eu deveria ter dito a ela todas essas coisas, mas eu não conhecia nada disso
naquela época. E eu estava muito malditamente bêbado para cuidar.
—Não é culpa sua — diz Rose. —Você era uma criança, todos nós éramos.
—E você tem uma porra de um pai de merda — Ryke acrescenta.
—E nenhuma mãe — diz Daisy.
—E você era um alcoólatra — Connor conclui.
É como se eles fossem a minha consciência, e ainda assim, eles só são meus
amigos. Pela primeira vez, eu os tenho, e eu sinto lágrimas construindo com as
palavras que eu nunca pensei que ouviria.
Não é sua culpa. Sim, eu estou chegando lá. Eu posso acreditar que um dia, eu
acho.
Tenho resistido a resposta mais dolorosa. Eu posso gerenciar quaisquer outras
agora.
Eu olho para Daisy.
— Próxima questão.













{34}

LILY CALLOWAY

Uma semana inteira passou. E eu não tenho deixado o apartamento de Ryke. A


escola é um pensamento tardio, apesar de que o último teste é em poucos dias.
Eu só vou aparecer e, em seguida, passar e estar de volta ao meu estado recluso
antes da final começar. Eu não tenho nenhuma intenção de ver meus pais, e se
Lo e Ryke deixassem, eu seria uma eremita para o resto da minha vida.
Mas Ryke não é o tipo de pessoa que mima, e Lo se recusa a me permitir mais.
Então eles têm me concedido sete dias de um "período de graça". Ou o que eles
gostam de chamar de "o tempo que leva para chegar a minha merda junta para
enfrentar os meus pais." Ele pode ter tomado como exemplo Deus que por sete
dias criou o mundo, mas eu acho que pode precisar de mais tempo para colocar
minha estragada cabeça no lugar. Veja eu não sou o Cristo. Quando eu comentei
isso com Lo, ele me disse que eu poderia ter um dia extra de simpatia. Acho que
ele disse a palavra de propósito simpatia. Eu enruguei meu nariz e decidi ficar
com os sete dias.
Estou no sétimo dia. Dia do julgamento. Aquele em que eu vou ter que enfrentar
a minha mãe e meu pai. A maioria das câmeras permanecem em nossa casa em
Princeton ou em Villanova. Rose e Daisy foram se hospedar com Connor uma
vez que as câmeras são escassas em torno de seu bairro. Mais ele tem mais
espaço em seu apartamento de solteiro.
Meus pais optaram por ficar em silêncio quando se trata de meios de
comunicação. Eles pagaram a seus advogados uma bolada para resumir e apenas
proferir as palavras "sem comentários". Haverá uma conferência de imprensa,
em algum momento, especialmente desde que os estoques de Fizzle e Hale Co
caíram consideravelmente.
Após visitas domiciliares e telefonemas longos com Dra. Banning, nós
concordamos que eu preciso ler e observar o que está sendo dito sobre mim.
Suas palavras eram "Não internalize os seus sentimentos quando você ouvir o
que as pessoas estão dizendo. Se eles a incomodarem, em seguida, coloque para
fora." Ela também me disse para ver a luz de cada dolorosa situação descobrindo
uma fresta de esperança e humor em tudo de ruim. Qualquer coisa para suavizar
os golpes extremamente desagradáveis.
Me sento no sofá de couro e realizo meu ritual matinal. Ligando a televisão de
manhã para as notícias e os abrindo meu laptop para as fofocas dos tabloides e
web sites.
—Nós ainda não temos uma declaração oficial de Lily Calloway ou de sua
família — a âncora de notícias diz. — Mas nós temos um psicólogo aqui hoje
para falar sobre o vício em sexo e os perigos — Buuu. Eu passei horas em
terapia; Eu não quero ouvir isso. Eu silencio a TV e me concentro no
computador.
Eu digito meu nome no site de busca. Vários artigos intitulados Viciados em
Sexo aparecem. Um até mesmo diz, Viciada em Sexo ou vagabunda? E há um
longo debate sobre se o vício em sexo é realmente um vício ou se eu sou uma
prostituta disfarçada. Eu fico longe de qualquer um.
Dra. Banning diz que quanto mais eu ouvir e ver as duas palavras, mais eu vou
me tornar insensível a elas.
Isso ainda não aconteceu.
Eu me arrepio quando eu clico em um novo site. Filha de Soda Mogul dorme
com equipe de futebol. Eu fecho rapidamente e entro em outra página da web.
Lily Calloway avaliada por Princeton, após denúncias de contratação de
prostitutos.
Aparentemente, ser uma cliente frequente de um serviço de acompanhantes não
agoura nada de bom nos olhos de uma universidade.
Eu estou tentando não me preocupar com isso até depois que eu conversar com
meus pais. Enfrentar um problema de cada vez.
Eu cometo o erro de fazer login no Twitter e digitando meu nome. Como faço
para fazer iluminar alguém que está dizendo que minha vagina deve ser larga e
feia? Eu não tenho verificado ultimamente, mas eu não acho que isso parece tão
ruim assim.
Além disso, quem olha para essa parte do corpo e pensa, uau, isso é a mais
bonita vagina que eu já vi? Da mesma forma, o pênis não são todos bonitos. Eu
possa apreciá-los, mas eu não estou prestes a tirar uma foto e decorar minha
parede. Os olhos são lindos. Partes sexuais são funcionais.
Meus dedos estão a uma distância de clicar e pousar em minha conta Tumblr.
Estou prestes a procurar Lily Calloway, mas eu hesito acima do teclado. E por
impulso eu digito algo ruim.
Imagens de sexo.
As palavras mágicas abrem a caixa de Pandora, e cascata de imagens em
animados “movimentos" rolam em infinito. Moças e rapazes estão emaranhadas
com intenção impura, algumas posições mais sexys do que outras. E algumas
imagens são puros closes de partes impróprias. Eu não deveria estar folheando
nada pornográfico, mas eu começo a relaxar na familiar rotina.
Eu passo o mouse sobre uma imagem preto e branco com sombras bonitas. A
boca da menina forma um "O" perfeito enquanto um pau empurra dentro dela.
Eu não posso acreditar que já faz duas semanas inteiras desde que eu tive
relações sexuais. Eu tento me lembrar que eu durei noventa dias sem Lo, e nada
de sexo à vista. Mas parecia ser diferente do que isso. Depois do meu vício se
tornar público, Lo vacilou em fazer sexo comigo. E ele escolheu não alimentar
qualquer compulsão que ele ache que iria surgir. Ele acredita que vou me
transformar em um monstro louco por sexo selvagem. Essas são, na verdade, as
minhas palavras, mas quando eu as disse, ele nunca negou. Sexo tem sido um
mecanismo de enfrentamento, a ferramenta que eu uso para lidar com situações
difíceis. E, pela primeira vez, eu tenho que enfrentar um contundente problema
sem um impulso forte.
Não é como se nós não fizemos coisas. Nós apenas não temos feito isso. Ele me
tocou no outro dia, e ontem à noite, ele me deixou lhe dar um boquete. Então
isso foi bom.
Eu suspiro. Estou desesperadamente com inveja do orgasmo de uma menina
bidimensional, digno de brilhantes fogos de artifício e bolo red velvet.
De repente, os cliques do bloqueio da porta da frente, e uma vez que o
apartamento de Ryke se assemelha a um flat (a salas ligado à cozinha) eu tenho
uma vista direta para qualquer um que caminha em direção ao sofá. Eu
rapidamente desligo Tumblr e entro em Hollywoodharlots.net, um site que tem
sido incrivelmente tagarela sobre meu vício. Eles até tiraram uma foto borrada
de Daisy saindo do apartamento de Connor e legendaram: Jovem irmã de Lily
Calloway: futura Viciada em sexo?
Fez o meu estômago se agitar.
—Ela não estava dando em cima de você — diz Lo quando a porta se abre.
—Você tem certeza? — Ryke pergunta. Ele fecha a porta e coloca nos bolsos as
chaves. —Parecia que ela sabia onde ela estava indo.
—Ela estava definitivamente perdida.
Ambos sem camisa apenas com shorts de corrida, suor brilha em seus corpos
tonificados. Nas manhãs Lo vai relaxar, e toda semana estive à procura de minha
atividade para redução de ansiedade. Mas essas posições engraçadas de yoga
revertem minha mente para o sexo, e meditação faz com que eu fantasie. Então
eu comecei a olhar para o pornô novamente, mas estive econômica sobre o meu
uso. Eu não vou me deixar levar desta vez.
Lo estatela-se no sofá ao meu lado, com os olhos cintilando para tela do meu
computador. —Você leu alguma coisa interessante?
—Além do fato de que eu estraguei oficialmente as vidas das minhas irmãs...
—Rose e Daisy podem lidar com isso — Lo me lembra. Mas todo o ponto de
fingir estar em um falso relacionamento de três anos, de manter este segredo
gigante, era evitar que tudo isso acontecesse. Eu nunca quis machucar ninguém.
—Eu re-assisti o skit SNL — eu admito. — Eu acredito que eu achei mais
engraçado na segunda vez — a comediante de On Saturday me imitou. Ela
bebeu tantas latas de Fizz agindo como bêbada e tropeçando em um bordel.
Há alguns gracejos humorísticos mais tarde e eu fui suficientemente
transformada em uma caricatura.
—Você tem que admitir, a comediante copiou o seu cabelo perfeitamente —
Ryke diz com um sorriso.
—Sim, mas ela me deu um sotaque terrível — Eu não tenho um sotaque
regional, mas ela reproduziu de uma forma, fala arrastada ofensiva de Philly.
Isso eu tenho o que zerou a coisa menos ofensiva sobre toda a esquete.
—Para o seu crédito, ela provavelmente nunca ouviu falar.
—De que lado você está? — Eu pergunto a ele, mas já sei a resposta. Se alguém
está tonando mais fácil enxergar a luz da situação, é Ryke e Lo.
—Eu acho que o seu primeiro comunicado de imprensa deve ser nesse sotaque
— Lo me diz. — Que engraçado seria se todo mundo achasse que você
realmente fala assim?
Eu sorrio. Seria uma boa brincadeira.
Lo se inclina para pegar meu computador. — Me deixe ver isso por um segundo
— diz ele.
Minha guarda aumenta e o medo vai a picos. Eu aperto o computador como se
eu estivesse tentando proteger um reino de fadas da invasão goblin. — O que?
Por quê?
Ele volta um pouco, os olhos apertados com ceticismo. — Eu quero ver se meu
pai já agendou uma conferência com a imprensa. — Deve ser difícil ficar em
silêncio em relação ao pai ao longo de tudo isso, mas é provavelmente melhor
que eles não estão em condições de falar. Jonathan Hale sempre foi o gatilho de
Lo para beber.
—Uh... eu posso verificar — Eu digito rapidamente no site de busca. Não é que
eu tenha nada incriminador aqui, mas eu temo aleatórios pop-ups de um site
pornô que eu visitei ontem. Quando for a hora certa, eu planejo dizer a Lo que eu
encontrei uma maneira saudável de ser uma observadora pornô. Definitivamente
não é agora, no entanto.
—Não — eu digo a Lo depois de alguns minutos. —Ele nem sequer divulgou
um comunicado — O mesmo que os meus pais. Gostaria de saber se ambos
estão à espera de falar com os seus filhos em primeiro lugar.
E bem quando me viro, o computador deixa minhas mãos. Lo coloca o
dispositivo na mesa de café. Meu coração desacelera quando seus lábios tocam,
e depois ele acelera novamente quando as mãos mergulham na minha cintura. Eu
me perco com a maneira que sua língua desliza em minha boca e do jeito que ele
suga meu lábio inferior. Do canto do meu olho, eu pego Ryke entrando na sala
de estar e se dobrando em frente ao meu computador.
Ah não.
Eu fui enganada!
Eu puxo para trás de repente, meu lábio inferior preso entre os dentes do Lo.
Puxo longe e pulo do sofá, correndo para o meu laptop antes de Ryke possa. Mas
Lo me agarra pela cintura e me joga sobre seu ombro. Oh homem.
—Ei! — Eu grito, levantando o meu corpo fora de Lo pressionando minha mão
em suas costas. — Isso é meu — Ryke não parece se importar. Ele pega o laptop
casualmente e senta para trás contra o sofá. — Me coloque para baixo!
Ele dá um tapinha na bunda. —Você não gosta dele aqui em cima?
—Você está me levando para o quarto? — Eu pergunto, repensando minha
antipatia de suspensão para o ombro. Se isso termina em uma cama e tendo
loucas relações sexuais, então eu não iria reclamar.
—Não, amor.

—Eu posso lhe dar um boquete — Eu ofereço.
—Eu ainda estou na sala, Lily — Ryke me lembra, com os olhos na tela do meu
computador. Eu coro apenas um pouco. Me tornei terrivelmente mais confortável
em mencionar sexo perto de Ryke.
—Você não se importa, não é? — Eu pergunto a Ryke, o incitando um pouco.
Ele tem o meu computador no final das contas.
—Eu me importo, — Lo responde dessa vez. —É quase meio dia.
32
—É por isso que eles chamam de um nooner —
—Não, Lil.
Eu cerro os dentes, odiando que eu estou fazendo ele dizer a palavra não mais e
mais. Eu deveria ser melhor como eu estava em Cancun. Mas desde o
vazamento, eu sinto como se tivesse regredido um pouco. Eu apenas... preciso de
uma forma de descobrir como voltar para onde eu estava, mas encontrar esse
caminho se prova mais difícil a cada dia.
Ryke bate no teclado, o incessante clique enquanto seus olhos dançam ao redor
da tela. —Eu realmente não entendo por que você está tão obcecada com a porra
de boquetes de qualquer maneira. Você é uma viciada em sexo, o que no inferno
eles fazem por você?
—Ryke, — Lo rebate.
—O que? É uma merda de pergunta honesta.
Eu não quero dizer a Ryke a verdade. Que antes de namorar Lo, era apenas um
meio para um fim. Preliminares. Conseguir fazer um cara ficar duro. Puro e
simples. Agora, desde que eu não estou sequer autorizadas a estar por cima (para
que eu não me torne demasiada compulsiva), fazer um boquete é realmente a
única coisa que me faz sentir no controle. E eu realmente, realmente sei como
fazer Lo vir.
Eu sorrio com o pensamento.
—Você não vai me responder? — Ryke pergunta. —Eu pensei que nós éramos
amigos agora.
Eu posso ser confortável em dizer algumas coisas na frente dele, mas
definitivamente não isso. — O que você está fazendo no meu computador,
então? —, pergunto. —E por que estou sendo mantida como refém? —Tento
mexer fora do aperto de Lo.
Ele me desliza para baixo para os meus pés, e antes que eu me atire para o
computador, seus braços vêm em volta da minha cintura deslizado novamente,
prendendo meu peito a seu. Ele olha por mim, e desapontamento e medo
começam a encher seus olhos cor âmbar.
O que? Eu estico meu pescoço por cima do seu ombro. Ryke faz uma careta para
algo na tela. Meu coração acelera e dá cambalhotas. — O que há de errado? —
Eu digo em voz baixa.
—Seu histórico é fodidamente obsceno — Ryke me diz em tom sério.
Mas... isso é impossível. Eu limpo meu histórico. O tempo todo. Lo me permite
ir, substituindo o calor com o frio que arde mais. Eu fico congelada na mesa do
café, e ele se junta Ryke no sofá, explorando a da longa lista.
—Eu não entendo...— murmuro.
—Eu verifiquei o seu histórico de ontem — diz Lo, seus olhos que passam na
tela como os de Ryke. — Foi tudo apagado, eu pensei que era suspeito. Então eu
disse a Ryke esta manhã, e ele me disse que há um backup instalado em
computadores caros para reanimá-lo — Ele finalmente encontra o meu olhar, e
antes que ele fale isso eu interponho a tempo.
—Eu posso explicar — digo rapidamente. — Eu comecei a olhar para ele há
poucos dias, mas apenas por alguns minutos por dia. Eu estou aprendendo a
porção de controle. Eu ia lhe dizer depois que eu conversasse com meus pais. É
uma coisa boa, na verdade. Eu posso ver isso como uma pessoa normal agora —
Minha voz se torna anormalmente elevada.
Ryke, surpreendentemente, mantém o silêncio e se vira para Lo.
Eu já me preparei para sua resposta. Ele não tolerará o meu uso de pornografia, o
que eu tenho certeza, mas ele vai me dizer que ele entende como é difícil para
mim e que eu tenho que fazer melhor. Eu espero por suas palavras simpáticas.
—Espero que tenha gostado — diz Lo se movendo — porque essa foi sua última
vez na internet.
Minha boca cai aberta, chocada demais para falar. Ele fecha o meu computador e
o pega do colo de Ryke. Eu o imagino jogando no lixo, e minha voz de repente
reanima. — Espera, Espera, espera! — Eu balanço minhas mãos. — Eu tenho
escola. Eu preciso escrever papéis e fazer a pesquisa.
Lo vai até um armário e coloca meu laptop dentro. — Então eu vou sentar com
você quando você as fizer, mas obviamente, você não pode ser confiável com
um computador agora — Seus olhos batem os meus. — Você esteve olhando
pornografia em seu telefone?
Eu fico olhando para o gabinete em uma névoa. Eu não posso acreditar que isso
está acontecendo, Lo nunca praticou amor duro comigo. O único amor que eu sei
é tanto o tipo doce ou o tipo que me faz vir.
—Lily!
Eu pisco. — Um pouco.
Seu peito sobe e desce pesadamente, mágoa ou raiva ou talvez um pouco de
ambos. — Não há um pouco — ele diz asperamente. — É sim ou não.
Eu balanço minha cabeça. — Eu estava fazendo o trabalho — Eu me defendo.
—A pornografia não é como o sexo. Você não está autorizada a olhar para as
fotos por uma hora e pronto.
—Por que não? — Pergunto. — Se eu não estou sendo compulsiva sobre ele.
—Você é viciada. Ele não parece como uma compulsão agora. Mas dois dias
depois daquela hora no seu computador se transforma em três. Uma semana
mais tarde, você está perdendo o sono com o hábito. Em seguida, em um mês,
toda a sua porra de tempo livre é consumida por verificar o seu telefone, se
registrando em sites, adormecendo com filmes. Lily... — Ele se aproxima e
segura meu rosto com as duas mãos, limpando as lágrimas caídas dos meus
olhos. — Eu assisti pornô corroer o seu tempo e sua vida. Eu não vou deixar isso
acontecer novamente.
Antes que eu possa envolver minha cabeça em torno de meus sentimentos, a mão
desliza no meu bolso de trás, e ele pega meu celular. — No caminho para seus
pais, vamos parar e comprar um telefone flip. Um que não tem internet.
Ele desliza o celular em seu próprio bolso. Seus olhos caem nos meus, ainda
sérios.
—Você tem se masturbado?
Eu sinto o calor do meu embaraço como uma erupção inundando meu rosto. Eu
olho hesitante em Ryke, não querendo discutir nada disso com ele na sala. Eles
se uniram, e eu não posso negar que Ryke fez Lo mais forte.
—Lily, você pediu para me fazer um boquete na frente dele — Lo me lembra.
—Você não pode estar constrangida agora.
—Eu não estou... eu não tenho — Eu não menciono como eu tenho contemplado
o ato e quase sucumbi à tentação (mais de uma vez) no chuveiro.
—Você jura? — Pergunta ele, ainda incrédulo. — Porque existem maneiras que
eu posso verificar. Eu podia sentir o cheiro nos dedos agora ou ir até a sua caixa
de brinquedos.
Eu faço uma cara feia. Meu estômago se transforma em uma mistura de raiva e
mágoa. — Você não tem que fazer isso — eu digo. — Eu estou dizendo a
verdade.
—Isso...— Ele faz um gesto de mim para ele. — Nós. Não podemos trabalhar a
menos que nós sejamos honestos um com o outro. Você vai ser capaz de dizer se
eu beber, mas Lil, eu não tenho ideia se você tiver uma recaída, até que seja
tarde demais. Eu não quero que haja desconfiança entre nós.
—Eu também não.
—Então, fale comigo — ele insiste. — Não chegue ao ponto onde você está
assistindo pornô ou se masturbando novamente para então falar. Não está tudo
bem, Lil.
Ele está certo, mas isso não faz ser mais fácil ouvir essas palavras, a partir dele.
Embora talvez eu precise de um bom chute na bunda.
Ryke limpa a garganta no sofá, e Lo revira os olhos dramaticamente. Ele pega
sua carteira da mesa e tira para fora uma nota de vinte. Ryke sorri enquanto ele
leva a nota.
—Será que você apostou em mim? — Eu pergunto, pasma.
—Sim — diz Lo, ousado. Seu olhar cai no meu. —E eu vou sempre apostar no
seu lado.
Ele provavelmente suspeitava que eu tinha visto pornô ao longo do tempo
também. Eu deveria estar mais ofendida que eles apostam no meu vício, mas
alivia o ambiente e me ajuda a não enrolar em uma bola de culpa.
—E eu vou com prazer ter o seu dinheiro — Ryke diz a ele.
De jeito nenhum. A perspectiva de Ryke vencer pelo meu fracasso me motiva a
fazer melhor.
Abro a boca, prestes a dizer Ryke que ele nunca vai ganhar de novo, mas um
vislumbre na janela me chama a atenção. Eu ando de lado para os painéis e espio
através.
Do outro lado da rua, uma van está estacionada no meio fio. Câmeras disparando
flash, a lente apontada para sala de estar de Ryke. Eu abaixo para o chão. Como
nos encontraram?
Lo me vê abraçando a madeira, e ele vem olhar para fora da janela. Eu o espanto
com minha mão. — Câmeras — eu digo.
Ele aperta os olhos em confusão e, em seguida, agarra rapidamente o controle
remoto. Ele liga a televisão, enquanto Ryke pula sobre a mesa de café e vem em
meu auxílio. Ele fecha as cortinas, e elas deixam o quarto em escuridão da tarde.
Uma voz familiar retumba através do sistema de som, e minha cabeça chicoteia
TV de tela plana.
—Passei uma semana inteira com ela durante Spring Break.
Oh. Meu. Deus.
Eu vou para o lado de Lo em transe e desabo no sofá. Melissa fala abertamente
com uma equipe de filmagem fora do que parece ser o complexo de
apartamentos de Ryke.
—E como ela era? — A âncora de notícias pergunta. Melissa soltou uma risada
curta.
— Selvagem.
—Mentirosa! — Eu grito e agarro uma almofada do sofá, pronta para arremessar
contra a televisão.
Ryke aponta um dedo para mim. — Não quebre minha TV.
Eu gesticulo para Melissa e seu falso sorriso. — A única vez que eu realmente
nem sequer tive relações sexuais, eu estou sendo acusada disso. Isso não é
fodidamente justo.
—Ela não é a primeira pessoa que esteve na câmera mentindo sobre você — Lo
me lembra. Ontem, um garoto de escola preparatória alegou que eu tive relações
sexuais com ele, e que eu era especial e exigente naquela época, eu lembro a
maioria das minhas conquistas do ensino médio. Ele definitivamente não estava
entre eles. Mas isso parece diferente. Melissa é a primeira pessoa que tem a
prova de que ela estava em nossa companhia, e não só isso, ela está discutindo
eventos que não ocorrem há quatro anos.
Foi o que aconteceu na última sexta.
Tanto quanto eles sabem, ela não tem motivo para mentir.
A âncora de notícias pede a ela para elaborar, e Melissa usa outro sorriso
complacente. — Bem, vamos apenas dizer que Lily e Loren Hale tem um
relacionamento aberto.
—O que isso significa exatamente?
—Loren Hale tem um meio irmão — diz Melissa. Sim, a mídia revelou que não
muito tempo atrás, e Sara Hale finalmente foi pintada como a heroína divorciada
por adultério, e que ela foi forçada a se manter tranquila após o fim de seu
casamento. Ela não é mais a caçadora de ouro que a minha própria mãe
costumava chamá-la. Embora, eu ainda suspeito que minha mãe sabia toda a
verdade sobre o engano de Jonathan como meu pai fez.
—Você sabe quem é seu meio irmão — As perguntas da repórter. A identidade
de Ryke não foi confirmada. Por ninguém.
— É claro — diz Melissa. — Ele diz a quase todo mundo que ele está
relacionado com Loren Hale. Eu acho que ele gosta de ser associado ao dinheiro.
Ryke revira os olhos e senta no braço do sofá ao lado de seu irmão.
Lo dá um tapinha das costas. — Nada como uma mulher desprezada, hein,
grande bro?
—Foda-se — diz Ryke levemente.
Lo sorri, mas isso desaparece tão logo Melissa totalmente responde a pergunta
da âncora.
—O nome dele é Ryke Meadows.
—E lá se vai meu anonimato — murmura Ryke. Ele suspira e amaldiçoa em voz
baixa enquanto Melissa discute o prédio, sua afiliação a Penn e a equipe de
atletismo... é muita coisa para digerir.
—E lá se vão aquelas manhãs de corrida em torno da quadra — Lo acrescenta.
Melissa divulga mais segredos, como lojas de café que ele frequenta, os ginásios
que ele gosta. Ryke geme em sua mão.
A voz de Lo amolece. —Você realmente chateou esta menina.
—Eu não queria. Honestamente.
Melissa olha diretamente para a câmera, entregando sua próxima mentira. —
Lily Calloway gostava de fazer muito, mas sobretudo com os dois. —Ela faz
uma pausa. — Juntos.
Nenhum de nós se move, totalmente não esperando por isso.
—Fodidamente fantástico — Ryke respira.
Eu posso lidar com caras que falam de dormir comigo. Eu posso lidar com
esquetes de comédia sobre o meu vício em sexo. Eu posso lidar com as putas e
prostitutas que são ditas em meu caminho. Mas ter outra pessoa, alguém que só
me ajudou ser arrastada para essas mentiras, bem, isso me tira do sério.
Eu esbravejo em direção à porta, sem me importar que meu cabelo está sujo, que
minhas roupas estão enrugadas de todo o descanso ao redor, e que eu pareço a
um segundo de me juntar ao lixo em uma lata de lixo. Eu sou uma menina com
uma porra de missão.
—Calma! — Lo envolve seus braços em volta da minha cintura antes de eu
chegar à porta. — Aonde você vai, amor?
—Para a rua. Preciso acertar as coisas. — Eles não podem pensar que eu dormi
com Ryke. Eles não podem achar que eu já tive relações sexuais com Lo e seu
irmão. Isso está além de errado.
Ryke olha para mim do sofá. — Portanto, a porra da sua primeira declaração vai
ser que Melissa é uma grande e gorda mentirosa do caralho?
—Você não pode apontar o dedo — Lo esclarece.
—Eu não posso ficar apenas quieta — eu digo. —Isso está ficando pior;
—Você tem que falar com seus pais primeiro — Lo me lembra. — Eles têm
dinheiro. Eles têm advogados.
Mas, para cada segundo que a mentira de Melissa é aceita como verdade é mais
um momento onde Ryke e Lo sofrem por minha causa.
Ryke me dá um olhar irritado. — Você honestamente acha que eu me importo
com o que as pessoas dizem sobre mim? — Não, ele não o faria, mas eu ainda
me sinto horrível.
— Estou mais chateado que ela disse à imprensa onde eu escalo rochas.
Imagino lentes que clicam enquanto ele agarra uma montanha com os dedos, e as
câmeras distraem ele, da forma como eles disparam repetidamente, tanto que ele
cai para a sua morte. Eu estremeço. — Me desculpe.
—Eu não quero suas desculpas, Lily — Ryke refuta. — Eu só quero uma coisa.
—O que?
—Quando seus pais lhe disserem para ir para a reabilitação, o que você vai
dizer?
Nós conversamos sobre isso no avião. Eu não posso ir para a reabilitação. Isso
implicaria deixar Lo e uma brilhante terapeuta, que tanto amo, e tudo isso seria
substituído com sessões de grupo cheias de ansiedade.
Eu não posso formar as palavras que Ryke quer, eu vou até Lo atando seus dedos
com os meus, coragem me enchendo.
—Eu vou dizer... vá para o inferno.
Ryke inclina a cabeça para mim, avaliando meu tom. Eu disse as palavras certas,
mas talvez não da maneira mais confiante. Ele se vira para Lo.
—Nós vamos trabalhar isso — Lo me diz.
Eu concordo. Pelo menos eu tenho o seu apoio. Ryke e Lo, como um time por
mais estranho que teria parecido meses atrás é a melhor coisa para mim.
Só não uma equipe sexual. Puramente casto aqui.
Ok, eu vou parar agora. Eu acho que a pornografia tem fritado meu cérebro. Eu
culpo Melissa! Eu vou usar essa desculpa pelo resto do dia.
Eu me sinto um pouco melhor.










{35}

LILY CALLOWAY

Eu não disse a meus pais para "ir para o inferno" ainda, mas em parte disso é
porque eles realmente não têm falado comigo. Quando chegamos em sua mansão
Villanova, Lo e eu fomos levados para uma das salas intimas. Meus pais estavam
lá, junto com seu pai, e assim também estavam quatro advogados espremidos em
um único sofá.
Os advogados nos fizeram perguntas, e eu tentei explicar tudo sem me tornar
demasiadamente uma bagunça emocional. Eu falhei em várias ocasiões,
chorando tanto que Lo teria que terminar falando para mim.
Mas a minha mãe e meu pai nunca disseram uma palavra e evitaram meu olhar,
tanto quanto possível. Eles poderiam dessa forma, ter ouvido de um outro
quarto. A parte mais difícil foi quando passaram os videoclipes postados por
muitos rapazes e reivindicados como fitas de sexo. Alguns dos mais obscuros.
Eu não podia ter certeza se era eu ou não, mas outros foram claramente
fabricados. Eu não tenho nenhuma sarda bonita em minha bunda.
Quatro horas mais tarde, minha garganta inchou de falar e tendo como grande
parte a verdade como eu poderia. Nós até mesmo falamos a verdade sobre o
nosso relacionamento falso. Agora Lo e eu esperamos na sala de estar enquanto
os advogados e nossos pais deliberam sobre os próximos passos. Rose e Ryke se
ofereceram para estar aqui, mas nós queríamos fazer isso por conta própria.
—E se eles nunca falarem comigo? — Eu digo, esfregando os olhos inchados.
Eu vejo Harold, o nosso mordomo, andar bastante depressa passando a porta
com a correspondência em suas mãos. A equipe, a maioria dos quais eu conheço
há anos, todos tiveram a mesma reação ariscos em torno de mim. Como se eu
fosse contagiosa.
—Isso não seria uma grande mudança, não é? — Lo pergunta.
Meu coração torce um pouco com as palavras dele. Eles não foram os
participantes mais ativos em minha vida, mas eu sempre pensei que era por meu
próprio esforço. Eu propositadamente me alienei durante a faculdade. Mas,
novamente, meu pai nunca ficou próximo quando eu era uma criança, e minha
mãe me afastou muito facilmente. Mas Rose disse que minha mãe comprou
livros de autoajuda para aprender a se reconectar com seus filhos, então talvez...
ela irá tentar? Eu não acho que há uma resposta preto e branco. Eu acho que eu
estava nadando no estado de cinza com as coisas por tanto tempo.
Eles ainda são meus pais. Eu amo eles, porque eu acredito que eles realmente me
amam. Meu pai me deu tanto, e mesmo se Ryke diz o contrário, eu não posso
simplesmente abandonar esta vida com a minha família ou andar longe para o
que eu fiz. Eu não quero ser aquela criança insolente, pisando no sustento dos
meus pais e, em seguida, lhes dizendo para limpá-lo. É minha culpa. Eu preciso
assumir a responsabilidade.
Eu só espero que eu não tenha feito irreparáveis danos para a empresa, nossa
família, e minha relação com eles.
—Vai ser estranho falar a eles através de advogados — Eu reformulo. —Isso já é
estranho.
—Sim, esse é um tipo de estupidez — ele concorda e pega a minha mão na sua.
— Aconteça o que acontecer, estamos nisso juntos. Você e eu.
—Lily e Lo — eu digo com um sorriso fraco. Dói levantar os meus lábios, mas
eu tento o meu melhor. Eu tenho evitado este dia durante uma semana, e a cada
minuto que estou aqui me faz lembrar de todo o mal que causei.
Ele beija minha bochecha e as portas da sala intima se abrem. Os advogados e os
nossos pais saem em uma grande onda. Eu não tenho sido capaz de pedir
desculpas a qualquer um, seja minha mãe ou pai. Toda vez que eu tentei fazer
um desvio a partir das perguntas dos advogados, eles me colocaram de volta ao
assunto com um tom mais agudo. Temo que essa possa ser minha única chance.
Eu ando rapidamente em volta do sofá, meus pais indo na direção oposta para o
longo corredor estreito. — Mãe! — Eu grito, fugindo passando um dos
advogados corpulentos de Jonathan.
Ela não olha para trás. — Mãe! — Eu grito novamente, quase chegando a ela da
forma que eu ando mais rápido. Ela me ignora, e eu descanso minha mão no
ombro dela para impedi-la.
Ela gira em torno de seus saltos, meu pai cobrindo sua frente.
Seus olhos frios me perfuraram, cheio de malícia mais do que qualquer outra
coisa, e isso me faz levar um momento até para lembrar o que eu estava fazendo
em primeiro lugar.
Eu tropeço para trás um pouco. — Sinto muito — Eu engasgo. —Eu sinto muito.
—Você pode se arrepender o tanto que você quiser — ela diz com um calafrio.
Ela toca suas pérolas através de sua fina clavícula. — Não vai reparar o dano que
você tem feito para esta família. — Ela dá um passo adiante, e eu dou um passo
para trás para não bater em seu peito. — Você tem tudo que uma garota poderia
querer, e você teve que abrir as pernas para cada menino que lhe deu um pingo
de atenção. Eu não te criei para ser repugnante assim.
Lágrimas embaçam meus olhos, e eu desobedeço às ordens do meu terapeuta de
internalizar tudo o que ela diz. Eu mereço o seu ódio. Estraguei tudo o que meu
pai já criou. Anos e anos de trabalho duro tem sido manchado por mim e as
minhas estúpidas decisões.
Seus olhos voam para Lo quando ele vem para o meu lado. Frieza me cobre, e
minha mão se sente entorpecida na sua palma. Minha mãe olha ele em um longo
olhar antes que ela diga — Você pode fazer melhor.
Eu tento separar minha mão da dele, mas ele agarra com força, segurando.
Lágrimas derramam das minhas bochechas enquanto eu me concentro em erguer
cada um de seus dedos dos meus. Ele dirige sua atenção para minha mãe.
—Você não nos conhece — diz ele. — Se você conhecesse, você iria perceber
como ela já se sente culpada, então pare de coloca-la para baixo.
Eu balanço minha cabeça. Ele não entende, eu quero ouvir a sua raiva e
decepção, eu estou tão cansada das pessoas me dizendo que está tudo bem
quando não está. Não é legal que a minha irmã mais nova está sendo teorizada
como uma futura viciada em sexo. Não é legal que a empresa do meu pai perdeu
investidores. Eu não quero me trancar em um apartamento e fingir mais que está
tudo bem.
Não há mais ninguém para culpar além de mim.
Lo aperta minha mão com força extra, tornando impossível para me soltar.
Minha mãe franze os lábios. — Está tarde, vocês dois precisam conversar com
os advogados. — Ela gira sobre seus calcanhares, e eles fazem o barulho durante
todo o caminho pelo corredor.
Eu inspiro esporádicos e agitadas inalações, e minha cabeça gira tanto que minha
visão começa a rodar com isso. Lo pressiona as mãos no meu rosto, cobrindo
com uma força que eu não possuo.
Meses atrás, ele provavelmente iria me deixar em um banco no corredor para ir
recolher garrafas de bebida no armário. Agora que ele está aqui, eu tento ingerir
um pouco do seu poder para ficar de pé. Mas tudo que eu vejo é um menino que
é bom e inteiro e uma menina que está quebrada e fraca.
Eu quero ser ele. Eu quero aquilo.
Mas esses são meus pais. E eles me odeiam. Eu acho que eu me odeio mais.
—Lily — ele diz, muito suavemente. — Você vai ter um ataque de pânico se
você não reduzir sua respiração.
Indo ter? Isso não é um ataque de pânico?

—Lily — ele fala com firmeza. — Respire. Devagar.


Eu tento ouvi-lo e me concentrar em seu peito, do jeito que sobe e desce em um
padrão estável. Quando meus pulmões se sentem menos tensos e minha
respiração estabiliza, ambos voltamos para a equipe de advogados que estão
mais atrás no corredor. Exaustão cedem seus olhos, e cada um mantém pilhas de
papéis que serão vasculhadas pelas próximas quarenta e oito horas.
O advogado chefe, Arthur, detém a maior pilha. — Precisamos discutir o que
deve acontecer nas próximas semanas.
Eu não sei o que meus pais decidiram fazer. Me enviar para a reabilitação? Me
fazer voar para a Suíça? Eu supostamente deveria lhes dizer para ir para o
inferno, mas depois de enfrentar minha mãe, tudo que eu quero fazer é isso
direito.
E isso significa ceder a tudo o que quiserem. O que quer que eles precisam. Vou
reparar o dano que eu tenho feito.
Jonathan Hale dá passos para frente, já segurando um copo de cristal de uísque.
Surpreendentemente, como os meus pais, ele não pronunciou uma palavra
durante a nossa reunião na sala intima. — Eu posso continuar a partir daqui,
Arthur — ele diz facilmente. — Eu acho que Loren e Lily estão fartos desta
besteira de intermediário.
Arthur se balança de pé, hesitante em sair.
—Você não precisa transmitir informação — Jonathan se rebate. — Você precisa
ter o seu rabo de volta para o seu escritório e fazer chamadas telefônicas e de
fato verificar o inferno fora dessas histórias. É hora de você ir. Agora.
Eles se dispersa rapidamente, e Arthur dá a Jonathan um par de arquivos antes
que ele parta. Uma explosão de inveja pula no meu peito, e eu estou com medo
que eu cobice o pai de Lo e queira a versão de Jonathan Hale para negociar para
mim, desejando principalmente que meu pai poderia ser mais favorável.
O mundo ficou louco.
Jonathan olha para nós. — Devemos fazer isso na minha casa. Os funcionários
aqui estão ficando nos meus malditos nervos — Na sugestão, um dos jardineiros
entra na casa pela porta dos fundos e, em seguida, acelera em outra direção.
Jonathan murmura algo que soa como desagradável ridículo. Mas eu realmente
não posso ter certeza.
Quanto mais longe eu estou da casa, melhor, mesmo que isso signifique que
temos de conduzir através da multidão de câmeras novamente. Lo e eu subimos
para o meu carro, e antes que ele o ligue, ele me enfrenta.
—Eu tenho que te dizer uma coisa, e você provavelmente vai ficar furiosa — Eu
franzo a testa, não tendo a menor ideia de onde isto pudesse ir. Eu vejo a saída
do carro de Jonathan dos portões, câmeras piscando e clicando, a luz brilhando
fora das janelas coloridas.
—O que é? — Eu pergunto, minha voz menor do que eu gostaria.
Ele lambe os lábios, a culpa se alinhando seu rosto. Uh oh.
— Esta não é a primeira vez que eu vi o meu pai desde a reabilitação.
A verdade desce sobre mim em uma onda de frio congelante. Eu tremo e aceno
com a cabeça, deixando isso descer totalmente. Ok.
Ele está mentido. Mas ele acabou de se abrir, de modo que tem de contar para
alguma coisa, certo? Ainda assim, não importa o quanto eu invente desculpas
para ele, eu não posso ajudar a tristeza que se derrama em mim.
Eu levanto as minhas pernas para o banco e enterro minha cabeça em meus
joelhos, me escondendo de Lo, e não dos paparazzi.
—Lil — ele diz, sua mão pairando sobre a minha cabeça, hesitante para me
tocar. — Diga algo.
Eu não posso falar, as palavras emaranhadas, inchadas em um poço no meio do
caminho até minha garganta. Então Lo dirige o carro para fora e dirige passando
as câmeras. Ele explica suas conversas com seu pai e como ele foi para ele
especificamente para encontrar o chantagista e para aprender mais sobre sua
mãe.
No momento em que chegamos à rua, longe dos paparazzi e vans de notícia, ele
terminou de derramar todos esses segredos. Depois de um longo silêncio tenso,
ele pergunta: — Você está furiosa?
—Não — eu digo suavemente, lágrimas silenciosas escorrendo pelo meu rosto.
Eu não levanto a cabeça dos meus joelhos. Eu estou só triste. Eu deveria ter
sabido e flagrado ele como se ele fez comigo. Ele foi capaz de ir para a
reabilitação e voltar um pouco mais forte do que antes. Eu não tenho isso.
Quando ele voltou, eu comecei a ir para trás em um dia, tentando descobrir como
lidar com o meu vício e ele na mesma sala. E eu só estou percebendo o quão de
uma rocha que é para mim, e o quanto eu possa ter decepcionado se ele recaísse
e não parasse ele mais cedo.
—Lily, por favor, fale comigo — Ele segue o carro de Jonathan e retarda quando
chegarmos ao portão.
—Você bebeu? — Murmuro.
—Não, eu juro, Lil. Eu meio… —
Meu peito entra em colapso. Eu não gosto eu meio.
—... Eu pensei sobre isso, mas não o fiz. Eu não podia. Eu estou usando
Antabuse — diz ele. — A ideia dos vômitos me parou mais de uma vez. Estando
ao redor do meu pai me faz querer beber. Eu não posso negar isso.
Ele faz uma pausa — Mas eu estou em um ponto onde eu posso dizer não —
Pelo menos ele está sendo honesto agora.
Eu levanto minha cabeça, esfregando meu rosto na minha manga. —Você não
me disse por que você sabia que eu ia desaprovar. — Ele balança a cabeça. —
Mas Lil, ele é meu pai. Ele é a porra da minha família.
Eu não posso lhe dizer o que eu penso. Que, mesmo que seu pai mostre o
coração em um minuto, ele vai cortar Lo em pedaços no próximo. Eu vi Lo
caminhar como uma concha de si mesmo depois que seu pai gritou em seu rosto
por meia hora.
Ele estaciona o carro e levanta minha mão. — Você é a minha família também
— Ele beija meus dedos. — Sempre — Ele enxuga uma lágrima perdida. — Por
favor, não fique chateada com isso.
—Eu só não quero ver ele te machucar — eu digo em voz baixa.
—Ele não vai.
Lo não é construído de armadura. Ele vai para cada luta, sem proteção. Ele
permite que as pessoas o machuquem porque acredita que ele merece essa dor.
Ele está doente. É algo que eu acho que estou lidando agora.
Eu respiro profundamente e apenas aceno. — Ok — Eu me sinto tão rasgada. A
adaga extra apenas se encaixa no lugar com as outras. Eu tenho que acreditar que
Lo vai ficar bem na presença do seu pai, que ele pode lidar com todos os ataques
verbais e os comentários depreciativos repentinos. O porquê você não está
vivendo o seu potencial? Por que você é um merda de decepção? Eu tenho que
acreditar que ele é mais forte do que eu.
Eu acho que posso fazer isso.
Entramos na casa, e eu derrapo em uma parada pela grande escadaria,
absorvendo uma casa que eu passei a maior parte da minha infância. É mais
silenciosa e mais escura do que o lugar do meu pai e carrega uma característica
sombria.
Talvez porque eu tenho mais lembranças aqui. E nem todas elas são boas.
—Podemos fazer isso na parte da manhã? — Pergunto. Adiar o inevitável soa
agradável. Eu poderia tomar outra pílula para dormir também, ou Lo pode até ir
para baixo em mim esta noite. Eu não deveria estar pensando diretamente sobre
sexo agora. Eu balanço minha cabeça para tentar redefini-la. Eu sou um ciclo de
centrifugação rotativo para trás.
Lo acaricia meu cabelo — Meu pai está impaciente.
Oh, certo. Ele me leva para o escritório de seu pai, onde eu estive muitas vezes
antes. Jonathan já está lá servindo-se de scotch quando andamos. Eu sento sobre
o sofá de couro marrom, e Lo corre para ficar ao meu lado.
Me lembro de beijar Lo neste sofá. Nós teríamos estas sessões de amassos
quentes e pesados, completa com o excesso de roupas carícias, apenas para ser
pegos por Jonathan ou os funcionários. Nós não estávamos realmente juntos,
mas usamos isso de desculpa para nos beijar. Nós dissemos que estávamos
“reforçando nosso relacionamento," mesmo, apesar de ter sido apenas fingir. Eu
gostei das carícias e apalpar a mais do que deveria. E Lo fez também, eu
suponho. Ele simplesmente nunca declarou, sem rodeios, que ele queria ficar
comigo.
Jonathan hesita pelo carrinho de bebidas, examinando suas garrafas. — Greg e
eu concordamos em não falar durante as perguntas. Se ele pareceu formal, é só
porque não queria que a coisa durasse toda a noite do caralho — Ele levanta uma
garrafa de cristal de líquido de cor âmbar. — Você gostaria de um copo ou você
ainda está sendo desagradável?
—Não, obrigado — diz Lo, a voz firme.
Jonathan retorna a garrafa e se afunda na cadeira de couro de pele de animal
atrás de sua mesa. Ele embaralha os três arquivos ao longo de sua mesa enquanto
toma um gole do seu copo.
—De agora em diante, o objetivo para ambos você é reformar suas imagens.
Vocês vão se tornar íntegros indivíduos que podem orgulhosamente usar seu
último maldito nome — Ele abre um arquivo e examina a página. — Vamos
começar com Lily. A solução mais fácil seria negar todas as acusações, mas
ninguém acreditaria que sessenta homens estavam mentindo.
Eu já sabia que eu não podia negar as acusações, e eu não iria querer. A maioria
é verdadeira, eu espero pela palavra, aquela que irá selar o meu destino:
reabilitação.
—Então, seus pais e os advogados elaboraram uma lista de coisas que você deve
fazer. Elas vão ajudar a restaurar sua reputação, e com efeito, a de nossas
empresas. Simples, fácil, sem emenda, blá, blá, blá, porra.
—E se ela não as fizer? — Lo pergunta.
Jonathan atira um olhar afiado.
— Eu estava chegando lá. Segure a porra da sua língua por um segundo—. Seus
olhos caem para mim. — A partir de hoje, você não terá mais acesso ao seu
fundo fiduciário. Quando você completar todas as tarefas, a sua herança será
restaurada a você totalmente.
Meu dinheiro se foi.
Estou quebrada. Assim como Lo.
Eu gostaria de poder falar com os meus pais. Eu teria completado sua lista sem
colocar minha segurança financeira como garantia. A culpa me motiva bastante.
Jonathan olha para Lo, e eu sei que ele espera que ele pergunte sobre o seu
próprio fundo fiduciário, especialmente agora que nós dois estamos sem
dinheiro. Mas Lo permanece resoluto e de boca fechada.
Seu pai muda sua atenção de volta para mim. — Devo admitir, que seu pai não
gostava muito dessa ideia total. Ele preferia que você mantivesse seu fundo
fiduciário, mas sua mãe o convenceu do contrário. —Eu me pergunto por que
Jonathan me diz isso, talvez para atestar o seu melhor amigo. Não tenho certeza.
—O que está na lista? — Pergunto baixinho. — Eu tenho que ir embora?
Jonathan deixa escapar uma risada curta. — Fugir não resolve nada. Na verdade,
ele faz você parecer culpada. Não, você vai ficar na cidade, de preferência
Princeton após os advogados terminarem com a universidade.
Eu não vou ser expulsa? Surtos de esperança vem através de mim, apenas para
ser sufocada pelas próximas palavras de Jonathan. — Você vai pedir desculpas
publicamente durante uma conferência de imprensa, e você vai começar a ver
um psiquiatra escolhido a dedo por seus pais — Ele aperta os olhos para a lista.
— Eles também querem que você pare de visitar bares e clubes, mas realmente,
os três de nós nesta sala concordamos que você pode ir, apenas não ser vista. Isto
é sobre a sua imagem não a porra de um caminho para a moralidade.
Ele bate com a caneta sobre a pasta — O item mais importante e último da lista
...— Ele enfia a mão no paletó e revela uma pequena caixa preta. Eu não olho
para Lo. Meus olhos estão na zona sobre a caixa enquanto Jonathan abre a
tampa, um anel de diamante brilhante dentro. — Parabéns — diz Jonathan, sua
voz mais áspera do que entusiasmada. — Você está agora noiva, e o casamento
será realizado em um ano.
Minhas juntas não funcionam adequadamente, apesar de todos os meus
pensamentos gritarem violentamente para eu pegar o anel. É um pequeno preço a
pagar para o que eu fiz. Mas, para transformar o que Lo e eu temos em isca para
a mídia, barateando o nosso amor, os danos para além das palavras.
Mais lágrimas transbordam.
—Lil — Lo diz, apertando a minha mão. — Podemos encontrar uma outra
maneira.
Nós não podemos.
Isto é o que eles querem, e temos sido egoístas o suficiente. Eu balanço minha
cabeça, pego a caixa e arranco o anel que reluz enquanto eu o deslizo entre meus
dedos. É maior e mais extravagante do que qualquer coisa que eu sempre quis.
Eu tomo um pequeno fôlego e o coloco no meu dedo.
Ele se encaixa perfeitamente.
Eu não posso parar de olhar para a forma como ele brilha e ofusca minha
pequena mão. É berrante e se parece frio e errado.
—Sinto muito — eu digo a Lo. Ele está fixado no pedaço de joia, tanto quanto
eu, e eu já sei o que ele está pensando. Isso não é o que ele imaginou para nós
também, uma proposta por seu pai em seu escritório.
Talvez... talvez nós estamos destinados apenas a não ter um final feliz. Talvez
nós não merecemos.


{36}

LOREN HALE

Quando eu estava na reabilitação, eu tinha muito tempo livre para deixar minha
mente vagar. Estupidamente, eu comecei a pensar sobre como eu iria propor a
Lily. Não tão cedo, mas quando estivéssemos ambos saudáveis e felizes. Eu até
mesmo imaginei o anel que iria lhe comprar uma pequena safira rosa. Simples,
não tradicional. Eu acho que ela teria gostado.
Agora eu nunca vou saber.
Eu olho para o meu pai, odiando que ele sequestrou minha proposta. Não é
inteiramente sua culpa, mas se estamos sendo coagidos a união, eu prefiro ter
algo em meus termos. Ele poderia ter me dado um dia de aviso prévio. Qualquer
coisa.
Em vez disso, eu estou indo arquivar essa memória com todas minhas outras
sombrias, escuras como asfalto, arruinada por algo maior e mais desagradável do
que eu. Lily calmamente avalia o anel com olhos tristes. Eu gostaria de poder
corrigir isso, mas rejeitar as alegações do seu pai vai machucá-la mais. A
vergonha que ela causou está rasgando-a de dentro para fora, e não fazer nada
para reparar o dano rasgaria sua alma.
—O casamento — eu digo, quebrando o silêncio tenso. — Você disse que ele
será em um ano.
Meu pai balança a cabeça e bebe seu uísque.
Eu me coço para prová-lo, mas eu me concentro mais em Lil, e qualquer dor
para o álcool diminui. Pela primeira vez, eu realmente me sinto forte o
suficiente para ajudá-la. — Ela tem que completar todas as tarefas antes que seu
fundo fiduciário volte. Isso quer dizer que ela vai ter ele de novo quando ela
concordar com o casamento?
—Ela recebe quando vocês estiverem casados.
Meu estômago cai. Um ano? Ela vai estar quebrada pela porra de todo um ano,
mesmo que ela faça tudo o que eles dizem. Lily não consegue manter um
emprego enquanto ela está passando por recuperação. Eu me lembro como eu a
encontrei escondida debaixo de sua mesa no escritório de Rose, com medo dos
modelos masculinos. Ela não está pronta para lidar com o stress de um ambiente
de trabalho com seu vício na borda. A ansiedade é o que faz com que ela fique
louca.
—Nós vamos nos casar mais cedo — eu ofereço. Por que prolongar a espera?
Ela vai ter dinheiro. As câmeras vão parar de nos perseguir. Ela não vai ser a
fofoca nos blogs mais. Tudo vai ficar bem de novo.
—Sério? — Lily pergunta, seus olhos grandes e vidrados.
Eu limpo uma lágrima que caiu com o meu polegar. — Duas semanas ou um
ano, isso não faz diferença para mim, Lil. Eu me casaria com você amanhã, se
isso iria fazê-la feliz.
Ela balança a cabeça uma vez e me deixa abraçá-la.
—Isso realmente faz a diferença — meu pai corta, gelando meus ossos. — Ele
não pode parecer como um casamento obrigado projetado para persuadir os
meios de comunicação. Tem que parecer real. Um ano. Não mais cedo e não
mais tarde.
Ele estrangulou minha única alternativa.
Meu pai fecha um arquivo e abre outro. — Agora, para você, Loren — ele diz,
— a mídia tem modelado você como o namorado patético, traído e descartado.
Você vai divulgar publicamente uma declaração sobre como você e Lily tiveram
um relacionamento aberto, algo novo para a idade. Você foi dormir ao redor com
outras mulheres, e você sabia que ela estava dormindo com outros homens. Mas
desde seu romântico noivado, ambos decidiram prometer um ao outro
totalmente.
Lily prende a respiração, provavelmente acreditando que eu vou recusar essa
estipulação. Ela quer que isso seja fácil, para nós concordar e seguir em frente.
Estou acostumado com mentiras. Se esta ajuda, eu vou com prazer levá-la. Eu
aceno em aceitação e meu pai fecha o arquivo.
—É isso? —Pergunto.
—Você não é o viciado em sexo — ele me lembra com um sorriso seco e
levantando seu copo. Ele toma um longo gole, e minha mente desliza de volta
para a questão do dinheiro.
Eu tenho que perguntar a ele. Por Lily.
Por mim.
Portanto, temos um problema a menos para resolver. Assim, podemos parar de
tomar ajuda de nossos irmãos.
—Sobre o meu fundo de garantia...
Lily se eriça ao meu lado. — Lo, você não tem que.
—Eu quero — Quaisquer que sejam as repercussões, o que quer que eu tenha
que fazer para agradar meu pai, eu vou fazer funcionar.
Uma parte de mim grita fracasso. Estou desistindo por rastejar de volta para este
homem. Mas a outra parte diz que este é o caminho certo. E eu estou ouvindo
esse lado do meu cérebro. Se é o caralho do lado mudo isso é para ser visto.
—O que tem ele? — Ele roda o uísque no copo, criando um pequeno
redemoinho.
Ele vai me fazer pedir. Implorar. Implorar e rastejar. Eu não estou prestes a cair
de joelhos, mas eu estou perto. Eu estou quase lá. — Você me disse que eu
poderia tê-lo de volta — eu o lembro, mas eu não sou um idiota. Eu sei que
existem amarras. — O que você quer que eu faça? — Não faculdade. Não
faculdade. Não faculdade. Eu não posso ir de volta à escola, cercado por
bebidas, cercado por jovens em pleno funcionamento de vinte e poucos anos.
Isso me deixa próximo a uma garrafa mais do que de Lily sabe. É uma razão
pela qual eu optei por não retornar.
Cada pessoa, feliz sã é como um reflexo do que eu poderia ter sido, olhando para
a existência de um fantasma do natal futuro. Eu não quero ser assombrado pelos
meus problemas como isso.
—O que eu quero que você faça — diz ele, — é ser o caralho de um homem.
Eu o olho. — A última vez que verifiquei, eu era um deles.
—Ter um pau não faz de você um homem — ele responde. —Você foi um
menino irresponsável toda sua vida. Eu lhe dei coisas e você fez merda sobre
elas. Se você quer seu fundo fiduciário, você tem que usar o dinheiro para fazer
algo de si mesmo. Você não pode fodidamente ficar afastado.
—Eu não vou voltar para a faculdade.
—Eu disse alguma coisa sobre a faculdade? Você não está me ouvindo. Ele joga
para trás o resto do o licor na boca e bate o copo sobre a mesa.
Eu recuo.
E ele fica em silêncio, não a ponto de divulgar os detalhes. Aparentemente eu
tenho que saber o que ser um homem realmente implica. Na cabeça do meu pai,
poderia significar qualquer coisa.
—Ok — eu aceito cegamente. Ele só quer que eu conheça meu potencial, não
desperdiçar afastando sua riqueza com apatia. Seus termos deveriam estar em
meu poder. Esperemos.
Suas sobrancelhas saltam de surpresa rápida, mas lentamente passa afastado,
substituído com um verdadeiro, genuíno sorriso.
Eu acho que eu apenas fiz o meu pai feliz. Isso acontece... bem, quase nunca.
—Vou ligar para os advogados. Sua herança estará de volta amanhã de manhã,
— diz ele, — e eu espero uma proposta de negócio até a próxima semana.
— Uma o quê? — Meu estômago aperta.
Ele revira os olhos e as endurece a boca. Aquele sorriso durou pontualmente dois
segundos. — Pelo bem de Cristo, Loren. A proposta de negócio. Você não tem
que estar envolvido na minha empresa, mas é melhor que crie a sua própria. Eu
nem sequer me importo se for bem-sucedido. É só pegar sua bunda preguiçosa
— Ele se levanta e paira sobre o carrinho de bebidas para encher seu copo vazio.
— Está tarde, vocês dois devem passar a noite aqui.
Eu não quero entrar em meu antigo quarto, um paraíso para as más lembranças e
erros de merda. Eu balanço minha cabeça. — Nós vamos ficar à noite em Ryke.
Ele endurece ao falar. — Então vá, eu tenho trabalho a fazer — À medida que
caminhamos em direção à porta, ele diz: — E quando eu encontrar o chantagista,
ele vai desejar nunca ter fodido com a nossa família. Eu posso prometer isso a
você.



















{37}

LILY CALLOWAY

Estamos todos de volta na casa de Princeton, e eu não falei com Rose em três
dias. Ela deixa a casa cedo e retorna tarde. E cada vez que eu ligo, sua caixa
postal apita. Normalmente Rose responde no segundo toque.
H & M e Macy tiraram Calloway Couture de suas lojas, citando a "atenção
negativa", como razão para tirar as roupas dos cabides e prateleiras. Pedi
desculpas através de mensagem, e eu peguei ela uma vez em pessoa para
pronunciar as palavras, mas ela me deu um tapinha no ombro e disse algo sobre
uma reunião e pulou em seu carro.
Ela me mandou uma mensagem esta manhã.
Eu estou apenas ocupada, e eu sinto muito que eu não tenho mais tempo para
conversar. Eu não culpo você. Mantenha a cabeça erguida. Rose
Não estou me sentindo muito alegre hoje, mas o texto ajuda a aliviar o peso no
meu peito. Meu último teste é hoje antes das provas finais começarem na
próxima semana, e marca a primeira vez que eu vou pôr o pé no campus desde o
escândalo. Eu não deveria ir. Eu não estudei ou memorizei as respostas de
exames antigos. Eu só me joguei no sofá e assisti a reprises de Boy Meets World.
Meus membros cedem fortemente, uma âncora que me amarra para a cama, para
o chão, para o sofá. Manhã, meio-dia, e à noite. A vontade de desaparecer, uma
superpotência que eu sempre quis, aparece mais frequentemente. Dra. Banning
iria me dizer que eu estou deprimida, talvez até mesmo prescrever uma
medicação para mim. Mas eu não falei com ela desde minha reunião com os
advogados.

Eu não estou autorizada a vê-la. Eu tenho um novo psiquiatra agora. Dr. Oliver
Evans. Eu vou encontrá-lo próxima semana.
O chuveiro é a minha solidão: um lugar onde existe a masturbação, onde o vapor
pinica meus nervos em combustão e afasta a ansiedade. A culpa acompanha a
alta. Eu sei, eu sei, eu sei. Eu sou tecnicamente não permitida, mas eu estou
monitorando quanto tempo eu gasto me tocando. Esta não é a mesma coisa como
pornografia. Eu não posso me masturbar em público. Eu nunca vou exagerar se
eu me limitar a masturbação na hora de tomar banho.
E de qualquer maneira, após a tentativa de ontem à noite para fazer sexo, Lo vai
provavelmente ficar longe de mim por uns bons mil anos. Tudo começou bem,
eu era ridiculamente animada para finalmente dormir com ele após duas semanas
de abstinência. A hora acelerou, enganando minha mente em acreditar que só
enganando em torno de cinco inteiros minutos, não sessenta. Eu precisava de
mais tempo.
Ele ficava me dizendo não. E eu até tentei a arranhar e enganar na minha sexy
trama, o que (agora que eu penso sobre isso) não poderia ter sido totalmente
sexy. Virei o monstro compulsivo do sexo que nós tanto temíamos. Então,
aconteceu algo pior.
Comecei a chorar.
Assim, não só fiz meu lamento para o sexo, mas eu chorei quando eu não
consegui. Tenho vergonha do ponto de reclusão. Eu nunca quero mostrar meu
rosto, a ninguém. Eu não culpo Lo se ele não quiser dormir na mesma cama
comigo nunca mais.
Olho para o relógio da cozinha. Lo e Ryke não pode mais correr na pista Penn ou
correr para fora sem ser bombardeado por paparazzi ou estudantes intrometidos.
Então, eles recorreram a correr ao redor do terreno em nossa casa em Princeton.
Pelo menos ele está fechado.
Mas eles não devem entrar por mais dez minutos. Meu cabelo úmido molha
minha camisa. Eu acho que eu posso espremer em mais uma ducha antes deles
entrarem em casa. Eu pulo fora do banco e corro para o banheiro. Eu recupero
um pequeno saco de absorventes internos de um armário no caminho de volta.
Cheio entre eles está uma bolsa à prova d'água com meu mini vibrador. Eu o tiro
fora e enfiar o saco de volta.
Chuveiro ou banheira?
Eu odeio que não temos um cenário de combinação banheira chuveiro. Isso seria
muito mais fácil então. Masturbação de pé não é o meu favorito, e isso é o que
eu teria que fazer no chuveiro.
A banheira me chama. Bolhas. Eu posso ter bolhas também. Mas eu só tenho
... dez minutos. Eu acho que eu posso fazer funcionar. Bolhas tem que valer a
pena.
Rapidamente, eu viro a torneira, testando o calor perfeito da água, e esguicho o
mix de bolha (claro) e jogo uma daquelas bolas de sabão-de-rosa (realmente não
sei o que elas fazem). A água chicoteia uma tonalidade de rosa pálido, e eu
respiro o aroma florido, um cheiro muito perto de lírios.
Então, tenho isso.
Eu tiro a minha roupa e afundo na água, ofegando com a forma como sinto a
calidez da água e espumas em minhas coxas até meus seios. Eu seguro o
vibrador em uma mão, antecipação e alegria me enchendo em primeiro lugar. Eu
fecho meus olhos, inclinando para trás, e deixo minha mente vagar enquanto
faço movimentos com a mão.
Me concentro em uma memória particular, uma com Lo durante nosso segundo
ano de faculdade. Nós estávamos amarrados a participar da festa natalícia do
meu pai ao redor de sua mansão Villanova. Desde que nós planejamos passar a
noite, nós dois decidimos ficar bêbados além da gemada. Minha mãe nos
enxotou para o andar superior para que nós não interrompermos
qualquer um dos outros hóspedes, e nós nos trancamos em meu quarto para o
resto da noite.
De pé ao lado do final da cama, ele beijou meu pescoço e lábios com um olhar
inebriante, inalando cada parte de mim, um olhar que devorou o meu corpo em
um único segundo. Mesmo que estivéssemos sozinhos, ele não parou.
Eu estava excitada. Ele estava bêbado. E ele de bom grado me emprestou sua
boca, e eu aceito (na primeira) porque minha mente estava em uma super
agitação. Seus lábios pressionados contra minha clavícula, macio suave e em
seguida, profundamente, sugando.
Seus dedos deslizaram para baixo da minha cintura, mais e mais.
—Lo — Deixei escapar uma respiração irregular e tentei agarrar seu branco
casaco, tentando manter meu corpo ereto. Mas o mundo estava dançando, e eu
não queria nada mais do que ser varrida por ele de preferência com uma pressão
e uma alta.
Ele retraiu e segurou minhas bochechas, seus olhos cor de âmbar que
transportam uma névoa forte, mas não o suficiente para ele estar completamente
desaparecido pela bebida. Ele ainda estava comigo. Aqui. Por agora.
Eu tinha certeza que eu parecia com uma bêbada desleixada entre nós dois.
—Lily — Seus lábios se levantaram em um sorriso torto. — Como você está se
sentindo?
—Trêmula — eu admiti. — E com tesão — O álcool reprimiu qualquer
constrangimento porque eu acrescentei, — Realmente com tesão, na verdade —
Mas eu não poderia encontrar um caso de uma noite na festa íntima do meu pai.
Além do fato de que a maioria estava na casa dos cinquenta, os poucos jovens
conheciam minha família muito bem. Eu não estava no mercado para espalhar
rumores de que eu traí Loren Hale. Nós ainda estávamos fingindo ser um casal,
depois de tudo.
Ele continuou sorrindo. — É assim que você faz os caras duros? Honestidade
cega?
Meus olhos imediatamente caem para sua virilha. — Ele não parece estar
trabalhando em você — rebato. Eu escorrego de seus braços e ele encontra seu
clandestino de Macallan na minha gaveta da mesa. Ele a destampou e tomou um
gole rápido. Seu rosto escureceu, e ele puxou a garrafa longe de mim. Ele
colocou a borda nos seus lábios e bebeu um grande gole, sua garganta
balançando três vezes.
Ele colocou a garrafa de volta na mesa. — Você está sempre com tesão. Eu teria
um eterno tesão se isso levasse a algum lugar.
Minha mente começou a vagar a lugares pecaminosos, pensando sobre o que
exatamente faria Loren Hale ficar fora.
Mas este era Lo. Meu melhor amigo. A relação que eu não poderia desvalorizar
com uma transa rápida. Nós cruzamos as linhas algumas vezes antes, mas eu
estava determinada a nunca pular o final da linha na extremidade com ele dentro
de mim, com o maior, mais brilhante clímax.
—Eu não costumo dizer coisas, — eu admiti. — Acabo fazendo as coisas.
Ele me deu um sorriso amargo. — Eu aposto que você dá um boquete
espetacular.
Eu estava prestes a oferecer um, mas me lembrei quem ele era e minha garganta
ficou seca novamente. Eu estendi minha mão para o Macallan. — Meu sucesso
— eu disse.
Ele riu quando ele pressionou a garrafa aos lábios novamente. — Esperta — Ele
tomou outro gole. Ele era sempre tão territorial sobre sua bebida.
Eu voltei para a gaveta e tirei uma garrafa de vodca.
Ele ergueu as sobrancelhas. — Você não tem nada para perseguir que como um
peixe graúdo.
Dei de ombros, desparafusando a tampa e joguei o líquido de volta na minha
garganta.
—Ei! —, ele gritou e correu para o meu lado, assim como o líquido que queimou
seu caminho pelo meu esôfago. Eu tossi asperamente. Estou na porra do fogo,
pensei. Ele pegou a garrafa para longe de mim, mas oitenta por cento já estava
invadindo meu estômago.
Meu nariz enrugou em desgosto. — Por que você faz isso? — Perguntei. Eu o vi
beber álcool em linha reta. Eu esfrego a mão na minha língua, tentando me livrar
do gosto. Ugh.
Ele simplesmente riu e me deixou reclamar por alguns minutos, e então o álcool
lentamente começou a deformar minha mente, transformando meus pensamentos
lascivos em exaustivo. Eu ansiava por toque. Pelas mãos para deslizar para cima
e para baixo nas minhas pernas e coxas.
Eu pulo na borda da cama, meus olhos à deriva ao longo Lo, caindo para a bunda
dele enquanto ele olhava para fora da janela, hipnotizados pelas luzes de Natal
cintilantes e a vibração de neve.
Eu queria sexo.
Eu queria sentir tão bem como ele estava se sentindo. Álcool o fez relaxado, à
vontade, e eu ansiava por esse tipo de paz.
—Lo — eu suspiro. — Ainda estamos fingindo?
Seus olhos encontraram os meus. — Eu vou estar dormindo em seu quarto hoje à
noite porque nós deveríamos estar namorando. Então sim. — Posso fazer alguma
coisa? — Minhas pálpebras estavam pesadas a partir da bebida, e espero que
minha voz não fosse tão arrastada.
Ele nem sequer hesitou. — Claro — disse ele. — Eu posso esperar no escritório
de seu pai. Eu não acho que há ninguém lá.
Ele se moveu em direção à porta, prestes a me dar privacidade para me
masturbar. Mas isso não é o que eu queria.
—Espere — eu chamei, meu coração batendo rápido. Seus pés pararam no meio
do chão, e ele girou ao redor, de frente para mim com a inclinação de sua cabeça.
—Você pode ficar — eu disse a ele. — Ali. Apenas... fique aí.
Eu deslizei debaixo das cobertas e tentei evitar seu olhar enquanto eu me
atrapalhei com meu vestido. Puxei o tecido sobre a minha cabeça e o atirei para
o chão junto com minha calcinha. Eu tinha sentidos o suficiente para manter a
meu sutiã sem alças, pelo menos. Não que ele estava cobrindo muito.
Agora acomodada, eu olhei para ele. Uma expressão divertida dançava em seu
rosto. — Quão bêbado você está? —, perguntou.
Sinceramente, eu esperava que eu não me lembre de ter feito isso na parte da
manhã. Isso não vai acabar acontecendo embora. — Suficiente — eu disse. O
suficiente para me tocar na sua frente.
Ele lambeu seu lábio inferior e ergueu a garrafa à boca. Ele esperou para ver se
eu iria parar com isso. Meus dedos mergulhados entre as minhas pernas,
encontram o ponto fraco, molhado que sofria por toque. Minha respiração
aprofundou assim que meus dedos pulsavam ao longo do meu clitóris, e eu cai
nas boas graças do jeito que iluminou meu núcleo.
Olhei ansiosamente para as calças, imaginando seu pênis que eu nunca realmente
vi durante os nossos anos de faculdade.
Eu nunca quis seu pênis para cravar minhas tentações, então eu evitei o contato
visual com ele quase todos os dias. Mas essa noite, eu não me importava com
nada disso. Sexo estava em minha mente, e ele queria algo mais. Seus dedos
viajaram para o botão em suas calças, e minha respiração engatou quando ele
empurrou-o lentamente através do orifício.
Olhei para ele interrogativamente. O que ele estava fazendo?
— Se você quiser me ver enquanto você começa — disse ele, — assim você
pode, desta forma, amor. — Ele puxou para baixo suas calças até os tornozelos e
lentamente saiu delas. Minha boca estava abrindo, e eu parei de mover meus
próprios dedos em estado de choque.
Ele estava duro.
Não completamente, mas definitivamente mais firme do que antes. Sua apertada
box pretas expondo todos os seus músculos e curvas e, claro, a protuberância em
que eu estava fixada.
—Continue — ele insistiu.

Meus dedos reacenderam com suas palavras, e eu mexi eles mais rápido, meus
quadris se contorcendo e bombeando em animação. Seu pênis cresceu
lentamente. Ele estava acenando para mim, como eu tivesse me tornado um
pouco como o encantador de serpentes. Eu amei esse controle... esse poder.
Eu roubei um olhar e peguei Lo bebendo em meus recursos, a forma como os
meus lábios entreabertos e os olhos tremulou de volta. Mas quando trancamos os
olhares, eu deixei cair meu foco, sua mão desaparecendo debaixo da bainha de
suas cuecas boxer.
Um gemido ficou preso na minha garganta quando eu o assisti se esfregar sob o
tecido. Eu não podia ver seu pau, não realmente, o que fez parecer ainda mais
sexy. Mais pecaminoso e errado e certo.
Sua respiração pesada se tornou profunda e áspera, como irregular e querendo a
minha. —Lily — ele gemeu. Meu clímax chegou nessa corrida idílico, em uma
onda que me soprou em escalonadas sucessões. Meu corpo tremia e meus dedos
curvados, o meu clímax me envolve de dentro para fora. Lo grunhiu, sua
respiração afiada, e ele veio diretamente junto comigo.
A vergonha de costume foi absolvida pela bebida e o lembrete de que não tinha
quebrado nenhuma regra. Eu me convenci de que ele provavelmente me ouviu
vir no quarto ao lado, milhares de vezes. Vendo o ato não poderia ter sido muito
diferente. E eu nunca tinha feito algo assim com qualquer outro cara antes.
Ele parecia especial.
Me virei para perguntar se poderíamos fazer novamente. Uma vez nunca foi o
suficiente. Ele viu o meu desespero antes que eu dissesse uma palavra.
—Se você fizer isso na minha frente novamente, eu vou ter que te foder — ele
disse.
—Ter que ou querer? — Perguntei, confusa.

Ele sorriu com facilidade, mas nunca me deu uma resposta clara. — Eu não
posso ficar firme quando você me diz que está com tesão, mas eu ainda sou um
cara. E você ainda tem regras. Aquelas que não vou aproveitar quando você está
bêbada.
—Então, quando eu estiver sóbria?
Seu sorriso se tornou travesso. — Estou indo tomar um banho.
Ele agarrou o pescoço do Macallan. Devo ter parecido ainda mais decepcionada,
porque ele foi para o meu armário em vez do banheiro. Ele puxou uma rosa
caixa Victoria Secret’s do fundo e colocou suavemente na cama ao meu lado. Ele
sabia que ela estava cheia com todos os meus brinquedos. O gesto foi amável.
Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e me beijou na testa.
—Feliz Natal, Lil — ele disse e saiu para o banheiro.
Ele nunca voltou. Passei as próximas quatro horas em coma me masturbando até
que eu desmaiei. De manhã, encontrei ele dormindo no chão de azulejos do
banheiro abraçando uma garrafa vazia. Nós nunca falamos sobre isso
novamente. Eu enterrei a memória com as minhas fantasias, e eu sempre
acreditei que ele perdeu a memória em sua bebida.









{38}

LOREN HALE

—Eu não posso acreditar que você está fodidamente noivo — Ryke me diz.
Nós esticamos pelo pequeno lago de carpas na beira de nossa propriedade,
tentando o nosso melhor para correr sem se aproximar dos portões de ferro
forjado. Paparazzi estão acampados na rua, espiando pelo portão que faz pouco
em termos de privacidade. Rose já chamou um paisagista para plantar cercas
vivas, mas não será concluído por um mês inteiro.
—Em uma perspectiva de gestão escândalo, o casamento é a solução clara — diz
Connor. Ele se estende suas mãos no chão.
—Sim, porque agora as pessoas vão pensar que Lily é uma adúltera e não apenas
uma pessoa traindo o namorado da faculdade — Ryke retruca.
Connor o encara. — A sociedade acredita que o casamento mostra o
compromisso, um vínculo mais forte — Ele está de pé. — Sem mencionar que as
fofocas são viciadas em uma boa história de amor. E o que é melhor do que amor
que une um viciado em sexo e um alcoólatra?
—Você não deveria estar em Nova York agora? — Ryke rebate de volta,
entregando a luta.
Todo mundo tem uma opinião sobre o noivado, mas a única que importa para
mim é Lily. — Eu pensei que Rose estaria correndo ao redor com sua cabeça do
caralho fora de seus ombros.
Todas as empresas da nossa família foram atingidas financeiramente com o
escândalo, mas ao contrário Fizzle e Hale Co, Calloway Couture é uma empresa
jovem, já em terreno movediço. O golpe derrubou-a.
A linha de moda masculina que ela trabalhou como escrava ao longo de meses a
qual eu brevemente modelei era para ser vendida para Fashion Week. Mesmo
Connor disse que a probabilidade de sobrevivência da linha é muito reduzida a
nenhuma. Então ela vai ser retirada do show, duas lojas de departamento tiraram
suas roupas, e ela teve que deixar ir seus assistentes, incluindo Lily. Rose não vai
tocar em seu fundo fiduciário para pagar seus funcionários, e ela está perdendo
dinheiro muito rapidamente para mantê-los.
—Ela me ligou e me disse para não ir — Connor admite. — Ela não quer que eu
esteja no caminho.
— Sebastian está lá? — Pergunto. Eu posso ver aquele filho da puta planejando,
tentando sussurrar sua terrível opinião sobre Connor no ouvido de Rose. Com a
aniquilação lenta de sua empresa pesando sobre ela, ela deve estar vulnerável.
—Ele a está ajudando com a linha. Tenho certeza de que ele está lá. Por que
você pergunta?
Devo dizer que a Connor que Sebastian não gosta dele, mas ele provavelmente já
pegou os sinais. Eu definitivamente devo mencionar como é mais provável que
Sebastian esteja tramando uma maneira de tirá-lo da vida de Rose. Mas Lily
ainda precisa desses testes. — Nenhuma razão — eu digo com um encolher de
ombros.
Ele olha para mim por um longo momento, incrédulo, mas ele não cutuca ainda
mais. Nós começamos a andar de volta para a casa, os nossos sapatos triturando
as pedras no caminho.
—Falando das meninas Calloway, — diz Connor, — Eu li que Daisy está
fazendo uma divulgação na Vogue. Aquilo é verdade? — Depois que Lily e eu
conversamos com os advogados, Daisy voltou a ficar na casa de seus pais
novamente. A carreira dela de modelo saltou por causa do escândalo. As revistas
e os fotógrafos estão fazendo fila para reservar ela por cinco páginas inteiras,
rotulando-a como um "símbolo sexual" em anúncios que transformam a jovem
de dezesseis em uma molhada fantasia de homem. Chamam-lhe uma jovem
Brooke Shields, mas compara-la a outro ícone adolescente não resolve o meu
estômago. E o meu sangue está em ebulição, com raiva que alguém está disposto
a explorar essa menina.
O que é pior, a própria mãe reservando a ela os empregos. Mas não é o meu
lugar para me meter por Daisy. Eu muitas vezes me pergunto de quem é. Poppy
foi para o santuário em sua pequena casa em Philly, tentando proteger a filha de
três anos dos paparazzi. Rose está desgastada o suficiente com sua linha de
moda, e Lily e eu estamos apenas tentando manter a cabeça no lugar.
Então, quem está protegendo Daisy? Seus pais com certeza não são.
—Eu não tenho certeza — eu admito. —Eu não falei com ela há algum tempo.
—Ela está fazendo isso — diz Ryke. —Ela diz que é de bom gosto ou o que quer
que seja — Ele balança a cabeça, descontente pela situação. — Ela era uma
modelo de alta moda e de noite ela se tornou uma porra de uma supermodelo, e
em vez de proteger ela da mídia, sua fodida mãe está empurrando-a para eles. Eu
acho que eu odeio aquela mulher.
—Você e eu — eu digo, — e desde quando você está conversando com Daisy?
Ele me dá um olhar sério. — Não porra chegue até mim sobre essa merda — ele
se rebate. — Ela precisa de um amigo.
—Você sabe, eu ouvi falar que há recessão das meninas de dezesseis anos de
idade, — diz Connor. — Deve ser difícil para ela encontrar uma amiga da sua
idade.
Eu sorrio e Ryke olha zangado. — Foda-se Connor — ele rebate. — Você sabe o
que toda a sua escola de preparação de amigos está fazendo? Se mantém
perguntando se ela é uma viciada em sexo também. Como se fosse genético. Ela
precisa de alguém que conhece Lily, que entende o a porra do que está
acontecendo.
—Então, ela precisa de você — eu digo que ele é um idiota.

Ryke joga as mãos e para de andar. — Pelo amor de Deus — ele exclama. — Eu
estou dando a ela lições de escalada de rocha, não levando ela em um encontro.
Nós somos amigos. Os pervertidos que olham para ela em revistas podem
esquecer que ela tem dezesseis anos, mas eu não vou. — Ele começa a destapar
sua garrafa de água. — Eu também pensei que nós falamos sobre eu ser
atormentado. Nós fizemos um fodido acordo em Cancun, lembra?
Eu não vou admitir isso, mas há uma parte de mim que está atacando na culpa.
Eu deveria ser o único a falar com Daisy e ser um amigo para ela, mas eu estou
inundado na minha própria mentira. Se eu fosse uma pessoa melhor, eu
provavelmente agradeceria Ryke de verdade. Ela precisa de alguém para
conversar, mesmo que esse alguém tenha que ser o meu o meio-irmão de cabeça
quente.
Quando começamos a andar novamente, Ryke inflama uma conversa que eu
pensei que tivesse caído no início de nossa corrida. — Talvez você devesse
começar uma empresa sobre pessoas que pulam a cerca. Você pode chamá-la de
Bastardos-Rus.
Eu sabia que não deveria ter dito a ele sobre a aceitação de meu fundo fiduciário
ou de ser obrigado a construir uma empresa a partir do zero, como se eu fosse
uma criança brincando com Legos. Ryke é veementemente contra qualquer coisa
que me coloca em contato com meu pai. Ele foi tão longe até mesmo me
oferecendo metade de sua herança.
Eu me viro e ele caminha e para diretamente em meu peito. Ele dá um passo
para trás e me olha fixamente. — O que? Você pode falar, mas você não pode
ouvir?
—Eu não estou pegando seu maldito dinheiro — Eu zombo. — Pare de levantar
isso.
—Crianças — diz Connor, quebrando a nossa briga. — Tão divertido como isso
é, Lily não tem um exame de estatística em meia hora?
Eu olho para o meu relógio e xingo. Nós deveríamos estar escoltando ela para
sua classe, desde que ela se recusou a aceitar o guarda-costas que seu pai queria
contratar para ela. Era uma oferta generosa que Poppy e Daisy aceitaram. Rose
foi muito fodidamente teimosa, e Lily não queria ser "seguida por uma grande
cara musculoso ", o que eu levei como ela dizendo que não queria ser tentada por
alguém que não fosse eu.
Nós voltamos para a casa rapidamente, mas Lily não está na cozinha, onde eu a
deixei. Ela se tornou sedentária desde o vazamento, se movendo no ritmo de um
caracol. Então, eu não posso imaginar que ela foi longe demais. Estou prestes
para verificar a sala de estar quando ouço os tubos gemerem através das paredes.
—Você ouviu isso? — Eu pergunto, me voltando para Connor e Ryke para
esclarecimentos.
—Parece que alguém está tomando um banho de jacuzzi — Connor me diz. Isso
não faz nenhum sentido.
Lily tomou um banho esta manhã. Por que ela precisa se banhar novamente?
Puta merda.
Meu primeiro pensamento: masturbando. Ela tem razão. Meu segundo: ela
cortou os pulsos. O segundo pensamento me impulsiona em uma rápida direção.
Estou correndo a porra da escada antes que eu possa pensar qualquer outra coisa.
Eu preciso olhar com o medo em minha mente, porque Ryke e Connor estão bem
atrás de mim. Talvez eles temam por ela também.
Eu gostaria de acreditar que Lily não conseguiu chegar tão baixo assim, mas eu
estaria enganando a mim mesmo. Eu estive lá. Eu sei que ela também. É o que
acontece quando você bate tão fundo que você não pode rastejar para fora dele.
Eu empurro a porta, imaginando seu corpo sem vida frio. Ela pula, e eu não
tenho tempo para respirar de alívio. Porque se ela não está morta, isso significa
que ela está se masturbando.
Eu não posso acreditar que esta é a forma como o meu mundo funciona.
Bolhas cobrem seu corpo nu, mas não escondem suas bochechas que queimam
vermelho brilhante. Connor e Ryke tropeçam bem atrás de mim e, em seguida,
Connor gira ao redor de volta. — Desculpa.
Ryke bloqueia a porta para que Connor não possa sair.
—Saia! — Lily grita com eles.
Eu não chego mais perto, mas ela está se banhando na culpa. Você não pode
simplesmente tomar banho e, em seguida, quinze minutos depois pular em um
banho de espuma.
—Não, fique — eu lhes digo.
Eu castiguei ela sobre pornografia.
Eu insisti com ela para ser honesta comigo.
Obviamente, eu preciso encontrar diferentes métodos de merda para fazê-la
parar de fazer essa merda. Eu não quero envergonhá-la, mas como mais ela vai
parar?
Ryke abre os braços na porta, impedindo suficientemente a saída de Connor.
—Sério? — Connor levanta as sobrancelhas.
Ryke dá de ombros, e Connor protege os olhos com a mão enquanto ele recua
para o balcão.
Eu mantenho meu olhar sobre Lily.
Ela me olha e evita os dois rapazes. — Faça-os sair — diz ela, olhando para
qualquer lugar, menos aqui. — Eu tenho que me trocar. Que horas são? — Ela
age como se nada estivesse errado. Como se ela fosse inocente em tudo isso.
—Por que você está tomando um banho de espuma? — Eu pergunto, sentado na
borda de porcelana.
Ela recua e começa a descer, com o queixo desaparecendo sob a água de sabão.
— Eu deixei cair meu anel no lixo. E então depois eu o puxei para fora, eu
cheirava a nossa sobra de salsicha, o que não é um cheiro agradável. Então eu
decidi tomar um banho, mas eu cochilei. Banhos fazem isso, você sabe. Eles são
como sussurros ou chamados para cochilar ou qualquer um dos dois.
—O chuveiro está quebrado?
Ela balança a cabeça. — Você sabe eu vi a bola de sabão rosa no balcão pouco
antes de pular no banho. E apenas uma espécie de curiosidade tomou conta de
mim. Eu estava esperando que ele iria transformar essa coisa rosa.
— Ela mantém-se a mão esquerda, piscando o diamante. — Mas, infelizmente,
os produtos químicos de sabão são inferiores aos brilhantes.
Seus olhos piscam nervosamente para Ryke que olha para ela, inflexível. — Isto
é estranho;
—Não é para mim — Ryke responde.
Ela aponta para Connor, que ainda cobre os olhos. — Você está fazendo Connor
desconfortável — ela diz a mim. —Você tem feito o impossível.
—Eu não estou desconfortável, Lily — diz Connor. — Eu só não estou ansioso
para a aula de duas horas de sua irmã sobre a privacidade feminina — Mas ele
deve saber o que eu estou tentando fazer, porque ele ficou aqui, e quando ele
abaixa a mão, ele acena para mim como se eu estivesse fazendo algo certo.
Lily empalidece um pouco, percebendo que Connor não vai a lugar nenhum.
— Você não acha que você pode me dar mais privacidade, se você for para o
outro quarto?
— Acredite em mim, você não quer saber o que eu penso agora.
Seus olhos voam ao redor da sala novamente. Ela sabe que foi pega, mas ela não
vai admitir isso. Normalmente, eu grito, talvez diga algumas palavras de
incentivo, e, em seguida, digito o número de Allison para que ela pudesse dar a
Lily uma palestra adequada. Mas gritaria não faz nada, e Allison não é sua
terapeuta mais.
Eu sei o que tenho que fazer.
—Você tem um exame para ir — Eu a lembro. — Então por que você não
termina o que começou e, em seguida, vamos diretamente para fora.
Ela pisca algumas vezes. — O que- que você está falando?
—Termine e depois vamos sair — repito sem vontade de esclarecer. Ela tem que
admitir isso a si mesma.
—Eu estou pronta, para que você possa me dar aquela toalha?
—Você terminou?
— Sim.
—Você tem certeza?
—Eu não cheiro como o lixo mais, então eu o chamo como um banho de
sucesso;
—Talvez você me entendeu mal — eu digo secamente. —Termine de foder-se
— Eu estou mais bravo do que eu pensava.
Na minha cabeça, eu quis dizer acabe de agradar a si mesma, mas minha boca
tinha uma agenda diferente.
Seus olhos arregalam em horror, e eu me recuso a desistir. Mantenha-se firme.
Seja forte. Ela não precisa de um abraço ou ser mais mimada.
—Posso falar com você a sós? — Pergunta ela, se recusando a olhar para os dois
caras que fazem esta situação realmente uma porra de desconfortável. Esse é o
ponto embora. Isso não foi concedido para ser fácil para ela.
—Não — eu rebato. — Eu sei o que você estava fazendo. Você sabe o que você
estava fazendo. E Connor e Ryke também. Não é a porra de um segredo.
Seu nariz mergulha abaixo da água, e em questão de segundos, ela está prestes a
submergir para se esconder de nós. Eu a puxo para fora, e colocando minha mão
debaixo de seu braço, segurando-a na posição vertical para enfrentar seu
problema.
Ela olha confusa para as bolhas e uma parte de mim não quer nada mais do que
tirar ela do banho e puxá-la em meus braços. Para abraçar e dizer que tudo vai
ficar bem. Mas é assim que começa. Ela automedica sua tristeza e ansiedade
com o sexo, e eu a deixei fazer isso muitas vezes antes.
Eu assisti esta menina cair no ciclo de dependência, e ela está saltando para essas
faixas de novo.
—Eu não posso estar perto de você 24 horas por dia — digo a ela. — Você tem
que descobrir isso, Lil. Você não pode se masturbar. — Quantas vezes eu tenho
que dizer as palavras para ela entender? Quantas vezes eu tenho que ouvir não
mais bebidas para aceitá-lo totalmente? Isso nunca fica mais fácil. Esta vai ser
uma batalha de longo prazo. E eu estou preparado para estar lá para ela cada
porra de passo do caminho. Mesmo que ela queira se afogar nessa água, eu vou
puxá-la de volta até que ela seja saudável. Até que ela possa estar em seus
próprios dois pés.
—Você não entende — ela começa.
—Lo — Connor corta. — Se não sair em breve, ela vai se atrasar para seu teste.
Concordo com a cabeça e, em seguida, pego a toalha de algodão preto fora do
rack. — Vire-se — eu digo a Ryke, uma vez que Connor já mudou seu ponto de
vista.
Quando Ryke enfrenta a parede, Lily levanta, e eu enrolo a toalha em torno dela.
— Se vista e vamos conversar — eu digo mais ou menos, lembrando a ela que
eu ainda estou furioso.
Eu a levo para o quarto e olho para trás para Connor e Ryke. — Vocês podem
verificar os dois banheiros para a pornografia e os brinquedos? —, pergunto —
Destrua o quarto se for preciso.
Ryke parece um pouco animado demais para foder com a minha merda.
Eu sigo Lily para o closet. — O que eu não entendo, Lil? — Pergunto enquanto
eu me ajoelho e empurro passando seus sapatos, agarrando uma grande caixa de
metal preto.
—Isso me ajuda. Eu só precisava de um minuto. É isso aí... — Suas palavras
fogem quando ela puxa lentamente a calcinha e sutiã. É difícil não olhar. Seu
formato tem sido sempre pequeno e magro, algo pelo qual eu sou atraído. Mas
quando ela gira ao redor para procurar um par de calças, eu tenho uma visão
clara das suas costas nua. Omoplatas sobressaem e as costelas são quase visíveis
pela sua cintura. Ela está vindo a perder peso novamente.
—Você está se esquecendo de comer? — Pergunto. Ela costumava fazer muito
isso. Sexo ocupa sua mente mais do que as coisas necessárias ─ tomar banho e
comer. Se eu não forçá-la a tomar banho, ela cheira a sexo por uma semana
inteira. Não é que ela não quer engordar. Acho que ela prefere ter mais curvas.
Ela só literalmente esquece.
Ela evita se olhar no espelho de corpo inteiro, e seu rosto cai lentamente. — Oh
...— Ela tenta espremer essa polegada de gordura que ela estava tão orgulhosa
que ela ganhou, mas mal pode pegar na pele apertada em sua barriga. — Merda.
Ela evita meu olhar enquanto fecha a parte de cima de seus jeans.
—Não é porque eu estou me masturbando novamente, eu juro — ela me diz.
—Eu arruinei tudo para todo mundo, e é a única coisa que me faz sentir melhor.
Eu não tenho nenhuma boa distração ou algo que gosto além de você. Eu não
tenho nenhuma manhã correndo, e eu não estou prestes a iniciar uma empresa. A
escola termina em uma semana, e eu só preciso de algo para mim.
—Se você está tentando me convencer a deixá-la se masturbar, isso não está
funcionando — eu rebato. — Isso não vai acontecer, Lil — Eu estou de pé, a
caixa preta em minhas mãos. Comprei para seu aniversário no ano passado. Ela
usava uma caixa gasta da Victoria Secret’s para manter todos os seus brinquedos.
Na época, eu pensei que era um grande presente, agora eu estou pronto para
tocar fogo.
Quando ela termina de se vestir, seus olhos caem para a caixa em minhas mãos.
— O que você está fazendo com isso?
—Eu estou jogando fora.
Sua cabeça chicoteia para trás, e ela tenta puxar a caixa de mim em desespero.
— Você disse que nós ainda poderíamos usá-los — ela implora. — Juntos, eu
quero dizer. Não sozinha. Eu nunca vou usá-los sozinha.
É verdade, que eu os mantive com a intenção de usá-los quando ela estivesse
pronta. Mas eu não sei se ela vai estar pronta logo, e deixá-los aqui é uma coisa
que não vale a pena o risco.
— Eles não estão ficando.
Ela tenta levar a caixa ao peito, mas eu seguro firme na minha mão e atiro-lhe
um olhar. — Não estamos com cinco anos de idade lutando por um livro de
merda de banda desenhado — eu digo a ela. — Se isso fosse uma garrafa de
Maker Mark, o que você queria que eu fizesse?
Seus olhos se alargam na comparação e de repente ela deixa ir.
—Eu sinto muito — Soa mais como um impulso do que algo sincero.
—Eu não aceito suas desculpas.
Sua boca cai, e eu aponto entre nós. — Eu e você — eu digo. — Nós estamos
em uma briga. E se você não começar a me ouvir, nós vamos ter sérios
problemas, Lily. Eu estou segurando a minha parte. Eu não tenho tocado uma
bebida. Você tem que começar a segurar a sua. — Embora eu sei que é mais
difícil de uma maneira diferente, mas a pornografia e a masturbação não deve ser
suas grandes questões. Deve ser o sexo real.
Ela olha para mim por um longo momento, e eu me pergunto o que ela realmente
me ouviu falar de meu discurso. — Estamos brigando? —, ela pergunta, choque
e mágoa cruzando seu rosto.
Eu sabia que não deveria ter começado com isso.
—Sim, como você se sente? — Isso não acontece muitas vezes.

Ela olha em pânico e eu percebo que o medo de me perder... perder nós é o que
realmente a motiva. Ela faz um gesto para a caixa — Queime isto. Faça o que
você precisa fazer. — Ela empurra contra o meu peito e tenta me empurrar para
fora da porta. Eu me esforço para não sorrir porque o "amor duro" realmente está
funcionando. Eu prefiro não arruiná-lo com um sorriso momentâneo.
—Não se masturbe — eu digo a ela novamente.
Ela balança a cabeça violentamente. — Eu sei. Nunca. De modo nenhum.
Promessa de escoteiro — Ela levanta três dedos. Eu não acredito nela
completamente, mas pelo menos ela está negando.
Agora eu só tenho que levar ela para o exame no tempo.


















{39}
LILY CALLOWAY

Eu não tenho tempo para pensar sobre minha briga com Lo, ser pega por todos
os três rapazes, ou o fato de que os paparazzi surgiram como zumbis acordando,
logo que eu cheguei ao campus. Alguém vazou minha agenda de classe para a
imprensa, e eu corri para dentro do prédio para evitá-los.
Vou falhar no exame de qualquer maneira, mas Lo e Connor nunca me deixariam
não fazer. Deixo os caras no lobby esperando, e corro até a escada para o
segundo andar. Meu plano é sentar na parte de trás do auditório antes que
alguém possa me ver. Eu vou fazer o teste, virar e sair. Quão difícil pode ser
isso? Eu balanço a porta aberta e paro com o frio na parte superior da sala estilo
auditório. Todos os trezentos alunos já estão aninhados em seus assentos
enquanto assistentes sobem os corredores para passar os exames.
Estou atrasada.
E não há nenhum assento vazio em qualquer lugar à vista. Oh espere…
Eu vejo um no corredor do meio da linha do meio. Não há muito espaço para
espremer as pessoas ao passar, e me imagino perturbando todo mundo enquanto
eu pulo mais de trinta corpos para alcançar o meu assento. Eu não quero ser
aquela pessoa. Todo mundo sempre dá os que chegam tarde olhares de
reprovação, e desde que eu estive na notícia para as últimas semanas, eu não
posso imaginar os olhares sendo do tipo normal de sujo. Eles seriam sujos com
uma pitada extra de malícia.
Minha garganta fica seca e as palmas das mãos se transformam úmidas. Estou
prestes a correr para fora e falar alguma desculpa esfarrapada para Lo, o
professor da minha percebe minha presença prolongada.
—Senhorita Calloway — ele chama.
Eu congelo, e como um tsunami, todos os trezentos corpos giram para definir
seus olhares curiosos sobre mim. E se este é o que ser uma atriz faz você se
sentir, eu não quero nenhuma parte disso.
—Venha me ver aqui em baixo, por favor — O professor acena para mim.
Eu sugo uma respiração superficial e desço as escadas de tapetes, tentando evitar
todos os olhos. Nem mesmo no meio do caminho, um cara tosse em sua mão. No
segundo tosse, eu ouço "prostituta".
Que original.
Mais dois passos e alguém me chama de promiscua, desta vez mais alto. Eu olho
para o ruído e vejo uma garota dando uma cotovelada no cara nas costelas.
Mais cinco passos e as vozes começam a aumentar à medida que as pessoas
conversam com seus amigos.
—Tudo bem, se acalmem — o professor lhes diz.
—Volte para Penn! — Um cara grita. Vozes aumentam e torcem em acordo.
—Melhor ainda, vá para Yale! Ouvi dizer que eles gostam de lixo! — Eu não sei
o que essa pessoa tem contra Yale, mas eu tento manter a calma. Estou quase no
fundo do auditório, e eu silenciosamente me xingo por andar no segundo andar.
—Cale a boca! — A voz de uma menina arremessos sobre a conversa. Huh ...
alguém está do meu lado? — Nós estamos tentando fazer um teste aqui! —
Talvez não.
—Silêncio! — Grita o professor, com raiva agora — Todo mundo. Os testes
estão distribuídos, e isso significa que a próxima pessoa que falar recebe um
zero. — A sala silencia instantaneamente, e eu finalmente chego ao meu destino.
O professor é de meia-idade e sempre usa um bonito casaco com calças. Ele
pega um maço de envelopes de sua pasta e estende com as mãos para mim. Meu
nome está escrito na frente.
—Eu falei com os seus outros professores — ele fala em voz baixa para que só
eu possa ouvir, — nós concordamos que a sua presença para a semana de provas
finais só irá perturbar os outros alunos. Seu exame hoje e os finais de todas as
suas matérias estão nessa pasta. Você pode colocar ele em minha caixa de
correio até o último dia das finais.
—Então, eles são como testes para levar para casa? — Eu pergunto, um pouco
confusa.
—Essencialmente, sim. Não há nenhuma razão para você estar no campus para
uma última semana. Você vai distrair todo mundo. Você já perdeu... — Ele olha
para o relógio. — Cinco minutos de seu tempo. Para alguns poderia custar-lhes
uma nota.
—Me desculpe.
—Está tudo bem. Basta retornar os exames no tempo, e se você pudesse sair por
essa porta. — Ele faz um gesto para o um atrás de si, aquela em que eu não vou
precisar subir todas aquelas escadas.
Eu digo um agradecimento rápido e, em seguida, desapareço rapidamente para
fora das portas duplas. Eu espio o envelope, todos os testes situados no interior.
É generoso. Eles poderiam ter facilmente me repetido. Mas também me faz
lembrar como minha vida está mudando. Eu não consigo nem sentar em uma
sala de aula mais. Será que o próximo ano vai ser assim? Será que o professor
vai me dar todos os testes para levar para casa? Ou talvez eles estão esperando
que eu vá ser expulsa de Princeton antes que isso aconteça.
Mas com os advogados de meu pai defendendo a minha estadia aqui, eu sei que
vou estar de volta no próximo ano. Caminhando pelo corredor, eu acho Lo,
Connor, e Ryke sentados no lobby, onde eu os deixei anteriormente esperando
por mim. Eles conversam calmamente entre si. Eu levanto minha mão para
acenar e chamar a eles, mas um corpo passa na minha frente, bloqueando o meu
caminho.
—Ei, você não é a infame Lily Calloway?
Ele fala alto o suficiente para que eu ver a cabeça de Lo levantar. Seus olhos
batem nos meu e eles se enchem de preocupação.
—Você é surda? — O cara ri.
Eu encontro seus bonitos olhos verdes e digitalizo seu cabelo loiro, um rapaz de
vinte e poucos anos, alto, com braços musculosos. Ele ostenta um P preto e
laranja de Princeton.
—Eu sou Lily — Eu confirmo. Meus olhos piscam passando seu corpo
novamente. Lo está de pé, mas ele hesita vir alcançar meu lado.
Ele ainda está com raiva de mim? Oh caramba, nós não estamos nem brigados,
estamos?
Meu coração bate loucamente, e eu foco minha atenção de volta para o loiro.
—Eu também vou embora — Eu contorno e ele me segue, me prendendo neste
ponto do corredor.
Eu ouço os sapatos de Lo no chão de ladrilhos, e eu tento relaxar.
—Por que você iria querer fazer isso? —, o garoto loiro pergunta. — Ouvi dizer
que você ama ir para baixo, e eu tenho tem algo aqui para você. — Ele pega a
minha mão, e medo borbulha na minha garganta. Meu Deus. Eu nunca pensei
que isso poderia acontecer em um corredor (um pouco vazio, embora) durante o
meio do dia. Talvez ele pense que eu estou querendo tanto e fácil como eles
dizem que eu sou nas notícias. Talvez ele acredita que não vou me importar ou
lutar com ele. Isso tem que ser ele.
Mas eu não sou aquela garota. Claro, eu poderia ter jogado em seus avanços um
ano atrás, mas agora eles literalmente coalham meu estômago. Eu recuo e tento
desembaraçar de sua fortaleza, mas ele agarra minha mão e leva direito sobre
suas calças.
O que quer que eu sinta ─ não dura muito tempo porque Lo agarra seus ombros
por trás e o joga de volta para a parede.
Vacilo, não acostumada a agressão física a partir de Lo, nem mesmo quando
fixou Mason contra meu carro. E ele facilita fora o cara dentro de um segundo,
os olhos pulsantes com algo quente e preto.

—É por isso que a América inventou o registro de agressores sexuais, você é a
porra de um doente — Lo cospe.
—Eu não a toquei — o loiro zomba, as veias em seu pescoço saltadas. — Sua
namorada era toda sacanagem sobre mim.
—Eu não estava — eu rebato, prestes a acusá-lo eu mesmo. Eu não tenho unhas,
mas eu não sou ruim no tapa. Ryke me agarra e eu me contorço, tentando ir
ajudar Lo. — Lily pare — diz Ryke, me segurando mais apertado.
—Você quer tanto ter seu pau tocado tão duro, bem — Lo rosna, e ele faz algo
me faz parar, ficar tranquila e imóvel nos braços de Ryke.
Lo bate a cara de novo, de costas cavando ainda mais para a parede, e ele coloca
a mão sobre as calças do cara. O sentimento nojento que eu tinha para tocar o
loiro desaparece. Eu não sou a única que fez isso. Embora, Lo ofereceu sua mão.
O loiro se debate, e aderência Lo parece difícil, porque seu rosto se contorce em
uma careta de dor. — Cai fora de mim.
—O que? Você não gosta mais?
—Eu posso processá-lo por assédio.
—Vamos jogar essa porra de jogo — Lo responde. — Vamos ver de quem os
advogados são melhores. Eu sou um maldito Hale. A minha família fodidamente
come merda como você para o brunch. Você nunca force uma menina,
novamente. — Lo afrouxa seu aperto, e então ele dá um passo atrás dele. O loiro
hesita em retaliar, mas seus olhos pulam de Lo, para Ryke e para Connor, e ele
murmura uma maldição e se retira para o corredor.
Ryke parece pronto para correr atrás dele e fazer um movimento.
O peito de Lo aumenta, suas mãos abrindo e fechando. Vejo Jônatas em suas
palavras e ações, e eu sei que a mesma comparação deve se infiltrar em sua
cabeça. Saber que Lo ainda faz coisas ruins, e eu não tenho certeza se é o
caminho certo para me proteger ou o que eu poderia ter feito para ajudar. Mas eu
percebo o quanto ele odeia mesmo a noção de se transformar em Jonathan Hale.
E sacrificou um grande pedaço de seu coração vir em meu auxílio, estou muito,
muito grata. O que ele fez para mim, não foi fácil.
Seus olhos me encontram. Eu dou um passo em frente e coloco meus braços em
torno dele, querendo abraçá-lo e agradecê-lo tudo em um só golpe.
Bêbado Lo não teria estado aqui.
Eu teria que parar os avanços desse cara, gritar por ajuda e esperar que um Ryke
Meadows estivesse por perto, ou tentar encontrar uma maneira de lutar contra
um cara de 1,80 de altura.
Lo beija o topo da minha cabeça, e diz: — Você tem certeza que não quer um
guarda-costas? Nem sempre consigo estar perto de você, Lil.
Eu contemplava. A ideia de um cara me seguindo é um pouco inquietante, mas
após isso, é definitivamente mais seguro. — Só se você quiser.
—Podemos escolher alguém que seja realmente feio — ele oferece com um
pequeno sorriso. Isso vai fazê-lo se sentir melhor, e isso importa muito para
mim.
Eu concordo. — Ok.
Eu me separo de Lo e dou a pasta de papel pardo para Connor, que ficou olhando
para ela com curiosidade nos últimos dois minutos. — Todos os meus exames
— eu explico. — Os professores não me querem no campus mais — Por razões
óbvias. E agora, eu não quero estar muito aqui no final.
Ser uma viciada em sexo não dá aos caras o direito de me tocar. Eu não acho que
seria um problema até agora. É este é um problema que vai persistir pelo resto da
minha vida? Ou algo que vai morrer quando a mídia perder o interesse em mim?
Só o tempo tem as respostas.


{40}

LILY CALLOWAY

— Isso iria muito mais rápido se você me deixasse burlar os outros dois testes
enquanto você trabalha naquele, — Sebastian me diz. Ele se senta na cadeira
Queen Anne fumando seu cigarro enquanto ele me observa debruçado sobre
pilhas de papéis e testes. Estou basicamente copiando as respostas de Sebastian
dos exames antigos para os meus finais, o que se parece mais como trapacear do
que simplesmente memorizar.
Mas eu estou bastante certa de que realmente burlar nas respostas seria trapaça.
— Eu não sou uma trapaceira — Eu tremo. — Eu não sou uma trapaceira
completa. Não me tente ao seu lado escuro.
Ele sopra uma linha de fumaça. — A sua imagem angelical foi manchada muito
antes de você aceitar minha ajuda. Você e eu não somos tão diferentes, Lily.
Ambos sabemos aproveitar uma quantidade saudável de pau.
Eu lanço um travesseiro para ele e ele pega com a mão livre, tentando proteger
seu cigarro. Algumas coisas não mudaram depois que fui tirada do armário como
uma viciada em sexo. Sebastian ainda é Sebastian. E, aparentemente, ele já viu o
suficiente da rica devassidão e que o meu segredo foi quase nada fascinante.
Suas palavras.
Então eu liguei para ele trazer mais exames antigos para todos os meus exames,
e ele não olhou para mim de forma diferente de antes do escândalo. Que é mais
ou menos legal.
A porta da frente bate aberta.
Eu apressadamente embaralho os exames velhos em uma pilha. Minha cabeça
chicoteia em volta, tentando encontrar um bom esconderijo. Eu levanto a
almofada do sofá e os coloco sob ela.
Quando eu encontro o olhar de Sebastian, ele parece que poderia rasgar minha
jugular por colocar seus exames antigos com os coelhinhos sujos de poeira e
moedas de um centavo enferrujadas. Oops.
A voz de Connor faz eco da cozinha. — Podemos manter o debate. Nós vamos
chegar a algo, Lo — Eles devem estar discutindo o início da empresa que Lo tem
que lançar para o seu pai. Ele tem um par de dias para escolher uma plataforma,
e ele se baseou na experiência de Connor. Eles passaram toda a manhã em uma
reunião para falar sobre ideias e quando eu digo "uma reunião", quero dizer que
eles se sentaram na Starbucks.
Ambos entram na sala de estar, Connor carregando uma bandeja de café e uma
com pequenos doces. — Eu pensei que poderia usar algo para impulsionar a
fazer o teste — ele me diz. Oh, é por isso que eu amo Connor Cobalt como um
tutor. Eu sorrio, mas que cai de repente ao perceber que (A) eu estou mentindo
para ele. (B) trapaceando. (C) no time de Sebastian. (D) aceitar os deleites apesar
de todos os itens acima.
Eu digo obrigado e colho o chantilly do café com o meu dedo. Um pecado tão
delicioso.
Lo está fora ao lado, ocupado coma mensagens de texto em seu telefone. Seis
dias se passaram desde a nossa briga no banheiro por causa da minha
masturbação, e ele ainda tem que me perdoar completamente. Nossas brigas
estão sendo usadas para girar em torno de nossas dependências, às vezes
acabávamos nos afogando neles para uma semana prolongada, ignorando o
outro. Mas esta é uma briga real, normal que dói mais do que eu jamais pensei
que seria.
—Lo, será que surgiu com alguma boa ideia para a empresa? — Pergunto. Eu
me ofereci para ajudar, mas a cada momento que eu sugeri alguma coisa, ele me
disse para me concentrar na minha saúde. Pego o croissant cheio de chocolate na
mesa e arranco pequenos pedaços para comer. Eu enterro uma parte no meu café.
Lo me olha, e seus olhos iluminam quando ele me vê comendo. — A primeira
opção é Food Truck. —Ele não parece entusiasmado com a ideia.
Tomo um gole de meu café. — Você tem mais tempo — eu o lembro. — Não é
final até que a senhora gorda cante... — Eu estreito meus olhos. Bem isso não
está certo. — Bem, nesse caso, a senhora gorda seria o seu pai.
Ele sorri, e deve pegar o lapso momentâneo de felicidade para mim, porque seus
lábios fecham rapidamente. Ele fecha a conversa com a mudança de seu corpo.
Nós ainda estamos brigados aparentemente.
—Onde está Rose? — Sebastian pergunta, acendendo outro cigarro.
Connor olha para ele, deixando a irritação em seu rosto, seu peito infla com uma
inspiração profunda. — Ela é tomando a decisão final, e você não deveria estar
fumando aqui.
—E, no entanto...— Sebastian sopra uma curta baforada. — Eu estou.
O telefone de Lo toca, e ele desliza para a cozinha para atender o celular.
Connor dá passos no sentido de Sebastian, e meu tutor do mal de repente brota
de sua cadeira, os dois rapazes em pé com firme superioridade. Cada um deles
acredita que são melhores do que o outro. Eu não estou acostumada assistir
intelectuais.
Sebastian avalia o cigarro entre os dedos. — Ela quase não se importa se eu
fumo, você sabe. Se você o fizesse, ela o deixaria como ela fez com seu último
namorado. Ela encontrou um maço de cigarros no bolso do casaco. No dia
seguinte, ele foi embora. Durou penosamente uma longa semana.
—Você plantou os maços de cigarros com ele, não foi?
Sebastian dá uma longa tragada e respira a fumaça direita no rosto de Connor. —
Perceptivo.
Connor nem sequer pestaneja. — Talvez você devesse ser.
Sebastian solta uma gargalhada. — Você não acha que eu não sou? Eu sei que
Rose passou quase nenhum tempo com você desde que Calloway Couture
padeceu. Eu sei que ela chorou no meu ombro duas noites atrás, não no seu. Eu
sei que ela me chamou, não você, para ajudar a arrumar seu escritório.
Ela já começou a encaixotar seu local de trabalho?
—Você se sente ameaçado por mim — Connor afirma, adiantando que apenas
um pequeno espaço separa seu corpo de Sebastian. Connor tem a vantagem da
altura, ele normalmente usa.
—Por Connor Cobalt? Um cara que está disposto a vender qualquer pessoa se o
benefício pesa sobre seu lado. Não, eu não estou ameaçado por você. Eu odeio
você. — Sebastian lhe dá um olhar superior. — Rose sempre odiou também,
muito. Eu não sei o que você disse a ela que mudou sua ideia—
—Ela nunca me odiou — diz Connor casualmente.
—Ela reclamou sobre você o tempo todo na escola preparatória. Ela retornou do
Modelo das Nações Unidas, e eu tinha que escutá-la zangada sobre a forma
como Richard fez um tratado contra os melhores interesses de seu país. Como
Richard ganhou a maior honra para combater ações terroristas. — Modelo das
Nações Unidas soa levemente intenso e um pouco assustador.
—Para um cara tão inteligente, você realmente não sabe nada — diz Connor,
com sua voz bem-humorada. — Ela gostava de mim, Sebastian. Ela reclamou
para você, porque ela estava atraída por mim, um cara que a irritou mais do que
concordou com ela, e isso a irritou. — Connor rouba o cigarro de seus dedos. —
E se você realmente cuidasse dessa menina, você perceberia que cada vez que
você fuma nesta casa, você partiu seu TOC.
Os lábios de Sebastian se contraem.
—Você não sabia, não é? —, diz Connor. — Enquanto ela chora em seu ombro
sobre a empresa, ontem ela passou a noite no meu apartamento. E eu passei
quatro porras de horas acalmando ela, porque você colocou ideias malucas na
cabeça dela. Você fuma, você mexe com as coisas dela, e você a faz retornar
para mim inquieta. Ela anda de um lado para outro, murmurando expressões
idiomáticas que não fazem sentido, e eu tenho que descobrir como colocá-la de
volta no prumo. Você não é um amigo para ela você é um parasita.
Eu largo o meu doce no colo.
Sebastian é deixado sem palavras, seus lábios pressionados firmemente juntos.
Connor venceu nesta rodada. Mas quando Rose entrar no mix, eu só espero que
ele seja capaz de vencer toda a batalha.
Após Connor apagar o cigarro em seu copo vazio, ele magistralmente engarrafa
seu aborrecimento com relação a Sebastian, e seus olhos caem para os testes
dispersos. —Você deveria estar fazendo aqueles testes num tranquilo ambiente,
de preferência em algum lugar limpo. — Ele recolhe as embalagens de chiclete,
e as revistas enrugadas de Sebastian, e os joga em uma lata de lixo nas
proximidades.
—Ela está bem —, diz Sebastian, encontrando a sua voz novamente.
—O que você está fazendo aqui? — Connor pergunta. —Se Lily está fazendo os
finais, ela não precisa mais ser tutelada.
—Eu estou monitorando os exames para que ela não trapaceie — ele se
encontra. Eu quero bufar, dado o fato de que minutos atrás ele se ofereceu para
burla nos meus finais para mim.
—Eu posso fazer isso — diz Connor. — Vá propagar câncer em outro lugar —
Ele tem um assento ao meu lado diretamente na mesma almofada onde enterrei
os testes.
Eu ouço o barulho e o crepitar de papéis, abafado, mas ainda indistinguíveis. Eu
fecho meus olhos e conto até cinco em minha cabeça. Isso não pode estar
acontecendo.
—Lily — Connor fala, tenso, — eu estou sentado em pornografia?
O que?! Abro um olho e encontro o olhar de Connor. Eu esperava que ele fosse
todo calmo no normal Eu sou Connor Cobalt e eu não tenho um show real de
emoções. Em vez disso, ele usa a decepção relativamente bem.
Este é o momento onde eu posso ir por mim mesma como uma pequena
trapaceira ou tomar a batida para esconder pornô. Não há nenhuma competição.
Passei dias sem amor-próprio masturbação ou qualquer tipo de sexo de Lo,
tentando desesperadamente para voltar à boa-fé com ele. Tudo isso vai ser
desperdiçado em um momento, se ele achar que é revistas sujas. E eu estou tão
cansada de mentira.
—Não é pornografia — eu confesso.
Connor está de pé e levanta a almofada. Ele olha para os papéis, o exame do
topo com um nome aleatório (Jeremy Gore) e uma nota (A-).
Ele balança a cabeça. — Eu sabia disso — ele fala, calmamente acrescentando
todas as peças juntas com tanta facilidade.
Deve ser uma característica de pessoas inteligentes. Eu aposto que Sherlock
Holmes era um gênio certificado.
Sebastian revira os olhos e pega o telefone, como se tudo isso fosse muito chato
para ele, mas eu imagino que Connor lhe deixou tremendo internamente, mais
alguns movimentos de distância destronando e da vida de Rose.
Eu reúno as provas antes de Connor tente jogá-las fora. Eu ainda tenho as finais
para fazer. — Eu posso explicar — Eu digo, enquanto eu arrumo os papéis sobre
meu colo.
Ele retorna a almofada ao seu estado original, e antes que eu possa oferecer uma
explicação, a porta da frente abre.
—Só porque a moto pode chegar a uns duzentos e cinquenta, não significa que
você deve ir a porra rápido. Você quase cortou um carro atrás de você.
—Você está exagerando — diz Daisy.

—Ele buzinou para você.
—Ou ele buzinou para você. Você estava acendendo minhas luzes de freio.
—Eu tinha dez malditos três quilômetros atrás de você, e da próxima vez, eu vou
levar você para uma pista de corrida.
—Sério? — Eu posso ouvir o sorriso por trás da palavra.
—Sim, se você quiser se matar mesmo, pelo menos você não vai causar um
engavetamento de cinco carros enquanto você estiver fazendo isso.
Quando eles entram na sala de estar, Daisy está sorrindo de orelha a orelha.
Ambos carregam capacetes de motocicleta debaixo do braço, me lembrando que
Ryke concordou com a oferta de Daisy. Cerca de uma semana atrás, ele disse a
ela que iria ficar com a Ducati preta como retorno para ensiná-la a andar com
segurança, o que deve ser um duro trabalho com Daisy como uma aluna.
—Você deveria ensiná-la — diz Connor para Sebastian, raiva real fervendo em
seus olhos. As do tipo assustador.
Ryke e Daisy iam quietos pela escada, percebendo uma... situação.
Sebastian embolsa o seu telefone em seu blazer. — Você e eu sabemos que é
uma causa perdida. Eu fiz a ela um favor.
—Ela não precisa de qualquer anotação — Ele invade o espaço de Sebastian
novamente. — Você é um preguiçoso canalha hipócrita que lucra fora com
apáticos bebês do fundo fiduciário. Os alunos que precisam desses exames são
aqueles que não podem pagar por eles. Você conscientemente perpetua um ciclo
repugnante — Ele olha para ele como se ele fosse merda na parte inferior do seu
sapato. — Você mantém rica as crianças estúpidas e pobre as crianças pobres.
—O que está acontecendo? — A voz de Rose gela toda a sala.
Ninguém se move. Ela fica perto de Daisy e Ryke, que devem ter deixado a
porta da frente aberta. Ninguém a ouviu chegar.
Sebastian desliza para fora do bloqueio de Connor. — Eu peguei o seu namorado
fumando isso — Ele aponta para o cigarro que apagou na xícara de café. — E
então ele me acusou de ajudar Lily a trapacear.
Connor parece que poderia chutar o traseiro de Sebastian. E essa cara um de
puro veneno ele não faz frequentemente. Ou pelo menos, eu raramente vi isso
desde que nós temos sido amigos.
Rose olha para Ryke e Daisy para verificação.
—Acabamos de chegar aqui — diz Daisy.
Ryke não está prestes a responder por Connor. Eles não são os melhores amigos
desde que suas personalidades se chocam mais do que se cumprimentam.
Rose nem sequer me pergunta se Sebastian me ajudou a trapacear ou não ou se
Connor fumou todos aqueles cigarros. Acho que ela não vai confiar a minha
resposta de qualquer maneira, mesmo se eu lhe der o caminho certo.
Mas eu tenho que tentar. — Eu trapaceei — eu digo a ela em voz alta. Ela me
ignora. Bem grande honestidade.
Minha irmã se aproxima dos dois rapazes e descansa as mãos nos quadris,
olhando entre eles. Connor olha para ela com tal intensidade, basicamente
falando através de seus olhos portadores de alma.
Rose se envolve com ele, não sendo capaz de desviar.
Sebastian entra em pânico e coloca a mão em seu ombro. — Rose, ele está
manipulando você. É o que ele faz.
Rose se encolhe.
—Não duvide de si mesma — Connor diz a ela. — Não por esse cara, não por
qualquer um.
Rose vacila.
—Pense nisso — diz Connor. — Você me disse que ele lucrou por fora vendendo
testes antigos antes.
—Os cigarros.
—Você me conhece há quase dez anos. Eu segurei você em meus braços. Eu
tenho te beijado. Você já sentiu cheiro de fumaça em mim antes?

Sebastian corta, — Rose, ele convenceu Brad a perder a sua presidência Lambda
Kai assim que alguém mais poderia tomar a posição. Ele pode fazer as pessoas
fazerem coisas que nunca fariam.
Connor olha para ela. — Eu nunca o manipulei. — Mas ele não nega que ele fez
isso antes, que ele usa todo o poder que ele tem para conseguir o que quer. Eu
sempre soube que Connor fez coisas para seu benefício, não fora da bondade de
seu coração, mas ouvir isso de alguém, assim, torna real.
Sebastian diz: — Ele namorou Hayley Jacobs apenas porque seu pai iria lhe
escrever uma recomendação de Wharton. Ele está com você por causa do seu
nome. Quantas vezes tenho que lhe dizer isso?
Os olhos de Rose se limitam a Connor. — Será que meu pai lhe escreveu uma
recomendação?
—Ele ofereceu, sim.
—E você aceitou? Ele não diz nada.
—Inacreditável — Seu rosto torce como se ele pisasse no seu coração. Me
levanto, prestes a ir para o lado dela. Mas eu hesito quando ela aponta um dedo
em Connor. —Você veio comigo para almoços de domingo dos meus pais
porque você estava tentando seu caminho nas boas graças do meu pai.
—Não, eu vim com você, porque você é minha namorada — ele diz, dando um
passo mais perto dela.
Ela levanta o queixo, que começa a tremer, apesar de sua força. — Eu confiei em
você. E todo esse tempo.
—Eu nunca menti para você — ele fala. — Você sabe mais sobre a minha vida
do que ninguém. Eu não compartilho coisas de boa vontade, você sabe isso sobre
mim. Por que eu iria deixá-la entrar?
Rose sussurra: — Você está brincando com a minha cabeça.
—Não — ele diz novamente, com força para que ela entende. — Ele está.
Os dedos de Sebastian cavam mais fundo em seu ombro. — Você me conhece
desde que éramos crianças, eu apenas tenho os melhores interesses, Rose.
Mas seus olhos ficam colados a Connor.
—Rose — Connor disse com tal empatia, olhando para ela com paixão que
quase para meu coração.
—Você me conhece.
Ela respira fundo. — É exatamente isso Connor, eu não acho que eu faço. Eu não
acho que alguém realmente faz — Sebastian começa a sorrir, e Connor parece
prestes a gritar. Rose acrescenta: — Eu quero que você saia.
Eu não posso dizer para quem ela dirige isso até que o sorriso de Sebastian
desaparece completamente. — Rose, você não ouviu
—Ouvi você o que você disse — ela fala. — Ouvi você falar mal de Connor
cada vez que eu estou com você, e enquanto eu concordo que ele não é o mais
próximo ser humano quando se trata de sua vida pessoal, ele ainda é meu
namorado. Eu nunca permitiria que Lily trapaceasse. Eu odeio que você fuma. E
eu não vou aceitar sua sugestão para sair de Calloway Couture. Eu estou indo
para desempacotar meu escritório. Eu vou lutar pela minha empresa. Eu vou
fazer o que for preciso, e eu vou parar de ouvir você me dizer que eu não posso
bater estas probabilidades.
Vai Rose. Acho que estamos todos sorrindo. Exceto Sebastian.
Ele balança a cabeça para ela. — Eu vou te ligar amanhã, quando você não
estiver tão perversa.
—Você não vai — ela fala. — Eu estou bloqueando o seu número. Você não irá
me ver ou falar comigo, eu nunca quero ouvir sobre você novamente.
Sua boca cai. — Você vai ouvi-lo? Rose, eu te conheço mais.
— Ele me conhece melhor.
Sebastian simplesmente continua balançando a cabeça.
Rose olha para Connor, seus ombros tensos. — Você pode, por favor, levá-lo
para fora da casa? Eu preciso ir...— Seus olhos voam para longe, olhando para o
quarto dela como se estivesse desaparecido.
—É claro — ele diz facilmente. Sua mão cai para baixo em suas costas, e ele
sussurra algo em seu ouvido antes de beijá-la profundamente. Ela devolve o
afeto, mas não há tristeza em seus olhos que não estava lá antes, o estresse de
tudo que pesa sobre ela. E eu tenho um sentimento de que Sebastian adicionou a
ele todo dia.
Quando eles partem, Rose se vira para mim. E minha guarda sobe. Ah não. Ela
vai gritar comigo por trapacear. Abro a boca, prestes a deixar sair uma sequência
de sinceras desculpas, mas seus braços arremessam em volta dos meus ombros e
ela me puxa para um abraço de irmã grande. Um que ela raramente dá, mesmo
quando ela está em um bom humor.
—Sinto muito — ela sussurra em meu ouvido. — Eu te amo — Eu sinto as
lágrimas no meu ombro. — Eu estou aqui se você precisar de mim agora. Eu
prometo.
Eu acho que eu não mereço isso. Eu arruinei sua companhia, mas, ao mesmo
tempo, estou sobrecarregada tendo o apoio da minha irmã novamente. Ela é a
minha maior e melhor líder da torcida.
Então eu abraço de volta. Eu quero perguntar se ela vai ficar bem com todo o
assunto Connor e Sebastian, mas ela coloca um beijo na minha bochecha e gira
em direção a seu quarto no andar principal.
Connor a observa com cuidado, e Rose encontra seu olhar por um segundo,
limpando as lagrimas do rosto dela. Eu acho que eles podem ler mentes ou algo
assim um do outro porque ele acena para ela e ela assente volta e desaparece.
Connor orienta Sebastian para a saída.
Os olhos de Sebastian piscam para os exames em meu colo.
—Você não está recebendo eles de volta — Connor diz.
—Você sabe — Sebastian diz: — Eu espero que você quebre o coração dela. Ela
merece o que está vindo para ela.
—Assim como você — diz Connor, batendo a porta na cara de Sebastian.

Quando a tensão começa a ir fora da sala de estar, Ryke diz: — Bem, eu aprendi
a porra de alguma coisa hoje — Seus lábios sobem. — Connor tem bolas.
Connor respira e qualquer ansiedade ou raiva desaparece como o vento,
indetectável pelo olho humano médio. — Ainda bem que pude entretê-lo —
Seus olhos piscam entre o corredor onde Rose desapareceu e eu.
Ele me escolhe, o que só coloca um poço maior no meu estômago. Ele está na
frente do sofá, deslizando as mãos em suas calças.
—Você realmente me vê como um bebê apático com fundo fiduciário? — Eu
pergunto, lembrando alguns dos insultos que inadvertidamente voou em minha
direção. Eu tenho sido preguiçosa e indiferente para com a faculdade. Eu deveria
ter tentado mais.
—Tecnicamente você não tem um fundo fiduciário mais — Connor me diz. Suas
palavras não levantam meu espírito, e eu não mereço um dia iluminado. Eu estou
em falta aqui. — Você deveria ter me dito que você estava trapaceando quando
eu perguntei.
—Eu não posso passar sem os exames antigos — Eu me defendo rapidamente.
—Você pode — Connor retruca. — Eu ensinava você, e eu sei que se você
acabar estudando, você poderia passar.
—Eu não posso ter essa chance. Eu bombei os dois primeiros testes. Eu já estou
atrás de um semestre, e se eu falhar nessas matérias eu vou estar por trás de um
ano inteiro— Eu seguro os testes no meu peito, não querendo deixá-los passar
por cima da bússola moral de Connor. — Não é trapacear, estou batendo o
sistema. Todo mundo faz isso.
—Você já bateu o sistema por estar em Princeton. Por estar em Penn. Se você
não tivesse seu sobrenome, você estaria em uma faculdade comunitária. Onde
você deve estar, Lily. Quantas vezes você está indo bater o sistema até que ele
lhe bata a morte? — Suas palavras são ponderadas e ter mais de par de
significados do que eu posso processar. — Você não precisa de um A, você vai
ficar bem se você se formar com uma pontuação baixa na parte inferior da
classe. Faça um favor. Jogue fora esses testes, e eu vou ajudá-la a fazer seus
finais. Vou me certificar de que você aprenda o material para passar. Eu prometo.
—Eu tenho que terminá-los até às seis horas hoje — eu digo. — Isso não é
possível, Connor.
—Eles são testes para levar para casa — ele me lembra. — Você está autorizado
a usar as suas notas e seu livro. Apenas não exames velhos. Nós podemos fazer
isso acontecer.
— Todos nós podemos ajudar — exclama Daisy com um sorriso. — Eu tenho a
receita para o estudo perfeito, brownies.
Ryke dá-lhe um olhar.
— Não é esse tipo de brownies.
A empreitada parece maior do que eu, mas eu tenho apoio. — Você deveria ir
falar com Rose — eu digo a ele.
Eu não quero atraí-lo para longe dela mais do que eu já tenho.
—Ela vai querer ficar sozinha agora — diz ele. Eu não tenho tanta certeza sobre
isso, mas ele acrescenta, — Confie em mim.
E por alguma razão, eu faço. Talvez Sebastian esteja certo. Talvez Connor tem o
poder em suas palavras.
Uma hora mais tarde, eu termino uma final de ciências política e mudo para
Estatística. Uma bandeja de quente e grudentos brownies emite um aroma de
chocolate doce na minha frente. Basicamente estou comendo toda a bandeja.
Daisy folheia uma revista motocicleta, sem tocar em um único pedaço.
Ryke saiu trinta minutos atrás, antes que os brownies fossem retirados do forno.
E eu suspeito que se ele estivesse aqui, ele teria incitado Daisy até que ela, pelo
menos, provasse um pedaço.
Eu deveria estar cem por cento focada no meu teste, mas Lo subiu as escadas
não muito tempo atrás. Ele nunca disse uma palavra sobre o seu telefonema ou
meus testes. Ele simplesmente desapareceu.
Corro através do meu exame de estática, inconscientemente, lembrando algumas
das respostas de quando eu anteriormente olhei com Sebastian. Eu termino nos
próximos quinze minutos, adivinhando os últimos dois. O livro foi útil, mas as
notas de Connor eram melhores. Ele se sentou ao meu lado e rabiscou exemplos
que fizeram as perguntas mais difíceis muito mais fácil.
Eu não consigo parar de pensar em Lo. No andar de cima. Ele só se isola quando
está bebendo, e desde ele está sóbrio, eu não tenho certeza do que o tempo
sozinho realmente implica para Loren Hale. Eu me preocupo do mesmo jeito.
—Posso fazer uma pausa de cinco minutos? — Pergunto a Connor do meu lado.
— Eu tenho que ir falar com Lo.
Ele verifica o relógio, calculando quanto tempo vai levar para terminar a tempo
de levar os exames.
—Você tem dez minutos antes que eu esteja chegando para buscá-la. Então, por
favor, não me deixe entrar e ver você e Lo fornicando.
Fornicando. Eu sorrio. É uma palavra tão extravagante para caralho. — Nós não
vamos.
Corro para o meu quarto no andar de cima, parando na porta por um segundo.
Hesito de pé no interior. Talvez ele queira ficar sozinho, como realmente
sozinho. O pensamento me apunhala friamente, e eu abaixo a minha mão da
maçaneta.
Ele está lentamente rompendo ficando longe de mim? É isso? Meus ombros
sobem.
Eu não vou deixá-lo ir tão facilmente.
Eu abro a porta e me preparo para o que está por vir.
Lo está sentado à mesa, percorrendo diferentes sites no computador. De costas
para mim, eu o vejo analisar um site de negócios. Quando fecho a porta, ele gira
na cadeira e percebe que sou apenas eu antes que ele retorne ao seu laptop.
O casual ignorar arde em mim.
Antes de nossa briga, ele teria me pedido ajuda. Ele teria falado sobre todas as
suas ideias.
Eu fui sua amiga em tudo há anos, e, de repente, eu me tornei tão útil quanto a
poeira em um peitoril da janela.
—Você não deveria estar terminando suas finais? — Ele pergunta.
—Eu estou em uma pausa — eu digo, afundando na cama. Ele se concentra na
tela do computador.
Ele está crescendo sem mim? Meu maior medo pode estar começando a se tornar
realidade. Ele é forte, comprometido e sóbrio. Eu sou doente e lutando com meu
vício. Minha fraqueza é demais para ele. Eu o estou puxando para baixo. Eu sou
um peso.
E eu estou perdendo ele. Assim como eu perdi todo o resto.
—Lo — Eu tento manter minha voz firme.
Ele me enfrenta neste momento, a preocupação gravada em sua testa. Abro a
boca, uma dor no meu coração. — Você quer terminar comigo?
—O quê? — Ele engasga.
—É só que... nós nunca ficamos brigados por tanto tempo antes, e eu não posso
dizer o que você está pensando mais.
Minhas inseguranças jorram como uma piñata estourada, e eu desesperadamente
desejo recolher todos os doces e enchê-la de volta para dentro.
—Lil — ele respira, de pé. Ele vem a mim e leva meu rosto entre as mãos,
olhando para baixo. —Nunca me pergunte isso de novo — Sua voz é suave, mas
ainda afiada.
—Eu não culpo você — eu digo, torcendo sua camiseta na minha mão. —Quero
dizer, eu iria tentar impedi-lo, mas eu gostaria de entender. Você é forte e eu
sou... — Uma bagunça.
Ele limpa minhas lágrimas caídas com o polegar. —Eu tive a reabilitação — ele
me lembra. — Eu tive muita ajuda, Lil. Seu vício é muito diferente, e há menos
apoio lá. Eu sabia que ia ser forte e você ficaria lutando. É apenas a maneira que
é. Estou preparado para isso. Eu não vou deixar. Eu nunca vou fodidamente sair.
Estou prestes a ir para um abraço, e ele se retira. — Mas isso não lhe dá o direito
de cair em seus velhos hábitos. Ok?
—Eu sei. Eu sei — Eu mexo com meus dedos. — Ainda estamos brigados?
Quero dizer, eu entendo se você ainda quiser estar em uma briga. Mas eu sinto
muito. Eu realmente sinto muito que eu deixei você para baixo — Isso não é
completamente certo, eu acho que depois de hoje, especialmente a minha
conversa com Connor, eu sei que estou decepcionando mais. — Eu estou
pedindo que me desculpe por te deixar para baixo.
Seus lábios sobem um pouco. — Eu aceito esse pedido de desculpas.
Ele me levanta para um abraço, e eu prometo que vou tentar mais. Mesmo que
tudo comece a escorregar embora de novo, eu vou lembrar deste momento,
quanto tempo me levou para endireitar, o que eu tinha feito de errado. Eu não
quero começar esse ciclo vicioso novamente. Eu quero quebrá-lo. Quero bater o
meu vício para o bem, não importa se forças externas me puxem para baixo.
Eu posso fazê-lo desta vez.
Por favor, me deixe ter sucesso.








{41}

LOREN HALE

Eu gostaria de poder dar Lily os passos claros para sua recuperação, as pontas na
reabilitação, todas as pessoas compartilhando suas histórias por horas a fio, tudo
o que eu tinha, as coisas que eu às vezes me permitia. Mas a recuperação para
viciados em sexo é tão subjetiva e pessoal. Isso nunca vai ser o mesmo. Tudo o
que posso fazer é tentar estar aqui para ela ser o melhor que posso,
especialmente após o vazamento.
Eu destruí todos os seus brinquedos, mesmo o vibrador que Ryke tinha
encontrado na banheira. Ela está nervosa sem eles, mas eles são um cobertor de
segurança que eu já não estou disposto a deixar que ela tem.
Lily geme e cai na cama, com as mãos em sua barriga. — Estou cheia.
Eu sorrio. Eu fiz três pedidos diferentes de massas e pizza de um restaurante
italiano local e praticamente forcei a se alimentar com seu pão de alho. Nós
comemoramos o fim do semestre. Ela terminou as finais esta noite com apenas
alguns minutos de sobra. Ela me informou o que aconteceu com Sebastian e
Connor, e eu estou orgulhoso dela por tomar a decisão certa.
—Também estufada para ter sexo? — Pergunto. Eu ergo minha camisa sobre a
minha cabeça e atiro ao lado.
Ela ergue seu corpo sobre os cotovelos, os olhos arregalados. — Você, você quer
fazer sexo comigo? — Ela pergunta como se ela fosse de repente contagiosa.
Esta não é a reação que eu esperava. Eu pensei que ela iria arremessar seus
braços em torno de mim e ir para o ataque, tentando tocar meu pau antes que eu
pudesse.
Mas ela permanece na cama, com as pernas enroscadas debaixo dela. Ela já
trocou para sua camisa de pijama que é minha camisa e eu a vi deslizando em
calcinhas. Ela geralmente sobe na cama sem elas, pensando que a entrada fácil
me seduziria para foder. Eu sei quais são seus jogos.
Hoje à noite, eu pensei em ter relações sexuais com ela. Por um lado, eu estou
com tesão e eu realmente gosto de foder a minha namorada. Em segundo lugar,
eu finalmente aceitei seu pedido de desculpas. Em terceiro lugar, ela tem que ver
o seu novo psiquiatra amanhã e estou preocupado que esse cara vai jogar para
baixo algum ato de abstinência sexual sobre ela.
Eu a estudo da cabeça aos pés e decido que eu quero provocá-la um pouco.
Ceder é simplesmente muito fácil.
—Você está certa, talvez não devemos. Você foi má — Agora só em minhas
cuecas boxer, eu subo na cama onde ela se encontra imóvel.
—Uma boa má boa ou má ruim? — Ela pergunta.
—Isso não faz nenhum sentido — eu digo com um sorriso. Eu chego para o
criado-mudo e paro. Este seria o momento em que eu ia pegar meu uísque. Mas,
neste momento, eu só quero uma coisa. E isso não é bebida.
Abro a gaveta e procuro ao redor por um preservativo. Assim que Lily vê o
pequeno pacote, ela rasteja até mim e estende as duas mãos como se ela
estivesse tentando pegar chuva. É além de adorável.
—Eu era uma boa má então — ela me diz.
—Você estava uma má ruim — eu rebato, não dando a ela o preservativo ainda.
— O que você aprendeu esta semana?
Ela deixa cair as mãos. — A masturbação não é para mim... mesmo com bolhas.
Pessoas em Princeton odeiam Yale e meu namorado é realmente sexy quando ele
defende a minha honra.
—As pessoas na Princeton odeiam Yale? — Eu pergunto, pasmo.

—Sim, eu não consegui entender também.


Meus olhos pegam seu anel. Na banheira, eu sabia que ela estava mentindo sobre
querer ver se o diamante poderia ser tingido de rosa, mas eu me pergunto se ela
realmente não gosta dele. Eu só vi o seu olhar para ele com desdém.
—Você sabe — eu digo, pegando sua mão esquerda e esfregando o polegar sobre
o diamante. Ela endurece um pouco. — Se você odeia isso, eu poderia troca-lo
por um novo. Esta proposta pode ter sido besteira, mas o noivado é real.
Ela retrai a mão e balança a cabeça — Não, está tudo bem. Meninas morreriam
por um anel como este.
—Só porque outras meninas gostariam do anel não significa que você tenha que
gostar.
—Pode não ser o meu anel do sonho — ela admite, — mas eu quero mantê-lo—
Ela aponta para o meu outro lado, o lado com o preservativo. — Vamos voltar
para o que é importante aqui.
Eu não dou o pacote para ela. Em vez disso, eu pressiono meus lábios nos dela,
segurando a parte de trás de sua cabeça para trazê-la perto de mim. Ela retribui e
enrosca instantaneamente os braços ao redor do meu pescoço. Minha boca funde
com a de Lily, nossas línguas se acariciam e eu chupo o lábio inferior. Ela
aprofunda o beijo, as mãos correndo para cima e segurando meu cabelo. Ela
beija avidamente, como se eu fosse sua força de vida do caralho.
Eu tenho que quebrar apenas para obter ar.
Sua boca trilha meu pescoço, e sua mão se move sobre a minha cueca box,
esfregando meu pau. Isso parece muito bom para exigir que ela pare. Minhas
mãos deslizam debaixo de sua camisa folgada e encontro seus seios, agarrando e
amassando até que eu sinta seu suspiro contra o meu pescoço.
Seus movimentos começam a intensificar e ela puxa minhas cuecas boxer, meu
pau pulando para fora. Droga.
Rapidamente, eu recolho suas mãos nas minhas e a puxo para longe do meu pau.
Leva todo o meu controle para não deixar ter seu prazer imediatamente.
Ela fica de joelhos, mas eles se separaram consideravelmente e eu roubo um
olhar para baixo no local entre suas pernas. Já posso ver a umidade que aparece
através da calcinha de algodão. Quando olho para trás, seus olhos não se
moveram dos meu.
—Você pode me ensinar a ser o tipo má boa?
Cristo. Eu quero estar dentro de você. —Não é fácil — eu digo a ela.
—Por favor.
Ela nunca entregou seu controle durante o sexo. Não assim. E eu acho que é o
momento perfeito para fazer algo que ela estava esperando.
Tão rapidamente como posso, eu puxo para baixo minha cueca e atiro para o
chão. Ainda encostado na cabeceira, eu pego o pacote do preservativo e rasgo
com os meus dentes. Ela estende suas mãos novamente dessa maneira bonitinha.
Eu não tenho força de vontade agora para deixá-la colocá-lo em mim sem a levar
duro e rápido. Então eu ignoro seus pedidos e deslizo o preservativo ao longo do
meu eixo em dois rápidos movimentos.
Ela não disse nada, mas ela olha para trás e se deita, me esperando para leva- lá,
como se eu fosse estar por cima. Deus, eu amo que eu estou indo para preenchê-
la com surpresa.
—Não — eu digo e agarro a mão dela, deslizando de costas para mim. Eu tomo
posse de sua perna esquerda e seu quadril, levantando-a para o meu colo com
facilidade. Ela me atravessa e senta com suas mãos em meu peito.
Seus olhos se arregalaram em choque.
—Eu estou... nós estamos ... Eu não posso parar de sorrir.

Sua cabeça cai lentamente até que ela está olhando para meu pau que está
diretamente contra sua vagina, esperando (talvez vez impaciente) para estar lá
dentro. Ela olha de volta para mim. — Isso não está na lista negra?
—Não, amor.
Ela franze a testa. —Você acha que desde que o Dra. Banning não é mais minha
terapeuta que eu posso ver essa lista?
—Mesmo que ela não seja sua terapeuta, ainda estamos obedecendo a essa lista
— eu digo a ela. Eu não tenho nenhuma intenção de merda com todo o progresso
que ela fez. E quem sabe quanto tempo seu novo psiquiatra vai durar?
—Então eu não quero que você veja isso — Ainda não, pelo menos.
Ela balança a cabeça e sobe em seus joelhos, agindo como se ela fosse colocar
meu pênis dentro dela. Eu agarro sua cintura, parando. Ela parece confusa, e
parte de mim está com tesão também. Por que diabos eu estou arrastando isso?
—Se você estiver ficando por cima, temos que ter regras — eu digo a ela.
—Oh.
—Você disse que queria ser uma má boa.
—Eu quero. — Ela toca meu peito nu com as mãos, e seus olhos caem para meu
abdômen. Ela se torna fodidamente distraída muito facilmente.
Eu inclino o queixo para cima, seus olhos pousando nos meus novamente. —
Não se mova.
—O que?
Antes que eu possa responder a ela, eu a levantei pelos quadris e a colocou
suavemente sobre o meu pau. Ela ainda está vestida com as calcinhas, mas eu
puxo o tecido de lado e tiro do meu caminho enquanto eu a abaixo. Ela agarra
meu pescoço e deixa escapar uma respiração irregular que rapidamente se
transforma em um gemido.
—É isso aí — eu digo a ela, aliviando-a para baixo em cima de mim. Eu fecho
meus olhos por um segundo, me aquecendo finalmente do aperto, dentro dela ...
Quando eu a encho completamente, ela mexe seus quadris, começando a
balançar contra mim.
Eu aproveito para segurar sua cintura novamente. — Não se mova.
Ela estremece com as minhas palavras. — Então você se move — ela implora.
—Eu estou tomando meu tempo doce porra, — eu respondo, correndo a mão por
baixo de sua camisa, massageando seu peito mais uma vez.
Ela solta um gemido longo e pressiona a testa no meu ombro, mas ela não move
os quadris desta vez. — Como você não está morrendo?
Eu estou. Mas eu quero que dure muito antes de dar para os meus impulsos.
—Lo, eu preciso vir.
—Você quer vir — eu rebato. —Você não precisa fazer isso — Meus lábios
encontram sua orelha e eu chupo suavemente sobre o lugar sensível. Outra
respiração escalonada borbulha através dela.
—Isso não é como parece.
Eu levanto sua camisa passado por sua barriga, mas ela se recusa a se separar
dos meus ombros para permitir que o tecido saia dos braços e sobre sua cabeça.
— E eu quero você nua, mas, aparentemente, nem todos nós conseguimos o que
queremos.
Ela muda um pouco, fazendo com que seus olhos se agitem, mas seus braços
fracamente voam para o ar. Eu puxo a blusa, e os meus olhos caem para seus
mamilos eretos, implorando por minha atenção. Eu movimento minha língua ao
longo dos pequenos botões, e ela começa a girar contra o meu pau. Todo o meu
corpo se inflama, e aquece com um inegável prazer. Eu sou o único que geme
neste momento, mas eu consigo impedi-la de novo. Minhas mãos plantam
decisivamente nos quadris, fazendo parar ainda mais. Aproveito a oportunidade
para deixá-las deslizar para sua bunda e seguro.
—Se você mudar de novo — eu digo a ela. — Eu estou indo para empurrar
dentro de você duas vezes e gozar e, em seguida, teremos terminado a noite —
Sua boca forma um perfeito O e ela continua balançando a cabeça como se eu
tivesse anunciado o apocalipse. — Agora seja uma boa menina má e fique
parada enquanto eu fodo você.
Sua cabeça inverte o rumo e começa a acenar com a cabeça para cima e para
baixo.
Eu não menciono que eu não posso ficar muito mais tempo também. É tudo uma
questão de percepção, e ela precisa achar que eu poderia esperar a eternidade
com meu pau situado firmemente dentro dela.
Depois que eu beijo seus lábios uma última vez, eu agarro sua bunda tão
apertada como eu posso e impulsiono meus quadris para cima. Ela deixa sair o
mais belo barulho, como se eu tivesse batido mil nervos. Eu faço novamente,
pulsando meu pau para cima e para baixo, para cima e para baixo. Rápido e
lento. Para cima e para baixo. Eu empurro meu pau tão profundo que ela se
agarra a mim, tentando segurar. Eu libero uma das minhas mãos de seus quadris
para colocá-lo em sua cabeça, trazendo sua boca para baixo para a minha. Nós
nos beijamos e foda-se quando ela está na borda, eu tenho que diminuir para que
ela não venha.
Ela choraminga contra o meu corpo, e minha respiração se torna irregular
quando eu tento fazer isso durar tanto tempo como posso. Depois de um tempo,
ela pressiona seus lábios no meu pescoço, não tendo energia suficiente para
viajar pela distância para minha boca. — Por favor — ela implora, com a voz
cheia de pura necessidade. — Por favor, por favor, por favor — Ela beija minha
clavícula e é o suficiente.
Eu tomo seus quadris em minhas mãos e começo a empurrar tão duro e rápido
que ela começa a gritar. Ondas de choque e prazer em seu fluxo e me jogo. Ela
agarra a parte de trás do meu cabelo, minha cintura, meus braços, minhas coxas,
qualquer coisa para mantê-la em pé enquanto seu orgasmo atinge ela.
Ela afunda em meu corpo, e eu saio dela lentamente. Exaustão me enche, e eu
sei que essa é a parte mais difícil. Eu quero que ela esteja saciada; eu quero que
um longo e áspero sexo seja suficiente. Um dia, eu sei que nós vamos chegar há.
Mas hoje não é aquele dia.
Ela já está deslizando fora de meu corpo e ajoelhada ao lado da minha cintura.
Olho para o relógio e calculo quanto tempo nos resta, e então eu a sinto tomar
meu pau em suas palmas.
Com uma mão eu reúno seu cabelo fora de seu rosto, e ela afunda a boca em
torno de meu pau. Minha respiração nivela para fora, enquanto eu a assisto
colocar língua na cabeça e lamber todo o caminho até o eixo. Está quente como
o inferno. Eu fecho meus olhos e relaxo contra seus movimentos. Ela toca meu
pau com a perfeita quantidade de força, sabendo todos os lugares para chupar. E
não demora muito para que eu estou duro de novo.
Seus movimentos se tornam mais rápido e mais determinados. Eu ainda
mantenho sua cabeça firme quando ela envolve seus lábios em volta do meu eixo
longo. Seus olhos voam até o meu em forma de olhos de corça... e ela tem todo o
meu pau na sua boca. Isso, aqui, é o que me excita mais.
Ela começa a move sua boca e para trás de novo, e eu tenho que puxá-la para
fora. — Mas eu quero que você venha em minha boca — diz ela.
Pelo amor de Deus. Ela não faz isso fácil.
—Bem, eu quero vir em sua buceta — eu respondo. — Vejo que temos uma
situação difícil. Será que devemos virar isto?
—Não!
Eu sorrio. — Eu não penso assim — Eu rolo-a de costas e minha mão passa
entre suas pernas, sentindo apenas como ela está encharcada. Sei que ela está
tomando pílula, então eu não me incomodo de pegar outro preservativo. Eu
quero encher ela com o meu esperma, para me deixar dentro dela durante toda a
semana.
Eu pairo sobre seu corpo, meus olhos nos dela. Ela olha para mim como se eu
fosse o único homem no mundo, como se ela ficaria aqui nesta cama para
sempre. Nós temos mais de dez minutos e é isso, mas eu não acho que ela está
contando. Se seu novo psiquiatra a obrigar a ser abstinente e esta for a última vez
que podemos foder, eu estou indo fazer vale a pena. Eu vou fazê-la lembrar de
cada movimento e detalhe.
Vou fazer este momento inesquecível.






















{42}

LOREN HALE

Muita coisa pode acontecer em um mês.
Lily milagrosamente passou em seus testes finais em todas as suas matérias, o
que significa que ela vai participar de Princeton no próximo ano como sênior.
Apenas um semestre atrás. A tutoria de emergência de Connor provavelmente
tinha uma mão em seu sucesso.
O verão se transformou mais feroz e agora no final de junho, todos nós estamos
orando silenciosamente pela chuva.
O tempo é a única coisa que posso prever. Pensei que quatro semanas teria sido
suficiente para dissuadir os meios de comunicação e nos levar de volta para a
nossa vida seminormal. A imprensa pode ser ligeiramente menos voraz, mas os
carros ainda estão do lado de fora da casa, tirando fotos sempre que saímos.
Terças e quintas são os piores dias.
Nós sentamos em um escritório de canto em um arranha-céu de New York City,
e o Dr. Oliver Evans me dá uma de suas patenteadas cara feia de você realmente
não é suposto estar aqui. Eu não confiava em Lily vendo um novo terapeuta
masculino por causa de seu vício em sexo, então naturalmente eu vim junto em
sua primeira reunião.
As teorias de Oliver sobre vício em sexo são meia-volta a partir de Allison, e
nosso encontro inicial não foi tão bem. Eu quase bati no cara e andamos
diretamente em diante. Mas Lily tem sido inflexível em seu apaziguar seus pais e
fazer as coisas certas com sua família. Ela queria voltar para estas consultas
semanais, e a única maneira que eu vou dormir à noite é se eu acompanhá-la.
Então Oliver olha para mim como se eu estivesse atingindo em seu último nervo
psiquiátrico. Ele tem quarenta e alguma coisa com cabelo e óculos retangulares
marrom escuro que o fazem parecer mais tímido do que inteligente.
—Já se passaram quatro semanas — eu o lembro. — Eu pensei que seríamos
amigos agora, Oliver.
Ele sente o meu sarcasmo e rabisca algo em seu caderno. Esta não é a terapia de
casais. A sua é suposta ser apenas para Lily, mas muitas vezes ele começa a
escrever sempre que eu começo a falar. Ele acha que isso me força para fora,
mas eu só espero que ele receba uma cãibra mão.
—Lily, como você está se sentindo em abster-se de sexo? Um mês é um marco
para um viciado em sexo. Vocês devem estar orgulhosos.
Ela cruza as mãos no colo. — Tem sido bom.
Foi bom. No primeiro par de semanas, eu realmente acreditava que poderíamos
fazer um trabalho da regra ausência de sexo.
Mas até a terceira semana, ela era arisca como o inferno. Ela não me deixou
dormir ao lado dela, e ela se retraiu sempre que alguém a tocava, não só comigo.
O que antes era abster-se de sexo se transformou em abstendo-se de toque. Senti
sua distância de mim e todos ao seu redor. Ela não iria sair de casa, não faria
coisas normais. Então eu cortei o cordão do experimento, e não foi porque eu
estava com tesão também.
Eu sabia que estava perdendo minha melhor amiga.
Eu expressei as minhas preocupações para Oliver quando ela primeiro se retirou
da minha mão. Eu só estava tentando entrelaçar seus dedos com os meus, e ela
encolheu dentro de si mesma como se eu fosse um monstro debaixo da cama.
Ele me disse que era natural. Que ela estava voltando para o normal. Eu não sei
que tipo de normal esse cara vive, mas pessoas comuns não vacilam quando eles
dão as mãos. Não é como se eu estava lhe pedindo para tocar uma para mim.
Então eu fiz um acordo com a Lily. Ela quer apaziguar seus pais, tudo bem. Mas
nós não estamos ouvindo o conselho desse idiota.
—É normal para uma depravada como você perder o sexo.
Ele a chama de depravada muito. Ele me irrita, e eu vou passar os próximos
vinte minutos após esta reunião lhe dizendo todas as razões porque ela não é
uma.
—Eu sinto falta dele — Lily mente. — Eu sinto falta do jeito que me faz sentir
— Ela se sentia muito, muito bem ontem à noite.
Ela veio com tanta força que acabou em um ataque de riso depois. Tentamos a
abstinência. Isto não funcionou, e não temos mais possibilidades. Estamos
finalmente encontrando a nossa ranhura na intimidade, e a única coisa que está
no nosso caminho é esse cara.
—Não podemos ter você com saudades, Lily — ele diz a ela. — Quanto mais
você insistir em suas fantasias desviantes, quanto mais você reverter para os seus
caminhos desviantes. Você é apenas uma puta agora, mas se você deixar este
ciclo continuar você poderia se tornar algo pior. Uma pedófila. Um ofensor
sexual.
A cabeça de Lily chicoteia em minha direção, e ela aperta a minha mão, me
implorando silenciosamente para não atacar. Esta não é a primeira vez que ele a
chamou, basicamente, de uma futura pedófila.
—Me dê um minuto enquanto eu reúno as ferramentas — Ele se levanta e
remexe em torno de seu armário do escritório.
Merda.
É por isso que eu não quero que ela fique aqui. Devo usar um olhar suplicante,
porque ela diz: — Eu estou bem. Nós não podemos sair.
—Nós podemos realmente — eu refuto. —Há a porta. Foda-se o fundo
fiduciário.
—Não é sobre o fundo fiduciário — Eu sei.
Ela está tentando corrigir todos os danos que ela criou. Ela está até mesmo
reconstruindo um relacionamento com seu pai.
Nós ainda não frequentamos esses almoços de domingo, mas ele ligou para ela
depois e eles acabaram recuperando o atraso.
Sua mãe é uma história diferente.
Lily aperta minha mão, e eu olho para a forma como os dedos se entrelaçam com
os meus. Na semana passada, ela não teria sido capaz de fazer isso. Na semana
passada, ela teria explodiu em lágrimas antes que eu a tocasse.
—Apenas confie em mim. É como um jogo — ela diz.
Eu estreito meus olhos. —Um jogo em que você toma choque por diversão? —
Eu zombo e suspiro. — Você é S & M na parte do BDSM e não me contou?
Ela dá um soco no meu braço, e eu agarro seu pulso, puxando-a para um beijo.
Ela vai precisar dele.

















{43}

LILY CALLOWAY

—O que eu disse sobre beijar e tocar durante as nossas sessões? — Dr. Evans diz
com raiva.
Eu tento subjugar o meu sorriso quando eu me separo de Lo. — Desculpe
Eu não sinto que envergonhada. Eu estou unicamente aqui por causa dos meus
pais. Eu não acredito nos métodos do Dr. Evan mais, e eu tento meu melhor para
não tomar suas palavras a sério.
Mas a armadura que eu estou construindo ainda tem algumas fendas.
Como agora. Dr. Evans detém uma pequena caixa elétrica, e eu tenho a súbita
vontade de vomitar tudo sobre o feio tapete. Ele coloca dois eletrodos no interior
do meu pulso e, em seguida, me passa a caixa. Eu a coloco no meu colo e giro o
botão para o nível mais baixo de choque.
—Eu acho que você pode ir mais alto do que isso hoje.
—Ela não quer — Lo interrompe.
—Não se enganem, Loren, este é meu escritório. Eu posso ter você escoltado
para fora se eu sentir que você está dificultando o tratamento do meu paciente.
—Está tudo bem — eu digo rapidamente e giro o botão um par de entalhes. Pena
que eu não tenho o controle remoto. Esse dispositivo repousa na sala de Dr.
Evans, o comandante dessa tortura.
—Eu vou deixar você escolher o que você quer tentar hoje. Fantasias ou
pornografia.
—A pornografia — Ter que retransmitir as minhas fantasias em voz alta é
extremamente embaraçoso, e ele me choca mais quando eu começar a descrever
posições e partes do corpo.
—Na verdade, que tal fazer as duas coisas — Ele chega em sua mesa, pega uma
revista e desliza para a mim. Eu a coloco no braço entre Lo e eu, e então eu a
abro, já sabendo o que fazer.
Mulheres nuas não me fazem desperta, mas as fotografias com os casais fazem.
Assim que eu olho para uma imagem-Buzzzzz! As ondas de choque através do
meu pulso e até meu braço.
Deixei escapar uma respiração curta e aperto minha mão. Lo esfrega minhas
costas, e outro choque empurra meu pulso.
Meus músculos da mão contraem.
—O que no inferno?! — Lo grita.
Dr. Evans, ignora Lo no momento. — Olhe para as imagens, Lily, e descreva
uma fantasia que você poderia ter se estivesse olhando para estes em seu próprio
momento.
Eu instintivamente olho para Lo, considerando que ele estaria em minha
fantasia, o que é a reação errada.
Os pulsos de choque vêm através de minha mão de novo, e eu tento manter meu
braço ainda, o mesmo não posso dizer de Lo. Mas ele está respirando
pesadamente ao meu lado, forçando-se no banco e não na garganta de Dr. Evans.
—Loren, por favor, você pode passar para a outra cadeira — Dr. Evans o envia
para uma cadeira macia no canto, o ponto o mais longe possível de mim.
Lo abre a boca, e eu tenho que o cortar. A última vez ele disse ao Dr. Evans para
chupar seu pênis, e eu não tenho certeza de que vai explodir melhor uma
segunda vez. —Está tudo bem. Eu nem sequer o vejo, — eu digo rapidamente,
voltando meu foco para as fotos.
Buzzzz! Eu recuar. O que eu fiz?
Eu estou começando a pensar Dr. Evans só gosta de pressionar aquele pequeno
botão.
—Localize uma imagem que é particularmente excitante para você.
Eu folheio a revista, ignorando todos os grandes peitos e vaginas, mas não tenho
sorte. Elas realmente não funcionam para as mulheres. — Qualquer coisa?
—A internet só tem uma melhor seleção — Eu admito, ainda passando a esmo.
—Use isto então — Ele estende um tablet eletrônico. Eu não tenho usado a
internet desde que Lo me proibiu de navegar na web, e a falta de tentação tem
sido boa. Os meus dias são mais fáceis sem ele.
Eu trocar a revista pelo tablet e entro no Tumblr. Isso parece diferente do que
olhar a revista. Talvez porque este tem sido um grampo em minha rotina. Eu não
olhei para revistas desde a escola.
Tendo Dr. Evans me fazendo ver isso é um pouco pessoal.
—Encontre uma fotografia e descreva a sua fantasia.
Eu não quero, mas mesmo que meus pais têm lidado com material mais difícil
me lembro do porquê disto. Tome isso Lily.
Eu facilmente pouso em uma que me faz mudar na minha cadeira. A picada
belisca meu pulso. Porra. Eu tremo e Lo estica o pescoço para olhar para o
tablet.
—Fale — Dr. Evans insiste.
É uma imagem de uma menina sem calças (ou roupas íntimas) e um cara
totalmente vestido. Nós só podemos ver a metade inferior do casal, mas o cara
passa a mão para trás entre as pernas. — Minha fantasia? — Eu pergunto,
querendo evitar esta parte.
—Sim, o que você visualizar quando você olha para a foto.
—Lo — eu digo, — fazendo isso comigo, e então talvez ele realmente
colocando os dedos... em...— Buzz! Buzzz!
Buzzzz! — Filho da puta — Eu amaldiçoo sob a minha respiração e fecho os
olhos com força.
—Acalme-se, Oliver — Lo zomba.
—Encontre outro, Lily.

Eu percorro o tablet e paro em uma fotografia da bunda lubrificada de uma
menina, mas grandes mãos masculinas massageiam sua bunda e até mesmo
borda mais perto de seu clitóris. Puta merda. Zumbido!
O choque não me desencoraja de retratar Lo me massageando desta forma.
Talvez ele vá ter algumas ideias nesta sessão. Talvez vale a pena a dor.
Mas quando o Dr. Evans me dá o choque outra vez, todos os meus pensamentos
se transformam em vergonha. Eu acho que, eu não deveria querer como isso. Dr.
Evans impulsiona meus medos, quando ele diz: — Você está tentando não ser
mais depravada, isso é ruim — Ele me choca mais uma vez e eu me encolho. —
Entenda que estamos tentando relacionar essas imagens aos estímulos negativos.
Você deve chegar ao ponto onde essas imagens não despertam mais de você. Nós
vamos chocar a prostituta fora de você, de um jeito ou de outro.
Dou a Lo um outro olhar, mas seu lábio está enrolado em desgosto e ele agarra o
braço com os nós dos dedos brancos.
O relógio bate languidamente. Temos mais de uma hora.

Minha parte favorita da terapia é a volta para casa. Mesmo que eu sinta que
estou um milhão de léguas abaixo do mar, Lo nunca para de falar. Ele me traz de
volta para a superfície.
Eu pressiono minha testa na janela embaçada, chuva forte no vidro. Depois de
quatro semanas em uma seca, o aguaceiro quase se parece como um sonho. Ele
passa rapidamente sobre os limpadores de para-brisas e navega na estrada.
—Na próxima sessão, eu vou chamá-lo de uma prostituta — Lo me diz. — Dar-
lhe um gosto da sua própria e fodida medicina — Seus olhos se mantém voando
para mim com preocupação.
—Você vai nos virar para fora da estrada — eu digo.
—Você está quieta — Ele se mistura na estrada.
—Eu só estou pensando.
— Sobre a falta de revistas pornográficas do Dr. Oliver Evans para as mulheres?
Que diabos ele fez lhe dando uma revista Gay?
Embora, isso está longe da minha mente, terei prazer em tomar a isca como
distração. Eu sorrio e giro totalmente em meu assento para enfrentar Lo. — Você
se lembra na oitava série quando você costumava me comprar revistas e rasgar
todas as páginas apenas com fotos de menina?
Ele ri — Não foi de todo altruísta. Eu pensei que quanto mais você se
masturbasse menos você faria sexo com caras reais.
—Huh ...— Suponho que isso faz sentido — Você sabia que eu usualmente
despejava suas garrafas de Everclear? — Eu admito com um sorriso. O licor era
tão forte que ele me assustou quando arrancou uma garrafa do armário. Acho
que eu estava com muito medo de dissolver o nosso sistema e realmente lhe
dizer isso, então eu fiz a próxima melhor coisa.
—Eu sempre achei que simplesmente não me lembrava de bebê-los.
Parece bom saber que nós tivemos as costas um do outro, mesmo que parecia
que poderia me importar menos. — Eu nunca te disse, — Eu digo suavemente,
— mas eu estava sempre preocupada com sua saúde. Seu fígado... — Nós não
costumávamos falar sobre os riscos, pelo menos nenhum de nós nunca os viu
antes. Mas de alguma forma, nos unimos para assumir o malvado Dr. Terapia de
choque nos tornou mais perto de uma maneira diferente.
Ele deixa escapar um longo suspiro. — Eu sei que você estava, Lil. E é uma das
razões por que eu não posso beber novamente.
Eu enrugo a testa. — O que você quer dizer?
—Temos que fazer todos estes tipos de exames médicos na reabilitação, e os
médicos basicamente me disseram que se eu continuasse no caminho que eu
estava, eu faria danos graves e irreparáveis ao meu fígado.
Meus olhos de repente começam a queimar, silenciosamente construindo
lágrimas. — Por que você não me disse antes?
—Porque eu sabia que você ia ficar chateada e, provavelmente, culpar a si
mesma — diz ele, — e não é culpa sua.
Ele olha para mim e depois de volta para a estrada. — Lil, por favor, não chore.
Realmente não é culpa sua, e eu estou bem. Nada há de errado comigo.
—Mas poderia estar — Eu limpo meus olhos e abano a cabeça. —E como pode
isso não ser minha culpa, Lo? Eu permiti isso durante toda as nossas vidas. Eu
deveria ter...
—O quê? — Diz ele asperamente. — O que você poderia ter feito? Me dizer
para parar? Eu não teria. Fisicamente tomar as garrafas e levar longe? Eu teria
odiado você. Falado para o meu pai? Ele não daria uma merda. A única pessoa
que poderia ter me parado era eu.
—Eu poderia ter feito alguma coisa — Eu não posso sentar aqui e agir como se
eu não fosse culpada em tudo. Eu lhe forneci a bebida algumas vezes. Eu
facilitei seu vício.
—Você fez algo. Você estava lá por mim quando não havia mais ninguém.
—Ele dirige para baixo outra rua e liga as luzes enquanto o sol se põe — E Lil...
— Seus olhos encontram os meus por um breve momento.
—Se você vai se culpar por me permitir, em seguida, eu tenho que tomar culpa
por permitir que você...
—Não é a mesma coisa, seu vício pode matá-lo.
—E esses homens que dormiam com você não poderia ter batido a merda fora de
você? Você não poderia ter contraído uma DST ou HIV? Eu a deixei correr esses
riscos e você me deixou tomar os meus. — Ele se vira à esquerda rapidamente e
eu me preparo contra a porta. — Que tal igualarmos isso? E, então, fazer um
pacto de nunca fazermos isso novamente.
—Ok — eu digo. — Podemos sacudir isso novamente?

Seus lábios sobem maliciosamente. — Nós podemos fazer melhor que isso. Será
que ele está pensando o que eu estou pensando? — Como…
Ele ri. — Bem, eu vi você olhando um pouco duro para aquela foto com a
massagem.
Ohhhhh. Sim. Não. Espere. — Nós não devemos.
Suas sobrancelhas sulcam em uma linha dura, mas ele mantém seu olhar na
estrada, enquanto a chuva cai mais pesado.
—Por que não? E você pode querer escolher a sua resposta cuidadosamente. Se
ele começa ou termina com o nome Oliver Evans, eu estou indo para ejetar do
meu lugar.
—É depravado.
Lo solta um gemido longo. — Por favor, pelo amor de Deus nunca diga aquela
porra de palavra de novo.
—Bem, é.
—A única coisa depravada é o que o psiquiatra está colocando através de você.
Você não deveria tomar choque para ser despertada por essas fotografias.
Recebendo um semiduro por olhar para elas.
Eu franzir a testa. — Você faz?
—Sim! — Diz ele, meio rindo. — Qualquer humano faria, Lil. Mesmo que eu
pensasse que era a terapia de aversão ética, o que eu não penso, eu só recomendo
isso para as pessoas que cravam essas fotos com violentos pensamentos.
Como estupro ou abuso sexual infantil. Você não é uma pedófila. O fato de que
ele trata você como uma me mata.
Eu assisto a chuva dispersar na minha janela enquanto eu penso sobre isso. Não
é estranho ser despertada por eles, mas é errado abusar compulsivamente de
pornô. Isso soa bem.
—Ei — diz Lo, querendo minha atenção novamente. Me volto para ele, e ele me
dá um olhar duro, com os olhos piscando entre a estrada e eu. — Se seus
métodos de terapia são foder com a cabeça, então você está indo parar.
—Eu estou bem, honestamente. Falando com você ajuda. Ele pega a minha mão
e beija.
—Então nós fomos para nossas respectivas conferências de imprensa, e
acabamos pedindo desculpas publicamente — Eu listo. — Eu estou vendo meu
novo psiquiatra. Tudo o que resta é o casamento, e depois eu vou receber meu
fundo fiduciário. Meus pais devem me perdoar totalmente, e tudo vai voltar ao
normal, ou tão normal quanto pudermos ser — Uma vez por semana, meu pai
realmente me liga para recuperar o atraso. Ele até me disse que estava orgulhoso
de que eu estava vendo o psiquiatra. Depois de tudo que eu fiz para a sua
empresa- a reação que ele tido diretamente me dizendo que está orgulhoso foi
suficiente para causar lágrimas felizes. Eu não posso foder com isso.
Minha mãe vai levar mais sutileza para conquistar, e eu sei que ela não estará
completamente satisfeita até o casamento. Eu não posso me dar ao luxo de
tropeçar mais.
—E se eles não? — Lo diz suavemente.
—O que?
—Você já pensou que talvez, mesmo depois de fazer tudo isso, que a sua mãe
ainda pode não perdoar você?
Eu balanço minha cabeça, não querendo acreditar que ela poderia ser tão cruel.
— Ela tem que.
Mas a maneira que Lo olha para a estrada, como ele vê um futuro mais frio que o
calor que eu planejei, me faz ficar preocupada.






{44}

LOREN HALE

Alguns dias são mais difíceis do que outros. Há dias em que eu nem sequer
penso sobre o álcool e, em seguida dias em que meu cérebro circula em torno de
beber e nada mais.
Hoje tudo o que posso pensar é na minha mãe. Minha mãe de verdade. Emily
Moore. Depois que meu pai me deu o endereço dela, muitas vezes eu me
imagino na casa dela, como ela é, sua vida sem mim.
O que eu sei com certeza é que ela é uma professora substituta em Maine.
Casada. Duas crianças. Quando eu posso, imagino um pouco, eu ensaiei o
mesmo confronto na minha cabeça. Eu ficava na varanda da casa de minha mãe
biológica. Eu perguntaria por que ela não me quis, porque ela nunca ligou ou
deixou um bilhete. Mas em minha mente, eu estava pensando em Sara Hale, não
em Emily Moore.
O nome mudou, mas as minhas perguntas não. Eu só tenho que descobrir quando
ir e quem levar comigo. Talvez Ryke ou Lily, mas nem sei se tenho planejada
ainda a data de viajar para o Maine.
Ryke vai desaprovar, pensando que eu me incorporei ainda mais no mundo do
meu pai. Então, eu estou inclinado para uma viagem com Lily.
Mas eu não posso ir até Emily hoje, mesmo se eu quiser.
Ryke quer me ensinar como fazer escaladas. Não em um ginásio. Mais como em
uma porra de montanha real. Eu precisei perguntar se estávamos indo usar
cordas e aparelhos considerando o cara as subidas gratuitas (ele é estúpido o
suficiente para escalar uma montanha com nada, mas suas mãos, pernas e alguns
giz). Estamos pensando em escalar o caminho normal, sã. Ele pode fazer toda a
rotina do Homem-Aranha quando eu não estiver vendo.
Eu não posso sair até que eu termine a filtragem do correio da manhã com Rose.
A mesa da cozinha transborda de cartas, envelopes pardos, e pequenos pacotes.
Os Paparazzi terem vendido as fotos de Lily comprando absorventes no
supermercado. Isso é ridículo. E ela "Fã" de correio acumula a cada nova
manchete na capa de uma revista de fofocas. A maioria das letras são de homens
velhos que pensam que ela vai responder ou encontrar em algum lugar para o
sexo. Isso é o que está acontecendo recentemente. As pessoas são gananciosas
como o inferno. Eu pensei que o cara no corredor de Princeton foi apenas um
acaso, mas um monte de homens pensa como se Lily quisesse todos do sexo,
mesmo a partir deles, apenas por causa de seu vício. E eles fazem um
movimento de tentar obtê-lo dela.
É como se ela tivesse um sinal "aberto" 24 horas por dia e 7 dias por semana
grudado em seu corpo agora. E não há nenhuma maneira dela ela girar em torno
de "fechada", o que eu sei que ela quer. Graças a Deus ela tem um guarda-costas.
Eu rasgo algumas cartas e quase vômito para uma foto das bolas de algum cara.
—Rasgue estas duas vezes — Eu digo a Rose, jogando a foto em sua pilha. O
barulho dela retalhando enquanto ela alimenta a máquina com correspondências
mais e mais.
Ela olha para a fotografia, vira-o e solta um grunhido. — Eu vou estar pensando
em você, enquanto você toca a si mesma — ela diz. — Seus sentimentos são
compartilhados, Sr. Gordon.
—Esse cara está vivendo na Penitenciária do Estado. Isso me faz sentir
fantástico. — Eu lanço lhe outra carta e depois começo a abrir as embalagens
com uma faca.
Eu realmente gostaria que não tivéssemos que passar por todas essas
correspondências. Eu prefiro queimar, mesmo sem abrir, mas algumas pessoas
realmente enviam dinheiro. Às vezes, como uma brincadeira, outras vezes eu
acho que eles honestamente acreditam que Lily vai fodê-los por dinheiro. Rose,
Lily, e eu concordamos em recolher o dinheiro e doá-lo a um abrigo para
mulheres na cidade. Pelo menos alguém lucra fora disso.
Então, Rose e eu passamos todas as manhãs abrindo e rasgando. Lily iria se
juntar a nós, mas Rose e eu especificamente tentamos censurá-la de ver bolas e o
negócio do Sr. Gordon. Um dia, Lily acidentalmente abriu uma carta com fotos
em anexo, e seus olhos se arregalaram em horror, como se a pessoa estivesse a
um passo de invadir nossa casa para estuprá-la. Eu tenho pensado sobre essa
possibilidade também, é por isso que eu instalei um melhor sistema de
segurança.
Lil não admite, mas Rose e eu vemos que ela tem medo de sair de casa. Ela
raramente sai, e quando o faz, é normalmente depois de uma grande quantidade
de súplica.
Lily aceitou minha rotina de triagem de correio com Rose, também chamado de
nosso "tempo de ligação." Eu não tenho sido fã número um de Rose, nem
mesmo depois que a mídia- louca caiu. Mas o que era uma vez uma gelada
relação tem surpreendentemente começado a descongelar.
—Desde que eu tenho que ir para reuniões de negócios agora — eu digo a ela.
—Eu vou precisar de alguns ternos do tipo para se usar todo dia. Você ainda tem
aqueles pretos de sua linha de moda masculina, certo?
Ela em silencio vai e para a máquina trituradora barulhenta. — Você não tem que
me ajudar, Loren. Eu não preciso sua caridade. — Em um mês, Rose quase
perdeu cada investidor que ela tinha na Calloway Couture. Apenas um tem
permanecido a bordo por pura lealdade.
Eu rolo meus olhos. — Não é caridade. Eu preciso de ternos. Agora que você
despediu um certo alguém, eles não são mais feios e desagradáveis. — Eu não
posso dizer o nome de Sebastian, a menos que eu queira ser agredido com raiva.
—Ele tinha um gosto horrível — diz ela, lábios franzidos. Assim que Rose tirou
o cara da sua vida, ele tirou uma foto de si mesmo para crianças ricas do
Instagram e a chamou de puta de bolsa. Se você ainda pronunciar seu nome, ela
parece pronta para correr e ajustar a tesoura de corte de bola.
Rose avalia meu guarda-roupa atual. Uma camiseta gola V preta e desbotados
jeans Diesel. — Você vai para o seu escritório vestido desse jeito, — ela me
lembra. — Por que você precisaria de ternos?
—Tenho reuniões semanais com o meu pai. Se eu aparecer nisso eu nunca vou
ouvir o final da mesma.
Executar a minha própria empresa me aterroriza. Eu não quero colocar meu
coração e alma para ele e, então, toda a coisa destruída. O que Rose está
atravessando é uma merda. Talvez seja por isso que eu tenho apatia preferida de
todos estes anos. Você não pode ser ferido quando você não tem nada a perder.
Ela pondera sobre a minha proposta e, em seguida, começa a encher o triturador
de novo. E os barulhos voltam à vida.
—Tudo bem, mas você tem que pagar o preço cheio.
Eu dou risada. — Não há descontos para a família? Eu vou ser o seu cunhado.
—Sem querer — ela diz com olhos frios. Jesus Cristo. Eu nunca vou me livrar
disso o resto da vida.
Eu culpo Connor.
Ele de alguma forma me coagiu a revelar meus verdadeiros sentimentos sobre o
casamento. Eu admiti que não queria casar com Lily, não desse jeito, pelo
menos. Eu quero fazer em nossos próprios termos. E de alguma forma Rose tem
deformado como se eu não quero casar com ela de jeito nenhum. Se eu pudesse,
eu estaria compromissado por mais cinco anos.
Ela seria minha noiva e nós nos casaríamos quando estivéssemos saudáveis e no
amor. Mas isso não é um futuro que se tornará realidade, então eu paro de tentar
imaginar.
Eu sufoco essa conversa cortando aberto um pacote pequeno. Eu cometi o erro
ontem de abrir cegamente em uma caixa. Eu nunca, nunca quero tocar esperma
de outro homem novamente. Rose não conseguia parar de rir enquanto eu
encharcava minhas mãos no desinfetante durante trinta minutos.
Eu despejo o conteúdo sobre a mesa forrada de plástico. Um pau rosa néon
quente olha de volta para mim. Sem tocá-lo, eu deslizo o vibrador em um saco
de lixo.
A próxima caixa tem o que parece ser um vibrador caro, novinho em folha,
embrulhado na sua orientação original embalagem. Eu o deixo sobre a mesa
enquanto eu leio o cartão.
E então um grito animado ressoa a partir da escada. Lily pula descendo as
escadas, ela tem seus animados olhos preso ao vibrador.
Eu a agarro pela cintura antes que ela possa pega-lo. Ela aponta para o pacote.
— Isso é novo.
—Eu estou ciente — eu digo. — Você ainda não pode tê-lo.
Ela estica o pescoço. — É uma Zell500. Isso é uma marca de luxo. Você não
pode simplesmente jogar no lixo — Seus olhos ficam grandes. — Isso é um
sacrilégio.
Estou tentado a ler o cartão: Um brinquedo bonito para sua bela buceta, minha
linda Lily. A porra de assustador, e eu sei que vai impedir ela. Mas eu não quero
assustá-la também. Isso é o que nós estamos tentando evitar com isso.
—É um vibrador, Lily — Rose fala, — não o Santo Graal. Eu dou um sorriso a
Rose. — Então você não quer, então?
Ela me dá um olhar duro como ela estivesse pronta para me colocar no
triturador.
Eu abafo um sorriso maior e me viro para Lily. — Desculpa amor. Ele vai para o
lixo.
Ela se rende com bastante facilidade. Eu desengancho meus braços dela e
deslizo o vibrador no lixo com os outros.
A porta da frente se abre, e Ryke passeia na cozinha, carregando dois grandes
vasos, lírios brancos cutucando seu rosto. Assim que Lily viu as flores, ela
escorrega pelas minhas costas e segura em minha camisa olhando como se quem
enviou os arranjos florais estivesse prestes a saltar do vaso e crescer no tamanho
real.
—Estes estavam na porta — diz Ryke. — Eu teria deixado, mas os paparazzi
estavam tentando obter fotos dos cartões — Eu mantenho aberto o saco de lixo,
e Rose de repente tem um ataque.
—Eles vão quebrar! — Ela grita comigo. — E, em seguida, o vidro vai rasgar o
saco, cortar alguém, e sangue vai estar em toda parte. Eu não posso limpar o
sangue da madeira.
Eu estreito meus olhos. — Exatamente por isso que temos esse piso claro.
—É cereja brasileira — diz ela como que fizesse toda a diferença. Ela se vira
para Ryke. — Jogue os vasos na lixeira de reciclagem na garagem.
Ele vira os vasos de cabeça para baixo, apenas para que as flores e cartões caiam
no meu saco de lixo. Lily ainda não soltou de minha camisa. Eu recolho suas
mãos e entrelaço os dedos nos meus. — Ei, o que está errado? —, pergunto.
Seus olhos fixam confusos para o saco de lixo, e eu não tenho certeza para onde
ela realmente foi. Mas ela não está em uma fantasia. Ela está em algum lugar
mais triste e mais escuro.
Muito suavemente, ela diz, — Eu não quero lírios no casamento.
Ela nunca se refere a ele como o meu ou o nosso casamento. É sempre o
casamento. Casamento é suposto para ser feliz para sempre, mas para ela sente
como um meio para um fim.
—Você não tem que pensar sobre isso — Rose diz a ela. —Não é por mais um
ano. Nós não estamos mesmo indo planejá-lo tão cedo.
Ryke acena para mim. — Você está pronto para ir?
—Sim, eu só preciso trocar meu jeans.
—Você pode mudar no carro — ele me diz. — Eu tenho shorts e coisas lá dentro
— Ele verifica o relógio — Eu só quero bater uma tempestade que é suposto a
rolar dentro.
Certo, porque nós vamos estar fora. Escalar uma montanha. Só não me matar,
meu Deus. Ele seria tão cruel porra de me matar agora.
Antes de eu sair, eu beijo Lily levemente. — O que você está fazendo hoje? —
Eu pergunto, preocupado que ela vai passar a tarde e noite em desenhos
animados antigos, isolado na sala de estar. Ela afirma que é um normal, ataque
de preguiça verão, mas eu a conheço bem.
Ela não pode ter medo do mundo para sempre.
—Eu estava pensando em ir ao seu escritório. Talvez obter algum trabalho feito
— diz ela. Meus pulmões se enchem com alívio. Eu amo que eu escolhi um
negócio que ela pode ter o prazer de algo que pode ser tanto de nossa um dia. Eu
quero que ela graduada na faculdade em primeiro lugar, realizar o que eu não
pude.
—Call Garth — digo a ela.
Ela enruga seu nariz. — Ele tem cheiro de queijo velho.
Eu sorrio. Eu escolhi o guarda-costas perfeito. — Não deixe esta casa sem ele.
—Não caia fora de uma rocha gigante.
—Eu vou devolvê-lo vivo — Ryke diz a ela.
—É melhor — Lily prende um dedo não ameaçador para ele.
Ele sorri timidamente, como se planejasse foder com os cabos ou o arnês para
assustar a merda fora de mim, apenas para retaliar a brincadeira do mankini em
Cancun. Estou um pouco nervoso, mas depois de subir no ginásio com ele, a
montanha não deve ser muito difícil, mesmo se ele me der folga adicional. Eu
posso lidar com o desafio.

Nós nem sequer saímos de Nova Jersey antes que meu telefone vibre no console
central. A palavra PAI piscando em grandes letras em negrito.
—Não atenda isso — diz Ryke.
Estou dirigindo. E eu desobedeço suas ordens, atendendo o telefone e mantendo
uma mão no volante. Eu sinto o brilho quente de Ryke, sem tirar os olhos da
estrada.
—Loren — A voz do meu pai soa através do receptor. — Eu preciso que você
pare estar em casa em algum momento do dia hoje — Seu tom é bastante casual,
então eu acho que é sobre os centros temáticos da minha nova empresa, mas ele
gosta de adicionar a sua opinião.
—Estou indo para fora da cidade, por isso não vou estar em qualquer lugar perto
de Philly.
—Então reajuste sua agenda.
—Não é tão fácil.
—Eu não estou pedindo.
Ryke balança a cabeça repetidamente ao meu lado, provavelmente vendo que
meus olhos começam a escurecer a mais enquanto eu falo com o nosso pai.
—Você deveria ter rejeitado o acordo para o seu fundo fiduciário — diz ele em
voz baixa.
Eu puxo o alto-falante longe da minha boca para falar com Ryke. — Ouvi você
na centésima vez você disse isto.
—Você é sua cadela — Ryke reformula, como se isso fosse me fazer entender.
Eu aperto os dentes, os sinais da estrada fechando em cima. Eu preciso sair na
próxima saída se eu quero ver meu pai.
Eu pressiono o telefone de volta ao meu ouvido. —Sobre o que é isso? — Eu
pergunto-lhe.
—O vazamento.
Eu quase empurro o carro para a outra pista, uma Trailblazer junto a nós.
—Lo! — Ryke grita, segurando a porta. Ele se ajusta em seu cinto de segurança.
Merda. — Desculpe — Eu começo a mudar de pista, corretamente desta vez,
indo em direção a saída.
—Espere, onde você está indo? — Ryke pergunta com raiva. Ele sabe que eu
estou indo para Philly. Ele só não quer, sei o porquê.
Coloco o telefone no viva-voz, percebendo que Ryke vai fazer uma birra a
menos se ele ouvir a verdade de meu pai. Eu coloco o celular no meu colo. —
Você sabe quem é fez o vazamento? — Eu pergunto em voz alta, o meu coração
vibrando.
Depois de um mês sem o conhecimento, eu estava resignado com o fato de que
ele simplesmente não se importava. Principalmente porque eu não tinha a
energia para caçar Mason ou Aaron e cuidar de Lily. Eu escolhi diretamente a
opção, de estar lá para a minha melhor amiga. Mas eu quero as informações que
nos iludiu por tanto tempo. E a parte ressentida, escura e amarga de mim quer a
cabeça deste filho da puta em um ponto.
—Sim — diz ele. — Eu encontrei o vazamento.
—Como isso?
—O tabloide relatou a notícia que primeiro finalmente quebrou e deu-nos a sua
fonte. Demorou cinco milhões para soltar seus lábios e descobrir essa merda —
Ele não adiciona você me deve cada centavo. Até por isso, eu sinto que eu devo.
—Quem é? — Eu pergunto, minhas mãos segurando o volante com tanta força.
Ele não diz nada.
—Pai?! —, eu grito. Um carro buzina, e eu percebo que desviei em sua pista e
cortei uma pick-up.
—Mantenha seus olhos na estrada de merda — Ryke me pune. — Ou encoste e
eu vou dirigir — Não, ele vai nos levar a outra direção. E agora, eu estou muito
ligado para ir escalar uma montanha
—É Ryke com você? — Meu pai pergunta asperamente.
—Nós estamos no caminho — eu digo a ele, ignorando como Ryke está
queimando um olhar mortal para o telefone.
—Não, nós não estamos o caralho — Ryke refuta.
—Vocês dois devem vir — ele nos diz. — Isso é importante, e eu não quero
discutir através do telefone — Ele desliga.
Eu ligo minha seta e conduzo ao longo de uma rua lateral, fora da estrada.
—Que porra você está fazendo? — Ryke pergunta.
—Ele sabe quem é o vazamento — eu digo como se ele fosse um idiota. — Que
porra você está fazendo? Passamos meses tentando rastrear esse imbecil.
Ryke olha para a estrada com um olhar duro. — Talvez você devesse me deixar
em algum lugar.
Eu franzo a testa. — O que? Onde? — O que há de errado com ele?
—Como em qualquer lugar, menos lá.
E então eu percebo que Ryke não tem entrado em contato com meu pai desde a
Gala da Caridade de Natal. Antes de reabilitação. Antes de tudo.
O silêncio brutal se estica como uma corda dentro do carro. E então eu digo
baixinho: —Você está com medo dele?
—Eu não posso olhar em seu rosto.
—O que ele pessoalmente fez para você? — Pergunto.
—Eu o odiava porque a minha mãe o fazia — diz Ryke brevemente, mas posso
dizer que sua mente está se recuperando, assim eu não estou surpreso quando ele
divulga mais. —... Quando eu era mais velho, eu tentei olhar para ele de forma
diferente, mas ela pintou o retrato de um monstro. Então, quando eu olho para o
rosto dele, é tudo que eu vejo porra.
Suas palavras afundam, e eu não tenho nada a dizer. Eu não posso mudar a
maneira como ele vê Jonathan Hale. Esse dano é muito profundo.
—Eu tentei esquecê-lo — diz Ryke, olhando pela janela. — Eu tentei agir como
se eu simplesmente não tivesse um pai. E então...— Ele balança a cabeça.
—O quê? — Eu estimulo.
—... E então eu conheci você. E todo o ódio só voltou dez vezes mais forte do
que antes.
Hesito antes de perguntar. Temo sua resposta. — Por quê? — Este é o lugar onde
ele vai dizer que eu sou exatamente como meu pai. Eu sou o monstro da história.
A única coisa a ser odiado.
—Você o defende — Ryke me diz. — Ele diz algumas coisas horríveis pra
caralho direito no seu rosto, e você só fica lá e suporta ou você vai embora. E,
em seguida, no dia seguinte, você vai falar sobre Jonathan como se ele fosse a
porra de um salvador—Eu não posso sentir uma grande explosão de alívio
quando ele não me compara a ele. Eu me sinto como merda.
Eu cerro os dentes. — O que eu deveria fazer? Dar um soco nele? Eu não estava
totalmente, deixe-me superar o inferno do meu pai durante meu crescimento.
Desculpa.
—Você está certo — diz Ryke, me surpreendendo. — Você estava preso naquela
casa, com aquele babaca. Mas agora, você tem a opção de deixá-lo. E você vai
voltar.
—Ele não é totalmente ruim.
—E lá vai levar você, colando-se para ele de novo.
—Ele é meu pai.
—Ele é nosso pai — Ryke retruca.
Eu bato no volante com a minha mão, nervoso e chateado e com um tipo de
combustível agora. — Eu não posso tirá-lo de minha vida! — Não por causa do
dinheiro. Não por causa do fundo fiduciário ou a informação que preciso dele.
Eu não posso deixar Jonathan Hale porque ele é a minha família. Ele é meu pai,
e antes de Ryke e Lily, ele é tudo que eu porra tinha.
—Encoste por um segundo.
—Eu não vou voltar.
—Basta encostar.
Eu dirijo em um posto de gasolina e estaciono o carro na bomba. Eu enfrento
Ryke, e meu peito se ergue na empatia em seus olhos. Ele está prestes a deixar
cair uma bomba em mim, mas ele sabe que eu posso levá-la.
—Ninguém vai lhe dizer isso — diz Ryke. — Todo mundo diz por trás de suas
costas, mas você está indo ouvir isso de mim, agora.
Olho para ele por um longo momento, já ouvindo suas palavras antes de que ele
fale. Eu acho que sei.
Eu sempre soube.
—Nosso pai abusa de você — diz Ryke, os olhos avermelhados. — Ele é
verbalmente abusivo, e ele está fodendo com a sua cabeça.
Eu deixo isso descer, mas estou tão entorpecido para dar a resposta. Eu apenas
aceno. — Sim, eu sei.
Ryke acena com a cabeça algumas vezes também, me olhando, tentando avaliar
meu estado mental. E talvez ele esteja revivendo o fato de que ele era o irmão
mais velho, o único a quem foi realmente entregue o melhor negócio dos dois
queridos de merda, não tendo que ser criado por ele, não tendo de suportar o
ataque de porra ao crescer! Eu não te criei para ser um idiota! Porque está
chorando? Pare. Porra. De chorar.
—Não culpe a si mesmo sobre isso — eu digo Ryke. Eu não sinto nada. Eu
devia estar com os olhos vermelhos como ele, mas eu simplesmente não posso
ficar. — Eu sei o que estou fazendo.
—Sim, — Ryke diz, balançando a cabeça novamente, mas ele está mais
chateado do que antes. — O fato de que você acredita que pode ter um
relacionamento real com ele, porra me aterroriza, Lo. Isso é o que me mata. E é
por isso que eu não quero ir lá e vê-lo tentar manipular você emocionalmente.
Eu quebro seu olhar e olho para o volante. — Eu não estou pedindo que você
venha comigo — Minha voz é afiada, mas consideravelmente baixa. — Eu posso
deixá-lo na sua casa.
Nós sentamos no silêncio incômodo novamente. Por talvez cinco minutos, nós
dois só pensando.
E então Ryke diz: — Se eu for, você acha que ele vai demitir você?
—Isso é mesmo uma pergunta? Ryke acena. — Tudo certo. Vamos lá.
—Você tem certeza? — Ele faria isso? Ele teria estômago por uma hora inteira
ou duas com nosso pai para as agressões verbais que são redirecionados em sua
direção?
—Sim. Tenho certeza.
Eu não sei o que estou sentindo. Meus pulmões parecem levantar do meu peito, e
eu sei que palavra eu quero dizer. Eu sei que palavra eu não posso.
Obrigado.
Neste momento, eu realmente sinto que tenho um irmão. Um que é
provavelmente muito bom para mim.



















{45}

LOREN HALE

—Você não bebe? — Meu pai está preso a este fato sobre Ryke. Ventiladores de
teto circulam o ar fresco no pátio, e eu me sento entre Ryke e meu pai como
alguém prestes a apitar uma queda de braço.
—Não desde o colégio — diz Ryke. — Eu exagerei — Ele não menciona como
ele bateu seu carro em uma caixa de correio.
—E é por isso que você iludiu Loren em pensar que ele é um alcoólatra, porque
você não podia lidar com sua bebida?
Os músculos da mandíbula de Ryke se contraem.
— Chegue ao ponto de merda, Jonathan. Quem é o vazamento?
Meu pai se recosta na cadeira de ferro, colocando o copo de uísque. — Eu vou
chegar ao ponto do caralho quando eu sentir que devo. Talvez eu queira almoçar
com os meus dois filhos em primeiro lugar — Ele aperta um botão em seu
telefone. — Carter, faça três hambúrgueres para nós.
—Alguma preferência, Sr. Hale?
—O de sempre.
—Eles vão estar prontos — A linha desliga.
—Eu não sou seu filho — diz Ryke, mesmo que ele de vez em quando, chame
Jonathan de seu pai quando ele está tentando fazer um ponto. Como no carro.
—Minha mãe pegou minha custódia total, no caso de você ter esquecido.
—Quantos anos você tem? — Meu pai pergunta ironicamente. — Oh, espere,
você tem vinte e dois. Nos olhos do Sistema judicial americano, você é um
adulto. E, como um adulto, você não é propriedade de sua mãe como a Ferrari
em sua maldita garagem que ela comprou com o meu dinheiro.
Ryke esfrega o queixo em agitação e olha em volta do pátio como se ele
estivesse tentando encontrar alguma desculpa para sair, mas então seu olhar
vagueia para mim e ele para de buscar uma fuga.
Nós não podemos ir até descobrirmos o vazamento. E se isso significa comer um
hambúrguer com o diabo, então que assim seja isto.
Meu pai coloca seu scotch para baixo e se concentra em mim. — Você não
conheceu a sua mãe ainda?
Merda. Eu posso sentir a confusão em Ryke e calor lívido permear no ar. —
Ainda não, eu tenho estado efetivamente à espera de Lily... se ajustar.
—Você está indo se encontrar com sua mãe? — Ryke pergunta, a acusação cerca
suas palavras.
Meu pai não o cortou, o que significa que ele está curioso sobre o nosso
relacionamento, querendo saber o quão perto nós nos tornamos nos últimos
meses.
—Sim — eu digo.
Ryke balança a cabeça. — Há quanto tempo você tem o nome dela? Como você
a encontrou? — E, em seguida, realização inunda o seu rosto, olhando entre
nosso pai e eu. — Vocês dois estão se falando todo tempo... — Mas o seu ódio é
redirecionado para Jonathan. — Você não pode deixá-lo sozinho por um minuto?
—Ele queria saber quem era sua mãe. Não é seu lugar ou meu tomar essa
decisão por ele — Ele bebe seu uísque casualmente, irritando Ryke mais.
—Eu não me importo com isso. Eu me importo que você usou essa informação
para atraí-lo de volta. Eu me importo que você o empurra para beber.
—Ryke...— Eu começo e depois paro, não querendo defender o meu pai. Agora
não. — Eu estava indo lhe contar que eu comecei a falar com ele.
—Quando? Quando eu te encontrasse no hospital com hemorragia no estômago
porque você bebeu?
Meu pai geme.
— Você não está ainda tomando essa pílula ridícula — Ryke se volta contra ele.
— Não é a porra de uma brincadeira.
—É — meu pai diz. — Você está fazendo ele ser mole.
—Sim, você fez certo quando ele estava se fodendo, não é?
—Pare, vocês dois — eu digo friamente. — Eu não quero falar sobre álcool ou
Emily.
—Tudo bem —, diz meu pai e fica de pé para reabastecer seu copo. — O que
você faz Ryke? Ou você é igual sua mãe, devorando todo o meu dinheiro em
móveis e roupas?
—Que tal deixar a minha mãe, a mulher que você malditamente traiu,
suficientemente fora da conversa.
—Perdoe-me se eu não gosto da cadela — ele diz. — Eu sempre quis que vocês
dois se encontrasse, e porque eu queria, ela mal conseguia tolerar a ideia. E aqui
estão vocês, mais perto do que nunca. É como se fosse sempre como deveria ter
sido — Ele sorri, como se ele tivesse definido o destino em movimento.
—Não foi sua obra — Ryke refuta. — Eu não encontrei Lo por causa de você.
Eu o conheci porque eu queria isso.
Meu pai revira os olhos dramaticamente. — Eu não posso ganhar sempre com
você. Desde que você me fez algumas malditas perguntas idiota e você não
gostou da resposta.
—Eu tinha quinze anos — Ryke zomba. — Eu só descobri que eu tinha um
irmão. Eu me senti enganado e traído. Eu precisava de sua compaixão e seu
maldito cuspir na minha cara. Mas eu acho que eu deveria ter o conhecido
melhor.
—Você não precisa de compaixão — Meu pai faz uma careta ao ouvir a palavra.
— Você precisava da verdade, e eu dei ela para você. Não é minha culpa que
você estava fraco demais para lidar com isso.
—Do que vocês estão falando? — Eu pergunto, hesitando. Talvez eu não
devesse saber. Mas eu odeio estar em no escuro.
Meu pai é rápido para responder. — Ryke me fez uma pergunta simples um dia.
Gostaria de dizer a ele, Ryke?
—Foda-se — Ryke zomba.
—Suponho que não — Ele toma um gole de sua bebida, estalando os lábios
antes que continue. — Ele me perguntou se eu poderia tomar de volta o dia em
que eu comi sua mãe e voltar atrás de ter tido você. Eu poderia?
Minha garganta fica seca, não esperava isso. Eu acho que sei a resposta. Porque
mesmo em seu ódio, seu fanatismo e sua maldade há um fato que o meu pai
nunca deixou questão.
Ele me ama.
E é um amor fodido. Ryke está certo. Ele mexe com a minha cabeça. E isso é
algo que eu tenho até muita dificuldade de andar longe. Às vezes eu não quero.
Outras vezes, é tudo que eu sonho.
Os olhos do meu pai seguram essa clareza desenfreada, inabalável da minha, a
indefinição de sua bebida indo a honestidade. — Eu disse a Ryke que eu faria
tudo de novo. Tenho zero arrependimento, nesta vida ou na próxima.
Zero arrependimento.
Isso é o que eu escolho a partir daí. Zero arrependimento. Nem mesmo quando
ele me agarrou pelo pescoço, não quando ele não ligou a mínima merda aos dez
anos de idade. Não quando ele me fez sentir como se eu nunca fosse bom o
suficiente para ser seu filho. Zero arrependimento.
Certo.
Ninguém diz nada mais em primeiro lugar. Ryke é provavelmente preocupado
que eu me ressinta dele. Ele desejou que eu não fosse vivo. Mas a verdade é, que
eu meio que fiz também. Até que eu olhei para Lily. Até que eu falei com ela. Eu
não acho que eu poderia sobreviver a esta vida sem aquela garota.
Eu redireciono a conversa para Hale Co, o que meu pai só gosta de discutir em
pequenas quantidades. A empresa tomou uma batida menor em comparação a
chiadeira, mas ele ainda está trabalhando no lançamento de um novo produto de
bebê. Algo sobre berços. É irônico que o pior pai do mundo tem uma fortuna de
coisas de bebê, mas desde que foi o negócio do meu avô, pela primeira vez faz
com que a ironia seja menos válida. A menos que ele fosse um idiota alcoólatra
também.
Os hambúrgueres chegam quando ele diz: — Este casamento ajuda Fizzle, mas
você sabe o que iria realmente beneficiar Hale Co?
Ryke congela, a alface caindo fora de seu sanduiche.
Eu devo ser mais lento, porque eu não entendo. — O que?
Meu pai corta seu hambúrguer com uma faca, sucos escorrendo para fora. Seus
olhos encontram os meus. — É uma empresa de produtos de bebê. Bebês
ajudaria — Eu não posso respirar. — Pequenos bebês Hale em pequenas roupas
Hale. Seria uma ótima comercialização maldita. — Ele dá uma mordida de seu
hambúrguer. — Você não pode superar isso.
—Não — eu digo instantaneamente. Meu sangue parece como se estivesse
pegando fogo. Tenho sido coagido a me casar com Lily. Eu não vou ter filhos
porque meu pai me diz para ter. Tem que haver uma linha em algum lugar.
—Você nem sequer pensou nisso.
—Eu disse não. Agora não. Não em uma porra de um ano. Nunca.
Meu pai abaixa os talheres e limpa a boca com um guardanapo. — Isso é uma
nova revelação?
—Não.
—Tem alguma coisa errada? — Ele franze a testa. — Você está estéril?
—Pelo amor de Deus — que eu devolvo. Eu não achei que teria que discutir isso
com ele. — Eu não quero filhos, não porque eu não posso tê-los. Eu não quero
que eles. — Eu não quero que eles acabem como você. Ou eu.

Ryke fica quieto, mas eu posso dizer que ele está processando. A única pessoa
que eu disse isso foi a Lily. Essa é a única que importava.
—Você vai mudar de ideia — meu pai diz como se ele me conhecesse tão bem.
Ele pega sua faca novamente.
—E está tudo bem, se não for agora. Hale Co pode esperar.
Nós terminamos de comer e depois de todas as conversas tensas, é difícil
lembrar por que estávamos aqui primeiramente. Um dos empregados tira o
último prato, e eu faço a pergunta. — Quem é o vazamento?
—Isso, eu não posso te dizer — diz ele.
—Você tem que estar me provocando — Ryke rosna, dizendo exatamente o que
eu estou pensando.
Meu pai ignora Ryke. — A boa notícia é que eu tenho tudo sob controle, e ele
está sendo manipulado em voz baixa. Se eu disser a vocês dois, eu tenho certeza
que você vai causar uma bagunça do caralho que eu não vou ser capaz de limpar.
Eu não concordo com ele. Eu não posso. — Eu preciso saber — eu rebato. —
Isso não é um cara que me fez mal ou me fodeu em uma maneira pequena.
—Você não vai mudar minha mente, Loren.
—Por que você me disse para vir aqui, então?! — Eu grito, surpreendidos por
tudo isso. Nós nos sentamos aqui para coisa nenhuma.
—Para almoçar com você e lhe dizer que você precisa deixar isso. Deixe ir.
Eu levanto a partir da mesa como se minhas solas estão no fogo. — Deixe ir?
Meu pai me dá um olhar ameaçador. — Loren, você está exagerando.
—Lo — Ryke diz, levantando e descansando a mão no meu ombro.
—Exagerando? — Eu deixo escapar uma risada maníaca. — Eu tenho uma
namorada em casa que está com medo de sair da porra da casa sem ser atacada.
E eu estou exagerando? Levou um mês para parar de se debater e virar a noite —
Eu aperto a cadeira. — Ela tem os homens enviando correspondência com seus
pênis de plástico malditos da prisão e supostas fitas de sexo que estão sendo
espalhadas como boatos a cada dia. Este bastardo brincou com ela por semanas,
mensagens de texto para ela com coisas ruins, antes que ele finalmente vazasse.
E você tem o seu maldito nome!
Meu pai está de pé. — E o que diabos você está indo fazer? Gritar? Berrar?
Entrar como um furacão em seus sapatos e fazer barulho? — Seus olhos
escurecem. — Não há nada que você possa fazer que eu já não tenha feito. Isso
terminou. Deixe. Isto. Ir.... Por favor. — Sua voz abrandou consideravelmente, e
eu pisco pálido.
Por favor. Ele não usa essa palavra, e eu sei o que tenho que fazer. Eu tenho que
confiar nele.
Mas eu não sei quem ele está protegendo a mim ou a si mesmo.













{46}

LILY CALLOWAY

Garth deve ter sido da CIA ou um dublê de motorista em algum filme de


Hollywood antes de se tornar um segurança particular. Ele se livrou dos
paparazzi que estavam nos seguindo dentro de dois minutos. Ele normalmente
leva uma sólida hora dirigindo em círculos sem rumo, e eu fico tão entediada
que faço paradas no The Donut Man para comprar produtos de pastelaria. Agora
que penso nisso, talvez os donuts são a razão que me leva tanto tempo.
Lo tentou esconder a localização de seu escritório da imprensa. Por enquanto, é
o único lugar vazio de câmeras espiando através de janelas ou portas. Estar aqui
me faz sentir normal de novo.
Eu coloco meus pés sobre a mesa e me inclino para trás na cadeira de couro
agradável. Garth tem ombros largos, seu cabelo apimentado para trás e testa
oleosa. Ele senta-se no sofá, atualmente paralisado por seu mini tablet.
Nós não falamos muito mais do que discutir onde eu quero ir, o que é bom para
mim. Falar pode ser superestimado.
O escritório de Lo tem mais personalidade do que o nosso quarto. Pôsteres de
sua ficção científica favorita e filmes de super-heróis revestem as paredes:
Battlestar Gallactica, Star Wars, X-Men (é claro), Homem-Aranha (a versão
Andrew Garfield), e Kick-Ass.
Nós gastamos um dia inteiro apenas para estocar as estantes com todos os seus
quadrinhos, organizando-os. Quando ele disse a seu pai que queria começar uma
editora de quadrinhos, ele provavelmente esperou que Jonathan risse na cara
dele, lhe dissesse para crescer, e encontrar um trabalho sério. Mas não, seu pai
concordou e queria um plano de negócios formal no dia seguinte.
Passo meu polegar através de um dos manuscritos tirando fora da grande pilha.
Lo tem que ler quadrinhos originais (nem todos bom) e escolher qual deles ele
quer publicar para Halway Comics. Ele me deixa ler se ele está em cima do
muro, mas quando me formar em Princeton, eu não vou estar ajudando-o com
este lado do negócio.
Eu me concentro na história em quadrinhos na minha mão. A arte é surrealista
com uma borda satírica. Algumas das pessoas têm até mesmo cabeças de cão. E
alguns dos seres humanos são desenhados com pés de animais. Lo pode
encontrar o significado por trás da maioria dos quadrinhos, mas meu cérebro
simplesmente vê um cão-homem com uma bunda grande.
Os quadrinhos que gosto são mais realistas e clássicos, como aqueles onde os
super-heróis podem surgir a partir da página e se encaixar em nosso mundo. Lo
vai tentar qualquer coisa e tudo, mesmo os painéis que contem pontos pretos e
sem palavras. Eu amo super-heróis sensuais, mas estes são difíceis de encontrar
nas publicações da indie comics. O máximo que eu vi de personagens sensuais
vestidos parecem que vão me matar em meus sonhos.
Vasculho sua pilha e encontro uma história em quadrinhos mais realista. Não é
super-heróis, mas uma tira com um detetive liderando. Folheio as páginas para
olhar a arte bonita.
Ahhh! Eu jogo o manuscrito no chão e cubro meus olhos com as mãos.
Há nudez nesse livro em quadrinhos! E eu jurei que me desligaria do pornô.
—Tudo bem, Lily? — Garth pergunta.
—Sim— eu digo. — Eu só vou... ir lá embaixo — Eu ignoro a história em
quadrinhos suja no chão e deslizo para fora da sala. Desço a escada em espiral
para baixo, para o nível principal.
O primeiro andar. Meu sonho.
Entro na loja pela parte traseira (apenas funcionários) e entro para o espaço mal
iluminado. Estantes vermelhas de linóleo abraçam as paredes e janelas, filme
plástico cobrindo suas almofadas. Os aparelhos e móveis estão todos escondidos
atrás de guarda pó, e ainda posso sentir o cheiro da nova camada de tinta cinza
quente nas paredes. Vermelho e cinza e um pouco de azul. Eu escolhi o esquema
de cores, mesmo depois de Lo me alertar que a paleta se encaixava com Capitão
América. Estivemos ante Cap desde que ele jogou Wolverine fora de um avião
no ar.
Eu ainda o amo.
Fileiras de prateleiras baixas criam corredores e se assemelham a uma loja de
vídeo, mas eles estão indo para ser preenchidos com histórias em quadrinhos
quando os carregamentos chegarem. A área frontal é segmentada com uma
pequena quitinete para bolos e café. Nem tudo está aqui na loja ainda. E serão
meses antes de o lugar ficar pronto para ser aberto para o público.
Lo vendeu Superheroes & Scones para seu pai como uma estratégia de
marketing para Halway Comics. Mas eu sei que a ideia não tem nada a ver com
a sua empresa. O que ele fez foi me comprar algo para mim mesma, algo que eu
poderia olhar para a frente após a faculdade. Ele me encontrou a felicidade, e eu
acho que vale a pena mais do que qualquer anel de noivado bobo.
Uma loja que vende café, bolinhos e histórias em quadrinhos. Está perfeito.
E pela primeira vez, nós estamos fazendo algo de bom com a nossa herança ao
invés de desperdiçá-la. Para duas pessoas que não querem deixar ninguém entrar,
compartilhar esta parte íntima de nossas vidas, a felicidade nostálgica das
histórias em quadrinhos tem que significar algo.
Enquanto nós estamos sob a construção, eu posso me esconder em uma das
cabines com uma história em quadrinhos, como o meu refúgio secreto.
Alguém bate na porta, e eu salto para fora da minha pele. Eu não posso ver a
figura desde que o vidro está envolto em cartazes dizendo EM BREVE. Ele nem
sequer mostra o que está vindo, e os olhares de construção igualmente fechado e
deserto com mais anúncios. Por tudo se sabe, isso poderia ser um futuro sex
shop. Oh caramba. Agora eu não posso parar de pensar em pornografia.
A batida sobre o vidro continua, e eu levo um passo hesitante em direção ao
barulho. A figura é sombria e indistinguível. Mas a forma parece alto o
suficiente para ser um cara.
E se for a imprensa? Ou pior.
Um perseguidor que me perseguisse aqui.
A batida fica mais alta e mais persistente. Eu acabo correndo por baixo da cabine
mais próxima antes que meu coração abandone meu peito. Talvez ele tenha me
visto. Talvez ele vá embora.
Se ele é alguém que eu conheço, ele me chamaria, certo? Eu bato levemente
meus bolsos procurando o meu telefone. Ah não. Deixei o meu celular na mesa
de Lo, juntamente com Garth. Bem Garth não está na mesa de Lo (pelo menos
eu espero que não), mas ele está definitivamente no andar de cima, consumido
com seu mini-tablet.
Bang. Bang. Bang. Essas batidas de som médio.
Eu afundo ainda mais debaixo da mesa, enrolando meus joelhos no meu peito.
Eu imagino o vidro quebrando, o homem cambaleando em seu caminho. Devo
gritar por Garth ou apenas fingir que não estou aqui?
Garth toma a decisão por mim. Suas botas pesadas batem enquanto ele atravessa
a loja, e para as batidas na porta, e o perseguidor está satisfeito com meu guarda-
costas intimidante. Isso deve impedi-lo.
—Onde está a Lily? Eu tenho tentado ligar para ela. — A voz é calma, suave,
familiar e muito, muito intimidante.
—Eu estou bem aqui! — Eu rastejo para fora de debaixo da mesa e espano as
teias de aranha fora de meus joelhos. Connor levanta as sobrancelhas, como se
ele soubesse exatamente o que eu estava fazendo lá embaixo.

Garth deve estar confuso porque ele (verdadeiramente), diz: — O que você
estava fazendo aí embaixo?
—Eu pensei ter visto um rato...— eu digo rapidamente — então eu estava
inspecionando a área para colocar algumas armadilhas mais tarde.
Antes que eles possam frustrar minha mentira, eu me volto para Connor. — O
que o traz a S&S? — Eu realmente não deveria tentar encurtar o nome, porque
cada vez que eu digo isso, eu imediatamente penso em S&M. Minha mente tem
perigosas estradas laterais.
—Lo quer que eu olhe um contrato. Ele disse que deixou em seu escritório.
— Ele olha para mim com um pouco mais de preocupação do que eu aprecio de
Connor Cobalt. Eu gosto de sua presença muito mais.
—Ok, eu vou levá-lo para lá. — Eu adiciono a Garth: —Você pode ficar aqui?
Cuidando da porta? — Tento sufocar a preocupação em minha voz, mas eu temo
que eu não estou fazendo um bom trabalho.
—Claro.
No escritório de Lo, acendo as luzes, e Connor tem como alvo a pasta de arquivo
sobre a mesa. Eu encontro o meu telefone e percorro todas as chamadas não
atendidas a partir de Connor.
—Então, quem você pensou que eu era? — Connor pergunta enquanto ele abre o
arquivo e afunda-se na cadeira de couro.
—O que?
—Este é um prédio novo. Eu não acho que os ratos se mudaram ainda. Então,
obviamente, você estava se escondendo de quem você pensou que estava na
porta — Ele é muito astuto para seu próprio bem, e eu tenho certeza que ele já
sabe a resposta à sua própria pergunta.
Eu pego uma figura de ação Black Widow na estante de Lo. — Eu desejava ser
Rose, — Eu digo suavemente.
—Por que isso? — Ela não seria tão assustadora.

—Ela lida com isso melhor do que eu. Ela não tem sequer um guarda-costas.
— Eu quero esse tipo de confiança, mas eu não acho que é algo que possa
aprender nos meus vinte anos de idade. É muito tarde.
—Há uma diferença entre coragem e orgulho. Acredite em mim, eu iria dormir
melhor à noite sabendo ela tem um guarda-costas.
—Ela está muito sozinha — eu digo. Como ela pode não ser corajosa? Ela está
disposta a enfrentar os paparazzi, a imprensa e meios de comunicação sedentos
por si mesma todos os dias.
—Sim, mas essa menina prefere levar seu próprio Taser do que deixar alguém
defendê-la, tudo para provar um ponto. Então, quando ela conhecer um
adversário com o dobro do tamanho dela e em uma quantidade muito maior, ela
vai perceber que algumas batalhas são mais fáceis de ganhar com um segurança.
—Oh — eu digo, finalmente entendendo, graças à sua analogia super-herói.
Minha irmã não é um jogador da equipe.
Ela prefere fazer as coisas por conta própria.
—Enquanto os meus talentos são imensuráveis, eu não tenho o poder de salvá-la
do outro lado da cidade — diz Connor. — E nossa relação é um pouco diferente
da sua.
—Isso é um eufemismo, eu acho.
Ele sorri. — Sim, é — Ele fecha a pasta. — O que eu quero dizer é que eu estou
tentando não ter medo por ela. Desde que éramos adolescentes, ela sempre olhou
para mim para tranquilizar, mesmo que ela não admita. Eu sou sua... Rocha. —
Ele olha fora como para encontrar as palavras certas. — A coisa... inabalável.
Confiante, pronto, implacável e irritantemente persuasivo. Se ela ver que eu
estou com medo, ela vai tripudiar do lado de fora, como se estivesse em uma
partida de xadrez, mas internamente ela vai começar a questionar a si mesma. E
eu particularmente não gosto quando Rose perde a confiança e se torna menos
autoconfiante. Ela é mais vulnerável, e isso parte meu coração.
Esta é a nova marca de honestidade para Connor Cobalt, sem insultos
escondidos por trás das palavras. Isso é apenas... a verdade, a partir da alma. Eu
meio que gosto disso.
—Você a ama? — Eu pergunto, voltando a figura de ação e tomando um assento
no sofá.
Ele abre a pasta novamente e lê o contrato na sua maneira rápida, super-humano,
mais rápido do que eu posso ler uma revista em um vaso sanitário.
— O amor é sem relação para alguns — Ele se esquiva da minha pergunta com
uma resposta estranha. Enquanto ele se concentra no contrato, ele começa a se
fechar novamente.
Eu olho para ele quando eu percebo algo mais. — Como é que você não falou
malvado mais?
Ele tira brevemente os olhos dos papéis. — Do que você está falando?
—Você costumava falar malvado inteligente 'e' malvado frio — Era minha coisa
favorita em você — Seu jargão mudou desde que eu o conheci. Não
completamente, embora. Quero dizer, quando nos deparamos com alguém que
ele sabe, às vezes ele vai jogar um hey, mano.
Seus lábios sobem. — Normalmente, eu mudo para baixo em torno do
intelectualmente deficiente, então eu não me saio como um completo idiota.
— Eu acho que ele acabou de me chamar de estúpida. — Mas eu vejo você
como uma amiga verdadeira, então eu recuei alguns dos pretextos. A maioria das
pessoas não seria capaz de suportar tudo de mim.
—Rose suporta? — Eu pergunto, ainda tentando processar tudo o que ele está
dizendo.
Seus lábios apenas levantam. De repente eu chego à conclusão de que eu nunca
vou saber como Connor Cobalt realmente soa em sua cabeça, que palavras ele
acha abomináveis, o que ele pensa de certas situações, suas reações honestas,
reais, que não são meio insultos e meio algo um pouco melhor. Talvez Rose já o
conheça. Ou talvez ela seja tão ignorante como o resto de nós.
Me atenho a um assunto seguro. — Então, no próximo semestre, você estará na
Wharton e Rose vai estar em Nova York.
Ambos se formaram na faculdade em maio (juntamente com Ryke), e nós
fizemos uma pequena festa para todos um par de semanas atrás.
O sonho de Connor se tornou realidade, uma aceitação para prestigiada Wharton
School of Business da Penn para seu MBA. Rose sempre ignorou a pós-
graduação. Ela acha que é apenas um pedaço de papel para se vangloriar, pelo
menos para alguém que é um herdeiro de uma fortuna. Então, ela vai gastar seu
tempo no escritório Calloway Couture em Nova York, comutação de Princeton,
New Jersey.
—Esse é o plano — diz Connor.
Estou preocupada por eles, e não sei se Rose ou Connor apreciariam a minha
preocupação. Mas relacionamentos à distância são difíceis, e eu posso ver todas
as direções e para trás não valoriza os problemas, especialmente se Rose
continua a lutar com seus problemas de intimidade. Ela conquistou dormindo na
mesma cama que Connor em Cancun, mas ela ainda tem de dar o salto para o
sexo.
Eu quero que ela encontre o amor e os fogos de artifício, mas nada que eu faça
ou diga vai mudar seus problemas. Eu sou apenas a sua irmã mais nova, e uma
quebrada a seus olhos.
O olhar de Connor cai no chão, onde uma história em quadrinhos caiu com a
página aberta para um par de peitos nus gigante e um pênis ereto. —Lily.
—Eu não estava olhando ele! — Me defendo. — Quero dizer, eu estava, mas
então eu não estava— Faço uma careta. Como falar pode ser tão difícil? Eu
respiro fundo e realinho meus pensamentos. — Eu estava folheando-o e, em
seguida, quando eu vi sobre o... — Eu franzo a testa. —…órgãos genitais.
Queimou meus olhos e atirei magicamente de minhas mãos.
—Eu vou te perdoar se você está dizendo a verdade.
—Eu estou! Cruzei meu coração— Eu começo a desenhar cruzes sobre o meu
coração com o meu dedo, mas depois fico confusa. — Eu deveria chamar Jesus
atravessa ou Xs?
—Às vezes eu me pergunto se nós falamos a mesma língua.
—De X — eu digo com um aceno de cabeça, ignorando. — Definitivamente Xs.
Ele retorna ao contrato, e eu ando de lado para a janela, olhando através das
cortinas para verificar se há homens ou esboços de paparazzi à espreita na rua
lateral.
Eu não sei como vencer esse medo. Eu tenho um enorme desejo de me esconder
no banheiro e masturbar minha ansiedade a distância. Mas eu quero sentir como
eu fiz em Cancun. Segura e não tão compulsiva. Eu anseio por isso novamente.
O meu novo terapeuta não parece preparado para me ajudar, e eu só posso
imaginar seus métodos de combate a esse medo, uma máquina de choque
monstro na mão. Então, eu me recuso a compartilhar minhas ansiedades com ele.
Mas eu não vou me afogar em auto amor também. Eu estou indo para tentar algo
novo, e apenas entrar na água da minha inquietação até eu descobrir como lidar
com o exame minucioso. Até eu descobrir como respirar novamente.









{47}

LOREN HALE

Eu me sinto como um verme.


Sentado no meu carro alugado por uma hora e olhando para a mesma casa de
tijolos de quatro andares. O gramado tem linhas recém-cortadas, uma placa
empurrando a partir da grama: McAdams HonorEstudane.
Maine carrega uma brisa que acena para as pessoas ao ar livre, mas eu ainda
estou preso ao assento, minhas articulações sólidas congeladas. Meu maior
medo é ficar neste sedan maldito, vindo até aqui e não reunir a coragem de
caminhar até a calçada.
Eu posso quebrar uma garrafa de bebida na porta de um outro cara, mas eu não
posso colocar um pé na frente do outro para dizer oi para uma mulher. Não há
ironia em algum lugar nisso. E talvez se eu não estivesse apavorado com a
porrada minha mente, eu ia rir.
Eu esfrego meu pescoço que reúne com o calor nervoso. Eu deveria ter trazido
Ryke e Lily como eu originalmente havia planejado. Quando eu disse a Lily que
eu estava vindo para conhecer a minha mãe, ela não era nada além de suporte.
Ela queria tanto vir.
Mas acabei comprando apenas um bilhete de avião. Eu tenho que fazer isso
sozinho.
Ninguém entrou ou saiu da casa. Do lado de fora se assemelha a uma casa de
família classe média normal. É o que eu poderia ter tido. Normal.
Deixo escapar um longo suspiro e corro minhas mãos pelo meu cabelo.
Apenas vá. Basta acabar com isso, fodido bastardo.

Antes que eu possa processar o que estou fazendo, saio do carro e chego à caixa
de correio. Eu respiro como se estivesse no meio de uma corrida de 8
quilômetros. Inalo. Expiro. Um dois três. Mas não estou correndo. Eu não estou
correndo. Eu mal estou andando.
Meu tênis desgastado pousa na varanda da frente. Minhas pernas pesam para
baixo. Meus sapatos feios, porém, estão cheios de chumbo.
Eu levanto meu punho até a porta, vacilo e solto minha mão ao meu lado. Vamos.
Faça. Eu tenho repetido essa conversa na minha cabeça, pensando sobre esse
momento por anos. Vamos lá, Loren. Cresça porra.
Inalar. Expirar. Um dois…
Eu toco a campainha.
A porta se abre. E minha mente fica vazia.
Uma mulher olha para mim com uma expressão identicamente atordoada e
entorpecida. Eu nunca liguei para ela, nunca avisei sobre esta reunião. Eu estava
com muito medo de que ela tivesse desligado. Eu só queria ver seu rosto, ouvir
sua voz, tudo ao mesmo tempo.
Ela é jovem, nem mesmo quarenta. Eu procuro suas características: nariz fino,
lábios finos, e cabelo castanho brilhante. Eu de repente percebo que estou me
procurando nela.
—Eu sou...
—Eu sei quem você é — Sua voz é de veludo, o tipo que você pode fechar os
olhos e adormecer. Eu aposto que ela lê suas histórias de ninar para as crianças.
O pensamento aperta meu estômago. —Eu vi você no noticiário.
Espero que ela me convide a entrar, mas ela agarra a maçaneta como se ela fosse
fechar a porta no meu rosto.
—O que você está fazendo aqui? —, ela pergunta.
Eu não tenho certeza de qual reação que eu esperava. O meu pai, ele me disse
que ela não me queria. Eu pensei, talvez, que ele estivesse mentindo. Eu ainda
me agarrei a essa esperança fútil que ela cuidou de mim como uma mãe faria
com um filho.
Inalo — Eu só queria conversar — Minha voz soa grosseira comparada com ao
dela. Como um animal para um anjo. É uma merda. E eu não posso parar de
olhar para ela, com se em um momento ela fosse ser arrancada da minha
memória.
—Não há nada para falar — Os olhos dela pedem desculpas, mesmo que suas
palavras não.
—Certo — eu digo e aceno para mim mesmo. Eu poderia ir embora. Eu poderia
deixar por isso mesmo. Eu a vi. O que mais eu preciso? Que porra é essa que
estou procurando? — Você é minha mãe — Eu quero ter de volta as palavras
assim que elas saem.
Ela se encolhe, a porta se fecha, mas ela fica ao lado dela, encravada entre a
moldura. E ela olha para mim como se eu fosse um erro, uma marca negra em
seu currículo que ela está tentando limpar.
Ela não diz isso, mas eu posso ver a expressão em seu rosto. Você não é meu
filho, não realmente.
Ela não levantou. Eu era uma parte da sua vida que ela tem tentado esquecer.
Ela limpa a garganta, desconfortável. — Será que Jonathan lhe disse alguma
coisa?
—Não muito.
—Bem ... o que você quer saber?
A questão em aberto me leva de surpresa por um segundo. O que eu quero saber?
Tudo. Eu quero todas as respostas que foram mantidas de mim. — O que
aconteceu?
—Eu era uma adolescente...— Ela olha por cima do ombro por um minuto e, em
seguida, diz: — Eu era jovem e fui facilmente atraída para um cara como
Jonathan. Dormimos juntos uma vez. É isso aí. E fui descuidada, e é por isso que
você está aqui.
Algo desagradável se senta na ponta da minha língua, mas engulo a réplica mais
rancorosa. Limpo minha testa e digo: — Então é isso que eu sou para você,
então?
Seus olhos voam passando pelo meu corpo. Um vizinho do outro lado da rua
olha duro de sua caixa de correio, e eu me pergunto se ele está tentando
descobrir de onde ele me reconhece.
—Você pode me convidar para entrar — Eu ofereço.
Ela balança a cabeça e limpa a garganta novamente. — Não. É melhor se você
ficar fora.
—Certo — Isso é tudo que posso dizer sem gritar, sem gritar tudo o que pesa no
meu peito. Por que você não voltou para mim? Por que você não se importa? Eu
sou seu maldito filho! Eu passei anos sem mãe, sem uma figura materna. O
máximo que eu tinha eram as pessoas que desfilavam dentro e fora da minha
casa todas as manhãs. Mulheres, meia vestidas, manchada de maquiagem que
não tinham palavras de sabedoria para mim, não há respostas para meus
problemas, nada, nenhuma voz para me fazer dormir.
—Você tem que entender...— Seus olhos caem no chão. —Eu não queria você.
—Sim, eu entendo — eu digo bruscamente. Meu pai estava certo. Eu não
deveria tê-la procurado.
—Eu estava na escola — diz ela. — Eu era apenas uma garota, e eu planejava ir
para a faculdade, ter namorados e uma vida. Você ia tirar tudo isso de mim.
Você ia tirar tudo isso de mim. As palavras soam no fundo de meus ouvidos.
Eu fico olhando para o céu brilhante, apenas olhando, apenas à procura de algo
que nunca vai se revelar a mim.
Que diabos estou fazendo aqui? Não apenas aqui, nesta casa. Eu sinto que nasci
para destruir a vida das pessoas. Eu fiz isso antes mesmo de vir ao mundo. E eu
fiz isso depois. Você ia tomar tudo isso de mim.
—Por respeito a Jonathan, eu disse a ele que eu estava indo para uma clínica de
aborto.
Fecho os olhos e uma lágrima quente desliza para baixo em minha bochecha.
Enxugo e expiro fundo. — Eu desejava que você tivesse feito isso, — eu digo,
de repente. Porque então eu não teria que suportar essa dor. Meu rosto não iria
torcer este caminho. Lily não teria passado a infância em minha casa quebrada.
Sua mãe a teria amado tanto quanto ela fez com suas irmãs. Ryke teria crescido
com dois pais em vez de um. Minha existência arruinou tantas pessoas, tantas
coisas. A vida teria sido mais fácil sem mim.
—O quê? — Sua voz aveludada aumenta.
—Você me ouviu — eu digo, não mais agradável. — Eu queria que você tivesse
feito o aborto.
Ela empalidece. — Você não quer dizer isso.
—Por que não?
Ela toca os lábios por um momento, apenas olhando para mim. — Porque... o
seu pai, ele lhe deu tudo.
Você tem tudo, Loren. Não seja um merdinha ingrato, Loren.
—Sim — Eu aceno. — Ele me deu tudo — Antes que ela possa falar, eu
pergunto: —Então o que a impediu? Seus pais? Alguma crença religiosa? Pé
frio?
—Jonathan me impediu — diz ela. — Ele estava furioso com a ideia de perder
seu filho. Chegamos a um acordo. Gostaria de começar a vida que eu planejei, e
você ia crescer em luxo, algo que eu não teria sido capaz de dar-lhe. Eu pensei
que você seria feliz.
—Sim, eu ainda estou trabalhando na parte da felicidade.
Eu espero pelo flash de arrependimento encher os olhos, mas ele nunca vem. Eu
sou o herdeiro podre, estragado, um que bebe até que ele é desperdiçado. Aquele
que foi para a reabilitação como se fosse um golpe publicitário. E eu tenho uma
namorada viciada em sexo.
Emily se acalma quando um ônibus escolar para no meio-fio. As portas abertas e
algumas crianças pulam fora. Uma menina com o meu cabelo castanho claro e
meu nariz ajusta sua mochila, caminhando em direção a casa.
Emily força um sorriso para sua filha.
—Oi querida, você pode ir para dentro, por favor?
A filha dela aperta os olhos para mim, que fixa seus grandes óculos redondos em
seu nariz. — Você não é Loren Hale?
Eu odeio que uma garota do ensino médio me conheça. Meu rosto está em todos
os tabloides. Ontem, eles postaram uma fotografia minha deixando um
restaurante de mãos dadas com Lily.
E então ele me bate totalmente. Ela é minha meia-irmã.
—Sim esse sou eu.
—E você está na minha casa...? Conhece a minha mãe?
Emily aguarda com impaciência sua filha, prestes a lançar, mas eu faço-lhe um
favor e desligo seu inquérito.
—Não é verdade — eu digo. — Ela é uma amiga do meu pai.
—Mamãe — ela sussurra. — Você conhece as pessoas famosas? Emily encolhe
os ombros, os ombros rígidos.
E então meus olhos pegam um broche na alça da mochila da menina. Mutante &
orgulhoso. O que são as probabilidades? — Você gosta de X-Men?
—Os desenhos animados — diz ela. — X-Men: Evolution.
—Minha namorada gosta deles também.
—Você quer dizer a sua noiva? Acabei de ler que você está se casando — Ela
balança em seus pés e empurra os óculos no nariz quando eles deslizam para
baixo. — Isso é verdade?
— Sim, é verdade.
Seus olhos se iluminam como se ela fosse ter algo de bom para dizer a seus
amigos amanhã na hora do almoço.
Emily alarga a porta para que sua filha possa passar.
— Willow, para dentro por favor.
Willow me examina com um olhar inquisitivo antes que ela renuncie aos pedidos
de sua mãe. E depois ela desliza dentro e fora da vista.
—Você nomeou sua filha depois de um personagem Buffy? — Talvez nós
gostamos das mesmas coisas, eu estupidamente acho. Provavelmente porque
Willow estranhamente faz.
Ela franze a testa. — O que?
—A televisão mostra, Buffy the Vampire Slayer? — Ela ainda está confusa. —
Não importa.
—O que você quer, Loren? — Ela finalmente pergunta. — O que você acha que
aconteceria por vir aqui? — Sua voz diminui e a porta começa a fechar, então
não posso ver além de seu corpo e em sua casa.
Eu não posso ver a vida que eu nunca tive. —Você tem vinte e um. Você é um
adulto.
—Você não é minha mãe. Eu acho que eu entendi, — eu digo mais ou menos. Eu
odeio que eu não a odeio. Nem um pouco. Dou um passo para trás, meus olhos
voando sobre a casa, sobre algo que eu não quero destruir. Eu arruíno tudo que
eu toco.
E eu não vou estragar sua vida. Mesmo que a minha esteja fodida. Direitamente
quando eu estou a ponto de deixar tudo isso para trás, outra coisa me chama a
atenção na janela.
Uma menina. Uma criança. Não mais de dois ou três. Ela espia através do vidro,
segurando um dinossauro de pelúcia. Eu me vejo. Crescendo e sendo enganado.
Nunca sabendo sobre meu irmão e encontrando as respostas da forma mais
chocante, horrível. Os segredos. A traição.
Eu enfrento Emily novamente. Ela parece estar em paz com sua decisão e sua
vida, mas ela está repetindo o mesmo erro que o meu pai. Como Sara Hale. Ela
não vê agora, mas as mentiras que ela tece vai comer sua família de dentro para
fora.
—Você deve saber — eu digo, — que mesmo que não sendo seu filho, eu ainda
sou irmão delas.
Seus lábios pressionam em uma linha.
Mas eu continuo falando. — E talvez você não veja assim, mas ouça de alguém
que esteve na mesma situação — Eu acho que Ryke. — Eu não estou dizendo
que você tem que dizer-lhes sobre mim agora ou a qualquer momento em breve,
mas eles vão descobrir eventualmente. Se não a partir da imprensa, depois de
algum estranho, e eles devem ouvir isso de você.
—Eu vou manter isso em mente — ela diz brevemente. — Algo mais?
Foda-se. Eu não posso ir embora. Eu realmente não sinto isso. Mais como,
Foda-me. Por ser tão estúpido. Por pensar que você se importaria.
Eu balanço minha cabeça, tudo drenando de dentro de mim como se tivesse sido
aberta uma fenda na calçada. Eu pego mais alguns passos fora do alpendre, olho
para a casa de tijolos de três andares. Família de classe média.
Feliz. Normal.
Eu me viro e não olho para trás.
















{48}

LILY CALLOWAY

Com Lo no Maine, ele queria que eu pulasse minha sessão de terapia com o Dr.
Evans hoje, mas o terapeuta me ligou e disse que se eu pulasse, ele teria contato
a meus pais e diria o quão pobre o meu progresso tem sido. Então eu sento
sozinha no escritório do Dr. Evans, verificando constantemente o meu telefone.
Lo disse que iria ligar depois que ele visse Emily. Se a reunião não foi tão bem
quanto ele queria, eu estou preocupada que ele possa optar por fugir para o
álcool. Eu realmente queria ir, mas seu pedido foi que eu ficasse aqui.
Dr. Evans coloca os eletrodos no meu pulso e me entrega a caixa preta pequena
com todos os fios para fora. Ele se senta atrás de sua mesa em seu assento,
vestindo um olhar presunçoso. Ele ama o fato de que Lo não está aqui para
interromper a sessão.
—Então, estamos vendo revistas de novo? — Eu remexo no meu lugar, um
pouco nervosa por estar fazendo isso com apenas Dr. Evans na sala. Quando Lo
está aqui, ele se parece menos estranho.
—Eu acho que nós deveríamos passar para outra compulsão hoje.
Eu tento afundar meu cérebro. O que mais eu poderia fazer na terapia de aversão
além de fantasias e pornô?
Seus olhos caem para minhas coxas. — Teria sido mais fácil se você usasse um
vestido ou saia, mas eu acho que você pode controlar.
Meu coração bate contra o meu peito. Talvez o que eu ouvi dele esteja errado.
—Eu quero que você se masturbe. Você vai ficar chocada até que seu cérebro
responda aos estímulos negativos.
Meu Deus.
Minha cabeça se move por sua própria vontade, sacudindo violentamente de
um lado a outro. — Não — eu deixo escapar. — Não mesmo — Eu não estou
me masturbando na frente dele!
—Lily, seus pais contrataram especificamente a mim — explica ele. — Isto é o
que funciona. Você precisa condicionar sua mente para reconhecer a
masturbação como um mau impulso.
Meus pais são a minha fraqueza. Tenho vocalizado que eu faria qualquer coisa
para consertar o que eu fiz. Mas o quanto agora eu estou disposta a ir?
—Existe mais alguma coisa que eu possa fazer hoje? — Pergunto.
Ele pondera sobre isso, os dedos por sua têmpora no pensamento. —Acho que
podemos tentar outra coisa — ele diz para meu alívio.
Dr. Evans se levanta e caminha até a frente de sua mesa, ele inclina sua bunda na
borda, o controle remoto ainda em uma mão. A outra desce para o zíper. Oh
merda. Esta não é a outra coisa que eu tinha em mente!
—O que você está fazendo? — Eu digo, congelada na minha cadeira.
—Como você está obcecada com a genitália masculina. Você vai olhar para ele,
tocá-lo, sugá-lo e eu vou te dar choques até que você esteja calma e normal.
—Não.
Rose encontrou meu terapeuta perfeito, Dra. Banning, após reunião com os
horríveis. E eu me pergunto se ela teve que se colocar em situações como esta,
só por isso gostaria de evitá-lo. Eu sei que ela fez. Eu sei porque eu me lembro
do olhar Connor e seus terapeutas quando eles estavam discutindo isso junto.
Dr. Evans já está puxando o zíper para baixo, e seu pau emerge de suas calças
cáqui.
Minhas mãos atiram aos meus olhos enquanto os pulsos buzzzz familiares na
minha pele.
Eu não estou procurando. Eu não estou procurando. Eu não estou aqui. Na
verdade, não.
O quarto acalma, e eu acho que talvez eu ganhei. E então eu o sinto na minha
perna.
Eu salto como se todo o meu corpo fosse eletrocutado neste momento. A caixa
de choque cai no chão, arrancando os fios que conectam aos eletrodos no meu
braço. Eu tropeço para trás. Dr. Evans fecha a distância entre nós, bem na minha
frente. Eu me recuso a deixar cair o meu olhar para o seu pênis.
—Fique longe de mim — eu digo. Eu não estou prestes a cair de joelhos com a
minha língua fora da minha boca. Eu não sou a mesma menina que tinha
afastado tudo por uma alta rápida. Eu sou mais forte. Mesmo sem Lo. Eu sei
disso agora.
Dr. Evans ignora minhas ameaças, e ele agarra meus pulsos. Sua boca encontra
meu ouvido. — Você vai se sentar e cumprir, ou eu vou dizer a seus pais o
quanto de uma prostituta que você realmente é.
Diga a eles, é o meu primeiro pensamento. Eu não vou sacrificar meu próprio
orgulho, a minha própria dignidade por eles. Nada no mundo vale a pena o que
vou sentir a partir disto. Coisa nenhuma.
Eu olho para trás e todo o meu ódio e ressentimento com todos que me
difamaram como uma vagabunda ou prostituta em duas palavras. — Foda- se.
Seu aperto se intensifica e eu percebo o quão pequena eu sou comparado a ele,
em comparação com qualquer homem. Eu poderia muito bem ser um saco de
ossos. Eu respiro fundo e grito,
— GARTH! — Dr. Evans pressiona uma mão sobre minha boca e sua outra mão
começa a descer a minha bermuda. — Se você não vai fazê-lo sozinha, eu vou
ter que fazer isso por você.
Eu luto para trás e luto contra a seu aperto, tentando morder e chutar, mas ele
acaba me prendendo de volta no assento. Sua mão repousa no meio das minhas
pernas, pressionando o ponto sobre minhas calças. Eu não consigo parar de gritar
contra a palma da mão.
A porta se abre e antes que ele possa fazer qualquer outra coisa, meu guarda
costas lança-o contra a mesa. Eu estou tremendo como uma folha, mas eu estou
de pé e em um único movimento.
Garth pega Dr. Evans como uma boneca de pelúcia. Ele parece pronto para
aniquilar o homem, por isso estou surpresa quando ele libera seu aperto. — Você
vai ouvir dos advogados de Greg Calloway. Eu aconselho você a permanecer
em seu escritório hoje.
Garth se vira para mim e me dá um simpático, quase apologético, olhar. Estou
feliz que ele estava aqui.
Lo estava certo sobre o guarda-costas.
Ele me leva para fora da sala, e eu olho para trás para uma última imagem do
meu terapeuta do mal. Meu coração não abrandou ainda. Eu acho... Eu acho que
estou em estado de choque. Eu não posso fechar os olhos ou piscar.
Dr. Evans despenca para o chão e olha nos fios da caixa de choque.
—Você está bem? —, pergunta Garth no saguão.
—Eu acho que sim — Eu estou tentando pensar através das minhas emoções. Eu
me sinto menos como uma flor murcha, mas principalmente, apenas não posso
parar de respirar tão rapidamente. Eu esfrego meu pulso. Sim, eu estou em
choque.
—Voltar para casa? — Ele pergunta.
—Podemos fazer uma parada primeiro?
Ele balança a cabeça e nós dirigimos a poucos quarteirões para outro arranha-
céus. Minhas mãos ainda tremem, mas elas também parecem um pouco
desconectadas do resto do meu corpo. Quando chegamos ao escritório, eu bato
na porta, minha respiração em uma lenta descida.
A porta se abre, revelando uma mulher com um curto cabelo preto e sorriso
caloroso. Eu não a vi em quase dois meses. Eu não percebi o quanto eu sentia
falta dela até que seus braços estão em volta dos meus ombros, e os meus estão
em torno dela. Lágrimas ardem meus olhos.
—Oh, Lily — diz ela, — temos muito para falar.
Sim nós temos. Eu sei o que uma boa orientação parece agora, e eu nunca vou
deixá-la ir.
Eu limpo meus olhos, prestes a lhe dizer que eu quero restabelecer nossas
sessões. Mas outra coisa cai da minha boca. — Você acha que eu posso chamá-la
Allison?
—Eu gostaria muito disso.


















{49}

LOREN HALE

O avião aterrissa em Nova York. Eu não vou para casa. Eu acabo em um
estacionamento de um bar local. Frio. Sozinho.
Preso com meus próprios pensamentos. É um jogo perigoso.
Eu aperto o volante, dor corta através de mim como facas afiadas. Eu não
consigo parar de ver Emily, em seu rosto contorcido, cheia de mal-estar,
desconfortável, desejando que eu apenas fosse bem longe. Eu perdi minha mãe
novamente, mas isso é um pensamento estúpido. Eu não posso perder algo que
eu nunca tive.
Eu belisco meus olhos e grito, minha garganta queimando. Eu preciso correr. Eu
preciso empurrar esses sentimentos a distância. Eu ouço o meu pai na parte de
trás da minha cabeça. Ouço Emily. Eu ouço a imprensa, a mídia. Você tem tudo,
Loren. Por que diabos você está chorando? Olhe ao seu redor, porque você
poderia possivelmente estar triste?
Coisa alguma. Eu não estou autorizado a ficar chateado, a sentir qualquer coisa,
mas gratidão. Tenho o privilégio. Eu sou rico. Meus olhos roçam para o bar, o
sinal de aberto piscando em neon azul. Eu sou um adulto novo rebelde,
precisando de atenção.
Certo? Isso é o que é. Álcool vai chamar todos os olhos para mim, fazer as
pessoas ter pena de mim. Fazê-los sentir a culpa.
Não é isso, eu acho. O álcool vai afogar meus pensamentos em conflito. Álcool
vai calar todas as vozes na minha cabeça.
Ele também irá foder com tudo.
Eu não sei o que fazer. Eu vou sair da minha mente maldita. Eu bato palma da
minha mão no volante, outro grito atado na minha garganta, e as lágrimas que eu
sufoquei de repente escorrem pelo meu rosto. Eu não podia dizer não para o meu
pai, eu não conseguia parar o vazamento, e minha mãe nunca me quis até agora.
Eu sempre falho. Sempre.
Minhas mãos tremem quando eu tiro o meu celular e disco um número
rapidamente. Eu só quero ouvir a voz dela. Eu pressiono a testa contra o volante,
sem energia para ainda manter minha cabeça erguida.
—Onde você está? — Lily pergunta com preocupação. —Você deveria ligar
horas atrás. Seu voo chegou, certo?
—Sim, eu estou no meu caminho para casa — eu minto.
—Você ainda está em Nova York? Nós podemos nos encontrar para jantar —ela
oferece, provavelmente não comprando a minha mentira.
—Por que você me ama, Lil?
—Lo, realmente, onde está você? — Picos de preocupação em sua voz.
—Apenas me responda — Eu deixo escapar um longo suspiro. — Por favor. Por
que você me ama? — Seguro o telefone mais forte, lágrimas nublando a minha
visão.
—Quando tínhamos onze, estávamos em sua casa, lendo quadrinhos —, diz ela,
e por algum motivo eu sei qual a memória exatamente que ela está tentando
chamar para mim. Estávamos na minha cama, rodeados por vários quadrinhos
dos X-Men aberto e espalhados, e gostávamos de ler o mesmo ao mesmo tempo.
Esperaria pacientemente que eu me apressasse, com os olhos deslizando os
painéis rapidamente enquanto eu embebido em cada linha, cada sangrar de cor.
— Você se lembra? —, ela pergunta após uma longa pausa.
—Sim — eu digo, minha voz treme.
—Nós dois sabíamos que era mais como Hellion. Você faz as escolhas erradas,
mesmo quando você sabia onde as corretas estavam.
Eu aceno para mim, lágrimas derramando. Eu tento puxar uma respiração
completa, mas a dor me sufoca.
—Mas naquele dia, você me disse que queria ser Cyclops. Scott Summers era
forte. Ele teve o cuidado com todos ao enfrentar a crise. Ele era um homem que
as pessoas queriam a seu lado — Sua voz treme muito, como se ela estivesse à
beira das lágrimas. — Lo — diz ela, — você fez isso. Você é o meu Scott
Summers, e sem você, eu não estaria aqui.
Eu fecho meus olhos e deixo que se afunde. Ela não tem que dizer, eu te amo
porquê... O sentimento é anexado a cada palavra. Ela me ama, porque ela
acredita que eu sou forte. Ela me ama porque ela é uma parte de mim. Ela me
ama, porque eu me tornei um homem melhor por tudo isso.
—Lo — ela continua. — O que quer que Emily disse, eu preciso que você saiba
que eu não vou a lugar nenhum. Sempre estarei aqui quando você chegar em
casa. Haverá sempre um nós.
—Um Lo e Lily — eu respiro.
—Ou Lily e Lo
Eu sorrio. — Obrigado.
Ela faz uma pausa. — Eu tenho que dizer o resto?
—Não, mas você pode, se quiser.
—Não beba, Loren Hale — diz ela com firmeza, mas sai mais bonito do que
rígido. Isso funciona mesmo.
—Eu amo você, Lil — Eu limpo os olhos com as costas do meu braço.
—Você está voltando para casa, então?
—Eu tenho que fazer uma parada em primeiro lugar. Ela suga a respiração
preocupado.
—Lo
—Confie em mim — eu digo.
—Eu também te amo — ela me diz.
Eu ligo a ignição e deixo essas palavras me levarem.

Eu não me lembro do escritório sendo frio ou escuro, mas eu ando com um


propósito. Eu não tenho desculpas ou estou triste. Estou alimentado por algo
mais, algo mais sombrio e mais forte que começa a comer meu núcleo. É um
demônio que carrega o meu pai, aquele em que a raiva se transforma em
palavras vis. Aquele em que deixamos de ser patético e começamos a ser
significativo. Pensei que estar sóbrio iria me mudar. Fazer esta parte de mim
desaparecer. Mas percebo que não é apenas o álcool que impulsionou o meu
ódio. Ele está programado dentro de mim anos e anos de ser criado por alguém
como ele.
—Você finalmente está de volta — diz Brian, descansando atrás da mesa com
esta indiferença que tem sempre escavado sob a minha pele. — Será que você se
cansou de ignorar minhas ligações?
—Você não é nada, se não for persistente — eu estalo secamente, caindo para
baixo na cadeira. Eu conheci Brian na reabilitação, e nós discutimos a minha
vida em detalhes. Ele deveria ser meu terapeuta ambulatorial, e eu acho uma
espécie de fodido quando eu parei de ir às nossas sessões. Ainda mais quando
parei de responder a seus telefonemas.
—Então, por que você está aqui, Lo? — Ele se inclina ainda mais para trás em
sua cadeira.
—Como você não me odeia, porra? —, eu pergunto em confusão.
—Eu suponho que você teve uma razão válida para pular a sessão — diz Brian
calmamente, —e se não foi isso, então está com você.
—Eu não estou falando de pular sessões — eu estalo. — Como você pode sentar
lá e ouvir a meus problemas e não revirar os olhos a cada dois segundos?
—Por que eu faria isso? — Ele não se mexe, não parece confuso ou triste. Brian
é uma lousa em branco que reflete minhas palavras de volta para mim. Todo esse
tempo, eu pensei que ele olhou para mim como se eu fosse esse real, que eu era
algum perdedor e ele teve estômago. Mas eu sei que eu estava projetando. Eu
queria que ele me odiasse. Eu estava implorando para ele, porque eu não sou
digno da compaixão de ninguém.
—Tenho mais dinheiro do que você nunca vai ter na sua vida — digo a ele. —
Você tem que sentar lá e me escutar, sobre merda por horas a fio, e então eu
volto para casa, para minha casa agradável, com meu carro bom.
—Você acha que eu deveria odiar você, porque você tem dinheiro e porque eu
tenho que ouvir a seus problemas? É por isso que você parou de vir?
—Não, eu parei de vir, porque eu não podia suportar olhar para a sua cara feia
por mais tempo.
Na verdade, ele sorri para isso. É genuíno, o que me faz sentir como um pau
maior. Ele coloca sua caneta na mesa e se senta. — Eu sei quem é você, Lo —
ele me lembra. — Nós conversamos durante meses, então eu sei que ninguém,
especialmente seu pai, já lhe disse isso.
—Se este é o seu biscoito da sabedoria e fortuna, você pode salvá-lo.
—Ter dinheiro não faz de você um autômato insensível. Você é humano. Você
ainda pode ter problemas. A diferença é que você tem a capacidade de corrigi-
los. Você apenas tem que querer. Nem todos podem receber a mesma ajuda ou
podem pagar a clínica de reabilitação que você foi. — Meu estômago coalha
com a verdade. — Mas isso não significa que a sua recuperação não pode ser
difícil. Isso não significa que o que as pessoas dizem na TV ou nos tabloides não
dói tanto. Você ainda sangra como o resto de nós. Você pode chorar. Você pode
ficar chateado. Esse direito não foi tirado de você.
Eu fico olhando atordoado para o chão.
—E Lo — ele continua. — Eu geralmente não ofereço a minha opinião pessoal a
meus pacientes, mas eu vou fazer uma exceção com você.
—Quão amável.
Ele não sorri neste momento. — Debaixo desta áspera, eu me odeio e todos em
torno de mim, existe um bom rapaz. E eu acho que você tem a capacidade de
realizar grandes coisas, se você começar a perdoar a si mesmo.
—Por quê?
—Eu acho que você sabe o porquê.
—Bem, você está tão interessado em dar opiniões pessoais, por que você não me
diz — eu estalo.
Ele não faz. Em vez disso, ele pega sua pena, se recosta na cadeira e bate a
caneta um par de vezes.
—Às vezes, a pessoa que achamos que vamos nos tornar é a pessoa que já
somos, e a pessoa que realmente nos tornamos é a pessoa que menos esperamos.
— Ele bate sua caneta novamente e aponta para mim. — Não é o seu biscoito da
sorte.
Acho que ele está me dizendo que eu tenho uma chance. Que a vida que eu
imaginava, onde eu me torno um alguém melhor.
O homem atrás de uma mesa, onde eu me tornei o meu pai, não tem que ser o
único significado para mim. Eu quero dar o salto, enquanto minha mente está
clara, enquanto eu posso ver um futuro alternativo que não pareça sombrio. Eu
quero Lily. Uma casa. A espécie cerca de madeira branca da felicidade. Eu não
achava que merecia, mas talvez, um dia, eu possa me tornar o tipo de pessoa que
merece.
Eu mudo no meu lugar, mas eu não quebro seu olhar. — Eu fui ver a minha mãe.
Minha mãe de verdade — digo a ele.
Sua cabeça se inclina, mas seu rosto fica em branco novamente. Desta vez, eu
não me sinto como perfurá-lo pôr a sua falta de reação. Acabei de falar.
Ele derrama para fora de mim como se eu tivesse aberto meu estômago. Cada
palavra me faz mais leve e mais livre.
Eu não paro.

{50}

LILY CALLOWAY

Na manhã seguinte, Lo e eu vamos para o escritório. Ele compartilha todos os
detalhes sobre sua mãe, e ele me deixa abraçá-lo sempre que eu chego. Enquanto
eu não posso relacionar fisicamente um pai me abandonar, eu entendo o que se
sente ao querer sua mãe para te amar e não receber o mesmo carinho em retorno.
Ele afunda em sua poltrona de couro, e eu hesito em trazer o que aconteceu com
o Dr. Evans tão cedo depois de sua reconexão emocional com Emily. É por isso
que eu não mencionei no telefone ontem à noite. Mais a recente coisa que eu
queria era instilar culpa e tê-lo quebrando a sua sobriedade. (Ele admitiu a se
sentar no estacionamento de um bar, eu sabia disso.)
Eu toco os quadrinhos em sua prateleira enquanto ele trabalha em um par de
contratos. Um cara que executa outra editora indie foi dando conselhos a Lo, por
isso todas as semanas Lo cresce mais confiante sobre o trabalho. Ele ainda fala
sobre a contratação de um parceiro para ajudar com todas as áreas que ele é
fraco. E essa ideia, de pedir a alguém para ajudar, não faz dele relutante.
Eu deveria desembalar as caixas no térreo no Superheroes & Scones, por isso a
minha persistente presença deve chamar a atenção de Lo. — Você está bem, Lil?
Eu puxo uma história em quadrinhos da Mulher Hulk da prateleira e me
concentro na cobertura enquanto eu falo. — Na verdade, eu decidi voltar para a
terapia de Allison. E meu pai disse que está tudo bem com isso. Ele disse que
não vai quebrar o negócio — Ele também me disse que ele vai ter uma ação
judicial contra o Dr. Evans. Felizmente, eu ajudei a alguma outra garota que
poderia ter sido assediada.
—Foda-se — ele amaldiçoa. — Eu esqueci de perguntar sobre a sua última
sessão com... — Ele encontra meus olhos e os seus estão tão grandes como pires.
—Estou feliz por eu fui — digo a ele. — Ou eu nunca o teria demitido.
—Que porra é essa que ele fez?
Eu abraço a revista ao meu peito como um travesseiro, me deixando dar algum
tipo de força. — Ele queria que eu me masturbasse enquanto ele me atendia —
eu digo muito rapidamente.
Lo agarra a mesa, seus olhos se transformando em pura fúria.
—Mas eu disse não! E então ele não gostou, e assim ele abriu o zíper de suas
calças.
Lo salta para seus pés. Eu deixo cair a revista e corro para impedi-lo de sair da
sala.
Minhas mãos vão para seu peito. — Eu disse que não, Lo — eu digo com
orgulho. —Eu gritei, e então eu gritei para Garth. Tudo funcionou muito bem.
—Tudo o que não é bom— Lo me diz, acariciando seus olhos âmbar
machucados. — Bom seria você nunca ter que lidar com essa porra doente.
—Acabou — eu digo. — Meu pai está lidando com isso. Eu não quero manter
habitação sobre cada coisa ruim que nos acontece. Eu quero seguir em frente.
Você não acha? — Eu estou pronta para começar o mais novo capítulo de nossas
vidas.
Um onde não estamos sendo agredidos por nossos vícios. Um onde nós estamos
felizes.
Seus ombros afrouxam e suas mãos sobem para meu rosto. — Você está bem? —
Ele pergunta, procurando os meus olhos para a verdade.
—Eu me sinto forte — eu digo. — Eu sei que provavelmente é estranho.
Ele balança a cabeça e seus olhos parecem dizer não, não totalmente.
—Há outra coisa — eu começo. A preocupação encobre seu rosto. — Gosto
disso. É uma coisa boa, eu acho.
Eu respiro fundo e as mãos caem para as minhas. — Eu decidi que eu não quero
ver a lista negra do que eu não posso fazer... sexualmente, eu quero dizer. — Eu
faço uma careta. Realmente, Lily?
Rugas vincam na testa — Por quê?
—Eu percebi que não importa o que eu não posso fazer com você — eu digo.
—Nós estamos juntos... para este verdadeiro tempo. Nenhum pedaço de papel ou
lista pode me dizer o que eu estou sentindo falta. Tenho tudo o que poderia
querer.
Eu não posso nem piscar antes que seus lábios estejam nos meus, antes de seus
braços me puxarem para seu corpo, eu estou envolta em Loren Hale. Ele roça a
mão contra o meu pescoço antes de terminar o beijo, mas ele não se retrai
totalmente. Eu ainda estou em seus braços.
E então ele me levanta com as duas mãos firmemente plantados na minha bunda.
Minhas pernas ficam em torno de sua cintura imediatamente. Obviamente meus
membros estão processando o que está acontecendo mais rápido do que meu
cérebro.
Seus olhos derretem os meus enquanto ele lentamente me transporta para trás e
me coloca em sua mesa. Meu coração bate como um tambor nisto que é uma
fantasia que eu imaginei desde que eu estava no colégio. Mesa de escritório.
Sexo nelas. Sexo em cima delas. Sexo perto delas. Claro que eu posso fazer
móveis algo estimulante.
Isso está realmente acontecendo ou é tudo na minha mente suja?
Os cantos dos lábios sobem na minha confusão e antecipação. Sua única
diversão, meus desejos, mas eu tento empurrá-los para trás, não querendo
transformá-lo em um monstro compulsivo.
Suas mãos percorrem minhas coxas, minhas pernas ainda apertado em volta da
cintura. — Quantas vezes você imaginou isso?
—Nesta mesa específica?
Ele sorri e me beija outra vez. Eu aprofundo e agarro a parte de trás de seu
cabelo, segurando firmemente. Ele geme um pouco quando se afasta, e então ele
puxa meus shorts com facilidade. Estou prestes a passar minhas pernas de volta
ao redor de sua cintura, mas paro. Chocante, eu mesmo me detive, plantando
duas mãos firmes em seu abdômen. Oh, esses são bons.
—Lil?
Direito, o foco. E encontro o seu olhar perplexo. — Eu não sou estúpida — eu
digo.
Seu cenho franzido se transforma em mágoa. — Eu nunca disse que você era.
Eu balaço minha cabeça. Isso tudo sai errado. — O que eu quero dizer é — eu
começo de novo, — depois de todas aquelas vezes que você me negou o sexo na
praia, no carro, basicamente em qualquer lugar, menos no nosso quarto e
banheiro, descobri que o sexo em lugares públicos tem de estar nessa lista negra.
Ele dá um passo para trás e a distância dói mais do que eu pensava. Eu estendo a
mão e agarro a sua para algum tipo de conexão. Ele me deixa segurar firme. —
Você disse que não importa o que está nela — Lo me lembra.
—Não — eu digo — Não, eu prometo. Eu só não quero quebrá-la.
Minhas palavras o acalmam, o suficiente para andar de volta para mim, e
deslizar sua mão da minha para que ele possa colocar as duas nas minhas
bochechas. — Eu não vou deixar você quebrar qualquer uma dessas regras. Essa
é a minha promessa a você.
—Mas...
—É o meu escritório — diz ele com um sorriso bem-humorado. — É o meu
lugar privado.
Ohhhhh. SIM! Eu mordo meu lábio inferior para tentar esconder meu sorriso.
—Então você é toda sorrisos agora? — Ele pergunta. —Você sabe o que eu
penso sobre sorrisos?
Eu balanço minha cabeça, ainda sorrindo enquanto suas mãos fazem a sua
descida. Seus dedos deslizam logo abaixo da bainha da minha calcinha.
Seus lábios escovam meus ouvidos. — Eles não são tão sexys como isso — Ele
desliza os dedos dentro de mim e pressiona contra um ponto sensível. Meu rosto
se contorce instantaneamente de puro prazer, minha boca e meus olhos se abrem.
Um ruído escapa da minha garganta.
Ele parece muito satisfeito. — Quem está sorrindo agora, amor?
Definitivamente você. Eu agarro seu ombro enquanto ele substitui o dedo com
seu pênis duro. Eu quero balançar contra ele, mas fico parada. Eu quero mostrar
a ele que eu tenho controle. Que eu estou tentando.
Ele empurra dentro e fora, e eu agarro suas costas, com os braços, qualquer coisa
para me segurar. Sua mão roça meu pescoço, e ele se inclina para frente para um
beijo, mas eu apenas tenho dificuldade em ficar quieta. Mover meus lábios
parece ser um feito difícil. Ele não parece se importar. Ele aperta a boca contra a
minha e impulsiona para abri-la. Quando eu não respondo, ele vai para chupar
meu lábio inferior. Um barulho borbulha da minha garganta, ruídos que eu não
tinha certeza de que eu poderia fazer.
Agora ele está sorrindo.
Ele bombeia mais rápido e mais difícil e eu perco meu aperto, quase caindo para
trás em cima da mesa. Ele me segura e então lentamente me deita contra alguns
papéis soltos.
—Olhe para mim, amor — ele ordena uma respiração rouca. Eu percebo que eu
estou olhando para o seu pau. Eu olho para cima para atender seu olhar. É
inebriante, intenso, e me enche mais do que qualquer outra parte do corpo. Eu
não vou quebrá-lo.
Não. Agora. Nunca.

{51}
LILY CALLOWAY

—Meu Deus! Eu encontrei seus pornôs! — Saio do closet de Ryke com uma
caixa de sapatos. Eu só posso imaginar que ele detém provas discriminatórias,
verificando que eu não sou a única amante de pornô entre nossos amigos. Minha
alegria é muito aparente.
Lo e Ryke olham para cima a partir do chão, espalhados com plástico bolha e
caixas. Estamos arrumando algumas coisas de seu antigo quarto na casa de sua
mãe. Ele está se mudando do seu apartamento em Philly para um novo
apartamento na mesma cidade, a apenas um lugar com mais quartos de hóspedes
e menos paparazzi à espreita do lado de fora.
Em vez de comprar todas as coisas novas para o espaço extra, ele está tentando
consolidar o que ele tem aqui.
Ryke planejou a festa de embalar durante o clube do livro de Sara Hale, para que
ela não estivesse em casa. Lo realmente não quer conhecê-la face-a-face,
considerando que ele é o resultado de seu casamento fracassado.
—Abra — Ryke me diz, apontando para a caixa de sapatos em minhas mãos.
Eu sacudo a cabeça e meu espírito detona. Cartões de beisebol. Centenas deles.
Um dos caras parece tipo de bonitão... talvez...
Eu ergo um cartão com o jovem jogador quente. — Você realmente guardou
isso.
Lo sorri, mesmo quando ele se esforça envolvendo uma lâmpada de forma
estranha.
Ryke me dá uma olhada. — Você faria isso — ele refuta. — E talvez eu gostaria
muito se eu estivesse atraído por homens. Mas não, eu troquei aqueles com
crianças da escola primária, eu não fiz nada sobre eles — Ele se vira para Lo. —
Ela faz isso com você?
—O quê? —, ele pergunta divertido. — Tentar encontrar o meu pornô?
Eu congelo, os olhos arregalados. — Você tem pornô? — Oh meu Deus, pode
haver pornografia em nossa casa. Agora mesmo. Eu suspiro. — Onde?
—Na casa de meu pai — ele explica. — Desde a minha adolescência — Oh. Isso
faz sentido. Ele não faria isso, manter pornô em torno de mim, mesmo que eu
estivesse muito bem nas últimas semanas.
—Então, eu sou o único que você gostaria de envergonhar? — Ryke me
pergunta.
—Você não pode se sentir envergonhado — Eu o lembro, — e você me disse
para ser confortável falando sobre sexo, por isso é culpa sua — É verdade que eu
me abri em torno de Ryke, e eu acho que nós podemos mesmo chamar um ao
outro de amigos agora.
—Fodidamente fantástico — Ele pega um rolo de fita e tenta rolá-la sobre uma
caixa, mas o dispensar grita em revolta. Ele resmunga algumas palavras de
maldição e joga-o no chão. — Lily, você pode ir encontrar outro rolo de fita?
Deve haver um no armário da cozinha.
—Eu estou indo — Eu saio do quarto e vou através da grande casa que tem mais
quartos do que é necessário. Acho a cozinha e começo a abrir o maior número de
armários que eu posso, evitando a louça e panelas. Algumas gavetas mais tarde,
eu encontro a área de diversos. Eu agachar e descubro fita atrás de uma balde de
lâmpadas.
Sucesso.
Eu giro ao redor, prestes a voltar para o quarto de Ryke, mas algo me para. Algo
situado sobre o carrinho de chá na mesa do café. Uma pequena caixa está
encravada em uma cesta de correio.
É marrom, como qualquer pacote normal, mas este é diferente. Meu coração
balança na minha garganta.
Engulo um caroço, eu me aproximo da caixa, confirmando minha suspeita.
Minúsculo X estão impressos em toda a embalagem.
Minhas mãos tremem enquanto eu coloco a fita no carro e verifico a etiqueta.
De: Kinkyme.net
É o mesmo site que me enviou o vibrador, mas eu assumi quem vazou a notícia
apenas enviou o pacote diretamente para casa de meu pai. Espera. Isso não está
certo. Uma nota acompanhou o brinquedo, de modo que o vazamento teve que
enviar a caixa para sua casa em primeiro lugar, colocar a mensagem dentro, e,
em seguida, enviá-lo para mim.
Esta é a casa de Ryke. Nós nunca viemos aqui. Ele sabe disso. Ele sabe mais
sobre nós do que qualquer outra pessoa. Nós o deixamos entrar.
Lo estava certo desde o início, não estava?
Lágrimas caem. Ryke fez esta trama elaborada, infiltrando em nossas vidas,
apenas para causar mais dor em Lo, para arruinar sua vida porque ele destruiu a
sua apenas por simplesmente existir.
Por que é que as pessoas que vêm para o amor são os que parecem te machucar
mais?
Eu continuo lendo a caixa.
Para: William Crane
Um nome falso para cobrir seus rastros. Eu aperto a caixa, odiando tudo e depois
nada. Uma dor horrível rasga meu peito. Lo não vai só se machucar com a
notícia. Ele vai ficar devastado. Como pode ele lidar com outra decepção, outra
traição? Mesmo imaginar a reação dele traz uma enxurrada de lágrimas,
escorrendo pelo meu rosto.
Eu tenho uma súbita vontade de rasgar a caixa e ver o que está dentro. Antes de
procurar uma faca, ouço barulhos de sapatos, o som se aproximando de mim. E
então o ruído silencia pela porta da cozinha.
Sara Hale coloca sua bolsa e a capa dura de livro do clube do livro sobre o
balcão. Seu cabelo castanho-dourado complementa seu vestido florido de verão.
Assim que ela faz contato visual comigo, seu rosto brilhante aperta. E então seu
olhar cai para a caixa em minhas mãos.
—O que você está fazendo aqui? —, ela pergunta, não desviando da caixa. — O
que é isso? — Seus lábios com espasmos.
—Você precisa ir embora agora mesmo.
Cada vez que ela fala, eu mal posso registrar as palavras. Eles fecham bem no
meu ouvido e sai pelo outro.
—Você não me ouviu? — Seus olhos estão com ódio. Eu não sei de onde ele está
vindo. Eu não sei o que fiz para ela. —Saia da minha casa!
—Mãe, o que no inferno? — Ryke corre descendo as escadas e entra na cozinha,
Lo bem atrás dele. Eu estou atordoada demais para fazer muita coisa.
—Você os trouxe aqui! — Grita Sara, e depois seus olhos voam para Lo que se
apressa para o meu lado. —E ele?
Lo toca meu ombro, e ele olha para a caixa em minhas mãos. — Lo — eu digo
em voz baixa. Eu não sei mais nada. Estou tão confusa.
Ryke segue meu olhar, e antes que Lo ou eu possamos fazer uma coisa, os olhos
castanhos se iluminam com o fogo. Ele enfrenta a mãe dele. — Que porra é essa
que você fez? — Sua voz é oca e fria.
—Tire-os daqui Ryke —, ela retruca, apontando para a porta da frente.
—Que porra é essa que você fez?! —, ele grita, com as mãos na cabeça. Seu
peito sobe e desce.
—Querido, vamos falar sobre isso mais tarde — Ela estende a mão para tocar
seu braço, mas Ryke empurra para trás, jogando as mãos no ar.
—O que diabos está acontecendo? — Diz ele. — Que porra é essa que você fez?
— Ele balança a cabeça repetidamente, e é então que eu sei com certeza, quem é
o verdadeiro culpado.
Ryke não tinha nada a ver com o escândalo. O irmão de Lo é tão inocente como
o resto de nós.
—Eu não quero falar na frente deles — diz Sara.
—Você contou à imprensa que Lily é uma viciada em sexo? — Ryke pergunta,
seus olhos vermelhos enquanto ele suprime emoções mais voláteis. Ele está
prestes a explodir.
Eu sempre quis ver Ryke Meadows recuar, mas não a partir de algo como isto.
—Ryke.
—Você quis contar para eles porra?! —, ele grita, segurando o balcão de granito.
—Sim— ela diz, de repente, tocando o peito como se um peso tivesse sido
tirado. Todo esse tempo, assumimos que o chantagista era um homem. No
entanto, aqui está ela.
Lo está rígido ao meu lado, e se o autor fosse outra pessoa, ele provavelmente
estaria enviando a pessoa para o inferno com suas palavras. Eu acho que nós
dois estamos mais preocupados com Ryke neste momento.
O silêncio doloroso se estende. Ryke fica parado, imóvel, e suas lágrimas se
reúnem e ameaçam cair.
—Ryke, doce— Sara diz, —você tem que entender que Jonathan...
—Pare — Ryke diz, sua voz embargada. — Eu entendo por que você fez isso.
Você arruinou a vida de uma menina, porque você queria ser ver livre dele. Você
queria que as pessoas soubessem que você foi enganada. Você não poderia dizer
uma palavra sobre sua infidelidade por causa do contrato divórcio. Mas se a
mídia descobrisse inadvertidamente, você ainda manteria o dinheiro de Jonathan
e todos saberiam sobre a mãe verdadeira de Loren. Diga-me que eu estou errado.
Ela não diz nada.
Ryke balança a cabeça novamente, sua voz treme ainda mais. — Então você
atormenta Lily para ferir Loren, a retaliar contra Jonathan porra Hale, para colá-
la a seu filho, e eu acho que você amarrou Lily ao longo de algo, enquanto
Jonathan estava se contorcendo. Você gostou disso. Você teve o prazer de seu
stress. E depois quando vazou a notícia para a imprensa, os seus amigos do clube
de livro e todo mundo percebeu que você foi traída. Certo? Você não foi a
escavadora de ouro depois de tudo. Isso é ótimo, mamãe. Parabéns. Você
conseguiu.
—Ryke
—Você sabe o que mais você fez? —Ele pisca e cair lágrimas. —Você perdeu
seu único filho— Ele vai para virar-se, e Sara agarra o braço dele.
—Espere querido.
Ryke desembaraça de seu aperto, mas para enfrentá-la novamente. — O que? O
que você poderia dizer que possa justificar ter aterrorizado uma menina por
meses?
—Você nunca deveria conhecê-lo — ela diz baixinho, o rosto liso com ela
próprias lágrimas. Ela aponta para Lo. — Ele não é a sua família.
—Ele é meu irmão! — Ryke grita. — Ele nunca me machucaria da maneira que
você acabou de fazer — Ele toma uma respiração escalonada, puxa sua camisa e
traz de volta um grito. — Você não sabe o que você fez, mamãe. Você nem sabe
o que você fez para mim? Você não entende, porra?
O queixo de Sara treme enquanto ela chora. — Por favor, pare. Não vá. — Ela
toca seu braço.
—Você me fez escolher entre você e meu pai toda a minha vida de merda. Você
não pode me impedir de ter um relacionamento com Lo. Você não pode tomar
essa decisão por mim.
—Eu sou sua mãe.
—E você mentiu para mim! — Grita Ryke, dor envolvendo seu rosto. — Você
arruinou a vida de alguém por uma fodida vingança, e estava disposta a me
sacrificar.
—Não — ela diz, balançando a cabeça. — Se eu achasse que você ia reagir
assim, eu nunca teria feito.
—Eu não acredito em você — ele diz, sem rodeios. — Se você me conhecesse
por inteiro, você perceberia que eu te odeio pelo o que você fez. Eu posso te
perdoar por um monte de coisas. Mas isso... — Ele deixa escapar um riso fraco
como se ele estivesse preso dentro de um pesadelo. — Que porra é essa, mãe? —
Ele toma uma respiração profunda. — Eu estou indo em uma hora, eu tenho
mais algumas caixas.
Ela não consegue parar de chorar. Sara abraça o balcão, esperando Ryke entra
em seus braços, para confortá-la e dizer que está tudo bem.
Mas ele mal consegue olhar para ela.
—Só me responda uma coisa — diz Ryke. — Como foi que você descobriu que
ela era uma viciada em sexo? Eu nunca disse isso a você. — Ele não fez? Eu
pensei que talvez fosse assim que ela descobriu.
Sara funga e faz gestos para seu bolso. — Seu celular... suas mensagens ...—Oh
Deus.
Ryke aperta os olhos.
Ela leu seus textos. Eu tenho certeza que existem muitos mencionando o meu
vício, ou insinuando sobre isso. Ryke sempre perguntou como tinha sido a
terapia. Ele foi a primeira pessoa a dizer a Lo que me terapia de aversão era
sádica e para parar de ver o Dr. Evans. E antes disso, ele provavelmente mandou
uma mensagem para Lo sobre o meu progresso com a Allison.
Lo beija minha mão algumas vezes, e ele enxuga minhas lágrimas com o
polegar. Eu deixo de lado a palma da mão porque eu acho que nós dois sabemos
que eu não sou a única desmoronando agora. Eu nem sequer preciso cutucar Lo.
Ele está ao lado de seu irmão dentro de um segundo.
—Então você encontrou o seu número do meu celular? — Ryke pergunta,
tentando suprimir mais lágrimas, os olhos injetados.
—Eu só...— Ela chora em sua mão.

—Você o quê? — Diz Ryke. — Você queria que eu parasse de sair com Lo?
Você queria que Jonathan sofresse por causa que Lo me levou de você? Isso é...
fodido, mãe. Isso é verdadeiramente fodido.
—Por favor... parece pior do que é.
—Eu lhe asseguro, isso é muito pior — Ryke tenta tomar uma respiração
profunda, mas ele não consegue deixá-lo fora. — Bem, você conseguiu o que
queria. Eu espero que você esteja feliz com isso. — Ryke se vira para Lo. —
Você pode me ajudar a terminar meu quarto? E então nós podemos sair daqui.
—Claro.
Deixamos sua mãe chorando no canto da cozinha. Eu quase me sinto mal.
Quase. Mas quando eu vejo Ryke, o que eu sentia se transforma em ódio
novamente. Porque ela machucou seu filho mais do que podia.
Me machucar, isso era pessoal, e mesmo que ela estivesse indo atrás de
Jonathan, ela bateu Ryke diretamente no coração.
A porta se fecha, e Ryke apenas quebra completamente.
Ele cai no meio do quarto, com as mãos sobre a cabeça, não sendo capaz de
tomar uma respiração completa. — O que...? — ele continua repetindo. — Que
porra é essa? — Ele ri dolorosamente em um soluço quebrado.
Lo se dobra ao lado dele e define a mão em suas costas. — Ei, você está bem.
Está tudo bem.
Ryke cobre o rosto com as mãos e ele grita, toda a raiva reprimida que vem. De
repente, ele dispara de pé, com os olhos avermelhados olhando ao redor da sala,
enlouquecido. Ele encontra uma bola de beisebol e o bastão.
—Ei, ei — Lo diz, erguendo a arma da mão de Ryke.
—Eu preciso bater em alguma coisa— diz Ryke, inquieto.
—Sente-se.

—Eu não posso! — Ryke grita. — Minha mãe porra, arruinou sua vida! Nada
disso teria acontecido se ela perdoasse.
E, em seguida, Lo o puxa em seu peito, para um abraço. Ryke hesita por um
segundo, e me pergunto se ele vai lançar sua agressão em Lo por socá-lo. Em
vez disso, seus punhos tocam na parte de trás da camisa de Lo, e assim eles
permanecem, com Ryke asfixiando, com seu corpo vibrando em agonia e culpa,
e Lo agarrando firmemente, não o deixando ir.
—Não é culpa sua — diz Lo, segurando em seu irmão mais velho.
Muitos meses atrás, os papéis foram invertidos. Lo nunca teria sido forte o
suficiente para ser um apoio para alguém, especialmente alguém que quase
nunca quebra.
Eu limpo algumas lágrimas silenciosas. Eu sei o tipo de remorso que coloca dor
profunda em seu peito, o tipo que se parece como ponderação carregando o
mundo. É do tipo que esmaga a alma.
— Ouça-me — Lo respira em seu ouvido. — Conhecê-lo foi a melhor coisa que
já aconteceu para nós. Estou sóbrio e Lily na recuperação. Nada disso teria sido
possível se não fosse por você — Ele sacode Ryke, e uma lágrima desliza para
fora do olho de Lo. — Você é a porra do motivo que eu estou com a garota que
eu amo, você é meu irmão, de modo que você nunca deve se sentir culpado pelo
que aconteceu agora. Isso não é sobre você— Ele segura o rosto de Ryke para
olhá-lo nos olhos. — Ei, você me ouviu?
Ryke acena com a cabeça mais e mais, tentando acreditar nas palavras. Após
uma longa pausa, Ryke diz em uma tensa voz, — Nossos pais passaram tanto
tempo odiando um ao outro que eles sequer percebem o que essa porra estava
fazendo para nós — Ele balança a cabeça em uma surpresa.
Lo aperta seu ombro.
Eu fico quieta, não querendo perturbá-los, mas eu sou grata que através de tudo
isso, ambos estão juntos. Mesmo que Sara e Jonathan tenham repelido seu filho
com a sua luta constante, eles têm também inconscientemente atraíram seus
filhos para ficarem juntos.
Ryke olha para as caixas. — Eu nunca vou voltar aqui.
—Você tem certeza? — Lo pede.
—Sim — Ryke acena com a cabeça. Ele dá um tapinha nas costas de Lo. —
Sim, eu tenho certeza — E através do silêncio, eu ouço as palavras que passam
entre eles.
Você é a minha família.
Acho que finalmente podemos seguir em frente.





















{52}

LOREN HALE

Meu pai não me disse que Sara Hale era o vazamento para se proteger. Ou a
mim.
Ele estava protegendo Ryke.
Embora a notícia devastou Ryke, fui libertado por ela. Eu posso parar de ser tão
enraizado no ódio. Agora eu posso tentar ser um homem melhor do que o meu
pai. Eu posso respirar.
Meu punho bate em uma porta preta. Ninguém está ao meu lado. Ninguém está
aqui para me apoiar. Estou sozinho com a minha própria vontade, e talvez meses
atrás isso não teria sido suficiente.
A porta se abre e quase oscila de volta na minha cara. Eu paro a batida com uma
mão. — Ouça me — digo a ele.
Aaron Wells deixa escapar um suspiro exasperado, mas ele se rende ao meu
apelo. — O que você quer, Loren? Eu pensei que nós já havíamos tido esta
conversa há quatro meses? — Faz tanto tempo?
—Esta é uma conversa diferente.
Seus olhos escurecem e ele cruza os braços sobre o peito. — Você não esteve
vindo aqui dentro deste tempo, e só assim você sabe que Julie não está em casa.
Portanto, não tente gritar para ela também.
—Eu não quero falar com Julie.
—Então o que você quer? — O que eu quero? Por que as pessoas sempre me
perguntam isso?
—Você me conheceu em um momento muito ruim na minha vida, e você estava
apenas sendo gentil por me convidar para a sua festa.

—E então você quebrou todas as garrafas de vinho da adega do meu pai. Sim, eu
me lembro — diz ele. — É isto é a sua maneira de pedir desculpas? Isso é como
Passo 7 do AA ou algo assim? Você tem que ir ao redor e pedir perdão a todos
que você ferrou?
Eu balanço minha cabeça. — Não é nada disso. Eu não estou pedindo para você
me perdoar, e eu não posso perdoá-lo pelo que você fez para Lily — Eu quero,
mas talvez esse tipo de força está fora do meu controle.
Sua mandíbula se aperta, e eu sinto que ele está prestes a bater à porta na minha
cara. — Mas — eu digo rapidamente — Um de nós deveria ter sido uma pessoa
maior e parado antes que ficasse fora de controle.
—Você quer dizer antes que você e seu pai fizessem com que eu não fosse aceito
em uma Ivy League — rosna. — Obrigado por isso.
—Olha, você não tem que ser meu amigo ou qualquer coisa. Você pode me odiar
tanto quanto que você quer, mas eu vim aqui para lhe dizer que eu sinto muito —
As palavras são difíceis de falar, e eu não me sinto exatamente melhor dizendo
elas. Eu não estou procurando por esse alívio. Eu só sei que isto é certo. E é isso
que eu tenho que fazer. — Eu estou aqui, — eu digo. — Seja qual for a merda
que tivemos no passado, é passado para mim. Você quer carregá-lo, tudo bem.
Independentemente disso, eu quero que você tenha isso. — Eu removo dois
envelopes brancos do meu bolso de trás.
Seus olhos estão vidrados com curiosidade e, em seguida, ele bufa. — Você está
comprando o meu perdão com ingressos para Wrigley Field?
—Você me disse que não poderia conseguir um emprego e competir com os
graduados Ivy— eu digo. —Isso deve ajudar iniciar a sua carreira. Greg
Calloway e meu pai escreveram referências para você. Eu sei que há muita
energia má com as empresas, mas Fizzle e Hale Co ainda são de renome
mundial. Ainda significa algo.

Aaron olha para as letras e balança a cabeça. — Eu não quero a porra da sua
caridade, especialmente se você só está fazendo isso para se sentir melhor.
—Eu estou fazendo isso porque é certo — eu digo em irritação — Queime se
quiser. E eu prometo, você não vai ter que me ver de novo.
Eu me viro e desço os degraus de pedra. Lily espera no carro por mim, batendo
as mãos e cantando em voz alta para o que quer que as músicas soam através dos
alto-falantes. Eu imediatamente sorrio.
—Loren!
Eu olho para trás. O rosto de Aaron suavizou em algo menos detestável. Quase
como a primeira vez que eu conheci, quando ele era apenas aquele garoto
agradável me convidando para uma partida de lacrosse. — Lamento muito —
diz ele.
Ouvir as palavras é quase tão duro como dizê-las. Eu o vi aterrorizando Lily
durante meses, encurralando-a nas salas. Eu percebo o quão difícil deve ter sido
para me ouvir dizer a mesma coisa.
Minha garganta se fecha antes que eu possa dizer. Então eu apenas aceno. Eu
fixo meu olhar visões sobre Lily novamente.
Ela é o meu passado, meu presente, meu futuro. Então, quando abro a porta e
deslizo para o assento do motorista, eu sou surpreendido como parece que eu
estou voltando para casa.

Meus nervos se acalmam quanto mais perto chegamos a nossa casa em


Princeton. Eu não consigo parar de ficar remexendo, e Lily se mantém me dando
olhares estranhos. Eu comento alguma história sobre um novo cliente para
Halway Comics.

Nosso apartamento parece abandonado quando andamos dentro.
—Rose! — Lily chama. Ela não sabe que Rose está hospedada esta noite com
Connor, que eu tenho especificamente desocupado este lugar para nós.
—Ela deve estar trabalhando até tarde — eu digo.
—Ela trabalha muito — Lily vai para a cozinha. — Talvez devêssemos cozinhar
seu jantar...— Ela pensa sobre isso, provavelmente lembrando que ela não sabe
cozinhar. — Ou encomendamos o seu jantar e levamos para ela no escritório?
Ela gostaria disso.
Ela iria. Se ela estivesse em seu escritório.
—Tenho certeza de que Connor já teve o jantar entregue a ela — eu digo,
enganchando meus dedos nos passantes de seu cinto.
—Verdade. Ele tem passado mais tempo com ela, ultimamente, não é? Acho que
ele está preocupado que outro Sebastian vai enganá-la.
Estou surpreso que ela não está se concentrando no fato de que eu estou
puxando-a em meu peito. É cada vez mais fácil e mais fácil de tocar Lily sem ela
pular em meus ossos como um animal selvagem. Essa parte insana de que
provavelmente vai perder o seu desejo sexual louco. Mas a parte de mim que a
ama, a que eu escolho ouvir, e estou orgulhoso para caralho desta menina.
—Que tal chamá-lo uma noite? — Eu digo e escorrego minha mão para baixo na
parte de trás de sua calça jeans.
Ela engasga um pouco e agarra a minha camiseta. — Isso é o código para a
posição que nós vamos tomar? — Ela pergunta com um sorriso encantado.
—Eu não falo em código. Você saberá exatamente o que eu quero. — Eu aperto
sua bunda. — Eu. E. Você. Quarto. Agora — Meus dentes mordem o lóbulo da
sua orelha levemente, e sua respiração se aprofunda. E então eu pressiono beijos
em seu pescoço. No quarto, ela se contorce de tanto rir.
—Ok! Ok! Ok! — Ela joga as mãos em sinal de rendição. — Não me agrade
com seus beijos! Isso é um jogo sujo.
Eu não posso parar de sorrir.
Ela gira sobre os calcanhares, e eu a sigo pelas escadas. Ela para algumas vezes
para verificar se estou bem atrás dela. Na terceira vez, eu lhe dou um olhar. —
Você acha que eu vou desaparecer, amor?
—Talvez — ela diz baixinho e depois foge o resto do caminho.
Ela pressiona as costas contra a porta, bloqueando nossa entrada. Eu tento
manter a calma, mas eu sei o que está por trás dessas portas. E ela, sem saber,
prolonga este processo.
—Eu acho que estou indo para obter gordura com esses bolinhos — ela me diz,
saboreando este fato.
—Você deveria vender os bolinhos, não comê-los.
—Quem fez essas regras?
—Capitalistas.
Ela enruga seu nariz. —Eu gosto do meu jeito.
Concordo com a cabeça para a porta. — Você vai entrar?
—Eu estou tentando algo novo — ela me diz.
Jesus Cristo. Ela tem que escolher hoje à noite para sua realização pessoal?
—Devemos discutir rosquinhas em seguida?— Eu digo em tom de
brincadeira.
Ela parece que ela está levando isso em consideração, e eu dou. Eu chego
passando por sua cintura e giro o botão, abrindo a porta atrás dela para trás.
Seus olhos ficam grandes, e ela ainda não virou. — Você está me testando?
Eu coloco minhas mãos em seus ombros e a levo para trás, levando-a lentamente
para o nosso quarto. Passo a passo. Seus olhos fixos no meu até que ela olha para
baixo, obviamente sentindo algo macio sob seus pés.
—O que…

Pétalas vermelhas decoram o chão do quarto enquanto velas cintilavam sobre a


cômoda e cabeceira. É simples e perfeito. Eu caio para o meu joelho.
Suas mãos pressionaram seus lábios, ao ver o berrante anel em sua mão
brilhando. Ele representa coerção e decepção, todas as razões erradas para um
casamento que deve ser preenchido com amor. Nós temos vivido através de
mentiras por muito tempo. Eu estou pronto para isso, para ser honesto, não outra
farsa. Eu estou tão pronto para ela, para tirá-lo. Seus olhos já se encheram de
lágrimas e eu ainda nem sequer falei.
Eu retiro uma pequena caixa do bolso. Colorido e envolto em tiras de
quadrinhos.
Todos os meus nervos escoam para fora de mim. Estou cheio de algo mais, algo
quente e puro que me faz nunca querer sair deste momento.
—Lily Calloway, você quer se casar comigo, de verdade dessa vez?
Eu abro a caixa, e um rubi cortado em um coração envolto por diamantes brilha
para ela.
—Sim! — Ela pula um pouco, as lágrimas escorrendo dos cantos dos olhos. Me
levanto em meus pés, e com um beijo, eu a tenho firmemente plantados na Terra.
Ela emaranha seus dedos no meu cabelo e me deixa aprofundar o beijo.
Quando paramos, ela começa a arrancar o seu berrante de seu anel. Ela fica com
os olhos arregalados. — Lo, não está saindo, — ela entra em pânico. — Ele não
está saindo.
—Acalme-se — Eu influencio. Eu tento, mas está apertado em torno de seu dedo
inchado. Talvez ela tenha ganhando algum peso. Eu a beijo e tomo sua mão na
minha, levando-a para o banheiro. Gastamos um par de minutos cobrindo seu
dedo no sabão antes de se soltar e cair sobre o balcão.
E se o meu anel não couber nela?
Ela pega a caixa, e tomo dela. — Deixe-me — eu digo.

Ela estende a mão. O anel desliza sem esforço, o sabão sobra em seu dedo,
provavelmente, ajudando. Ela avalia o rubi por um longo momento. — Eu amo
isso, Lo — Seus olhos brilham como eles encontram os meus. — Eu te amo
mais.
Depois de tudo que passamos. Anos e anos de erros, me sinto como se estivesse
num sonho neste momento. Agora mesmo. Sóbrio. Vivo. Com ela.
Eu a puxo para mim, e eu me inclino para um beijo. Sua mão instintivamente
levanta e desliza através da parte traseira de meus ombros. Quando se separam,
eu descanso minha testa na dela. Nossas respirações se misturam e eu digo: —
Eu tenho outra proposta. Ou... mais como uma confissão.
—É ruim? — Ela sussurra.
—Terrível.
Ela não se afastar da nossa proximidade e seus olhos presos aos meus lábios.
—Eu dou conta disso.
—Eu não sei nada sobre isso.
Seus lábios se contorcem enquanto ela reconhece o tom da minha voz. Ah, como
eu amo a provocá-la.
Eu cutuco o nariz dela antes que meus lábios encontrarem seu ouvido. Eu belisco
suavemente antes de dizer, — Eu confesso, que gosto muito de fazer amor com
você — Meu coração faz uma dança nas últimas palavras. Nós nunca dissemos
fazemos amor. Nós fodemos. Fazer amor é para o coração mole, sem passado
revestido de alcatrão. Lily afirma que ela não merece fazer amor, mas estou
determinado a mudar sua atitude.
—É diferente do que foder? — Ela me pergunta com os olhos arregalados.
—Muito.
Linhas de expressão vincam sua testa. — Como?
—Eu vou te mostrar.
Seus olhos se iluminam com possibilidades, mas ela não insiste, não pede ou me
obriga para mais.
Ela espera por mim. Assim como eu pedi.


























Material bônus
Kiss the Sky

PRÓLOGO & CAPÍTULO UM

—Você quer saber da vida real, garoto? — Um homem me disse uma vez. —
Você tem que conhecer a si mesmo em primeiro lugar — Ele bebeu uma garrafa
de bebida a partir de um saco de papel, sentado nos degraus de porta dos fundos
de um hotel cinco estrelas. Andei no exterior do hotel precisando de ar, era meu
décimo aniversário. Todos na sala de convenções têm de trinta e cinco e para
cima. Nem um único garoto da minha idade.
Eu usava um terno muito apertado, e tentei ignorar o fato de que dentro minha
mãe com um estômago inchado apenas tamborilava em torno de seus parceiros
de negócios. Mesmo grávida, ela ordenou cada pessoa nessa sala com reticências
e estoicismo que eu poderia facilmente imitar.
—Eu sei quem eu sou — eu disse a ele. Eu era Connor Cobalt. O garoto que
sempre fez certo. O garoto que sempre sabia quando calar a boca e quando falar.
Mordi a língua até sangrar.
Ele olhou para o meu terno e bufou. — Você é nada além de um macaco, garoto.
Você quer ser aqueles homens lá dentro — Ele acenou para a porta atrás dele. E
então ele se inclinou para perto de mim, como se fosse confessar um segredo, o
seu fedor de vodca quase me batendo para trás. E, no entanto, eu ainda antecipei
suas palavras. — Então você tem que ser melhor do que eles.
O conselho de um velho bêbado ficou comigo mais do que qualquer coisa que
meu pai sempre disse. Dois anos mais tarde, minha mãe me se sentou no salão
da família para entregar a notícia de que eu teria paralelo com a memória. Isso
em forma, de alguma forma catalítica.
Você vê, a vida pode ser dividida em anos, meses, memórias e momentos
ondulantes. Três momentos definidos.
Um.
Eu tinha doze anos. Passei as férias em Faust, internato para jovens garotos, mas
em um lance de sorte de um fim de semana, decidi visitar a casa de minha mãe
fora da Filadélfia.
Ela escolheu então me dizer. Ela não definiu uma data, planejou o evento, ou
tornou algo maior do que ela achava que era. Ela deu a notícia como se ela
estivesse disparando um empregado.
— Seu pai e eu nos divorciamos.
Divorciada. Como no tempo passado. Em algum lugar ao longo da linha, eu
tinha perdido algo dramático em minha própria vida. Ele tinha passado bem
debaixo do meu nariz, caralho, porque minha mãe acreditava que significava
muito pouco. E ela me fez acreditar nisso também.
A sua separação foi considerada amigável. Eles haviam crescido além. Katarina
Cobalt nunca tinha me deixado entrar em sua vida cem por cento. Ela não deixou
ninguém ver além do que ela lhes deu. E foi neste momento que eu aprendi esse
truque. Aprendi a ser forte e desumano de uma vez.
Perdi contato com Jim Elson, meu pai. Eu não tinha nenhum desejo de reacender
um relacionamento com ele. As verdades que nos mantinham perto foram apenas
dolorosas se eu deixá-las ser, e me convenci muito bem que eles eram apenas
fatos. Segui em frente.
Dois.
Eu tinha dezesseis anos. Na sala de estudo escura de Faust, fumo nublando o ar,
dois veteranos avaliam uma linha de dez indivíduos, parando em frente de cada
promessa.
Participando de uma sociedade secreta era o equivalente de ser aceito para uma
equipe de lacrosse. Vestido com calças preparatórias, blazers, e laços, o lote de
nós deveriam dar graça as salas de Harvard e Yale e repetir os mesmos erros
novamente.
Eles fizeram a cada indivíduo uma pergunta idêntica e cada um respondeu com
um sim submisso e simples, e foi dito para cair de joelhos. Em seguida, eles
voltaram seus olhos para o próximo menino.
Quando pararam na minha frente, eu fiquei relativamente composto. Eu tentei
principalmente ocultar um crescente, sorriso vaidoso. Pareciam dois macacos
batendo no peito e pedindo uma banana. A coisa sobre mim, que eu não estava
tão disposto a dar qualquer um à merda de banana. Cada benefício deve superar
os custos.
—Connor Cobalt — o loiro disse, olhando de soslaio. — Você vai chupar o meu
pau?
A pergunta era para mostrar quão dispostos fôssemos em seguir ordens. E eu
sinceramente não tinha certeza o quão longe eles iriam, tudo para provar este
ponto.
O que eu ganho com isso?
O prêmio seria uma sociedade em uma panelinha social. Eu acreditava que
poderia obter de uma maneira diferente. Eu vi um caminho que ninguém mais
fez.
—Eu acho que você tem ao contrário — eu disse a ele, com um sorriso que
espreita completamente. — Você deve chupar o meu pau. Você iria gostar mais.
As pessoas caíram na gargalhada, e o loiro deu um passo adiante, seu nariz quase
me tocando. — O que você acabou de me dizer?
—Eu pensei que fui perfeitamente claro pela primeira vez — Ele estava me
dando à oportunidade de dobra-lo para baixo novamente.
Mas se eu queria ser liderado por um grupo de envenenado macacos com
testosterona, eu teria que me juntar ao time de futebol.
—Você não estava.

—Então deixe-me reiterar — Eu me inclinei para a frente, a confiança que escoa


por todos os poros. Meus lábios roçaram seu ouvido. Gostava que mais do que
ele pensou que ele faria. — Chupem. Meu. Pau.
Ele me empurrou para trás, vermelho brilhante, e minha sobrancelha arqueada.
—Problemas? — Eu perguntei a ele.
—Você é gay, Cobalt?
—Eu só me amo. A esse respeito, talvez. E ainda, não vou surpreendê-lo. —
Com isso, eu deixei a sociedade secreta para trás.
Oito das dez promessas se juntaram a mim. Três.
Eu tinha dezenove anos. Na Universidade da Pensilvânia, Ivy League.
Eu participei da Universidade da Pensilvânia, uma Ivy League, e fiquei com
quarenta outros alunos embaixadores. Calouros ansiosos encheram o auditório,
esperando ser admitido no Programa de prestígio de Honra como eu era fui uma
vez. Gostaria de ter um grupo deles em turnê do campus antes de sua entrevista
com o Dean.
—Olhe ao redor da sala — Dean disse a eles. O calouro olhou por cima dos
ombros para atender os rostos de seus concorrentes. Do meu lugar junto à
parede, eu fechei os olhos brevemente com uma morena não terceira fila. Seu
estreito, olhar fixo brutal fez com que as meninas ao lado dela se encolhessem
em seus assentos.
Mas ela estava focada apenas em mim. Eu fiz com boca, Olá Rose.
Ela leu meus lábios também. Morra Richard, ela respondeu de volta, usando o
meu primeiro nome verdadeiro.
Faust derrotou sua escola de preparação na Conferência das Nações Unidas
sobre o modelo de um ano atrás, e foi a sua última chance de me bater em
alguma coisa antes de eu entrar na faculdade. A menina defumava raiva cada vez
que ela precisar de mim, cada vez que ela foi forçada a me ouvir falar.
Ela me fez perceber que nada era melhor do que ganhar. Nem mesmo sexo.
Embora, eu nunca tivesse tocado Rose. Ela mais ou menos cuspia em qualquer
cara que chegou muito perto.
—Certifique-se de olhar em volta — Dean repetiu. — Porque há uma chance de
que noventa por cento que alguém nesta sala será o seu futuro cônjuge.
Eu assisti Rose e esfreguei meus lábios para esconder um sorriso ainda maior,
porque eu sabia que ela estava indignada pela simples ideia. Ela seria mais
provável para cortar um pau do que montar um. Rose foi a Calloway herdeira de
Fizzle, a filha de um império internacional que rivalizava com refrigerante Pepsi
e Coca-Cola. Mas ela não deixou a fama defini-la. Ela trabalhou duro e ela foi
naturalmente dotada em dizer a homens irem se foder.
Eu não acredito em sorte, mas por alguma estranha coincidência, ela foi
distribuída aleatoriamente no meu grupo para a turnê.
—Você de novo — disse ela.
Eu não a tinha visto em mais de um ano. E, no entanto, que nós pegamos
exatamente onde paramos. Nós sempre fizemos.
Ela acrescentou: — Eu venci o seu internato estúpido este ano no Modelo da
ONU, você sabe.
—Eu não estava lá, então eu não estou surpreso que Faust perdeu para Dalton —
Eu tinha me formado um ano antes dela.
Ela chupou em uma respiração afiada, seus olhos verdes amarelados tentando me
penetrar, um olhar que faria provocar uma enxurrada de fiascos entre o corpo
estudantil masculino. E ela nem sequer sabe disso. — Eu não sou uma idiota.
—Você não é — eu concordei. — Você é perceptiva, mas dez metros à direita
está Ashley Gracen. Ela ganharia você em qualquer jogo, intelectual ou atlético.
No extremo de volta, cinquenta metros de distância ficam Beth Anne Johnson.
Ela bateu sua pontuação de teste sem estudar. — Mas Rose Calloway era
diferente de todas as meninas em Penn. Ela estava na moda. Mas não uma
menina do círculo estudantil feminino. Ela era um gênio em papel. Mas não uma
jogadora da equipe. Ela foi rápida a odiar os outros. Mas não contra amoroso.
Ela era uma equação complicada que não precisava ser resolvido.
—Tudo o que prova é que você tem uma alta proficiência para perseguir as
meninas.
Eu gostaria de saber a minha concorrência. — Você deve possuir a mesma
habilidade, então.
Seus olhos se estreitaram. — Eu não persigo as meninas.
—Não, você só persegue rapazes. Você procurou na sala por mim quando você
entrou aqui.
Seus lábios pressionados em uma linha fina. Após uma longa pausa, ela disse,
—Eu não fiz.
Inclinei a cabeça, o meu sorriso que estoura completamente. E nós encaramos
um ao outro por um longo tempo. Todo mundo nas proximidades nos
observavam. Mas nós estávamos presos em nosso próprio mundo. Em nossa
própria batalha pessoal. Eu não tinha certeza se jamais seria um vencedor. Eu
não tinha certeza se queria ver o dia em que um de nós demolisse o outro.
Então o jogo iria terminar. E onde estava à diversão nisso?
—Tudo bem — ela respondeu, caindo sob o meu olhar persuasivo. — Eu estava
procurando por você. Somente apenas porque eu acho que você é o que é, o ser
mais narcisista, egoísta hipócrita humano no universo.
—O universo? Eu não sabia que você é tão bem-viajada. Ela olhou. — Cale-se.
Olhei-a e pensei em uma coisa. Ouvi dizer que durante uma aula de saúde no
Dalton Academy, sua escola de preparação, ela tomou sua boneca e esfaqueou o
recheio com um par de tesouras. Outra pessoa disse que ela rabiscou sobre a
testa do bebê e entregou-o ao professor. A nota: Eu não vou cuidar de um objeto
inanimado, a menos que os meninos façam também.
As pessoas pensavam que ela estava louca em um gênio numa espécie de
caminho. — Eu vou devorar sua alma.
Eu pensei que ela estava fodidamente fascinante.
E, em seguida, Caroline Haverford quebrou a nossa brincadeira de raciocínio
rápido. Ela desfilou para o meu grupo, segurando uma Fizz diet, seu cabelo
castanho elegante em seus ombros. Ela andava a cavalo todos os dias e era um
outro entalhe na comunidade WASP. As famílias ricas, socialites, equitação,
golfe, Ivy Leagues, escolas preparatórias. Eu tinha sido cercado por tudo por
dezenove anos.
Ela era uma outra cara eu me lembrava. Outro nome que eu me importava pouco
sobre, mas a certeza que eu sabia.
E ela me olhou com aquele olhar predador que disse: Que uso você será para
mim? Será que vou me casar com você algum dia e ter todo o seu dinheiro
porra?
Depois de uma cordial saudação, praticamente empurrando Rose de lado, ela
perguntou: — Você ainda pratica esgrima?
—Sim, Connor, você ainda pratica esgrima? — A voz gelada cortou o ar
enquanto Rose interrompeu novamente.
E quase trouxe um sorriso cheio ao meu rosto.
Antes que eu pudesse responder que não, Caroline definir suas vistas em Rose.
— Harper Woodrow me disse que você ainda é uma virgem.
Ele saiu do campo da esquerda, uma ligeira óbvio que causou Rose a girar em
minha direção e silenciosamente dizer, não se atreva a pena de mim. Eu não
faria isso. Não para isso.
Caroline acrescentou: — Posso dar-lhe o nome de um cara que iria de bom grado
lhe livrar dela.
—Eu prefiro fazer um colar com os dentes.

Caroline soltou uma risada curta, e Rose plantou um olhar dolorosamente duro
sobre ela, inflexível.
E então a boca de Caroline caiu. — Você está falando sério?
—Você está certa — disse Rose, — Connor tem os dentes mais bonitos. Qual foi
o custo para branquear? Mil dólares?
—Não quase tanto assim.
—Você os daria a mim?
Ela gostava de brincadeiras desta forma. E de bom grado jogado nele. — Não
sem um preço.
A cabeça de Caroline chicoteava entre nós.
—Não — disse Rose. — Eu quero que eles apenas por querer.
—Não é assim que o mundo funciona.
Caroline exclamou: — Ela não saberia de forma diferente. Ela está acostumada a
ter as coisas entregues. — Ela segurou sua Fizz Diet para demonstrar exatamente
de onde toda a fortuna de Rose veio.
Rose inalou uma respiração afiada.
Ela falou só porque tinha um coração estragado, mal-intencionado. Ela estava
me levando a algum lugar que ela teve problemas para encontrar sozinha.
Então eu ignorei e Caroline cutucou. — Que tipo de homem iria lhe dar os
dentes de graça?
Rose olhou para mim com surpresa, como se eu rachei algum código dela. Ele
iluminou meu coração em chamas.
—O tipo que me ama.
—Você ia colocar um cara meio que em um grande teste? Ela encolheu os
ombros. — Por que não?
—Porque é impossível alcançar.
—Então, que seja.
Eu acreditava que ela queria ficar sozinha para sempre. Eu acreditava que ela
estava com medo de ser amada de verdade.
Caroline murmurou tão baixou que só eu pude ouvir, — Ela é uma cadela — Ela
esperou por mim para confirmar o fato.
Era difícil negar a cadelisse de Rose Calloway, mas ela era cativante de uma
forma que Caroline não foi. A maioria dos homens vai concordar comigo, e eu
não seria capaz de explicar por que os caras achariam Caroline chata, mas eles
estavam loucamente, profundamente, anatomicamente atraídos para Rose.
E, em seguida, Caroline derramou seu refrigerante todo vestido de Rose.
O passeio não tinha sequer começado. Sua entrevista foi ainda marcada naquela
tarde. A resposta automática de Rose foi para resolver a crise, não amaldiçoar a
Caroline. Sem dizer uma palavra, ela caminhou rapidamente em seus
calcanhares ao banheiro.
Caroline agarrou meu pulso antes seguir Rose. — Eu vou estar aqui — ela me
disse.
—Eu sei — Caroline era o tipo de garota a qual eu estava destinado. Ela era o
meu futuro. Mas não foi feito lutando por outro. Um futuro que iria mudar minha
vida rudimentar em algo mais emocionante.
Eu queria a porra do desafio.
O caminho fácil sempre foi o mais chato.
E eu gostaria de ser condenado a perder essa chance.
E eu corri para baixo do centro do estudante, desacelerando para uma caminhada
quando cheguei ao banheiro das meninas. Abri a porta, e uma menina morena,
com saltos de quatro polegadas e um vestido azul conservador ficou ao lado da
pia, esfregando uma mancha com toalhas de papel molhado, os olhos injetados
de raiva e ansiedade.
Quando ela me viu entrar, dirigiu toda a sua frustração reprimida pela entrada do
meu corpo. — Esse é o banheiro das meninas, Richard — Ela usou o meu
primeiro nome e tentou atirar uma toalha de papel para mim. Mas ela caiu no
chão.
—Eu estou ciente.
—Então o que você está fazendo aqui? — Ela jogou as mãos para cima. — Você
sabe o quê, você deve estar feliz. Eu não estou indo para ser aceita no Programa
da Honra. Você vai ser capaz de se regozijar com esta vitória também.
Eu vim para o lado dela e joguei as toalhas ensopadas no lixo, e minhas ações
começaram a afrouxar seus ombros enquanto ela me observava de perto. Então
eu comecei a livrar o meu blazer vermelho.
—O que você está fazendo? — Ela perguntou.
—Isto é o que parece, ajuda.
Ela balançou a cabeça. — Eu não quero estar em dívida com você. —, apontou
outro dedo para mim e deu um passo atrás. — Eu sei como você trabalha.
Entendi. Você faz coisas para os alunos e eles têm que pagar de volta de alguma
forma doente. — O custo de oportunidade. Benefícios. Ofertas. Eles formam a
base da minha vida.
—Eu não estou prostituindo pessoas. Eu estendi meu blazer. — Não há um fio
ligado a isso. Eu não estou esperando nada em troca. Pegue.
Ela só ficava balançando a cabeça para mim. Minha mão caiu. — O quê?
—Por que você age assim em torno de Caroline? — Perguntou ela, de repente.
Fingi confusão. — O que você quer dizer?
—Como isso! — Ela rosnou em aborrecimento, o que quase me fez sorrir. —
Caroline irrita você também, e ainda, você fica lá e conversa com ela como se
ela fosse um amigo perdido há muito tempo.
—Eu não — eu neguei.
Ela colocou as mãos nos quadris e me imitou como fiz mais cedo naquele dia.
—Você monta bem, Caroline. Eu vi você no evento equestre na semana passada.
Como está sua mãe?
—Eu estava sendo gentil. Se você não estiver familiarizado com o sentimento,
eu ficaria feliz em mostrar-lhe.
Ela rosnou novamente. Eu sorri.
—Você é diferente em torno de certas pessoas — ela me disse. — Eu te conheço
o suficiente de conferências acadêmicas para vê-lo. Você age de uma maneira
com eles e outra comigo. Como eu sei quem é o verdadeiro Connor Cobalt?
Você nunca saberá. — Eu sou tão real com você como eu posso ser.
—Isso é uma besteira completa — ela xingou.
—Eu não posso ser você — eu disse a ela. — Você deixa um rastro de corpos
com seus olhares. As pessoas têm medo de se aproximar de você, Rose. Isso é
um problema.
—Pelo menos eu sei quem eu sou.
Tínhamos alguma forma de atrair para o outro. Eu me elevava sobre ela, mais
alto do que a maioria dos homens e construído como um atleta. Nunca me
curvava e, nunca recuava. Eu usava minha altura com orgulho.
Ela ergueu o queixo para me combater. Eu a empurrei para ser o melhor que ela
poderia ser.
—Eu sei exatamente quem eu sou — eu disse com toda a confiança que possuía.
— O que perturba você, Rose, é que você não tem ideia de que tipo de cara que
sou — Claro que eu faço. Você é falso.
—Eu sou real quando eu preciso ser, — eu a lembrei. — Se as pessoas olham
para mim e verem os meus problemas, então eu sou inútil para eles. Então, eu
dou exatamente o que querem. Eu sou quem ou o que eles precisam. — Eu
estendi meu blazer novamente. — E você precisa de uma jaqueta de merda.
Ela relutantemente levou o blazer, mas hesitou. — Eu não posso ser você, —
disse ela. — Eu não posso internalizar todos os meus sentimentos. Eu não
entendo como você pode fazer isso.
— Prática.

Ela passou os braços através do blazer, o tecido nanismo seu corpo esbelto, mas
abrangeu a mancha. E isso era o que importava. Ela abriu a bolsa e tirou um kit
de costura. — Ajude-me com as mangas. — Ela estendeu um braço.
Eu rolei o tecido até seu pulso enquanto ela arrumou o corpo para caber seu
tamanho. Ela começou sua própria linha de moda, aos quinze anos, então eu não
estava surpreso que ela carregava em torno de uma agulha e linha. Ela nunca
falou muito sobre Calloway Couture com ninguém. Mas eu percebi que a
empresa significava o mundo para ela desde ela trabalhou para mantê-lo à tona
durante anos.
— Eu preciso do seu outro braço, — eu disse a ela.
Ela deu para mim, mas ela finalmente ficou rígida com a minha proximidade.
Nossos olhos se encontraram por um momento prolongado. Havia tanta coisa
entre nós que eu não estava pronto para descobrir logo em seguida. Eu não
estava preparado para as conversas profundas que ela iria me forçam a ter.
Rose Calloway não poderia estar por causa do que eu era, um cara que queria
chegar ao topo. A ironia era que ela queria a mesma coisa. Ela simplesmente não
estava disposta a fazer o que eu estava para chegar lá.
Ela respirou fundo. — Por que eu sempre sinto que estou lutando uma parede de
tijolos quando eu falar com você?
E então ela deu um passo atrás e terminou costura.
Eu não tenho nada real para dizer. Eu não conseguia formar as palavras. Eu
passei anos construindo barreiras e defesas.
Eu poderia cuidar de uma mulher melhor do que qualquer outro cara podia. Mas
minha mãe nunca me ensinou a amar.
Ela me ensinou sobre ações e história e línguas diferentes. Ela me fez
inteligente.
Eu sabia o que era sexo. Eu sabia o que era afeto. Mas o amor? Esse foi um
conceito ilógico, algo tão fictício quanto a Bíblia, Katarina Cobalt diria. Quando
eu era criança, eu pensei que o amor pertencia a fantasia com bruxas e monstros.
Não poderia existir na vida real, e se o fizesse, era apenas como religião, apenas
para fazer as pessoas se sentirem bem.
Amor.
Que era falso para mim.

E eu quase rolei meus olhos. Lá vai você, Connor. Isso é algo real, caralho. Isso
é algo do coração.
— Rose, — eu comecei. E ela se virou para olhar para mim. E seu olhar era
como as profundezas do inferno. Gelado. Amargo. Tumultuado e de dor. Eu
queria suportar tudo isso. Mas eu não podia mostrar-lhe todas as cartas, me
detive de fazê-lo.
Eu não podia deixá-la entrar. Eu perderia o jogo em primeiro lugar. E ele tinha
apenas começado. — Você vai fazer grande.
E foi isso.
Ela tinha ido embora.
Através de um amigo de um amigo, soube que Rose Calloway foi aceita no
programa de Honra. Eu soube que ela negou o pedido para participar Penn. Por
alguma razão, ela escolheu Princeton, nosso colégio rival.
Seis meses mais tarde, comecei a me encontrar com Caroline Haverford. Não
muito tempo depois, ela se tornou minha namorada.
Era uma vida que eu vi chegando. Era uma que eu estava preparado.
Não havia nada de espontâneo ou de fascínio sobre ela.
Aos dezenove anos, tudo era apenas prático.
Cinco anos depois...




[1]

ROSE CALLOWAY

Você conhece as histórias onde o homem forte, musculoso, com a cabeça


erguida, com o peito inchado, e seus ombros atarracados puxando para trás, ele é
o rei da selva, o grande homem no campus, aquele que treme os joelhos das
meninas. Ele carrega um ar de superioridade injustificado para o fato puro que
ele tem um pau, e ele sabe disso. Ele espera que a garota para ir com a língua
presa e concordar com sua cada demanda.
Bem, eu estou vivendo essa história agora.
O homem se instala em um lugar à cabeceira da mesa de conferência (em vez da
cadeira mais próxima de mim) e apenas olha na minha direção.
Talvez ele ache que eu vou ser aquela garota estupefata. Que eu vou encolher
sob seus olhos cinzentos profundos e seu cabelo loiro penteado e lavado. Tem
vinte e oito, com estilo Hollywood e justiça própria. Quando eu falei primeiro
com ele, atores e produtores e diretores de nome caiu, esperando por mim para ir
de queixo caído e Dunga. — Eu sei que é assim. Eu fiz um projeto com a sua
face.
Meu namorado tinha que pegar o telefone da minha mão, antes me amaldiçoou
para irritar a merda fora de mim. Há certas pessoas que apenas rastejam debaixo
da minha pele, e eu tenho um desagradável hábito de falar o que vem a minha
mente, mesmo se os meus pensamentos não são os mais amáveis.
Ele finalmente fala. — Você tem os contratos? — A cadeira chia enquanto ele se
inclina para trás.
Eu retiro a pilha de papéis da minha bolsa.

— Traga-os aqui. — Ele faz um gesto para mim com dois dedos.
—Você poderia ter sentado ao meu lado —, eu respondo, estou em dois saltos
robustos com botões de metal militar inspirada e parte da nova coleção Calloway
Couture.
— Mas eu não fiz — diz ele facilmente. — Venha aqui.
Meus saltos tilintam do outro lado da madeira, e eu faço a perigosa caminhada
até Scott Van Wright.
Ele tem adereços no tornozelo, na coxa, o dedo no rosto enquanto ele
descaradamente examina meu corpo. De minhas pernas finas, até a bainha do
meu vestido plissado preto com mangas três quartos, e para a gola alta que
enquadra o meu torcicolo. Ele traça os meus lábios com gloss escuro, minhas
bochechas coram, e ignora olhar direito sobre meus olhos, gastando um
momento extra em meu peito.
Eu paro perto de suas pernas e jogo os contratos sobre a mesa na frente dele.
Eles deslizam para fora da superfície polida e pousam em seu colo. Uma pilha
desliza para o chão. Eu sorrio amplamente já que ele tem de curvar-se
desajeitadamente para alcançá-los.
— Recolha isso —, ele me diz.
Meu sorriso desaparece. — É debaixo da mesa.
Ele inclina a cabeça, dando-me uma vez mais uma longa olhada — E você
deixou cair".
Ele não pode estar falando sério. Eu cruzo meus braços, não respondendo ao seu
pedido. Ele apenas se senta lá, esperando por mim para cumprir.
Isso é um teste.
Estou acostumado a eles. Às vezes eu mesmo distribuo, mas este vai me levam a
lugar nenhum.
Se eu me curvar, ele vai estabelecer este estranho poder sobre mim. Ele vai ser
capaz de me dar ordens, da mesma forma que Connor Cobalt pode forçar as
pessoas a fazer o seu lance com palavras simples.
É o presente de um manipulador.
Eu não estou nem perto de possuí-lo. Eu acho que eu uso as minhas emoções
demais para ter esse tipo de influência sobre outras pessoas.
— Pegue-o —, ele diz seu olhar parando nos meus seios novamente.
Eu me lembro de por que eu preciso de Scott e por que eu quero um enxame de
câmeras para documentar cada movimento meu. Eu inalo. OK. Você tem que
fazê-lo, Rose. O que for preciso. Eu tremo e caio de joelhos. Em um vestido.
Este é um trabalho para um assistente pessoal, não um cliente.
Eu ouço o clique sua caneta enquanto recolho os papéis. Eu não estou vestindo
um top decotado. Eu não tenho seios enormes para comer com os olhos também.
O máximo que ele pode fazer é dar um tapa minha bunda e tentar espreitar o
meu vestido, a bainha perigosamente crescente nas minhas coxas.
Quando fico para trás e bato os papéis na mesa, seus lábios curvam ascendentes.
Scott Van Wright (imbecil) 1 - Rose Calloway (patética) 0.
Sento-me na cadeira mais próxima, enquanto Scott enche os contratos em sua
pasta.
Meu namorado me pediu para trazer o seu advogado para a reunião, mas eu não
queria que Scott pensasse que eu não poderia lidar com a situação sozinha. Eu
não vou ter um advogado enquanto as câmeras me seguem, e eu prefiro tomar o
comando agora.
Não que eu esteja fazendo um ótimo trabalho.
Se eu pedi Scott para fazer qualquer coisa, ele iria rir de mim. Mas eu assisti a
alguns cursos de direito, antes de me formar na Princeton. Conheço meus
direitos.
— Só para termos isso claro, você trabalha para mim —, eu o lembro. — Eu
contratei você para produzir o show.
—Que bonitinho. Mas depois que você assinou esse contrato, você se tornou
oficialmente a minha empregada. Você é o equivalente a uma atriz, Rose.
Não. — Eu posso demiti-lo. Você não pode me demitir. Isso não faz de mim sua
empregada, Scott. Isso me faz sua chefe.
Eu espero ele retirar-se desta batalha perdida, mas ele balança a cabeça como se
eu estivesse errada. Eu sei que estou certa... Certo? — Minha empresa de
produção tem a propriedade exclusiva sobre qualquer coisa que o filme das
irmãs Calloway na rede de televisão. Se você me demitir, precisa ser por justa
causa e você não pode saltar para outro produtor. Eu sou sua única chance de ter
um reality show, Rose.
Lembro-me da cláusula, mas nunca pensei que seria um problema. Achei que
ficaria em torno de Scott talvez duas vezes durante todo o processo de filmagem.
Mas estas foram suas primeiras palavras quando ele entrou na sala de
conferência: — "Nós vamos nos ver uns aos outros várias vezes. — Adorável.
Meus olhos se aqueceram. Eu tenho que admitir em um presente. Ele ganhou. De
alguma forma. Eu odeio isso.
"Então, agora que temos isso bem claro", diz ele, sentando-se mais perto de
mim. Seus joelhos quase batem no meu. Eu estou absolutamente rígida. — Há
alguns detalhes que precisamos para passar por cima no caso de você
desobedeça ao contrato.
— Eu não faria uma coisa dessas.
— Bem, evidentemente, você não estava usando uma parte do seu cérebro ou
então você teria percebido que você trabalha para mim agora. E não teríamos
desperdiçado... — Ele verifica o relógio —... Cinco minutos do meu tempo.
Ele pisca e me dá um sorriso sarcástico como se eu fosse uma menina.
— Eu não sou uma idiota —, eu respondo. — Eu me formei como a melhor da
minha classe, a maior nota.
— Eu não me importo sobre o seu grau de merda —, diz ele bruscamente. —
Você está no mundo real agora, Rose Calloway. Nenhuma universidade vai
ensiná-la a navegar nesta indústria.
Eu não sei muito sobre televisão na realidade, mas eu tenho sido imersa na mídia
tempo suficiente para saber que pode ajudar alguém tanto quanto pode destruí-
los.
E eu preciso de ajuda.
Eu entendo exatamente, por isso a rede iria ter interesse nas filhas de Fizzle. A
marca do meu pai tem batido a Pepsi nos últimos dois anos em vendas, e eles
estão trabalhando para fazer Fizzle o refrigerante de escolha entre os estados do
sul. Nós devemos ser tão anônimos como o rosto atrás de Coca-Cola, mas desde
que a minha família foi empurrada para o olho público, nós estivemos sob
intenso escrutínio, e é tudo por causa do escândalo da minha irmã mais nova.
Minha marca deveria ter explodido em todos os meios de comunicação e
imprensa, mas o nome Calloway Couture tem sido associado com os segredos
sujos de Lily. E o que era uma vez uma linha de moda próspera em H&M foi
destituído em caixas e caixas, empilhadas no meu escritório de Nova York.
Eu preciso de uma boa exposição, o tipo que vai ter um casaco que mulheres
desejam um a cada momento, um único par de botas, uma bolsa acessível, mas
chique. E Scott Van Wright está me oferecendo um reality show de horário nobre
que vai tenta espectadores a comprar minhas peças.
Então é por isso que eu estou concordando com tudo. Eu quero salvar meu
sonho.
Scott diz: — Haverá câmeras em sua sala de estar e cozinha em todos os
momentos, mesmo depois que a tripulação de três pessoas deixa. Você só vai ter
privacidade em seus quartos e banheiros.
— Eu me lembro disso.
— Bom. — Scott clica sua pena. — Então talvez você vá se lembrar de que a
cada semana, eu espero ter entrevistas com o elenco, que inclui você, e suas três
irmãs.
— Não três —, eu digo. — Só Lily e Daisy concordaram com o show. — Minha
irmã mais velha, Poppy, não irá assinar o contrato porque ela não queria que sua
filha fosse filmada. Minha sobrinha já sofreu o suficiente com os paparazzi
desde escândalo de Lily.
— Tudo bem, ela teria sido uma adição chata de qualquer maneira. — Eu olho
furiosa.
— Eu só estou sendo honesto.
— Estou acostumado a despontar —, digo a ele. — Eu só encontro o seu crasso.
Ele me olha de uma maneira nova, como se minhas palavras carregassem uma
nuvem de feromônios tóxicos. Não estou entendendo. Eu sou assim.
Estou encarando como se eu quisesse arrancar seu pênis e, no entanto, ele é
atraído. Há algo de muito errado com ele.
E talvez o meu namorado.
E realmente, qualquer cara gostaria de estar comigo. Eu nem tenho certeza se
quero ficar comigo.
— Como eu estava dizendo... — Seu joelho escovas meu.
Eu rolo para trás, e ele só sorri mais. Este não é um jogo de gato-e-rato como ele
acredita. Eu não sou um rato. E ele não é um gato. Ou vice-versa. Eu sou a porra
do tubarão, e ele é um ser humano coxo no meu oceano.
E meu namorado, ele é da mesma espécie que eu.
— Continue—, eu estalo.
— Entrevistarei você, suas duas irmãs, o namorado de Lily e seu irmão. — 6
pessoas + 6 meses + 3 cinegrafistas + 1 = reality show de teatro infinito. Eu fiz a
matemática.
Scott realizará as entrevistas embora... Eu o lembro. — Você está esquecendo o
meu namorado —, eu digo. — Ele é uma parte do show também.
— Oh, certo.
— Não aja como você se esqueceu, Scott. Você acabou de dizer que estavam a
praticar a honestidade, e agora, bem, você está sendo um mentiroso.
Ele me ignora com um ligeiro sorriso divertido. — Cada episódio irá ao ar uma
semana depois de termos filmado. Como eu mencionei ao telefone, nós estamos
tentando fazer esse show em tempo real tanto quanto possível. Já se passaram
seis meses desde que foi divulgado que sua irmã é uma viciada em sexo.
Precisamos capitalizar fora esse zumbido o mais rápido que pudermos.
— Você e qualquer outra pessoa com uma câmera —, eu digo. Há sempre pelo
menos dois homens gordinhos estacionados fora da minha casa fechada com
lentes apontadas para nós. Lily brinca dizendo que eles estão provavelmente
rondando à espera para ela dar-lhes algo para explodir seus empregos. Seria mais
divertido se eu não vir o e-mail que pervertidos mandam-lhe, a maioria
acompanhada com fotos de seus órgãos genitais cabeludos, é um fã-clube
doente. Eu vasculho suas cartas antes de entregá-las para ela agora.
— E, por último —, diz Scott, — Você não tem nenhum controle sobre como
você está editando. Essa é a minha chamada.
Eu tenho tanto poder sobre o reality show quanto as fotos dos paparazzi.
Eu posso tentar agir como um anjo não argumentativo não mal intencionado no
filme, e Lily pode tentar ser um santo virginal. Contudo, no final do dia, as
câmaras nos pegam. Defeitos e tudo. E não há ninguém forçando algo diferente.
Essa foi à condição de que todos os meus amigos e irmãs acordaram.
Para fazer o show, nós não estamos fingindo ser outra pessoa. E eu nunca pediria
a eles.
Estamos a lançar os dados em um presente. As pessoas podem nos odiar. Eles já
chamam Lily de prostituta em blogs de fofocas. Mas na pequena chance de que
as pessoas cresçam para nós, minha ama companhia pode ser salva. Eu só
preciso de uma boa publicidade para que um varejista tenha uma razão para
estocar minha linha de roupas novamente.
E talvez Fizzle não seja tão machada pela impropriedade de Lily também. Talvez
a empresa de refrigerante do meu pai vai subir em ações, em vez de cair.
Essa é a esperança.
— Você está bem com isso? — Questiona Scott.
— Eu não sei por que você pediu. Eu assinei o contrato. Eu tenho que estar bem
com ele ou então você vai me levar ao tribunal.
Ele solta uma risada curta e verifica meu corpo pela terceira vez. — Eu não
posso imaginar o seu namorado sabe o que fazer com você.
— Porque você nunca o conheceu.
— Eu falei com ele. Ele soa maleável. — Ele bate com a caneta. — Se eu lhe
disser para cair de joelhos e chupar o meu pau, eu acho que ele faria.
Minhas narinas expandem. Estou furiosa. — Você acha isso? — Eu digo. — E
quando ele apunhalá-lo na frente do caralho, serei a único sorrindo ao seu lado.
Scott sorri para isso.
— Desafio aceito.
Picadas intelectuais estúpidas.
O engraçado é que eu estou namorando um.
Então, enquanto eu estou presa nesta luta pau idiota, eu sei que sou parcialmente
a culpada.
Eu sabia que deveria ter baixado meus padrões quando namorei um cara que
monta ao redor em seu skate com a camisa de dentro para fora. Sou careta.
Brincadeira. Vou levar meu namorado de terno e gravata. Vou levar o QI elevado
e as brincadeiras de tiro rápido. Eu só espero que a ânsia de Scott para lhe
perturbar não irá interromper o reality show.
Mas se eu sei alguma coisa, é esta: Meu namorado adora ganhar.
E ele odeia perder ainda mais.


Eu equilibro uma caixa com faturas antigas e um saco de salada e frango
primavera que está enganchada no meu braço, busco minhas chaves na minha
bolsa. Meu telefone ocupa uma palma da mão, e eu me esforço para manter a
perfeito equilíbrio em meu alpendre, oscilando em um par de botas de quatro
polegadas.
Eu moro em uma cidade universitária: Princeton, New Jersey. E minha casa
colonial fechada tem acres de alastrando terras verdes, persianas pretas e flores
de inverno. Mas agora, eu não posso ter o prazer da atmosfera serena.
Uma lente brilha à minha esquerda, as filmagens. O cara da câmera é mais ou
menos da minha idade, magro e desengonçado, sua braços e pernas magros e
longos. Em dois dias, Ben tem falado tanto quanto seus outros dois
companheiros, o que não é muito em tudo. Eles simplesmente filmam.
Sua presença é a única que distrai meu ato de malabarismo.
O molho vermelho do saco de plástico branco vaza, desaparecendo no meu
casaco e babando no meu macacão.
Eu malho em perigo, tentando manter um bocado de graça, mas minha caixa de
faturas começa a inclinar em cima de mim.
E então, de repente, o cartão é arrancado direito dos meus braços, e eu estou
deixando uma desajeitada, debruçado sobre posição, evitando o saco plástico
escorrendo como se fosse a fonte da praga bubônica.
Eu olho por cima do meu ombro e encontro os olhos de Connor. E eu rastrear
seus traços rapidamente: sua espessura, cabelo castanho ondulado, a pele e os
lábios cor de rosa justos, impressionantes olhos azuis e um sorriso vaidoso que
de alguma forma nunca o deixa em apuros. Ele usa confiança como seu terno
mais caro, com estilo e dignidade e muito charme. Eu imediatamente quero
combatê-lo, para coincidir com o sorrir para sorrir, sorrir para sorriso, palavra
por palavra. Mas agora, aquele olhar presunçoso não diminui minha miséria.

Embora, eu sou excessivamente grata por minhas faturas não estarem espalhados
ao longo da varanda. Minha margem de lucro é embaraçosa, e eu prefiro que
Connor não tenha um vislumbre dos números.
— Você está fazendo testes para jogar Quasimodo? —, Ele brinca. Eu piscar um
sorriso seco. — Muito engraçado.
— Dá isso aqui. — Ele aponta com os dedos para passar a comida.
— Não, eu tenho isso —, eu digo. — O dano já está feito. — Meu macacão vai
precisar ficar de molho em removedor de manchas por uma hora.
Ainda assim, ele se inclina e abre a porta com sua chave. Eu não sei por que isso
me desperta. Talvez o fato de que ele tem uma chave em tudo. Que ele vive
comigo. Eu ainda não posso acreditar que o nosso relacionamento se mudou para
esse nível. Especialmente desde que eu ainda tenho que compreender
plenamente Connor Cobalt, e estamos namorando para mais de um ano.
Ele é a pessoa mais difícil de entender porque ele faz com que seja assim. Mas
eu nunca iria admitir isso a Scott Van Wright.
Eu deveria estar feliz que o meu namorado salvou o dia, agarrando minhas
coisas, mas o fato de que eu arruinei isso me faz sentir desvendado, como se
meu cabelo é crespo, meu batom borrado, meu vestido torto, oh bem, está
manchado, então não é isso. E a minha boca se abre antes que eu possa desligá-
lo. — Você é bom naquilo.
Sua testa arqueia, vendo exatamente onde estou indo. — É colocando a minha
chave em um buraco. — Sua mão se movimenta na dobra do meu quadril.
— Eu não disse nada sobre o seu buraco de fechadura —, eu respondo.
— Não, eu acredito que você estava prestes a comentar sobre o seu buraco da
fechadura e minha chave.
— Se você está tentando me desgastar com expressões sexuais, não vai
funcionar.
— Eu não acho que estaria vendo como você era a pessoa prestes a mencionar
orifícios no primeiro lugar. — É como se ele pudesse ler minha mente. Nós
pensamos igualmente em muitas ocasiões. —Você tem gasto muito tempo em
torno de sua irmã —, acrescenta, sorrindo como ele diz isso.
Acho que ele está certo. Lily teria sido rápida para fazer essa avaliação. Chaves.
Buracos. Sexo.
É onde sua mente viaja. Eu gostaria de dizer a minha não ir lá de vez em quando,
mas eu só sou humana.
Meus olhos piscam para a câmera, e Ben balança a cabeça como se você não
pode olhar para a lente. Mas eu não estou envergonhada por nossa conversa. Eu
só estou tentando me acostumar com a presença de terceiros que perdura como
um acompanhante estranho em uma data.
— A porta está aberta —, Connor me diz.
Por isso, é. Eu passo-lhe a minha bolsa e meu telefone. Então eu sacrifico
minhas mãos e pesco no buraco no saco, o molho em uma piscina, mas
felizmente não listando um rastro vermelho ao longo da madeira.
Eu vou me dirijo para a cozinha da minha casa e marco o segundo cara da
câmera- Brett, pequeno e atarracado e um pouco gordo, exatamente o oposto do
Ben. Seus olhos crescem grande enquanto ele liga uma câmera pequena ligada
ao seu peito como Ben.
É preciso de dois pontos e dois segundos para me encontrar a fonte de sua
expressão de olhos arregalados. Loren tem encurralado minha irmã em um
gabinete, todo o seu corpo pressionado contra ela com tanta força que o ar não
pode passar através. Eles se beijam profundamente e com paixão, como se
ninguém mais mora no mesmo universo com eles.
Suas mãos desaparecer debaixo de sua blusa, mas é óbvio que ele está tateando
seus seios. E em seguida, uma mão emerge. Graças a Deus.
Ela envolve sua perna em volta de sua cintura. Ou não.
Lily solta um suspiro afiado, seus dedos agarrando seu cabelo castanho que é
grosso na parte superior e no mais curto lados.
Lily é menor do que eu e ela tem o cabelo mais leve do que eu faço. Eu tenho
mais bunda, os peitos maiores e os quadris mais cheios. Ela é fina de maneiras
que eu não sou.
Connor pigarreia, e Lily se separa do Lo. Todo o seu rosto fica vermelho.
— Será que vamos incomodá-lo? — Connor pede casualmente, colocando
minhas coisas no bar.
Lo limpa a boca, sobrancelhas levantadas. — Na verdade sim.
— Não seja bruto, Loren, — Eu refuto enquanto eu coloco o saco na pia. Lily
tenta se esconder atrás de suas mãos.
Connor e eu somos mais confortáveis em situações como estas.
— Rude? —, Diz Loren com uma risada curta. — Na semana passada, você me
disse que se você me visse com uma ereção, você iria bater meu pinto em um
batente da porta.
Connor acena para Lo. — Em defesa de Rose, mas ninguém além de Lily
realmente quer ver sua ereção.
— Isso não é o que você disse ontem à noite, — ele graceja.
Os lábios de Connor sobem. — Shh, isso é entre nós, o amor.
Eu lhe atirar um olhar. — Você está pedindo para dormir no chão esta noite. A
amizade, enquanto divertido, está chegando as minhas custas.
Connor chega perto de mim, e ele inclina a cabeça para sussurrar no meu ouvido,
os olhos cheios de poder.
— Se você acha que é melhor, eu vou convencê-lo a me deixar para trás em sua
cama mais tarde.
Sua voz é profunda e sexual, e algo que deixa rasa minha respiração por um
instante. Eu estou prestes a responder, mas Lo faz cócegas nos quadris de Lily e
ela grita. Eles me distraem, muitas vezes, quebrando qualquer que seja o breve
momento estava ocorrendo com Connor.
Lo e Lily ambos vivem aqui. Loren é um alcoólatra em recuperação. Lily está
trabalhando em seu vício em sexo.
Eles estão em um bom êxtase, mas eles não podem viver sozinhos desde que o
isolamento é o que amplifica seus vícios em primeiro lugar. Então, eles estão
aqui. Conosco.
E é tão como estranho como parece.
Com as câmeras ao redor, eu pensei que eles poderiam ser mais discretos, mas o
oposto aconteceu.
Loren tomou demonstração pública de afeto a um nível totalmente novo.
Alguns tabloides acreditam que Loren e Lily só estão comprometidos para
reparar a imagem manchada da minha irmã como uma viciada em sexo, assim
Loren enfia a língua em sua garganta (na câmera), para dar ao mundo um dedo
do meio por duvidar de seu amor. Ele realmente não se importa o que o público
pensa neste momento.
Mas eu faço.
É por isso que tenho as câmeras ao redor, em primeiro lugar.
Antes de Lily escapar do agarre de Loren completamente, ele chamá-la de volta
ao seu peito e brincando e morde seu ombro. Ela agita com um sorriso bobo e
lhe dá um tapa no bíceps. Suas picadas de se transformam em beijos.
E ambas as câmaras filmam e fazem zoom sobre eles.
Eu não me importo em tudo. Lily está vestindo uma peça de assinatura Calloway
Couture que os telespectadores em casa veem como uma saia- ameixa laçado
com uma blusa champanhe (não mais o laço na saia graças a Lo tateando). Ela é
geralmente em leggings e largas shirts da Loren sem um sutiã, então ela parece
um pouco desconfortável com a roupa, mas eu sei que ela está se esforçando
para fazer as coisas direito. E isso é tudo que posso pedir.
Ter o seu apoio é suficiente.
Eu toco na torneira com meu pulso, e Loren tira os olhos de Lily para ver o
molho vermelho que lava fora nas palmas das mãos.
— O coração de quem você arrancou desta vez?
Van Scott Wright. Eu desejo. — Connor —, eu digo, — mas ele me parou antes
que eu chegasse tão longe.
Connor sorri. — Ela tem mãos rápidas, mas eu sou mais rápido. — Meus olhos
se estreitam. Oh ele deseja.
— Quando vem o telepata? — Lily se anima, penteando os dedos ansiosamente
por seu cabelo e muda como se seu corpo não se encaixá-la muito bem. Por trás
dela, Loren tem seus braços emaranhados na cintura e apoia o queixo no ombro
dela. Ela imediatamente relaxa nele.
Sua presença é uma espécie de garantia que ilumina todo o seu ser. Se ela não
tivesse Loren, eu imagino que ela estaria nas esquinas das ruas, dormindo com
caras aleatórios para satisfazer suas compulsões sexuais. Eu sou mais grato que
ele está aqui, ajudando-a, do que eu jamais deixaria transparecer.
— Ela deve estar chegando em breve. — Eu uso sabonete extra e esfrego sob
minhas unhas.
Connor inclina-se contra o balcão ao meu lado. — A telepata em um jantar —,
diz ele, — próxima coisa que você sabe, nós vamos estar derramando sal em
torno das portas e criando círculos do espírito.
— Em duas horas —, eu o lembro — e você não tem que acreditar nela para
desfrutar de uma leitura.
Ele me olha tão intensamente que o meu coração começa a bater. Meus olhos
passam pelos lábios e subo de volta para seu olhar intenso. — Não —, diz ele
depois de um longo momento, — Eu só tenho que ouvir algumas coisas inúteis
agitar merda entre nós.
Eu esguichar mais sabão em minha palma. — Isso não vai acontecer.
— Eu posso dizer o futuro melhor do que o que anda por aquela porta e eu
aposto com você mil dólares que ela vai fazer alguém chorar esta noite.
— Tudo bem —, eu digo. — Se você quer perder mil dólares, então eu vou
tomar a sua aposta. — Quem iria chorar?
Não qualquer um dos caras. Eu não. Isso deixa Lily e Daisy, e eu não vejo minha
irmã mais nova derramando uma lágrima. E Lily, ela é uma ficha selvagem, mas
eu gostaria de apostar em sua força.
— De jeito nenhum —, Loren corta. Ele tem Lily envolto em seus braços. —
Isso não é uma boa aposta. Você precisa de uns juros sobre isso.
— Isso é um monte de dinheiro —, Connor diz a ele com uma sobrancelha
arqueada.
— Para quem? — Loren pede. — Você é o herdeiro de uma empresa
multibilionária, como Rose. Todos os nossos pais cagam tijolos de ouro.
— Isso é nojento —, eu digo sem rodeios.
— Um lap dance —, diz Loren repente. — Se Rose perde, ela deve dar uma a
Connor com cinco minutos de dança.
Meu peito aperta, e eu olho fixamente tão duro para Loren que meus olhos se
sentem como eles estão sendo serrados.
— Você não tem que fazer isso —, Connor me diz. Ele estuda a maneira que eu
travar uma respiração em meus pulmões.
Eu não sou a minha irmã.
Quando se trata de intimidade, eu sou uma galinha. Admito totalmente que. Eu
sou mais propensa a correr para fora de um par de armas de correr nelas.
E Loren é completamente consciente da minha hesitação. Uma parte de mim
sabe que ele se sente mal para Connor, sabendo que eu não tenha sido capaz de
colocar para fora depois de tanto tempo juntos. Mas talvez Loren esteja apenas
tentando provocar uma reação fora de mim.
Que todo mundo está prestes a ver.
— Você não acha que eu faria isso? —, Pergunto a Connor. Eu não tenho certeza
se eu podia moer em Connor. Em público.
Sem ser humilhada. Estou confiante em todas as áreas, exceto estas: Ser sexy,
sendo hábil na cama, ser grande em sexo. Acredito, sinceramente, que o sexo
não é algo que você pode estudar a frio. Não você tem que aprender pela
experiência.
E eu não tenho nenhuma.

Então, eu tenho um sentimento de que uma vez eu tenha relações sexuais com
Connor, nosso relacionamento será diferente. Alguma atração que puxa entre nós
vai ser cortado com meus movimentos desleixados e minha incapacidade para
agradá-lo.
Até agora ele nunca me pressionou para ter relações sexuais, mas eu espero o
momento em que ele sai quando - ele já teve o bastante da minha personalidade
de alta octanagem e meu comportamento obsessivo compulsivo.
Inferno, eu quero andar longe de mim às vezes. Minha terapeuta ainda me odeia.
Ela está me receitando Alprazolam, paroxetina, fluvoxamina e clomipramina, as
drogas que eu tomei e depois eliminei.
Com eles, eu me sinto tão alta que eu poderia estar flutuando pela vida ou eu sou
tão pesada que eu poderia ser mortal, afundando - inferno.
Eu não sou a garota que você quer dormir em todas as semanas. Eu sou a
perseguição. A que você pegar e, em seguida, lançar. E uma vez que Connor
fizer sexo comigo, ele vai ser feito. Ele vai ter ganho o desafio mais difícil da
sua a maior virgem da vida.
Eu sei isso. É como todos os homens trabalham comigo. E eu nunca, nunca
deixei eles ganharem.
Mas Connor está chegando perto.
Ele me observa esfregar minha pele mais forte, todo o meu corpo tenso e imóvel,
exceto para as de cerdas escovar entre meus dedos.
— Não responda a ela —, Loren adverte ele. — É um truque.
Connor não mover seu olhar dos meus. — Eu posso lidar com ela, Lo. — Sim,
ele pode ser o único. Ele chega perto e desliga a torneira.
Eu ligo novamente. — Eu não terminei — Há uma fina camada de molho por
baixo minhas unhas ainda.
— Nós dois sabemos que você não vai me dar uma lap dance. Então, vamos
ficar com a aposta de mil dólares. — Sua voz é ilegível. Se há decepção, ele
nunca vai deixar-me ouvi-lo.
Eu me sinto derrotada de alguma maneira enorme. — Eu posso fazer isso —, eu
respondo.
— Eu não estou tentando usar a psicologia reversa em você, Rose. Eu realmente
não acho que você deveria. — Ele fecha a torneira de novo, e quando eu vou
para ligá-la novamente, ele desliza na minha frente, bloqueando a pia, e ele
envolve uma toalha em torno de minhas mãos.
— Elas estão limpas —, diz ele.
Eu olho para o meu macacão, que ainda está manchado. — Eu preciso mudar.
Loren corta em: — Então, temos estabelecido se vamos ou não vamos ver uma
dança hoje à noite?
— Só se eu perder —, eu digo.
Músculos da mandíbula de Connor se contorcem, o único sinal de eu possa ler.
Ele realmente não quer que eu faça isso, mas eu não gosto do jeito que ele está
olhando para mim. Como eu sou fosse um passarinho assustado.
Eu não estou com medo. Ainda. — E se você perder —, eu digo, — o que eu
ganho em troca?
Connor olha para a minha boca assim como eu fiz ele. Ele roça o polegar sobre
meu lábio inferior e diz: — O que você quer, querida?
Meu coração bate. Eu quero ser grande na cama. Eu quero agradá-lo melhor do
que ele me agrada. Eu quero vencê-lo.
Mas eu sei que quando se trata de sexo, eu nunca vou ganhar. Eu estou em total
desvantagem. Então eu digo: — Se você perder, eu não tenho para lhe dar uma
lap dance.
"Boo", diz Lily.
Loren acena com a cabeça. — Chato.
Mas o único que importa diz: — Ideal. — Connor ignora minha irmã e seu
namorado. Ele acaba secando minhas mãos. Eu só agora percebo como cru e
vermelha minha pele é. Eu às vezes se empolgue sem perceber ...
— De quem foi à ideia de contratar um adivinho de qualquer maneira? — Loren
pede.
— A produção planejou isso —, eu lembro.
Ambos Brett e Ben me dão olhares selvagens em mencionar produção. Nós não
estamos vivendo. Este não é grande Irmão.
— Oh, por favor —, eu digo direito na câmera. — Scott, se você estiver ouvindo
isso, exclua essa parte. — Eu olho para Ben. —Ai está. Ele não vai bater em
você pelo seu mau comportamento.
E como bons cinegrafistas, eles ficam mudos.
Loren olha o curto e atarracado Brett por um longo momento. Ele finalmente
chama sua atenção. E então ele dirige sua língua ao longo da nuca de Lily, olhos
preso à câmera como se ele estivesse seduzindo os espectadores. Lily
praticamente derrete debaixo dele. E então ele enfia a língua em sua orelha.
Em vez de gritos, ela engasga, o que se transforma em um gemido agudo. Loren
sorri maliciosamente, especialmente quando Brett tropeça para trás em estado de
choque.
Eles estão brincando com os cinegrafistas.
E é apenas o segundo dia.






Notes
[←1]
uma bebida (geralmente whisky / whisky) tomado ao deitar para ajudar um sono melhor.
[←2]
Wingman é um cara que você trazer junto com você em passeios (como bares) e que ajuda a
você com as mulheres.
[←3]
é um desporto de equipa em que os atletas competem numa corrida em terreno aberto ou
acidentado
[←4]
é um medicamento usado no tratamento do etilismo
[←5]
*É um grupo de oito universidades privadas do Nordeste dos Estados Unidos da América. O
grupo, também referido como as oito antigas, é constituído pelas instituições de maior
prestígio científico nos Estados Unidos e no mundo e, assim, atualmente a denominação tem
conotação sobretudo de excelência acadêmica.
[←6]
é uma rede de lojas de varejo dos Estados Unidos
[←7]
DEFCONs são aumentos phased na prontidão do combate, uma série de cinco níveis
progressivos de alerta utilizados pelas forças armadas dos EUA
[←8]
Jogo de tabuleiro de palavras cruzadas.
[←9]
é uma série animada, baseada na equipe de super-heróis fictícios da Marvel Comics, Os
Vingadores.
[←10]
tipo de cristal luxuoso
[←11]
espécie de tecido de lã escocês com estampado vivo
[←12]
Feta, também grafado fetta, é um queijo coalhado típico da Grécia, feito tradicionalmente com
leite de cabra e de ovelha
[←13]
é uma marca de água mineral
[←14]
tipo de cerveja.
[←15]
é um personagem ficcional do universo marvel, em especial relacionada com o personagem
Thor. Uma grande guerreira asgardiana e amante de Thor.
[←16]
é um evento que ocorre durante quatro dias no verão em San Diego, Califórnia, Estados
Unidos.
[←17]
personagens X-Man.
[←18]
a prática de se vestir como um personagem de um filme, livro, vídeo ou jogo.
[←19]
é uma rede de comunidades online centralizadas que disponibiliza anúncios gratuitos aos
usuários. São anúncios de diversos tipos, desde ofertas de empregos até conteúdo erótico
[←20]
é uma gíria aplicada coletivamente aos indivíduos que tem relações sexuais durante um voo.
[←21]
durante a primavera, os alunos das universidades americanas ganham de uma a duas semanas
de descanso no meio do semestre
[←22]
Loja de cosméticos
[←23]
tipo de maio masculino que sobe como um suspensório e cobre apenas o pênis sendo fio dental
na parte de trás
[←24]
uma série de televisão britânica produzida pela companhia Carnival Films para o canal ITV
[←25]
loja de departamento.
[←26]
referindo-se a estrela pornô Lindsey Meadows
[←27]
Marca de whisky
[←28]
é um componente da losna usado na bebida absinto. Em doses muito altas pode ser tóxico
[←29]
um tipo de erva usada para gatos, é como se fosse um ferôrmonio que deixa os gatos muito
alegres
[←30]
é um jogo de cartas em que você deve criar montes de quatro cartas de números ou letras
iguais. Escolha uma carta de sua mão e pergunte a cada um dos oponentes se ele também a
possui. Se sim, você poderá pegar a carta do oponente e jogar novamente, caso contrário,
"pesque" uma carta do centro da mesa. Se você pegar a carta que desejava, poderá jogar
novamente e assim por diante.
[←31]
é um jogo para duas ou mais pessoas e consiste em uma variedade de figuras de barbante
[←32]
sexo feito na hora do almoço ou meio dia que é noon em inglês
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Notes

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